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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS


DEPARTAMENTO DE BIOTECNOLOGIA, GENÉTICA E BIOLOGIA
CELULAR
ESPECIALIZAÇÃO EM BIOTECNOLOGIA

CAMILA FATIMA SPIELMANN

ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO MEL DE ABELHAS

Maringá
2020
CAMILA FATIMA SPIELMANN

ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO MEL DE ABELHAS

Short Review apresentado ao Curso de


Especialização em Biotecnologia – EAD –
turma 8, do Departamento de
Biotecnologia, Genética e Biologia Celular
da Universidade Estadual de Maringá,
como requisito parcial para obtenção do
título de Especialista em Biotecnologia.

Orientadora: Dra. Maria Claudia Colla Ruvolo Takasusuki

Maringá
2020
FOLHA DE APROVAÇÃO

CAMILA FATIMA SPIELMANN

ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO MEL DE ABELHAS

Short Review apresentado ao Curso de Especialização em Biotecnologia do


Departamento de Biotecnologia, Genética e Biologia Celular da Universidade Estadual
de Maringá, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em
Biotecnologia e aprovado pela Comissão Examinadora composta pelos membros:

COMISSÃO EXAMINADORA

Prof. Dr. Nome do professor - orientador


Universidade Estadual de Maringá

Prof. Dr. Nome do professor


Universidade Estadual de Maringá

Prof. Dr. Nome do professor


Universidade Estadual de Maringá

Aprovado em: 00 de mês de 0000.


Defesa realizada por Webconferência
DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha


pequena Atena, hoje uma estrela
que brilha no céu.
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, pela oportunidade da vida, pela criação de


um Universo tão espetacular e magnífico no qual tenho a honra de habitar uma mínima
fração em um pequeno planeta conhecido como Terra.
Agradeço a minha orientadora Dra. Maria Claudia Colla Ruvolo Takasusuki,
pelo auxílio e sugestão do tema realizado nesse trabalho.
Agradeço ao meu marido Rafael, minha pequena filha Atena (in memorian).
Obrigada minha família!
Agradeço aos meus pais, meus irmãos. Obrigada por tudo!
Agradeço meus colegas de curso, por todo apoio e ajuda.
EPÍGRAFE*
Resumo

O presente trabalho teve por objetivo revisar diversos estudos relacionados ao mel
das abelhas nativas sem ferrão e Apis mellifera, bem como seu potencial
antimicrobiano. O mel é um produto natural elaborado por abelhas sociais, é altamente
nutritivo, devido à sua alta concentração de açuacares, vitaminas e sais minerais. As
abelhas são os polinizadores de plantas nativas e cultivadas com maior importância,
que se destacam pelo fundamental papel que desempenham nos ecossistemas
globais e na agricultura, principalmente na polinização de plantas e fornecimento de
produtos de alto valor econômico. As abelhas sem ferrão também conhecidas como
meliponíneos, recebem esse nome pelo fato de possuírem seu ferrão atrofiado, não
picarem ou portarem veneno. As abelhas nativas sem ferrão são vistas como
fundamentais polinizadoras de várias plantas cultivadas e silvestres. A abelha A.
mellifera é uma polinizadora de grande sucesso de culturas agrícolas, especialmente
pela sua baixa especificidade quanto as espécies de plantas que visita, utilizando para
obtenção de alimento e matéria-prima um amplo número de espécies vegetais. A
criação de abelhas se divide em duas vertentes, que são a Apicultura e
Meliponicultura. O Brasil detém características favoráveis à essas duas práticas,
ficando no ano de 2017 com a décima primeira posição entre os maiores produtores
de mel mundiais. Com o uso irracional de compostos utilizados para combater
bactérias, que vêm desenvolvendo resistência aos antibióticos, são necessários
estudos para novas formulações com ação antimicrobiana a partir de diferentes
produtos naturais, como o mel. Muitos são os fatores que contribuem para a atividade
antimicrobiana do mel, como sua alta viscosidade, baixo teor de água, grande
concentração de açucares, sua acidez e a presença de peróxido de hidrogênio.
Apesar de uma grande quantidade de dados que confirmam a atividade
antimicrobiana do mel, não há estudos que apoiem o uso sistêmico do mel como
agente antibacteriano.

