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O

PPP
Art. 264. O PPP constitui-se em um documento
histórico laboral do trabalhador, segundo
modelo instituído pelo INSS, conforme
formulário do Anexo XV, que deve conter as
seguintes informações básicas:

I - Dados Administrativos da Empresa e do


Trabalhador;
II - Registros Ambientais;
III - Resultados de Monitoração Biológica; e
IV - Responsáveis pelas Informações.
O QUE É O PPP

GIL-RAT O formulário PPP serve,


PRIMORDIALMENTE, para a
empresa declarar as
condições de trabalho de
cada empregado para fins
de aposentadoria
especial.
FINALIDADE DO PPP

De acordo com a IN n˚ 77/2015 do INSS, o PPP tem por finalidade:

I - comprovar as condições para obtenção do direito aos benefícios e serviços


previdenciários;
II - fornecer ao trabalhador meios de prova produzidos pelo empregador
perante a Previdência Social, a outros órgãos públicos e aos sindicatos, de forma a
garantir todo direito decorrente da relação de trabalho, seja ele individual, ou
difuso e coletivo;
III - fornecer à empresa meios de prova produzidos em tempo real, de modo a
organizar e a individualizar as informações contidas em seus diversos setores ao
longo dos anos, possibilitando que a empresa evite ações judiciais indevidas
relativas a seus trabalhadores; e
IV - possibilitar aos administradores públicos e privados acessos a bases de
informações fidedignas, como fonte primária de informação estatística, para
desenvolvimento de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como definição de
políticas em saúde coletiva.
LTCAT E PPP

O PPP deve ser preenchido com base no

LTCAT, Laudo Técnico


das Condições
Ambientais de
mas a Previdência, ainda que de Trabalho
forma complementar, também
aceita as demonstrações
ambientais presentes em outros
documentos, tais como:
OUTROS DOCUMENTOS

I - laudos técnico-periciais realizados na mesma empresa,


emitidos por determinação da Justiça do Trabalho, em ações
trabalhistas, individuais ou coletivas, acordos ou dissídios
coletivos, ainda que o segurado não seja o reclamante, desde
que relativas ao mesmo setor, atividades, condições e local de
trabalho;
II - laudos emitidos pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de
Segurança e Medicina do Trabalho - FUNDACENTRO;
III - laudos emitidos por órgãos do Ministério do Trabalho e
Emprego - MTE;
OUTROS DOCUMENTOS

V - as demonstrações ambientais:

a) Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA;


b) Programa de Gerenciamento de Riscos - PGR;
c) Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na
Indústria da Construção - PCMAT; e
d) Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional -
PCMSO.
ELEMENTOS DO LTCAT

I - se individual ou coletivo;
II - identificação da empresa;
III - identificação do setor e da função;
IV - descrição da atividade;
V - identificação de agente nocivo capaz de causar dano à saúde e
integridade física, arrolado na Legislação Previdenciária;
VI - localização das possíveis fontes geradoras;
VII - via e periodicidade de exposição ao agente nocivo;
VIII - metodologia e procedimentos de avaliação do agente nocivo;
IX - descrição das medidas de controle existentes;
X - conclusão do LTCAT;
XI - assinatura e identificação do médico do trabalho ou
engenheiro de segurança; e
XII - data da realização da avaliação ambiental.
PPRA X LTCAT

O PPRA dificilmente poderia substituir o


LTCAT para o preenchimento do PPP, pois
nenhum, ou quase nenhum PPRA teria todos os
elementos exigidos pelo INSS.
EMISSÃO DO PPP

Art. 264. § 1º O PPP deverá ser assinado pelo


representante legal da empresa ou seu preposto, que
assumirá a responsabilidade sobre a fidedignidade das
informações prestadas quanto a:

a) fiel transcrição dos registros administrativos; e


b) veracidade das demonstrações ambientais e dos
programas médicos de responsabilidade da empresa.

