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O Leitor e o Labirinto Suely Fadul Villibor Flory
O Leitor e o Labirinto Suely Fadul Villibor Flory
O Leitor e o Labirinto
5
O Leitor e o Labirinto
1997
© 1997, by autor
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO. ....................................................................................... 11
01. O romance português contemporâneo. Considerações Gerais ........ 11
02. A importância do leitor, co-autor do texto (Estética da
Recepção) ...................................................................................... 13
INTRODUÇÃO
Notas
1
Maria Alzira Seixo - A palavra do romance. (Ensaios de Genologia e análi-
se). Lisboa: Livros Horizonte, 1986. p.8
2
Alexandre Pinheiro Torres - “Sociologia e Significado do Mundo Romanes-
co de José Cardoso Pires”. In; Posfácio da obra de José Cardoso Pires - O
Anjo Ancorado. 5ª ed., Lisboa: Moraes Editores, 1977.
3
Idem, Ibidem, p. 154.
4
Karlheinz Stierle - “Que significa a recepção dos textos ficionais?”. In:
Vários Autores - A Literatura e o Leitor. Selec. trad. e introd. de Luiz Costa
Lima. Rio: Paz e Terra, 1979, p. 138.
17
mentos devem antes passar por uma decomposição paradigmática, que de-
pende de oposições fundamentais, postas em evidência dentro de um cam-
po semântico limitado por leitores diversos, em épocas distintas.
O estruturalismo tcheco prossegue e amplia as idéias formalistas,
compreendendo que é o processo de desautomatização da linguagem que
move a criação artística, cujo valor estético decorre das relações da própria
obra com a norma estética. Mukarovski ressalta a importância da norma
para garantir a sistematicidade do texto e providenciar o relacionamento
entre o autor e sua obra e entre a obra e o leitor. Os aspectos individuais da
recepção não interferem na realização do processo, pois, o que interessa é
a rejeição ou apropriação da regra pelo destinatário, possibilitando as rela-
ções entre o grupo social e o texto. É uma teoria voltada para a produção da
significação, pela contraposição do sentido a um código vigente, que seria
o mediador entre o texto e o meio social em que se insere. A percepção da
obra como uma realidade histórico-cultural, que não se esgota no próprio
texto, é um dos elementos de contextualização que transparece nos traba-
lhos de Jakobson, dos estruturalistas franceses e do new-criticism norte
americano que, embora centrados na análise imanente da obra de arte -
mensagem que gera seu próprio código - e na produção de sentido como
decorrência da organização de estruturas textuais, começam a se preocupar
com a contextualização da obra, tanto sincrônica como diacronicamente,
procurando compará-la com outras obras da mesma época, do mesmo autor
e até mesmo com obras de outras épocas.
Contrapondo-se ao estruturalismo, surge a crítica marxista que
afirma a necessidade de se avaliar a relação entre o artista e a sociedade e
não somente os mecanismos estéticos e a análise estrutural da obra literá-
ria. Lukács e Goldman, entre outros, priorizam uma estética da representa-
ção, que toma apenas o “reflexo” como tarefa legítima da literatura, preven-
do as influências da sociedade sobre o autor, deste para a obra e desta para
o leitor, não pressupondo, no entanto, a inversão de seus vetores - a influ-
ência da sociedade em que se insere o leitor na presentificação da obra.
Mikhail Bakhtin representa um ponto de viragem entre a crítica
da primeira metade do século e a crítica contemporânea. Contestando a
criatividade da “língua estética”, vítima, segundo ele, do mesmo processo
de desvalorização da língua prática, Bakhtin propõe uma teoria da lingua-
gem, que deverá estabelecer vínculos entre a comunicação e a ideologia,
baseando-se no caráter ideológico do signo linguístico. A palavra, refletin-
do as camadas sociais, não se caracteriza pela unidade, mas pela pluralidade.
A utilização do signo, elemento vivo e atuante, pelo falante manifesta suas
relações com o real. Considerando ainda a tentativa de unificação da lin-
20
Notas
5
Susan R. Suleiman - "Introduction : Varieties of Audience - Oriental
Criticism"- IN - The Reader in the text. Princenton: Princenton Universaty
Press, 1980, pp. 314.
