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13 - DO RECONHECIMENTO DOS FILHOS


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ESUP

Civil e Processo Civil

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Fernando Henrique

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filiação, especialmente as biológicas,

consideradas hoje as mais importantes.

Já vai longe o tempo em que O exame de DNA é hoje, sem dúvida, a prova central, a prova

mestra na investigação filial, chegando a um resultado matemático superior a 99,9999%.

Faz-se mister, no entanto, que seja realizado com todos os cuidados recomendáveis, não só no

tocante à escolha de laboratório idôneo e competente, dotado de profissionais com habilitação

específica, como também na coleta do material.

É fundamental que tal coleta seja acompanhada pelos assistentes técnicos indicados pelas partes

e o material bem conservado e perfeitamente identificado. Se tais cautelas não forem tomadas o

laudo pode ser impugnado, dada a possibilidade de erro.

Malgrado a prova pericial genética não seja o único meio idôneo de prova nas ações em apreço,

nem constitua prova inconteste, deve o juiz determinar a sua realização, ainda que de ofício,

dada a sua precisão e elevado grau de acerto.

O STJ em decisão sobreQue bom ter da


a valoração você com
prova nasa ações
gente! 🧡
de investigação de paternidade,

enfatizou:
É a sua primeira vez aqui? Crie um perfil
“Diante do grau de precisão
grátis ealcançado
aproveitepelos
pormétodos
completo!científicos de investigação de

paternidade com fulcro na análise do DNA, a valoração da prova pericial com os demais meios

de prova admitidos em direito deve observar os seguintes critérios:

� se o exame de DNA contradiz as demais provas


Criar perfil produzidas, não se deve afastar a
grátis
conclusão do laudo, mas converter o julgamento em diligência, a fim de que novo

teste de DNA seja produzido, em laboratório diverso, com o fito de assim

minimizar a possibilidade de erro resultante seja da técnica em si, seja da

falibilidade humana na coleta e manuseio do material necessário ao exame;

� b) se o segundo teste de DNA corroborar a conclusão do primeiro, devem ser

afastadas as demais provas produzidas, a fim de se acolher a direção indicada nos

laudos periciais; e

� c) se o segundo teste de DNA contradiz o primeiro laudo, deve o pedido ser

apreciado em atenção às demais provas produzidas”.

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tratando de indivíduo vivo, a melhor fonte de DNA é o sangue, mesmo em pequena quantidade (2,5ml,

não mais). Uma simples coleta de sangue, então, é adequada para fornecer material para o teste. Outros

materiais (cabelo, unhas) são imprestáveis, pois trata-se de tecidos desvitalizados, desprovidos de DNA

para este tipo de análise”.

Aduz o mencionado experto que “o exame do DNA, devido ao insuperável polimorfismo de seus

marcadores, tem-se mostrado de grande utilidade, mesmo quando não dispomos do suposto pai”. Na

investigação de paternidade com suposto pai falecido, acrescenta, o primeiro e preferencial caminho é
estudar a prole do investigando, pois “é plenamente possível, através de estudo dos descendentes,

chegarmos à reconstituição dos alelos paternos (denominada de reconstrução reversa da árvore

genealógica) e, desta forma, compará-los com os alelos de origem paterna do reclamante da paternidade. O

respaldo deste procedimento, em termos de suporte bibliográfico, é bastante sólido”.

Na falta de descendentes, podem ser estudados os ascendentes (pais, avós) e irmãos.

A outra forma de abordagem, segundo o citado médico especialista, “é pela exumação do suposto pai e

posterior tentativa de encontrar DNA viável para o estudo. Vários fatores colaboram para a dificuldade do

isolamento do DNA, nestas condições (decomposição do material biológico post mortem, fatores físicos —

temperatura, umidade, condições de luminosidade — e contaminação por bactérias saprófitas), embora

existam alguns relatos de sucesso”.

