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olá!

eu sou a CARTILHA ILUSTRADA DO PLANO DIRETOR DE TERESINA


Maria Teresa! elaborada a partir da Minuta do PDOT de setembro/2019
sou moradora de Teresina e
fiquei sabendo que a minha 2019
cidade vai ter um novo
plano diretor. Apoio técnico
WRI Brasil
queria entender
melhor o que é Projeto gráfico
este plano... versa urbanismo, paisagismo e arquitetura

Prefeito Vice-prefeito
Firmino da Silveira Soares Luiz de Sousa Santos
Filho Júnior

Secretário Municipal de Secretária Executiva de


Planejamento e Coordenação Planejamento Urbano
José João de Magalhães Jhamille Wellenn Almeida
Braga Júnior Vasconcelos Cardoso

O que é o plano diretor?

O plano diretor é uma lei municipal que trata de todo território


do município, definindo como ele deve funcionar, crescer e se
desenvolver. O plano deve ser elaborado com participação de
toda a população e precisa ser obrigatoriamente revisto ou
refeito a cada 10 anos, pois as cidades mudam e as leis que as
regulam também devem se atualizar.

E como é o plano diretor em Teresina?

Em Teresina, a lei do plano diretor está passando por uma revisão


obrigatória em 2019, passando a chamá-lo de Plano Diretor de
Ordenamento Territorial – PDOT.
Essa lei serve como instrumento para definirmos o tipo de cidade
que queremos viver daqui para a frente, garantindo os direitos
de todos cidadãos. Por ser uma lei que se aplica a todo território
municipal, ela vale tanto para as áreas urbanas quanto para as
áreas rurais, definindo quais regiões da cidade podem ser usadas
para moradia, para comércio, para instalação de indústrias, para
produção agrícola, etc; indica também para onde a cidade pode
crescer, aproveitando as redes de esgoto, luz, água, transporte
público coletivo já existentes, entre outras coisas.
O Plano Diretor de Ordenamento Territorial busca alcançar um
conjunto de objetivos:

OBJETIVOS DO PLANO garantir a função social da cidade e da propriedade


DIRETOR DE TERESINA garantir o bem-estar e a qualidade de vida dos habitantes de
Teresina
proporcionar uma cidade que cresça de modo sustentável.
não entendi!
o que significa função
social e crescimento
Função social da propriedade
sustentável? Todo cidadão brasileiro tem direito à propriedade, mas ela deve
atender ao que chamamos de “função social”. Isto é, o terreno ou
edificação deve servir aos interesses da cidade como um todo, e
não apenas do seu proprietário.
Uma propriedade cumpre com a sua função social quando possui
um uso compatível com o que prevê o Plano Diretor da sua cidade,
ou seja, que sirva para moradia, comércio, serviço, indústria,
produção de alimentos, etc. Um imóvel não está cumprindo com
sua função social quando está abandonado, não utilizado ou
subutilizado (por exemplo, quando alguém tem um terreno em
uma área com infraestrutura e não o utiliza esperando valorizar
para vender - o que chamamos de especulação imobiliária).

PROPRIEDADE SEM FUNÇÃO SOCIAL PROPRIEDADE CUMPRE FUNÇÃO SOCIAL


interesses particulares interesses coletivos compartilhados

Crescimento sustentável
Para crescer de forma sustentável, a cidade deve ser capaz
de se desenvolver economicamente, proporcionando melhor hm, entendi! quer dizer
que precisamos pensar não
qualidade de vida para todos, sem esgotar os recursos da
apenas em nós, mas no interesse
natureza que são necessários para a vida humana (como água, de todos moradores da cidade
ar puro, vegetação, etc.). Utilizando esses recursos de maneira atual e de toda população
eficiente, é possível que eles se renovem para que as gerações futura!
futuras também possam usufruir deles.

Como o Plano Diretor garante isso?


