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Sumário

Evolução do Trabalho ............................................................................................................................... 5


CONCEITO DE EVOLUÇÃO DO TRABALHO ................................................................................... 7
Regime de trabalho Primitivo ................................................................................................................... 8
Regime de trabalho Feudal ..................................................................................................................... 10
Regime de trabalho Capitalista ............................................................................................................... 10
Regime de trabalho Socialista Comunista .............................................................................................. 13
Revolução Industrial ............................................................................................................................... 15
A Primeira etapa da Revolução Industrial .............................................................................................. 15
A Segunda Etapa da Revolução Industrial ............................................................................................. 16
A Terceira Etapa da Revolução Industrial .............................................................................................. 16
Pioneirismo Inglês .................................................................................................................................. 16
As Máquinas a Vapor ............................................................................................................................. 17
As Fábricas e os Trabalhadores .............................................................................................................. 19
Impactos Sociais da Automação ............................................................................................................. 23
Automação e Crise.................................................................................................................................. 24
Automação e Emprego: o Debate ........................................................................................................... 25
Breve Reflexão sobre o Caso Brasileiro ................................................................................................. 28
Definição Tipos de Empresas ................................................................................................................. 30
1.Sociedade em nome coletivo ............................................................................................................ 32
2.Sociedade em comandita simples ..................................................................................................... 32
3.Sociedade limitada ........................................................................................................................... 32
3.1.ME – Microempresa................................................................................................................... 33
3.2.EPP – Empresa de Pequeno Porte ............................................................................................. 33
3.3.Empresa individual ..................................................................................................................... 33
4.Sociedade em comandita por ações ................................................................................................ 34
5.S/A – Sociedade Anônima ................................................................................................................ 34
6.EIRELI ................................................................................................................................................ 34
Saúde e Segurança do Trabalhador ........................................................................................................ 37
O SESMT - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho .................. 39
O SESMT - Profissionais Integrantes ..................................................................................................... 42
Engenheiro em Segurança do Trabalho............................................................................................... 42
CBO Nº 2149 – 15............................................................................................................................... 42
Médico em Segurança do Trabalho ..................................................................................................... 43

2
CBO Nº 2251 – 40............................................................................................................................... 43
Enfermeiro em Segurança do Trabalho ............................................................................................... 44
CBO Nº 2235 – 30............................................................................................................................... 44
Auxiliar de Enfermagem em Segurança do Trabalho ......................................................................... 45
CBO Nº 3222 – 35............................................................................................................................... 45
Técnico em Segurança do Trabalho ................................................................................................... 46
CBO Nº 3516 – 05............................................................................................................................... 46
Acidente do Trabalho ............................................................................................................................. 47
Ato Inseguro x Condição Insegura ......................................................................................................... 51
A Personalidade ...................................................................................................................................... 53
A PERSONALIDADE ........................................................................................................................ 54
Estrutura da Personalidade .................................................................................................................. 54
ID, EGO E SUPEREGO – Relações entre Três Sistemas ...................................................................... 55
Estereótipos ............................................................................................................................................ 58
Estereótipos de gênero ........................................................................................................................ 59
Estereótipos raciais e étnicos............................................................................................................... 60
Estereótipos sócio-econômicos ........................................................................................................... 61
Preconceito ............................................................................................................................................. 61
Comunicação .......................................................................................................................................... 63
História da Comunicação .................................................................................................................... 65
Formas e Componentes da Comunicação ........................................................................................... 66
A comunicação Profissional ................................................................................................................ 67
Trabalho em Equipe................................................................................................................................ 71
O que é trabalho em Equipe ................................................................................................................ 71
Trabalho em Equipe e Liderança ........................................................................................................ 73
Dicas para o sucesso do trabalho em equipe:................................................................................... 73
Rejeitar o trabalho em equipe.............................................................................................................. 75
Qualidade de Vida .................................................................................................................................. 79
Qualidade de vida no Trabalho ........................................................................................................... 80
Programas de Promoção de Qualidade de vida no Trabalho (QVT) ...................................................... 83
A qualidade de vida no trabalho (QVT) .............................................................................................. 83
Exercício Físico ................................................................................................................................... 84
Treinamento e desenvolvimento dos trabalhadores ............................................................................ 85
Ergonomia ........................................................................................................................................... 86
Ginástica Laboral ................................................................................................................................ 87
Benefícios ............................................................................................................................................ 88

3
Avaliação de Desempenho .................................................................................................................. 89
Higiene e Segurança do Trabalho ....................................................................................................... 90
Estudos de Cargos e Salários .............................................................................................................. 91
Controle de Álcool e Drogas ............................................................................................................... 92
A importância da Ética e da Postura Profissional................................................................................... 93
Ética ..................................................................................................................................................... 95
A Vontade é o Combustível da Ética .................................................................................................. 95
Ética e Postura Profissional como um Código .................................................................................... 95
Código de Ética Profissional ............................................................................................................... 96

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Evolução do Trabalho

Ao longo da história da humanidade, variando com o nível cultural e com o estágio evolutivo
de cada sociedade, o trabalho tem sido percebido de forma diferenciada. Como lembra Peter Drucker,
o trabalho é tão antigo quanto o ser humano. No ocidente, a dignidade do trabalho foi falsamente
louvada por muito tempo.

O segundo texto grego mais antigo, cerca de cem anos


mais novo que os poemas épicos de Homero, é um poema de
Hesiodo (800 a.c.) intitulado “Os trabalhos e os dias”, que
canta o trabalho de um agricultor. Porém, tanto no ocidente
como no oriente esses gestos de louvor eram puramente
simbólicos. Nem Hesíodo, nem Virgílio, nem ninguém da
época, estudou de fato o que um agricultor faz e, menos
ainda, como faz. O trabalho era o que os escravos faziam.
Mas o trabalho é mais do que um instrumento criador de
riqueza (posição dos economistas clássicos).

Além do valor intrínseco, serve também para expressar muito da essência do ser humano (o
homo faber¹). O trabalho está intimamente relacionado a personalidade. (Quando dizemos que fulano é
um carpinteiro um médico ou um mecânico, estamos, de certa forma, definindo um ser a partir do
trabalho que ele exerce).

¹Homo Faber – (Do latim) Conceito do ser humano como ser capaz de fabricar ou criar
ferramentas com inteligência. E tem a Capacidade de fabricar utensílios que transformam a
natureza.

No começo dos tempos, o trabalho era a luta constante para


sobreviver (acepção bíblica), A necessidade de comer, de se
abrigar, etc. era que determinava a necessidade de trabalhar.
O avanço da agricultura, de seus instrumentos e ferramentas
trouxe progressos ao trabalho. O advento do arado
representou uma das primeiras revoluções no mundo do
trabalho.

Mais tarde, a Revolução Industrial viria a


afetar também não só o valor e as formas de trabalho,
como uma organização e até o aparecimento de
politicas sociais. A necessidade de organizar o
trabalho, principalmente quando envolve muitas
pessoas e/ou muitos instrumentos e muitos processos,
criou a idéia do “emprego”.

5
Com o advento da Revolução Industrial, êxodo rural, concentração dos meios de produção, a
maior parte da população não tinha nem ferramentas para trabalhar como artesãos. Sendo assim,
restava as pessoas oferecer seu trabalho como moeda de troca. É nessa época que a noção de emprego²
toma sua forma. O conceito de emprego é característico da Idade Contemporânea.

²Emprego - Refere-se à ação e ao efeito de empregar. Este verbo significa ocupar alguém (na medida
em que lhe é oferecido um posto de trabalho e delegadas determinadas responsabilidades).

Temos motivos para crer que esse fim de Século XX é o inicio de um período de transição de
onde passaremos da idade contemporânea para uma Idade Pós- Contemporanea. As mudanças que vêm
ocorrendo graças à tecnologia, principalmente, a tecnologia da computação-telecomunicação, estão
modificando as relações econômicas entre empresas, empregados, governos, países, línguas, culturas e
sociedades.

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CONCEITO DE EVOLUÇÃO DO TRABALHO

O trabalho que faz parte de uma das necessidades humanas tem sua origem com o
aparecimento do ser humano, a partir daí com o desenvolvimento de pequenas ferramentas de pedra o
homem começa a buscar meios para sua alimentação.
Podemos dividir a história do trabalho através do modo de produção que o homem desenvolveu
ao longo da historia que são os regimes de trabalho primitivo, escravo, feudal, capitalista e comunista.
As variantes políticas, culturais e econômicas da história e que transformou o modo de como
surgiu o trabalho e foi transformado ao longo da história, o desenvolvimento da intelectualidade
humana na construção do materialismo ajudou a formar o homem que temos hoje. As transformações
do trabalho e passada de geração para geração através da cultural que gera homem, transformando a
natureza com o seu trabalho.

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Regime de trabalho Primitivo

Este que e o primeiro modo de produção que surge


através das comunidades primitivas com o avanço das
primeiras ferramentas, estas que eram construídas de
pedra, espinhos, e pedaços de lascas de arvore, a partir daí
o homem buscava saciar suas necessidades básicas, todo
trabalho era na busca de melhorias voltadas para a
atividade do dia a dia, como alimentar-se, e abrigar-se
combater seus inimigos.

Neste momento a sociedade primitiva estava em relações iguais de trabalho, pois cada um
desenvolvia uma atividade para o bem de toda a relação de trabalho era simples, pouca e eram a
alternativa de trabalho. A partir do momento em que o homem começa a plantar e a estocar alimentos e
riquezas aparece a queda do sistema primitivo surgindo novas formas sociais de interação, e começa
aparecer a hierarquia.

Com o avanço de novas formas de


trabalho surge relações de poder onde os que
detinham o poder ficaram sendo os senhores dos
escravos, este ultimo fazia o mais diversificado
trabalho desde de construir palácios a ser
empregado domestico na casa do seu senhor, este
tipo de modo de trabalho perdurou até o fim do
período antigo quando o império romano do
ocidente, cai e com os anos este modo de trabalho
perde sua força e legitimidade no ocidente europeu,
sendo a escravidão não mais viável
economicamente como também socialmente.
Regime de trabalho Escravo¹

8
¹Trabalho escravo - De acordo com o artigo 149 do Código Penal brasileiro, são elementos que
caracterizam o trabalho análogo ao de escravo:
- Condições degradantes de trabalho (incompatíveis com a dignidade humana, caracterizadas pela
violação de direitos fundamentais coloquem em risco a saúde e a vida do trabalhador);
- Jornada exaustiva (em que o trabalhador é submetido a esforço excessivo ou sobrecarga de
trabalho que acarreta a danos à sua saúde ou risco de vida);
- Trabalho forçado (manter a pessoa no serviço através de fraudes, isolamento geográfico, ameaças
e violências físicas e psicológicas); e
- Servidão por dívida (fazer o trabalhador contrair ilegalmente um débito e prendê-lo a ele).

Os elementos podem vir juntos ou isoladamente.

O termo “trabalho análogo ao de escravo” deriva do fato de que o trabalho escravo


formal foi abolido pela Lei Áurea em 13 de maio de 1888.
Até então, o Estado brasileiro tolerava a propriedade de uma pessoa por outra não mais
reconhecida pela legislação, o que se tornou ilegal após essa data.
Não é apenas a ausência de liberdade que faz um trabalhador escravo, mas sim de
dignidade. Todo ser humano nasce igual em direito à mesma dignidade. E, portanto, nascemos todos
com os mesmos direitos fundamentais que, quando violados, nos arrancam dessa condição e nos
transformam em coisas, instrumentos descartáveis de trabalho. Quando um trabalhador mantém
sua liberdade, mas é excluído de condições mínimas de dignidade, temos também caracterizado
trabalho escravo.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Conselho de Direitos Humanos das
Nações Unidas, através de sua relatora para formas contemporâneas de escravidão, apoiam o conceito
utilizado no Brasil.
Fonte.: http://reporterbrasil.org.br/trabalho-escravo/

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Regime de trabalho Feudal

Com o avanço de tribos bárbaras na Europa e


também com a queda do império romano do ocidente a
escravidão perde sua força, a igreja medieval surge sendo
um grande controlador social, e com o avanço da
ruralizarão na Europa o campo ganha força sendo com isto
o aparecimento de uma nova ordem social o feudalismo
onde o trabalho do servo estava preço ao senhor feudal que
provia para o seu servo proteção militar, os trabalhadores
eram servos que cuidavam das terras do senhor feudal.

A função de cada um na sociedade era bem definida o servo em geral trabalha com trabalhos
braçais, o clero cuidava da espiritualidade e intelectualidade e os nobres governavam e davam proteção
aos servos, sendo esta uma sociedade estamentos sociais definidos o servos mantinham o sistema na
base a onde com sua pouca tecnologia davam a maior parte de suas colheitas ao senhor feudal este era o
sistema de trabalho que ocorre ate o começo das caravanas, onde muitos desses senhores
iam para guerras ao oriente e de lá traziam mercadorias construindo um comercio em volta dos
palácios feudais surgindo ai a primeira força de capitalismo.

Regime de trabalho Capitalista

O capitalismo é um sistema que passa por evoluções constantes, foi o que mais gerou formas e
meios de trabalho para os homens, o capitalismo inicial começa no fim da Idade Média com as
caravanas que desenvolveram nos tempos das cruzadas entre o oriente, surge ai a busca de
mercadorias e o começo de trocas comerciais das mais variadas mercadorias trazendo para a Europa
produtos que eram utilizados pela nobreza, aos poucos em torno dos grandes castelos o conhecido
“burgos” surgiam, bancas onde ocorria o comercio de venda desses produtos, este comercio foi
aumentadas e com eles novas técnicas e oficinas surgindo, corporações de oficio criadas por ferreiros
e outros artesãos, desta forma surge as cidades, e com isto o capitalismo mercantil, novas e varias
formas de trabalho surgem, bancos e capitalistas para fomentar este novo sistema e impulsionar a nova
classe “a burguesia”.
Com guerras no oriente o comercio para estas regiões estavam com dificuldades de acontecer,
portugueses fomentam novos meios de buscar novas rotas para a Ásia surge neste tempo o avanço
ultramarino, surgem novas e variadas formas de trabalho o estamentos sociais¹ não servia mais para
10
este novo sistema além de ter nobre, clero surge a burguesia e comerciantes, marinheiros, banqueiros
entre outras tantas profissões em pequenas manufaturas a expansão ultramarina que começa com
Portugal avança para espanhóis, ingleses entre outros povos europeus o mundo já não era mais restrito
a Europa.

¹ Estamento - Antes do nascimento da


Sociedade Industrial, a qual como se
sabe foi consequência direta das
Revoluções Industrial e Francesa, o tipo
de estrutura social vigente era a que
caracterizava uma sociedade estamental.
Nessa sociedade, aqueles que nascessem
nos estamentos mais baixos estariam
condenados à neles permanecerem, uma
vez que não havia a possibilidade de
ascensão social.

A segunda fase do capitalismo aparece com o


grande avanço da indústria na Inglaterra as
forças de trabalho começam a aparecer cada
vez mais desiguais entre patrão e empregado,
as pequenas manufaturas dos mais variados
produtos que surgiam começam a ganhar força
e surge grande indústrias a onde trabalhadores
que estavam no campo iam trabalhar na cidade
recebendo um salário muito baixo.

O trabalhador do campo perde suas terras pelo grande avanço dos grande e
poderosos senhores que começam a utilizar estas para o cultivo em grande escala com o
aparecimento de novas técnicas de cultivo aumentando a produtividade dos alimentos e
também com o avanço do uso desta para ovelhas.

11
Aparece ai entre o trabalhador braçal que
mantinha a sociedade ele pouco tinha alem
da sua prole, o historiador Marx começa a
partir deste período a fazer suas criticas ao
trabalho capitalista e suas varias formas de
exploração a onde o trabalhador ficava
pobre e ignorante e sem suas ferramentas
necessárias para a produção vendendo
apenas o seu trabalho braçal para o
burguês este que era a grande classe de
ricos e poderosos eles detinham a indústria
o comercio e controlava com sua
influência o poder político a religião
começa a ser inibida por sua força.
Com o avanço dos estados nacionais o processo de independência da América o
trabalho modifica-se em varias categorias, empresarial, bancário, comercial, indústria e
campo entre essas categorias existem inúmeras formas de trabalho o avanço do meio
social com novas tecnologias e o aumento dessas no mundo, vendo sua exploração
diante dos burgueses os trabalhadores que são a maioria da sociedade começa a
conscientizar de sua ação política na sociedade e de sua exploração através do manifesto
comunista surge na Rússia a primeira revolução do trabalhador que ficou conhecida
como a revolução russa na busca de uma nova sociedade mais justa através das ideias de
Marx.

