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ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS
GESTÃO DE ESTOQUE:
Empresa do ramo de importação de acessórios para smartphones
Porto Alegre
2018
Matheus Nöer Ferreira
GESTÃO DE ESTOQUE
Empresa do ramo de importação de acessórios para smartphones
Porto Alegre
2018
RESUMO
Atualmente a gestão do estoque assumiu papel estratégico dentro das organizações, tornando
a sua prática dentro das empresas um fator básico de sobrevivência em razão da alta
competitividade. Pelo fato de não dar a devida importância para o assunto abordado, a
empresa que é objeto deste trabalho acabou incorrendo em diversas situações de risco para a
continuidade do negócio. Excesso de mercadorias sem giro estocadas, baixa acuracidade do
estoque e falta de produtos demandados por clientes são alguns dos problemas enfrentados
pela falta de gestão. O objetivo desse trabalho foi utilizar teorias referentes ao tema estudado
para propor técnicas que aumentem a eficiência da empresa no atendimento aos clientes e
reduzam seus custos. Para apresentar a proposta de gestão de estoques à empresa, foram
utilizados relatórios e documentos extraídos do sistema ERP da empresa para identificar a
importância de cada produto no contexto da organização, indicando através da utilização da
ferramenta da Classificação ABC, propostas de gestão diferenciadas para cada categoria de
produto, que poderão ser medidas através de indicadores estabelecidos. Espera-se que com os
resultados apresentados a empresa possa tratar seu estoque de forma mais profissional,
eliminando erros cometidos e melhorando sua performance frente a seus clientes.
Nowadays, inventory management has assumed a strategic role inside business organizations,
making its practice key for survival in a scenario of high competition. The organization
studied in the present work has assumed many risky situations for its sustainable development
for not having assigned the right importance to its warehouse management. Excess number of
items, low inventory accuracy and shortage of products are only a few of the problems lead by
inefficient inventory management. The goal of the present research was to apply theories
about the theme in order to propose practices that increase the business efficiency and
decrease its costs. To present the new proposals of inventory management, reports and
documents were extracted from the companies ERP, in order to identify the importance of
each product for the business, through an ABC Classification. After that, management
proposals for each category of product could be created, which may be measured by key
performance indicators. It is expected that, after the results are presented, the company could
manage its inventory in a more professional way, eliminating errors and improving its
performance.
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................6
2 REFERENCIAL TEÓRICO ..............................................................................................10
2.1 TIPOS DE ESTOQUES ...................................................................................................10
2.2 OBJETIVOS DO ESTOQUE ...........................................................................................10
2.3 GESTÃO DE ESTOQUES ...............................................................................................11
2.4 SISTEMAS DE CONTROLE ..........................................................................................13
2.4.1 Sistema de Revisão Periódica........................................................................................13
2.4.2 Sistema de Revisão Contínua ........................................................................................14
2.5 INDICADORES E AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES ....................................................15
2.6 CUSTOS DE ESTOQUES ...............................................................................................18
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ......................................................................20
3.1 MÉTODO ...........................................................................................................................20
3.2 COLETA DE DADOS........................................................................................................21
3.3 ANÁLISE DE DADOS ......................................................................................................23
4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS...................................................24
4.1 CURVA ABC .....................................................................................................................24
4.1.1 Política de Revisão Periódica ........................................................................................27
4.1.2 Política de Revisão Contínua ........................................................................................31
4.2 FORNECEDORES .............................................................................................................33
4.3 PRODUTOS SEM GIRO ...................................................................................................35
4.4 INDICADORES .................................................................................................................37
4.4.1 Acuracidade ....................................................................................................................37
4.4.2 Rotatividade....................................................................................................................39
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..............................................................................................40
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................43
APÊNDICES ...........................................................................................................................46
Apêndice 1 – Estoque Total....................................................................................................46
Apêndice 2 – Curva ABC .......................................................................................................52
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1 INTRODUÇÃO
país que lidera o uso deste tipo de gadget na América Latina, pesquisa feita pela IBGE
revelou que 77,1% da população com 10 anos ou mais possuem ao menos um aparelho ativo.
Quando esses números são confrontados com dados disponibilizados pela Anatel, percebe-se
que o número de conexões a internet sem fio ultrapassa os 230 milhões de acessos no país,
registrando cerca de 1,7 aparelhos por usuário. E esses são indicadores que não param de
crescer. Pesquisa divulgada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) indica crescimentos
enormes para o mercado de smartphones no Brasil nos próximos anos. Com a projeção desse
crescimento, cresce também, em proporções ainda maiores o mercado de acessórios para
esses aparelhos. Estima-se que para cada aparelho ativo no país, o usuário utiliza de 3 a 5
produtos periféricos. Se o número de smartphones no país supera os 230 milhões, estamos
fazendo referência a um mercado com volume maior do que 1 bilhão de produtos
comercializados de acordo com (WOLKE, 2018) e segundo previsão da ABI Research o
volume financeiro de cerca de 62 bilhões de dólares ao ano, em termos mundiais.
Nesse sentido, a empresa objeto de estudo deste trabalho é uma importadora em
funcionamento no mercado brasileiro desde o ano de 2011, com seu escritório comercial e
administração situados na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Atualmente o quadro
de funcionários é formado por 10 colaboradores, sendo um deles o diretor da empresa e o
restante divididos entre as áreas financeira, comercial, marketing e expedição. Dedicada à
pesquisa, desenvolvimento, importação e distribuição de acessórios para smartphones, tablets,
smartwatches e computadores da marca Apple, seus serviços abrangem desde o procurement
de um fornecedor especializado até o suporte aos pontos de venda dos clientes.
