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Apostila de
Físico-Química I
Elaborada pelos professores:
Jacqueline Amanda Figueiredo dos Santos
Bruno Rocha Santos Lemos
1
Sumário
Conteúdo
Tema 1: Soluções .................................................................................................................................................... 3
Lista 1: Solubilidade ............................................................................................................................................... 6
Tema 2: Concentração das soluções........................................................................................................................ 9
Lista 2: Concentração das soluções ....................................................................................................................... 15
Tema 3: Diluição das soluções .............................................................................................................................. 21
Lista 3: Diluição das Soluções .............................................................................................................................. 23
Tema 4: Normalidade............................................................................................................................................ 26
Lista 4: Equivalente-grama ................................................................................................................................... 29
Tema 5: Misturas de soluções e titulação .............................................................................................................. 31
Lista 5: Mistura de soluções .................................................................................................................................. 33
Tema 6: Propriedades coligativas ......................................................................................................................... 37
Lista 6: Propriedades coligativas .......................................................................................................................... 42
Tema 7: Termoquímica ......................................................................................................................................... 47
Lista 7: Termoquímica .......................................................................................................................................... 53
Tema 8: Cinética Química .................................................................................................................................... 59
Lista 8: Cinética Química ..................................................................................................................................... 64
Conteúdo auxiliar 1: Titulação e Padronização ..................................................................................................... 75
Conteúdo auxiliar 2: Gases ideais ......................................................................................................................... 78
Tema 1: Equilíbrio Químicoe Princípio de Le Chatelier ....................................................................................... 86
Lista 1: Equilíbrio Químico e Princípio de Le Chatelier ....................................................................................... 94
Tema 2: Equilíbrios iônicos e Teoria ácido-base .................................................................................................. 99
Lista 2: Teoria Ácido-Base ................................................................................................................................. 104
Tema 3: Equilíbrio iônico da água. Cálculo de pH de ácidos e bases fortes e fracos monopróticos ................... 107
Lista 3: Cálculo de pH de ácidos e bases fortes e fracos monopróticos.............................................................. 115
Tema 4: Ácidos Polipróticos ............................................................................................................................... 119
Lista 4: Ácidos polipróticos ................................................................................................................................ 121
Tema 5: Hidrólise Salina ..................................................................................................................................... 123
Lista 5: Hidrólise salina ...................................................................................................................................... 125
Tema 6: Solução tampão ..................................................................................................................................... 128
Lista 6: Solução tampão ...................................................................................................................................... 132
Tema 7: Equilíbrio de Solubilidade .................................................................................................................... 136
Lista 7:Equilíbrio de solubilidade ....................................................................................................................... 140
Tema 8: Eletroquímica ........................................................................................................................................ 145
Lista 8: Eletroquímica ......................................................................................................................................... 161
2
Tema 1: Soluções
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Curva de solubilidade típica dos gases a pressão constante:
____________________________________________________________________
5
Lista 1: Solubilidade
Temperatura
c) A massa de sal que se encontrará no fundo do recipiente, em que a solução se encontra,
quando se evapora 20 g de água a 40°C
3 - A solubilidade do brometo de cálcio em água, a 18°C, é de 143 g por 100 g de água. Pede-
se:
a) Qual a massa de água necessária para se preparar uma solução saturada de CaBr 2
contendo 643,5 g desse sal?
CS(g/100g de H2O) 60 70 80
T(°C) 30 40 50
Determine a massa de Ba(NO3), necessária para preparar 500 g de uma solução aquosa
saturada a 40°C.
6
6 - Em 120 mL de solução aquosa saturada de um sal existem dissolvidos 42g de soluto.
Sabendo-se que a densidade desta solução é de 1,35 g/mL, calcule a solubilidade deste sal,
exprimindo-a em gramas de soluto/100 g de H2O.
10 - Certo refrigerante é engarrafado, saturado com dióxido de carbono (CO2) a 5ºC e 1 atm
de CO2 e então fechado. Um volume de 500 mL desse refrigerante foi mantido algum tempo
em ambiente à temperatura de 30ºC. Em seguida, a garrafa foi aberta ao ar (pressão
atmosférica = 1 atm) e agitada até praticamente todo CO2 sair. Nessas condições (30ºC e 1
7
atm), qual o volume aproximado de CO2 liberado? (Dados: massa molar do CO2 = 44 g/mol;
volume molar dos gases a 1 atm a 30ºC = 25 L/mol; solubilidade do CO2 no refrigerante a 5ºC
e sob 1 atm de CO2 = 3,0 g/L)
Respostas:
8
Tema 2: Concentração das soluções
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎
C (g/L)= 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝑠𝑜𝑙𝑢 çã𝑜
- Título em massa: é a razão entre a massa de soluto e a massa de solução. Não tem unidade.
Observe que como msolução> msoluto o título deverá ser um número menor que 1.
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
τ= 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎
𝑠𝑜𝑙𝑢 çã𝑜
- Título em volume: é a razão entre o volume de soluto e o volume de solução. Não tem
unidade
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
τ= 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒
𝑠𝑜𝑙𝑢 çã𝑜
9
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
C(% m/v)= 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 x100
𝑠𝑜𝑙𝑢 çã𝑜 (𝑒𝑚𝑚𝐿 )
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
C(% v/v)= 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 x100
𝑠𝑜𝑙𝑢 çã𝑜 (𝑒𝑚𝑚𝐿 )
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
C(ppm)= 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 x1.000.000
𝑠𝑜𝑙𝑢 çã𝑜
𝑛
𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
C (mol/L)= 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒
𝑠𝑜𝑙𝑢 çã𝑜
Sabendo a massa do soluto e a massa molar do mesmo, podemos saber a quantidade em mol
do soluto pela relação:
𝑚
𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
C (mol/L)= 𝑀𝑀𝑥𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒
𝑠𝑜𝑙𝑢 çã𝑜
10
𝐶(𝑔/𝐿)
C (mol/L) = 𝑀𝑀
𝑛 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
C (mol/Kg) = 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎
𝑆𝑂𝐿𝑉𝐸𝑁𝑇𝐸 (𝑒𝑚𝐾𝑔 )
- Fração molar
xsoluto= n soluto/n total
xsolvente= n solvente/n total sendo n total = n soluto + n solvente
xsoluto + xsolvente = 1
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Conteúdo extra
- Concentração em volume
O peróxido de oxigênio (água oxigenada) é instável e decompõe-se liberando oxigênio
conforme a reação:
2 H2O2 2 H2O + O2↑
Logo podemos, por exemplo, fazer a seguinte pergunta: Qual será o volume de O2 liberado
por 1 mL de solução de água oxigenada? A resposta será a concentração em volume da
solução de H2O2.
11
- Grau Gay Lussac (°GL)
°Gay Lussac (°GL= %V): quantidade em mililitros de álcool absoluto contida em 100
mililitros de mistura hidro-alcoólica. Um frasco de álcool com 90 graus GL tem 90% em
volume de álcool
_______________________________________________________________________
Conteúdo extra
1) Regras de arredondamento
Se o
algarismo a
Procedimentos Exemplos
ser eliminado
for:
<5 O último algarismo a permanecer fica inalterado. 53,24 passa a 53,2
42,87 passa a 42,9
>5 Aumenta-se de uma unidade o algarismo a permanecer. 25,08 passa a 25,1
53,99 passa a 54,0
(i) Se ao 5 seguir em qualquer casa um algarismo diferente 2,352 passa a 2,4
=5 de zero, aumenta-se uma unidade no algarismo a 25,6501 passa a 25,7
permanecer. 76,250002 passa a 76,3
24,75 passa a 24,8
(ii) Se o 5 for o último algarismo ou se ao 5 só seguirem
24,65 passa a 24,6
=5 zeros, o último algarismo a ser conservado só será
24,7500 passa a 24,8
aumentado de uma unidade se for ímpar.
24,6500 passa a 24,6
2) Notação científica
12
Observe que 12,5 x 10-1 e 4,7 x 102,5 são exemplos de números que não estão escritos
corretamente em notação científica. No primeiro exemplo a mantissa 12,5 é maior que 10. No
segundo exemplo a ordem de grandeza 2,5 não é um número inteiro.
Como em um número escrito em notação científica a vírgula sempre deve ser posicionada à
direita do primeiro algarismo diferente de zero, se não for este o caso o procedimento a ser
realizado é o seguinte:
Se deslocarmos a vírgula n posições para a direita, devemos subtrair n unidades do expoente.
Ao deslocarmos a vírgula n posições para a esquerda, devemos somar n unidades ao expoente.
Como visto acima, 12,5 x 10-1 não está na forma padronizada, então precisamos deslocar a
vírgula 1 posição para a esquerda e também acrescentar 1 unidade ao expoente (para
compensar essa alteração), o que resulta em 1,25 x 100.
No caso do número 0,0078 x 105 precisamos deslocar a vírgula 3 posições para a direita e
subtrair 3 unidades do expoente, resultando em 7,8 x 102.
3) Conversão de unidades
Para converter uma unidade em outra que se encontre à direita da mesma no quadro abaixo,
multiplicamos o valor inicial por 10 para cada casa deslocada. Por outro lado, para converter
uma unidade em outra que se encontre à esquerda da mesma no quadro abaixo, dividimos o
valor inicial por 10 para cada casa deslocada.
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Lista 2: Concentração das soluções
1 - Uma solução contém 20 g de soluto e 180 g de solvente. Calcule, para esta solução:
a) Título
b) %m/m
2 - Uma solução de amoníaco (NH3(aq)) tem porcentagem em massa de 15%. Considere uma
amostra de 50 g dessa solução e calcule:
a) a massa de gás amoníaco.
b) a massa de água.
7 - Uma solução de ácido nítrico tem 32% de HNO3 em massa e densidade 1,19 g/mL.
Calcule
o volume de solução necessário para que se tenha 6,4 g de HNO3.
8 - Uma solução de ácido sulfúrico tem densidade de 1,18 g/mL e 25% m/m. Considere 500
mL da solução e calcule:
a) a massa da solução;
b) a massa de ácido sulfúrico;
c) a massa de água.
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9 - Uma solução de soda cáustica com densidade de 1,220 g/cm3 (a 200 C) contém cerca de
20% m/m de NaOH. 100 cm3 dessa solução (a 200C) foram levados á fervura por algum
tempo. Após resfriamento, verificou-se que a %m/m de NaOH na solução dobrou. Qual a
massa de água perdida pela solução nesse aquecimento?
11 - Tem-se 50 cm3 de uma gasolina comercial que consiste numa mistura de álcool e
gasolina. Acrescenta-se a ela 50 cm3 de água. Observa-se a formação de 2 fases, sendo que a
aquosa passa a ter 60 cm3, já que o álcool é extraído pela água. Qual o teor de álcool nessa
gasolina comercial (expresso em porcentagem em volume)?
12 - Uma solução aquosa de cloreto de cálcio tem concentração igual a 80 g/L.Qual o volume
de solução necessário para que, por evaporação total,tenhamos 1,6 g de CaCl2?