A terceira e ultima forma de capitalismo aparece


na século XX, é o chamado capitalismo financeiro mantido
através de grande corporações multinacionais e bancos e de
um sistema financeiro que sustenta a pirâmide social,
através de credito consumo gerando um ciclo de consumo
que entrou em crise recentemente através da bolha
imobiliária dos Estados Unidos quebrando diversos bancos
por falta de liquides no processo de empréstimo.

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Regime de trabalho Socialista Comunista

Através das idéias de Karl Marx, que critica o capitalismo e que busca através dos seus estudos
uma sociedade a onde o que mais trabalha, no caso o trabalhador, possa de fato utilizar dos benefícios
que o próprio criou no campo e fabricas. Sendo estes sempre explorados ao longo da história, o
proletariado¹ se uniu através de comitês para derrubar o governo Monárquico que existia na Rússia,
que detinha como política econômica o capitalismo industrial.

¹Proletariado - É o conjunto de trabalhadores que necessitam vender a sua força-de-trabalho a um


empresário capitalista.
O proletariado é a classe trabalhadora urbana basicamente formada de operários,
operadores repetitivos de máquinas, surgidas na Revolução Industrial.

Ficou conhecido pelo nome


de bolchevique o grupo político russo formado
por ex-integrantes do Partido Operário Social-
Democrata Russo (POSDR), fundado em 1898.
O termo bolchevismo é de origem russa e
significa, literalmente, "maioria" (em russo,
bolscinstvó).
A utilização do termo para se referir a
tal grupo se deve à divisão ocorrida no POSDR,
cujos integrantes eram defensores do ideal
marxista. Em seu segundo congresso, realizado
em Londres, em 1903 (pois a liderança do
partido estava banida da Rússia), surgiram duas
novas correntes políticas: bolcheviques
e mencheviques.

Os bolcheviques constituíam a maioria


do antigo partido, daí o termo com que ficaram
conhecidos. Sob o comando de Vladimir Lênin,
ocorrerá em torno do Partido Bolchevique a
aglomeração de várias lideranças políticas
visivelmente influenciadas por ideais
revolucionários e interessadas em dar fim às
imposições do governo vigente por meio de uma
completa reforma na sociedade russa.

Os bolcheviques defendiam a revolução socialista, a instalação da ditadura do proletariado,


com a aliança de operários e camponeses, enfim, acreditavam que o governo deveria ser diretamente
controlado pelos trabalhadores. O segundo grupo, a minoria do antigo POSDR ficou conhecido como
"mencheviques", ou minoria, (em russo: menscinstvó) e era um grupo que acreditava em uma fórmula
mais moderada de socialismo, que deveria ser implantado após o pleno amadurecimento do
capitalismo em terras russas.
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Com a força política de Lenin e Stalin criou na união soviética o partido comunista, e
conseguiu derrubar o sistema capitalista e a política que estava implantada.

O sistema Socialista que busca através de sua força de distribuição dos meios de
produção, acaba também com a luta de classes, começa com a ideia socialista dos meios de produção
pelo controle do estado em seu ultimo estagio, implantado o comunismo que seria o ultimo estagio
dessa evolução, aonde o estado nem estaria mais determinando a vida econômica e tudo estaria
acontecendo por sua alto evolução natural das coisas. Esta ideia cabe muito bem a um estado
desenvolvido como é a ideia de Karl Marx, mas não evitou a queda do sonho socialista das classes
igualitárias.

O sistema gerou grandes desigualdades e atrasos


em alguns setores da vida industrial, mas durante metade
do século XX rivalizou com o capitalismo de igual para
igual até o seu fim. Produzindo uma das fases mais
temidas da sociedade, o conhecido período da Guerra
Fria.

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Revolução Industrial
A Revolução industrial foi um conjunto de mudanças que aconteceram na Europa nos
séculos XVIII e XIX. A principal particularidade dessa revolução foi a substituição do trabalho
artesanal pelo assalariado e com o uso das máquinas.

Até o final do século XVIII a maioria da população europeia vivia no campo e produzia o que
consumia. De maneira artesanal o produtor dominava todo o processo produtivo.

Apesar de a produção ser predominantemente artesanal, países como a França e a Inglaterra,


possuíam manufaturas. As manufaturas eram grandes oficinas onde diversos artesãos realizavam as
tarefas manualmente, entretanto subordinados ao proprietário da manufatura.
A Revolução Industrial é um divisor de águas na história e quase todos os aspectos da vida
cotidiana da época foram influenciados de alguma forma por esse processo. A população começou a
experimentar um crescimento sustentado sem precedentes históricos, com uma boa renda média.

A Inglaterra foi precursora na Revolução Industrial devido a diversos fatores, entre eles:
possuir uma rica burguesia, o fato do país possuir a mais importante zona de livre comércio da Europa,
o êxodo rural e a localização privilegiada junto ao mar o que facilitava a exploração dos mercados
ultramarinos.

Como muitos empresários ambicionavam lucrar mais, o operário era explorado sendo forçado a
trabalhar até 15 horas por dia em troca de um salário baixo. Além disso, mulheres e crianças também
eram obrigadas a trabalhar para sustentarem suas famílias.

Diante disso, alguns trabalhadores se revoltaram com as péssimas condições de trabalho


oferecidas, e começaram a sabotar as máquinas, ficando conhecidos como “os quebradores de
máquinas“. Outros movimentos também surgiram nessa época com o objetivo de defender o
trabalhador.

O trabalhador em razão deste processo perdeu o conhecimento de todo a técnica de fabricação


passando a executar apenas uma etapa.

A Primeira etapa da Revolução Industrial

Entre 1760 a 1860, a Revolução Industrial ficou limitada, primeiramente, à Inglaterra. Houve o
aparecimento de indústrias de tecidos de algodão, com o uso do tear mecânico. Nessa época o
aprimoramento das máquinas a vapor contribuiu para a continuação da Revolução.

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A Segunda Etapa da Revolução Industrial

A segunda etapa ocorreu no período de 1860 a 1900, ao contrário da primeira fase, países como
Alemanha, França, Rússia e Itália também se industrializaram. O emprego do aço, a utilização da
energia elétrica e dos combustíveis derivados do petróleo, a invenção do motor a explosão, da
locomotiva a vapor e o desenvolvimento de produtos químicos foram as principais inovações desse
período.

A Terceira Etapa da Revolução Industrial


Alguns historiadores têm considerado os avanços tecnológicos do século XX e XXI como a
terceira etapa da Revolução Industrial. O computador, o fax, a engenharia genética, o celular seriam
algumas das inovações dessa época.

Pioneirismo Inglês

A Inglaterra foi pioneiro no


processo da Revolução Industrial por
diversos fatores:

Coalbrookdale, cidade britânicaconsiderada um dos


berços da Revolução Industrial.

Pela aplicação de uma política econômica liberal desde meados do século XVIII. Antes da
liberalização econômica, as atividades industriais e comerciais estavam cartelizadas pelo rígido
sistema de guildas¹, razão pela qual a entrada de novos competidores e a inovação tecnológica
eram muito limitados. Com a liberação da indústria e do comércio ocorreu um enorme progresso
tecnológico e um grande aumento da produtividade em um curto espaço de tempo.

¹Guildas - Recebiam o nome de guildas ou corporações de ofício as associações formadas por


artesãos profissionais e independentes, em igualdade de condições, surgidas na Baixa Idade
Média (séculos XII ao XV) destinadas a proteger os seus interesses e manter os privilégios
conquistados.

16
O processo de enriquecimento
britânico adquiriu maior impulso após
a Revolução Inglesa, que forneceu ao
seu capitalismo a estabilidade que faltava
para expandir os investimentos e ampliar
os lucros.
Revolução Inglesa (1640)

A Grã-Bretanha firmou vários acordos comerciais vantajosos com outros países. Um desses
acordos foi o Tratado de Methuen, celebrado com a decadência da monarquia absoluta portuguesa,
em 1703, por meio do qual conseguiu taxas preferenciais para os seus produtos no mercado
português.

A Grã-Bretanha possuía grandes reservas de ferro e de carvão mineral em seu subsolo,


principais matérias-primas utilizadas neste período. Dispunham de mão-de-obra em abundância
desde a Lei dos Cercamentos de Terras, que provocou o êxodo rural. Os trabalhadores dirigiram-se
para os centros urbanos em busca de trabalho nas manufaturas.

A burguesia inglesa tinha capital suficiente para financiar as fábricas, adquirir matérias-primas
e máquinas e contratar empregados.
Para ilustrar a relativa abundância do capital que existia na Inglaterra, pode se constatar que a
taxa de juros no final do século XVIII era de cerca de 5% ao ano; já na China, onde praticamente
não existia progresso econômico, a taxa de juros era de cerca de 30% ao ano.

As Máquinas a Vapor

As primeiras máquinas a vapor foram


construídas na Inglaterra durante o século
XVIII. Retiravam a água acumulada nas
minas de ferro e de carvão e
fabricavam tecidos. Graças a essas máquinas,
a produção de mercadorias aumentou muito.
E os lucros dos burgueses donos de fábricas Máquina de Newcomen, para
cresceram na mesma proporção. Por isso, os bombeamento da água.
empresários ingleses começaram a investir na
instalação de indústrias.

17
As fábricas se espalharam
rapidamente pela Inglaterra e provocaram
mudanças tão profundas que
os historiadores atuais chamam aquele
período de Revolução Industrial. O modo
de vida e a mentalidade de milhões de
pessoas se transformaram, numa velocidade
espantosa.
O motor a vapor de James Watt, alimentado
principalmente com carvão, impulsionou a
Revolução Industrial noReino Unido e no
resto mundo.

O mundo novo do capitalismo, da cidade, da tecnologia e da mudança incessante triunfou.


As máquinas a vapor bombeavam a água para fora das minas de carvão. Eram tão importantes
quanto as máquinas que produziam tecidos.

As carruagens viajavam a 12 km/h e os


cavalos, quando se cansavam, tinham de ser
trocados durante o percurso. Um trem da época
alcançava 45 km/h e podia seguir centenas de
quilômetros. Assim, a Revolução Industrial
tornou o mundo mais veloz. Como essas
máquinas substituíam a força dos cavalos,
convencionou-se em medir a potência desses
motores em HP (do inglês horse power ou
cavalo-força).

Trem movido a vapor, Revolução Industrial.

18
As Fábricas e os Trabalhadores

A Revolução Industrial foi um marco


para desvalorização do trabalho manual, pois
muitos foram substituídos por máquinas, e os
que trabalhavam na fábrica, só participavam de
determinada fase da produção. O trabalho se
tornava algo contínuo, repetitivo, mecanizado,
por exemplo, se a função era bater um prego
em determinado local do produto, era só isso
que se fazia o dia inteiro, na mesma velocidade
e ritmo. Muitos não sabiam nem qual era o
produto final, e essa função muitas vezes não
correspondia ao valor do que ele era capaz de
produzir. Linha de Produção na Fabrica

Mas não haviam opções, o trabalho nas fábricas era o que dominava nas cidades da Inglaterra, e
aos artesãos que desejavam continuar seu trabalho manual, não era mais possível, pois não tinham
condições de concorrer no mercado com os capitalistas. As relações entre os indivíduos começou a ser
controlada pelo mercado, não haviam mais laços e relações comunitárias. A divisão de classes era
fundamental para a operação do sistema, ou seja, a classe dos proprietários, e a classe dos
proletariados.

As fábricas não eram ambientes adequados de


trabalho, tinham péssimas condições de iluminação e
ventilação. Não haviam medidas nem equipamentos de
segurança para os operários, muitos se acidentavam e
contraíam graves doenças. A média de vida dos
trabalhadores era muito baixa comparada à de hoje. A
jornada de trabalho chegava até 16 horas por dia, sem
direito a descansos e férias. Os salários eram
baixíssimos, garantindo ainda mais lucros aos
proprietários, e a disciplina era rigorosa para manter o
aumento da produção.

Filme Tempos Modernos de Charles Chaplin

Os trabalhadores não tinham direitos e nem o amparo social. Mulheres e crianças trabalhavam
da mesma maneira que os homens, nas mesmas condições, mas o salário pago a eles era bem mais
baixo. Portanto, era muito mais lucrativo contratá-los. E pelos baixos valores oferecidos, era
fundamental que todos da família trabalhassem.
19
As condições de vida e de trabalho eram precárias, e por serem submetidos à tantas situações
difíceis e sem escolha, os operários se uniram e começaram a organizar movimentos e revoltas.

Por tantas adversidades, os trabalhadores chegaram à conclusão que precisavam começar a


lutar por seus direitos.

Ludismo
O Ludismo estourou em 1811, foi
uma das primeiras revoltas dos operários
que eram contra os avanços tecnológicos,
que substituíam homens por máquinas, e o
nome deriva de um dos líderes, Ned Ludd.
Eram revoltas radicais, onde os
trabalhadores invadiam as fábricas, e
destruíam as máquinas, ficando conhecidos
como “quebradores de máquinas”. Ilustração do Movimento de Ludismo (1811)

Existiam esquadrões luditas, que andavam armados com martelos, pistolas, lanças, e durante a
noite, andavam de um distrito ao outro, destruindo tudo que encontravam. Porém, muitos
manifestantes foram condenados à prisão, à morte, à deportação e até à forca.
O Ludismo ocorreu durante alguns anos, mas aos poucos os manifestantes constataram que não
eram contra as máquinas que deveriam reagir, e sim ao uso que os proprietários faziam delas,
abusando da mão-de-obra dos operários.

20
Cartismo
De maneira mais organizada, em 1836
surgiu o Cartismo, constituído pela
“Associação dos Operários” e liderado por
Feargus O’Connor e William Lovett.
Reinvidicavam direitos políticos, como o
sufrágio universal (direito de voto), o voto
secreto, melhoria das condições e jornadas de
trabalho. Redigiram a “Carta da Povo”, onde
pediam um conjunto de reformas junto ao
Parlamento.

Ilustração do Movimento Cartista (1836)

Inicialmente, as exigências não foram aceitas pelo Parlamento, havendo grandes movimentos e
revoltas por parte dos operários.
Depois de muitas tentativas e lutas, o Cartismo foi se dissolvendo até chegar ao fim. Porém, o
espírito do movimento não se perdeu e ganhou maior presença política depois de um tempo, fazendo
com que algumas leis trabalhistas fossem criadas.

Dessa forma, o Cartismo


teve seu direcionamento focado na
política, por meio da qual
conseguiu conquistar diversos
direitos políticos para o grupo de
trabalhadores

Cartismo voltado a Política

21
Trade Unions
(Formação de Sindicatos)
Os operários chegaram à conclusão de
que a união era fundamental para se contrapor
ao poder burguês, então criaram os “trade-
unions”, associações formadas pelos operários,
mas que possuíam uma evolução muito lenta
nas reinvindicações que faziam. Porém,
evoluíram e formaram os sindicatos, que eram
sistemas de organização que defendiam seus
direitos, eram os focos de resistência à
exploração capitalista. Mas diferente dos
sindicatos de hoje, tinham muita dificuldade de
Primeiros Movimentos Sindicais atuação.

A burguesia via um grande perigo


nessas associações e os sindicatos eram
ameaçados pela violência. Portanto, as
reuniões tinham que ser secretas, não
havendo sedes sindicais. Mas aos poucos
foram se organizando e realizando greves e
protestos. E os proprietários levavam
prejuízo, pois não tinha quem trabalhasse
durante as manifestações.
Conflitos em movimentos Sindicais

Em 1824, diante de todo esse crescimento das lutas operárias, a Inglaterra acabou aprovando a
primeira lei, que permitiu a organização sindical dos trabalhadores. Depois dessa conquista, o
sindicalismo se fortaleceu ainda mais.
A partir desse momento, começaram a surgir organizações de federações que unificavam várias
categorias dos trabalhadores e em 1830 foi fundada a primeira entidade geral dos operários ingleses.
Chegou a ter cerca de 100 mil membros.
Em 1866, ocorreu o primeiro congresso internacional das organizações de trabalhadores de
vários países, que representou um grande avanço na unidade dos assalariados, onde surge a fundação
da Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT).
Mas a burguesia sempre achava novos meios de interferir e reprimir os sindicatos. A história da
legislação trabalhista dependeu de muitas lutas, os operários e sindicatos resistiram à muita pressão
para que hoje, todos pudessem ter os direitos trabalhistas.