Atualmente a empresa conta com duas marcas registradas, sob as quais importa seus
produtos para revenda. A diferenciação entre as duas ocorre no que diz respeito ao público
alvo de cada marca e ao canal de venda em que são ofertadas. Apesar de ambas atuarem no
mesmo segmento de mercado e ofertarem um mix semelhante de produtos a “marca A”
oferece uma linha de produtos Premium, com qualidade percebida superior e preço de venda
mais elevado. Por questões comerciais de exclusividade esta marca é vendida apenas para um
único parceiro comercial com diversas lojas espalhadas pelo país. Em relação a “marca B”,
trabalha com base em uma linha de produtos mais econômica, operando com orçamento mais
reduzido no que diz respeito ao design do produto e a qualidade das embalagens. Assim, o
foco destes produtos são lojas especializadas em acessórios de smartphones, assistências
técnicas, etc. Além das duas marcas próprias, a empresa em estudo realiza a atividade de
importação de produtos de terceiros, ou seja, mercadorias sob marca registrada de outra
empresa.
8
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Este capítulo do trabalho visa conceituar e apresentar a teoria elaborada por estudiosos
acerca dos assuntos que serão desenvolvidos ao longo da pesquisa, a fim de criar um
embasamento teórico para as análises, estudos e propostas que serão desenvolvidas
posteriormente.
Os tipos de estoques podem ser, de acordo com Rancich Filho (2009), classificados
em três categorias dependendo da fase do processo produtivo em que se encontram. O autor
cita os (1) Estoques de Matérias primas, (2) Estoque de material semiacabado e (3) Estoques
de produtos prontos.
Para Correa, Gianesi e Caon (2001, p. 51) os “estoques constituem parcela
considerável de valor econômico dos ativos das empresas, podendo ser classificados em cinco
categorias”:
- Estoques de matéria prima;
- Estoques de produtos em processo;
- Estoques de produtos acabados;
- Estoques em trânsito;
- Estoques em consignação;
No caso da empresa em análise os únicos tipos de estoques existentes são os de
produtos prontos ou acabados, ou seja, disponível para venda imediata ao cliente e o estoque
em transito, que são itens que já foram enviados para os clientes, mas ainda não chegaram ao
destino.
de finanças discordam em relação ao estoque, pois enquanto para o setor de vendas ter um
estoque alto é bom para poder atender toda a demanda, para o setor de finanças o desejado é
um estoque baixo para diminuir o capital investido. Assim, “a administração de estoques
deverá conciliar da melhor maneira os objetivos e interesses de todos, sem prejudicar a
operacionalidade da empresa” (RANCICH FILHO, 2009, p. 27).
Para Ballou (2008, p. 25) “a administração de estoques envolve manter seus índices
tão baixos quanto possível, ao mesmo tempo em que provê a disponibilidade desejada pelos
clientes”. Para ele, o ideal é manter sempre o mínimo de estoque, evitando os riscos de ter um
grande número de produtos sem giro e ainda evitar o desperdício de capital, isso sem
comprometer a cobertura da demanda.
estoque e a retroalimentação é a comparação entre o que foi planejado e o que de fato foi
executado, a fim de perceber os desvios e as possíveis causas.
Atualmente, a gestão de estoque faz parte das atividades de planejamento empresarial
e dela são exigidas estratégias cada vez mais aperfeiçoadas para controle de estoque, e quando
realizada com qualidade apresenta resultados vantajosos para diversas áreas das organizações
como compras, produção, vendas, finanças...
Rancich Filho (2009, p. 40) diz que “a questão principal da gestão de estoque de um
determinado item refere-se a duas questões – quando repor e quanto repor”. Resumindo, é
preciso que sejam definidos critérios para o reabastecimento de estoque a fim de evitar
excessos e/ou faltas de produtos. Por “quando repor” e “quanto repor” estamos nos referindo
aos conceitos de Ponto de Pedido (PP) e Lote de Compra (L). Ponto de Pedido é a quantidade
de estoque onde deve ser emitido um novo pedido de compra ao fornecedor. No mesmo
sentido, Ching (2008, p. 43) diz ser a finalidade do ponto de pedido “dar inicio ao processo de
ressuprimento com tempo suficiente para não ocorrer falta de material”. Lote de Compra é o
valor unitário de itens comprados para reposição de estoque. Para Ching (2008, p. 44) “o lote
de compra deve ser a quantidade que balanceia os custos de manutenção e de aquisição,
assumindo que haja informações precisas quanto à demanda e ao tempo de ressuprimento”.
Antes de apresentar a fórmula de cálculo dos dois conceitos acima é importante
explicar algumas das variáveis que as afetam:
- LT ou TR = Lead Time ou Tempo de Reposição. É o tempo entre o ponto de pedido e
a chegada do material.
D = Taxa de demanda por unidade de tempo.
EM = Estoque máximo = L + ES
ES = Estoque de segurança ou estoque mínimo. Definido por (MAGEE, 1967) como
um estoque adicional mantido com o objetivo de a empresa suprir sua falta de capacidade de
fabricação ou reabastecimento. Para determinação do ES é preciso que se calcule e determine
anteriormente algumas variáveis. São elas: demanda média, desvio padrão do consumo (σ) e o
Grau de Atendimento a partir do fator K.