13 - Uma solução de densidade 0,8 g/mL foi obtida pela dissolução de 50 g de um líquido em
350 g de outro líquido B. Calcule:
a) a porcentagem em massa da solução;
b) o título da solução;
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16 - Tem-se uma solução cuja concentração é de 100g/L Dispõe-se de 0,5 L dessa solução e
deseja-se fazer com a concentração da solução caia para 20 g/L, por adição de água. Calcule;
a) a massa inicial do soluto;
19 - Em uma reação química teremos que usar 1,48 g de hidróxido de cálcio. Que volume de
solução aquosa de Ca(OH)2 0,01 mol/L deveremos empregar?
22 - Calcule o volume que se pode obter com 20 g de cloreto de cálcio para preparar uma
solução 0,6 mol/L.
23 - Qual a concentração em mol/L de uma solução de hidróxido de potássio que contém 11,2
g da base em 50 cm3 de solução?
24 - Dissolveram-se 12,34 g de sulfato de cobre II penta hidratado em água para se obter 250
mL de solução. Calcule a concentração desta solução em:
a) g/L
b) mol/L
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a) a concentração em g/L;
b) o título em massa;
c) a concentração percentual m/v;
d) a concentração em mol/L.
27 - Considere uma solução de ácido clorídrico de concentração igual a 146 g/L? Supondo o
ácido 90% ionizado, calcule [H+] e [Cl-]?
28 - Uma solução de ácido fosfórico tem concentração 15%m/v. Calcule para esta solução a
concentração em:
a)mol/L
b)g/L
29 - Uma solução é formada por 500 g de glicose e 350 g de água e tem densidade igual a 1.2
g /mL Calcule:
a) o volume da solução em litros;
b) a concentração em g/L;
c) a concentração %m/v;
d) a concentração % m/m
e) o título em massa da solução;
f) concentração em mol/L
30 - O conteúdo do ácido acético no vinagre é de aproximadamente 3% em massa .Sabendo-
se que a massa molar do ácido acético é de 60 g/mol e que a densidade do vinagre é de 1,0
g/cm3, qual a concentração da solução em: a) mol/L b) g/L?
31 - A 22,2 g de cloreto de cálcio, acrescenta-se água até obter 400 mL de solução. Calcule:
a) a concentração da solução em mol/L
b) [Ca2+] (Massa molar CaCl2: 111 g/mol)
-
c) [Cl ]
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34 - Tem-se uma solução aquosa de glicose (C6H12O6) que foi obtida pela adição de 3,6 g de
glicose a 90 g de água. Calcule
a) a fração molar da glicose;
b) a fração molar da água;
c) % m/m da solução.
35 - Uma solução de ácido sulfúrico tem densidade 1,857. Se a porcentagem em massa dessa
solução é 95%, calcule:
a) concentração em g/L;
b) a concentração em mol/L;
c) as frações molares de seus componentes.
37 - Uma solução de ácido clorídrico tem densidade 1 g/cm3. Essa solução foi obtida pela
dissolução de 7,3 g de ácido clorídrico em 1992,7 g de água. Calcule:
a) a molalidade da solução
b) a % m/m da solução;
f) concentração molal
40 - Uma xícara de chá preto contém 0,3 mg de flúor. Se o volume de água da xícara é de 200
mL, qual a concentração em ppm de flúor nessa solução?
Conteúdo: 1,5L
Bicarbonato de sódio: 120 ppm
Calcule a massa de bicarbonato de sódio contida nesta garrafa.
19
Respostas:
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Tema 3: Diluição das soluções
Caso 1: Desejamos preparar mL de uma solução mol/L de certa substância a partir da diluição
de uma solução mol/L. Qual será o volume da solução inicial que deverá ser utilizado?
Resolução: Sabendo que o número de mol presente na alíquota transferida é o mesmo que na
solução final, podemos usar as seguintes relações:
n alíquota = nf
Calíquota. Valíquota = Cf. Vf
Lembrando que a concentração da alíquota é a mesma que na solução inicial e o volume da
alíquota é o volume transferido
Cinicial. Vtransferido = Cf. Vf
Resolução 2: Calcular o número de mol presente na alíquota (que será o mesmo na solução
final) e sabendo esse número de mol e o volume final, calcular a concentração final usando
C= n/V.
Atenção!
Não se pode utilizar uma regra de três comum para calcular a nova concentração obtida após a
diluição. Entretanto, pode-se utilizar uma regra de três inversa, pois o aumento do volume é
inversamente proporcional à concentração.
Ex: Suponha que uma alíquota de 250mL de uma solução 3mol/L seja diluída para 500mL.
Calcule a concentração final.
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Usando C1V2= C2V2 Usando uma regra de três Usando regra de três inversa
comum
C2= (3x250)/500 3mol/L ---250 É feita invertendo-se uma das
C2= 1,5 mol/L x ---500 colunas
x= 6 mol/L
Correto! ERRADO! 3mol/L ---500
Se o número de mols do Uma diluição não pode causar x ---250
soluto é mantido e o aumento da concentração x= (3x250)/500
volume da solução dobra, a x= 1,5 mol/L
concentração da solução Correto!
deve cair pela metade
devido à relação C= n/V
Caso 3: Desejamos preparar 50 mL de uma solução 0,1 mol/L de HCl a partir da diluição de
uma solução 37 %m/m. Qual será o volume da solução inicial que deverá ser utilizado?
Atenção! Agora as concentrações inicial e final não tem a mesma unidade, logo não podemos
substituir os valores diretamente na equação C1V1= C2V2
Resolução 1: Reunimos todas as equações envolvidas e obtemos uma equação para o volume
a ser transferido:
Equações envolvidas:
d= m/V
m = n. MM
C = n/V (para a solução diluída)
C Título = msoluto/msolução (para a solução concentrada)
Resolução 2: Convertemos a concentração que está em %m/m para mol/L e então usamos a
equação
C1V1= C2V2
Tendo a concentração inicial em mol/L, calculamos o volume a ser transferido usando C1V1=
C2V2
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Lista 3: Diluição das Soluções
1 - 250 mL de solução 5,0 mol/L de ácido sulfúrico foram diluídos com água destilada, até
obtermos uma solução 2,0 mol/L. Qual o volume de água acrescentado?
2 - Diluindo-se 300 mL de solução 4,0 mol/L de H2SO4 até 400 mL, qual a concentração da
solução final em mol/L?
3 - 15 mL de uma solução de ácido sulfúrico 80% m/m e d=1,8 g/mL são diluídos com água
até 500 mL. Qual a concentração em mol/L da solução resultante?
5 - Que volume de água devemos acrescentar a 250 mL de solução 19,8 g/L de ácido
fosfórico para torná-la 0,05 mol/L?
6 - Que volume de ácido clorídrico 0,20 mol/L poderemos obter pela diluição de 50 mL de
uma solução desse ácido, de densidade 1,2 g/mL e 36,5 % m/m?
7 - Em que proporção devemos diluir uma solução 10 mol/L para transformá-la em 0,2
mol/L?
8 - 100 mL de solução aquosa de cloreto de cálcio CaCl2, 0,60 mol/L é diluído com água até
volume final de 300 mL .Calcule a concentração molar dos íons na solução final. Considere o
grau de dissociação do sal igual a 100%.
9 - Ao se preparem 2,0 L de uma solução de ácido sulfúrico, foram gastos 19,6 g desse ácido.
Calcule a concentração em mol/L da solução após evaporação do solvente até volume final de
800 mL.
a) g/L
b) mol/L
c) %m/V
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11 - 20 mL de H2SO4 1,0 mol/L devem ser diluídos de modo que se tenha uma solução em
que a concentração molar em íons H+ seja 0,5 mol/L. Considere a ionização completa desse
ácido. Qual o volume de água a ser acrescentado?
13 - Uma solução 0,05 mol/L de glicose, contida em um béquer, perde água por evaporação
até restar um volume de 100 mL, passando a concentração para 0,5 mol/L. Qual é o volume
aproximado de água evaporada?
14 - Um béquer contém 10 mL de solução aquosa 0,10 mol/L de sulfato de cobre II. Deixado
em ambiente ventilado, após alguns dias restam no béquer apenas cristais do sal CuSO4.5H2O.
Que quantidade, em mol, se formou desse sal?
15 - Sulfato de cobre (CuSO4) é um sal bactericida utilizado em água de piscina. Uma piscina
tem capacidade total de 300 m3 de água:
a) Estando ela com água a 1/3 de sua capacidade total, adicionaram-se 10 kg de CuSO4. Qual
a concentração molar do sal após sua dissolução total na água da piscina?
b) Se, ao invés da adição do sal sólido, fossem bombeados 100 m3 de água já contendo o
CuSO4 numa concentração igual a 3 x 10 -3 mol/L, e completando-se, em seguida, o volume
total da piscina com água, qual, então, seria a concentração molar do sal?
16 - Em certo dia um tanque para tratamento de resíduos químicos continha, quando cheio, 3
gramas de um dado sal numa concentração de 0,5 M. Hoje a concentração deste sal no tanque
cheio é de 2,5 M. qual a massa do sal no tanque?
17 - Um dos grandes problemas das navegações do século XVI referia-se à limitação de água
potável que era possível transportar numa embarcação. Imagine uma situação de emergência
em que restaram apenas 300 litros (L) de água potável (considere-a completamente isenta de
eletrólitos). A água do mar não é apropriada para o consumo devido à grande concentração de
NaCl (25 g/L), porém o soro fisiológico (10 g NaCl/L) é. Se os navegantes tivessem
conhecimento da composição do soro fisiológico, poderiam usar a água potável para diluir
água do mar de modo a obter soro e assim teriam um volume maior de líquido para beber.
a) Que volume total de soro seria obtido com a diluição se todos os 300 litros de água
potável fossem usados para esse fim?
24
b) Considerando-se a presença de 50 pessoas na embarcação e admitindo-se uma distribuição
equitativa do soro, quantos gramas de NaCl teriam sido ingeridos por cada pessoa?
c) Uma maneira que os navegadores usavam para obter água potável adicional era recolher
água de chuva. Considerando-se que a água da chuva é originária, em grande parte, da
água do mar, como se explica que ela possa ser usada como água potável?
18 - Deseja-se preparar 9,2 litros de solução 2 mol/L de ácido sulfúrico a partir de uma
solução concentrada desse ácido que apresenta densidade igual a 1,84 g/mL e que encerra
98% de H2SO4 em massa. Qual o volume necessário do ácido sulfúrico concentrado?
19 - Uma solução constituída por 144 g de etanol em 96 g de água tem densidade de 0,891
g/mL. Calcule, em mililitros, o volume dessa solução necessário para se obter 500 mL de
solução 1,0 mol/L.
20 - A 100 g de solução de ácido sulfúrico (H2SO4) 90% m/m, são adicionados 400 g de água.
Calcule a porcentagem de ácido sulfúrico, em massa, na solução obtida.