22
Impactos Sociais da Automação

A palavra Automação, vem do latim Automatus, que significa mover-se por si, é um sistema
automático de controle pelo qual os mecanismos verificam seu próprio funcionamento, efetuando
medições e introduzindo correções, sem a necessidade da interferência do homem.

Automação é a utilização de
técnicas computadorizadas ou mecânicas
para diminuição do uso de mão de obra em
qualquer processo, incentivando o uso de
robôs nas linhas de produção, a automação
visa diminuir os custos e aumentar a
velocidade da produção.

Linha de Produção Automatizada

. Também pode ser definida


como um conjunto de técnicas que podem
ser aplicadas sobre um processo
objetivando torná-lo mais eficiente, ou
seja, maximizando a produção com menor
consumo de energia, menor emissão de
resíduos e melhores condições de
segurança, tanto humana e material quanto
das informações inerentes ao processo

23
Automação e Crise

Vale de início lembrar que a questão do desenvolvimento da automação industrial - e, mais


exatamente, das formas avançadas de automação está intimamente ligada à evolução da tecnologia da
microeletrônica e de suas aplicações produtivas. Por outro lado, a chamada "revolução
microeletrônica" vem sendo considerada por alguns autores contemporâneos como um dos principais
vetores de uma nova revolução tecnológica que se estaria processando e que deverá forjar uma base
técnica renovada para a produção capitalista. Ainda de acordo com essa visão, a nova base técnica em
processo de formação dotará o sistema dos meios materiais necessários para vencer os obstáculos que
presentemente se interpõem à retomada da expansão da acumulação.

Ou seja, concretamente, ao promover uma forte elevação da produtividade, essa revolução


tecnológica abriria o caminho para a superação da crise atual, desencadeando uma nova fase de
crescimento para o capitalismo.

No rol das tecnologias (ou "grupos" de inovações técnicas) de ponta que poderão constituir o
núcleo central dessa nova base técnica, em geral são incluídas:

a) as biotecnologias (dentre estas, a engenharia genética);

b) as inovações ligadas às novas formas de produção de energia (energia solar, fusão


termonuclear, etc);

c) a microeletrônica.

Dentre essas inovações tecnológicas, são aquelas ligadas ao desenvolvimento da


microeletrônica que vêm apresentando os melhores resultados em suas aplicações produtivas
(notadamente, em termos de rentabilidade); nessa perspectiva, é a microeletrônica que parece oferecer
o maior potencial no que concerne à capacidade de polarizar uma dinamização das atividades
econômicas. Segundo G. Friedrichs

"O advento da microeletrônica oferece uma nova


dimensão às mudanças tecnológicas e à automação.
Existem, no mínimo, cinco fatores que fazem da
microeletrônica a tecnologia-chave da nossa época".
(Friedrichs, 1983, p.81)

Os fatores apontados pelo autor ressaltam: o amplo espectro de aplicações dessa tecnologia,
afetando direta ou indiretamente todos os setores da atividade econômica (produção, administração
pública e privada e serviços); o acelerado processo de difusão dessas inovações; o seu caráter, ao
mesmo tempo, "labor-saving" e "capital-saving" e a sua flexibilidade, adaptando-se tanto à produção
em larga escala como em pequenas e médias séries.

24
Cabe ainda levantar, mesmo que de passagem, uma objeção a um tipo de visão estreitamente
mecanicista desse processo. A constituição de uma base técnica revolucionada não pode determinar, a
saída de uma crise estrutural como essa que o capitalismo atravessa na atualidade; ela não representa
condição suficiente para tanto.

Essa ótica incorre, na verdade, em um certo determinismo tecnológico que deve ser
questionado; é necessário que o processo de introdução e difusão desse conjunto de tecnologias de
ponta seja acompanhado de transformações estruturais de natureza sócio-econômica, de modo a
engendrar as condições de rentabilização das novas técnicas.

Uma análise em perspectiva histórica da evolução do capitalismo confirmaria a procedência


dessa observação. O amplo processo histórico — transcorrido durante a primeira metade do século —
de formação e consolidação das condições estruturais dos regimes de acumulação sobre uma base
intensiva constitui um exemplo eloquente nesse sentido.

As transformações que ocorreram durante esse período resultaram na constituição de novas


normas de produção (nesse contexto é que se situa a nova base técnica de produção), novas normas de
consumo (o consumo de massa), novos procedimentos no que concerne à gestão monetária e financeira
da acumulação bem como mudanças expressivas nos padrões de concorrência intercapitalística.'' No
entanto nem por isso se deve cair no erro oposto, que consistiria em subestimar o papel das novas
tecnologias de ponta como resposta à crise atual. "Isoladas, a revolução da microeletrônica ou a
redução do tempo de trabalho não podem trazer soluções para a crise. Em contrapartida,

. . . através de transformações profundas nos modos de


produção e nos modos de vida, as novas tecnologias
constituem um dos elementos importantes de resposta à crise
atual"
(Richonnier, 1983).

O que importa reter dessa discussão é que as perspectivas para o futuro apontam claramente no
sentido de um desenvolvimento cada vez mais acelerado da automação dos processos produtivos,
disseminando e aprofundando, em consequência, seu impacto sobre as estruturas econômicas e sociais.

Automação e Emprego: o Debate

O tema automação/emprego remete a um velho debate: os efeitos do progresso técnico sobre o


nível de emprego; a criação e destruição de empregos em decorrência da utilização (e do
aperfeiçoamento) de máquinas na produção.
Essa problemática remonta, como se sabe, à época da Revolução Industrial e à obra de autores
clássicos da Economia Política (Ricardo e Marx, em primeiro plano). Como naquela época, pode-se
detectar atualmente, a grosso modo, duas grandes teses a respeito.
Para alguns autores, a automação, ao provocar uma elevação substancial da produtividade,
acarreta redução do nível do emprego:

"Mas, no conjunto, parece necessário esperar da


revolução eletrônica (e notadamente dos
microprocessadores) antes uma forte supressão de empregos
do que uma retomada do crescimento"
25
(Real, 1981, p.305)
"No período atual, efetivamente o progresso técnico
está destruindo inúmeros empregos anteriormente estáveis e
propiciando a criação de otitros de características
freqüentemente distintas e em quantidade insuficiente para
absorver a população ativa"

(Gaspard, 1981, p.30)

Já para outros, a automação engendra efeitos estimulantes sobre o emprego, e isso basicamente
em função dos efeitos de encadeamento cumulativos por ela suscitados sobre o conjunto da economia,
o que se traduziria, a termo, em um saldo líquido positivo em termos de emprego.

"Assim, as relações entre a automação e emprego


parecem se opor às crenças populares que emergem neste
período de subemprego. A análise dos fatos corrobora nossa
tese. Os ganhos de produtividade exercem, a longo prazo,
um efeito estimulante sobre o emprego"
(Fourçans & Tarondeau, 1981, p.201)

É relevante assinalar inicialmente que, ao nível micro, isto é, ao nível de cada unidade
produtiva afetada diretamente pela automação, o aumento da produtividade deverá implicar uma
supressão de postos de trabalho (como fica ilustrado abaixo pelos estudos de caso). Contudo esse nível
de análise, embora necessário, é insuficiente: o fenômeno deve ser examinado no âmbito setorial e, de
forma mais ampla, no plano macroeconômico e macrossocial, de modo a captar não somente os efeitos
diretos e imediatos, mas também toda a gama de efeitos indiretos e secundários desencadeados pela
introdução e difusão do uso de dispositivos automáticos de produção. Especificamente, esse estudo
global deverá investigar os possíveis efeitos induzidos, no que concerne:

a) à indústria de bens de capital, notadamente o segmento que produz equipamentos


automatizados;
b) à elevação da demanda pelas mercadorias produzidas com a nova tecnologia, em decorrência
de uma queda dos seus preços relativos (a possibilidade de transferência dos ganhos de produtividade
para os preços);

c) ao aparecimento e/ou expansão de atividades — produção de bens de serviços — ligadas à


automação (e aqui a análise deverá incorporar também o Setor Terciário, onde importantes efeitos
induzidos podem ser gerados).

Além disso, alguns autores observam que esse estudo não deve-se limitar apenas a uma
dimensão nacional; ele deve extrapolar o espaço produtivo nacional, contemplando inclusive as
repercussões da automação no plano da divisão internacional do trabalho. Concretamente, é preciso ter
em conta a possibilidade do crescimento das exportações e portanto do emprego em função de um
aumento de competitividade dos setores automatizados no contexto do mercado mundial.
Por outro lado, um atraso na adoção dessas mudanças tecnológicas poderia ter consequências
negativas sobre o nível de emprego:

26
"Se certos países exploram mais rapidamente a nova
tecnologia do que outros, seus mercados internacionais
(incluindo sua parcela no mercado doméstico dos países
tecnologicamente em atraso) ampliar-se-ão em detrimento dos
demais países ...Embora não se possa dizer com certeza que
uma bem sucedida adaptação tecnológica resume em pleno
emprego, pode-se afirmar seguramente que o atraso na
mudança tecnológica face aos competidores leva a um
desemprego mais considerável"
(Sleigh et alii, 1983, p.92)
Segundo a tese "otimista" que encontramos nas chamadas teorias da compensação do emprego,
os efeitos positivos do incremento da produtividade sobre a economia devem, a médio e a longo prazo,
mais do que compensar a supressão imediata de postos de trabalho no interior da unidade ou mesmo
do ramo de produção atingido pela automação. Contudo podemos, de imediato, levantar alguns reparos
a essa tese. Esse questionamento é bom esclarecer não significa que essa tese da transferência de
empregos seja absolutamente equivocada. O que se deseja refutar é o pretendido automatismo desses
mecanismos compensatórios, alertando para a existência de alguns fatores que inibem a flexibilidade
do sistema, conferindo a este uma certa "viscosidade". Dentre esses fatores, destacaremos os seguintes:

a) a correspondência entre empregos suprimidos e criados é problemática, a adaptação da


estrutura de qualificações da força de trabalho existente aos novos tipos de ocupação criados pela
automação está longe de se verificar sem uma certa "fricção". Isto significa que a efetiva realização da
transferência de mão-de-obra depende de uma considerável maleabilidade do mercado de trabalho e
forçosamente exigirá vultosos gastos para adaptar a qualificação da força de trabalho à evolução das
oportunidades de emprego (em retreinamento da mão-de-obra por exemplo);

b) a hipótese de queda dos preços, relativos dos produtos dos ramos atingidos pela automação
nem sempre é realista; as estruturas monopolistas ou oligopolistas de grande número de mercados
podem reduzir e mesmo obstruir esse efeito;

c) há que se levar necessariamente em conta na análise a posição que o País ocupa na


competição internacional e sua forma de inserção na divisão internacional do trabalho, em particular,
deve ser considerado o grau de internação da produção de bens de capital, especialmente no que tange
à capacidade de produção interna de bens de equipamento automatizados (como veremos em seguida,
essa questão é de relevância no caso brasileiro).
Em síntese, vemos que, dada a diversidade e a complexidade dos fatores envolvidos, se torna
extremamente difícil avaliar e prognosticar o impacto real da automação sobre o nível geral do
emprego. As tentativas de avaliação quantitativa desse impacto não são, via de regra, satisfatórias.
Essa dificuldade explica, em certa medida, o julgamento pessimista formulado em alguns trabalhos
acerca da possibilidade de se chegar a conclusões definitivas a respeito dos efeitos da automação sobre
o emprego:
"O resultado comum de todos os estudos científicos é o
seguinte: é impossível formular prognósticos macroeconômicos
quantitativos conclusivos em relação à influência da
microeletrônica sobre a oferta de oportunidades de trabalho
disponíveis"
(Krupp apud Pastré, 1981, p.56)

27
Entretanto, apenas à guia de ilustração, podemos mencionar um exemplo que ganha um
interesse especial na medida em que se refere a um país que é considerado por muitos como o
paradigma do capitalismo do futuro, o novo "modelo" de economia capitalista. País onde o grande
dinamismo verificado no desenvolvimento da automação vem sendo, pelo menos é o que se afirma
com frequência, assimilado de maneira perfeitamente harmoniosa por parte da organização econômica
e social. Os resultados de uma pesquisa realizada no Japão, envolvendo 106 casos de automação na
indústria daquele país, revelaram que:
"as supressões de empregos produtivos registrados
variam entre 40% e 70% segundo as diferentes aplicações
(montagem, usinagem, soldagem, controle de qualidade, etc.)"
(Geze, 1981, p.225)
Mas, evidentemente, apesar da amplitude da amostra, trata-se de uma percepção apenas parcial
do fenômeno, na medida em que esse levantamento não capta os possíveis efeitos indiretos e
secundários desses casos de automação.

Breve Reflexão sobre o Caso Brasileiro

No que concerne ao caso brasileiro, convém antes de mais nada registrar duas observações.
A primeira refere-se ao estágio ainda incipiente do processo de difusão do uso de
equipamentos automatizados na indústria brasileira:
"Como já realçamos no início desse relatório, o
processo de automação da manufatura no Brasil é
recente e ainda com difusão limitada"
(Secretaria Especial de Informática, 1983, p.8)
A seguida diz respeito ao precário conhecimento que se tem atualmente em relação a esse
fenômeno. Escassas e deficientes são as informações e raros, os estudos realizados sobre a difusão da
automação na indústria do País e suas consequências;
"O trabalho da subcomissão revelou o incipiente
conhecimento existente no país sobre os impactos sociais da
automação não só sobre a indústria como também em relação a
outros setores sócio-econômicos. Daí a sugestão da
subcomissão no sentido de que se empreenda pesquisas nesta
área, já que o aprofundamento dos conhecimentos nestas
matérias abrirão possibilidades de uma maior quantificação e
qualificação dos impactos sociais da automação".
(Secretaria Especial de Informática, 1983, p.39).
Apesar dessas limitações, uma breve reflexão sobre o impacto do desenvolvimento da
automação na indústria brasileira pode conduzir à opinião de que, provavelmente, esse movimento
viria reforçar a tendência em relação ao aumento do desemprego, tendência essa que já se faz sentir de
forma bastante vigorosa, no momento, em função da conjuntura de profunda crise econômica do País.
Algumas constatações dão respaldo a essa opinião. No caso brasileiro, os possíveis efeitos
positivos de encadeamento (geradores de emprego) seriam consideravelmente arrefecidos. Isso porque
grande parte dos equipamentos automatizados (e, principalmente, aqueles que incorporam as
tecnologias mais sofisticadas) devem ser obtidos via importação.
Além do mais, mesmo dentre aqueles equipamentos cuja produção interna já foi viabilizada,
uma grande parcela é produzida mediante utilização de tecnologias e/ou peças e componentes
importados. Com efeito, uma pesquisa realizada recentemente sobre a difusão de Máquinas-
Ferramenta com Controle Numérico (MFCN) no Brasil verificou que:
28
a) em sua maior parte, esses equipamentos instalados no País foram importados: "Estimamos
que hoje existam cerca de 680 MFCN em uso no parque industrial brasileiro (importadas até dezembro
de 1979 e produzidas aqui até junho de 1980) . . . Destas, aproximadamente 130 foram fabricadas no
Brasil" (Tauile, s.d., p.169);
b) por outro lado, a presença do capital estrangeiro era dominante na produção local desses
equipamentos: "A oferta interna total de MFCN, em 1980, era feita por 8 firmas, das quais 6 são de
propriedade de capital alemão" (Tauile, 1982, p. 18);
c) além disso, mesmo em relação às MFCN montadas no País, constatou-se que suas partes e
componentes mais sofisticados eram importados: "De qualquer modo, o que nos interessa registrar é
que as partes e componentes mais sofisticados são ainda importados mesmo nos melhores casos, pois a
indústria (micro) eletrônica no Brasil ainda está em seus estágios iniciais de formação e consolidação"
(Tauile, 1982, p.l9).
É bom ressaltar que a questão não se restringe à produção direta do equipamento automatizado
e seus componentes. Há que se considerar também toda a constelação de atividades ligadas à
concepção-produção dessa tecnologia (pesquisa básica, pesquisa e desenvolvimento, engenharia, etc);
Atividades essas capazes de gerar empregos altamente qualificados. Como se sabe, essas atividades
estão igualmente concentradas em determinadas economias centrais do sistema capitalista. Diante
desse quadro, evidencia-se a necessidade da criação de mecanismos no sentido de se exercer um
controle efetivo sobre o processo de automação na indústria brasileira, evitando o agravamento do
problema do desemprego que já adquire proporções bastante sérias no presente.