Para demanda média, soma-se as demandas de determinado período dividindo pelo
tempo em questão.
A fórmula para cálculo do desvio padrão do consumo, segundo Rancich Filho (2009)
("#"$)&
é: .
'#(
13
Tabela 1 - Fator K
GA (%) K
99,99 3,090
95,00 1,645
90,00 1,282
85,00 1,036
80,00 0,842
70,00 0,524
60,00 0,253
50,00 0,000
Fonte: adaptado de Correa; Gianesi; Caon (2001, p. 65)
O primeiro método, de acordo com (Stockton, 1982) é baseado na definição por parte
da administração de um determinado período de tempo regular onde é realizado a revisão da
situação do estoque, para a partir de aí gerar um pedido de ressuprimento que visa atingir o
ponto de estoque alvo. Stockton (1982, p. 95) estabelece que “a decisão chave de projeto para
14
Utilizando este método, a fórmula para determinar o Lote de Compra segundo Rancich
Filho (2009) leva em consideração critérios como tempo de entrega (lead time), período entre
inspeções e quantidades pendentes já compradas que irão chegar na empresa. A parti daí
temos a fórmula que dita esta definição:
L = D x (P + TR) + ES - (E + QP)
vez (o tamanho do lote) e o nível de estoque que exige uma ordem de suprimento (o nível
numérico de reabastecimento) são fixados por decisão da administração”.
Sob essa perspectiva, o sistema de reabastecimento assume uma forma de operação
que lhe permite agir de forma rotineira, onde o período entre pedidos pode variar, mas o
tamanho dos pedidos se mantem constante.
Trazendo estes conceitos para a realidade vivida pela empresa Chana Importaçao, a
definição de um ou outro Sistema para uma melhora na eficiência da gestão de seus produtos
deve ser realizada analisando caso a caso os itens que a organização mantém em seu estoque e
qual a relevância e importância de cada um dentro do contexto empresarial.
Este tópico do referencial teórico tem sua relevância atrelada à necessidade e ao desejo
da direção da organização estudada em contar com indicadores que possam medir o trabalho
realizado pela gestão dos diversos setores empresa. Assim, para Arozo (2002) um sistema de
acompanhamento de desempenho de estoque adequado oferece um serviço muito importante
para o gestor, apontando o desempenho do processo de gestão e indicando as razões desta
performance.
Martins e Alt (2011) nos fornece alguns indicadores que julga ser importantes para
uma boa gestão de estoques, como (1) Acurácia do Estoque, (2) Giro de Estoque, (3)
Cobertura de Estoque e (4) Análise ABC. Rancich Filho (2009), que também partilha da
mesma teoria, conceitua cada um dos termos acima:
A Acuracidade do Estoque pode ser obtida através da relação entre a quantidade física
real existente de produtos no estoque e a quantidade lançada nos registros de controle,
conforme fórmula abaixo. O valor da acuracidade é sempre fornecida em percentual, sendo
100% o valor ideal.
consumo médio/tempo
Rotatividade =
estoque médio
Para fins de entendimento, o Estoque médio é definido por Rodrigues (1993) como
sendo a soma do estoque inicial do período + estoque final do período dividido por 2, ou seja,
a média de estoque mantida no período. Rancich Filho (2009) afirma que “quanto maior for o
giro do capital ou giro do estoque da empresa maior será sua rentabilidade. Quanto maior for
o giro do estoque menor será a quantidade em estoque”.
Cobertura de Estoque é conceituada como período de tempo em que o estoque atual
suportará a demanda sem necessidade de reposição. O cálculo é feito dividindo-se o estoque
existente pela demanda em unidades por período de tempo, ou média de vendas, conforme
abaixo:
estoque atual
Cobertura =
demanda por período de tempo
Segundo Ching (2008, p.46) “nem todos os itens estocados merecem a mesma atenção
pela administração”. De acordo com este raciocínio, é preciso estabelecer diferentes requisitos
de classificação para separar os produtos por suas devidas importâncias. Para isso podemos
utilizar o método da Curva ABC que se baseia no diagrama de Pareto para, de acordo com
Rancich Filho (2009) priorizar determinados materiais em função de sua representatividade
monetária e separar o essencial do trivial. O Diagrama de Pareto, ainda de acordo com
Rancich Filho (2009), surgiu de um estudo feito por Wilfredo Pareto em meados do século
XIX onde ele descobriu que a riqueza no país não se distribuía de forma uniforme. A relação
encontrada por ele para a distribuição de renda ficou estabelecida pela regra 80/20, onde 20%
da população detinha 80% da riqueza e o restante da população compartilhava dos outros 20%
da riqueza do país.
A curva ABC utilizada atualmente como ferramenta de gestão de estoque em
diferentes áreas, como comercial e industrial, é uma variação do Princípio de Pareto onde os
dois grupos de Pareto são transformados em três seguindo a lógica de Ching (2008) de que
uma separação em 80-15-5% pode ser utilizada como fronteira entre a classificação dos
produtos. Claro que esses critérios não devem ser utilizados rigorosamente, servem
18
De acordo com Bertaglia (2003, p. 329 apud RANCICH FILHO, 2009) os custos de
estoque podem ser divididos de acordo com quatro classificações:
- Custo de Aquisição: custo relacionado com a compra e a posse do material para
estoque. Envolve todas as atividades relacionadas com o processo de aquisição.