§ 2º Deverá constar no PPP o nome, cargo e NIT do


responsável pela assinatura do documento, bem como o
carimbo da empresa.
Art 260. § 2º Os formulários indicados no caput deste artigo serão aceitos quando
emitidos:

a) pela empresa, no caso de segurado empregado;


b) pela cooperativa de trabalho ou de produção, no caso de cooperado
filiado;
c) pelo órgão gestor de mão de obra ou pelo sindicato da categoria no caso
de trabalhador avulso portuário a ele vinculado que exerça suas atividades na
área dos portos organizados;
d) pelo sindicato da categoria no caso de trabalhador avulso portuário a ele
vinculado que exerça suas atividades na área dos terminais de uso privado; e
e) pelo sindicato da categoria no caso de trabalhador avulso não portuário
a ele vinculado.
QUAIS EMPRESAS
ESTÃO OBRIGADAS
ELABORAR O PPP
OBRIGATORIEDADE DO PPP

Art. 266. A partir de 1º de janeiro de 2004, conforme estabelecido pela Instrução


Normativa INSS/DC nº 99, de 5 de dezembro de 2003, a empresa ou equiparada à
empresa deverá preencher o formulário PPP, conforme Anexo XV, de forma
individualizada para seus empregados, trabalhadores avulsos e
contribuintes individuais cooperados, que trabalhem
expostos a agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou
associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade
física, ainda que não presentes os requisitos para fins de caracterização de
atividades exercidas em condições especiais, seja pela eficácia dos equipamentos
de proteção, coletivos ou individuais, seja por não se caracterizar a permanência.
OBRIGATORIEDADE

§ 6º A exigência do PPP referida no caput,


em relação aos agentes químicos e ao
agente físico ruído, fica condicionada ao
alcance dos níveis de ação de que tratam
os subitens do item 9.3.6, da NR-09, do
MTE, e aos demais agentes, a simples
presença no ambiente de trabalho.
OBRIGATORIEDADE: EXEMPLO

Para aqueles empregados expostos aos


agentes químicos e ruído a partir do nível
de ação, ou seja no caso do ruído é a
partir de 80dB(A) e no casos dos agentes
químicos o PPP é obrigatório quando a
exposição alcançar 50% do limite de
tolerância estabelecido na NR-15.
IMPORTANTE!

No entanto, existem alguns agentes químicos do Anexo 13


da NR-15 que não tem limite estabelecido na NR-15, bem
como os agentes cancerígenos do Grupo 1 da LINACH, cuja
avaliação é qualitativa. Para estes casos o PPP deveria ser
elaborado quando ao agente estiver presente no ambiente de
trabalho com possibilidade de exposição do trabalhador.
PPP EM MEIO DIGITAL

Art 266. § 1º A partir da implantação do


PPP em meio digital, este documento
deverá ser preenchido para todos os
segurados, independentemente do ramo
de atividade da empresa, da exposição a
agentes nocivos e deverá abranger
também informações relativas aos
fatores de riscos ergonômicos e
mecânicos.
AMPLIAÇÃO DO PPP

Alguns são críticos dessa ampliação do


formulário , pois desvirtua um pouco da
finalidade principal do PPP e torna o
documento muito mais complexo e
burocrático.
O meio digital que menciona o INSS é o
eSocial ou sistema que irá substituí-lo
QUANDO ELABORAR Art. 266. § 7º A empresa ou equiparada à empresa deve elaborar e
manter atualizado o PPP para os segurados referidos no caput, bem
como fornecê-lo nas seguintes situações:

I - por ocasião da rescisão do contrato de trabalho ou da


desfiliação da cooperativa, sindicato ou órgão gestor de mão
de obra, com fornecimento de uma das vias para o
trabalhador, mediante recibo;
II - sempre que solicitado pelo trabalhador, para fins de
requerimento de reconhecimento de períodos laborados em
condições especiais;
III - para fins de análise de benefícios e serviços
previdenciários e quando solicitado pelo INSS;
IV - para simples conferência por parte do trabalhador, pelo
menos uma vez ao ano, quando da avaliação global anual do
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA; e
V - quando solicitado pelas autoridades competentes.
IMPORTANTE!