Respostas:
1 - 375 mL 11 - 60 mL
2 - 3 mol/L 12 - 50mL
3 - 0,44 mol/L 13 - 900 mL
4 - 0,92 mol/L 14 - 1x10-3 mol
5 - 750 mL 15 - a) 6,3 x 10-4 mol/L b) 1,0 x 10-3
6 - 3000 mL mol/L
7 - Vf = 50 Vi 16 - 15 g
8 - [Ca2+] = 0,2 mol/L; [Cl-] = 0,4 mol/L 17 - a) 500 L b) 100 g c) ---
9 - 0,25 mol/L 18 - 1 L
10 - a) 80 g/L; b) 2 mol/L; c) 8 %m/v 19 - Aproximadamente 43 mL
20 - 18 g
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Tema 4: Normalidade
As substâncias reagem recebendo ou doando, ou seja, trocando cargas, as quais podem ser
elétrons, H+ ou OH-.
Para prevermos sobre a capacidade que uma substância tem de reagir, precisamos saber a
quantidade de cargas que 1 mol dessa substância pode trocar. Ex:
1 mol de substância Quantidade em mol de cargas trocadas
1 mol de HCl 1 mol de H+
1 mol de NaOH 1 mol de OH-
1 mol de H2SO4 2 mols de H+
1 mol de NaCl 1 mol de e- (elétrons) Perceba que para chegar a essa conclusão
podemos considerar o cátion ou o ânion
1 mol de MgCl2 2 mols de e-
1 mol de AlCl3 3 mols de e-
1 mol de Al2(SO4)3 6 mols de e-
Pensando no Al: cada Al troca 3 cargas, porém temos 2 Al e logo
podem ser trocados 6 e-
Pensando no sulfato: cada sulfato troca 2 cargas, porém temos 3
sulfatos e logo podem ser trocados 6 e-
Perceba então que a quantidade total de equivalentes de uma amostra é dada por:
Em que:
Carga= carga trocada por 1 mol da substância
n =n° de mol total da amostra
26
N (Eq/L) = (N° de equivalentes)/V Equação 2
N (Eq/L) = (n . carga)/V
Sabendo que a molaridade é dada por C(mol/L)= n/V e substituindo na equação 3, temos:
Sendo que A e B indicam substâncias diferentes, que podem ser, por exemplo, um ácido e
uma base.
Logo volumes iguais de soluções que apresentam a mesma normalidade reagem
completamente.
O significado dessa reação é que:
Exemplos:
1) Calcule o volume de Mg(OH)2 0,54 mol/L necessário para reagir com 15 mL de H3PO4
0,82 mol/L.
Nota: nesse caso em que as concentrações estão em mol/L, precisamos prestar atenção na
proporção molar em que as substâncias reagem, a qual é expressa pela equação química da
reação: 3 Mg(OH)2 + 2 H3PO4 6 H2O + Mg3(PO4)2
Vejamos agora como seria se estivéssemos usando normalidade:
2) Calcule o volume de Mg(OH)2 1,08 Eq/L (1,08 N) necessário para reagir com 15 mL de
H3PO4 2,46 Eq/L.
Nesse caso em que as concentrações estão em Eq/L, não precisamos nos preocupar com a
proporção molar em que as espécies reagem.
Usamos: N1 (Eq/L) . V1 = N2 (Eq/L) . V2
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Se a proporção molar entre os reagentes na reação não é importante, não precisamos conhecer
a fórmula da substância para calcular a quantidade necessária. Por exemplo, no item 2 acima,
não precisávamos saber que se tratava de Mg(OH)2 eH3PO4.
___________________________________________________________________________
Equivalente-grama
Logo:
Equivalente-grama (g)= MM/carga Equação 5
Logo:
massa total = (N° total de equivalentes) x (Equivalente-grama) Equação 6
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Lista 4: Equivalente-grama
4 - Tem-se uma solução de H2SO4 cuja concentração molar em íons H+ é 0,6 mol/L. Calcule:
a) sua concentração em mol/L
b) a concentração em mol/L de SO42-
c) sua concentração em eq/L e g/L
5 - Uma solução de H2SO4 possui 98% m/m e densidade 1,9 g/ml. Que volume dessa solução
deve ser usado para se preparar 500 mL de solução do mesmo ácido 1,5 eq/L?
7 - Calcular a concentração de uma solução de HCl em eq/L sabendo-se que 5,0 mL dela
reagem completamente com 1,06 g de carbonato de sódio anidro.
29
8 - Que volume de água deve ser adicionado a 0,5 L de uma solução de ácido sulfúrico 0,1
mol/L para se obter uma solução 0,05 eq/L?
9 - Um laboratorista dispõe de uma solução 2,0 mol/L de H2SO4 e precisa de uma solução 0,5
eq/L. Determine:
a) o volume da solução inicial que ele deve diluir para obter 200 mL da solução desejada
.
b) a massa em gramas de H2SO4 presente nos 200 mL da solução desejada.
c) A concentração da solução inicial em eq/L e g/L.
Respostas:
2 - a) 20 mol b) 20 eq c) 20 eq
d) 800 g e) 20 eq; 580 g
3-
4 - a) 0,3 mol/L
b) 0,3 mol/L
c) 0,6 eq/L; 29,4 g/L
5 - 19,7 mL
6 - 8,33 mL
7 - 4 eq/L
8 - 1,5 L
9 - a) 25 mL
b) 4,9 g
c) 4 eq/L; 196 g/L
30
Tema 5: Misturas de soluções e titulação
Estaremos supondo que o solvente é sempre o mesmo e que as soluções são relativamente
diluídas, pois só nessas hipóteses é que o volume final será igual à soma dos volumes iniciais
das soluções que são misturadas.
É interessante notar que a concentração final (50 g/L) terá sempre um valor compreendido
entre as concentrações iniciais, sendo que a concentração será mais próxima da concentração
da solução que foi adicionada em maior quantidade.
Misturando-se 150 mL de solução 2 molar de NaCl com 250 mL de solução 1 molar de KCl,
pergunta-se:
Quais serão as molaridades da solução resultante em relação:
a) ao NaCl; b) ao KCl; c) aos íons presentes em solução.
Resolução
a) Para o NaCl: V C = V’C’
150 x 2 = 400 x C’
C’ = 0,75 mol/L
b) Para o KCl: V C = V’C’
250 x 1 = 400 x C’
C’ = 0,625 mol/L
c) Em 1 L da solução final temos 0,75 mol de NaCl que, sofrendo dissociação total,
produzirá:
NaCl Na+ + Cl-
0,75 mol 0,75 mol 0,75 mol
Temos também 0,625 mol de KCl:
KCl K+ + Cl-
0,625 mol 0,625 mol 0,625 mol
31
Logo: [Na+]= 0,75 mol/L [K+]= 0,625 mol/L [Cl-]= 1,375 mol/L
Resposta: [HCl]= 0,0 mol/L [NaOH]= 0,0 mol/L [NaCl]= 0,24 mol/L
32
Lista 5: Mistura de soluções
1 - 250 mL de solução 0,5 mol/L de HCl são misturados a 200 mL da solução do mesmo
ácido. Calcule a concentração da solução resultante em mol/L.
2 - 400 mL de solução 0,2 eq/L de ácido nítrico são misturados a 100 mL do mesmo ácido 0,5
mol/L. Calcular a concentração da solução resultante em mol/L e g/L.
3 - 200 mL de solução de ácido nítrico 3,0 mol/L são adicionados a 600 mL do mesmo ácido
5,0 mol/L.; 100 mL da solução final são, a seguir, diluídos com 800 mL de água. Qual será a
concentração molar da solução final?
4 - Para se preparar 450 mL de solução foram dissolvidos 60 g de NaCl em água. Parte dessa
solução foi aquecida, evaporando-se toda água e nada acontecendo ao sal. O resíduo final
pesou 15 gramas. Calcular o volume da solução aquecida.
5 - Calcule os volumes de soluções aquosas de H2SO4 respectivamente 1,0 eq/L e 0,6 eq/L,
necessários para o preparo de 1,0 L de solução 0,7 mol/L.
6 - Misturando-se 100 mL de solução 0,10 mol/L de cloreto de cálcio com 100 mL de solução
0,20 mol/L de cloreto de magnésio. Considerando a dissociação do sal igual a 100%. Calcule:
a) [Ca2+]
b) [Mg2+]
c) [Cl-]
7 - 100 mL de solução 0,3 mol/L de cloreto de cálcio foram misturados com 200 mL de
solução de nitrato de cálcio 0,2 mol/L. Calcule na solução resultante a concentração molar dos
íons presentes.
8 - 200 mL de solução de ácido sulfúrico 0,1 mol/L são misturados a 200 mL de ácido
clorídrico 0,1 mol/L. Calcule na solução resultante a concentração, em mol/L, dos íons
presentes.
9 - Foram misturados 200 mL de solução de sulfato de sódio 0,5 mol/L com 1,0 L de solução
0,7 mol/L da mesma substância. A seguir, adicionaram-se 800 mL de água. Calcule a
concentração molar dos íons presentes na solução final.
10 - Dois frascos, A e B, contém, respectivamente, soluções 0,5 mol/L e 3,0 mol/L de ácido
nítrico . Usando apenas estas soluções, calcule que volume de cada solução que você deve
usar para preparar 150 mL de solução 1,0 mol/L de ácido nítrico.
a) a reação do processo.
b) a quantidade de matéria e a massa reagente do NaOH
c) concentração da solução NaOH em mol/L.
33
12 - 15 mL de uma solução de ácido nítrico 0,1 mol/L neutralizam completamente 10,0 mL de
uma solução de hidróxido de sódio .Pede-se :
a) a equação da reação do processo.
b) A concentração em mol/L da solução de NaOH.
c) A concentração em g/L da solução de NaOH
13 - 25 mL de ácido clorídrico, de densidade 1,2 g/mL e contendo 18% m/m de HCl , são
neutralizados por 30 mL de solução de NaOH .Qual a concentração desta solução de NaOH
em eq/L e em mol/L .
15 - Que massa de carbonato de sódio é necessária para se preparar 500 mL de solução 0,5
mol/L? Que volume desta solução neutralizam 125 mL de solução de um monoácido 0,2
mol/L?
17 - Em uma titulação, adicionam-se 40,0 mL de Mg(OH)2 0,4 eq/L a 30,0 mL de HNO3 para
completa neutralização .Calcule a concentração do ácido utilizado e do sal formado em eq/L .
22 - Um acidente biológico resultou num lançamento de substância ácida nas águas de um rio.
Uma alíquota de 20,0mL de água desse rio foi neutralizada com 25,0 mL de hidróxido de
sódio a 4% p/v. A concentração, em eq/L, do ácido existente na água analisada do rio é igual
a:
34
23 - A 1,05 g de carbonato de cálcio adicionam-se 25,0 mL de solução aquosa de ácido
clorídrico. Observa-se efervescência e dissolução parcial do sal, sobrando 0,55 g sem reagir.
Qual a molaridade da solução de ácido clorídrico?