- Custo de Manutenção: custo de armazenagem, seguro, movimentação, e proteção do
estoque.
- Custo de Capital: custo do dinheiro aplicado no estoque e que poderia ser utilizado
para outras áreas.
- Custo de Obsolescência: custo de o material não ter mais utilidade ao comprador.
Relacionando os conceitos acima com o indicado por Ching (2008, p. 30), temos:
No que tange ao assunto do custo dos produtos, para uma avaliação financeira dos
estoques na medida em que entram e saem produtos do mesmo, iremos apresentar o método
mais utilizado pelas empresas segundo Rancich Filho (2009) que é o método pelo Valor do
Custo Médio. Para Duarte (2018) “custo médio, também chamado de preço médio ponderado
é basicamente o resultado da divisão do saldo financeiro pelo físico”. Ou seja, o valor do
custo médio do produto é obtido através da soma do total investido dividido pela quantidade
de itens comprados, conforme exemplo em figura abaixo:
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.1 MÉTODO
Os dados utilizados como ponto de partida para as análises necessárias foram extraídos
do site oficial da organização, do software de gestão da empresa e de conversas realizadas
com funcionários dos setores de Importação, Financeiro e de Expedição como forma de
compilar informações empíricas e feedbacks sobre o funcionamento da organização. Os dados
extraídos do software da empresa foram selecionados através de relatórios emitidos em
planilhas no formato .csv que permitem o tratamento das informações coletadas para posterior
análise e tomada de decisões além de conversas com os diretores para a busca de informações
mais empíricas sobre a operação da organização. A partir do site da empresa, foi montado o
seguinte fluxograma com informações sobre os processos realizados pela empresa.
22
Procurement Não
Solicitaçao de Definido
amostras fornecedor?
Sim
Customização Design de
dos produtos embalagens
Produção
Não
em massa
Sim
Validando-se os resultados acima, é necessário que cada região tenha sua política de
gestão de estoque determinada, pois a atenção dada a cada classificação referente ao controle
de estoque deve ser diferente. A região “A” deve ter um controle de estoque rigoroso
principalmente pelo fato de que se qualquer um dos itens que a compõem ocorrerem em falta
isso representará uma perda significativa de faturamento para a empresa. Os produtos da
região B podem ser controlados de forma mais branda do que a anterior, enquanto os itens da
região C não precisam atrair tanta atenção da Direção visto que uma falta de seus produtos em
estoque representaria, financeiramente, uma perda pouco significativa para a empresa.
Diante do exposto, como forma de reabastecimento de mercadorias faz-se abaixo
sugestão de políticas de reabastecimento para as 3 diferentes classificações determinadas com
a montagem da curva ABC. Vale ressaltar que o modelo de Lote Econômico não foi utilizado
como alternativa visto que a empresa não consegue com precisão determinar seus custos
unitários de armazenagem e de compra, e segundo Rancich Filho (2009, p. 45) “arbitrar estes
valores sem a exatidão real dos custos da empresa levará a um desempenho pobre e perigoso
do sistema de gestão de estoques”.
27
4.2 FORNECEDORES
já virou algo cultural. Acontece que a manutenção deste procedimento acaba por ter efeitos
significativos no resultado financeiro da empresa em razão do alto custo envolvido nesse
modo de importação.
Com a determinação das Classificações a que se chegou a partir da análise feita no
item 4.1 e a necessidade percebida de mudança na forma de importar seus produtos, um dos
fatores que irá influenciar a questão da política de gestão de estoques é o Tempo de Reposição
(Lead Time) de cada produto. Por se tratar de uma importadora, o Lead Time em questão
adota períodos mais extensos de produção e transporte. De acordo com Stockton (1982, p. 63)
define-se como Tempo de Reposição “o período de tempo decorrido entre a requisição e o
recebimento do suprimento, no lugar e na forma que possa atender à demanda do usuário”.
Através de conversas com o diretor da empresa, responsável pelas importações, foi possível a
montagem da tabela 3, com a informação do tempo de produção e transporte dos produtos
para cada fornecedor.
A forma de importação dos produtos da empresa é uma das variáveis que causa maior
impacto nos valores dos produtos vendidos, isso porque o custo do frete envolvido nessa
questão representa grande parte do custo unitário de uma mercadoria. Assim, uma importação
via marítimo é uma boa forma de a empresa diminuir o custo das suas mercadorias,
aumentando suas margens. Apesar disso, como pode-se perceber pela Tabela 7 acima, o prazo
para entrega, quando comparado um frete aéreo com um marítimo, pode variar de 46 a 73%
35
de diferença entre um modo e outro. Assim, a forma de importação que onera mais os custos,
tem um Lead Time muito menor, enquanto a que tem maior Lead Time diminui
consideravelmente os custos da empresa. Essa equação é que precisa ser resolvida com a
aplicação das ferramentas apresentadas durante o trabalho, como forma de entregar para a
empresa a possibilidade de gestão que não necessite da importação com urgência, podendo
optar pelo modal marítimo e assim tendo uma melhor performance financeira.
A partir das informações de Lead Time e Demanda obtidos nos itens, é possível que a
empresa determine Estoques de Segurança para cada produto. Para Rancich Filho (2009, p.
47) “Estoque de Segurança é a quantidade mínima que deve existir de estoque de um
determinado item para cobrir eventuais oscilações ou variabilidades no tempo de reposição
e/ou na demanda”. A determinação deste critério, de acordo com o autor, visa diminuir os
riscos de ocorrer a falta de material para atendimento ao cliente, que é hoje um dos grandes
problemas enfrentados pela organização, também chamado de “furo de prateleira”.