29
Definição Tipos de Empresas

Uma empresa é uma unidade econômico-social, integrada por elementos humanos, materiais e
técnicos, que tem o objetivo de obter utilidades através da sua participação no mercado de bens e
serviços. Nesse sentido, faz uso dos fatores produtivos (trabalho, terra e capital).
As empresas podem ser classificadas de acordo com a atividade econômica que desenvolvem.
A partir da seguinte separação setorial:

- Setor primário (que obtêm os recursos a


partir da natureza, como é o caso das
agrícolas, pesqueiras ou pecuárias);

- Setor secundário (dedicadas à transformação


de matérias-primas, como acontece com as
industriais e as da construção civil); e

- Setor terciário (empresas que se


dedicam à prestação de serviços ou ao
comércio).

30
Outra classificação igualmente possível para as empresas é de acordo com a sua constituição
jurídica:

- Empresas Individuais (que pertencem a uma única pessoa); e

- Societárias (constituídas por várias pessoas).

Neste último grupo, as sociedades, por sua vez, podem ser anônimas, de responsabilidade
limitada e de economia social (as chamadas cooperativas), entre outras.

Há várias classificações possíveis para sistematizar as empresas, tudo dependendo do aspecto


desejado. Na área jurídica, o Código Civil (lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002) relaciona seistipos
de empresas ou sociedades empresárias, entre seus artigos 980-A e 1039 a 1092:

1. sociedade em nome coletivo,


2. sociedade em comandita simples,
3. sociedade limitada,
4. sociedade em comandita por ações
5. sociedade anônima, que continua a ser regulada pela lei nº 6.404-76, acrescida das
modificações feitas pelas Leis nºs 9.457-97 e 10.303-01.
6. há ainda a empresa individual de responsabilidade limitada – EIRELI – inovação do direito
brasileiro, buscando sintonia com a realidade do empreendedorismo local - prevista no artigo
980-A do código civil e em lei própria, a 12441/11.

A atividade econômica pode ser exercida individualmente ou de forma coletiva. Caso a opção seja
a de empresário individual, o patrimônio particular se confunde com o da empresa.

É importante lembrar que o ordenamento jurídico prevê a figura da sociedade simples. Trata-se de
um novo tipo societário criado em substituição ao tradicional modelo de sociedade civil. Sociedades
simples não podem exercer qualquer atividade econômica organizada, com a finalidade de produção
ou circulação de bens ou serviços. Sua finalidade deve se concentrar em atividades profissionais de
natureza científica, literária e/ou artística.

O código anterior previa ainda a sociedade de capital e indústria, que foi extinta. Já a sociedade
cooperativa, que antes era sociedade civil, agora é sociedade simples, e conta com novas
características. Continua a ser inscrita na Junta Comercial, pois é regida por lei especial.

31
Apesar da lei brasileira trazer seis tipos diferentes de empresas, na prática apenas duas delas são
amplamente utilizadas: a sociedade limitada, estatisticamente a preferida, e a sociedade anônima. As
demais espécies são raramente encontradas.

1.Sociedade em nome coletivo


É constituída necessariamente por pessoas físicas. Há igualdade entre os seus sócios, que respondem
solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais.

A administração da sociedade cabe exclusivamente aos sócios, sendo vedada a nomeação de terceiros
para tal função. Seu nome comercial obrigatório é firma ou razão social, composta pelo nome de
qualquer sócio, acompanhado da expressão & CIA.

Neste tipo de sociedade não é necessário contribuir com dinheiro ou bens para a integralização do
capital social. A contribuição poderá ser efetivada com prestação de serviços.

A sociedade em nome coletivo pode exercer atividade econômica, comercial e civil, podendo ser
empresário individual ou não, e responsáveis solidários pelas obrigações sociais. A exploração de
atividade econômica por esse tipo de associação de esforços não preserva nenhum dos sócios dos
riscos inerentes ao investimento empresarial.

2.Sociedade em comandita simples


Sociedade em comandita simples é aquela constituída por dois tipos de sócios:

1. pessoas físicas, responsáveis solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, denominados


comanditados.
2. comanditários, que respondem somente pelo valor de suas respectivas cotas;

A sociedade deve ser administrada pelo sócio comanditado. Na ausência do comanditado, os sócios
comanditários devem nomear um administrador provisório para realizar os atos de administração sem
assumir a condição de sócio, no prazo de cento e oitenta dias. O sócio comanditário que praticar atos
de gestão e fizer uso da firma social assume responsabilidades de modo solidário e ilimitado.

3.Sociedade limitada
Sociedade limitada é aquela dedicada à atividade empresarial, composta por dois ou mais sócios que
contribuem com moeda ou bens para a formação do capital social. A responsabilidade dos sócios está
limitada à sua proporção no capital da empresa. Cada sócio, porém, tem obrigação com a sua parte do
capital social, podendo ser chamado a integralizar quotas dos sócios que deixaram de integralizá-las.
32
Sua administração é exercida por uma ou mais pessoas estipuladas em contrato ou ato separado. O
termo LTDA ou sociedade limitada é usado para designar o tipo de empresa que exige uma escritura
pública ou contrato social que define entre outras coisas quem são os sócios da empresa, quantos são e
como as quotas de capital estão distribuídas entre eles. O nome empresarial pode ser de dois tipos:
denominação social ou firma social.

De constituição mais simples, este tipo de sociedade é a mais adotada pelas pequenas empresas, em
função da limitação da responsabilidade dos sócios e da simplicidade dos seus atos. Contudo em face
das modificações introduzidas pelo novo Código Civil, que aumentou seu formalismo (em especial
para as empresas com mais de dez sócios), e o grau de responsabilidade dos sócios, é possível que haja
uma migração desta modalidade para a de sociedade por ações, de formalismo semelhante, mas cuja
responsabilidade dos sócios é restrita ao valor das ações por eles subscritas.

A sociedade limitada pode assumir a forma de Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte
(EPP), mediante declaração. É importante que ela atenda aos requisitos da lei complementar 123, de 14
de dezembro de 2006.

3.1.ME – Microempresa
São consideradas micro e pequena empresa a sociedade empresária, a sociedade simples e o
empresário individual regularizados perante a junta comercial do estado e que corresponda a
determinados requisitos específicos. A mais importante, de acordo com a Lei Geral da Micro e
Pequena Empresa, é que uma empresa será considerada microempresa quando, no ano-calendário, (ano
em que houve operações) a receita bruta for igual ou inferior a R$ 240.000,00.

3.2.EPP – Empresa de Pequeno Porte


Na mesma Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, para ser considerada microempresa ou Empresa de
Pequeno Porte, a mesma deve ter faturamento bruto anual superior a R$ 240.000,00 e igual ou inferior
a R$ 2.400.000,00.

3.3.Empresa individual
A empresa individual ou empresário individual também pode ser considerado microempresa, com a
diferença de que não há sociedade e, portanto, não há contrato social. Esse tipo é ideal para algumas
atividades, em particular no campo de prestação de serviços onde o profissional pode exercer
individualmente a atividade sem precisar estabelecer uma sociedade limitada com outra pessoa.

33
4.Sociedade em comandita por ações
Este tipo de empresa tem o capital dividido em ações e é regulado pelas mesmas normas relativas às
sociedades anônimas. Possui duas categorias de acionistas semelhantes aos sócios comanditados e aos
comanditários das comanditas simples.

Trata-se de uma sociedade comercial híbrida, pois mistura aspectos da comandita e da sociedade
anônima. Será regida pelas normas correspondentes às sociedades anônimas, nos pontos que forem
adequados. Poderá comerciar sob firma ou razão social, e o uso de denominação não lhe é vedado. A
denominação ou firma deve ser complementada pelas palavras comandita por ações, por extenso ou de
forma abreviada.

5.S/A – Sociedade Anônima


A sociedade anônima (S/A) ou empresa jurídica de direito privado, abriga a maioria dos
empreendimentos de grande porte no Brasil e sua regulamentação se encontra na lei 6.404/76.

Seu capital está dividido em partes iguais chamadas ações, que podem ser negociadas em bolsa de
valores sem a necessidade de uma escritura pública. Tais ações podem ser adquiridas pelo público em
geral, que desse modo torna-se sócia da empresa, sem com que passe a fazer parte do contrato social,
como no caso das LTDA.

As S/A podem ser de capital aberto ou capital fechado. Sua constituição difere caso seja aberta ou
fechada, sendo sucessiva ou pública para a primeira, e simultânea ou particular para a segunda.

A estrutura organizacional da S/A é composta de: assembléia geral, conselho de administração


(facultativo no caso de companhia fechada), diretoria e conselho fiscal, com atribuições fixadas na Lei
6.404/76, além das determinadas no estatuto social.

A sociedade pode participar de outras sociedades, e será designada por denominação acompanhada das
expressões companhia ou sociedade anônima, escritas por extenso ou abreviadamente, sendo vedada a
utilização da abreviação "cia" ao final da denominação.

6.EIRELI
A empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI) é constituída por uma única
pessoa, titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, não inferior a cem vezes o
maior salário-mínimo vigente. A EIRELI será regulada, no que couber, pelas normas aplicáveis às
sociedades limitadas.

34
Existem duas formas de se instituir uma EIRELI:

a) originária: quando decorre de ato de vontade da criação específica desta modalidade de pessoa
jurídica;

b) superveniente: na forma do §3° do art 980-A, quando “resultar da concentração das quotas de outra
modalidade societária num único sócio, independentemente das razões que motivaram tal
concentração”.

O titular não responde com seus bens pessoais pelas dívidas da empresa, diferentemente do que
acontece com o empresário individual, cuja responsabilidade pelas dívidas contraídas recai em seu
próprio patrimônio pessoal (pessoal física). Caso não possua patrimônio suficiente para liquida-las, o
titular torna-se insolvente e se sujeita ao regime falimentar, respondendo por suas dívidas,
exclusivamente, o patrimônio que tiver obtido e defasado ao longo de sua existência. Existe a
possibilidade do dono da EIRELI ter o seu patrimônio pessoal atingido, seguindo, assim, os termos
aplicados à desconsideração da personalidade jurídica.

Foi a partir das necessidades e vantagens que a regulamentação desse tipo de empresa traria à
realidade jurídica e econômica que surgiu a lei 12.441/11, que consagrou a criação da EIRELI,
permitindo que uma única pessoa natural possa, sem precisar formar sociedade com outra, constituir
uma pessoa jurídica com responsabilidade limitada ao capital integralizado. O código civil recebeu
ainda a adição de um artigo, o 980-A, dotado de seis parágrafos, que estabeleceu diretrizes gerais para
a existência de uma EIRELI.

A pessoa natural que constituir uma EIRELI poderá figurar somente em uma única empresa desta
modalidade. Ao nome empresarial, de acordo com o art.980-A, deverá ser adicionada a expressão
"EIRELI" após a firma ou a denominação social da empresa individual de responsabilidade limitada.

35
36
Saúde e Segurança do Trabalhador

A Saúde e Segurança do trabalhador pode ser


entendida como os conjuntos de medidas que são
adotadas, visando minimizar os acidentes de
trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger
a integridade e a capacidade de trabalho do
trabalhador.

O quadro de Segurança do Trabalho de


uma empresa compõe-se de uma equipe
multidisciplinar composta por Técnico de
Segurança do Trabalho, Engenheiro de
Segurança do Trabalho, Médico do
Trabalho e Enfermeiro do Trabalho. Estes
profissionais formam o que chamamos
de SESMT - Serviço Especializado em Órgão integrante da NR – 4
Engenharia de Segurança e Medicina do
Trabalho.

37
Também os empregados da empresa constituem
a CIPA - Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes, que tem como objetivo a prevenção de
acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo
a tornar compatível permanentemente o trabalho com
a preservação da vida e a promoção da saúde do
trabalhador.

Órgão Integrante da NR – 5

A Segurança do Trabalho faz com que a empresa se organize, aumentando a produtividade e a


qualidade dos produtos, melhorando as relações humanas no trabalho, procurando evitar o Acidente de
trabalho (é aquele que acontece no exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão
corporal ou perturbação funcional podendo causar morte, perda ou redução permanente ou temporária,
da capacidade para o trabalho).

38
O SESMT - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e
Medicina do Trabalho

Toda movimentação em relação a


Segurança do Trabalho no Brasil começou
timidamente em 1981 com a lei de
proteção ao trabalho do menor.
Com a criação da OIT
(Organização Internacional do Trabalho)
em 1919 a prevenção de acidentes no
Brasil ganha um novo impulso, é criado
então, a Lei n° 3724 de 15 de Janeiro de
1919, essa foi à primeira de lei acidente
de trabalho no Brasil

Em 1967 foi criado o SESMT a partir do Decreto-Lei Nº 229 de 28 de


Fevereiro de 1967.
E posteriormente foi regulamentado, mais precisamente em 1972 pela Portaria Nº 3237.
Em 1990 o quadro do SESMT foi alterado, sendo introduzidos todos os
profissionais que participam dele atualmente.
Compete ao SESMT esclarecer os empregados dos riscos no ambiente de
trabalho e promover ações para neutralizá-los ou eliminá-los. Sempre visando a
promoção da saúde, prevenção de acidentes de trabalho e de doenças ocupacionais.

39
Segundo a NR-4 em seu item 4.4.1, os profissionais abaixo compõem o SESMT:

– Médico do Trabalho: Médico portador de curso em nível


de pós graduação em Medicina do Trabalho ou portador de
certificado de residência médica em área relacionada á saúde
do trabalhador.

– Engenheiro de Segurança do
Trabalho: Engenheiro, Arquiteto portador do curso
em nível de pós graduação em Engenharia de
Segurança do Trabalho conforme lei 7410 de
29/11/85.

– Enfermeiro do Trabalho: É o Enfermeiro que


possui especialização em nível de pós-graduação
em Enfermagem do Trabalho.

40
– Técnico em Segurança do Trabalho: Profissional com
registro no Ministério do trabalho. Profissional formado em
nível Técnico conforme lei 7410 de 29/11/85.

– Auxiliar de Enfermagem do
Trabalho: Portador de certificado de
conclusão de curso de qualificação de
auxiliar de enfermagem do trabalho,
ministrado por instituição especializada
reconhecida e autorizada pelo Ministério da
Educação.

Veja a descrição das atividades dos profissionais de Saúde e Segurança do Trabalho, de acordo
com a Classificação Brasileira de Ocupações - (CBO).

41
O SESMT - Profissionais Integrantes

Engenheiro em Segurança do Trabalho

CBO Nº 2149 – 15

Atribuições:

Engenheiro de segurança é o engenheiro ou arquiteto, que possui curso de especialização


em Engenharia de Segurança do Trabalho.

Atua na gestão de segurança e saúde ocupacional, em médias e grandes empresas dos mais
diversos segmentos.

Visando reduzir as perdas decorrentes de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. Essas


perdas podem ser humanas, de maquinários e equipamentos, multas e meio ambiente.

No Brasil, a profissão é regulamentada pela lei 7.410, de 27 de novembro de 1985 que dispôs
sobre a especialização, em nível de pós-graduação, de engenheiros e arquitetos em engenharia
de segurança do trabalho.

42
Médico em Segurança do Trabalho

CBO Nº 2251 – 40

Atribuições:

Realizam consultas e atendimentos médicos;

Tratam pacientes e clientes;

Implementam ações de prevenção de doenças e promoção da saúde tanto individuais


quanto coletivas;

Coordenam programas e serviços em saúde, efetuam perícias, auditorias e sindicâncias


médicas; elaboram documentos e difundem conhecimentos da área médica no trabalho.

Fonte CBO do Ministério do Trabalho .