Tanto o recibo de entrega quanto a via original


do PPP devem ser guardadas na empresa por

20 anos.
COMO ELABORAR O
PPP DE PERÍODOS DO
PASSADO
É importante ressaltar que o PPP
pode ser utilizado em substituição
aos formulários antigos, mas os
outros formulários não podem ser
utilizados para substituir o PPP.
Sendo assim, para períodos
posteriores a 2004, somente é
aceito o PPP.
EXEMPLO

DIRBEN
8030 Por exemplo, O formulário DIRBEN 8030 é o formulário
anterior ao PPP, aceito de outubro de 2000 até o final de
2003.
No caso de um trabalhador que exerceu
atividades na empresa entre 2001 até 2006.
A empresa pode emitir apenas o PPP para
todo o períodos 2001 a 2006; ou se preferir,
de 2001 até o final de 2003 emitir o DIRBEN
8030 e depois disso, de 2004 a 2006, é
obrigatório o PPP.
OBSERVAÇÕES NO PREENCHIMENTO

I - até 13 de outubro de 1996, véspera da publicação da MP no 1.523, de 1996, no


Diário Oficial da União – DOU, fica dispensado o preenchimento:
a) quando não se tratar de ruído, do campo referente ao responsável pelos registros
ambientais;
b) do campo referente ao responsável pelo monitoramento biológico;
c) dos campos referentes às informações de EPC eficaz;

II - até 2 de dezembro de 1998, data da publicação da MP no 1.729, de 2 de


dezembro 1998, convertida na Lei no 9.732, de 11 de dezembro de 1998, fica
dispensado o preenchimento dos campos referentes às informações de EPI eficaz;

III - até 31 de dezembro de 1998, fica dispensado o preenchimento do campo código


de ocorrência GFIP;

IV - por força da Resolução do Conselho Federal de Medicina – CFM no 1.715, de 8 de


janeiro de 2004, não deve ser exigido o preenchimento dos campos de Resultados
de Monitoração Biológica para qualquer período; e
OBSERVAÇÕES NO PREENCHIMENTO

V - a partir de 2 de maio de 2008, deve estar preenchido o campo


referente ao atendimento aos requisitos das NR-6 e NR-9, aprovadas pela
Portaria MTE no 3.214, de 1978, com relação aos EPI informados.
ENQUADRAMENTO POR CATEGORIA

Art. 267. Quando o PPP for emitido para


comprovar enquadramento por categoria
profissional, na forma do Anexo II do RBPS,
aprovado pelo Decreto nº 83.080, de 1979 e a
partir do código 2.0.0 do quadro anexo ao
Decretos nº 53.831, de 25 de março de 1964,
deverão ser preenchidos todos os campos
pertinentes, excetuados os referentes a
registros ambientais e resultados de
monitoração biológica. (IN n. 77/2015)
O PPP deve ser preenchido com base no LTCAT, mas a previdência também aceita os
registros ambientais presentes em outros documentos como o PPRA, PCMAT, PGR,
entre outros.

Mas se a empresa não tiver registros


ambientais do passado, como eu
faço para emitir o PPP?
PPP DO PASSADO

Se não existir registro da época, a primeira coisa a ser


fazer é analisar se houve alteração no ambiente
ou organização do trabalho.