6
Hans Robert Jauss - "O prazer estético e as experiências fundamentais da
Poiesis, Aisthesis e Hatharsis "- IN - A literatura e o leitor - Seleção, tradu-
ção. introdução de Luiz Costa Lima Rio: Paz e Terra, 1979, pp. 63 a 82.
7
V. Chkloushi - "A arte como procedimento"- IN - Teoria da Literatura.
Formalistas Russos. Porto Alegre: Globo, 1978, pp. 39 a 56.
8
Hans Robert Jaus - "A Estética da Recepção: Colocações Gerais"- IN - A
Literatura e o leitor. Seleção, tradução e introdução por Luiz Costa Lima
Rio: Paz e Terra, 1979, pp. 47 a 48
9
Hans Gadamer fala, em fusão de horizontes históricos na mesma linha de
Jaussem sua obra Wahrheit und Method ( Verdade e Método) 1960 e E.
42
25
“Elements de Semiologie” - Communications 4, 1964
- “Introduction à l’analyse structurale des récits” - Communications 8, 1966.
- S/Z - Paris: Seuil, 1970.
26
Esthétique e Théorie du Roman. Paris: Gallimard, 1978.
27
“Elements de Semiologie” - Communications, 4, 1964.
- “Introdution à l´analyse structurale des récits” - Communications 8, 1966
- S/Z - Paris: Ed. Seuil, 1970.
- “De l´oeuvre au texte” - Revue d´Esthétique 3, 1971.
28
“Introdution à l´étude du narrataire” Poétique 14, 1973.
29
Ithaca: Cornell Univ. Press, 1978.
30
“Presupposition and intertextuality” - M.L.N. 91 - 1976.
31
Semiotics of Poetry. Bloomington: Indiana Univers. Press, 1978.
32
“A produtividade dita texto”. IN Vários autores - Literatura e Semiologia.
trad. Célia Neves Dourado. Petrópolis: Vozes, 1972.
- Introdução à Semanálise. trad. Lúcia Helena França Ferraz. São Paulo:
Perspectiva, 1974.
33
Susan R. Suleiman e Inge Crosman arrolam, na “Introdução”
(“Introduction”) e na Bibliografia Comentada (“Annoted Bibliography”),
inúmeros críticos e obras que se destacam, não só como precursores dos
estudos sob a leitura do texto literário, mas muitas vezes, começando pelo
estruturalismo e semiótica prosseguem seus estudos em direção à Estética
da Recepção ou “Audience-Oriented Criticism”, como aparece na obra The
Reader in the Text - Essays on Audience and Interpretation. Princeton:
Princeton University Press, 1980. Selecionamos, dentre eles, os que já tive-
mos oportunidade de analisar como:
Mieke Bal - Narratologie. Paris: Klincksiek, 1977.
Emile Benveniste - Problemas de Linguística Geral. (1ª ed. francesa), 1966
Claude Brémmond - “La Logique des possibles narratifs. Communications
8, 1966.
Umberto Eco - A theory of semiotics. Blomington: Indian Univ. Press, 1976.
Stanley Fish - “Literature in the Reader: Affective Stylistics” - New Literary
History - 2. 1970
Northrop Frye - Anatomia da Crítica. São Paulo: Cultrix, 1973.
Boris Gasparov - “The Narrative Text as an Act of Communication” - New
Literary History - 9. 1978.
Gerard Genette: Figures I, II, III. Paris: Seuil, 1966, 1969, 1972.
A. J. Greimas - Sémantique Structurale. Paris: Larousse, 1966.
Kate Hamburger - The Logic of Literature. Bloomingto: Indiana Univ. Press,
1973
Philippe Hamon - “Por um estatuto semiológico da personagem” - (Paris,
1974) “Qu´est-ce qu´une description?” Revue de théorie et d´analyse
44
O experimentalismo e a construção
do romance no romance, como marcas de contemporaneidade na
ficção portuguesa atual
Notas
67
Maria Alzira Seixo - A palavra do romance (Ensaios de Genologia e análi-
se). Lisboa: Livros Horizonte, 1986, p.185.
68
Mikhail Bakhtin - Questões de Literatura e de Estética (A Teoria do
romance). São Paulo: UNESP/Hucitec, 1988. pp. 403/404.