24 - Um laboratório analisou a água de um rio que fora contaminado com o efluente ácido de
uma empresa, verificando que uma alíquota de 20,00 mL foi neutralizada com 37,50 mL de
solução de hidróxido de sódio a 800 mg/L. Calcule a concentração em eq/L de ácido na água
analisada do rio.
27 - 20 mL de uma solução 0,5 eq/L de NaOH foram diluídos com água destilada até um
volume de 100mL. A seguir, 25 mL dessa solução foram misturados a 25 mL de solução de
H2SO4 0,2 N contendo duas gotas de fenolftaleína. Dizer se a solução final é ácida, básica ou
neutra e a sua cor.
28 - 25g de hidróxido de sódio impuro são dissolvidos em água suficiente para 500 mL de
solução. Verifica-se, a seguir, que uma alíquota de 25 mL dessa solução gasta, na titulação,
12,5mL de ácido sulfúrico de concentração igual a 2 eq/L. .Qual a porcentagem de pureza do
hidróxido de sódio? Admita que as impurezas não reajam como o ácido sulfúrico.
30 - Uma amostra de 2,0g de um calcário (CaCO3 impuro) consome 120 mL de uma solução
0,1 mol/L de H3PO4. Qual a porcentagem de pureza do calcário?
31 - Em um copo de 500 mL são misturados 100 mL de ácido clorídrico 1,00 molar em 100
mL de hidróxido de sódio 0,50 molar. Determine se a solução resultante no copo é básica,
ácida ou neutra
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Respostas:
1 - 0,5 mol/L
2 - 0,26 mol/L; 16,4 g/L
3 - 0,5 mol/L
4 - 112,5 mL
5 - 1,4 L e 2,33 L
6 - a) 0,05 mol/L b) 0,1 mol/l c) 0,3 mol/L
2+
7 - [Ca ] = 0,23 mol/L; [Cl ] = 0,2 mo/L; [NO3-] = 0,27 mol/L
-
36
Tema 6: Propriedades coligativas
Pressão ou (tensão) máxima de vapor de um líquido é a pressão exercida por seus vapores
(vapores saturados) quando estes estão em equilíbrio dinâmico com o líquido.
OBS: a pressão máxima de vapor de um líquido, a uma dada temperatura, não depende das
quantidades de líquido e de vapor presentes.
* Líquidos mais voláteis do que a água (forças intermoleculares mais fracas) , como o álcool
comum, o éter comum, etc., evaporam-se mais intensamente, resultando maiores pressões
máximas de vapor à mesma temperatura.
* ―um líquido entra em ebulição quando a pressão máxima de seus vapores (p0) torna-se igual
à pressão externa — que, no caso de um recipiente aberto, é a pressão atmosférica local‖.
* Uma vez que um líquido entra em ebulição quando sua pressão de vapor se iguala a pressão
atmosférica, um líquido entrará em ebulição a uma temperatura mais baixa quanto menor for a
pressão externa.
Exemplo: ebulição da água a altas altitudes e uso da panela de pressão. OBS: no nível do mar
a pressão atmosférica é considerada 1 atm (uma atmosfera) = 1,034 bar.
Diagrama de fases
37
* Exemplo: A diminuição da temperatura de fusão do gelo com o aumento da pressão é o que
torna a patinação no gelo possível
* Para muitas substâncias, o gráfico de pressão X T para a fusão é uma reta quase vertical. A
grande inclinação dessa reta revela que a alteração da pressão exerce pouca influência sobre a
temperatura de fusão.
A análise da estrutura molecular dos estados físicos da água ajuda a compreender como a
variação de pressão pode favorecer um determinado estado físico.
Curiosidade: Quando a temperatura da água é aumentada de 0°C até 4°C, ela sofre
diminuição de volume, uma vez que a estrutura aberta típica do gelo deixa de existir. Após
4°C, a elevação da temperatura da água provoca expansão do seu volume, devido à dilatação
térmica. Assim, a 4°C, tem-se a água em sua maior densidade (1,00 g/cm³ a 25°C e 1,03
g/cm³ a 4°C). Esse comportamento da água torna a vida aquática possível nos lagos
congelados, nos quais o gelo fica na superfície e tem-se água no estado líquido no fundo do
lago.
Propriedades coligativas
Propriedades coligativas das soluções são propriedades que dependem apenas do número de
partículas dispersas na solução, independentemente da natureza dessas partículas.
38
Diminuição da pressão máxima de vapor do solvente (Tonoscopia ou tonometria)
Esse fenômeno ocorre como consequência direta da diminuição da pressão de vapor, pois será
necessário o aumento da temperatura para que mais vapor se forme, igualando a pressão de
vapor do líquido à pressão atmosférica
Exemplos: 1) esse efeito é a razão pela qual podemos esquentar um café em banho maria sem
que ele ferva. 2) esse efeito é a razão pela qual a água em ebulição pára de ferver ao
adicionarmos açúcar na mesma
Exemplo: 1) Esse fato explica porque uma garrafa de suco congela a uma temperatura mais
baixa que uma de água.
2) Esse fato explica porque o sal é usado para eliminar o gelo de ruas em países frios
3) Podemos preparar gelo que atinja temperaturas inferiores à 0°C se colocarmos água com
açúcar no freezer.
4) Colocando sal no gelo utilizado para gelar cerveja, o gelo se derrete. Isso aumenta a
superfície de contato entre a latinha de cerveja e a água gelada, mas não diminui a
temperatura do gelo, a menos que se esteja utilizando um freezer.
39
Relação entre o efeito coligativo e a concentração
Em uma solução bastante diluída de um soluto qualquer, não volátil e não iônico, o efeito
coligativo (abaixamento da pressão máxima de vapor, aumento da Te ou diminuição de Tc) é
diretamente proporcional à molalidade da solução.
Sendo p/po a variação relativa da pressão máx de vapor, e a variação da temperatura de
ebulição c a variação da temperatura de congelamento e W é a molalidade (mol de soluto
por quilo de solvente)
Pressão osmótica é a pressão exercida sobre a solução para impedir sua diluição pela
passagem do solvente puro através de uma membrana semipermeável.
Em temperatura constante, a pressão osmótica é diretamente proporcional à molaridade (mol
por volume) da solução.
Obs: devido à pressão exercida pela coluna do líquido, o solvente não se transfire
integralmente para a região com soluto.
40
Isso torna a equação da pressão osmótica semelhante a lei dos gases ideais: PV=nRT
Exemplos
1) Hidratação de frutas cristalizadas ao serem colocadas na água
2) Subida da água pelo caule das flores
3) Verduras ficam murchas ao se colocar sal nas mesmas (os sapos e lesmas podem ser
mortos do mesmo modo)
4) Sal usado para preservar carnes (atua eliminando água da carne e de possíveis
microorganismos)
5) Peixes de água doce podem morrer ao serem colocados em água salgada (os peixes de água
salgada já são adaptados)
Solução hipertônica: Solução que está mais concentrada em soluto que o meio;
Solução hipotônica: Solução que está menos concentrada em soluto que o meio;
Solução Isotônica: Solução cuja concentração de soluto é igual a do meio.
Osmose reversa
Na osmose reversa, aplica-se uma pressão extra contra a membrana de forma a forçar a
passagem da água do lado mais concentrado para o lado menos concentrado. Esse processo é
muito usado para se obter água pura a partir da água do mar. Uma das maiores instalações
para obtenção de água por esse processo está em Jubail na Arábia Saudita.
41
Lista 6: Propriedades coligativas
1 - As curvas de pressão de vapor de éter dietílico (A) e etanol (B) são dadas a seguir:
5 - Numa mesma temperatura, foram medidas as pressões de vapor dos três sistemas a seguir.
X = 100 g de benzeno;
Y = 5,00 g de naftaleno dissolvidos em 100 g de benzeno (MM do naftaleno = 128 g/mol);
Z = 5,00 g de naftaceno dissolvidos em 100 g de benzeno (MM do naftaceno = 228 g/mol);
42
Os resultados, para esses três sistemas, foram: 105,0; 106,4 e 108,2 mm Hg, não
necessariamente nessa ordem. Qual valor corresponde a pressão de vapor de cada um dos
sistemas: X, Y e Z?
43
II - Solução aquosa 0,1 mol/L de glicose
III -Solução aquosa 0,1 mol/L molar de KCl
b) Numa mesma temperatura, qual dos sistemas apresenta a menor pressão de vapor?
c) Para um mesmo valor de Pv, qual dos sistemas se encontra em uma temperatura maior?
d) A adição de um soluto não-volátil aumenta ou diminui a pressão máxima de vapor de um
solvente? Justifique.
44
13 - Uma série de soluções foi preparada
dissolvendo-se diferentes massas de sacarose
em 1000 g de H2O. Essas soluções foram
resfriadas e as suas temperaturas de
congelamento, determinadas. Os resultantes
obtidos encontram-se descritos no gráfico a
seguir. Com relação às soluções R e S,
indicadas no gráfico, a afirmativa
INCORRETA é:
16 - Em dois recipientes idênticos foram colocados volumes iguais de água pura (frasco A) e
de uma solução 0,2 mol/L de sacarose em água (frasco B). Esses frascos foram colocados sob
uma redoma de vidro completamente fechada e mantidos a temperatura constante.
45
a) COMPARE as temperaturas de ebulição dos líquidos
colocados inicialmente nos frascos A e B. JUSTIFIQUE
sua resposta.
b) Observa-se, com o transcorrer do tempo, que o volume
do líquido no frasco A diminui e que, no frasco B, aumenta.
JUSTIFIQUE essas observações considerando os processos
de evaporação e de condensação que ocorrem em cada
frasco.
Respostas:
46
Tema 7: Termoquímica
Processos que liberam calor são denominados EXOTÉRMICOS. Por exemplo, queima de
combustíveis, condensação e solidificação.
Em geral, basta provocarmos uma reação exotérmica para que ela se inicie e prossiga sozinha
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Calorímetros são aparelhos usados para medir a quantidade de calor que é liberada ou
absorvida numa transformação física ou química. No calorímetro de água, provocando uma
reação química dentro da água do calorímetro, a água se aquece. Pela elevação da temperatura
da água, podemos calcular a quantidade de calor que é liberada pelo corpo ou pela reação.
c= calor específico (cal/g.°C); m= massa (g); = variação da temperatura (°C), Q= calor
envolvido (cal)
Ex: a massa da água usada no calorímetro x o calor específico da água x a variação da
temperatura da água é igual ao calor recebido pela água.
Consideramos que o calor absorvido pela água é o mesmo liberado pela amostra. (calorímetro
isolado)
Sabendo o calor liberado pela massa de amostra colocada no calorímetro, podemos calcular a
quantidade de calor liberada por mol da substância.
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Toda e qualquer substância possui certa quantidade de energia interna armazenada em seu
interior, parte na forma de energia química (nas ligações entre os átomos, na coesão entre as
moléculas, etc.) e parte na forma de energia térmica (nos movimentos de translação, rotação e
vibração de átomos e moléculas). Se a energia total dos produtos é maior que a energia total
dos reagentes, é necessário haver absorção de energia para que a reação ocorra e vice-versa.