Caso não tenha ocorrido alteração nas


condições de trabalho, a empresa pode
utilizar um LTCAT mais recente para
preencher os períodos do passado.
PPP DO PASSADO COM LTCAT ATUAL

Art 261. § 3º O LTCAT e os laudos mencionados nos incisos


de I a IV do caput deste artigo emitidos em data
anterior ou posterior ao período de exercício da
atividade do segurado poderão ser aceitos desde que a
empresa informe expressamente que não houve
alteração no ambiente de trabalho ou em sua
organização ao longo do tempo, observado o § 4º deste
artigo.
ALTERAÇÃO AMBIENTE DE TRABALHO

Art 261. § 4º São consideradas alterações no ambiente de trabalho ou


em sua organização, entre outras, aquelas decorrentes de:
I - mudança de layout;
II - substituição de máquinas ou de equipamentos;
III - adoção ou alteração de tecnologia de proteção coletiva; e
IV - alcance dos níveis de ação estabelecidos nos subitens do item
9.3.6 da NR-09, aprovadas pela Portaria nº 3.214, de 8 de junho de
1978, do MTE, se aplicável.
E se as condições
ambientais de trabalho
mudaram?
PPP DO PASSADO

Se não existem registros


ambientais da época e as
condições ambientais mudaram,
não tem jeito . A empresa vai ter
que emitir o PPP com a seção
dos registros ambientais em
branco.
PPP DO PASSADO

Caso o trabalho tenha exercido atividades em


condições especiais naquele período, será
preciso comprovar o período de serviço
especial por via judicial.

E a empresa, por sua vez, pode sofrer


penalidades, pois a obrigação do LTCAT existe
desde 1996, para todos empregadores que
expõem trabalhadores aos agentes nocivos
arrolados no RPS.
O QUE É O
LTCAT
LAUDO TÉCNICO

Um laudo técnico tem por objetivo concluir, mediante


exame, vistoria, indagação, investigação, avaliação, se
existem condições insalubres e/ou perigosas ou se existe
efetiva exposição a agentes nocivos, de acordo com a
legislação pertinente.
FINALIDADE DO LTCAT

A finalidade principal do LTCAT é avaliar as


condições de trabalho e um ou grupo de
trabalhadores para comprovar, ou não, condições
especiais de trabalho para fins de aposentadoria.
ATENÇÃO!!!

Não podemos confundir a finalidade do LTCAT que é


previdenciária e refere-se a aposentadoria especial com
o adicional de insalubridade, por exemplo, que é
trabalhista e é regulamentado na NR-15.
LTCAT

A partir da avaliação da exposição do


trabalhador aos agentes químicos,
físicos e biológicos, ou associação de
agentes, o perito, que deve ser um
engenheiro de segurança ou médico do
trabalho, vai concluir se a exposição do
trabalhador aos agentes agressivos
caracteriza-se como especial, para fins de
aposentadoria.
CONDIÇÕES PARA ENQUADRAMENTO

Condições estabelecidas pelo RPS, o Decreto 3048/99:

- Trabalho permanente, não ocasional nem


intermitente;
- Agentes nocivos Previdenciários (Anexo IV)
- Tipo de avaliação e limites de exposição
- Procedimentos e metodologias.
PERIODICIDADE

Para assegurar a qualidade das


informações no laudo,
especialmente, para assegurar que
as informações reflitam o real
histórico de exposições
ocupacionais do trabalhador, é
recomendado que as avaliações
ambientais sejam realizadas
sistematicamente, ao menos um
vez ao ano.
VALIDADE DO LTCAT

O LTCAT não tem uma data


de validade estabelecida.
Enquanto mantiverem-se as
condições ambientais de
trabalho, o laudo ainda
estaria válido.
Art 261. § 4º São consideradas alterações no ambiente de trabalho
ou em sua organização, entre outras, aquelas decorrentes de:

I - mudança de layout;
II - substituição de máquinas ou de equipamentos;
III - adoção ou alteração de tecnologia de proteção coletiva; e
IV - alcance dos níveis de ação estabelecidos nos subitens do
item 9.3.6 da NR-09, aprovadas pela Portaria nº 3.214, de 8 de
junho de 1978, do MTE, se aplicável.
TIPOS DE LTCAT

Individual ou Coletivo.

O LTCAT individual refere-se às condições ambientais de


trabalho de um determinado trabalhador, ou seja, se refere
exclusivamente ao requerente da aposentadoria especial.