Vale lembrar, que o Médico do Trabalho é responsável pelo PCMSO (Programa de


Controle Médico e Saúde Ocupacional). Programa esse que anda junto com o PPRA
(Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) da empresa.

O Médico do Trabalho também tem participação na CAT (Comunicação de Acidente de


Trabalho), LTCAT (Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho), e várias
outras atividades.

43
Enfermeiro em Segurança do Trabalho

CBO Nº 2235 – 30

Atribuições:

O enfermeiro do trabalho normalmente é o líder da equipe de enfermagem do trabalho.

Atua na assistência ao paciente, em ambulatórios, hospitais, ambulâncias, setores de trabalho e em


domicílio.

Atua em procedimentos de enfermagem de maior complexidade e prescreve ações, realiza a rotina


receitada pelo médico.

Cabe a ele juntamente com o médico a realização de coleta de dados sobre doenças ocupacionais,
realização de inquéritos sanitários, coleta de dados estatísticos de morbidade e mortalidade de
trabalhadores e etapas antecedentes aos estudos epidemiológicos.

Executa, avalia programas de prevenções de acidentes de trabalho e de doenças profissionais, faz


análise dos fatores geradores de insalubridade, para propiciar a preservação de integridade física e
mental do trabalhador.

É sua função participar do processo de treinamento e instrução dos trabalhadores no uso


de equipamento de proteção individual (EPI), na prevenção de doenças do trabalho em harmonia e
concordância com os outros profissionais de saúde do trabalho e Segurança do Trabalho.

44
Auxiliar de Enfermagem em Segurança
do Trabalho

CBO Nº 3222 – 35

Atribuições

Desempenham atividades técnicas de enfermagem em empresas públicas e privadas como:

Hospitais, clínicas e outros estabelecimentos de assistência médica, embarcações e domicílios.

Atuam em cirurgia, terapia, puericultura, pediatria, psiquiatria, obstetrícia, saúde ocupacional e


outras áreas.

Prestam assistência ao paciente zelando pelo seu conforto e bem estar, administram medicamentos e
desempenham tarefas de instrumentação cirúrgica, posicionando de forma adequada o paciente e o
instrumental. Organizam ambiente de trabalho e dão continuidade aos plantões.

Trabalham em conformidade às boas práticas, normas e procedimentos de biossegurança.

Realizam registros e elaboram relatórios técnicos.

Desempenham atividades e realizam ações para promoção da saúde do trabalhador.

45
Técnico em Segurança do Trabalho

CBO Nº 3516 – 05

Convido você aluno a participar e preencher SEU ESPAÇO !

http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/pesquisas/BuscaPorCodigo.jsf

46
Acidente do Trabalho
De acordo com a Legislação Brasileira, acidente do trabalho é definido como “aquele que
ocorre pelo exercício da função a serviço da empresa”, podendo provocar lesão corporal ou até
mesmo a morte. Ele também poderá causar “ a perda ou redução, permanente ou temporária, da
capacidade para o trabalho”.

Há, porém, 03 (três) tipos de acidentes de


trabalho. Conforme descrito abaixo:

- Atípico (ou doença do trabalho): doença


sofrida em razão do trabalho, também
conhecida como doença ocupacional ou
profissional (como adquirir deficiencia
auditiva pelo barulho em fábricas ou tendinite
por digitar muito no computador).

- Típico: Ocorre Subitamente no horário de


trabalho, como por exemplo a queda de uma
escada;

- De trajeto: acontece no trajeto de casa para


o trabalho e do trabalho para casa;

47
Conforme dispõe o art. 19 da Lei nº
8.213/91¹, "acidente de trabalho é o que ocorre
pelo exercício do trabalho a serviço da empresa
ou pelo exercício do trabalho dos segurados
referidos no inciso VII do art. 11 desta lei,
provocando lesão corporal ou perturbação
funcional que cause a morte ou a perda ou
redução, permanente ou temporária, da
capacidade para o trabalho".

¹Lei nº 8213/91 - Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras


providências.

Ao lado da conceituação acima, de acidente de


trabalho típico², por expressa determinação legal, as
doenças profissionais e/ou ocupacionais equiparam-
se a acidentes de trabalho. Os incisos do art. 20 da
Lei nº 8.213/91 as conceitua:

²Acidente de trabalho Típico – É o acontecimento brusco, repentino inesperado, externo e


traumático, ocorrido durante o trabalho ou em razão dele, que agride a integridade física ou
psíquica do trabalhador (ex. queda de material)

- doença profissional, assim


entendida a produzida ou
desencadeada pelo exercício do trabalho
peculiar a determinada atividade e
constante da respectiva relação elaborada
pelo Ministério do Trabalho e da
Previdência Social;

Técnico de Radiologia
(Exposição aos Raios Gama)

48
- doença do trabalho, assim
entendida a adquirida ou desencadeada em
função de condições especiais em que o
trabalho é realizado e com ele se
relacione diretamente, constante da relação
mencionada no inciso I

Trabalhador sem uso de EPI

Como se revela inviável listar todas as hipóteses dessas doenças, o § 2º do mencionado artigo da
Lei nº 8.213/91 estabelece que, "em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na
relação prevista nos incisos I e II deste artigo resultou das condições especiais em que o trabalho é
executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la acidente do
trabalho".

O art. 21 da Lei nº 8.213/91 equipara ainda a acidente de trabalho:

I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído
diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou
produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;

II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência de:

a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho;

b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho;

c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho;

d) ato de pessoa privada do uso da razão;

e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior;

III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade;

IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:

a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;

b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar
proveito;

c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus
planos para melhor capacitação da mão de obra, independentemente do meio de locomoção utilizado,
inclusive veículo de propriedade do segurado;

d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de
locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.
49
§ 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras
necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado no
exercício do trabalho.

Esses acidentes não causam repercussões apenas de ordem jurídica. Nos acidentes menos graves,
em que o empregado tenha que se ausentar por período inferior a quinze dias, o empregador deixa de
contar com a mão de obra temporariamente afastada em decorrência do acidente e tem que arcar com
os custos econômicos da relação de empregado.

50
Ato Inseguro x Condição Insegura

Atos e condições inseguras podem estar em vários lugares. Pode ser sem você perceber ou por
existir a muito tempo, aquilo que era errado se torna normal e não passa mais a ser perceptível.
Para você entender um pouco mais sobre esses conceitos.

Atos inseguros
É a maneira como as pessoas se
expõem, consciente ou inconscientemente, a
riscos de acidentes. São esses os atos
responsáveis por muitos dos acidentes de
trabalho e que estão presentes na maioria
dos casos em que há alguém ferido.
Em uma pesquisa realizada foi
constatado que em 80% dos casos de
acidentes o motivo principal é o ato
inseguro.

Diversos Atos Inseguros sendo cometidos

51
Atos inseguros podem ocorrer por diversas causas, e todas elas são provenientes do homem,
portanto, “como faz” que é o grande problema dos resultados que traz um ato inseguro.
Fazer com segurança, consciência e sem pressa são atitudes que contribuem para que se faça
bem feito e não gerando uma situação insegura colocando em risco a própria vida e a dos demais.
A educação, o conhecimento do que é certo ou errado também contribui favoravelmente para
que muitos incidentes aconteçam. O maior responsável pelo ato inseguro é você, pense antes de fazer,
não faça com pressa, não queira desenvolver várias atividades ao mesmo tempo.
Uma frase clássica da segurança no trabalho reflete essa situação “Não há trabalho tão urgente
e serviço tão importante que não possa ser feito com segurança”. Reflita, pense nisso.

Condições inseguras
Condições inseguras nos locais de
serviço são aquelas que compreendem a
segurança do trabalhador.
São as falhas, os defeitos,
irregularidades técnicas e carência de
dispositivos de segurança que põe em
risco a integridade física e/ou a saúde das
pessoas e a própria segurança das
instalações e equipamentos.

Diversas Condições Inseguras sendo cometidas

As condições inseguras tem como resultado o tempo, a resistência de certos materiais se


desgasta, a organização do local, que é um fator humano e/ou falta de manutenção, tecnologia aplicado
ao local, entre outros.
Mesmo sendo originadas por diversos fatores externos, as condições inseguras tem como
responsabilidade o próprio homem, seja por sua omissão ou irresponsabilidade.

52
Lembrando que tanto Ato Inseguro e
Condição Insegura andam juntos, portanto
podem aparecer juntos também.

Portanto, a Segurança começa e termina com as ações, atitudes e consciência de


todos nós.

A Personalidade

As pessoas, geralmente, reconhecem a personalidade uma das outras através dos


comportamentos que são exibidos, com grande freqüência, por elas. A sociedade, ao observar o
comportamento das pessoas, pode aprová-lo ou desaprová-lo, implicando em um controle social
(membros considerados desapropriados sofrem profundas repressões).

Podemos perceber que a sociedade, portanto, é a maior influenciadora da personalidade, pois


ela força seus membros, que são considerados desapropriados, a mudarem seus hábitos e
comportamentos, a fim de enquadrá-los em seus padrões e regras.

53
A PERSONALIDADE

Termo utilizado para designar a organização dinâmica do conjunto de sistemas psicofísicos que
determinam os ajustamentos do indivíduo ao meio em que vive. Possui várias características:

o É única, própria a um só indivíduo, ainda que este tenha traços comuns a outros indivíduos.
o É uma integração das diversas funções, e mesmo que esta integração não esteja concretizada,
existe uma tendência à integração que confere à personalidade o caráter de centro organizador.
o É temporal, pois é sempre a de um indivíduo que vive historicamente.
Não é estímulo nem resposta, mas uma variável intermediária que se afirma, portanto, como um
estilo pela conduta.

Estrutura da Personalidade
As observações de Freud¹ revelaram uma série interminável de conflitos e acordos psíquicos. A
um instinto opunha-se outro. Eram proibições sociais que bloqueavam pulsões biológicas e os modos
de enfrentar situações freqüentemente chocavam-se uns com os outros.

Ele tentou ordenar este caos aparente


propondo três componentes básicos
estruturais da psique: o Id, o Ego e o
Superego.

As estruturas de Personalidade

54
¹ SIGMUND FREUD

Nascido em 06 de maio de 1856, em


Freiberg, na Morávia. Estudou em Viena. Aluno de
Brücke, o fisiologista. Formatura grau de médico, 1881.
Aluno de Charcot em Paris, 1885-6. Habilitação
nomeação como Privatdozent, 1885. Trabalhou como
médico e Dozent na Universidade de Viena a partir de
1886. Indicado como Professor Extraordinarius, 1897.

Antes disso, Freud produziu textos sobre histologia e anatomia cerebral e,


subseqüentemente, trabalhos clínicos sobre neuropatologia; traduziu obras de Charcot e
Bernheim. Em 1884, “Über Coca” “Sobre a Coca”, artigo que apresentou a cocaína à
medicina.

Em 1891, bar Auffassung der Aphasien Sobre a Interpretação das Afasias.

Em 1891 e 1893, monografias sobre as paralisias cerebrais infantis, que


culminaram em 1897 no volume sobre esse assunto no Handbuch de Nothnagel. Em 1895,
Studien über Hysterie – Estudos sobre a Histeria (com o Dr. J. Breuer). Desde então Freud
voltou-se para o estudo das psiconeuroses, especialmente da histeria, e numa série de
trabalhos mais curtos enfatizou a importância etiológica da vida sexual para as neuroses.
Desenvolveu também uma nova psicoterapia da histeria, sobre a qual muito pouca coisa
tem sido publicada. Um livro, Die Traumdeutung – A Interpretação dos Sonhos, está no
prelo.

ID, EGO E SUPEREGO – Relações entre Três Sistemas


A meta fundamental da psique é manter e recuperar, quando perdido, um nível aceitável de
equilíbrio dinâmico que maximiza o prazer e minimiza o desprazer. A energia que é usada para acionar
o sistema nasce no Id, que é de natureza primitiva, instintiva. 0 ego, emergindo do id, existe para lidar
realisticamente com as pulsões básicas do id e também age como mediador entre as forças que operam
no Id e no Superego e as exigências da realidade externa. O superego, emergindo do ego, atua como
um freio moral ou força contrária aos interesses práticos do ego. Ele fixa uma série de normas que
definem e limitam a flexibilidade deste último.

O id é inteiramente inconsciente, o ego e o superego o são em parte. Grande parte do ego e do


superego pode permanecer inconsciente e é normalmente inconsciente. Isto é, a pessoa nada sabe dos
conteúdos dos mesmos e é necessário despender esforços para torná-los conscientes.

55
O ID O EGO O SUPEREGO

O id é uma estrutura poderosa É o aspecto racional da O superego é um conjunto


da personalidade, pois fornece poderoso (e em grande parte
toda a energia para os outros personalidade, responsável pela inconsciente) de ordens ou
dois componentes e é o orientação e controle dos instintos crenças que adquirimos na
reservatório dos instintos e da de acordo com o princípio de infância: o nosso conceito
libido, portanto, está ligado à de certo e errado. É o
realidade³, que se opõe às vezes ao
satisfação das necessidades equivalente ao que
corporais. O id age de acordo princípio do prazer. O ego exerce chamamos de “consciência”
com o que Freud chamou controle sobre os impulsos do id, na linguagem cotidiana.
de princípio do prazer¹; por Segundo Freud a base desse
mas não impede a satisfação dele;
meio da sua preocupação com lado moral da personalidade
a redução da tensão, o id atua ele tenta adiar ou redirecioná-la em é adquirida por volta dos
para aumentar o prazer e não função das exigências da realidade. cinco ou seis anos de idade;
tolera atrasos ou adiamentos da Conforme a criança cresce ela vai no início é constituído por
satisfação por nenhum motivo. regras de conduta
É uma estrutura egoísta que só aprendendo a lidar de forma estipuladas pelos nossos
conhece a gratificação inteligente e racional com o mundo pais. Por meio de elogios e
instantânea sem levar em exterior e desenvolve os processos castigos aprendemos quais
consideração o que os outros os comportamentos que
querem. A busca do prazer é de percepção, reconhecimento, nossos pais consideram
amoral, primitiva, impulsiva e julgamento e memória. Freud bons ou maus. Esses
insistente. O id não tem chamava essas habilidade comportamentos devido aos
consciência da realidade e é quais somos punidos
de processo secundário.
comparado a um bebê recém- formam
nascido. As únicas maneiras O ego serve a dois mestres – o a consciência5, uma parte
pelas quais o id pode tentar id e a realidade – e está do superego. A segunda
satisfazer suas necessidades constantemente mediando e parte do superego é o ideal
são o ato reflexo e o desejo ou do ego6, que é constituído
fantasia, que Freud rotulou confrontando os compromissos de comportamentos bons ou
como processo primário. entre as demandas conflitantes de corretos, pelos quais fomos
ambos. É um quadro de luta, o ego elogiadas. Então, o superego
é o aspecto moral da
tenta reprimir o id e ao mesmo personalidade, a introjeção

56
tempo satisfazê-lo de acordo com dos valores e padrões dos
pais e da sociedade. Em
as exigências da realidade. Como consequência dele surgem
está ciente da realidade o ego os sentimentos de vergonha
decide quando e como os instintos e culpa quando agimos em
desacordo com esse códig
do id podem ser satisfeitos. Ele
determina os momentos, lugares e
objetos adequados e socialmente
aceitos que irão satisfazer os
impulsos do id.

57
Estereótipos

Estereótipo são generalizações que as


pessoas fazem sobre comportamentos ou
características de outros. Estereótipo significa
impressão sólida, e pode ser sobre a aparência,
roupas, comportamento, cultura etc.

Estereótipo são pressupostos sobre determinadas pessoas, muitas vezes eles acontecem sem ter
conhecimento sobre grupos sociais ou características de indivíduos, como a aparência, condições
financeiro, comportamento, sexualidade etc.

O conceito de estereótipo foi criado em 1922, pelo


escrito estadunidense Walter Lippmann. É bastante
confundido com preconceito, uma vez que estereótipo
acabam se convertendo em rótulos, muitas vezes,
pejorativos e causando impacto negativo nos outros.
Também porque é uma noção preconcebida e muitas vezes
automática, que é incutida no subconsciente pela
sociedade.
Walter Lippmann
(1889 – 1974)

58
Estereótipo é geralmente um conceito infundado sobre algo e é geralmente depreciativo, que as
pessoas se baseiam em opiniões alheias e as tornam como verdadeiras. O Estereótipo também faz parte
do racismo, xenofobia e intolerância religiosa.