Apesar de essa operação não ser uma ação simples dos pontos de vista fiscal e
financeiro e de parecer uma solução drástica para um grave problema, a proposta de descarte
encontra argumentos favoráveis no sentido de eliminar a falsa sensação de estoque cheio da
empresa além de diminuir os custos de armazenamento com estes itens. Entretanto, para poder
se livrar deste problema, causado por uma inexistente gestão de estoque até o presente
momento, a empresa deverá aceitar seguir com alguns procedimentos. O primeiro passo seria
o aceite em arcar com um prejuízo de R$ 944.718,96 equivalentes ao valor de custo pago na
importação destas mercadorias a serem descartadas. Obviamente que por se tratar de produtos
obsoletos e que a algum tempo não trazem retorno financeiro à empresa, esse valor
mencionado acima não à de pesar tanto na definição por parte da Direção sobre que ação
tomar. Acontece que, além da perda já mencionada, para o descarte ser efetivado outro dado
importante de ser salientado refere-se fato que de ao importar produtos para revenda, a
empresa em questão vale-se do direito a créditos fiscais e suas compensações de acordo com
as Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996 e Decreto nº 7.212, de 15 de junho de
2010, através das quais se apropria de créditos relativos aos impostos de IPI e ICMS que são
abatidos no momento das vendas feitas pela empresa.
Entretanto, ao não concretizar as vendas, o Governo se vê na obrigatoriedade de
recuperar esses valores. Através de cálculos realizados, utilizando os conhecimentos de custos
do estoque apresentados no capítulo 2.6, para concretizar o descarte dos itens sem
movimentação a empresa necessita pagar o montante de R$ 353.209,25, referente ao valor ao
qual se creditou na importação. Abaixo, tabela com exemplo do cálculo realizado para
determinação dos valores a serem pagos pela empresa.
Através da tabela formulada acima, vemos que referente ao item IM-3017PT o valor
de IPI mais ICMS a ser pago é de R$ 5.001,54, referentes a um saldo de 5.530 unidades a
serem descartados. Vale ressaltar que a causa dessa dívida é resultado de uma inexistente
gestão de estoque, que fez a Direção não perceber que muitos dos seus produtos estavam
perdendo valor de venda sem trazer retorno financeiro algum para a organização. Caso a
empresa tivesse a cultura organizacional de um acompanhamento da movimentação de seus
37
produtos, provavelmente algumas ações poderiam ter sido tomadas antes, como por exemplo
campanhas de vendas e promoções, para evitar que o descarte fosse a última opção viável
como forma de se desfazer das mercadorias.
Os dados acima expostos foram apresentados à Direção da empresa como forma de se
realizar alguma ação efetiva diante da situação encontrada. É de comum entendimento o fato
de os produtos mencionados estarem obsoletos, apesar de os gestores da empresa revelarem
não ter conhecimento dos números apresentados relativos a quantidade de sku’s e valores
envolvidos. A partir de conversas realizadas com o Setor Financeiro e com a Direção chegou-
se a definição de realizar o referido descarte das mercadorias a partir do ano de 2019 em três
momentos respeitando o fluxo de caixa da empresa.
Assim, os descartes serão realizados nos meses de fevereiro, maio e agosto, com
competência de pagamento dos valores citados nos meses seguintes, opção escolhida como
forma de diluir o valor do débito a pagar, além de não afetar o fluxo de caixa por serem meses
de menores despesas para a empresa pois não há a incidência dos impostos trimestrais.
4.4 INDICADORES
4.4.1 Acuracidade
4.4.2 Rotatividade
Outro importante índice de desempenho que deve ser fator de análise para uma melhor
gestão de estoque é a rotatividade dos produtos que a empresa mantém em estoque. Este
indicador tem sua importância baseada como forma de evitar o descarte de itens, tornando
perceptível a movimentação ou não do estoque de determinadas mercadorias.
Através da utilização desta técnica, é possível identificar o giro de mercadorias em
determinado período. Segundo Rancich Filho (2009) o mais comum é as empresas utilizarem
o período de 1 ano para análise do giro para assim identificarem em quanto tempo o estoque é
renovado. Assim, denota-se a seguinte fórmula para identificação deste indicador:
consumo/período
Rotatividade =
estoque médio
Diante do exposto, propôs-se para a empresa citada, a análise de giro de estoque como
forma de identificar mercadorias que não tenham renovação de estoque e assim possa-se
realizar ações que acelerem o consumo destes itens, impedindo que se tornem no futuro
mercadorias a serem descartadas, problema que é atualmente enfrentado pela organização. Foi
definido pela Direção da empresa, a partir de janeiro/2019, após a entrega do inventário de
estoque do ano corrente, o período inicial de 1 ano para análise do giro, com a ação de realizar
a promoção de mercadorias que neste período não alcançarem ao menos 1 renovação de
estoque no período da análise.
Com a aplicação das abordagens acima será possível identificar processos
operacionais existentes na empresa que são causadores das divergências de acuracidade do
estoque além de identificar possíveis produtos que estão perto da obsolescência, ou ao menos,
que não tem mais demanda para tal. A partir da identificação dos processos causadores destas
ineficiências, poderão ser adotadas ações corretivas para resolução de problemas hoje
enfrentados.