Palavras-chave: Mel. Atividade antimicrobiana. Abelhas.


1. INTRODUÇÃO

O mel é um produto alimentício produzido a partir do néctar das flores ou


secreções procedentes de partes vivas das plantas, que as abelhas recolhem,
transformam, combinam com substâncias específicas, armazenam e deixam maturar
em favos da colmeia (ÖZCAN; ÖLMEZ, 2014; SOUZA, 2017). O mel é composto
essencialmente por açúcares, como a frutose e glicose, bem como outras substâncias,
ácidos orgânicos, enzimas e vitaminas (GEANÂ et al., 2020; NAILA et al., 2018).
Muitos estudos são realizados para analisar a composição do mel, e assim
entender melhor quais das suas propriedades são responsáveis pela sua capacidade
de combater microrganismos (ALBARIDI, 2019). Muitos são os fatores que contribuem
para a atividade antimicrobiana do mel, como sua alta viscosidade (devido à grande
concentração de açúcar e baixo teor de água), sua acidez e a presença de peróxido
de hidrogênio (ANAND et al., 2019).
As abelhas são os polinizadores de plantas nativas e cultivadas com maior
importância, onde as plantas são beneficiadas com o fluxo gênico e as abelhas
adquirem alimento e substratos para a confecção dos ninhos, ou seja a relação
abelha-planta é fundamentada em recompensas, na qual as abelhas se beneficiam
com a coleta de recursos e as plantas com a polinização (GOSTINKI, 2018; MAIA -
SILVA et al., 2012
A criação de abelhas se divide em duas vertentes, atualmente, que são a
Apicultura e Meliponicultura (CASTRO et al., 2014). O Brasil detém características
favoráveis à essas duas práticas, tais como uma grande diversidade florística e
climática, que associadas a presença das abelhas, proporcionam um incrível potencial
para a atividade apícola (GOUVEIA, 2017).
Os meliponíneos, mais conhecidos como abelhas nativas sem ferrão são
insetos com alto grau de organização social, compondo um grupo complexo e variado,
que apresentam grande diversidade de padrões comportamentais e amplo número de
espécies (JAFFÉ et al., 2015; GOSTINKI, 2018).
A abelha Apis mellifera que ocorre no Brasil é comumente chamada por ‘'abelha
africanizada'', em razão de ser o resultado do cruzamento da abelha africana Apis
mellifera scutellata com as subespécies europeias (DORETO, 2019). É um polihíbrido
empregado para a produção de mel, principalmente pela quantidade produzida desse
alimento (MORAIS et al, 2012).
O órgão responsável que estabelece os requisitos de qualidade do mel de A.
mellifera no Brasil é o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)
(BRASIL, 2000). Embora em nível nacional, a qualidade do mel das abelhas sem
ferrão ainda não seja padronizada, no estado do Paraná, contudo, existe um
regulamente técnico padronizando os requisitos de qualidade que os méis de abelhas
sem ferrão devem apresentar (ADAPAR, 2017).
O Brasil ficou com a décima primeira posição entre os maiores produtores de
mel mundiais no ano de 2017, com uma produção de 41.594 toneladas. O estado do
Paraná é o segundo maior produtor nacional de mel, ficando atrás apenas do Rio
Grande do Sul (FAO, 2018; IBGE, 2017; NUNES; HEINDRICSON, 2019).
O presente trabalho objetivou-se uma revisão de literatura sobre a atividade
antimicrobiana dos méis da abelha A. melífera e das abelhas sem ferrão.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 Mel
Mel é um produto alimentício, produzido por abelhas melíferas, originado a
partir do néctar das flores ou de secreções provenientes de partes vivas das plantas.
Por meio da sua origem pode ser classificado em mel unifloral e multifloral. O mel
unifloral é aquele produzido pelo néctar de flores de uma mesma família, gênero ou
espécie, e o multifloral é produzido a partir do néctar de diversas origens florais
(BRASIL, 2000). Também pode ser definido como um fluido viscoso, doce e
aromático, bem como uma solução concentrada de açucares (MEIRELES;
CANÇADO, 2013; BRASIL, 2000).
Apreciado pelos humanos desde a antiguidade, o mel foi utilizado como
alimento, medicamento e oferenda aos deuses. Em papiros egípcios de cerca de 1500
anos a.C., foram encontrados relatos do emprego do mel como medicamento, assim
como oferenda em cerimônias religiosas. Nas antigas Grécia e Babilônia foi utilizado
para a conservação dos corpos de reis e pessoas importantes mortas em batalhas.
Em algumas regiões o mel era destinado para presentear a Deus após as colheitas
bem sucedidas (GOIS et al., 2013; SZWEDA, 2017).