Existem estereótipos positivos também, por exemplo, o Brasil ser conhecido como o país do
futebol, isso demonstra uma grande qualidade da seleção e dos jogadores brasileiros.

O fato é que muitos estereótipos são geralmente adquiridos na infância sob a influência dos
pais, familiares, amigos, professores e através da mídia. E quando um estereótipo é aprendido e
armazenado no cérebro, a tendência é que seja passado para outras pessoas.

Podemos classificar os estereótipos em:

Estereótipos de gênero

São estereótipos direcionados ao gênero


masculino e feminino. Antigamente ouvia-se muito
que o papel da mulher era casar e ter filhos e o
homem era visto como o provedor financeiro e tinha
que focar em sua carreira. Hoje estes estereótipos já
não são tão predominantes como era há alguns anos
atrás.

59
Felizmente a mulher conquistou seu espaço no mercado de trabalho, e consegue
fazer perfeitamente o seu papel de cuidar dos filhos e da casa, como também cuidar de
sua carreira profissional.

Os homens hoje, também não são tão cobrados na questão financeira, uma vez que
suas parceiras ajudam nas despesas, e são ótimos auxiliares na arrumação da casa. Outros
estereótipos de gêneros muito comuns são aqueles que dizem que as mulheres são
melhores para cozinhar do que os homens.

No entanto, os melhores chefes de cozinha do mundo são homens. Há ainda


aqueles estereótipos que dizem que "os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor”,
"mulher no volante perigo constante", e outros estereótipos que estão associados ao
preconceito.

Estereótipos raciais e étnicos


São estereótipos direcionados a diferentes
etnias e raças. Nesta categoria existem muitos
estereótipos preconceituosos como aqueles que
dizem "os colombianos são traficantes", "os
muçulmanos são terroristas", "os índios são
violentos", "todos os alemães são prepotentes", "os
portugueses são burros" e outros menos
impactantes como "quenianos são os melhores
corredores do mundo", "os negros são melhores
no basquete".
Neste tipo de estereótipo ainda incluem aqueles relacionados ao racismo que é o tipo de
preconceito mais frequente em nosso país.

60
Estereótipos sócio-econômicos

São estereótipos relacionados com a questão


financeira de indivíduos e grupo de indivíduos.
Exemplos: "Os mendigos são mendigos por opção",
"os sem-terra são preguiçosos", "patricinhas são
mesquinhas", entre outros.

Existem também estereótipos no meio profissional, direcionados a certas


profissões, estereótipos em relação à opção sexual (gays, lésbicas e bissexuais),
estereótipos no mundo da estética, e ainda aqueles muito comuns em escolas como os
"nerds", que são alunos que se destacam pela sua inteligência e pelo seu jeito
introvertido.

Preconceito

Preconceito é um "juízo" preconcebido, manifestado geralmente na forma de uma


atitude discriminatória perante pessoas, culturas, lugares ou tradições considerados diferentes ou
"estranhos".

As formas mais comuns de preconceito são: social, "racial", cultural e "sexual". Para
o indivíduo ser ou não preconceituoso podemos avaliar suas formas de socialização, isso distinguirá
seus primórdios e no que ele virá a se transformar. Este processo, será explicado por culturas e a
própria história no contexto em que se está inserido. Geralmente a pessoa que tende a ter esse tipo
de sentimento, não o faz apenas por um só tipo, ele engloba todos os preconceitos e alimenta todos
eles. O assunto em questão diz mais sobre a pessoa preconceituosa do que aquele que está sofrendo
com este, por causa das características identificadas.

De modo geral, o ponto de partida do preconceito é uma generalização superficial, chamada


"estereótipo".

Ainda assim, observar características comuns a grupos são consideradas preconceituosas


somente quando entrarem para o campo da agressividade ou da discriminação, caso contrário reparar
em características sociais, culturais ou mesmo de ordem física por si só não representam preconceito,
elas podem estar e/ou não - denotando apenas costumes, modos de determinados grupos ou mesmo a
aparência de povos de determinadas regiões, pura e simplesmente como forma ilustrativa ou educativa,
por vezes questionada pela Ciência e a Psicologia.
Observa-se então que o preconceito, se associado a discriminação, pode ser considerado
um erro. Entretanto, segundo Freud, trata-se de um erro que faz parte do domínio da crença e
sentimento de medo, e não necessariamente do conhecimento originado da ciência.
61
Ou seja, possui uma base irracional, ligada a ideologia de um mundo imaginado e não
real. Freud relacionava-o em sua obra ao chamado "conceito abstrato de República ideológico", que
não é real nem para seus autores, Platão e Aristóteles, e por isso escapa a qualquer questionamento
fundamentado num argumento ou raciocínio de Lógica, compreendido apenas na chamada por ele,
Freud, de "Nova medicina", e que o mundo chama de Psicologia.
Os sentimentos negativos em relação a um grupo fundamentam a questão afetiva do
preconceito, e as ações, o fator comportamental. Segundo Max Weber (1864-1920), o indivíduo é
responsável pelas ações que toma. Uma atitude hostil, negativa ou agressiva em relação a um
determinado grupo, pode ser classificada como preconceito. Essas atitudes, trazem muitas coisas
negativas e também problemas.
Segundo Paradela e colaboradores (2006), alguns buscam utilizar a ciência, especialmente
a genética, para justificar o preconceito. De tal forma, os autores definem que que os fundamentos
evolutivos para o surgimento da espécie humana e os aspectos genéticos a respeito da expressão
de genes fornecem respaldo para a afirmação de que não há raças humanas. Adicionalmente, a
classificação dessas supostas raças por características como cor de pele e inteligência não é aceitável.
No Brasil, as leis 7.716/89, constituída um ano após a promulgação da Constituição da
República, suprindo a necessidade de uma punição efetiva contra as práticas racistas 8.081/90,
8.882/94 e 9.459/97, criminaliza qualquer forma de discriminação resultante de pré-conceitos como
cor, etnia, raça, crenças religiosas e nacionalidade de forma que a justiça prevê punições para tal ato. A
efetividade desta lei se encontra em exemplos claros, como, por exemplo: Um funcionário público que
tome alguma atitude racista, pode perder o cargo.

62
Comunicação

Comunicação é um campo de
conhecimento acadêmico que estuda os processos
de comunicação humana. Entre as subdisciplinas da
comunicação, incluem-se a teoria da
informação, comunicação intrapessoal, marketing,
propaganda, relações públicas, análise do
discurso, telecomunicações e etc.
Comunicação Visual (Propaganda)

Também se entende a comunicação como o intercâmbio de informação entre sujeitos


ou objetos. Deste ponto de vista, a comunicação inclui temas técnicos (por exemplo, as
telecomunicações), biológicos (por exemplo, fisiologia, função e evolução) e sociais (por
exemplo, jornalismo, relações públicas, publicidade, audiovisual e mídia).

63
A comunicação humana é um
processo que envolve a troca de
informações, e utiliza os
sistemas simbólicos como suporte para
este fim. Estão envolvidos neste processo
uma infinidade de maneiras de se
comunicar: duas pessoas tendo uma
conversa face a face ou por meio de gestos
com as mãos, mensagens enviadas
utilizando a internet, a fala, a escrita que
permitem interagir com as outras pessoas e
efetuar algum tipo de troca informacional.

No processo de comunicação em que está envolvido algum tipo de aparato técnico que
intermedia os locutores, diz-se que há uma comunicação mediada.

O estudo da Comunicação é amplo e


sua aplicação é ainda maior. Para a Semiótica,
o ato de comunicar é a materialização do
pensamento/sentimento em signos conhecidos
pelas partes envolvidas. Estes símbolos são
então transmitidos e reinterpretadas pelo
receptor. Hoje, é interessante pensar também
em novos processos de comunicação, que
englobam as redes colaborativas e os sistemas
híbridos, que combinam comunicação de massa
e comunicação pessoal e comunicação
horizontal.

O termo comunicação também é


usado no sentido de transportes (por exemplo,
a comunicação entre duas cidades por meio
de trens).

64
História da Comunicação

É preciso considerar, para os estudos da comunicação, a evolução de seus períodos, como a


comunicação corporal, a oral, a escrita e a digital. Vários aspectos da comunicação têm sido objetos de
estudos.

Na Grécia Antiga, o estudo da Retórica, a


arte de discursar e persuadir, era um assunto vital
para estudantes. No início do século XX, vários
especialistas começaram a estudar a comunicação
como uma parte específica de suas disciplinas
acadêmicas.

A Comunicação começou a emergir


como um campo acadêmico distinto em
meados do século XX. Marshall
McLuhan, Theodor Adorno e Paul
Lazarsfeld foram alguns dos pioneiros na área.
Tem vindo a evoluir constantemente, devido às
novas tecnologias e ao uso de redes sociais.
Hoje em dia, não é necessário comprar um
jornal para se estar informado.

Obviamente, que temos a televisão


e a rádio. Porém, podemos aceder a um
jornal via internet, por intermédio do site
do mesmo ou de redes sociais, caso
do Twitter e do Facebook. Muitos jornais
possuem contas nestas redes e postam
informação, que se encontra sempre
atualizada. É interessante, porque se pode
comentar e debater com os outros.

65
Formas e Componentes da Comunicação

Os componentes da comunicação
são: o emissor, o receptor, a mensagem,
o canal de propagação, o meio de
comunicação, a resposta (feedback) e o
ambiente onde o processo comunicativo
se realiza. Com relação ao ambiente, o
processo comunicacional sofre
interferência do ruído e a interpretação e
compreensão da mensagem está
subordinada ao repertório.

Quanto à forma, a Comunicação pode ser comunicação verbal, não-verbal, gestual e mediada.

Verbal – Comunicação através da


fala propriamente dita, formada por
palavras e frases. Tem suas dificuldades
(timidez, gagueira, etc.), mas ainda é a
melhor forma de comunicação.

Não-verbal – Comunicação que


não é feita por palavras faladas ou escritas.
Usam-se muito os símbolos (sinais, placas,
logotipos, ícones) que são constituídos de
formas, cores e tipografias, que
combinados transmitem uma idéia ou
mensagem.

66
. Linguagem corporal - corresponde a todos os
movimentos gestuais e de postura que fazem
com que a comunicação seja mais efetiva. A
gesticulação foi a primeira forma de
comunicação. Com o aparecimento da palavra
falada os gestos foram tornando-se secundários,
contudo eles constituem o complemento da
expressão, devendo ser coerentes com o
conteúdo da mensagem

A expressão corporal é fortemente ligada ao psicológico, traços comportamentais são


secundários e auxiliares. Geralmente é utilizada para auxiliar na comunicação verbal, porém, deve-se
tomar cuidado, pois muitas vezes a boca diz uma coisa, mas o corpo fala outra completamente
diferente.

Comunicação mediada - processo


de comunicação em que está envolvido
algum tipo de aparato técnico que
intermedia os locutores.

Toda essa inovação nas formas de comunicação, fez com que a humanidade passasse a viver de
uma forma totalmente nova, onde as fronteiras físicas deixam de ser obstáculos à comunicação
constante entre os povos. Formas que até alguns anos eram impensáveis, passam a fazer parte do nosso
dia a dia.

A comunicação Profissional

A dificuldade de se expressar é um problema


recorrente entre profissionais e um dos principais
obstáculos que as empresas enfrentam para obter
resultados. A inabilidade de comunicação leva à má
compreensão de objetivos, que leva ao esforço inútil e
sem foco.

67
A informação mal transmitida e mal digerida causa conflitos nas equipes, o que, além de
improdutivo, é desgastante para todos os envolvidos. Veja como aprimorar sua capacidade de se fazer
entender no trabalho:

1 Tenha uma meta

“Revele, em uma ou duas frases, o que será tratado”

Antes de começar uma conversa, pense no resultado. Ter foco no objetivo final faz com que a
discussão tenha foco e rapidez. Quando começar a falar, diga a seu ouvinte o que você pretende.

2 Inclua seu interlocutor

Um bom jeito de ser ouvido com atenção é mostrar a seu interlocutor que ele faz parte da
solução. Isso ajuda a pessoa a se comprometer. Para incluir o outro na conversa, use o pronome “nós”,
que deixa claro que há algo a ser compartilhado. “Use o ‘você’ somente para elogiar”

3 Mantenha o respeito

“Fale com a pessoa, não para a pessoa”

Ao conversar sobre algum assunto mais delicado, demonstre respeito. Olhe nos olhos de seu
interlocutor e leve os argumentos dele em consideração.

Demonstre que a conversa não é unilateral e que você também está aberto a ouvir. Tome
cuidado para manter a firmeza, mas evite a agressividade.

4 Pergunte mais

Procure compreender a perspectiva da outra pessoa, fazendo perguntas para esclarecer o


assunto. Repetir as palavras do interlocutor ajuda a conferir se você interpretou o que foi dito
corretamente.

Para direcionar a conversa, formule questões objetivas quando tiver dúvidas, do tipo: “Quando
isso aconteceu?”. Se o assunto precisar de esclarecimentos, use perguntas amplas, como: “Por que
você chegou a essa conclusão?”.

5 Escute de verdade

Quando uma pessoa fala, nem sempre os outros escutam. Prestar atenção é uma qualidade
importante do comunicador. Uma maneira de evitar devaneios durante uma conversa é olhar para a
pessoa e não interrompê-la.

68
Evite planejar mentalmente uma resposta enquanto o outro ainda estiver falando — isso
também distrai. Ouvir atentamente não significa virar estátua. Dê sinais de que está prestando atenção.
“Acene com a cabeça e use expressões de acompanhamento, como ‘sim’ e ‘entendi’”,

6 Fique atento ao tom

“Evite o sarcasmo e a ironia”

Nada pior do que ouvir pedido de desculpas ou elogio que soa falso. A maneira como as
pessoas interpretam o que é dito não depende apenas do conteúdo, mas também da forma como se fala.
Lembre-se que o tom da voz e a postura corporal transmitem mensagens.

7 Cuidado com a linguagem corporal

“Verifique se há coerência entre o que você diz e o modo como seu corpo se
comporta”

Seu corpo fala tanto quanto sua voz e há muito mais tempo. A linguagem corporal foi
desenvolvida pelos homens antes da linguagem falada. O cérebro é preparado para detectá-la e
compreendê-la. Durante uma conversa, cuide da postura e de sua fisionomia.

8 Faça críticas objetivas

Se for criticar, coloque o foco no comportamento inadequado, e não na pessoa. É difícil mudar
uma personalidade, mas é possível ajudar alguém a ter uma atitude demais adequada com sugestões
objetivas e impessoais.

9 Argumente com exemplos

Evite ser impreciso ou generalizar demais. Em vez de dizer que a pessoa se atrasa, aponte casos
específicos que provem seu argumento, como lembrar que ela chegou tarde nos quatro últimos dias.
No caso de uma reunião, tente usar exemplos e histórias para reforçar sua argumentação e ajudar os
participantes a fixar melhor a pauta.

10 Use “e” em vez de “mas”

Se quiser fazer um elogio, evite construções do tipo “Adorei a ideia, mas será que podemos
adaptá-la?”. Quando se fala “mas”, o interlocutor desconsidera o elogio e fixa a atenção na crítica.

O melhor é construir frases unidas pela conjunção “e”. “Adorei a ideia e acho que uma
abordagem diferente seria mais eficaz”, por exemplo. Esse artifício faz com que a outra pessoa ouça
seu ponto com mais tranquilidade.

11 Não fique na defensiva

“À medida que as defesas diminuem, a capacidade de compreender argumentos

69
aumenta”.

Vários problemas de comunicação poderiam ser evitados se os profissionais não ficassem na


defensiva. Adote uma postura assertiva. Faça perguntas para explorar as diferenças de pontos de vista.

12 Saiba ficar em silêncio

“Ficar em silêncio não significa entrar mudo e sair calado, mas suspender a fala
por alguns momentos para proporcionar reflexão”.

Ficar calado pode ser muito útil. O silêncio permite a quem escuta ganhar tempo para processar
o que foi dito e a organizar os pensamentos antes de uma resposta apressada.

13 Pratique a empatia

“Pense em como gostaria de ser tratado se estivesse no lugar do outro”.