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
47
Entalpia
Quantidade de matéria
A quantidade de calor liberada ou absorvida em uma reação depende das quantidades dos
reagentes e dos produtos que participam da reação. Por convenção, considera-se que o valor
de H, escrito ao lado de uma equação química, seja referente às quantidades em mols
escritas na equação; por exemplo, a equação:
2 H2(g) + O2(g) 2 H2O (v)H = -485,8 kJ
Se a equação for multiplicada ou dividida por um número, o mesmo acontecerá com a
quantidade de calor;
48
Influência da dissolução
Comumente as substâncias absorvem ou liberam energia durante a dissolução. Assim o H de
reação dependerá se a substância envolvida está ou não dissolvida.
Influência da pressão
Grandes alterações da pressão podem causar alterações do H de reações que envolvem
substâncias gasosas.
Estado padrão
Na Termoquímica é interessante escolher um nível de referência para os valores da entalpia e
atribuir a ele o valor zero. Isso é feito dizendo-se que: Um elemento ou composto químico
está no estado padrão quando se apresenta em seu estado (físico, alotrópico ou cristalino)mais
comum e estável, puro, a 25°C e a 1 atm de pressão. Toda substância simples (ou seja,
constituída por um único elemento químico), no estado padrão, tem entalpia igual a zero.
As entalpias de reações podem ser calculadas por três caminhos: 1) Pela entalpia de formação
2) Pela energia de ligação e 3) Pela lei de Hess
O conhecimento das entalpias padrão de formação das substâncias é muito importante, pois
permite calcular as variações de entalpia das reações químicas das quais essas substâncias
participam.
Ver tabelas de entalpias de formação.
Usando H°f
Exemplo: NH3 (g) + HBr (g) NH4Br (s), conhecendo as seguintes entalpias padrão de
formação, em kJ/mol: NH3 (g) =-45,9; HBr (g) =-36,3; NH4Br (s) =-270,8.
Hreação= H°f (NH4Br(s)) – (H°f NH3(g)) -H°f (HBr(g)) = -270,8 +45,9 +36,3
Obtem-se H=-188,6 kJ/mol
49
– (H°f reagentes) (troca-se o sinal do H°f reagentes) e depois ocorresse a formação dos
produtos a partir das substâncias simples (por isso usamos + (H°f produtos) (mantem-se o
sinal do H°fprodutos))
Calor de combustão
É a variação de entalpia (quantidade de calor liberada) verificada na combustão total de 1 mol
de uma determinada substância, supondo-se no estado padrão todas as substâncias envolvidas
nessa combustão.
Calor de neutralização
Calor de neutralização é a variação de entalpia (quantidade de calor liberada) verificada na
neutralização de 1 mol de H" do ácido por 1 mol de OH- da base, supondo-se todas as
substâncias em diluição total ou infinita, a 25 °C e 1 atm. Quando o ácido e a base são ambos
fortes, a entalpia de neutralização é constante e vale aproximadamente -57,9 kJ/mol (devido a
reação H+ + OH- OH-) . Se o ácido e/ou a base forem fracos, parte da energia, que seria
liberada pela reação, é gasta no trabalho de ionização.
Energia de ligação
50
OBS: Se usássemos o H°f para calcular esse Hreação obteríamos:
Sendo: H°f (HI)=25,9kJ/mol; H°f (HCl)=-92,3kJ/mol; H°f (Cl2)=0 kJ/mol, H°f (I2)=0
kJ/mol
Hreação= 2x(-92,3) -2x25,9 = -236,4 kJ/mol que representa um erro de 26,4%
O elevado erro obtido se deve ao fato de as energias de ligações tabeladas serem energias
médias de ligação. Na verdade, as energias de ligação entre dois átomos variam de molécula
para molécula e dependem dos outros átomos na vizinhança e da geometria da molécula.
Devido a seus altos erros, esse método está em desuso.
Lei de Hess
Exemplo:
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Conteúdo extra
51
Denominamos Poder Calorífico Inferior (P.C.I.) a energia liberada por uma reação na qual a
água é obtida na forma vapor e Poder Calorífico Superior (P.C.S.) a energia liberada por uma
reação na qual a água é obtida na forma líquida.
Quando uma queima, por exemplo, é realizada em ambiente aberto (ou seja, a pressão
constante), os gases produzidos são obrigados a empurrar o ar atmosférico (é realizado um
trabalho de expansão). Esse trabalho é tanto maior quanto maior for a variação de volume (ΔV
) e a pressão atmosférica, o que origina a fórmula: T = P . V . Esse trabalho de expansão
deverá ser ―descontado‖ da energia liberada pela reação (para obtermos a energia ―útil‖
liberada), resultando no final um ―saldo‖ menor de energia útil liberada. Essa quantidade de
energia liberada para o meio a pressão constante é chamado entalpia (H ).
52
Lista 7: Termoquímica
Considerando-se essas informações, calcule qual massa de etanol, C2H5OH, é necessária para
gerar a mesma quantidade de calor liberada na queima de 1 mol de hexano, C6H14.
3 - uma vela é feita de um material com composição C20H42. A reação de combustão desse
material pode ser representada pela equação química a seguir:
53
5 - O diagrama a seguir representa as variações de entalpia para as interconvenções da água
no estado gasoso, no estado líquido e as suas substâncias formadoras.
54
8 - Combustíveis orgânicos liberam CO2, em sua combustão. O aumento da concentração de
CO2‚ na atmosfera provoca um aumento do efeito estufa, que contribui para o aquecimento do
planeta. A tabela a seguir informa o valor aproximado da energia liberada na queima de
alguns combustíveis orgânicos, a 25°C.
9 - Com a chegada dos carros com motor Flex, que funcionam tanto com álcool quanto com
gasolina, é importante comparar o preço do litro de cada um desses combustíveis. Supondo-se
que a gasolina seja octano puro e o álcool, etanol anidro, as transformações que produzem
energia podem ser representadas por:
Considere que, para o mesmo percurso, idêntica quantidade de energia seja gerada no motor
Flex, quer se use gasolina, quer se use álcool. Nesse contexto, qual será quociente entre o
preço do litro de álcool e do litro de gasolina, para que, em termos econômicos, seja
indiferente usar álcool ou gasolina?
55
12 - Os valores de energia de ligação entre alguns átomos são fornecidos no quadro a seguir:
56
Calcule a energia envolvida na formação do ácido pirúvico a partir de 1 mol de glicose.
Analise as figuras a seguir, que fornecem dados para a obtenção de zinco metálico.
Com base nos dados fornecidos, calcule o ΔH da reação de obtenção de Zn (s), em kJ/mol.
A partir dos dados fornecidos, calcule qual o valor da entalpia de ligação contida na molécula
de N2.
18 - O gás hilariante (N2O) tem características anestésicas e age sobre o sistema nervoso
central, fazendo com que as pessoas riam de forma histérica. Sua obtenção é feita a partir de
decomposição térmica do nitrato de amônio (NH4NO3), de acordo com a seguinte reação:
57
elétrica. Considere que a energia térmica liberada na combustão do metano é completamente
convertida em energia elétrica. Nesse caso, qual a massa aproximada de CO2 é lançada na
atmosfera por hora?
Respostas:
58
Tema 8: Cinética Química
As reações químicas podem ocorrer com diferentes velocidades: Ex: explosão, formação do
petróleo ou do diamante, corrosão metálica, combustão, reações ácido-base, etc.
Frequentemente, desejamos controlar a velocidade das reações acelerando determinadas
reações ou atrasando outras. Por isso é importante que conheçamos os fatores que influenciam
as velocidades das reações. Ex: redução da velocidade das reações de corrosão metálica ou de
decomposição de alimentos, aceleração da velocidade de processos industriais.
Cinética química= é o estudo da velocidade das reações químicas e dos fatores que influem
nessa velocidade
Velocidade da reação= é a medida da variação da quantidade de um reagente (ou produto) ao
longo do tempo
Se para cada mol de reagente são produzidos n mols de produto, o aumento da concentração
do produto será n vezes maior que a diminuição da concentração do reagente. Por isso, para
obtermos um mesmo resultado para a velocidade média de reação, independentemente de
fazermos o cálculo baseados no produto ou no reagente, deveremos normalizar o mesmo pelo
coeficiente da espécie.
Velocidade média = [produto]/υ t Velocidade média = -[reagente]/ υ t
Em que υ é o coeficiente da espécie na reação.
Ex: Para a reação aA + bB cC + dD podemos expressar a velocidade da reação
como
v=
59
Velocidade instantânea= é o valor para o qual tende a velocidade média quando os
intervalos de tempo vão se tornando cada vez menores.
De um modo geral a velocidade instantânea das reações diminui com o tempo de reação
devido à concentração cada vez menor dos reagentes.
A velocidade instantânea de uma reação pode ser obtida pela inclinação da reta tangente à
curva []xt no tempo de interesse. Lembre-se de normalizar o resultado pelo coeficiente dessa
substância na reação.
(Cuidado: a velocidade não pode ser obtida simplesmente pela concentração em um dado
tempo dividida por esse tempo, esse procedimento para obter inclinação só dá certo para retas
que passam pela origem. )
OBS: Não devemos confundir espontaneidade das reações com velocidade de reações.
Algumas reações que são espontâneas ocorrem muito lentamente.
Fatores que influenciam a velocidade das reações
Para que as reações ocorram, é necessário que haja uma quantidade apreciável de colisões
entre os reagentes suficientemente energéticas e com orientação favorável (colisões efetivas).
Ex: H2(g) + I2(g) 2HI(g)
- A superfície de contato entre os reagentes Ex: estado físico dos reagentes, o fato de os
reagentes estarem dissolvidos ou não, a granulometria dos reagentes, o fato de os reagentes
(ex líquidos) serem ou não miscíveis. Ex: 1) comprimido efervescente inteiro e moído em
água. 2) Corrosão de uma barra de ferro e de uma palha de aço
- O tipo de reagente Ex Reagentes que possuem ligações mais fortes reagirão mais
lentamente
60
- A concentração dos reagentes Quanto maior a concentração dos reagentes, maior é a
probabilidade de ocorrer choques entre eles. Ex Abanamos uma churrasqueira para aumentar
a concentração de O2. O processo seria ainda mais pronunciado se usássemos O2 puro.
Uma vez que os reagentes são consumidos ao longo da reação, a velocidade de reação diminui
com o tempo.
61
Cálculo da velocidade de reação para uma reação elementar (que ocorre em uma só
etapa)
Para uma reação elementar genérica aA + bB cC + dD temos v= k[A]a[B]bLei
da velocidade
A lei da velocidade é uma expressão que fornece a velocidade instantânea da reação em
função da concentração das espécies em um dado instante.
Dizemos que a ordem de reação é a em relação a A e b com relação a B. A ordem global de
reação é a+b
A constante k (constante de velocidade) depende de todos os fatores que influenciam a
velocidade das reações e principalmente da temperatura, mas não depende da concentração
das espécies. Quanto maior o valor de k, mais rápido será o consumo dos reagentes durante a
reação.