2.2 Composição química do mel


Esse produto apícola tem composição bastante variável, visto que depende em
grande parte da sua procedência botânica e da espécie de abelha que o elaborou,
bem como as condições ambientes de tipo de solo e clima podem interferir na
constituição do mel produzido. Seu aroma, paladar, coloração, viscosidade e
propriedades medicinais estão diretamente relacionados com a fonte de néctar que o
originam e, com a espécie de abelha que o produziu (FARIAS, 2019; SMITH et al.,
2019).
O mel contém cerca de 200 substâncias. A matéria seca do mel é composta
principalmente pelo açúcar, cerca de 95 a 99%. A frutose e a glicose são os principais
constituintes dos carboidratos do mel, representando juntos aproximadamente 85 a
95% do total de açucares. A água é o segundo componente primordial do mel
(ETERAF-OSKOUEI; NAJAFI, 2012; NAILA et al., 2018).
Os ácidos orgânicos constituem menos de 1% do mel, e contribuem de forma
significativa para seu sabor característico, uma vez que são responsáveis pela acidez
desse produto. A concentração dos compostos minerais oscila de 0,1 % a 1,0%, sendo
o potássio o principal mineral, subsequente aparece o cálcio, magnésio, sódio, fósforo
e enxofre (ETERAF-OSKOUEI; NAJAFI, 2012; OLAITAN; ADELEKE; OLA, 2007;
SAMPATH et al., 2010).
Outros compostos como vitaminas também são encontrados no mel, as
quantidades de proteínas variam de acordo com flores visitadas e origem das abelhas,
no entanto são baixas cerca de 0,1 a 0,5 % apenas da composição total do mel
(GEANÂ et al., 2020; ETERAF-OSKOUEI; NAJAFI, 2012).

2.3 Apicultura e Meliponicultura no Brasil

A criação racional de abelhas é denominada como apicultura (BARBOSA et al.,


2007), é uma das atividades mais antigas e importantes do mundo, exercendo grande
contribuição ao homem, não só com a produção do mel, própolis, geleia real, mas
principalmente nos serviços de polinização (PINHEIRO, 2011). No ano de 2001 o
Brasil iniciou as exportações de mel para os Estados Unidos e Europa, gerando um
grande impulso do crescimento da apicultura no país (PAULA et al., 2016).
A meliponicultura é a criação das abelhas sem ferrão da tribo Meliponini
(CAMARGO; PEDRO, 2013), que são espécies nativas das regiões tropicais, no Brasil
eram bastante comuns até a introdução da espécie A. mellifera, das subespécies
europeias e africana, que passaram a dominar a produção nacional de mel (RIBEIRO
et al.,2019).
Apenas como tradição em algumas regiões do país, a meliponicultura, oferece
inúmeros atrativos, como incluir um maior valor agregado do mel e facilidade no
manejo das abelhas, uma vez que os meliponíneos são abelhas dóceis, de fácil
manejo e não oferecem riscos de acidentes como as africanizadas, favorecendo a
criação, inclusive, em áreas urbanas, como quintais e jardins (SEBRAE, 2015).
O interesse pela meliponicultura é justificado pelo vasto poder terapêutico e
nutricional dos subprodutos apícolas, além de que a comercialização desses produtos
gera um aumento na renda familiar (GOSTINSKI,2018). Antes da introdução das
abelhas A. mellifera no Brasil, o mel das abelhas nativas era a principal fonte de
adoçante natural, e imprescindível em longas caçadas que os antigos povos
realizavam em busca de alimento (VILLAS-BÔAS,2012).
O Brasil detém características diversas favoráveis à apicultura e
meliponicultura, tais como uma grande diversidade florística e climática, que
associadas a presença das abelhas, proporcionam um incrível potencial para a
atividade apícola (ALMEIDA; REIS, 2017).
No cenário brasileiro a criação de abelhas atual é uma importante atividade
agropecuária, trazendo trabalho e renda para muitos produtores rurais e famílias. De
todos os produtos derivados da colmeia, o mel é o principal e mais importante para a
exportação (DOS SANTOS; OTESBELGUE; BLOCHTEIN, 2018).
Com o aumento do interesse pela meliponicultura surge a necessidade de
pesquisas e desenvolvimento de técnicas e produtos voltados a multiplicação das
espécies, manipulação e utilização dos produtos. A conservação das espécies,
manejo e a comercialização dos produtos oriundos da criação das abelhas sem ferrão,
encontram-se em pauta em nível Nacional e Estadual para a criação de portarias, com
o intuito de viabilizá-las legalmente (OSTROVSKI, 2019).