69
Alexandre Pinheiro Torres - “Sociologia e Significado do Mundo
Romancesco de José Cardoso Pires”. In: Posfácio - PIRES, José Cardoso. O
Anjo Ancorado. 5a. ed., Lisboa: Moraes Editora, 1977, p. 153.
70
Fernando Mendonça. Resenha crítica - Antonio Lobo Antunes - Tratado
das paixões da alma. Colóquio Letras n. 125-126. Lisboa: Calouste
Gulbenkian, jul/dez 1992. p.296-297.
71
Maria Alzira Seixo em sua obra A Palavra do Romance (Lisboa: Livros
Horizonte, 1986) à p. 23, define muito bem a particularidade desse romance,
como podemos constatar pela passagem abaixo:
“A obra de José Saramago tem procurado, e de modo particularmente sensí-
vel a partir de Memorial do Convento, textualizar a memória que confronte o
ser com o tempo; daí que os seus livros tenham sido lidos, em muitos casos,
como romances históricos - o que, obviamente, e de uma perspectiva rigoro-
sa da teoria literária - não são. O que acontece é que José Saramago, convoca
o passado, aliás fielmente reconstituído (mas com intromissões do tipo fan-
tástico que o alteram, note-se), para o filtrar de modo consciente por uma
óptica do presente - o que é inteiramente diverso do que acontece com o
romance histórico, onde o presente se abandona como tal para mergulhar
completamente no passado e nele se integrar; (...)
72
O autor foi estudado em minha tese de doutorado: Tempo de SER. Tempo
de FAZER. A Temporalidade essencial e o espaço do leitor nos romances de
V0ergílio Ferreira, defendida na Faculdade de Ciências e Letras de Assis,
UNESP, 1988 e publicada pela Editora HVF/CERED/UNIP, São Paulo, 1993.
61
Não calcula como custa. Não quero dizer Adieu. Não sei
se posso dizer Au Revoir. Não me procura (sic). Não me
esquece (sic). Não imagina como soube me fazer feliz.
Não sei quando volto. Não sei se volto. (A.F., p. 251)
(narrador-personagem)
‘Parece complicado, rosnei.
(narrador-personagem)
‘E se eu já estivesse a escrever esse mesmo romance?’
(o escritor David)
‘Mais divertido ainda’ respondeu.
‘Será talvez necessário que tu queiras escrevê-lo para
que eu possa escrevê-lo. O que é o pobre do autor diante
dos poderes e dos caprichos do narrador?’
(narrador-personagem)
Continuei: ‘Imagina também que até resolvo colocar-te,
no romance em causa, como simples comparsa, como per-
sonagem de secundaríssima ordem que é o que tu mere-
ces?’ (A.F., p. 267/268)
84
Notas
73
Mikhail Bakhtin - Questões de Literatura e de Estética (A teoria do roman-
ce). São Paulo: Editora UNESP/HUCITEC, p. 146.
74
Fernando Mendonça - “A renovação do romance português”. O Estado
de São Paulo. São Paulo: 11 fev. 1989. Cultura, v.7, n.º 447, p.6.
75
As demais obras do autor estão arroladas no Anexo 1 (Ficha Bibliográfica
de David Mourão-Ferreira)
76
David Mourão-Ferreira - Um Amor Feliz. 3a. ed. Lisboa: Editorial Presença,
1987 (p. 16).
Todas as citações do romance no presente estudo serão dessa mesma edi-
ção, sendo indicada pela sigla A.F., seguida do número da(s) página(s).
77
Jean Pouillon - O tempo no romance. São Paulo: Cultrix/Edusp (1974). O
autor desenvolve os conceitos de “visão com”, “visão por fora” e “visão
por detrás”.
78
A Obra Poética I - Lisboa: Livraria Bertrand, 1980, p. 241.
79
Maria da Glória Padrão - “Uma eleição” In Letras e Letras. Ano I, no. 8, 01
julho de 1988, p. 10.
87
..................................................................................................