40
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
alvo para cada produto, evitando estoques muito baixos e muito altos, visto que ambas
situações são prejudiciais para a empresa pois incorrem em custos.
A partir da análise dos itens sem giro mantidos em estoque foi possível entregar para
os gestores um plano de ação para a realização de um descarte de material nunca antes feito
pela empresa. Com a apresentação da necessidade de se desfazer de alguns produtos, foi
possível apresentar com números o prejuízo obtido pela empresa ao não gerir de forma
organizada suas mercadorias. A visão da Direção quanto a proposta dos descartes foi muito
positiva. Apesar do alto custo que deverá ser despendido para atender a proposta, a Direção
julga e entende ser necessário a realização deste processo, concordando com a obsolescência
dos produtos e não vendo também outra alternativa para resolução deste problema. Segundo a
Direção, o levantamento feito ao longo do trabalho foi importante para facilitar a tomada de
decisão e para que alguma ação fosse de fato tomada, já que apesar de ser um problema que já
havia sido diagnosticada, há muito tempo a questão era ignorada pelos gestores da
organização. Além de entregar a proposta do descarte, é importante que os gestores da
empresa assumam a importância de gerir bem seu estoque principalmente em razão da rápida
obsolescência dos produtos, refletida pelo ciclo de vida curto deste tipo de material, fato que
pode levar rapidamente as mercadorias novamente para a situação de descarte se não forem
bem geridas.
Como forma de impedir que determinados erros de gestão voltem a se repetir, foram
apresentados dois indicadores que servirão para os gestores da empresa balizarem a melhora
na eficiência da nova forma de gestão implementada. Os indicadores devem ser controlados
pela direção de forma a perceber facilmente desvios de padrão muito significativos e assim
conseguir agir com mais agilidade na implementação de ações corretivas. O conhecimento
transmitido sobre o índice de acuracidade do estoque gerou certo incômodo entre os gestores,
que definiram ser inaceitável os percentuais encontrados.
Através da identificação da relação da empresa com seus fornecedores e da análise de
alguns dados referentes aos processos de reabastecimento foi possível obter informações
importantes para a solução de um dos maiores problemas enfrentados pela empresa, que são
os reabastecimentos através de frete aéreo, parte considerável na determinação dos custos das
mercadorias. Assim, espera-se que com o estudo realizado a empresa possa efetuar melhorias
de gestão que permitam alterar o modo com que realiza suas importações, diminuindo seus
custos e aumentando suas margens de venda.
Com os resultados entregues a direção da empresa foi possível introduzir na cultura da
organização a importância de se realizar uma boa gestão de estoques, bem como apresentadas
42
técnicas e ferramentas que possibilitem que isso seja efetuado pelos gestores. Assim, acredita-
se que com a implementação das práticas de gestão apresentadas, a empresa possa no mínimo
reduzir um de seus graves problemas que é o “furo de prateleira”, reduzir seus custos com
armazenagem ao descartar produtos obsoletos e reduzir o frete de importação das mercadorias
ao utilizar as ferramentas apresentadas para implementar melhoras práticas de ressuprimento,
aumentando sua lucratividade.
43
REFERÊNCIAS
AZEVEDO, Érica Carvalhais de; SOUZA, Júlio Cezar de. A importância da Gestão de
Estoques. 2017. Disponível em: <http://www.ietec.com.br/imprensa/a-importancia-da-
gestao-de-estoques/>. Acesso em: 26 abr. 2018.