Para que estes objetivos sejam alcançados, o plano diretor possui
dois grandes grupos de ideias: as estratégias e as normativas.

estratégias as ações para atingir os objetivos


O
PLAN R
O
DIRET normativas as regras que vão moldar a cidade

As estratégias são maneiras de chegar aos objetivos definidos. Por exemplo, para que o objetivo de
garantir o bem-estar dos moradores da cidade seja alcançado, existe a estratégia de proporcionar
Qualidade do Ambiente, que por sua vez lista uma série de atitudes (chamadas diretrizes) que vão
ajudar a concretizar este desejo por qualidade de vida: preservar os rios, plantar árvores nas cal-
çadas, prever parques e praças para momentos de lazer, etc.
As normativas são regras que vão moldar e definir a forma física da cidade, também buscando
atender aos objetivos definidos anteriormente. Ou seja, por meio destas regras é que vamos ter
como resultado a quantidade e altura dos prédios permitidos em cada área, o uso permitido em
cada região da cidade, os locais da cidade onde serão previstas habitações populares, quais são
as principais avenidas e quais ruas devem permanecer tranquilas, etc. As normativas definem as
zonas da cidade, cada uma com suas regras específicas.
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Gestão, acompanhamento e controle do planejamento urbano
Desenvolvimento sustentável Gestão, acompanhamento
-planejamento e controle
urbano democrático do planejamento urbano
e participativo
Desenvolvimento
-desenvolvimento sustentável
econômico inclusivo Gestão, acompanhamento e contínuo
controle do planejamento urbano
ESTRATÉGIAS Desenvolvimento sustentável -planejamento
-planejamento urbanourbano
como democrático
processo e participativo
e transparente
-desenvolvimento econômico inclusivo -planejamento urbano democrático e participativo
-planejamento urbano como processo contínuo e transparente
-desenvolvimento econômico inclusivo -planejamento urbano como processo contínuo e transparente
As estratégias do plano diretor, como explicamos antes, são os métodos que a cidade vai adotar
para alcançar os objetivos. No plano diretor de Teresina, temos dois tipos de estratégias:

Estratégias de Desenvolvimento Sustentável e Gestão temos


que ficar de
São as estratégias que propõem como a cidade deve ser cuidada pelo seu governo olho!
e pelos seus cidadãos. As estratégias de desenvolvimento sustentável e gestão são:

2029
2029
2029

* DESENVOLVIMENTO planejamento
desenvolvimento econômico inclusivo
desenvolvimento econômico inclusivo
ECONÔMICO
desenvolvimento INCLUSIVO
econômico

Estratégias Territoriais
* PLANEJAMENTO
urbano democrático
planejamento
inclusivo DEMOCRÁTICO
planejamento
URBANO
e
urbano democrático e
participativo
E PARTICIPATIVO
urbano
participativo democrático e
participativo
* PROCESSO
-planejamento CONTÍNUO
urbano
-planejamento
contínuo e transparente
TRANSPARENTE
-planejamento
E
como processo
urbano como processo
contínuo e transparente processo
urbano como
contínuo e transparente

RECONFIGURAÇÃO E
Buscam definir qual a forma física que a cidade deve ter. Assim como pessoas diferentes têm
APROPRIAÇÃO
formas físicas diferentes, as cidades também têm. Por meio do Plano Diretor, DOS se
podemos escolher
ESPAÇOS
queremos cidades mais espalhadas, mais compactas, mais altas, mais baixas, etc. PÚBLICOS
O plano diretor
busca pensar no modelo com melhor “custo-benefício”, tentando conciliar os desejos de todos os

1 2 3
cidadãos. As estratégias territoriais são:

CIDADE COMPACTA,
MOBILIDADE URBANA APROPRIAÇÃO DOS
COORDENADA E
INTERMODAL ESPAÇOS PÚBLICOS
CONECTADA

esfera pública
densidade mobilidade a pé como local
adequada controle da e por bicicleta democrático espaços públicos
dispersão atrativos e acessíveis
urbana a todos
priorização do
transporte
mistura coletivo interação
de usos social

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* Desenvolvimento Orientado ao Transporte Sustentável
O modelo DOTS é uma estratégia que busca integrar o transporte público às demais regras e usos
da cidade. Este modelo é aplicado em várias cidades do mundo, e o Plano Diretor de Teresina
também está usando. A ideia é deixar a cidade mais compacta, conectada e coordenada: integrando
diferentes tipos de transporte e também diminuindo a necessidade de deslocamentos.
Para isto, o Plano Diretor vai indicar quais são as principais avenidas da cidade,
para que nelas se instalem os corredores exclusivos para ônibus. Em uma
distância de até 300m para cada lado dessas grandes avenidas, deverão ser então em uma
implementadas algumas características: cidade compacta eu
posso fazer tudo a pé, de
300m ônibus, pertinho...

