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08/06/2016 - Lucas 10:25-37

“E eis que se levantou um certo doutor da lei, tentando-o, e dizendo: Mestre, que farei para
herdar a vida eterna?
E ele lhe disse: Que está escrito na lei? Como lês?
E, respondendo ele, disse: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua
alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti
mesmo.
E disse-lhe: Respondeste bem; faze isso, e viverás.
Ele, porém, querendo justificar-se a si mesmo, disse a Jesus: E quem é o meu próximo?
E, respondendo Jesus, disse: Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos
dos salteadores, os quais o despojaram, e espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto.
E, ocasionalmente descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e, vendo-o, passou de largo.
E de igual modo também um levita, chegando àquele lugar, e, vendo-o, passou de largo.
Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima
compaixão;
E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre o seu
animal, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele;
E, partindo no outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele; e
tudo o que de mais gastares eu to pagarei quando voltar.
Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos
salteadores?
E ele disse: O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: Vai, e faze da
mesma maneira."

Há de se observar que dentro da Bíblia, muito doutores teólogos


conseguem com apenas um versículo desmiuçar todo conteúdo histórico,
geográfico e literário daquele versículo. Conseguindo referenciar qual a
representação daquele verso naquela época, o que determinada frase
queria dizer. Entretanto não conseguem permitir ao Espírito Santo, que se
manifeste em seus corações revelando os mistérios ocultos na simplicidade
daquele verso.
Como lemos nesse capítulo em que um doutor da lei, tentando ao
Senhor lhe questionou “Mestre, que farei para herdar a vida eterna?”. Pois
sabia ele que essa era uma questão muito discutida e de difícil
compreensão do povo daquela época.
Sendo, pois, o Mestre conhecedor de todos os intentos por trás de
todas as ações, respondeu dizendo: “Que esta escrito na lei? Como lês?”.
E o sábio na lei respondeu: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o
teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu
entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo”. Uma vez, que conhecia
os mandamentos de Deus.
E o Senhor disse: “Respondeste bem, faze isto e viverás”.
Todavia, sabia o Senhor que aquele mandamento era profundo, e
sendo o doutor um conhecedor da lei também, compreendia que aquele
verso escrito no mandamento não era tão simples de praticar. Pois havia
naquele mandamento uma profundidade, além do simples ato de falar e ler,
mas o de ter que conseguir executar aquela ação.
Pois meus irmãos amar a Deus de todo coração é alcançar a estatura
perfeita de um cristão, algo que estamos numa busca continuada. Pois ter

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um amor por Deus acima de todos nossos sentimentos é um processo difícil
de conquistarmos, dentro de nós mesmos.
Onde para alcançar tal, necessita passar por diversas etapas, sendo
elas: amar a Deus de toda a alma, ou seja, amar a Deus acima dos seus
planos terrenos enquanto temos o fôlego de vida (alma), ou seja enquanto
vivemos na terra; Ou de todas as suas forças, de maneira que nosso amor
por Deus nos faça vencer todas forças espirituais que atuam contra nós
fazendo-nos errar. E de todo entendimento, que apesar do grau de
entendimento que cada um têm (que é diferente de um para outro), amar a
Deus por completo na sua porção, de sorte que, nenhuma de nossas ações
possa contaminar nossa consciência adquirida pelo nosso grau de
entendimento recebido de Deus.
Sendo pois, o doutor da lei conhecedor de que aquela resposta ainda
era profunda e não havia conseguido fazer com que o Senhor entrasse em
controvérsia. Aprofundou seu questionamento, perguntando: “E quem é o
meu próximo?”.
Começou então o nosso Senhor Jesus, responder de uma forma
diferente, em que somente pessoas com o coração cheio do Espírito Santo
iriam compreender e não sábios na lei: “Descia um homem de Jerusalém
para Jericó.”. Onde a própria localização geográfica da parábola já tinha
uma simbologia, pois descia um homem, ou seja, ele vinha de um lugar
mais alto para um mais baixo. E vale ressaltar ainda que este homem saía
de Jerusalém, uma cidade Santa, para Jericó, uma cidade considerada
profana.
E este caindo nas mãos de salteadores, os quais o despojaram e
espancando-o deixaram caído meio morto. Vale ressaltar, que nesse intento
temos que nos lembrar que não lutamos contra a carne nem contra o
sangue mas contra as hostes espirituais da maldade, e que todo espírito
caído vem para roubar, matar e destruir como é o caso desse verso citado
na parábola do Senhor.
Em que este homem, não representava outra coisa se não a
humanidade que saindo de Jerusalém (o paraíso) foi surpreendida pelos
salteadores, que no caso são espíritos que fizeram com que o homem
conhecesse o pecado, se corrompendo e se destruindo deixando-os mortos
em suas obras.
O qual ao descerem o sarcedote, representante da Lei, ao vê-lo
passou de largo uma vez que não tinha em si autoridade pra libertar o
homem de seu pecado. E então o levita que também passou de largo uma
vez que não tinha preocupação com fim do homem.
Entretanto veio o Samaritano, que se voltarmos ao seu surgimento
são aqueles de Samaria, que era capital de Israel. Todavia que naquela
época residia nela apenas judeus que tinham se misturado com outros
povos sendo algo inadmissível na doutrina judia. Mas que representava
Jesus Cristo uma vez, que Cristo foi a mistura do VERBO DE DEUS
misturado com o homem, necessidade que houve de um ser celestial
misturar com um corpo humano para vir nos resgatar.
E esse bom samaritano, o nosso Senhor, movido de íntima
compaixão foi ao encontro desse homem quase morto (humanidade morta

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em seus pecados) ungiu as feridas com azeite que era o Espírito Santo
ungindo a humanidade no sacrifício de Cristo. E deitou-lhe vinho também,
que é a palavra de Deus agindo em nós, com poder que nos faz embriagar
uma vez que entramos no êxtase pela loucura da fé na palavra de Deus.
Levando esse homem então para uma estalagem, que nada mais é
que a formação da igreja de Cristo onde a humanidade é bem cuidada
repousada no vinho e no azeite. Palavra e Espírito de Deus.
Todavia partindo no outro dia, o nosso Senhor, pois voltou aos céus
após ter formado sua igreja após sua ressureição pagou com duas moedas
(o novo e o velho testamento) o hospedeiro (ministério constituido na igreja)
da estalagem (a igreja). O qual o ministério tem que cuidar desse povo, em
como levar no céu e sendo assim receberá do Senhor a vida eterna em
glória ao voltar do Senhor.
O Senhor então perguntou ao doutor da Lei: “Qual destes três é o
próximo do homem que caiu nas mãos do salteadores?” E ele respondeu:
“É o que agiu de misericórdia.” Encerrou pois o Senhor Jesus dizendo: “Vai
e faze da mesma maneira.
Ou seja, o Senhor dizia naquele momento: “Faça como meu exemplo
o qual vim demonstrar a vocês em vida!” Todavia aquele homem não
compreendeu, pois não amava a Deus de todo o coração, mas pela luz de
Deus nós compreendemos hoje e buscamos amar o nosso DEUS de todo o
coração seguindo o caminho que nosso Senhor Jesus nos ensinou.

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