Já o LTCAT coletivo, avalia as condições de um grupo de


trabalhadores ou de toda a empresa, contemplando o resultado
de avaliações das condições ambientais de todos os locais de
trabalho.
TEMPORALIDADE

Contemporâneo ou Extemporâneo

São considerados contemporâneos quando realizados durante o


período em que o segurado laborou na empresa; são
considerados extemporâneos quando realizados em data anterior
ou posterior ao período laborado.
O LTCAT ou demais Demonstrações Ambientais serão exigidos conforme os
seguintes períodos:

I - até 28 de abril de 1995, exclusivamente para o agente físico ruído, o LTCAT ou


seus substitutivos;

II - de 29 de abril de 1995 até 13 de outubro de 1996, apenas para o agente


físico ruído, podendo ser aceitos o LTCAT, ou seus substitutivos, ou demais
demonstrações ambientais;

III - de 14 de outubro de 1996 a 18 de novembro de 2003, para todos os agentes


nocivos, avaliados de acordo com a metodologia da NR-15, da Portaria no 3.214,
de 1978, do MTE;

IV - de 19 de novembro 2003 a 31 de dezembro de 2003, para todos os agentes


nocivos, avaliados de acordo com a metodologia da NR-15, da Portaria no 3.214,
de 1978, do MTE, sendo facultada à empresa a utilização da metodologia das NHO
da Fundacentro
O LTCAT ou demais Demonstrações Ambientais serão exigidos conforme os
seguintes períodos:

V - a partir de 1° de janeiro de 2004, para todos os agentes nocivos, avaliados de


acordo com a metodologia das NHO da Fundacentro;

VI - a partir de 1° de janeiro de 2004, quando inicia a vigência do PPP, não é


exigida a apresentação do LTCAT ou demais demonstrações ambientais, sendo
este substituído pelo preenchimento do item 16.1 do PPP, onde deverá conter a
data no formato DD/MM/AAAA a DD/MM/AAAA, contemporâneo ao período
solicitado. As demonstrações ambientais poderão ser solicitadas pelo perito
médico, se necessário.
CONTEÚDO DO
LAUDO TÉCNICO
LAUDO TÉCNICO

Quais empresas
precisam elaborar o
LTCAT?
OBRIGATORIEDADE DO LTCAT

Só estariam obrigadas ao LTCAT as empresas que


precisam elaborar o PPP.

Art 266. § 6º A exigência do PPP referida no caput, em relação aos agentes


químicos e ao agente físico ruído, fica condicionada ao alcance dos níveis de ação
de que tratam os subitens do item 9.3.6, da NR-09, do MTE, e aos demais agentes,
a simples presença no ambiente de trabalho.
OBRIGATORIEDADE DO LTCAT

● exposição a agentes químicos e ruído a partir do nível de


ação;
● para agentes químicos que não tiverem limites (Anexo 13 da
NR-15), elaborar o LTCAT quando o trabalhador se
enquadrar nas atividades listadas;
● Presença de agentes cancerígenos do Grupo I da LINACH; e
● Em relação aos demais agentes, na simples presença no
ambiente de trabalho com possibilidade de exposição.
LTCAT

QUAIS
TRABALHADORES
Quando se tratar de um LTCAT coletivo, é
recomendável que todos os trabalhadores
sejam contemplados no laudo, não apenas
aqueles que estejam expostos a agentes nocivos.
LTCAT

Quais agentes nocivos


devem estar contemplados
no laudo?
AGENTES NOCIVOS DO RPS

No LTCAT será registada a avaliação dos PPP

agentes nocivos para fins de concessão de


aposentadoria especial, sendo assim, só
existe a obrigatoriedade de constar no
laudo os agentes nocivos arrolados na
legislação previdenciária, ou seja, os
agentes nocivos listados no Anexo IV do
Decreto 3048/99.
AGENTES NOCIVOS DO LTCAT

No entanto, quando analisamos o tema na esfera judicial, os


tribunais consideram que a lista do Anexo IV é apenas exemplificativa e
que os demais agentes também devem ser considerados.