300m

grandes comércio ou
serviços, como supermercado,
escolas, hospitais, etc
ATIVIDADES ÂNCORA
residências próximas ao
transporte

andar térreo aberto com


acesso público
PERMEABILIDADE VISUAL

USO HABITACIONAL

FRUIÇÃO PÚBLICA
frente do edifício com
comércio ou serviço, criando
integração com a rua

fechamento do terreno em
vidro, grade ou material que
permita a visão

edifícios que tenham residências,


comércio, serviços
FACHADA ATIVA

EMPREENDIMENTO MISTO
QUALIDADE SUSTENTABILIDADE
DO AMBIENTE DO TERRITÓRIO RURAL

4 5 6
diversidade valorização dos rios integração e mobilidade
direito à arte
PATRIMÔNIO combate às enchentes
PRESERVAÇÃO DO ÁREAagricultura
RURAL orgânica
direito às tradições
CULTURAL arborização nas ruas
AMBIENTE NATURAL turismo rural
SUSTENTÁVEL
preservação do patrimonio
preservação do
patrimônio direito às valorização
tradições dos rios
combate às turismo
enchentes rural
direito
à arte
diversidade arborização agricultura
nas ruas orgânica

integração
MODELO DE ORDENAMENTO TERRITORIAL
Como em cada município existem áreas com características diferentes, o Plano Diretor criou um
Modelo de Ordenamento Territorial que divide Teresina em áreas que apresentam semelhanças
entre si, para que compartilhem princípios e visões estratégicas de desenvolvimento.
O modelo de ordenamento territorial tem como objetivo promover:

FUNÇÃO SOCIAL REDUÇÃO DE EMISSÕES


CIDADE RESILIÊNCIA
DA PROPRIEDADE DE GASES DO EFEITO
SUSTENTÁVEL AMBIENTAL
E DA CIDADE ESTUFA

Para começar a colocar os objetivos em prática, o Plano Diretor subdividiu o território municipal
em área urbana, onde mora mais gente, tem mais infraestrutura, comércio e serviços, e em área
rural, onde as pessoas costumam morar mais longe umas das outras, acontece produção rural
e se localizam as as áreas de preservação, ou seja, grandes áreas verdes. No futuro, a Prefeitura
Municipal de Teresina vai fazer um plano só pra área rural, levando em consideração o que está
escrito no Plano Diretor para desenvolver um Modelo Territorial Rural (MTR). Por enquanto, já
está bem detalhado o que vai acontecer no Modelo Territorial Urbano (MTU).

MACROZONEAMENTO
MACROZONA MACROZONA
DE OCUPAÇÃO DE OCUPAÇÃO
MODERADA CONDICIONADA
área residencial já que essa parte da
que ainda tem cidade ainda não foi
alguns problemas desenvolvida, a ideia
que devem ser é manter pouca gente
solucionados morando lá, para que
com ações (como ela sirva como uma
complementação da área de crescimento
infraestrutura) no futuro, só depois
da Macrozona de
AL Ocupação Moderada
MACROZONA TR
ÁREA CEN

DE INTERESSE MACROZONA DE
AMBIENTAL DESENVOLVIMENTO
área em que área da cidade mais
podem acontecer ocupada e consolidada,
alagamentos com transporte
e inundações, público, saneamento,
tem prioridade etc., onde a prioridade
para receber é qualificar o espaço
investimentos em público e densificar
infraestrutura de
drenagem, sendo na macrozona de
desincentivada a sua desenvolvimento
ocupação e aumento será aplicado o
da população modelo DOTS!
6
O Macrozoneamento Territorial Urbano leva em consideração a complexidade das características
da área urbana. Por isso, ele divide o território do município em quatro macrozonas, onde são
aplicadas as estratégias do Plano Diretor. Essas macrozonas foram subdivididas em partes ainda
menores chamadas zonas. Nas zonas são definidas as normativas, que levam em consideração a
macrozona da qual fazem parte e o contexto existente, ou seja, o que já existe por lá.

são aplicadas no
estratégias macrozoneamento
O
PLAN R
TO
DIRE normativas são aplicadas no
zoneamento município macrozonas zonas

