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DA CRIAÇÃO DO C.A.A
O autor foi fundador da associação em 1983, juntamente
com mais dois médicos, cujo nome à época era AA – Anestesistas
Associados.
No dia...., ocorreu a “saída” de sete (07) médicos
associados, por motivo de discussão com Dr. Prócion. Nessa ocasião,
o autor foi convidado para sair para compor o novo grupo, porém,
preferiu permanecer no AA. (Guerra – saíram e fundaram outro grupo
S.A.U. Serviço de Anestesiologistas Unidos - briga com o Dr.
Prócion).
Ressalte-se que na oportunidade, todos os médicos que
saíram foram indenizados, recebendo inclusive, a sua parte no
patrimônio da associação.
Nesta ocasião, restaram apenas dois médicos associados, o
autor (José Mariano de Melo C. De Macedo) e o Dr. Prócion Barreto da
Rocha.
DA SOCIEDADE LTDA.
O C.A.A. é uma sociedade LTDA, que presta serviços de
anestesiologia.
Tal sociedade está registrada na Junta Comercial do
Estado do Pará, cujo CNPJ é 074032750001-15.
Trata-se de uma sociedade intuitu personae, pois, os
atributos individuais de cada sócio são mais relevantes para a
formação da sociedade do que as contribuições materiais.
O C.A.A é uma pessoa jurídica de direito privado,
cabendo-lhe aplicar, juridicamente, as disposições constantes dos
arts. ....... do CC.
Art. 1.053. A sociedade limitada rege-se, nas omissões deste Capítulo, pelas
normas da sociedade simples.
Art. 1.055. O capital social divide-se em quotas, iguais ou desiguais, cabendo uma ou
diversas a cada sócio.
§ 1o Pela exata estimação de bens conferidos ao capital social respondem
solidariamente todos os sócios, até o prazo de cinco anos da data do registro da
sociedade.
Art. 1.057. Na omissão do contrato, o sócio pode ceder sua quota, total ou parcialmente,
a quem seja sócio, independentemente de audiência dos outros, ou a estranho, se não
houver oposição de titulares de mais de um quarto do capital social.
Parágrafo único. A cessão terá eficácia quanto à sociedade e terceiros, inclusive para os
fins do parágrafo único do art. 1.003, a partir da averbação do respectivo instrumento,
subscrito pelos sócios anuentes.
Art. 1.058. Não integralizada a quota de sócio remisso, os outros sócios podem, sem
prejuízo do disposto no art. 1.004 e seu parágrafo único, tomá-la para si ou transferi-la a
terceiros, excluindo o primitivo titular e devolvendo-lhe o que houver pago, deduzidos os
juros da mora, as prestações estabelecidas no contrato mais as despesas.
Art. 1.059. Os sócios serão obrigados à reposição dos lucros e das quantias retiradas, a
qualquer título, ainda que autorizados pelo contrato, quando tais lucros ou quantia se
distribuírem com prejuízo do capital.
DA ADMINISTRAÇÃO DA SOCIEDADE.
Art. 1.060. A sociedade limitada é administrada por uma ou mais pessoas designadas no
contrato social ou em ato separado.
§ 1o Se o termo não for assinado nos trinta dias seguintes à designação, esta se tornará
sem efeito.
Art. 1.064. O uso da firma ou denominação social é privativo dos administradores que
tenham os necessários poderes.
DO CONSELHO FISCAL
Do Conselho Fiscal
Art. 1.066. Sem prejuízo dos poderes da assembléia dos sócios, pode o contrato instituir conselho fiscal
composto de três ou mais membros e respectivos suplentes, sócios ou não, residentes no País, eleitos na
assembléia anual prevista no art. 1.078.
§ 1o Não podem fazer parte do conselho fiscal, além dos inelegíveis enumerados no § 1 o do art. 1.011, os
membros dos demais órgãos da sociedade ou de outra por ela controlada, os empregados de quaisquer delas
ou dos respectivos administradores, o cônjuge ou parente destes até o terceiro grau.