2.4 Abelhas
As abelhas são os polinizadores de muitas espécies de Angiospermas. As
plantas são beneficiadas com o fluxo gênico e as abelhas adquirem alimento e
substratos para a confecção dos ninhos, ou seja a relação abelha-planta é
fundamentada em recompensas, na qual as abelhas se beneficiam com a coleta de
recursos e as plantas com a polinização (GOSTINSKI et al., 2018; MAIA -SILVA et al.,
2012).
As abelhas são insetos que se destacam pelo fundamental papel que
desempenham nos ecossistemas globais e na agricultura, principalmente na
polinização de plantas e fornecimento de produtos de alto valor econômico
(GARIBALDI et al., 2016). Estima-se que mais de 30% da dieta humana é oriunda de
legumes, frutas e sementes que dependem da polinização desses insetos (TEIXEIRA,
2016).
Com o processo evolutivo de milhares de anos, as abelhas e plantas
desenvolveram inúmeras relações mutualísticas. Em consequência dessa relação
intrínseca com as flores, as abelhas desempenham um papel essencial para a
conservação do meio ambiente, são promotores fundamentais para a reprodução de
muitas espécies vegetais nativas (SLAA et al., 2006; ROUBIK, 2006). Relatos indicam
que as abelhas surgiram no período Cretáceo, coincidentemente com a origem e a
diversificação das Angiospermas, mais conhecidas como plantas com flores
(DANFORTH et al., 2012).
As abelhas exibem vários padrões com relação a sociedade, podendo
apresentar hábitos solitários ou níveis complexos de organização social (TEIXEIRA,
2016). A A. mellifera, bem como os meliponíneos, são abelhas eussociais (com
sociedade mais complexa), constituem colônias perenes, nas quais armazenam
alimentos e protegem a sua prole (MICHENER, 2013). Quando a oferta de alimento é
baixa no ambiente externo, os indivíduos são alimentados com o néctar e pólen
estocados no interior das colônias (PEREIRA et al.,2006).
As colônias das abelhas sociais são compostas por uma abelha rainha que é
encarregada pela postura dos ovos, e um grande número de operárias estéreis ou
semi-estéreis que são distribuídas em várias tarefas relacionadas com a manutenção
da colmeia e do ninhos, tais como: coleta e estoque de recursos, limpeza,
termorregulação, cuidados da cria, construção de células e guarda (MICHENER,
2013).
O corpo das abelhas é divido em três partes: cabeça, tórax e abdome, como
mostra a Figura 1. Possuem estruturas corporais adaptadas para a coleta e transporte
do pólen das flores para seus ninhos, tais como a presença de cerdas no corpo,
corbículas ou cesta polínica que fica localizada em cada tíbia do terceiro par de pernas
(DANTAS, 2019; DOMINGOS; NÓBREGA; SILVA, 2016; MICHENER, 2007).
Figura 1. Esquema demonstrando as partes do corpo de uma abelha.

Fonte: Nogueira-Neto, 1997.