Algumas dessas zonas são chamadas de Zonas Especiais porque são partes do território que têm
algumas características particulares, como qualidades culturais e/ou ambientais, existência ou
previsão de áreas para a moradia das famílias de baixa renda e até mesmo um papel específico na
estrutura urbana. O Plano Diretor definiu cinco Zonas Especiais:

ZONEAMENTO
ZONAS ESPECIAIS ZONAS ESPECIAIS DE USO
DE INTERESSE SUSTENTÁVEL (ZEUS)
CULTURAL (ZEIC) E ÁREAS DE PRESERVAÇÃO
espaços em que a PERMANENTE (APP)
paisagem cultural áreas com características
se destaca como ambientais muito
patrimônio, devendo relevantes que só poderão
ser valorizada e ser usadas caso a lei
preservada permita e desde que sejam
conservadas e preservadas

ZONAS ESPECIAIS DE ZONAS ESPECIAIS


INTERESSE SOCIAL (ZEIS) DE INTERESSE
áreas que podem
N TRAL INSTITUCIONAL (ZEII)
ser usadas como CE áreas que têm
instrumentos para
ÁREA

edificações que se
produção de Habitação
destacam por serem
de Interesse Social
públicas ou por serem
Sustentável ou
referência para a
Regularização Fundiária
população, como
Urbana de Interesse
centros de educação
Social
e administração
municipal

ZONAS ESPECIAIS PARA


PLANO ESPECÍFICO DE ah, então é assim
URBANIZAÇÃO (PEU) que se divide o
áreas designadas território pra aplicar
para acolher Planos as estratégias!
Específicos de
Urbanização (PEU), e como é que
a gente vê isso
como a atual área do
na prática?
aeroporto e as as áreas
beneficiadas pelos
projetos estruturantes
7
ESTRUTURAÇÃO DO TERRITÓRIO
Na prática, para implementar o modelo de desenvolvimento do território de Teresina, o Plano
Diretor também cria normas para os elementos que estruturam o município: traçado viário,
alinhamento predial e parcelamento do solo.

TRAÇADO VIÁRIO PARCELAMENTO DO SOLO ALINHAMENTO PREDIAL


desenho das vias, com hierar- divisão de uma área em partes limite entre a calçada e os
quia levando em consideração menores (lotes ou terrenos) terrenos
sua função, capacidade de
tráfego e contexto urbano O Plano Diretor define que o nossa,
parcelamento para uso urba- não sabia que até
Em Teresina, as ruas são classi- no só pode ser feito em Área o tamanho de uma
ficas como vias de trânsito rápi- Urbana ou Área de Urbaniza- rua tem a ver com os
do, vias arteriais, vias coletoras ção Específica. Já na área rural, objetivos da cidade
e vias locais. Essas vias podem toda...
o parcelamento deve seguir o
ter diferentes configurações módulo rural ou a parcela mí-
em função do contexto urba- nima, seguindo a lei federal vi-
no (vizinhança) do seu entorno. gente.
Essa classificação é o que indica
qual tipo de infraestrutura de Essas normas são aplicadas de forma diferente em cada
transporte vai existir naquela região da cidade, gerando lugares com características
rua, como corredor de ônibus, diversas entre si, como ruas de bairros, ruas principais
ciclovia, calçadas largas, etc. e grandes avenidas. Os exemplos abaixo mostram estas
Isso vai ser melhor explicado no variações e como o mesmo tipo de rua também muda de
Plano de Mobilidade, que ainda acordo com o que já existe ao seu redor:
vai ser revisado.

VIA LOCAL rua de bairro VIA COLETORA rua principal de bairro

viu? ruas com a mesma


categoria de hierarquia podem
ser diferentes, dependendo da
vizinhança

VIA ARTERIAL via de centralidade via de conexão de centralidade


e se eu

USO E OCUPAÇÃO DO TERRITÓRIO


tiver um terreno, como
posso contruir nele?
alguém explica?
O uso e a ocupação do solo definem o tipo de atividade que um lote pode
ter e a forma como ele pode ser edificado, contribuindo com a forma
física (mais densa, mais baixa, mais alta) e a animação de seu quarteirão,
bairro e cidade. Esse regramento é muito importante para potencializar
ou alterar as características de uma determinada área conforme o que
foi definido para a macrozona{ } em que ela está inserida, levando em
%
consideração as condições# locais= e evitando conflito com o entorno.
{} Σ 1,5 m²

