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846 em Fonte:
investigação CIEVS nacional
MS
Até 01/08/22
6 óbitos no mundo, sendo 1 no Brasil, 2 na Espanha, e 3 na África
https://map.monkeypox.global.health/country 23.264
EUA 5.176 Eslovênia 35 República Dominicana 3 Casos
Espanha 4.300 Grécia 32 Benim 3
Alemanha 2.677 Luxemburgo 23 África do Sul 3 81 países
Reino Unido 2.469 Argentina 23 Letônia 3
França 1.957 Romênia 21 O Congo 2
Brasil 1.370 República Tcheca 20 China 2
Países Baixos 925 Malta 17
Brasil está na 6ª posição
Tailândia 2
Canadá 803 Finlândia 17 Japão 2
Portugal 633 Emirados Árabes Unidos 16 Catar 2 Os 7 primeiros países (EUA,
Itália 479 Colômbia 15 Nova Zelândia 2 Espanha, Alemanha, Reino Unido,
Bélgica 393 Porto Rico 14 Jamaica 2 França, Brasil e Holanda) somam
Peru 306 Croácia 11 Taiwan 2
Suíça 272 Cingapura 11 Montenegro 1
81% de todos os casos do mundo.
Israel 146 Sérvia e Montenegro 10 Filipinas 1
Nigéria 133 Islândia 9 Nova Caledónia 1 O surto começou pela Europa, que
Áustria 132 Rep. Centro-Africana 8 Bermudas 1 ainda concentra 64% dos casos, mas
RD Congo 107 Estônia 8 Barbados 1
expande-se aceleradamente no
Dinamarca 99 Camarões 6 Bósnia e Herzegovina 1
Irlanda 85 Eslováquia 6 Rússia 1
continente americano, com 33% dos
Suécia 85 Índia 5 Panamá 1 casos (destaque para EUA com 22% e
México 64 Gibraltar 5 Turquia 1 Brasil com 6% dos casos do mundo)
Chile 55 Bulgária 4 República da Coreia 1
Polônia 53 Líbano 4 Geórgia 1
Noruega 53 Andorra 3 Venezuela 1
Austrália 45 Costa Rica 3 Uruguai 1
Hungria 37 Arábia Saudita 3
Acessado em 29 de
Marrocos 1
Gana 35 Equador 3 Sudão 1 julho de 2022
Casos do Estado de São Paulo (Atualização em 28/07/2022)
E/OU
Erupção cutânea aguda sugestiva* de varíola dos macacos, única *Lesões profundas e bem
ou múltipla, em qualquer parte do corpo (incluindo região circunscritas, muitas vezes
com umbilicação central; e
genital/perianal, oral) progressão da lesão através
de estágios sequenciais
E/OU específicos – máculas,
pápulas, vesículas, pústulas
Proctite (por exemplo, dor anorretal, sangramento), e crostas.
Coinfecção é possível
Historicamente, relatos esporádicos de pacientes coinfectados com o vírus Monkeypox e outros agentes
infecciosos (por exemplo, varicela zoster, sífilis) foram encontrados, portanto, pacientes com erupção
cutânea característica devem ser considerados para testes, mesmo que outros testes sejam positivos.
Transmissão da doença:
• Contato próximo/íntimo com lesões de pele de pessoas infectadas, como por
exemplo pelo abraço, beijo, massagens, relações sexuais ou secreções
respiratórias.
• Secreções em objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e
superfícies que foram utilizadas pelo doente.
• A transmissão do vírus via gotículas respiratórias usualmente requer contato
mais próximo entre o paciente infectado e outras pessoas, o que torna
trabalhadores da saúde, membros da família e outros contactantes, as
pessoas com maior risco de serem infectadas
• Outro meio de transmissão é via placentária (varíola congênita).
• Até o momento é baixo o risco para a população em geral. No entanto há um
maior risco para crianças, gestantes, idosos ou imunocomprometidos entre os
contatos próximos de varíola dos macacos
A via sexual é uma das
vias de transmissão,
mas não é a única
A atual distribuição
por orientação sexual
pode ser
circunstancial e pode
mudar
completamente nos
próximos meses.
Mácula (1 a 2 dias), Pápula (1 a 2 dias), Vesícula (1 a 2 dias), Pústula (5 a 7 dias), Crosta (7 a 14 dias)
Algumas imagens das lesões
Algumas
imagens
das lesões
Algumas imagens das lesões
Diagnóstico diferencial clínico com algumas doenças
Doenças com erupção vesicular e papular são as que mais se confundem com a varíola dos
macacos, de devem ser consideradas para diagnóstico diferencial, como: varicela zoster, herpes
zoster, herpes simples, infecções bacterianas da pele, infecção gonocócica disseminada, sífilis
primária ou secundária, cancroide, linfogranuloma venéreo, granuloma inguinal, molusco
contagioso e reação alérgica.