CHADE, Jamil. Comércio exterior se recupera, mas Brasil cai em ranking da OMC.
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46
APÊNDICES
Estoque Total
# Complemento Saldo
1 CI-1001PP 1668
2 CI-1003PP 2395
3 IH-7015AP 29
4 IH-7015AV 866
5 IL-1013PV 172
6 IL-1014CL 18
7 IL-1014CV 116
8 IL-1014PA 60
9 IL-2011PV 63
10 IL-2100RP 50
11 IL-2118RP 48
12 IL-2150RP 1
13 IM-3010CT 361
14 IM-3012CT 18
15 IM-3014CT 32
16 IM-3015CP 4192
17 IM-3016PT 1827
18 IM-3017PT 5530
19 IM-3019PT 1730
20 IM-3021CT 191
21 IM-3021PT 40
22 IM-3022CT 230
23 IM-3022PE 33
24 IM-3023PT 604
25 IM-3024PT 35
26 IM-3025PT 6980
27 IM-3026PT 641
28 IM-3027PT 174
29 IM-3028PT 1636
30 IM-3029PT 121
31 IM-3030SV 173
32 IM-3031CT 1740
33 IM-3032SP 121
34 IM-3034PT 259
35 IM-3035CT 973
36 IM-3036CT 121
37 IM-3037TP 306
47
38 IM-3038CT 151
39 IM-3039CP 383
40 IM-3039CT 252
41 IM-3042CT 76
42 IM-3043CT 109
43 IM-3047CT 49
44 IM-3048CT 6
45 IM-3049CT 111
46 IM-3051CT 6
47 IM-3052CT 716
48 IM-3054CT 53
49 IM-3055PB 8
50 IM-3056CT 37
51 IM-3057CT 53
52 IM-3058PB 1747
53 IM-3059PB 832
54 IM-3061CP 17
55 IM-3062CT 127
56 IM-3064CT 877
57 IM-3067CP 1613
58 IM-3068CC 385
59 IM-3070CP 84
60 IM-3071CA 385
61 IM-3073CP 492
62 IM-3075CT 84
63 IM-3076CT 9
64 IM-3078CT 221
65 IM-3080CT 177
66 IM-3083PE 101
67 IM-3089PB 133
68 IM-3091TT 48
69 IM-3092TM 105
70 IM-3093CP 336
71 IM-3094PP 298
72 IM-3095CP 220
73 IM-3096CV 426
74 IM-3097CR 256
75 IM-3098CM 280
76 IM-3100CP 1707
77 IM-3102CT 1159
78 IM-3103CT 869
79 IM-3104PB 8964
48
80 IM-3105CT 864
81 IM-3108CP 77
82 IM-3109PB 2781
83 IM-3112PT 1403
84 IM-3113PT 1020
85 IM-3114CT 123
86 IM-3118CT 858
87 IM-3124PT 963
88 IM-3126PT 5078
89 IM-3127CP 1140
90 IM-3128CT 38
91 IM-3129CT 153
92 IM-3130CT 248
93 IM-3131CT 707
94 IM-3133CT 672
95 IM-3134CT 761
96 IM-3135CT 668
97 IM-3136CT 416
98 IM-3137CT 841
99 IM-3140CB 658
100 IM-3143CT 6
101 IM-3144CT 50
102 IM-3146CT 4
103 IM-3147CT 38
104 IM-3148PT 581
105 IM-3203PB 39
106 IM-3204PT 6945
107 IM-3205PT 7796
108 IM-3206PT 1778
109 IM-3209CT 1477
110 IM-3212PT 5189
111 IM-3213PT 7078
112 IM-3214CT 3660
113 IM-3215CT 1961
114 IM-3216PB 1
115 IM-3218PP 1265
116 IM-3219PB 1291
117 IM-3221CP 2878
118 IM-3222CC 3133
119 IM-3223CJ 1903
120 IM-3227PT 19869
121 IM-3229PT 15100
49
206 IM-3101PB 38
207 IM-3257CD 61
208 IM-3246CT 2
Fonte: Elaborado pelo autor (2018).
52
CURVA ABC
Qtd Percentual Percentual
# Produto Valor vendido Classificaçao
vendida individual acumulado
IP-
1 44247 13,41% 13,41% A
1001VT R$1.434.201,30
IP-
2 37172 12,83% 26,24% A
1002VT R$1.371.646,80
IP-
3 18443 R$625.217,70 5,85% 32,08% A
1003VT
IM-
4 17941 R$585.910,12 5,48% 37,56% A
3276VT
IM-
5 10260 R$370.023,95 3,46% 41,02% A
3277VT
IP-
6 10497 R$345.351,30 3,23% 44,25% A
1008PT
IM-
7 8072 R$264.732,81 2,48% 46,73% A
3259VT
IP-
8 7427 R$244.348,30 2,28% 49,01% A
1006PT
IM-
9 2567 R$231.432,56 2,16% 51,18% A
3216PB
IM-
10 5191 R$224.452,58 2,10% 53,27% A
3294PB
IP-
11 6120 R$213.588,00 2,00% 55,27% A
1004PT
IM-
12 5753 R$212.255,16 1,98% 57,26% A
3210VT
IP-
13 6272 R$206.348,80 1,93% 59,19% A
1009PT
IM-
14 3154 R$204.184,09 1,91% 61,10% A
3283VT
IL-
15 3947 R$172.793,00 1,62% 62,71% A
2011PV
IM-
16 5042 R$170.708,80 1,60% 64,31% A
3300VT
IM-
17 5671 R$168.632,79 1,58% 65,88% A
3203PB
IP-
18 5075 R$167.004,08 1,56% 67,45% A
1007PT
IM-
19 2500 R$164.512,07 1,54% 68,98% A
3282VT
IM-
20 1303 R$157.470,05 1,47% 70,46% A
3217PB
IM-
21 2691 R$156.837,75 1,47% 71,92% A
3281VT
IM-
22 2849 R$150.832,17 1,41% 73,33% A
3273PB
53
IL-
23 2940 R$147.202,64 1,38% 74,71% A
2013PV
IM-
24 1412 R$145.556,29 1,36% 76,07% A
3248PB
IM-
25 2501 R$145.437,99 1,36% 77,43% A
3280VT
IP-
26 3671 R$128.117,90 1,20% 78,63% A
1005PT
