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EGRÉGIA CÂMARA
5 – Deve-se ressaltar, ainda que, no caso em tela, deve ser aplicada a denominada teoria
da relativização da coisa julgada, tendo em vista que, o juiz, na Ação de Investigação de Paternidade
cumulada com Alimentos, proposta perante a 15ª Vara de Família da Comarca da Capital, poderia ter
determinado que fosse feito o exame de DNA.
6 – Por tal teoria, autoriza-se afastar o princípio da segurança das relações jurídicas, o
qual consagra a coisa julgada, sempre que contra ela sobrelevem razões mais altas e princípios de maior
alcance, ou seja, não se concebe imunizar sentença cujos efeitos possam levar a uma eventual atribuição
indevida de paternidade.
9 – O ilustre autor Alexandre Câmara define prova: “ a todo elemento que contribui
para a formação da convicção do juiz a respeito da existência de determinado fato. Quer isto
significar que tudo aquilo que for levado aos autos com o fim de convencer o juiz de que
determinado fato ocorreu será chamado de prova.” (in Lições de Direito Processual Civil, 8ª ed.,
Lumen Juris, p. 389).
15 – Por todas as razões aqui colocadas, vimos demonstrar a essa Colenda Câmara, as
argumentações insofismáveis que sustentam não só o direito do apelante, como também ressaltam o caráter
da justiça a ser apreciada e defendida.
DOS PEDIDOS
A – conheça do recurso ora interposto e lhe dê provimento para reformar a r. sentença recorrida, no sentido
de invalidar a sentença que julgou a extinção sem julgamento de mérito;
B – seja aplicada a teoria da causa madura para julgar procedente o pedido, excluindo-se a paternidade do
apelante;
P. Deferimento.