2.5 Abelhas sem ferrão


As abelhas sem ferrão, também conhecidas por abelhas nativas ou
meliponíneos, outro sinônimo é “abelhas-indígenas” afinal, ocorrem naturalmente e
não foram introduzidas pelo homem. Recebem o nome de abelhas-sem-ferrão pelo
fato de possuírem seu ferrão atrofiado e, por esse motivo, não picarem ou portarem
veneno (RIBEIRO et al., 2019).
Pertencem a família Apidae, subfamília Apinae e tribo Meliponini (CAMARGO;
PEDRO, 2013; MICHENER, 2013). A tribo Meliponini é composto por 34 gêneros e
em torno de 350 espécies descritas, as quais estão distribuídas em todas as regiões
tropicais, podendo ainda serem encontradas em algumas regiões subtropicais do
mundo (CAMARGO; PEDRO, 2013). Todavia, é nas Américas que grande parte da
diversidade de espécies ocorre, uma vez que 250 das 350 espécies são encontradas
no Brasil,em seus 26 estados e em todos os ambientes, abrangendo áreas urbanas,
jardins e quintais (VILLAS-BÔAS,2012).
Os meliponíneos compreendem uma alta diversidade de espécies, com
diversidade de tamanhos e hábitos ecológicos, e consequentemente polinizam de
forma eficiente um grande número de plantas (MICHENER, 2013). Por isto as abelhas
nativas sem ferrão são vistas como fundamentais polinizadoras de várias plantas
cultivadas e silvestres (GOSTINSKI et al.,2018; VENTURIERI et al., 2012).
No Brasil são responsáveis pela polinização de 30% das espécies no Pantanal
e Caatinga e de quase 90% das espécies da Mata Atlântica, a ausência dessas
abelhas coloca em risco a fauna e flora silvestres (RIBEIRO et al., 2019). São
eficientes polinizadores de culturas agrícolas, como o pimentão, morango, tomate e
beringela (NUNES-SILVA; IMPERATRIZ- FONSECA, 2010).
O comportamento das abelhas-sem-ferrão é descrito como pouco agressivo,
sendo dóceis se defendendo somente quando perturbadas em seus ninhos
(CORTOPASSI-LAURINO; NETO, 2016). Todas as suas espécies são eussociais,
seus ninhos são, quase sempre, construídos em ocos de árvores, ninhos
abandonados de cupins e formigas, ou seja, são construídos em cavidades pré-
existentes (SILVEIRA; MELO; ALMEIDA, 2002).
As espécies de meliponíneos mais conhecidas são: Tetragonisca angustula
(Jataí), Melipona subnitida (Jandaíra), Melipona quadrifasciata (Mandaçaia) e
Melipona compressipes (Tiúba) (FREITAS; SILVA 2015).

2.6 Apis Mellifera


A abelha A.mellifera Linnaeus, 1758 (Hymenoptera: Apidae), é uma
polinizadora de grande sucesso de culturas agrícolas, especialmente pela sua baixa
especificidade quanto as espécies de plantas que visita, utilizando para obtenção de
alimento e matéria-prima um amplo número de espécies vegetais (FREITAS; NUNES-
SILVA, 2012).
No Brasil, a abelha A. mellifera é comumente chamada por ‘'abelha
africanizada'', é um polihíbrido, devido a ser o resultado do cruzamento da abelha
africana A. Mellifera scutellata com as subespécies europeias que ocorriam no Brasil,
quando houve a introdução da subespécie africana. São encontradas em ambientes
preservados ou degradados, agrícolas e incluindo o meio urbano em todo o país
(DORETO, 2019).
As abelhas africanizadas dispõem de um aparelho bucal mais longo que o da
maioria dos outros insetos, por conseguinte consegue coletar néctar de flores muitas
vezes inacessíveis para outros polinizadores. Além de uma estrutura coletora de pólen
altamente especializada, a corbícula, que concentra os pequenos grãos de pólen para
o transporte até a colônia. São essas as características morfológicas, que as tornam
as melhores fornecedoras de pólen nos países tropicais, nos quais espécies de
plantas entomófilas são dominantes (MATOS; ALENCAR; SANTOS, 2014; ROLIM,
2016).
A polinização realizada por estas abelhas é um trabalho primordial na
reprodução de espécies vegetais nativas e no aumento da produtividade de plantas
cultivadas (ROSA et al, 2017). A devastação de habitats naturais, o manejo
inadequado de colmeias e a ação dos agrotóxicos, encontram-se entre as principais
dificuldades encontradas para a conservação das abelhas (PETTIS et al, 2013).