Numa dada reação a velocidade aumenta tanto quando aumentamos um reagente quanto
quando aumentamos o outro, pois, ao aumentarmos qualquer deles, a probabilidade de colisão
entre os reagentes aumenta.
Ex: H2(g) + I2(g) 2HI(g) temos: v= k[H2][I2]
62
A lei de velocidade para essa reação é:
V= k[NO2]2 (determinada pela etapa lenta)
Um estudo cinético dessa reação em função das concentrações dos reagentes foi efetuado, e os
dados obtidos estão listados na tabela a seguir:
63
Lista 8: Cinética Química
64
6 - Em presença de ar e à mesma temperatura, o que queima mais rapidamente: 1 kg de carvão
em pó ou 1 kg de carvão em pedaços? Justifique sua resposta.
10 - A hidrazina (N2H4) é utilizada, junto com alguns dos seus derivados, como combustível
sólido nos ônibus espaciais. Sua formação ocorre em várias etapas:
a) NH3(aq) + OCl–(aq) NH2Cl(aq) + OH–(aq) (rápida)
b) NH2Cl(aq) + NH3(aq) N2H5+(aq) + Cl–(aq) (lenta)
c) N2H5+(aq) + OH–(aq) N2H4(aq) + H2O(l) (rápida)
Qual é a expressão de velocidade para a reação de formação da hidrazina?
11 - Uma certa reação química é representada pela equação: 2 A(g) + 2 B(g)C(g), em que A,
B e C significam as espécies químicas que são colocadas para reagir. Verificou-se
experimentalmente numa certa temperatura que a velocidade desta reação quadruplica com a
65
duplicação da concentração da espécie A, mas não depende das concentrações das espécies B
e C. Qual é a expressão da velocidade e o valor correto da ordem da reação acima?
X CH3CHO(g) Produtos
16 - Considere a reação A ⇄ B que pode ocorrer nos dois sentidos. Sabendo que as energias
de ativação para a reação de formação e de decomposição de B, representadas nos sentidos
() e () nessa equação, são respectivamente 25,0 e 30,0 kJ/mol, qual será a variação de
energia (ΔH) da reação direta? Justifique sua resposta com o auxílio de um gráfico.
66
17 - Três experimentos foram realizados para investigar a velocidade da reação entre HCl
aquoso diluído e ferro metálico. Para isso, foram contadas, durante 30 segundos, as bolhas de
gás formadas imediatamente após os reagentes serem misturados. Em cada experimento,
usou-se o mesmo volume de uma mesma solução de HCl e a mesma massa de ferro, variando-
se a forma de apresentação da amostra de ferro e a temperatura. O quadro indica as condições
em que cada experimento foi realizado:
9 - Soluções aquosas de água oxigenada (H2O2) decompõem-se, dando água e gás oxigênio. A
figura que segue representa a decomposição de três soluções de água oxigenada em função do
tempo, sendo que uma delas foi catalisada por óxido de ferro (III) (Fe2O3).
v = k [X] [Y]
67
Indique o valor da constante de velocidade, para a reação dada, sabendo que, quando a
concentração de X é 1 mol/L e a de Y é 2 mol/L, a velocidade da reação é de 3 mol/L.m:
3X+2Y Z+5W
25 - Uma das reações que pode ocorrer no ar poluído é a reação do dióxido de nitrogênio,
NO2, com o ozônio, O3.
NO2(g) + O3(g) NO3(g) + O2(g)
68
Concentração Inicial de NOCl Velocidade Inicial
(mol dm-3) (mol dm-3 s-1)
0,30 3,60 x 10-9
0,60 1,44 x 10-8
0,90 3,24 x 10-8
Dois frascos A e B tem a mesma concentração inicial de aspartame, 200 mg/L, mas o
primeiro está armazenado a 20°C e o segundo a 4°C. Determine a razão entre as constantes de
velocidade da reação de degradação do aspartame nos frascos A e B. Justifique sua resposta.
29 - A reação redox que ocorre entre os íons brometo (Br-) e bromato (BrO3-) em meio ácido,
formando o bromo (Br2) é representada pela equação.
69
BrO3-(aq) + 5 Br -(aq) + 6 H + (aq) 3 Br2 + 3 H2O (l)
Um estudo cinético dessa reação em função das concentrações dos reagentes foi efetuado, e os
dados obtidos estão listados na tabela a seguir:
31 - O gráfico mostrado abaixo foi construído com dados obtidos no estudo da decomposição
de iodeto de hidrogênio, a temperatura constante.
a) Em qual dos quatro trechos assinalados na curva ocorre com maior velocidade média?
b) O que se pode concluir a respeito da reação no trecho IV?
32 - Em dois experimentos, massas iguais de ferro reagiram com volumes iguais da mesma
solução aquosa de ácido clorídrico, à mesma temperatura. Num dos experimentos, usou-se
uma placa de ferro; no outro, a mesma massa de ferro, na forma de limalha. Nos dois casos, o
volume total de gás hidrogênio produzido foi medido, periodicamente, até que toda a massa
de ferro fosse consumida. Assinale a alternativa cujo gráfico melhor representa as curvas do
volume total do gás hidrogênio produzido em função do tempo.
70
33 - O gráfico a seguir refere-se às curvas de distribuição de energia cinética entre um mesmo
número de partículas, para quatro valores diferentes de temperatura T1, T2, T3 e T4. Note que
as áreas sob cada uma das curvas são idênticas, uma vez que são proporcionais aos números
de partículas.
As transformações químicas serão tanto mais rápidas quanto maior for o número de colisões
possíveis. Mas isso depende não só do valor do número de colisões, mas também do valor
mínimo da energia, chamado energia de limiar ou de ativação (por exemplo, a energia E
indicada no gráfico). Assim, coloque as temperaturas indicadas no gráfico em ordem
decrescente. Justifique sua resposta.
tem uma velocidade de reação que depende da basicidade da solução. Essa velocidade foi
estudada, observando-se o comportamento resumido na tabela:
71
b) Supondo que a reação total seja exotérmica e considerando as informações dadas sobre as
duas etapas, esboce o gráfico da energia versus a coordenada da reação.
c) Em soluções diluídas, a rapidez da reação total depende apenas da concentração do haleto.
Explique por que a rapidez dessa reação não depende da concentração do íon hidróxido.
36 - A reação entre o monóxido de nitrogênio, NO (g), e o cloro, Cl2 (g), produz NOCl (g), numa
seqüência de duas etapas. Na primeira etapa, que é rápida, o monóxido de nitrogênio
dimeriza-se, formando a espécie ON-NO (g):
Na segunda etapa, que é lenta, ON-NO (g) reage com cloro, Cl2 (g), produzindo NOCl (g) :
a) Cite uma propriedade física cuja medida pode ser utilizada para determinar, em um sistema
fechado, a velocidade de decomposição do N2O5. Justifique sua resposta.
b) O gráfico a seguir descreve a fração de N2O5presente em um sistema fechado, mantido a
50°C, em função do tempo de observação da reação.
Esboce no gráfico acima, uma curva que pode representar a decomposição do N2O5(g)a 25°C.
Justifique sua resposta.
72
Respostas:
17 - II, I, III;
18 - a) curva I ; b) catalisador ; c) EII > EI.
19 - a) Curva 3, pois consome menos em um mesmo intervalo de tempo.
b) Curva 2, pois é mais rápida.
20 - v = k [A]2
21 - 1,5;
22 - v1 = 9 v;
23 - v = k [X]2 [Y]0
24 - v = kNO2Cl
25- v = kNO2O3 ; k = 4,4 x 107 dm3 mol-1s-1
26 - a) v = kNOCl2 ; b) k = 4 x 10-8 dm3 mol-1s-1; c) 2,25
27 - v = kCl2Fe2+
28 - KA = 3 KB
73
29 - v = k [BrO3 -] [Br -] [H+]2
30 - 27
31 - a) Trecho I, quando a concentração de reagentes é maior, b) No Trecho IV a velocidade
da reação ficou constante.
32 - b)
33 - T4> T3> T2> T1
34 - a) v α [I-], v α[OCl-] e v α 1/[OH-], b) v = (3/2) k (ab/c)
35 - a) (CH3)3C-Cl + OH- (CH3)3COH + Cl-, b) --- c) O íon hidróxido participa da etapa
rápida que ocorre simultaneamente com a etapa lenta, portanto, sua contribuição para o tempo
total da reação é desprezível.
36 - a) 2 NO (g) + Cl2 (g) 2 NOCl (g), b) --- , c) Etapa 2, pois é a etapa mais lenta.
37 - a) aumento da pressão ou aumento da intensidade da cor vermelha, b) Em temperatura
menor, a velocidade da reação é menor. Deste modo, a 25°C, a fração do reagente consumido
no mesmo intervalo de tempo é menor no gráfico.
74
Conteúdo auxiliar 1: Titulação e Padronização
Titulação
Quando em uma titulação o volume de solução é monitorado (uso de bureta, por exemplo) o
procedimento é chamado de volumetria
Os requisitos para que uma reação seja empregada em uma titulação são: 1) que a reação seja
simples e com estequiometria conhecida 2) que a reação seja rápida 3) Apresente mudanças
físicas ou químicas (pH, temperatura, condutividade) principalmente no ponto de equivalência
Erro da titulação: A diferença entre o ponto de equivalência (Veq) e o ponto final (Vf) é o erro
da titulação (Et)
Et = Veq - Vf
A figura a seguir esboça a curva de titulação de um ácido com uma base forte
http://www.ufjf.br
*******************************************************************
75
Substâncias padrão primário
São consideradas substâncias padrão primário somente aquelas que satisfazem os seguintes
requisitos:
As substâncias devem ser de fácil obtenção, purificação, dessecação e conservação.
As impurezas devem ser facilmente identificáveis em ensaios qualitativos conhecidos.
O teor de impurezas não deve ser superior a 0,01 – 0,02%.
A substância não deve ser higroscópica ou eflorescente (Eflorescente é a substância hidratada
que perde água porque a pressão de vapor da água na substância é maior que a pressão de
vapor da água no ar).
A substância deve possuir elevado Kps, de modo a formar uma solução perfeita.
A substância deve possuir elevado peso molecular.
A substância deve ser sólida.
O número de substâncias padrão primário existente é relativamente pequeno. As principais
são: (carbonato de sódio Na2CO3), (borato de sódio Na2B4O7), (cloreto de sódio NaCl),
(nitrato de prata AgNO3), (tiocianato de potássio KSCN), (oxalato de sódio Na2C2O4),
(dicromato de potássio K2Cr2O7), (C6H5COOH ácido benzoico), (ácido oxálico C2H2O4),
(biftalato de potássio KHC8H4O4).
São consideradas padrão secundário aquelas cujo conteúdo de substância ativa foi
estabelecido por comparação com uma substância padrão primário. Podem ser usadas para
padronização.