A resposta surpreendente, é que ninguém escreveu, que,
embora pareça que sim, não está escrito, tudo aquilo
não foi mais que pensamentos vagos da cabeça do revi-
sor enquanto ia lendo e emendando o que escondidamente
passara em falso nas primeiras e segundas provas
(H.C.L. p. 22)
O discurso dialógico do narrador pressupõe a presença do
outro, inserido no próprio texto ficcional. É o leitor tornado narratário na
própria estrutura narrativa, personagem confidente do narrador, que se
confunde com o protagonista da narrativa primeira, o revisor Raimundo
Silva, focalizador de sua própria história e autor de um novo livro sobre
a História do Cerco de Lisboa, onde se mesclam o real e o ficcional.
O leitor realiza o encadeamento romancesco pelos vários possíveis
ficcionais que advém dos planos narrativos, fornecidos pelas estruturas de
apelo da obra que se sobrepõem na construção do texto plural. Fundem-se
história e ficção e a miscigenação de registros configura uma refração especu-
lar, que o leva a ler além das palavras, na história de ontem a história de hoje.
ria ficcional do novo cerco de Lisboa, escrita pelo revisor, agora autor,
Raimundo Silva, a partir de um NÃO inserido no texto que revisava, fun-
dindo-se o real - o cerco de Lisboa - e o ficcional - circunstâncias
modificadoras do cerco, diálogos e ações das personagens enfocadas
num mundo de relações:
Notas
80
“História e ficção” - In: Jornal de letras, artes e idéias (J.L.). Ano IX, n.o
354, 18 a 24/04 de 1989, pp. 17 a 20. Citação: pp. 19/20.
81
Todas as citações do romance pertencem à edição abaixo e serão indicadas
pela sigla H.C.L. seguida do(s) número(s) da(s) página(s): José Saramago -
História do Cerco de Lisboa. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. (H.C.L.
- pp. 15 e 16)
82
Ano IX, n.o 354. Dia 18 a 24 de abril de 1989. pp. 8 a 12.
83
A palavra do romance. Lisboa: Livros Horizonte, 1986, pp. 189/190.
84
As demais obras do autor estão arroladas no Anexo 2 (Ficha Bibliográfica
de José Saramago)
85
Entrevista concedida a José Carlos de Vasconcelos no Jornal de letras,
artes e idéias. J.L. - Ano IX, n.o 354. De 18 a 24 de abril de 1989, p. 10
86
Procedimento bastante comum no discurso narrativo de Peregrinação de
Fernão Mendes Pinto, que inseria a reprodução dos sons de línguas orien-
tais em seu texto.
87
Iuri Lotman - A Estrutura do Texto Artístico. trad. Maria do Carmo Vieira
Raposo e Alberto Raposo. Lisboa: Editorial Estampa, 1978.
88
José Saramago - “História e Ficção” In Jornal de Letras, artes e idéias.
Lisboa, Ano X, n.o 400. De 6 a 12 de março de 1990. pp. 17 a 20. (p. 19)
89
José Saramago - “História e Ficção” IN Jornal de letras, artes e ideias
(J.L.) Ano X, n.o 400, 6 a 12/03/1990 - p.19.
90
Tereza Cristina Cerdeira da Silva - “José Saramago. A ficção reinventa a
história” IN Colóquio Letras, n.o 120. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian,
abril/junho 1991, pp. 174 a 178. (p. 178)
91
Helena Kaufman - “A metaficção historiográfica de José Saramago”. IN
Colóquio Letras n.o 120. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, Abril-
junho 1991, pp. 124-136. (p. 133)
92
Papel catalisador uma vez que amplia a velocidade da reação, exercendo
uma função organizadora da narrativa. - Sobre o papel do leitor ver estudos
119
CONCLUSÃO
Notas
95
Wolfgang Iser - “A interação do texto com o leitor” IN VVAA - A literatura
e o Leitor. Selec. trad.. e introd. de Luis Costa Lima. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1979, p. 130.
96
Karlheinz Stierle - “Que significa a recepção dos textos ficcionais”. IN:
VVAA. - A literatura e o leitor. op. cit.,p. 159.
97
IDEM, IBIDEM, p. 160/161.
98
Mikhail Bakhtin - Questões de Literatura e de Estética. São Paulo: Editora
UNESP/HUCITEC. p. 400.
99
Maria Alzira Seixo - A Palavra no Romance. Lisboa: Livros Horizonte,
1986. p. 181.
129
BIBLIOGRAFIA
3 - Bibliografia Geral:
ANEXO 1
Poesia
*
1950 - A secreta viagem. Lisboa: Távola Redonda.