A diversidade de pontos de vista é enorme porque todo mundo tem os próprios valores e
influências que moldam o jeito de enxergar o mundo. Por isso, a melhor maneira de se fazer entender é
tentar se colocar no lugar do outro para imaginar como determinada informação será encarada.

70
Trabalho em Equipe

O mundo está cada vez mais interligado e os negócios mais complexos e dinâmicos. È
necessário acabarmos com a idéia de que o mundo é formado por forças individuais. O trabalho em
equipe busca valorizar cada indivíduo e permiti que todos façam parte de uma mesma ação, além de
possibilitar a troca de conhecimento e experiência, pois motiva a equipe a buscar de forma coesa os
objetivos traçados.

Portanto podemos definir que o trabalho em equipe é de vital importância, pois significa
compartilhar numa direção comum: o sucesso.

O que é trabalho em Equipe

Trabalho em equipe é quando um grupo ou uma sociedade resolve criar um esforço


coletivo para resolver um problema. O trabalho em equipe pode ser descrito como um conjunto ou
grupo de pessoas que se dedicam a realizar uma tarefa ou determinado trabalho, por obrigação, ou não.

A denominação trabalho em equipe ou


trabalho de grupo surgiu após a Primeira
Guerra Mundial, e é um método muitas
vezes usado no âmbito político e
econômico como um sistema para resolver
problemas.

71
O trabalho em equipe possibilita a troca de conhecimento e agilidade no cumprimento de metas
e objetivos compartilhados, uma vez que otimiza o tempo de cada pessoa e ainda contribui para
conhecer outros indivíduos e aprender novas tarefas.

Um bom exemplo de uma atuação de


trabalho em equipe são os esportes, onde os
atletas precisam uns dos outros para
conseguir fazer gols ou pontos, a maioria
dos esportes são formados por equipes, onde
cada um desempenha um papel, para atingir
o todo.

Atletismo, revezamento.

Muitas pessoas dizem que trabalhar em equipe é mais divertido e fácil do que trabalhar
individualmente, pois contribui muito para melhorar o desempenho de todos.

Outro bom exemplo de trabalho em


equipe é o das formigas e gafanhotos, que
dividem-se para pegar alimentos e se um não
faz a sua parte, todo o resto fica
comprometido, dando um modelo de união e
força.

Saber trabalhar em equipe é outro fator importante, e uma característica essencial para
profissionais e estudantes, as empresas valorizam muito pessoas que não pensam apenas na sua própria
tarefa, e sim naqueles que pensam nos colegas e na empresa em si.

72
Trabalho em Equipe e Liderança

O trabalho em equipe é essencial no


contexto empresarial. Quase todos os
projetos apresentam melhores resultados
quando são desenvolvidos por uma equipe e
não apenas por um indivíduo.

Pessoas diferentes pensam de formas diferentes, o que é essencial para estabelecer diferentes
soluções para problemas. Algumas técnicas como o brainstorming¹ são muito usuais no âmbito do
trabalho em equipe. Além disso, as empresas aplicam diferentes dinâmicas de grupo para potenciar o
trabalho em equipe.

Brainstorming - significa tempestade cerebral ou tempestade de ideias. É uma expressão


inglesa formada pela junção das palavras "brain", que significa cérebro, intelecto e "storm", que
significa tempestade.
É uma dinâmica de grupo que é usada em várias empresas como uma técnica para resolver
problemas específicos, para desenvolver novas ideias ou projetos, para juntar informação e
para estimular o pensamento criativo.

Dicas para o sucesso do trabalho em equipe:

1- Seja paciente

Nem sempre é fácil conciliar opiniões diversas, afinal “cada cabeça uma sentença”. Por isso é
importante que seja paciente. Procure expor os seus pontos de vista com moderação e procure ouvir o
que os outros têm a dizer. Respeite sempre os outros, mesmo que não esteja de acordo com as suas
opiniões.

73
2. Aceite as idéias dos outros

Às vezes é difícil aceitar idéias novas ou admitir que não tenhamos razão; mas é importante saber
reconhecer que a idéia de um colega pode ser melhor do que a nossa. Afinal de contas, mais
importante do que o nosso orgulho, é o objetivo comum que o grupo pretende alcançar.

3. Não critique os colegas

Às vezes podem surgir conflitos entre os colegas de grupo; é muito importante não deixar que isso
interfira no trabalho em equipe. Avalie idéias do colega, independentemente daquilo que achar dele.
Critique as idéias, nunca a pessoa.

4. Saiba dividir

Ao trabalhar em equipe, é importante dividir tarefas. Não parta do princípio que é o único que pode
e sabe realizar uma determinada tarefa. Compartilhar responsabilidades e informação é fundamental.

5. Trabalhe

Não é por trabalhar em equipe que deve esquecer suas obrigações. Dividir tarefas é uma coisa,
deixar de trabalhar é outra completamente diferente.

6. Seja participativo e solidário

Procure dar o seu melhor e procure ajudar os seus colegas, sempre que seja necessário. Da mesma
forma, não deverá sentir-se constrangido quando necessitar pedir ajuda.

7. Dialogue

Ao sentir-se desconfortável com alguma situação ou função que lhe tenha sido atribuída, é
importante que explique o problema para que seja possível alcançar uma solução de compromisso que
agrade a todos.

8. Planeje

Quando várias pessoas trabalham em conjunto, é natural que surja uma tendência para se
dispersarem. O planejamento e a organização são ferramentas importantes para que o trabalho em
74
equipe seja eficiente e eficaz. É importante fazer o balanço entre as metas a que o grupo se propôs e o
que conseguiu alcançar no tempo previsto.

9. Evite cair no “pensamento de grupo”

Quando todas as barreiras já foram ultrapassadas, e um grupo é muito coeso e homogêneo, existe a
possibilidade de se tornar resistente a mudanças e a opiniões discordantes. É importante que o grupo
ouça opiniões externas e que aceite a idéia de que pode errar.

10. Aproveite

O trabalho em equipe Afinal, o trabalho de equipe acaba por ser uma oportunidade de conviver
mais perto de seus colegas, e também de aprender com eles.

Erros no Trabalho que não podem ser cometidos

Fazer fofoca de colegas ausentes


“Falar dos outros é sempre delicado. Portanto, se você tem algo a dizer para seu colega diga
diretamente a ele. Desta forma, evita que o comentário seja mal interpretado e retransmitido por outros
funcionários. Ao fazer uma crítica diretamente ao colega em questão você evita que seu comentário
chegue distorcido aos ouvidos dele, o que pode gerar conflitos. Além disso, falar pelas costas e
comentar sobre a vida alheia é uma atitude malvista”.

Paulo de Castro Braune - Diretor Geral da Braune Educação Empresarial.

Rejeitar o trabalho em equipe

"Hoje, independentemente de seu cargo, é preciso saber trabalhar em equipe, já que bons
resultados dificilmente nascem de ações individuais. No ambiente corporativo, uns dependem dos
outros. Se o funcionário não estiver disposto a colaborar com os colegas, certamente será um elo
quebrado. Com isso, o grupo/equipe não chegará ao resultado desejado. Ser resistente ao trabalho em
equipe é um revés grave. Sem essa abertura, dificilmente o colaborador conseguirá obter sucesso".

Ricardo Dreves - Diretor da consultoria em RH Dreves e Associados.

75
Ser antipático(a)

"A empatia é muito útil no ambiente de trabalho. Você deve ser leal, cortês, amigo e humilde. Falar
bom dia e cumprimentar os outros são atitudes que demonstram educação e respeito pelos demais. O
fato do trabalho exigir concentração do colaborador não significa que ele não possa ser cordial e abrir
um espaço na agenda para ajudar os companheiros de equipe".

Marcelo Abrileri - presidente do site de empregos Curriculum.

Deixar conflitos pendentes

"Conflitos acumulados podem se agravar. Qualquer tipo de problema referente ao trabalho,


dúvida sobre decisões, responsabilidades que não foram bem entendidas, alguém que ficou magoado
com outro por algum motivo, enfim, qualquer tipo de desconforto deve ser esclarecido para evitar a
discórdia no ambiente. O funcionário deve conversar para resolver o assunto, caso contrário, isso
poderá gerar antipatia, fofoca com outros colaboradores e um clima péssimo para toda a equipe".

Beatriz Maria Braga Lacombe - professora de gestão de


pessoas da FGV (Fundação Getúlio Vargas), em São Paulo

Ficar de cara fechada

"Ter um companheiro de equipe com bom humor anima o ambiente de trabalho, enquanto que
topar um colega mal-humorado causa desconforto do início ao fim do expediente. Esta postura gera
desgastes desnecessários, pois além de deixar toda uma equipe desmotivada ainda atrapalha a
produtividade. Pessoas mal-humoradas geralmente não toleram brincadeiras. Com isso,
automaticamente são excluídas da equipe, o que não é saudável. Por essa razão, manter o bom humor
no trabalho é fundamental para cultivar bons relacionamentos".

Julia Alonso - Sócia diretora da Só Talentos RH,


recrutamento e seleção de estagiários e trainees.

Deixar de cultivar relacionamentos

"Os melhores empregos não estão nos jornais e nem nos classificados. A partir do seu
relacionamento interpessoal no trabalho é que conseguirá construir uma rede de contatos (networking)
que servirá, no futuro, para encaminhá-lo às melhores oportunidades. É importante mostrar
dinamismo, ser cooperativo no trabalho e nunca fechar as portas pelos lugares onde passar".

76
Sheila Madrid Saad - professora de Recursos Humanos e
Comportamento Organizacional da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Não ouvir os colegas

"É importante escutar a todos, mesmo aqueles que têm menos experiência. Isso estimula a
participação e a receptividade de novas ideias e soluções. Questionar com um ar de superioridade as
opiniões colocadas numa reunião não só intimida quem está expondo a ideia, como passa uma imagem
de que você é hostil. É necessário refletir sobre o que está sendo dito, não apenas ouvir e descartar a
ideia de antemão por considerá-la inútil".

Cristiane Leão - analista de desenvolvimento de


recursos humanos da Fundação Mudes - São Paulo.

Não respeitar a diversidade

"Todas as diferenças devem ser respeitadas entre os membros de uma equipe. Não é aceitável
na nossa sociedade alguém que não queira contato com outro indivíduo apenas por ele ser diferente.
Ao passo que o funcionário aceita a diversidade, ele amplia as possibilidades de atuação, seja dentro da
organização ou com um novo cliente. Além disso, o respeito e o tratamento justo são valores do
mundo globalizado que deveriam estar no DNA de todos. Sem eles, o colaborador atrapalha o
relacionamento das equipes, invade limites dos colegas e a natureza do outro".

Nelci Maria de Mello - gerente de recrutamento e seleção da empresa


Dupont - companhia científica, com atuação no setor químico.

Apontar o erro do outro

"A perfeição não é virtude de ninguém. Antes de apontar o erro do outro, deve-se analisar a
sua própria conduta e sua responsabilidade para o insucesso de um trabalho ou projeto. É melhor
ajudar a solucionar um problema do que criar outro maior em cima de algo que já deu errado. Lembre-
se: errar é humano e o julgamento não cabe no ambiente de trabalho. No futuro, o erro apontado pode
ser o seu".

Doutor Helio Roberto Deliberador - professor do Departamento de


Psicologia Social da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo).

77
Ficar nervoso(a) com a equipe

"Atritos são inevitáveis no ambiente de trabalho, mas a empatia deve ser colocada em prática
nos momentos de tensão entre a equipe para evitar que o problema chegue ao gestor e se torne ainda
pior. Cada um tem um tipo de aprendizagem e um ritmo de trabalho, o que não quer dizer que a
qualidade da atividade seja melhor ou pior que a sua. O respeito e a maturidade profissional devem
falar mais alto do que o nervosismo. Equilíbrio emocional e uma conduta educada são importantes
tanto para a empresa como para o profissional".

Gláucia Santos - consultora de recursos humanos da Catho on-line

78
Qualidade de Vida

Um dos maiores desafios do mundo corporativo hoje em dia é criar um programa eficiente de
qualidade de vida, que propicie um ambiente saudável no trabalho e estimule a vida saudável. Muitas
empresas têm explorado as boas práticas organizacionais como forma de conciliar as demandas de
resultados e de alta produtividade com as expectativas e necessidades individuais de saúde e equilíbrio
dos colaboradores.

O que de fato tem acontecido, é que as empresas estão cada vez mais empenhadas em adotar
uma nova atitude, onde o objetivo é cuidar da saúde dos colaboradores oferecendo oportunidades para
um estilo de vida saudável, onde pratica-se ações que vão desde a sensibilização que são feitas através
de eventos como palestras e fóruns de discussão, oferecendo também espaços como academias, salas
de repouso e descompressão, para que as boas práticas de estilo de vida saudável sejam possíveis e
estimuladas.

Uma das grandes preocupações e que deram origem a estes programas de qualidade de vida,
estão relacionadas a várias questões, entre elas estão os custos com a assistência médica, a necessidade
de reter talentos, a diminuição do absenteísmo, o aumento da produtividade, a manutenção da
qualidade dos produtos e serviços oferecidos e o aumento da credibilidade do colaborador com a
empresa.

79
Qualidade de Vida

Qualidade de vida é o método utilizado


para medir as condições de vida de um ser
humano ou é o conjunto de condições que
contribuem para o bem físico e espiritual dos
indivíduos em sociedade. Envolve o bem
espiritual, físico, psicológico e emocional, além
de relacionamentos sociais, como família e
amigos e também a saúde, educação, poder de
compra, habitação, saneamento básico e outras
circunstâncias da vida.

Não deve ser confundida com padrão de vida, uma medida que quantifica a qualidade e
quantidade de bens e serviços disponíveis.

Qualidade de vida no Trabalho

Existem muitas interpretações para Qualidade de Vida no Trabalho, desde o foco médico da
ausência de doenças da pessoa, até as exigências de recursos, objetos e procedimentos que atendam
demandas coletivas em determinada situação, compondo amplos programas de qualidade de vida no
trabalho (QVT).

De maneira genérica, pode-se dizer que


qualidade de vida no trabalho (QVT) é um
conjunto de ações que envolvem diagnósticos e
implantação de melhorias e inovações
gerenciais, tecnológicas e estruturais dentro e
fora do ambiente de trabalho, visando propiciar
condições plenas de desenvolvimento
humano para e durante a realização do trabalho.

A sociedade vive novos paradigmas sobre modos de vida dentro e fora do trabalho, construindo
novos valores relativos às demandas de QVT. Desse modo, diversas ciências têm dado suas
contribuições, tais como:

80
Saúde: Busca preservar a integridade física,
mental e social do ser humano. Está indo além do
controle de doenças em vista de avançar em
dimensões biomédicas e proporcionar
maior expectativa de vida;

Ecologia: Atribui ao homem


responsabilidade pela preservação do sistema
dos seres vivos e dos insumos da natureza;

Ergonomia: Estuda as condições de trabalho


visando o conforto dos trabalhadores;

81
Psicologia: Demonstra a influência
das atitudes internas e perspectivas de vida de cada
pessoa em seu trabalho e a importância do
significado das necessidades individuais para seus
desenvolvimentos no trabalho;

Administração: Procura aumentar a


capacidade de mobilizar recursos para atingir
resultados, em ambiente cada vez mais complexo,
mutável e competitivo;

Engenharia: Elabora formas de produção


voltadas para a flexibilização da manufatura,
armazenamento de materiais, uso da tecnologia,
organização do trabalho e controle de processos.

82
Programas de Promoção de Qualidade de vida no Trabalho (QVT)

A qualidade de vida no trabalho (QVT)


não pode ser confundida com políticas de benefícios,
nem com atividades festivas de congraçamento, embora
essas sejam importantes como estratégias. A QVT tem a
ver com a cultura organizacional.

Cultura esta que pode ser traduzida


como: os valores, a filosofia da empresa, sua
missão, o clima participativo, o gosto por
pertencer a elas e as perspectivas concretas de
desenvolvimento pessoal que criam a
identificação empresa-trabalhador).

Nesse sentido, a QVT somente ocorre no momento em que as empresas tomam consciência que
os seus trabalhadores são partes fundamentais de sua organização. Assim, eles devem ser vistos como
um todo.