2.7 Processo de formação do mel


A maior parte da energia que as abelhas obtêm vem dos carboidratos
encontrados na forma de açúcares produzidos pelas plantas, oriundos do néctar
encontrados nos órgãos reprodutivos das angiospermas (BAZONI, 2012; COUTO;
COUTO, 2006). O néctar floral é uma secreção aquosa da planta, que contém
sacarose, frutose e glicose, além de pequenas quantidades de minerais, ácidos
orgânicos, vitaminas, lipídeos, compostos nitrogenados e substâncias aromáticas
(PARACHNOWITSCH; MANSON; SLETVOLD, 2018).
Depois de coletar o néctar, as abelhas operárias forrageadoras o levam até o
ninho dentro da vesícula melífera. Na colmeia o néctar é regurgitado e transferido para
as operárias para que possa ser processado, passando por um processo de
desidratação (físico) e transformação dos açúcares presentes (químico) (COUTO;
COUTO, 2006; MALVIM, 2004).
Enzimas das glândulas hipofaríngeanas, são adicionadas ao néctar durante a
coleta, essas enzimas são responsáveis pela quebra dos amidos, formação do
peróxido e quebra dos açúcares em formas mais simples, que serão mais facilmente
digeridas pelas abelhas, além de proteger o mel armazenado de ataques bacterianos.
Conforme o néctar passa de abelha para abelha, torna-se mais denso devido a
absorção da água pelo organismo desses insetos, posteriormente, o néctar é
adicionado em alvéolos para evaporação através da ventilação, onde o teor de água
é reduzido drasticamente, com a finalidade de proteção contra a ação das leveduras
e possibilitar o armazenamento de um alimento demasiadamente energético em um
espaço minúsculo (BAZONI, 2012; COUTO; COUTO, 2006).
2.8 Cadeia produtiva de mel no Brasil e Paraná

No ano de 2017 em termos mundiais, a China foi maior produtor de mel, com
uma produção de 551 mil toneladas, seguido pela Turquia, com produção de 114 mil
toneladas e Argentina com 76 mil toneladas. O Brasil ficou com a décima primeira
posição entre os maiores produtores de mel (41,594 toneladas), conforme mostra a
Tabela 1. (FAO, 2018; NUNES, HEINDRICSON, 2019).

Tabela 1. Maiores produtores mundiais de mel – 2013 a 2017 (toneladas)


2013 2014 2015 2016 2017
China 461.431 474.786 484.726 562.875 551.476
Turquia 94.694 103.525 108.128 105.727 114.471
Argentina 67.500 60.000 52.600 68.123 76.379
Irã 74.600 77.800 73.014 67.783 69.699
Estados Unidos 67.812 80.862 71.008 73.429 66.968
Ucrânia 73.713 66.521 63.615 59.294 66.231
Rússia 68.446 74.868 67.736 69.764 65.678
Índia 61.000 61.838 62.967 64.071 64.981
México 56.907 60.624 61.881 55.358 51.066
Etiópia 48.941 50.000 59.161 47.706 50.000
Brasil 35.365 38.481 37.859 39.619 41.594
Fonte: FAOSTAT, 2018.

No Brasil aproximadamente 60% da produção foi destinada à exportação, isso


equivale a cerca de 28 mil toneladas da produção nacional do mel, colocando o país
na oitava posição no ranking de exportação mundial. O destino desse produto foi
principalmente para os Estados Unidos, Alemanha e Canadá, com um valor médio do
quilo de 3,34 dólares (COMEX, 2018; FAOSTAT, 2018).
No ano de 2017 no Brasil, havia cerca de 100 mil estabelecimentos
agropecuários produtores de mel, nos quais possuíam aproximadamente 2.155.00
colmeias, com uma produção total de 46,5 mil toneladas (IBGE, 2017). Os valores
mostram que a produtividade média brasileira é de 20kg por colmeia, um valor baixo
quando comparado com outro país da América do Sul a Argentina, que atinge
anualmente 38kg por colmeia (IBGE, 2017; NUNES, HEINDRICSON, 2019).
O Paraná é o segundo maior produtor nacional de mel, ficando atrás apenas
do Rio Grande do Sul, dados mostram que no ano de 2018 a produção paranaense
foi de 7,4 mil toneladas. O estado não se destaca apenas pela grande produção, mas
sim pela qualidade do mel (IBGE, 2017).
A apicultura no Paraná é realizada especialmente por pequenos produtores,
com baixo uso da tecnologia. No ano de 2017 foram identificados 12.491 produtores
no estado, os quais possuíam em média 21 colmeias com produtividade de 14,4 quilos
por ano. Cerca de 60% da produção de mel paranaense se concentra nas regiões
Centro-Oriental, Sudeste e Centro-Sul (IBGE, 2017; NUNES, HEINDRICSON, 2019).