Relata o ilustre expositor ter participado de um caso em que foi necessária a exumação, tendo a

probabilidade de paternidade encontrada sido de 99,71%. Este procedimento, continua o especialista, deve

ser considerado como exceção, reservando-o para eventualidades onde não existam quaisquer parentes

vivos do suposto pai falecido. “Desde que a exumação seja o único meio de tentar elucidar o caso,

aconselhamos que sejam obtidos ossos longos (ex.: fêmur, tíbia, ulna etc.), pois o DNA a ser isolado

encontra-se no interior destes ossos (mais precisamente na medula óssea)”.

A prova pericial genética, embora importante, não é o único meio hábil para a comprovação da

filiação, mesmo porque nem sempre se torna possível a sua realização.

Tem-se decidido, por essa razão, que, “diante da ausência do exame de DNA, admitem-se

outros tipos probatórios, como o documental e o testemunhal”. Tais provas servem ainda para

corroborar a prova técnica, reforçando a certeza científica, ou para contradizê-la, exigindo a

realização de novo exame, em laboratório diverso.

Assentou o STJ, efetivamente, que a presunção relativa decorrente da recusa do suposto pai em

Que bom
estendida aos descendentes, porter você de
se tratar com a gente!
direito 🧡
submeter-se ao exame de DNA, nas ações de investigação de paternidade, não pode ser

personalíssimo e indisponível, enfatizando

É a sua primeira
que “a recusa do descendente, quando no vez aqui?
polo Crieda
passivo um perfil
ação de investigação de paternidade,

em ceder tecido humano para


grátis a realizaçãopor
e aproveite de exame pericial, não se reveste de presunção

completo!
relativa e nem lhe impõe o ônus de formar robusto acervo probatório que desconstitua tal

presunção”.

Não são descartados os casos permissivos da investigação


Criar perfil grátis da paternidade previstos no art. 363

do Código Civil de 1916, embora não elencados no novo diploma como numerus clausus.

Assim, a existência de concubinato (CC, art. 1.727) e de união estável (art. 1.723), com vida em

comum, sob o mesmo teto ou não, representa importante prova na determinação da

paternidade.

O rapto, por meio do qual a mulher é subtraída de seu lar mediante violência, fraude, sedução

ou emboscada, desde que houvesse coincidência com o período da concepção, conduzia à

presunção de que o filho provinha das relações com o raptor, uma vez que este objetivava tais

relações.

Malgrado o Código de 2002 não tenha recepcionado o preceito como fundamento suficiente

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formação da convicção do juiz, especialmente quando aliado a outras circunstâncias fáticas.

A existência de relações sexuais entre a mãe do investigante e o suposto pai, no período da

concepção, também mencionada no citado art. 363 do Código de 1916, é de difícil prova, uma

vez que costumam ocorrer às escondidas. A jurisprudência admite, contudo, tal meio, mesmo

sem a prova direta, prestigiando as declarações da genitora do investigante, desde que se trate

de pessoa recatada e de boa conduta.

Qualquer escrito particular emanado do pai constituía começo de prova, para fins de

investigação de paternidade. Não valia como reconhecimento definitivo, constituindo somente

fundamento legal para o ajuizamento da ação investigatória.

O art. 1.609, II, do Código Civil de 2002 incluiu o “escrito particular, a ser arquivado em

cartório”, como um dos modos de reconhecimento dos filhos havidos fora do casamento, que

vale por si, independentemente de qualquer outra providência.

Inexistindo nos autos a prova pericial capaz de propiciar certeza quase absoluta do vínculo de

parentesco, é firme a jurisprudência no sentido de admitir “indícios e presunções, desde que

robustos, fortes e convincentes para comprovar a paternidade”.

►►A prova testemunhal é admitida com cautela e restrições nas ações de investigação de

paternidade, dada sua falibilidade.

O art. 405, § 2º, I, do Código de Processo Civil admite nas aludidas ações, que dizem respeito ao

estado das pessoas, o testemunho do cônjuge, bem como do ascendente e do descendente em

qualquer grau, ou colateral, até o terceiro grau, de alguma das partes, por consanguinidade ou

afinidade, se “não se puder obter de outro modo a prova, que o juiz repute

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