Varíola dos macacos: 3a definição de caso provável
(Informe SVS – Rede CIEVS – 30.07.2022 – plenária 01/08/22)
Caso provável:
Caso que atende à definição de caso suspeito, que apresenta um OU mais dos seguintes
critérios listados abaixo, com investigação laboratorial de Monkeypox não realizada ou
inconclusiva e cujo diagnóstico de varíola dos macacos não pode ser descartado apenas
pela confirmação clínico-laboratorial de outro diagnóstico.
E tenha vivenciado nos 21 dias antes do início dos sintomas ao menos uma das 4 situações
a saber:
CASO CONFIRMADO
Indivíduo que atende à definição de caso suspeito que é confirmado
(Positivo/Detectável) laboratorialmente para o vírus da varíola dos macacos por teste
molecular (RT-PCR e/ou sequenciamento).
CASO DESCARTADO
Indivíduo que atende à definição de caso suspeito com resultado/laudo de exame
laboratorial "Negativo/Não Detectável" para Monkeypox virus (MPXV) por diagnóstico
molecular (PCR em Tempo Real e/ou Sequenciamento).
O que fazer após a suspeita
• Casos suspeitos devem ser isolados, realizar teste laboratorial e notificados
imediatamente.
• O rastreamento de contatos deve ser iniciado assim que houver a suspeita de um caso.
• Os casos suspeitos de varíola dos macacos devem ser notificados de forma imediata, em
até 24 horas, por 2 dos seguintes meios (idealmente “a”+“b”ou “a”+“c”) :
• a. Formulário de notificação: https://cevesp.saude.sp.gov.br/notifica/monkeypox
• b. E-mail: ecd@diadema.sp.gov.br;
Lembrar que além de notificar é
• c. Telefone: 4043-8235 (7:00 as 19:00) necessário:
• d. Ficha de papel (em anexo): Aceita excepcionalmente, caso internet
Investigar o caso (começar no ato da
esteja indisponível no momento de notificar.
Devendo a unidade digitar quando normalizar notificação e continuar durante
monitoramento)
1º Link - Notificação
http://cevesp.saude.sp.gov.br/notifica/monkeypox
Informar resultados de exames, evolução e classificação final dos casos, por exemplo
https://cevesp.saude.sp.gov.br/notifica/monkeypox/buscar
http://cevesp.saude.sp.gov.br
• A investigação da exposição deve abranger o período entre 5 e 21 dias antes do início do sintoma.
Qualquer paciente com suspeita de varíola dos macacos deve ser isolado durante os períodos
infecciosos presumidos e conhecidos, ou seja, durante o período prodrômico e a resolução da
erupção da doença (secagem e queda das crostas), respectivamente.
Fluxo assistencial
Fluxo assistencial para Varíola dos
macacos (varíola símia) - continuação
Fluxo assistencial para Varíola dos
macacos (varíola símia) – continuação
Reavaliação clínica do paciente e Avaliação
dos resultados de exames
Fechamento dos casos: classificação final
Confirmado
Provável
Descartado
Colocar o swab em tubo seco, SEM líquido preservante, uma vez que os poxvírus mantêm-se
estáveis na ausência de qualquer meio preservante.
• A coleta pode ser feita no serviço de saúde ou no domicílio, podendo ser feita na
hora ou agendada para um momento melhor considerando o estágio das lesões.
• O material deve ser enviado em tubo criogênico. Tolera-se tubo Falcon, mas não
recomenda-se por ser menos seguro. Outros tubos serão rejeitados.
• O material coletado deve ser encaminhado junto com
• Copia da notificação
• Requisição de exame usada para sinan, com numero da notificação cevesp informado
Este deve ser feito para chegada em no máximo 48 horas para que o
transporte possa ser feito de forma refrigerada apenas com gelo-pack.
As lesões são em geral múltiplas e se curam entre 2 e 4 semanas; o número de lesões varia de alguns a vários milhares e afetam as
membranas mucosas da boca (70% dos casos), genitália (30%), conjuntiva palpebral (20%) e córnea.
De forma geral, o prognóstico é bom e o cuidado geral e paliativo das lesões é o tratamento para os casos sem complicações.
A taxa de letalidade variou entre as diferentes epidemias, e em estudos realizados em países africanos a taxa foi de 3,6%
Profissionais de saúde em atendimento de casos suspeitos ou confirmados de Varíola símia devem implementar precauções
padrão, de contato e de gotículas, o que inclui uso de proteção ocular, máscara cirúrgica, avental e luvas descartáveis.