2.9 Qualidade do mel – Parâmetros analisados


O órgão responsável que estabelece os requisitos de qualidade do mel de A.
mellifera no Brasil é o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA),
que também é responsável pela fiscalização da qualidade. O MAPA determina
regulamentos para os estabelecimentos que cuidam do processamento do mel,
exigindo programas de garantia de qualidade como Boas Práticas de Fabricação
(BPF) (BRASIL, 2000).
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), por meio da
Instrução Normativa n° 11 de 20 de outubro de 2000, determinou o Regulamento
Técnico de Identidade e Qualidade do Mel, acordando os requisitos mínimos de
qualidade que deve exercer o mel proposto ao consumo humano, como mostra a
Tabela 2. Essa regulamentação tem como finalidade a exclusão da comercialização
de processamentos inadequados e dos méis adulterados como a adição de xaropes
de sacarose, glicose, açúcar comercial, melado entre outros (BRASIL, 2000).

Tabela 2. Parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e


Abastecimento.
A meliponicultura nos últimos anos vem crescendo no Brasil, no entanto, até
agora não há regulamentação própria para cadeia produtiva da meliponicultura,
qualidade do mel e padrões adequados para colheita (GOSTINSKI, 2018; VILLAS-
BÔAS, 2012). O mel das abelhas nativas sem ferrão, possui diversas características
distintas do mel produzido pela abelha africanizada, análises físico-químicas e
microbiológicas comprovam essas diferenças, reforçando a necessidade de se
estabelecer uma legislação nacional para o mel dos meliponíneos (CHAVES et al.,
2012; SOUZA et al., 2006).
No estado do Paraná, contudo, existe um Regulamento técnico padronizando
os requisitos de qualidade que os méis de abelhas sem ferrão devem apresentar
(ADAPAR, 2017).
A Portaria de N°63, do dia 10 de março de 2017, estabelece no estado do
Paraná um Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do mel de abelhas sem
ferrão. Os requisitos exigidos são divididos em: Características sensoriais e físico-
químicas. As características sensoriais são divididas em 3 categorias: cor,
consistência, sabor e aroma. O requisito de características físico-químicas é dividido
em: maturidade, pureza e deterioração, como são apresentados na Tabela 3.

Tabela 3. Parâmetros de qualidade estabelecidos pela Agência De Defesa Agropecuária Do


Paraná.
Mel de abelhas sem ferrão
Características Parâmetros Limites
Açucares redutores Mínimo 47g/100g.
Maturidade Sacarose aparente Máximo 5g/100g.
Umidade Máximo 35g/100g.
Sólidos insolúveis em água Máximo 0,1g/100g.
Minerais (cinzas) Máximo 0,8g/100g.
Pureza
Pólen Presença de grãos de
pólen
Acidez Máximo de 60 mEq kg
Hidroximetilfurfural (HMF) Máximo de 40mg/kg
Deterioração pH Máximo de 4,7

O mel não deve conter nenhum indício de fermentação.

Fonte: ADAPAR, 2017.