No Brasil, algumas empresas de grande e médio porte vêm adaptando modelos de programas
de qualidade de vida de empresas nos Estados Unidos com o objetivo de reduzir custos com assistência
médica, absenteísmo, acidentes, melhorar a segurança e o bem estar dos trabalhadores, através de uma
visão holística.

Ao proceder à literatura pode-se verificar uma diversidade de ações e programas implantados


por grandes empresas que obtiveram resultados positivos e, que se tornaram referência, podendo ser
visto como modelos a serem seguidos.

83
O que segue, é uma proposta de simplificação e organização, com finalidade essencialmente
didática.

Exercício Físico

Principais resultados observados:


Aumenta a disposição e satisfação dos
trabalhadores, aumenta a tolerância ao
estresse, redução do absenteísmo, melhora
do relacionamento interpessoal, redução
dos acidentes de trabalho, redução dos
gastos médicos.

Verificou que após um programa de exercícios físicos no trabalho, as pessoas se


sentiam melhor, além de ocorrer uma redução dos gastos médicos. O melhor estado de
saúde é um processo contínuo de "bem-estar", com uma demanda reduzida de recursos
médicos.

Os programas de exercício podem beneficiar o setor corporativo e através do


melhoramento da imagem da companhia, o entrosamento dos empregados, aumentando
a satisfação dos mesmos, melhorando a produtividade, a redução do absenteísmo e
substituição do pessoal, uma diminuição dos custos médicos, redução de lesões e
acidentes e um incremento no estilo de vida em geral.

O exercício físico regular reduz a obesidade, reprimindo a estimulação simpática


(adrenalina) e ressalta a estimulação parassimpática, tornando a pessoa mais calma. Isto
traz múltiplos benefícios, por exemplo, para o sistema cardiovascular, tornando o sangue
mais fluido, e diminuindo a fração danosa do colesterol.

Os exercícios reduzem a hipertensão arterial e melhoram o fluxo das coronárias,


são inúmeros os benefícios, até hábitos nocivos à saúde, como álcool e fumo são
reduzidos. Enfim, o exercício regular aumenta tremendamente a tolerância ao estresse.

84
Treinamento e desenvolvimento
dos trabalhadores

Principais resultados observados:


Aumento do capital intelectual,
aperfeiçoamento das atividades, satisfação
profissional, aumento da produtividade.

Outro fator importante dentre as atividades de promoção da QVT é o


treinamento, que sem dúvida, é considerado parceiro e instrumentador das metas de bem
estar no trabalho. Potencial, criatividade, força de trabalho, inovação, compromisso e
interação capacitam os trabalhadores no ambiente organizacional através de situações
planejadas e monitoradas para obtenção de mudanças pessoais, grupais e
organizacionais. As pressões para novos desempenhos de um lado, ameaçam a
estabilidade e o conhecimento adquirido, de outro, têm sido a grande oportunidade de
mudança, como a modernização, a evolução quanto à performance, a maturidade crítica,
a criação de novos paradigmas, os valores de preservação, a qualidade de compromisso e
a autonomia profissional .

O treinamento e o desenvolvimento de trabalhadores são importantes para


mantê-los em constante aperfeiçoamento e satisfeitos com o desenvolvimento de suas
funções. O treinamento era considerado antigamente, apenas como uma forma de
adequar a pessoa ao seu cargo, hoje se tornou uma forma de melhorar o seu desempenho.
Os programas de treinamento e desenvolvimento de trabalhadores são uma forma de
aumentar o capital intelectual da empresa, mas também gera benefícios ao colaborador,
agregando conhecimentos que serão importantes para o desenvolvimento pessoal e a
promoção da QVT.

85
Ergonomia

Principais resultados observados:


Aumento do desempenho nas
atividades, redução dos acidentes de
trabalho.

Outro aspecto que contribui para a saúde do trabalhador e consequentemente para


desenvolver a qualidade de vida, é a preocupação com a ergonomia.

A ergonomia é uma ferramenta para identificar situações em que o ambiente de


trabalho está inadequado e adaptá-lo para o trabalho humano, não envolve somente
máquinas e equipamentos, mas todo o relacionamento entre o homem e o trabalho, não
apenas ambiente físico, mas também o ambiente psicológico que o local pode
proporcionar. A partir desse conceito verifica-se que o estudo da ergonomia busca
identificar situações em que o ambiente de trabalho possa prejudicar a saúde do
trabalhador e verificar melhores formas de desenvolver suas atividades sem que possa
causar danos à saúde, conseqüentemente contribuindo para a promoção da Qualidade de
Vida no Trabalho.

86
Ginástica Laboral

Principais resultados observados:


Prevenção e reabilitação de doenças
ocupacionais, prevenção de acidentes de
trabalho, melhor integração entre os
trabalhadores, diminuição do absenteísmo,
aumento da produtividade.

A Ginástica Laboral (GL) é um programa que está sendo cada vez mais adotado
pelas empresas no combate do stress e melhoramento da saúde física dos trabalhadores.

A conceituação de GL é definida como “um conjunto de práticas físicas,


elaboradas a partir da atividade profissional exercida durante o expediente, que visa
compensar as estruturas mais utilizadas no trabalho e ativar as que não são requeridas,
relaxando-as e tonificando-as”.

A GL vem se desenvolvendo nas empresas significativamente, diminuindo o


absenteísmo e melhorando o desempenho dos colaboradores, trazendo muitos benefícios
para a empresa e para os colaboradores, pois além da promoção da saúde, aumenta a
disposição para o trabalho e melhora a integração entre os colaboradores.

87
Benefícios

Principais resultados observados:


Motivação, satisfação profissional,
satisfação das necessidades pessoais,
aumento da produtividade.

Os benefícios que a empresa oferece, pode ser um grande fator capaz de motivar
e melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores. De acordo com o significado,
benefício se trata de uma forma de remuneração indireta na qual a organização oferece
aos colaboradores, e ainda complementa que “os benefícios sociais são incentivos
internos oferecidos com o objetivo de satisfazer às necessidades pessoais,
proporcionando um ambiente mais harmonioso possível e produtivo para toda a
empresa”.

Com um programa de benefícios adequados, a empresa consegue deixar o


trabalhador mais satisfeito com o trabalho, satisfazendo algumas de suas necessidades e
deixando-o mais motivado para o trabalho.

88
Avaliação de Desempenho

Principais resultados observados:


Aumento do desempenho do
trabalhador, aumento da produtividade,
aumento da satisfação profissional.

A avaliação de desempenho é um meio muito importante para o colaborador


identificar como está seu desenvolvimento na empresa e também faz com que a empresa
identifique se ele está atingindo suas expectativas e objetivos.

Avaliação do desempenho é a
identificação, mensuração e administração do
desempenho humano nas organizações. A
identificação se apóia na análise de cargos e
procura determinar quais áreas de trabalho que
se deve examinar quando se mede o
desempenho. A mensuração é o elemento central
do sistema de avaliação e procura determinar
como o desempenho pode ser com certos
padrões objetivos. A administração é o ponto
chave de todo o sistema.

(2004, p. 223 apud GOEDERT; MACHADO,


2007)

Com isso é demonstrado de forma clara o objetivo e funcionamento da


avaliação de desempenho, sendo que é necessário identificar as áreas a serem avaliadas,
medir o desempenho em comparação com os objetivos que o cargo impõe e
principalmente saber administrar os resultados obtidos para levá-lo a uma maximização
do potencial humano.

89
Higiene e Segurança do Trabalho

Principais resultados observados:


Prevenção e reabilitação de doenças
ocupacionais, prevenção de acidentes de
trabalho, melhor integração entre os
trabalhadores, diminuição do absenteísmo,
aumento da produtividade.

Outro fator de grande importância para garantir a saúde dos colaboradores na


organização são os programas de higiene e segurança no trabalho, que constitui a garantia
de um local apropriado para o desempenho das funções.
A Higiene do Trabalho é um conjunto de normas e procedimentos que garantem
a proteção da saúde física e mental do trabalhador, preservando-o dos riscos que o
ambiente de trabalho possa oferecer.
Pode-se dizer que higiene e segurança do trabalho são atividades interligadas, onde
uma complementa a outra para que seu propósito atinja os objetivos almejados pelo
programa. A despeito disso a segurança no trabalho é “o conjunto de medidas técnicas,
educacionais, médicas e psicológicas, empregadas para prevenir acidentes” onde se deve
eliminar as condições inseguras do local de trabalho e ensinar as pessoas a implantação
de práticas preventivas.
A partir de então, entende-se que os benefícios com este programa é compensador
tanto para a organização quanto para o colaborador, garantindo um ambiente de trabalho
seguro e agradável, onde com isso o empregado produz melhor, diminui o absenteísmo,
afastamentos e a rotatividade.

90
Estudos de Cargos e Salários

Principais resultados observados:


Mantêm seus recursos humanos,
aperfeiçoamento da administração dos
recursos humanos, aumento da motivação
e satisfação dos trabalhadores, aumento da
produtividade.
Todo colaborador presta seus serviços e desenvolve suas habilidades em troca
de uma remuneração adequada de acordo com seu cargo.
Qualitas (2005 apud ARAÚJO, 2006, p. 46) define a atividade de cargos e
salários da seguinte forma:
O estudo de cargos e salários é um instrumento que
permitirá à empresa a administração de seus recursos
humanos na contratação, movimentações horizontais
(méritos) e verticais (promoções) de seus profissionais e
retenção de talentos da empresa. A definição de cargos e
salários estabelecerá uma política salarial eficaz que
permitirá a ascensão profissional dos colaboradores de
acordo com suas aptidões e desempenhos; assim como
subsidiará o desenvolvimento do plano de carreiras.

Com isso, através de um programa de cargos e salários, a empresa poderá ter


definido o salário a ser aplicado a cada cargo, definindo também as funções que se
enquadram em cada cargo. Acima de tudo, promovendo a satisfação e contemplando a
motivação do trabalhador.

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Controle de Álcool e Drogas

Principais resultados observados:


Redução de riscos, melhora na
segurança operacional e da saúde dos
trabalhadores, melhora na auto-estima,
diminuição dos acidentes de trabalho e
absenteísmo.
Para desenvolver tal programa é necessário sensibilizar a direção, mostrando
que haverá lucro se tratar o dependente; promover mudança na cultura ao traçar as regras
e treinar uma equipe médica para detectar a doença através dos exames ocupacionais.
O programa pode ser feito no exame pré-admissional, periódico, na pós
reabilitação, em cargos de risco e executivo, e após acidentes.
A partir daí, quem for dependente químico é convidado a participar das reuniões
de grupos de apoio externo, como Alcoólatras Anônimos, e conforme o caso pode ser
internado em uma clínica conveniada à empresa. Para readaptá-lo ao trabalho é preciso
provar que mantém a serenidade e sobriedade. Nem todas as organizações estão
preparadas para lidar com o dependente, pois o preconceito ainda prevalece. O
desconhecimento do tema leva as pessoas a encararem o doente como alguém sem
caráter, ou então o ajuda na dissimulação do problema.
Desta forma, para reverter tal quadro é necessário enfatizar as vantagens da
recuperação para os dirigentes. Com um programa de apoio as empresas evitam despesas
com reposição de empregados, reduzem o número de acidentes de trabalho e
absenteísmo. É preciso trocar o preconceito pelo conceito de doença.

Outras Medidas que podem ser adotadas e expectativa de resultados em seu programa:

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Ações/Programas Principais resultados esperados
Motivação, satisfação profissional,
aumento da auto-estima, melhora na relação
Preparação para apósentadoria interpessoal, descobrimento de novas
habilidades e competências, benefícios na vida
social e familiar do trabalhador.

Diminuição da obesidade, mudança no


comportamento de risco, aumento do
Orientações nutricionais desempenho e disposição, aumento da
produtividade.

Aumento da tolerância ao estresse, melhora


Terapias alternativas no relacionamento interpessoal, aumento da
produtividade.

Aumento da auto-estima, aumento do


Musicoterapia desempenho profissional, melhora no
relacionamento interpessoal, aumento da
tolerância ao estresse, prevenção de doenças.

Anti-tabagismo Aumento da auto-estima, aumento do


desempenho e disposição, prevenção de
doenças.

A importância da Ética e da Postura Profissional


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Em um mundo empresarial onde a competição é cada vez mais acirrada, termos como ética e
moral são cada vez menos valorizados.
Mas os bons profissionais de qualquer ramo de atividade devem manter uma postura ética para
que possam ter sucesso em suas carreiras.
O comportamento ético do bom profissional traz a garantia do respeito e da estabilidade no
emprego.
A atuação de acordo com os valores morais da sociedade e da organização valoriza o
profissional e o transforma em um elemento importante dentro da estrutura da empresa.

Ética e Profissionalismo são duas palavras


muito acirradas nos ambientes organizacionais,
especialmente quando o tema é a postura
profissional e o comportamento no trabalho.
Estabelecer um padrão esperado de
comportamento busca evitar que os colaboradores
transgridam no aceitável e comprometam o bom
clima organizacional.

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Ética

Antes de começarmos qualquer explanação


sobre esse assunto, é essencial pontuarmos o que é
ética. O termo tem origem na palavra grega ethos,
cuja significado “literal” seria habitat ou morada, No
entanto, entre os filósofos gregos, como Sócrates,
Platão e Aristóteles, o vocábulo era usado para
designar uma postura individual diante das principais
situações da vida.

Nesse sentido, a ética pode ser entendida como um conjunto de “regras internas” pautadas em
comportamento julgados como corretos pela sociedade. Sendo assim, no âmbito empresarial, ética
pode ser traduzida como os princípios que regem as ações e comportamentos do individuo no trabalho.

A Vontade é o Combustível da Ética

Uma atitude ou comportamento só pode


ser considerado ético quando realizado por um
individuo consciente de suas ações e capaz de
discernir entre o que seria considerado “certo” e
“errado” para aquela situação. Essa consciência
se dá por meio do conhecimento da moral que
rege o grupo em que está inserido.

Sendo assim, o sujeito compreende todas as implicações de sua decisão e decide de forma
consciente ter determinada postura diante de uma situação, arcando com as responsabilidades sobre
suas ações e meios utilizados para alcançar determinado fim.

Ética e Postura Profissional como um Código

Esses aspectos comportamentais ligado a conduta moral regem o convívio em grupos, e são
adquiridos por meio da vivencia e da experiência. Portanto, mesmo sem uma divulgação expressa e um
conhecimento absoluto desses princípios comportamentais, o individuo é capaz de identificar um
comportamento como inadequado e, assim, evitar reproduzi-lo.
Entretanto, existem alguns casos em que códigos de ética são redigidos para expressar claramente os
comportamentos que desrespeitem a moralidade de um determinado grupo.

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Por ter um caráter abstrato, alguns grupos passaram a desenvolver um conjunto de regras,
muitas vezes na forma de um código, que dá as diretrizes do que seria um comportamento ético dentro
de uma empresa ou de um grupo de profissionais. Por isso, é possível dizer que as ações de um
individuo ferem a ética profissional ou ate mesmo são vazias de qualquer um desses princípios, ou
seja, antiéticas.

Código de Ética Profissional

Esse exemplo é muito recorrente em categorias profissionais – como médicos, advogados,


odontólogos e jornalistas – que possuem seu próprio código de ética no qual destacam os valores
morais que devem tanger a atividade profissional e apontam os comportamentos considerados
inapropriados.
A elaboração de um código de ética também acontece em empresas que desejam que os desvios
comportamentais sejam conhecidos para serem contidos. O comportamento esperado de um
colaborador em seu ambiente de trabalho deve estar alinhado as regras de conduta moral e ao
profissionalismo. Este pode ser entendido como um conjunto de atitudes associadas a um exímio
colaborador no desempenho de suas atividades laborais.

Atitudes como respeito as normas da empresa


e aos horários do expediente, utilização de
linguagem adequada nas comunicações interpessoais
e por escrito, aparência adequada ao ambiente,
seriedade no desenvolvimento e cumprimento das
funções, proatividade, dentre outras, são atributos
esperados do colaborador. O conjunto desses
atributos que implicam bom desempenho das
atividades e comportamento adequado é chamado
profissionalismo.

A conduta ética profissional possibilita ao colaborador a oportunidade de crescer dentro da


organização. Ao apresentar um desempenho de excelência, este estará no caminho certo para se
destacar e alcançar cargos mais importantes.

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