Durante a execução de procedimentos que geram aerossóis, os profissionais de saúde devem adotar máscara N95 ou equivalente.
O isolamento e as precauções adicionais baseadas na transmissão devem continuar até resolução da erupção vesicular.
Atualmente há uma vacina desenvolvida para o MPX (MVA-BN) que foi aprovada em 2019, mas ainda não está amplamente
disponível. A Organização Mundial de Saúde está coordenando com o laboratório fabricante o melhor o acesso a esta vacina.
Como a doença é rara, a vacinação universal não é recomendada. A vacina poderá ser recomendada para profilaxia para
profissionais de saúde, pós exposição de contatos íntimos, levando-se em consideração o risco-benefício.
Monitoramento de casos e contatos: abordagem
• Todos os casos notificados à vigilância serão informados imediatamente à UBS da área de abrangência do
endereço do paciente, pois os cuidados com o caso, e eventualmente seus contatos devem começar a partir da
suspeita, podendo seguir ou ser suspenso, a depender da confirmação ou não do caso.
• Um dos objetivos da abordagem inicial a uma pessoa no acompanhamento de casos suspeitos ou confirmados
de varíola dos macacos é estabelecer uma relação de confiança e respeito entre paciente e a equipe
multiprofissional do serviço de saúde, e explicar que precisarão trocar informações nas próximas semanas.
• O uso de uma linguagem acessível é fundamental para a compreensão dos aspectos essenciais da infecção,
da avaliação clínico-laboratorial, da adesão e do tratamento.
• Se a suspeita de varíola ocorreu na própria unidade da área de residência do paciente, tentar estabelecer
vínculo no próprio dia da consulta, dando-lhe ciência da necessidade de monitorar sua evolução, bem como
fazer o levantamento dos possíveis contatos com o mesmo propósito.
• Dar opção ao paciente, conforme sua preferência, do monitoramento ser presencial ou por telefone;
• Se o 1º atendimento não foi na UBS da área de residência estabelecer o primeiro contato, logo que saiba do
caso, por telefone. E combinar periodicidade e forma (telefone ou presencial) para os demais dias.
Monitoramento de casos e contatos: como realizar a abordagem?
➢ Aproveitar o primeiro contato, presencial ou telefone, para complementar a ficha de investigação epidemiológica, tentando
responder todas as perguntas sem respostas, em especial aquelas que determinam o tipo de exposição, e possível forma e
lugar de infecção. A notificação não deve ter campos em branco.
➢ Informar ao paciente que ele será monitorado durante todo o período de investigação e tratamento. E isto significa
acompanha-lo até a queda das crostas, e reepitelização da pele abaixo das feridas.
➢ Garantir ao paciente que ao longo de todo o acompanhamento ele terá preservada sua identidade e privacidade, e que os
contatos serão feitos de preferência em local reservado, longe da presença de outras pessoas durante o atendimento, caso
seja a sua vontade.
➢ Combinar periodicidade. Se estiver tudo relativamente bem, não é necessário que o monitoramento seja diário.
➢ Procurar saber se ele está ciente da suspeita. E se for o caso se está ciente do resultado dos exames. Perguntar se ele tem
alguma dúvida sobre a doença. Passar todas as informações ao paciente de forma clara; Sem exageros nem simplificação
indevida.
➢ Procurar saber se ele trabalha fora, se precisa, e se recebeu atestado para manter o afastamento. Casos suspeitos devem
receber 7 dias inicialmente. Casos confirmados devem receber complementação do afastamento até a reepitelização
dos locais de onde caíram as crostas (mínimo 21 dias). Orientar consulta no serviço que notificou para garantir o atestado
complementar quando necessário.
➢ Elaborar uma lista de possíveis contatos, conversando calmamente passando por todos os ambientes frequentados pelo
mesmo: quem são os contatos em casa? Quem são os contatos no trabalho? Quem são os contatos na rua? Na balada?
Quem são os parceiros sexuais?
Monitoramento de casos e contatos: o que reportar para a vigilância?
➢ Combinar com o paciente sobre quem vai monitorar os contatos. É necessário que o paciente concorde para que
outras pessoas da casa possam ser abordadas.
➢ Não abordar familiares ou outras pessoas da residência do paciente para tratar de prevenção da varíola dos
macacos se não houver anuência do paciente.
➢ Caso ele não concorde com a abordagem de profissionais de saúde a outras pessoas da casa, argumentar e
construir uma estratégia junto com ele para que as pessoas expostas sejam protegidas, e sua saúde monitorada de
alguma forma.