IM-
27 3037 R$126.604,90 1,18% 79,81% A
3302VP
IM-
28 2928 R$125.611,20 1,17% 80,99% B
3279VP
IM-
29 2973 R$118.584,35 1,11% 82,10% B
3278VP
IM-
30 3028 R$115.019,30 1,08% 83,17% B
3301VT
IP-
31 3494 R$114.952,60 1,07% 84,25% B
1019VT
IM-
32 1894 R$110.041,60 1,03% 85,28% B
3274PB
IP-
33 1569 R$101.528,10 0,95% 86,23% B
1020VT
IM-
34 1541 R$92.305,90 0,86% 87,09% B
3236VT
IM-
35 1711 R$75.590,10 0,71% 87,80% B
3265VT
IP-
36 2293 R$75.439,70 0,71% 88,50% B
1018VT
IP-
37 1625 R$59.962,50 0,56% 89,06% B
1024VT
IP-
38 1675 R$55.107,50 0,52% 89,58% B
1023VT
IM-
39 3158 R$49.173,40 0,46% 90,04% B
3102CT
IM-
40 1388 R$48.942,53 0,46% 90,49% B
3288PT
IM-
41 2388 R$46.846,65 0,44% 90,93% B
3289TT
IM-
42 1482 R$46.480,09 0,43% 91,37% B
3290TT
IM-
43 2775 R$44.271,51 0,41% 91,78% B
3218PP
IM-
44 1264 R$41.678,57 0,39% 92,17% B
3286PT
IM-
45 1255 R$41.492,45 0,39% 92,56% B
3285PT
IP-
46 1075 R$39.667,50 0,37% 92,93% B
1025VT
47 IM- 1117 R$39.325,44 0,37% 93,30% B
54
3287PT
IM-
48 603 R$36.940,20 0,35% 93,64% B
3263AP
IP-
49 855 R$36.679,50 0,34% 93,99% B
1011VP
IM-
50 1137 R$36.390,24 0,34% 94,33% B
3256VT
IP-
51 900 R$35.910,00 0,34% 94,66% B
1010VP
IM-
52 977 R$35.214,31 0,33% 94,99% B
3291PT
IP-
53 805 R$33.729,50 0,32% 95,31% C
1012VP
IP-
54 476 R$33.272,40 0,31% 95,62% C
1021VT
IM-
55 1092 R$32.780,98 0,31% 95,92% C
3258CT
IM-
56 225 R$32.340,83 0,30% 96,23% C
3261CD
IM-
57 438 R$30.895,20 0,29% 96,52% C
3273VT
IM-
58 198 R$29.108,96 0,27% 96,79% C
3262CD
IM-
59 1114 R$28.982,68 0,27% 97,06% C
3255VT
IM-
60 499 R$28.393,10 0,27% 97,32% C
3298SP
IP-
61 730 R$27.667,00 0,26% 97,58% C
1015VT
CI-
62 3035 R$23.801,40 0,22% 97,81% C
1001PP
IM-
63 617 R$21.911,88 0,20% 98,01% C
3270VT
IP-
64 270 R$21.573,00 0,20% 98,21% C
1022VT
IM-
65 842 R$16.737,80 0,16% 98,37% C
3220PB
IM-
66 246 R$16.229,25 0,15% 98,52% C
3269VT
IM-
67 510 R$15.316,25 0,14% 98,66% C
3267VT
IM-
68 480 R$14.352,00 0,13% 98,80% C
3297PB
IM-
69 1374 R$12.688,80 0,12% 98,92% C
3103CT
IM-
70 1624 R$11.657,90 0,11% 99,03% C
3219PB
IM-
71 2915 R$11.494,98 0,11% 99,13% C
3243CC
55
IM-
72 1158 R$10.666,15 0,10% 99,23% C
3240CT
IM-
73 151 R$10.523,65 0,10% 99,33% C
3268VT
IM-
74 61 R$9.337,29 0,09% 99,42% C
3257CD
IM-
75 1181 R$7.250,89 0,07% 99,49% C
3239CT
IM-
76 1485 R$6.937,70 0,06% 99,55% C
3238CT
IM-
77 620 R$6.348,00 0,06% 99,61% C
3050PB
IM-
78 268 R$5.517,01 0,05% 99,66% C
3272CT
IM-
79 860 R$4.938,95 0,05% 99,71% C
3241CT
CI-
80 680 R$4.815,80 0,05% 99,75% C
1003PP
IM-
81 1040 R$3.991,33 0,04% 99,79% C
3221CP
IM-
82 230 R$3.714,50 0,03% 99,83% C
3237VT
IM-
83 790 R$2.878,83 0,03% 99,85% C
3222CC
IM-
84 1208 R$1.725,74 0,02% 99,87% C
3015CP
IM-
85 66 R$1.308,92 0,01% 99,88% C
3135CT
IM-
86 65 R$1.293,50 0,01% 99,89% C
3137CT
IM-
87 65 R$1.293,50 0,01% 99,90% C
3133CT
IM-
88 65 R$1.293,50 0,01% 99,92% C
3134CT
IM-
89 49 R$1.122,10 0,01% 99,93% C
3271CT
IM-
90 38 R$973,20 0,01% 99,94% C
3101PB
IM-
91 511 R$910,38 0,01% 99,94% C
3108CP
IM-
92 520 R$859,80 0,01% 99,95% C
3146CT
IM-
93 500 R$825,00 0,01% 99,96% C
3131CT
IM-
94 500 R$825,00 0,01% 99,97% C
3144CT
IM-
95 500 R$825,00 0,01% 99,98% C
3136CT
96 IM- 436 R$719,40 0,01% 99,98% C
56
3123CT
IM-
97 45 R$445,50 0,00% 99,99% C
3061CP
IM-
98 178 R$293,70 0,00% 99,99% C
3145CT
IL-
99 32 R$254,00 0,00% 99,99% C
2150RP
IM-
100 11 R$199,73 0,00% 99,99% C
3127CP
IM-
101 9 R$166,98 0,00% 100,00% C
3140CB
IM-
102 50 R$152,00 0,00% 100,00% C
3209CT
IM-
103 15 R$108,08 0,00% 100,00% C
3223CJ
IM-
104 2 R$105,38 0,00% 100,00% C
3246CT
IL-
105 5 R$75,00 0,00% 100,00% C
2100RP
IM-
106 1 R$18,09 0,00% 100,00% C
3100CP
IM-
107 3 R$14,70 0,00% 100,00% C
3244CJ
Fonte: Elaborado pelo autor (2018).