Você está na página 1de 2

1.

Segurança e Medicina do Trabalho


Desde eras anteriores a evolução dos primeiros maquinários modernos, datado do período da
primeira revolução industrial, já havia um risco intrínseco a produção fabril. Mesmo antes das
alegorias de Chaplin, a máquina já engolia o homem, tanto literal quanto figurativamente. Nas
linhas de produção do Brasil Colônia, diversos homens e mulheres escravizados perdiam
literais partes de si no processamento da cana em açúcar refinado. Mesmo quando os riscos
não tão brutais e evidentes num primeiro momento, diversas pessoas ainda sofriam, como no
caso dos próprios chapeleiros ingleses, que, durante a fabricação de seu ganha pão, tinham de
mexer com produtos extremamente tóxicos, tais como mercúrio. Reza a lenda, foi este um dos
fatores que inspirou a criação do personagem de chapeleiro maluco no livro infantil “Alice no
país das maravilhas”. Seja como for, existem diversos exemplos na história e na literatura que
demonstram os males do descaso com a saúde dos trabalhadores.

Com grande pressão e cuidado, o legislador moderno garante que, ao menos no país (apesar
de ainda ser debatível sua real aplicação em todo o território), sejam respeitadas as condições
de sobrevivência mínima a serem adotadas em meio ao ambiente de trabalho. Todo esse
cuidado vem de uma série histórica de reivindicações por melhores condições sanitárias e tem
suas raízes fortes nas primeiras lutas e choque contra os males do sistema capitalista,
possuindo respaldo em meio as determinações da CLT e com fundação até mesmo
constitucional. Existem em meio ao capítulo estudado diversas determinações que
demonstram esse fundo de preocupação histórica, regulando desde o micro (tal como o peso
que poderá carregar um trabalhador como forma de evitar a fadiga) até o macro
(determinações quanto ao que pode ser considerado como trabalho insalubre).

Tudo isso fora feito para garantir o maior nível de proteção ao trabalhador, tanto física quanto
psiquicamente, visando garantir a ele um ambiente de trabalho seguro e saudável, longe de
potenciais riscos a sua saúde. Ele o faz por meio de órgãos reguladores, tais como a Comissão
Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e o Serviço Especializado em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), que verificam as determinações a serem
seguidas pelos órgãos superiores, visando assim uma maior preservação ao meio ambiente.

É necessário citar que, apesar da grande legislação já existente sobre o tema, muitos abusos
ainda são cometidos, por vezes não noticiado, causando danos irreparáveis para as vítimas.
Com tal fim, é necessário constante vigilância para aplicação das normas e uma maior
empatia por parte de alguns que promovem tais vis praticas, degradantes a própria vida
humana, em busca de um mero lucro.

Você também pode gostar