1,5
%
Para orientar a= ocupação do solo
# x proporcionando conforto ambiental
1,5 m²
e aprimorando
Σ
xx x a qualidade do desenho urbano da 1,5
cidade, foram
1,5
1,5 1,5
estipulados instrumentos reguladores, que se aplicam às zonas da
xx 1,5 deve verificar
cidade. Antes de construir, você 1,5 em1,5
qual zona seu terreno
está localizado e quais parâmetros e instrumentos se aplicam a ele.
{} 12,5%
#
%
1,5 = m² 12,5% 25%
Índice de Aproveitamento (IA)
Σ

1,5
x 50%
valor multiplicado pela área total do 25%
xx 50% 1,5 1,5 1,5
lote para definir a área que pode ser
construída. o IA básico de Teresina é
igual a 1,5
12,5%

Taxa de Ocupação (TO) 25%


proporção de terreno que pode 50%
ser ocupada com a edificação

Altura máxima
O surgimento de cidades provoca
medida vertical máxima
mudanças no solo, que fica com dificuldade
permitida entre o ponto mais alto de absorver a água da chuva por causa
do terreno e o topo da edificação da diminuição das áreas verdes e da
impermeabilização causada pela construção
das ruas, dos telhados, dos pisos, etc.
Recuos Por isso, quando acontecem chuvas mais
distância que deve ser mantida fortes e a cidade não está preparada, pode
sem construções entre o limite haver alagamentos nas ruas e a água pode
do lote e o começo da edificação até entrar nas casas.

Exigência de estacionamento
alguns tipos de edificação
precisam ter vagas de área construída
estacionamento IMPERMEABILIZAÇÃO E
ESCOAMENTO SUPERFICIAL

Taxa de permeabilidade
proporção do terreno que deve
permitir a absorção da água no
solo, de preferência com vegetação

MANEJO SUSTENTÁVEL DAS


ÁGUAS PLUVIAIS
As novas construções urbanas deverão ser
pensadas para auxiliar na absorção de água área verde
da chuva, diminuindo os alagamentos ABSORÇÃO E
INFILTRAÇÃO
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INSTRUMENTOS DA POLÍTICA URBANA
Os instrumentos urbanísticos são ferramentas que podem
ser utilizadas em áreas específicas da cidade para executar os
princípios e objetivos do Plano Diretor, com finalidade de:
ah, então quer dizer
Garantir o cumprimento da função social da propriedade; que essas são nossas
ferramentas!
Promover a parceria entre os agentes público e privado;
Viabilizar o interesse social no território;
Assegurar a preservação do patrimônio ambiental e cultural
no território.

Os instrumentos do Plano Diretor são:

OUTORGA ONEROSA DO DIREITO DE


CONSTRUIR E DE ALTERAÇÃO DE USO
Esse instrumento é uma permissão via pagamento para
quando se quer alterar o tipo de atividade permitida para uma
determinada área ou quando se quer construir acima do Índice eita!
de Aproveitamento (IA) básico de 1,5, que vale para toda a área como assim pagar
“outorga”? vou receber um
urbana.
boleto na minha casa?!
Isso quer dizer que todos os proprietários podem construir é um imposto?
edificações com área equivalente a 1,5 vezes a área do terreno, já
que eles têm o direito de propriedade.
Se alguém quiser construir a mais do que isso, é necessário pagar
pela área adicional, ou seja, pagar pelo direito de construir - que
pertence à coletividade.
Esse dinheiro vai para um fundo municipal, que pode ser usado
para financiar melhorias urbanas como habitação de interesse
social, transporte público e áreas verdes.

$
$ $
Não, Maria
$ Teresa,não se
preocupe!
$

A outorga NÃO É UM
$ IMPOSTO, mas uma contrapartida
$
IA ADQUIRIDO FUNDO INVESTIMENTOS só para quem quer construir acima do
IA BÁSICO = 1,5 MUNICIPAL EM EQUIPAMENTOS PÚBLICOS, permitido pelo IA básico.
TRANSPORTE, HABITAÇÃO
Ela só é cobrada quando se aprova
um projeto novo.

