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CONSUMIDOR
AULA 05
CONTEXTUALIZANDO
Falar de conexão com o cliente é um tópico intenso, sobretudo no recorte
do comportamento do consumidor. O assunto é complexo e essencial para o
sucesso das empresas em um mercado tão competitivo. Leia o trecho da
reportagem a seguir e reflita sobre como das empresas podem gerar conexão
com o cliente:
Mas vamos à prática. Existem, segundo Zaltman, sete metáforas que respondem
por boa parte dos sentimentos que nutrimos pelas marcas no mercado. São elas:
equilíbrio (a busca pessoal de uma existência equilibrada), transformação, jornada (em
direção ao crescimento pessoal), recipiente (ou contêiner), conexão (interpessoal),
recursos (para mudar uma situação adversa) e controle (sobre determinada situação).
Elas não são tão enigmáticas quanto parecem. A metáfora da transformação (ou seja,
o consumidor enxergar um produto como um agente de transformação da vida cotidiana)
está por trás de coisas tão díspares quanto um cartão da Hallmark ou uma garrafa de
Coca-Cola (o que explica, aliás, o sucesso da associação dessas marcas com o Natal,
época de uma transição positiva, segundo o imaginário ocidental). No caso da Coca-
Cola, outra metáfora que explica a marca é a da conexão (agregação de pessoas), que
é habilmente explorada nas campanhas publicitárias da bebida.
Fonte: http://epocanegocios.globo.com/Revista/Epocanegocios/0,,EDR84308-
8376,00.html
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A psicologia se dedicou a estudar os processos de aprendizagem e duas
teorias principais sustentam essa questão: a behaviorista e a cognitiva. Já
discutimos de forma aprofundada essas teorias na aula 03 e vimos que a
behaviorista explica a aprendizagem por conexões estímulo-resposta e a
cognitiva amplia a discussão do processo de aprendizagem ao considerar que o
consumidor é um solucionador de problemas.
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Nesse momento a informação armazenada na memória vai passar por um
estágio de recuperação e você vai à farmácia para experimentar o Semdhor.
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que guardamos, é aquela sensação de reviver os bons tempos. Com a intenção
de resgatar esse tipo de memória, a Nestlé relançou em 2012 um dos seus
grandes sucessos da década de 1980, o chocolate Lollo.
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desenvolvidos e quais as formas de comunicação mais eficazes com base no
autoconceito (ou autoimagem) dos consumidores.
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Em geral, o marketing utiliza a questão do eu ideal para criar um consumo
“aspiracional”. Entretanto, iniciativas interessantes como a campanha “Beleza
Real” da Dove tenta acabar com a lacuna entre o eu real e o eu ideal.
A BIC lançou uma caneta específica para mulheres nos EUA e a resposta
coletiva em relação a esse produto foi bastante negativa, ganhando endosso de
grandes influenciadores americanos como a comediante Ellen Degeneres que
criticaram a iniciativa sexista da empresa.
De nada adianta rotular seus produtos por gênero. Ditar a maneira como
cada um deve se relacionar com o consumo será uma atitude cada vez mais
repudiada, que passa a entender essa divisão como signo de atraso. No outro
extremo, tentativas de dissipar barreiras serão cada vez mais bem vistas.
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Outro conceito importante no comportamento do consumidor nesse tópico
é o do eu estendido, que é formado por elementos externos que o consumidor
considera como parte de si. O eu estendido pode ser decomposto em quatro
níveis (SOLOMON, 2011):
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proposta da DM9 em relação a perfis “digigráficos”:
https://www.youtube.com/watch?v=pVJJdYCE56c
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Entender o nível de envolvimento do consumidor com a marca é
importante para o marketing entender como deve disponibilizar as informações,
traçar as estratégias de distribuição, comunicação, etc.
Para isso precisamos mensurar essa questão e uma das medidas mais
utilizadas para avaliar o envolvimento com a marca é pela escala PII (Personal
Involvement Inventory), desenvolvida por Zaichkowsky (1994).