➢ Monitorar o paciente no começo, meio e fim da investigação e informar a VE todos os dados relevantes do
monitoramento no e-mail da ECD: ecd@diadema.sp.gov.br, como:
o Se paciente manteve isolamento total, ou “parcial” e caracterizar quando não for total.
Monitoramento de contatos: parâmetros a monitorar
Acompanhamento de contatos:
Monitoramento de contatos é recomendado a cada 24 horas, para detecção do aparecimento de sinais e sintomas,
por um período de 21 dias a partir do último contato com um paciente no período infeccioso.
Não há necessidade de afastamento de contatos assintomáticos de suas atividades sociais, inclusive trabalho e
escola.
Caso os contatos assintomáticos sejam crianças pré-escolares, sugere-se, se possível, evitar frequentar locais
como creches ou outros ambientes de grupo.
Caso o contato desenvolva erupção cutânea ou outra manifestação que define caso suspeito, isolar e abordar como
um caso suspeito, com coleta de amostra para análise laboratorial (RT-PCR) para detectar possível MPX vírus
PMD preparou folder com
16 medidas para reduzir transmissão dentro de casa este conteúdo para
distribuição digital
O caso confirmado deverá se manter em isolamento até que a erupção cutânea esteja totalmente resolvida,
ou seja, até que todas as crostas tenham caído e uma nova camadade pele intacta tenha se formado.
É importante que o caso seja orientado pelas autoridades de saúde pública estaduais ou locais:
1. Não sair de casa, exceto quando necessário para emergências ou cuidados médicos de
acompanhamento.
2. Contato com amigos, familiares somente em emergências;
3. Não praticar atividade sexual ou envolvimento íntimo mesmo sem penetração.
4. Não compartilhar itens potencialmente contaminados, como roupas de cama, roupas, toalhas, panos de
prato, copos ou talheres;
5. Limpe e desinfete, com Hipoclorito de sódio ou álcool gel, rotineiramente superfícies e itens comumente
tocados, como balcões ou interruptores de luz, usando desinfetante acordo com as instruções do
fabricante;
6. Use máscaras cirúrgicas bem ajustado quando estiver em contato próximo com outras pessoas em casa;
7. Higiene das mãos (ou seja, lavagem das mãos com água e sabão ou uso de desinfetante para as mãos à
base de álcool) deve ser realizada por pessoas infectadas e contatosdomiciliares após tocar no material
da lesão, roupas, lençóis ou superfícies ambientais que possam ter tido contato com o material da lesão.
8. Caso utilize lentes de contato evite nesse período para prevenir possíveis infecções oculares;
9. Evite depilar áreas do corpo cobertas de erupções cutâneas, pois isso pode levar à propagação do vírus.
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CONTINUAÇÃO
Uso do banheiro:
10. Se possível, use um banheiro separado de outra pessoas que moram no mesmo domicílio; se houver
outras pessoas que morem na mesma casa;
11. Se não tiver a possibilidade de um banheiro separado em casa, o paciente deverá limpar e desinfetar
superfícies como balcões, assentos sanitários, torneiras, usando umdesinfetante depois de usar um
espaço compartilhado. Isso inclui: atividades como tomar banho, usar o banheiro ou trocar bandagens
que cobrem a erupção cutânea. Considere ouso de luvas descartáveis durante a limpeza se houver
erupção nas mãos.Limitar a contaminação dentro de casa:
12. Tente evitar a contaminação de móveis estofados e outros materiais porosos que não podem ser lavados
colocando lençóis, capas de colchão impermeáveis, cobertores ou lonas sobre essas superfícies.
13. A roupa suja não deve ser sacudida para evitar a dispersão de partículas infecciosas.
14. Cuidado ao manusear a roupa suja para evitar o contato direto com o material contaminado.
15. Roupas de cama, toalhas e vestimentas devem ser lavadas separadamente. Podem ser lavadas em uma
máquina de lavar, se possível com água morna e com detergente; não é obrigatório o uso de hipoclorito
de sódio.
16. Pratos e outros talheres não devem ser compartilhados. Não é necessário que a pessoa infectada use
utensílios separados se devidamente lavados. A louça suja e os talheresdevem ser lavados com água
morna e sabão na máquina de lavar louça ou à mão.
Plano de contingência para serviços de saúde
• A nota da ANVISA diz que todo serviço (da atenção primária, a hospitalar, passando por
ambulatórios e laboratórios, etc) deve construir um plano de contingência. O plano de contingência
deve abordar medidas voltadas para a aplicação de:
• Precauções para gotículas (as gotículas têm tamanho maior que 5 µm e podem atingir a via
respiratória alta, ou seja, mucosa das fossas nasais e mucosa da cavidade bucal), e