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USO TRANSFERÊNCIA
OU
DO DIREITO DE CONSTRUIR
O Executivo Municipal poderá autorizar o proprietário de imóvel
urbano, privado ou público, a exercer em outro local ou transferir
a outra pessoa o direito de construir previsto no plano diretor.
Isso pode acontecer quando o imóvel for de interesse público,

} I.A. como no caso de preservação de imóveis históricos, urbanização


$ MÍNIMO de áreas ocupadas por população de baixa renda e habitação de
interesse social.
NÃO EDIFICADO

A. PARCELAMENTO, EDIFICAÇÃO OU UTILIZAÇÃO


NÃO EDIFICADO
MÍNIMO COMPULSÓRIOS, IPTU PROGRESSIVO E DESAPROPRIAÇÃO
PARCELAR
NÃO EDIFICADO Os imóveis não edificados,
E / OU subutilizados e não utilizados são
sujeitos ao EDIFICAR
parcelamento, edificação e utilização compulsórios
SUBUTILIZADO
(obrigatórios) com o objetivo de evitar a especulação imobiliária
e incentivar o cumprimento da sua função social.
PARCELAR Os proprietários de imóveis nessas condições têm prazos fixos
E / OU
PARCELAR
para cumprir a lei. Caso não façam isso, o imposto sobre a
EDIFICAR
E / OU
SUBUTILIZADO
SUBUTILIZADO
EDIFICAR propriedade predial e territorial urbana (IPTU) será cobrado de
modo progressivo no tempo, ou seja, ficará cada vez mais caro.
NÃO UTILIZADO

Se ao final de cinco anos


UTILIZAR de cobrança do IPTU progressivo o
/ HABITAR
proprietário ainda não tiver tomado as atitudes necessárias, o
imóvel poderá ser desapropriado, ou seja, perderá o imóvel e
será pago com títulos da dívida pública.
NÃO UTILIZADO

NÃO UTILIZADO UTILIZAR / HABITAR


NÃO EDIFICADO / SUBUTILIZADO NÃO UTILIZADO
IPTU
UTILIZAR / HABITAR
+
$
1 2 1 $ $
$ $ !
ANO ANOS ANO
X DESAPROPRIAÇÃO
1 2 3 4 5
APRESENTAR INICIAR UTILIZAR
PROJETO OBRAS HABITAR TEMPO
NÃO EDIFICADO / SUBUTILIZADO NÃO UTILIZADO
IPTU

+
$
1 $ $
$ $ !
RE A 2PO
FE ANOS SSE
1 CONSÓRCIO IMOBILIÁRIO
NS
ANO ANO
X DESAPROPRIAÇÃO
A
NÃO EDIFICADO / SUBUTILIZADO
APRESENTAR INICIAR NÃO
1 2 3 4 5
UTILIZADO O município poderá oferecer ao proprietário de imóvel sem uso ou
UTILIZAR
IPTU
TR

PROJETO OBRAS HABITAR TEMPO


que está passando por regularização fundiária a possibilidade de

+
$ $
1 2
PREFEITURA
1 $ $ !
$ imobiliário como forma de viabilizar financeiramente
consórcio
ANO ANOS
$ ANO a obra ou o parcelamento. Nesses casos, o proprietário transfere
X DESAPROPRIAÇÃO
1 2 ao
o seu imóvel 3 município
4 5 e recebe em troca, por exemplo, um
APRESENTAR INICIAR UTILIZAR
PROJETO OBRAS HABITAR apartamento (para casos de edificação) ou um lote (para casos
TEMPO
de parcelamento).
OU
por mais
que pareça complicado, o
“parcelamento, edificação ou utilização,
IPTU progressivo e desapropriação” e o
“consórcio imobiliário” nada mais são do que duas
maneiras diferentes de evitar que um terreno
ou prédio permaneça vazio (não exercendo
seu papel social, lembra?)

11
DE DA PREFEIT
RIDA UR
IO
$ USO

A
PR
O
DE
DIREITO DE PREEMPÇÃO

CE
DE DA PREFEIT
RIDA UR se o
IO
O Poder Público municipal municípioSOquiser
$

A
PR
OU
tem preferência na compra construir
DE por exemplo
uma praça ou uma creche em

CE
de um imóvel urbano privado
que esteja à venda quando uma área que não tem nenhum
espaço livre, ele pode usar o
necessitar de áreas para
direito de preempção pra ter
cumprir objetivos como preferência de compra
U S O quando
regularização fundiária e um proprietário de lá quiser
proteção de áreas ambientais. vender o seu terreno