Sendo assim, alguns profissionais da área recomendam que outros


agentes químicos, físicos e biológicos, mesmo que não estejam
listados no Anexo IV, sejam contemplados no LTCAT. Desta forma,
ajudaria o trabalhador a comprovar o tempo de serviço especial por
via judicial.
EPIs e EPCs

TECNOLOGIA DE
PROTEÇÃO
A Tecnologia de Proteção Coletiva deve ser considerada
na avaliação ambiental, desde que elimine ou neutralize a
nocividade ambiental.
Os EPIs também devem ser considerados para os laudos
elaborados a partir de 3 de dezembro de 1998 (data da
publicação da MP no 1.729, de 1998, convertida na Lei no
9.732, de 1998)
LAUDOS NÃO ACEITOS

Art 261. § 1º Para o disposto no caput deste artigo, NÃO será aceito:

I - laudo elaborado por solicitação do próprio segurado, sem o


atendimento das condições previstas no inciso IV do caput deste artigo;
II - laudo relativo à atividade diversa, salvo quando efetuada no
mesmo setor;
III - laudo relativo a equipamento ou setor similar;
IV - laudo realizado em localidade diversa daquela em que houve o
exercício da atividade; e
V - laudo de empresa diversa.
DECISÕES JUDICIAIS?

Devo utilizar decisões


judiciais no laudo?
JUDICIÁRIO

CONCLUSÃO DO
LAUDO
As decisões judiciais não devem ser
consideradas pelo perito no
enquadramento da aposentadoria
especial.
JUDICIÁRIO

ASPECTOS TÉCNICOS
E LEGAIS
O enquadramento deve ser técnico, com base nos aspectos
legais estabelecidos no RPS, e nos aspectos técnicos, como
conhecimentos de higiene ocupacional e metodologia de
avaliação dos agentes nocivos estabelecida pela Previdência.
CONSULTORIA

Quando existir entendimento


no judiciário diferente da
conclusão no laudo, é preciso
alertar seu cliente sobre
possíveis repercussões
judiciais nos casos específicos.
INFORMAÇÕES OBRIGATÓRIAS

ELEMENTOS
INFORMATIVOS DO
LTCAT
ELEMENTOS INFORMATIVOS DO LTCAT

I - se individual ou coletivo;
II - identificação da empresa;
III - identificação do setor e da função;
IV - descrição da atividade;
V - identificação de agente nocivo capaz de causar dano à saúde e
integridade física, arrolado na Legislação Previdenciária;
VI - localização das possíveis fontes geradoras;
VII - via e periodicidade de exposição ao agente nocivo;
VIII - metodologia e procedimentos de avaliação do agente nocivo;
IX - descrição das medidas de controle existentes;
X - conclusão do LTCAT;
XI - assinatura e identificação do médico do trabalho ou engenheiro de
segurança; e
XII - data da realização da avaliação ambiental.
ESTRUTURA DO
LAUDO TÉCNICO
ESTRUTURA DO LTCAT

Art. 262. Na análise do Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho - LTCAT, quando apresentado, deverá ser
verificado se constam os seguintes elementos informativos básicos constitutivos:

I - se individual ou coletivo;
II - identificação da empresa;
III - identificação do setor e da função;
IV - descrição da atividade;
V - identificação de agente nocivo capaz de causar dano à saúde e integridade física,
arrolado na Legislação Previdenciária;
VI - localização das possíveis fontes geradoras;
VII - via e periodicidade de exposição ao agente nocivo;
VIII - metodologia e procedimentos de avaliação do agente nocivo;
IX - descrição das medidas de controle existentes;
X - conclusão do LTCAT;
XI - assinatura e identificação do médico do trabalho ou engenheiro de segurança; e
XII - data da realização da avaliação ambiental.
ELEMENTOS INFORMATIVOS