§ 2o É assegurado aos sócios minoritários, que representarem pelo menos um quinto do capital social, o direito
de eleger, separadamente, um dos membros do conselho fiscal e o respectivo suplente.
Art. 1.067. O membro ou suplente eleito, assinando termo de posse lavrado no livro de atas e pareceres do
conselho fiscal, em que se mencione o seu nome, nacionalidade, estado civil, residência e a data da escolha,
ficará investido nas suas funções, que exercerá, salvo cessação anterior, até a subseqüente assembléia anual.
Parágrafo único. Se o termo não for assinado nos trinta dias seguintes ao da eleição, esta se tornará sem
efeito.
Art. 1.068. A remuneração dos membros do conselho fiscal será fixada, anualmente, pela assembléia dos
sócios que os eleger.
Art. 1.069. Além de outras atribuições determinadas na lei ou no contrato social, aos membros do conselho
fiscal incumbem, individual ou conjuntamente, os deveres seguintes:
I - examinar, pelo menos trimestralmente, os livros e papéis da sociedade e o estado da caixa e da carteira,
devendo os administradores ou liquidantes prestar-lhes as informações solicitadas;
II - lavrar no livro de atas e pareceres do conselho fiscal o resultado dos exames referidos no inciso I deste
artigo;
III - exarar no mesmo livro e apresentar à assembléia anual dos sócios parecer sobre os negócios e as
operações sociais do exercício em que servirem, tomando por base o balanço patrimonial e o de resultado
econômico;
IV - denunciar os erros, fraudes ou crimes que descobrirem, sugerindo providências úteis à sociedade;
V - convocar a assembléia dos sócios se a diretoria retardar por mais de trinta dias a sua convocação anual, ou
sempre que ocorram motivos graves e urgentes;
VI - praticar, durante o período da liquidação da sociedade, os atos a que se refere este artigo, tendo em vista
as disposições especiais reguladoras da liquidação.
Art. 1.070. As atribuições e poderes conferidos pela lei ao conselho fiscal não podem ser outorgados a outro
órgão da sociedade, e a responsabilidade de seus membros obedece à regra que define a dos administradores
(art. 1.016).
Parágrafo único. O conselho fiscal poderá escolher para assisti-lo no exame dos livros, dos balanços e das
contas, contabilista legalmente habilitado, mediante remuneração aprovada pela assembléia dos sócios.
"A dissolução parcial passou a ser, em último caso, a regra indicada para solução
dos problemas cruciais da sociedade nos seus momentos críticos. Em nossa tese
de concurso para a cátedra de direito comercial, numa de suas conclusões,
expunha-mos a nossa convicção de que "consideramos obsoleto o instituto da
dissolução da sociedade comercial na extensão adotada pelo Código. O princípio
preservativo da sociedade ou da empresa impõe a necessidade de novas fórmulas,
que o direito comercial encontrou na exclusão do sócio.
DA RESPONSABILIDADE CIVIL
No caso em tela, apura-se que um dos sócios não cumpriu
com as suas obrigações contratuais ou legais.
Dessa forma, uma vez que um sócio esteja agindo contra
a lei, ou esteja agindo com excesso de mandato ou que esteja
infringindo o contrato social, deixando, destarte, de cumprir com as
suas obrigações, faz-se necessária a apuração da responsabilidade
por constituir violação de obrigação derivada de um negócio
jurídico, cujo descumprimento caracterizaria o fato ilícito civil
gerador do dano, e a responsabilidade delitual ou extracontratual,
que abstrai a existência de um contrato previamente celebrado e
decorre de um ato ilícito absoluto, violador das regras de
convivência social, e causador de um dano injusto.
DA INDENIZAÇÃO.
A primeira encontra seu fundamento no art. 1.056, do
Código Civil: "Não cumprindo a obrigação ou deixando de cumpri-la
pelo modo e no tempo devidos, responde o devedor por perdas e
danos"; a segunda, no art. 159, do Código Civil: "Aquele que, por
ação ou omissão voluntária, negligência, ou imprudência, violar
direito, ou causar prejuízo a outrem, fica obrigado a reparar o
dano".