DE DA PREFEIT USO
RIDA UR
IO
$ SUPERFÍCIE
DIREITO DE USO E A POSS
SFER
A
PR

O N E
DE A
O proprietário pode passar a
CE

TR
outros o direito de utilizar PREFEITURA
seu terreno, incluindo solo,
subsolo ou espaço aéreo. $

}
Essa concessão pode ser
I.A.
por tempo determinado $ MÍNIMO
ou indeterminado, gratuita
ou onerosa, ou seja, com
NÃO EDIFICADO

}
pagamento. OU
U S O I.A.
$ MÍNIMO

PLANO ESPECÍFICO DE NÃO EDIFICADO


PARCELAR
URBANIZAÇÃO
OU
SO (PEU)
SFER
E A POSS E / OU
E
DE AN SUBUTILIZADO
EDIFICAR
Esse instrumento tem o
CE

TR

objetivo de valorizar as PREFEITURA


características locais de $ PARCELAR
E / OU
áreas estratégicas da Área EDIFICAR
Urbana, com possibilidade SUBUTILIZADO

de definir novas regras de NÃO UTILIZADO

}
uso e ocupação do solo para
OU
$ U SI.A.
áreas específicas e estabelecer
O UTILIZAR / HABITAR
MÍNIMO
parcerias público-privadas. tanto a PEU
quando a OUC
NÃO UTILIZADO
NÃO EDIFICADO entendem que existem
OPERAÇÃO URBANA áreas especiais da cidade UTILIZAR / HABITAR
CONSORCIADA (OUC) onde as “regras do jogo”
NÃO podem
EDIFICADO mudar, para NÃO UTILIZADO
/ SUBUTILIZADO
IP
É um conjunto de interven- implementar melhorias ou
ções e medidas coordenadas
pelo Poder Público municipal, PARCELAR
E / OU
fazer
ANO +
1 projetos2que não
estavamANOS
1
ANO
com a participação dos pro- APRESENTAR previstos
EDIFICAR INICIAR UTILIZAR
prietários, moradores, usuá- SUBUTILIZADO PROJETO
NÃO OBRAS
EDIFICADO / SUBUTILIZADO HABITAR
NÃO UTILIZADO
rios permanentes e investido-

NIMO
res privados, com o objetivo
de alcançar transformações
1
ANO + 2
ANOS
1
ANO
urbanísticas estruturais, me-
APRESENTAR INICIAR UTILIZAR
lhorias sociais e a valorização
NÃO EDIFICADO PROJETO OBRAS HABITAR
ambiental em uma área.
NÃO UTILIZADO
12
UTILIZAR / HABITAR
SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO E CONTROLE
De nada serve elaborar um Plano Diretor que fique apenas no papel: é preciso que ele seja
colocado em prática de maneira fiel e eficaz, seguindo os princípios e objetivos estabelecidos.
Para isso, é importante que sejam criados dispositivos de monitoramento e participação popular
que constantemente acompanhem os resultados, promovendo debates participativos, articulando
os temas de desenvolvimento do território e exigindo transparência e agilidade nos processos de
licenciamento. Todos os cidadãos precisam participar!
O Sistema de Acompanhamento e Controle é composto por três estruturas e um cadastro:

OD
OD
ODSSS

CONSELHO DA CIDADE COMISSÃO TÉCNICA OBSERVATÓRIO


ODS
e suas câmaras técnicas: multidisciplinar: da Agenda 2030 de Teresina:
coordenador da instância órgão executivo que instrumento de gestão cidadã
participativa, decide sobre dá diretrizes e analisa que visa dar transparência aos
projetos importantes e norteia projetos estruturais atos públicos
o cumprimento do plano

CADASTRO MUNICIPAL
multifinalitário:
Principal ferramenta de
monitoramento, inventário essa cartilha me ajudou a
territorial do município. entender melhor o que é e pra
que serve o Plano Diretor

DISPOSIÇÕES
agora temos todos que e também
buscar participar das acompanhar e cobrar
audiências, do conselho que o plano seja
FINAIS da cidade e ver a lei
completa!
cumprido!

A partir da aprovação da lei, a


prefeitura tem o prazo de 180
dias para constituir a câmara
técnica do Conselho da Cidade
e fazer o Plano Diretor entrar
em vigor, entre outras ações.
Depois de 10 anos, a lei do
Plano Diretor deve ser revista
novamente.

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