Soluções padrões
76
Fator de correção:
Referências:
RUSSELL, John B.; Química Geral vol.1, São Paulo: Pearson Education do Brasil, Makron
Books, 1994.
________________________________________________________________
Exemplo:
Para a padronização de NaOH utilizou-se 25 mL de solução de Biftalato de potássio 0,1372 M
como titulado, solução de NaOH preparada (C ≈0,1 M) como titulante e fenolftaleina como
indicador. Quando a coloração rosa do indicador perdurou por 30 segundos, ocorreu o ponto
final, em que foram gastos 38 mL de solução de NaOH.
Calcule a concentração real da solução de NaOH.
MM= 204,2212 g/mol
nbif= n NaOH = C Bif x V Bif = 0,00343mol
C NaOH = n NaOH/ V NaOH = 0,00343mol/0,038L = 0,09mol/L
__________________________________________________________________________
77
Conteúdo auxiliar 2: Gases ideais
• os gases são muito menos densos do que os sólidos e os líquidos (isto é, em igualdade de
massa, ocupam um volume muito maior);
• os gases sempre tendem a ocupar todo o volume do recipiente que os contém (grande
expansibilidade); Logo o volume ocupado pelo gás é o volume do recipiente
• os volumes dos gases variam muito com a pressão (grande compressibilidade) e com a
temperatura (grande dilatabilidade). Só faz sentido mencionarmos o volume de um gás e
fornecermos também sua pressão e temperatura.
• O ―estado de um gás‖ é definido pelas suas condições de volume (V), pressão (p) e
temperatura (T)
• Todo gás é formado por partículas minúsculas (átomos, moléculas, íons) em movimento
livre, desordenado e com alta velocidade. Esse movimento é denominado agitação térmica. A
maior ou menor temperatura de um gás é a medida do maior ou menor grau de agitação
térmica de suas partículas.
• As partículas de um gás estão muito afastadas umas das outras, isto é, o espaço que elas
ocupam é desprezível em face do espaço ―vazio‖ existente no estado gasoso. Tal fato explica
por que os gases têm densidades baixas, podem ser facilmente comprimidos e se misturam
com muita facilidade. Além disso, estando muito afastadas, as partículas se atraem muito
pouco, o que explica a expansão fácil dos gases e sua grande dilatação com o calor.
78
• As partículas de um gás ideal se chocam de forma perfeitamente elástica entre si e contra as
paredes do recipiente que as contém, isto é, sem perder energia cinética e quantidade de
movimento. Isso explica por que o movimento das partículas é perpétuo. Além disso, é fácil
compreender que a pressão exercida por um gás dentro de um recipiente resulta dos choques
de suas partículas contra as paredes desse recipiente.
• As moléculas não exercem força umas sobre as outras, exceto quando colidem. Entre as
colisões, apresentam movimento retilíneo e uniforme. Isso equivale a desprezar as forças
gravitacionais e as forças intermoleculares.
Lei de Boyle
Sob temperatura constante, o volume ocupado por determinada massa gasosa é inversamente
proporcional à sua pressão.
Lei de Gay-Lussac
Sob pressão constante, o volume ocupado por determinada massa gasosa é diretamente
proporcional à sua temperatura absoluta.
79
Conversão Celsius/Kelvin K = ºC + 273,15
Lei de Charles
Sob volume constante, a pressão exercida por uma determinada massa gasosa é diretamente
proporcional à sua temperatura absoluta.
80
Equação geral dos gases
81
Sendo R a constante dos gases ideais, cujo valor depende das unidades utilizadas para as
demais unidades.
Valor de R Unidades
0,0820574587 L · atm · K−1 · mol−1
8,314462 m3 · Pa · K−1 · mol−1
62,3637 L · mmHg · K−1 · mol−1
83,14462 L · mbar · K−1 · mol−1
Gás perfeito, ou gás ideal, seria o gás que obedeceria, rigorosamente, às leis e
fórmulas estudadas neste capítulo, em quaisquer condições de pressão e temperatura e
também deveria encaixar-se perfeitamente no modelo descrito pela teoria cinética. Na prática
tal gás não existe.
Os gases comuns, que chamaremos de gases reais, sempre se afastam do
comportamento de um gás perfeito, principalmente a pressões muito altas e/ou temperaturas
muito baixas. Nesses casos, o volume dos gases se reduz bastante, e as partículas se
avizinham, passando umas a interferir no movimento das outras. Como consequência, o
comportamento dos gases passa a se afastar daquele previsto pela teoria cinética.
Desse modo, podemos concluir que um gás real se assemelha mais ao gás perfeito à
medida que a pressão diminui e a temperatura aumenta; em outras palavras, o comportamento
de um gás será tanto mais perfeito quanto mais rarefeito ele estiver.
Volume molar:
É útil conhecer o volume ocupado por 1 mol de gás quando este se encontra nas condições
normais de temperatura e pressão (CNTP) ou nas condições ambientais de temperatura e
pressão (CATP):
Lei de Avogadro
82
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Informações complementares
Conversão de unidades
Volume:
Pressão:
OBS: a pressão atmosférica resulta do peso que a camada de ar atmosférico (de cerca de 800
km de espessura) exerce sobre nós e todos os objetos que estão na superfície da Terra. Sendo
assim, à medida que subimos, a pressão atmosférica diminui.
Temperatura:
OBS: O ponto inicial da escala absoluta ou escala Kelvin é chamado de zero absoluto. Esse
ponto corresponde à temperatura de -273,16 °C. É impossível chegar a essa temperatura, mas
já foram obtidos valores muito próximos. O zero absoluto é uma temperatura de grande
importância teórica para a Física e para a Química. Supõe-se que, nessa temperatura, várias
condições excepcionais serão obtidas: todas as substâncias estarão no estado sólido; cessarão
o movimento e a agitação dos átomos e das moléculas; a resistência elétrica dos metais cairá a
zero (é o fenômeno da supercondutividade elétrica).
83
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
Apostila de
Físico-Química II
Elaborada pelos professores:
Jacqueline Amanda Figueiredo dos Santos
Bruno Rocha Santos Lemos
84
Sumário
85
Tema 1: Equilíbrio Químico e Princípio de Le Chatelier
v1 = k1[A][B] e v2 = k2[C][D]
Como v1 diminui e v2 aumenta, depois de algum tempo teremos v1 = v2. A partir desse
instante, [A], [B], [C] e [D] permanecem constantes, porque, num mesmo intervalo de tempo,
a quantidade de mols de cada substância consumidos numa reação é igual à quantidade de
mols formados na reação de sentido oposto.
No instante que v1 = v2, dizemos que o sistema atingiu o equilíbrio. A partir desse
instante, o sistema constitui um equilíbrio químico. Toda reação reversível tende para um
estado de equilíbrio químico. Entretanto, o tempo necessário para que o equilíbrio seja
atingido depende de cada reação.
86
O equilíbrio químico corresponde a uma reação reversível na qual a velocidade da
reação direta é igual à velocidade da reação inversa e, consequentemente, as concentrações de
todas as substâncias permanecem constantes.
Tanto matéria como energia não estão sendo introduzidos ou removidos do sistema ( ou
seja o sistema deve ser isolado ou comportar-se como tal).
O equilíbrio químico é de natureza dinâmica e não estática. Quando estamos estudando uma
reação que caminha para um estado de equilíbrio, tem-se a impressão de que num dado
instante a reação ―parou de ocorrer‖. Esta consideração não é verdadeira; a reação,
microscopicamente, continua a ocorrer com a mesma velocidade nos dois sentidos.
87
O gráfico I mostra que ao se atingido o equilíbrio a concentração dos reagentes, [A] e
[B], é maior que a dos produtos, [C] e [D]. Dizemos que o equilíbrio está deslocado para os
reagentes.
O gráfico II mostra que ao ser atingido o equilíbrio a concentração dos reagentes, [A]
e [B], é menor que a dos produtos, [C] e [D]. Dizemos que o equilíbrio está deslocado para os
produtos.
O gráfico III mostra que ao ser atingido o equilíbrio a concentração dos reagentes, [A]
e [B], é igual a dos produtos, [C] e [D]
Constante de equilíbrio:
v1
aA + bB cC + dD
v2
Supondo que as reações nos dois sentidos sejam elementares, temos:
v1 = k1[A]a[B]b v2 = k2[C]c[D]d
No equilíbrio: v1 = v2. Logo:
k 1 [C] c [D]d
k 2 [A]a [B]b
[C] c [D]d
Kc = em que Kc = constante de equilíbrio expressa em função das concentrações
[A]a [B] b
e [X]= concentração da espécie X no equilíbrio
88
Por convenção, as concentrações dos produtos (2 membro da equação) figuram no
numerador da expressão da constante de equilíbrio. E as concentrações de equilíbrio dos
reagentes (1 membro da equação) figuram no denominador.
Atenção!
(1) A constante de equilíbrio não possui unidade!
(2) Substâncias sólidas não devem ser inseridas na equação da constante
Existem equilíbrios nos quais a reação no sentido reagentes produtos ocorre em
grande proporção; consequentemente, no sentido produtos reagentes, ocorre em pequena
proporção. Nesses equilíbrios, as concentrações dos produtos são grandes, se comparadas
com as dos regentes, e o valor do Kc é elevado. Essa situação pode ser representada
utilizando-se uma seta dupla na qual a seta que indica a conversão de reagentes em produtos é
maior que a seta que indica a conversão de produtos em reagentes.
Conclusão:
[C] c [D]d
Q= em que Q = quociente reacional e [X]= concentração da espécie X
[A]a [B] b
Para um sistema em equilíbrio, tem-se Q= K
Kc x Kp
Para uma reação na qual todos os componentes estão na fase gasosa, a constante de
equilíbrio pode ser definida em termos das pressões parciais dos componentes, em vez das
concentrações dos mesmos. Nesse caso a constante será chamada de Kp e não Kc. Entende-se
por pressão parcial de um componente a pressão que ele exerceria se estivesse sozinho no
89
volume V e temperatura T. Em outras palavras, a pressão parcial é a pressão que pode ser
atribuída exclusivamente a um componente em uma mistura.
A constante Kp é definida de forma análoga à Kc, porém utilizando-se as pressões dos
componentes invés das concentrações:
c d
pC pD
Kp = a b
pA pB
Num recipiente de volume constante igual a 1,00 litro, inicialmente evacuado, foi introduzido
1,00 mol de pentacloreto de fósforo gasoso e puro. O recipiente foi mantido a 250 ºC e no
equilíbrio final foi verificada a existência de 0,47 mol de gás cloro. Qual é o valor
aproximado da constante (Kc) do equilíbrio estabelecido dentro do cilindro e representado
pela seguinte equação química?
90
Caso 1) Alteração da composição do equilíbrio
- o segundo estado de equilíbrio é diferente do primeiro (as concentrações das espécies são
diferentes), por isso dizemos que o sistema atingiu ―um novo estado de equilíbrio‖.
Entretanto, para as duas situações o valor de Kc é o mesmo.
