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A Década do Envelhecimento Saudável 2021-2030, declarada pela

Assembléia Geral das Nações Unidas em dezembro de 2020, é a principal


estratégia para alcançar e apoiar ações de construção de uma sociedade
para todas as idades. Ela se baseia em orientações anteriores, tais como
a Estratégia Global sobre Envelhecimento e Saúde da OMS, o Plano de Ação
Internacional sobre Envelhecimento da ONU Madrid e as Metas de
Desenvolvimento Sustentável da Agenda da ONU para 2030.

Esta iniciativa global é de dez anos de colaboração concertada, catalítica e


sustentada. As pessoas idosas estão no centro do plano, que reúne os
esforços de governos, sociedade civil, agências internacionais, profissionais,
academia, mídia e setor privado para melhorar a vida das pessoas idosas, de
suas famílias e comunidades.

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) está liderando a agenda


concertada da Década do Envelhecimento Saudável 2021-2030 nas
Américas. A OPAS adaptou a marca universal da Década do Envelhecimento
Saudável para implementação regional.

A utilização dos pontos de atenção das RAS, a partir da orientação e


organização do cuidado proposto pelo modelo de atenção à saúde da pessoa
idosa, teve como motivações:

• Estreitar e aperfeiçoar a articulação entre as equipes da atenção básica e


as equipes dos demais componentes da RAS, para garantir maior
resolutividade dos cuidados prestados à população idosa nos territórios e
acompanhamento sistemáticos dos casos mais complexos.

• Buscar melhores resultados sanitários nas condições crônicas, diminuição


das referências para especialistas e hospitais, aumento da eficiência dos
sistemas de saúde, produção de serviços mais custo-efetivos e melhorias na
satisfação dos usuários em relação aos serviços de saúde.

• Ampliar e qualificar o acesso da pessoa idosa ao SUS, a partir das suas


especificidades. A atenção Básica de Saúde, primeiro nível de atenção, deve
atuar como porta de entrada do sistema, com ampla cobertura populacional e
equipe multidisciplinar, devendo cumprir o papel de ordenadora da atenção,
integrando e coordenando o cuidado, atendendo às necessidades de saúde
no âmbito de sua atuação e garantindo o acesso qualificado aos demais
serviços de saúde.

Gerontologia, enquanto ciência e campo de atuação é convidada a gerar


respostas sociais que possam garantir que a velhice e o envelhecimento
sejam processos assistidos e bem-cuidados.

Gerontologia (ABG, 2020) vem atuando na militância em prol da defesa da


qualidade e dos serviços voltados aos idosos, de forma que esse período
seja menos prejudicial à saúde e qualidade de vida das pessoas que
envelhecem. Isso porque os idosos constituem um grupo que apresenta
elevadas taxas de morbidade e mortalidade e com maior vulnerabilidade
diante dos impactos sociais, econômicos e pessoais associados a pandemia
COVID-19.

Constituíram, como foco de discussão da ABG, ajustes na oferta


dos serviços aos idosos, as discussões sobre ações de educação sobre o
processo de envelhecimento à sociedade e aos idosos, bem como a defesa
dos direitos da pessoa idosa, como rezam os dispositivos legais previstos no
Estatuto do Idoso, Política Nacional de Saúde do idoso (PNSI, 2006).

Com o apoio da OPAS/OMS, a Convenção Inter-americana sobre a


Proteção dos Direitos Humanos das Pessoas Idosas foi aprovada na
Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) em junho
de 2015. A Convenção defende especificamente a importância de garantir:

a independência e a
autonomia das pessoas
idosas 

o consentimento muitos outros direitos


informado em relação à humanos fundamentais.
saúde

o reconhecimento a seguridade social, a


igualitário da lei acessibilidade e a
mobilidade pessoal

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