A responsabilidade civil encontra amparo quando o
agente não cumpre a obrigação ou deixa de cumpri-la pelo modo e no
tempo devidos, respondendo por perdas e danos. Ou quando o agente
prática uma ação ou omissão voluntária; ou uma negligência ou
imprudência; ou uma violação de direito; ou, finalmente, quando
causa prejuízo a outrem. E, assim, fica obrigado a reparar o dano
causado.
Isto é, quando o agente assume uma responsabilidade,
tal qual lhe impõe um contrato de sociedade comercial, vindo a agir
de forma culposa ou dolosa, contrariando os dispositivos contratuais
e legais, poderá, evidentemente, responder pela indenização por
perdas e danos.
No contrato bilateral, os contraentes se obrigam
reciprocamente uns diante dos outros, pois a prestação de um
corresponde à contraprestação do outro, havendo um nexo ou sinalagma
que liga as obrigações das duas partes, mantendo-as numa relação de
correspectividade e de interdependência.
DOS HÁBITOS E COSTUMES DA EMPRESA.
O Dr. Prócion agendava as reuniões, dia e hora, para
tratar de assuntos de interesse do grupo.
A conta corrente do grupo, para ser movimentada,
necessitava de, no mínimo, duas assinaturas.
Quem podia movimentar a conta eram Dr. Procion, Dr.
Mariano e Dra. Alessandra.
Contudo, quem determinava pagamentos, adiantamentos e
movimentações financeiras, eram o Dr. Procion.
Inclusive, o Dr. Procion podia vetar adiantamentos e
pagamentos sem convocar reuniões e aprovar decisões desse caráter.
DO ATO ILÍCITO.
De acordo com o disposto no artigo 186 da Lei
10.406/2002 (Código Civil Brasileiro), temos que:
DOS PLANTÕES
O Dr. Prócion fez acordo com o Hospital Metropolitano, onde o autor
não realizava plantões.
No repasse dos valores referentes aos plantões, feitos pelo Hospital
ao CAA, já vinham efetuados os descontos de I.R.
Porém, o Dr. Prócion remunerava os plantões integralmente, usando
dinheiro do CAA.
Logo, requer o autor o pagamento dos valores que não recebeu e que
foram indevidamente repassados aos médicos plantonistas com dinheiro
do CAA.
DO DANOS MORAIS
Complicada é a missão de atribuir valor nos danos moral. Na
lição de Rizzatto Nunes:
“Seu objetivo é duplo: satisfativo - punitivo. Por
um lado, a paga em pecúnia deverá proporcionar ao
ofendido uma satisfação, uma sensação de
compensação capaz de amenizar a dor sentida. Em
contrapartida, deverá também a indenização servir
como punição ao ofensor, causador do dano,
incutindo-lhe um impacto tal, suficiente para
dissuadi-lo de um novo atentado.”
Não se conforma o autor com a situação constrangedora que
passou, qual seja, da impossibilidade de efetuar o contrato com a
CLARO, em face da restrição no SERASA em seu nome.
Estando comprovada a prática do ato ilícito pela
EMPRESA TIM S.A, cabe na forma prescrita em lei, a devida reparação
pelos danos morais decorrentes da irregular inscrição do nome do
Autor nos Órgãos de Proteção ao Crédito.
O Mestre Sérgio Cavalieri Filho, in Programa de
Responsabilidade Civil, Malheiros Editores, págs. 74/5, afirma que,
"enquanto o dano material importa em lesão de bem patrimonial, gerando
prejuízo econômico passível de reparação, o dano moral é lesão de
bem integrante da personalidade, tal como a honra, a liberdade, a
saúde, a integridade física e psicológica, causando dor, sofrimento,
tristeza, vexame e humilhação à vítima.
DO PEDIDO
In verbis,
P. deferimento.