3. O valor simbólico, que diz respeito a como o consumidor relaciona a marca para
a expressão de sua individualidade e autoconceito; e a última dimensão é a
probabilidade de risco associada a compra da marca, que se refere às consequências
negativas de se fazer uma escolha equivocada e à probabilidade de se fazer tal escolha
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Depois de decidir qual ferramenta utilizar para medir o envolvimento com
o consumidor, o profissional de marketing deve utilizar essas informações para
trabalhar em estratégias adequadas para aquele determinado nível de
envolvimento. No caso de marcas com baixo envolvimento, o profissional de
marketing precisa criar formas de motivar o consumidor a processar informações
relevantes.
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Leia mais em: https://www.mundodomarketing.com.br/ultimas-
noticias/34947/toyota-conquista-lideranca-de-melhor-relacionamento-com-
cliente.html
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As marcas esportivas são muito bem-sucedidas em criar comunidades de
marca como torcidas organizadas ao redor dos seus times, por exemplo.
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Saiba mais
O sonho de toda marca é ter a seu lado consumidores fiéis que orientem
as criações, tendências e novos negócios, de modo que a marca sempre acabe
agradando porque oferece exatamente o que seus fãs desejam.
https://doisdedosdemarketing.wordpress.com/2013/10/22/o-maravilhoso-
mundo-das-comunidades-de-marca/
Human-brands
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“humanas”, os consumidores ficarão cada vez mais desiludidos ao lidar com
marcas tradicionais, insossas e impessoais. (TRENDWATCHING, 2012)
In-hand brands
Brands stands
A marca Uber em parceria com o Dog Hero e o Instituto Luisa Mell, criou
a campanha uberPET para estimular a adoção de animais abandonados, em que
os interessados podiam solicitar um uberPET, e assim que possível um motorista
iria até a casa do potencial dono com 2 a 3 cachorrinhos para que o mesmo
pudesse brincar durante 15 minutos e se gostasse do animal de estimação
adotá-lo na hora.
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TROCANDO IDEIAS
A campanha da Dove tenta acabar com a lacuna entre o eu real e o eu
ideal. Essa perspectiva funciona muito bem para a Dove que foi a pioneira nesse
conteúdo. Entretanto, o conceito de eu ideal e o uso de uma comunicação
fantasia ainda é um tópico em evidência no marketing. Vocês acreditam que essa
a estratégia adotada pela Dove é sustentável em longo prazo?
NA PRÁTICA
Você já ouviu falar da expressão Brand Lover? Pela novidade do termo
pode ser que não, mas certamente você já os viu por aí em redes sociais ou até
mesmo em blogs. Um brand lover, como a tradução já explica, é um amante de
determinada marca, um cliente que gosta tanto de um produto ou empresa que
resolve advogar a favor, gerando um tipo de propaganda espontânea. Existem
três tipos de brand lovers.
Há também aquele consumidor que gasta muito dinheiro com sua marca
preferida, mas que, além disso, é filiado à fanpages e fóruns de discussão
envolvendo a empresa na internet. Por vezes presta até consultoria para outros
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consumidores na hora de decidirem qual a melhor opção. É o caso do estilista
mineiro Gustavo (Guuh) Green, tão fanático pela francesa Louis Vuitton que faz
questão de divulgar as novidades da grife no Facebook, Twitter e fotolog.
SÍNTESE
Ao longo dessa rota discutimos conceitos e ferramentas para criar
conexão com os clientes. Para isso, aprendemos inicialmente como o processo
de aprendizagem e memória funcionam e como as empresas podem utilizar
esses mecanismos para influenciar na decisão de compra.
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Em seguida, discutidos conceitos importantes para o comportamento do
consumidor como o Eu, Personalidade e Estilo de Vida, que mostram como o
consumo pode ajudar a construir a identidade do consumidor.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, L. O. V.; TAVARES, M. C.; TEIXEIRA, D. J.; URDAN, A. T.
Comunidade de marcas e os proprietários de harley-davidson em Belo
Horizonte. Revista Gestão & Tecnologia, v. 13, p. 235-257, 2013.
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OLIVEIRA JR., Valdir. A inevitável adaptação do mercado para o
movimento freegender. 2015. Disponível em:
<pontoeletronico.me/2015/mercado-freegender/>. Acesso em 15 nov. 2015.
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