I - individual ou coletivo
Um LTCAT pode ser individual ou coletivo. O laudo individual
refere-se somente ao trabalhador segurado que está requerendo
o benefício e o laudo coletivo se refere a todos os trabalhadores
da empresa.
ELEMENTOS INFORMATIVOS

II - identificação da empresa
Neste item deve ser colocado os dados da empresa, como CNPJ, razão
social, CNAE, dados de contato, entre outras informações relevantes.
ELEMENTOS INFORMATIVOS

III - identificação do
setor e da função;
Neste item devem ser identificados o
cargo/função e descritos os locais de trabalho de
forma objetiva, com as características do
ambiente de trabalho, inclusive, identificando
máquinas e equipamentos, bem como outras
possíveis fontes geradoras de riscos.
ELEMENTOS INFORMATIVOS

IV - descrição da
atividade
As atividades deverão ser descritas com exatidão
e de forma sucinta, permitindo a sua correta
compreensão e delimitação
ELEMENTOS INFORMATIVOS

V - identificação de agente
nocivo arrolado na Legislação
Previdenciária
Aqui são identificados os agentes nocivos que o
trabalhador está exposto e a sua concentração ou
intensidade. Lembrando que somente precisam ser
avaliados aqueles agentes químicos, físicos ou
biológicos presentes no Anexo IV de Dec 3048/99.
ELEMENTOS INFORMATIVOS

VI - localização das possíveis


fontes geradoras
É preciso identificar as fonte geradora do agente nocivo, que
pode ser a utilização de um produto, máquina ou equipamento
no processo produtivo, ou mesmo o contato com paciente no
caso de agentes biológicos.
ELEMENTOS INFORMATIVOS

VII - Via e periodicidade


de exposição ao agente
nocivo
Na caracterização da exposição ao agente
agressivo, deve ser mencionada a forma de
propagação do agente e via de entrada no
organismo.
ELEMENTOS INFORMATIVOS

VIII - metodologia e
procedimentos de
avaliação
O RPS estabelece que os procedimentos e
metodologias a serem utilizadas na
avaliação do agente nocivo são as presentes
nas NHOs da FUNDACENTRO, utilizando os
limites da NR-15.
ELEMENTOS INFORMATIVOS

IX - descrição das
medidas de controle
existentes
Este item é bastante importante para
respaldar a conclusão do laudo. O perito
precisa descrever as medidas coletivas,
administrativas e EPIs utilizadas e avaliar
sua eficácia.
ELEMENTOS INFORMATIVOS

X - conclusão do LTCAT
Esta a parte mais importante do laudo. A conclusão sobre a
exposição aos agentes nocivos irá subsidiar o preenchimento da
GFIP, ou seja, a empresa vai reconhecer se as condições de trabalho
enquadram-se como especiais ou não, bem como o dever se
recolhimento da alíquota para financiamento da aposentadoria
especial.
ELEMENTOS INFORMATIVOS

XI - Assinatura e identificação
do médico do trabalho ou
engenheiro de segurança
O laudo deve ser assinado pelo responsável técnico,
engenheiro de segurança ou médico do trabalho. Se for
engenheiro, é preciso emitir a ART do CREA. No caso do
médico, basta indicar o registro profissional
ELEMENTOS INFORMATIVOS

XII - data da realização


da avaliação ambiental
Outra informação importante é a data de
avaliação ambiental. O ideal é anexar o laudo com
data de avaliação de cada agente nocivo.
PONTOS
CRÍTICOS
PPP: PONTOS CRÍTICOS

DESVIO DE FUNÇÃO
Entre as informações exigidas no PPP estão o
cargo, função e descrição das atividades. Estas
informações preenchidas no PPP podem trazer
à tona casos de desvios de função na empresa
e, por consequência, estimular ações judiciais
de equiparação salarial.
PPP: PONTOS CRÍTICOS

MOBILIDADE DO
TRABALHADOR
Em algumas empresas, é comum que o
trabalhador exerça atividades diversas no
ambiente de produção, bem como em
outros setores ou estabelecimentos do
empregador sem que o RH ou o SESMT
seja comunicado.
PPP: PONTOS CRÍTICOS