1954 - Tempestade de verão. Lisboa: Guimarães Editores.
1958 - Os Quatro Cantos do Tempo. Rio de Janeiro: Livros de Portugal.
1962 - In Memoriam Memoriae. Lisboa: Ed. Minotauro.
1962 - Infinito Pessoal ou a Arte de Amar. Lisboa: Guimarães Editores.
1966 - Do Tempo ao Coração. Lisboa: Guimarães Editores.
1967 - A Arte de Amar (reunião dos cinco primeiros livros). Lisboa:
Guimarães Editores.
1969 - Lira de Bolso (Antologia). Lisboa: Publicações Dom Quixote.
1971 - Cancioneiro de Natal. Lisboa: Editorial Verbo.
1973 - Matura Idade. Lisboa: Ed. Arcádia.
1974 - Sonetos do Cativo. Lisboa: Ed. Arcádia.
1976 - As Lições do Fogo (Antologia). Lisboa: Publicações Dom Quixote.
1978 - Vinte Poesias Inéditas. Porto: Brasília Editora.
1980 - Obra Poética, vols. I e II (inclui os livros inéditos À Guitarra e à
Viola e Ofício Órfico). Lisboa: Liv. Bertrand, 1980.
1980 - Entre a Sombra e o Corpo. Lisboa: Moraes Editores.
1980 - Ode à Música. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda.
1985 - Os Ramos Os Remos. Porto: Areal Editores.
1987 - O Corpo Iluminado. Lisboa: Editorial Presença.
1988 - No veio do cristal. Lisboa: Editorial Preesença.
Ficção
1959 - Gaivotas em Terra. Lisboa: Ed. Ulisseia.
1962 - O Viúvo. Lisboa: Ed. Estúdios Cor.
1963 - Tal e Qual o Que Era. Lisboa: Colecção Antológica “Best-Sellers”.
1968 - Os Amantes. Lisboa: Guimarães Editores.
1974 - Os Amantes e Outros Contos. Lisboa: Liv. Bertrand.
1978 - Maria Antónia e Outras Mulheres. Lisboa: Ed. Círculo de Leitores.
140
ANEXO 2
Poesia
*
1966 - Os Poemas Possíveis. Lisboa: Portugália Editora. (Lisboa: Editorial
Caminho. 2.ed. 1982; 3.ed. 1985)
1970 - Provavelmente Alegria. Lisboa: Livros Horizonte. (Lisboa: Editorial
Caminho, 2.ed. 1985)
Ficção
1947 - Terra do Pecado (Primeiro romance. Apagado pelo próprio autor
de sua bibliografia. Não sobrou nenhum exemplar - testemunho de
José Saramago no JL, Ano IX, no. 354, de 18 a 24/04/89, 8-12.)
1975 - O Ano de 1993. Lisboa: Editorial Futura. (Editorial Caminho - 2.ed.
1987).
1977 - Manual de Pintura e Caligrafia. Lisboa: Moraes Editores. (Editorial
Caminho - 2.ed. 1984; 3.ed. 1986)
1977 - Objeto Quase. Lisboa: Moraes Editores. (Editorial Caminho - 2.ed.
1984; 3.ed. 1986)
1978 - Poética dos Cinco Sentidos. (Obra Coletiva) - O Ouvido. Lisboa:
Livraria Bertrand.
1980 - Levantado do chão. Lisboa: Editorial Caminho. (Trad. russa pela
Edições Progresso, Mocovo, 1982; Ed. Brasileira São Paulo: Difel,
1982; Trad. Alemã Berlim: Aufban Verlag, 1985)
1981 - Viagem a Portugal. Lisboa: Círculo do Livro. (2.ed. 1985 - Editorial
Caminho - 1984 - 2.ed., 1988)
1982 - Memorial do Convento. Lisboa: Editorial Caminho.
1984 - O Ano da morte de Ricardo Reis. 6.ed. Lisboa: Editorial Caminho,
1986. (trad. espanhola - Barcelona: Seix Barral, 1985; 2.ed. 1987;
trad. italiana - Milão: Feltrinelli, 1985)
1986 - A Jangada de Pedra. Lisboa: Editorial Caminho. (trad. espanhola -
142