2.10 Atividade antimicrobiana dos méis

O mel produzido pelas abelhas sem ferrão possui propriedades antibacterianas,


antifúngicas e antivirais, todo esse potencial é devido ao seu armazenamento na
colmeia em potes de cerume, produzidos de cera combinada com própolis. Durante
seu armazenamento, permanece em contato com a própolis que é rica em resinas de
plantas, esses constituintes fitoquímicos são infundidos ao mel, conferindo-lhes
propriedades capazes de combater patógenos (BORSATO et al, 2013).
Desde 1892 o mel da abelha A. mellifera vem sendo descrito e utilizado no
combate de infecções (KWAKMAN; ZAAT,2012). Além de sua atividade
antibacteriana, estudos também demonstraram efeitos contra fungos, alguns vírus e
parasitas (DE-MELO et al., 2017).
Muitos estudos são realizados para analisar a composição do mel, e assim
entender melhor quais das suas propriedades são responsáveis pela sua capacidade
de combater microrganismos (ALBARIDI, 2019). Além da capacidade antimicrobiana,
o mel apresenta propriedades antioxidantes, antifúngicas, antiparasitária, anti-
inflamatória, antiviral e cicatrizantes (ALVAREZ-SUARES et al., 2010; MACLOONE;
WARNOCK; FYFE, 2016).
Existe uma necessidade de novos agentes antimicrobianos eficazes, uma vez
que a resistência adquirida dos microrganismos a esses atualmente disponíveis está
aumentando. É evidente a importância do mel nesse cenário, visto que alguns méis
apresentam atividade de amplo espectro contra bactérias resistentes a antibióticos
(ANAND et al, 2019; WAN et al., 2018).
No ano de 1800, diversos pesquisadores difundiram na comunidade cientifica,
a habilidade do mel em eliminar microrganismos, porém, com o surgimento dos
antibióticos em 1900 diminuiu o interesse científico pôr esse produto (BATISTON,
2017).
Na América do Sul o mel é muito utilizado para fins terapêuticos como
fitoterápicos e xaropes caseiros, em particular por indígenas e nas zonas rurais
(BATISTON, 2017; MADALENO, 2015). Embora o Brasil detenha de um mel com
grande potencial, os dados acerca das suas capacidades antimicrobianas até o
momento são limitados (BUENO-COSTA et al.,2016).
Fatores físicos e químicos são responsáveis pela atividade antimicrobiana do
mel, dentre os fatores físicos o mais significativo é a acidez, uma vez que pH da
maioria dos tipos de mel varia entre 3,4 e 6,1, o que, em combinação com uma elevada
osmolaridade, inibe o crescimento de muitas espécies de microrganismos, outro fator
importante é a alta concentração de açucares (BAZONI, 2012).
Os flavonoides são responsáveis pela ação cicatrizante, anti-inflamatória e
antibacteriana (PINTO; PRADO; CARVALHO, 2011). Uma grande variedade de
vantagens à saúde tem sido referida aos compostos fenólicos, tais como, efeitos
antialérgicos, antioxidantes, antimicrobianos, esses compostos encontrados nos méis
variam muito conforme sua origem botânica (ANAND et al., 2019).
Parte da atividade antimicrobiana do mel é atribuída ao peróxido de hidrogênio
(H2O2), um oxidante importante e agente de higienização. O nível de peróxido de
hidrogénio no mel é determinado pelos níveis de glucose oxidase e catalase. Quanto
maior o nível de glucose oxidase e quanto menor o nível de catalase, maior a
quantidade de peróxido de hidrogênio (ALBARIDI, 2019; AL-WAILI et al., 2013).
Considerando a diversidade de abelhas sem ferrão e espécies botânicas
existentes, inúmeros tipos de méis ainda não foram investigados e estudados. O
potencial dos méis de A. mellifera de combater microrganismos que causam danos à
saúde humana, é mais investigado e relatado em comparação aos das abelhas sem
ferrão (BATISTON, 2017).

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
As abelhas desempenham papel muito importante na natureza devido a
polinização de muitas espécies de Angiospermas. Desde o início das sociedades
humanas, os produtos das abelhas (mel, cera, pólen, própolis) têm sido utilizados
tanto para a alimentação como para saúde. A ciência moderna começou a estudar as
características químicas, físicas e as propriedades antimicrobianas do mel para
entender e utilizar esse produto apícola de forma terapêutica. Contudo, apesar dos
avanços obtidos até o presente, ainda há um longo caminho de pesquisas a serem
desenvolvidas para compreender as interações entre as abelhas, as plantas e a ação
antimicrobiana desse produto apícola.
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