CÓDIGO GFIP
Esta é a principal armadilha do PPP.
Através do código GFIP a empresa irá
declarar se o trabalhador exerce
atividade especial e reconhece o dever
de recolhimento da alíquota adicional
do seguro de acidentes (GIL-RAT). Caso a
empresa informe erroneamente que o
trabalhador exerce atividades em
condições especiais, ela deve pagar um
tributo adicional que não precisaria.
PPP: PONTOS CRÍTICOS

SIGILO DAS
INFORMAÇÕES
Art 265. Parágrafo único. As informações
constantes no PPP são de caráter privativo
do trabalhador, constituindo crime nos
termos da Lei nº 9.029, de 13 de abril de
1995, práticas discriminatórias decorrentes
de sua exigibilidade por outrem, bem como
de sua divulgação para terceiros, ressalvado
quando exigida pelos órgãos públicos
competentes. (IN n˚77/2015)
PPP: PONTOS CRÍTICOS

EVOLUÇÃO DAS
REGRAS
As regras para concessão da aposentadoria
especial sofreram diversas modificações ao
longo dos anos.
Os agentes nocivos considerados, as
formas de avaliação, as metodologias e
outras exigências de cada época são um
complicador na hora de preencher o PPP
corretamente.
APOSENTADORIA
ESPECIAL NO NOVO
ESOCIAL
S-2240

O PPP será
digitalizado e fará
parte do Novo eSocial
S-2240

No entanto, as empresas
continuarão emitindo PPP
para períodos anteriores ao
envio do evento s-2240
S-2240

COMO VAI
FUNCIONAR?
Quando começar a obrigatoriedade do envio do evento S-2240, a
empresa deve enviar o evento S-2240 para cada empregado.

Uma vez enviado com sucesso, a empresa só precisa enviar outro


evento S-224O, quando ocorrer algum fato gerador
S-2240

Fato Gerador:
● mudança na exposição aos agentes de risco;
● Mudança de EPC ou EPI;
● Mudança na descrição do ambiente;
● Alteração nas atividades; e
● Responsável pelos registros ambientais
S-1200

CÓDIGO GFIP
DO PPP
S-1200

CÓDIGO GFIP
As empresas precisam enviar todo mês o evento S-1200 ao
eSocial.
Uma das informações exigidas neste evento é o grau de
exposição a agentes nocivos para fins de aposentadoria
especial, de acordo com a tabela 2 do eSocial.
Evento S-1200 – Remuneração de Trabalhador vinculado ao
Regime Geral de Previd. Social
RETENÇÕES
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PRESTADORES
DE SERVIÇOS
Segundo a IN 971, Art 72: §
3º A empresa contratante de serviços mediante cessão de mão-de-obra, inclusive em
regime de trabalho temporário, quando submeter os trabalhadores cedidos a
condições especiais de trabalho, conforme disposto no art. 292, deverá efetuar a
retenção prevista no art. 112, acrescida, quando for o caso, dos percentuais previstos
no art. 145, relativamente ao valor dos serviços prestados pelos segurados empregados
cuja atividade permita a concessão de aposentadoria especial após 15 (quinze), 20 (vinte)
ou 25 (vinte e cinco) anos de contribuição, respectivamente.
EFD-REINF

IN RFB n˚971/09
Art. 145. Quando a atividade dos segurados na empresa contratante
for exercida em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a
integridade física destes, de forma a possibilitar a concessão de
aposentadoria especial após 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco)
anos de trabalho, o percentual da retenção aplicado sobre o valor dos
serviços prestados por estes segurados, a partir de 1º de abril de
2003, deve ser acrescido de 4% (quatro por cento), 3% (três por cento)
ou 2% (dois por cento), respectivamente, perfazendo o total de 15%
(quinze por cento), 14% (quatorze por cento) ou 13% (treze por cento).

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