- a concentração dos produtos aumentou e a concentração do álcool etílico diminuiu (como
consequência do deslocamento do equilíbrio no sentido da produção de produtos). Entretanto,
a concentração do ácido acético assume um valor entre 0,333 e 1,333.
Resumindo, como é possível prever o sentido do deslocamento do equilíbrio?
- Se um reagente foi adicionado ao sistema, isso reduz o valor de Q (uma vez que a
concentração dos reagentes é colocada no denominador). Para aumentar o valor de Q
novamente, deve-se aumentar a concentração dos produtos, ou seja o sistema deve se deslocar
no sentido de formação de produtos. Entretanto, se raciocinarmos a partir do Princípio de Le
Chatelier, chegaremos à mesma conclusão, ou seja, se adicionamos um reagente ao sistema, o
equilíbrio deve se deslocar de forma a amenizar essa perturbação. Ou seja, ele deve se
deslocar no sentido de consumo dos reagentes.
Suponha uma reação química para a qual o número total de substâncias gasosas formadas nos
produtos é diferente do número total de substâncias gasosas consumidas nos reagentes.
91
Ex: N2(g) + 3 H2(g)⇄ 2 NH3(g)
4 mols de gás 2 mols de gás
Se a pressão do sistema for aumentada mediante a injeção de uma substância gasosa que
participa do equilíbrio, o mesmo deverá se deslocar no sentido de consumo dessa substância
(conforme ―Caso 1‖).
Se uma reação reversível é exotérmica no sentido direto, ela deverá ser endotérmica no
sentido inverso e vice-versa.
O aumento da temperatura do sistema desloca o equilíbrio no sentido endotérmico, ou seja,
em que há consumo de calor.
Já a redução da temperatura do sistema desloca o equilíbrio no sentido exotérmico, ou seja,
em que há liberação de calor
Influência do catalisador
___________________________________________________________________________
92
Conteúdo complementar:
___________________________________________________________________________
_
93
Lista 1: Equilíbrio Químico e Princípio de Le Chatelier
2 - Dois mols de CO(g) reagem com dois mols de NO2(g), conforme a equação:
Quando se estabelece o equilíbrio, verifica-se que 3/4 de cada um dos reagentes foram
transformados em CO2(g) e NO(g). Qual é a constante de equilíbrio para a reação acima.
3 - Num recipiente de volume constante igual a 1,00 litro, inicialmente evacuado, foi
introduzido 1,00 mol de pentacloreto de fósforo gasoso e puro. O recipiente foi mantido a 250
ºC e no equilíbrio final foi verificada a existência de 0,47 mol de gás cloro. Qual é o valor
aproximado da constante (Kc) do equilíbrio estabelecido dentro do cilindro e representado
pela seguinte equação química?
4 - São colocados 8,0 mol de amônia num recipiente fechado de 5,0 litros de capacidade.
Acima de 450 ºC estabelece-se, após algum tempo, o seguinte equilíbrio:
94
a) Efetue os cálculos necessários e conclua se a mistura A se encontra ou não em situação de
equilíbrio.
b) Efetue os cálculos necessários e conclua se a mistura B se encontra ou não em situação de
equilíbrio.
7 - Calcular o Kc da reação 2H2(g) + S2(g)⇄ 2H2S(g), a 750 ºC, sabendo que em um recipiente
de 90 L de capacidade estão em equilíbrio 13,7 g de hidrogênio, 9,2 x 10-3 g de enxofre e
285,6 g de ácido sulfídrico.
8 - A constante de equilibro, a 700ºC, para a reação 2SO3(g)⇄ 2SO2(g) + O2(g), é igual a 4,80 x
10-3. Uma mistura desses três gases foi analisada, obtendo-se as seguintes concentrações:
[SO3] = 0,70 mol.L-1; [SO2] = 0,60 mol.L-1; [O2] = 0,02 mol.L-1. Essa mistura está em
equilíbrio? Em caso contrário, em que sentido a reação progredirá, ao aproximar-se do
equilíbrio?
10 - Um recipiente de reação de 3,00 L é ocupado com 0,150 mol de CO, 0,0900 mol de H 2 e
0,180 mol de CH3OH. O equilíbrio é atingido na presença de um catalisador óxido de zinco-
cromo(III); e a 300ºC, Kc = 1,1 x 10-2 para a reação, CO(g) + 2 H2(g) CH3OH(g). À medida
que a reação vai chegando ao equilíbrio, a concentração molar do CH3OH aumenta, diminui
ou permanece inalterada?Justifique.
95
14 - Um método proposto para coletar energia solar consiste na utilização desta energia para
aquecer a 800 ºC trióxido de enxofre (SO3) ocasionalmente a reação:
2 SO3(g)⇄ 2 SO2(g) + O2(g)
Os compostos SO2 e O2, assim produzidos, são introduzidos em um trocador de calor de
volume corresponde a 1,0 L e se recombinam produzindo SO3 e liberando calor. Se 5,0 mols
de SO3 sofrem 60% de dissociação nesta temperatura, qual será o valor de Kc?
96
a) Mais H2(g)
b) Mais Fe(s)
c) Um catalisador
Respostas:
1 - b) 5.10-13
2 - 9,00
3 - 0,42
4 - 1,08
5 - a) Qc = 2, A está em equilíbrio.
b) Qc = 40, Kc ≠ Qc, B não está em equilíbrio.
6 - Não existe tendência de formar mais amônia.
7 - 9,4 x 105
8 - Qc = 1,47 x 10-2 ( Kc), progredirá em direção aos reagentes.
97
9 - [Br2] = [H2] = 1,1 x 10-8 mol.L-1; [HBr] = 1,2 x 10-3 mol.L-1; % de decomposição:
1,8 x 10-3%
10 - Diminui.
11 - 0,26
12 - 0,065
13 - Kc = 1,56 x 10-2 para a equação:
2HI(g)⇄ H2(g) + I2(g)
14 - 3,4
15 - 50,0
16 - 0,984 atm
17 - 0,25
18 - a) Kc = [CO2]3/[CO]3 ou Kp = p3CO2/p3CO
b) Não influi, pois o ferro é sólido.
19 - reação I. No equilíbrio temos variação de número de mol entre reagente e produto.
20 - A cerveja a 25 ºC, pois o processo é exotérmico.
21 - Kp = p4H2O/p4H2
a) Deslocamento para a direita
b) Não há deslocamento
c) Não há deslocamento
22 - a) Aumentando a temperatura;
b) diminuindo a pressão total sobre o sistema.
23 - Exotérmica
24 - a) Kc = 50
b) Desloca no sentido da formação de HI
98
Tema 2: Equilíbrios iônicos e Teoria ácido-base
Equilíbrio iônico é o caso particular dos equilíbrios químicos em que aparecem íons.
𝐻2 𝑂
C12H22O11 (s) C12H22O11 (aq)
→
𝐻 𝑂 𝐻𝑂
NaCl(s) 2 NaCl(aq) 2 Na+(aq) + Cl-(aq)
→ →
99
Alguns eletrólitos, entretanto, não se dissociam completamente:
AB(aq)⇄ A+(aq) + B-(aq) (processo reversível)
𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑑𝑒𝑚𝑜𝑙𝑠𝑑𝑖𝑠𝑠𝑜𝑐𝑖𝑎𝑑𝑜𝑠 0≤α≤1
α= 𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑑𝑒𝑚𝑜𝑙𝑠𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
Verifica-se assim que algumas substâncias liberam íons H3O+em água enquanto outras
liberam íons OH- em água.
Observe que nas equações acima, o HCl atua como um ácido segundo Arrhenius porque
libera H3O+ na água. Porém, também atua como ácido segundo Bronsted-Lowry porque ele
doa um H+ para a molécula de água. Já a amônia, atua como uma base segundo Arrhenius
100
porque libera OH- na água. Porém, também atua como base segundo Bronsted-Lowry porque
ela recebe um H+ da água.
Conceito de ácido e base de Lewis: Para que uma base seja um bom receptor de prótons ela
deve ter um par de elétrons não-compartilhado para que o próton se ligue. Segundo a teoria
proposta em 1923 pelo químico americano Gilbert N. Lewis (1875-1946), uma base é um
doador de par de elétrons e um ácido é um receptor de par de elétrons. A vantagem da teoria
ácido-base de Lewis é que ela aumenta muito o número de espécies que podem ser
consideradas como ácido ou base.
Ex 1:
Ex 2:
Assim como os outros eletrólitos, os ácidos e as bases podem ou não sofrer ionização
em grande extensão. Considera-se que os ácidos e bases fortes se ionizam completamente em
água. Já os ácidos e bases fracos ionizam/dissociam apenas parcialmente e consequentemente
existem em solução como uma mistura de moléculas não ionizadas e íons
Considerando a força dos ácidos e bases, a ionização/dissociação dos mesmos pode ser
representada como reações completas ou reações em equilíbrio, utilizando uma seta de reação
apropriada. Ex:
𝐻2 𝑂
NaOH Na+ + OH- (base forte)
→
Por apresentarem elevado grau de dissociação liberando íons OH-, os hidróxidos dos
metais alcalinos e alcalinos terrosos mais pesados comportam-se como bases fortes. Ex:
NaOH, KOH, Ba(OH)2, Sr(OH)2. Os hidróxidos de Mg2+ e Ca2+ são pouco solúveis e
apresentam tendência para a formação de complexos do tipo MOH+. Esse fato diminui a força
dessas bases. Em sua maioria, os hidróxidos metálicos são pouco solúveis (Ex: Al(OH)3,
Fe(OH)3, etc)
101
Quando um ácido sofre remoção de um próton, o produto resultante é denominado
base conjugada desse ácido. Por outro lado, quando uma base recebe um próton, o produto
resultante é denominado ácido conjugado dessa base.
Se um ácido ou base é forte, sua espécie conjugada é fraca. Porém se o ácido ou base é fraco,
sua espécie conjugada é forte.
Consideramos como ácidos fortes aqueles cuja força é maior do que a do íon hidrônio.
102
Anfóteros
Algumas espécies podem atuar tanto como ácidos quanto como bases. Para que isso seja
possível, a reação não poderá produzir um ácido ou base forte.
103
Lista 2: Teoria Ácido-Base
104
8 - Quando ácido sulfuroso é adicionado a uma solução de íons benzoato, forma-se um
precipitado branco de ácido benzóico:
Por outro lado, se em vez de ácido sulfuroso, usar-se ácido acético, aparentemente não ocorre
reação. Qual é a ordem crescente das forças desses três ácidos?
9 - Na reação entre um hidreto metálico e amônia líquida, representada pela equação abaixo,
quais são as bases de Brönsted?
H-+ NH3⇄ NH2- + H2
Em que conceito essa equação é uma reação ácido-base? Por quê? Que espécie atua como
ácido? Por quê?
Respostas:
105
e) NH2CONH2(aq) + H2O(l)⇄ NH2CONH3+(aq) + OH-(aq)
NH2CONH2 : base / NH2CONH3+: ácido
3- a) ácido de Bronsted: HNO3; base de Bronsted: HPO42-;
b) base conjugada a HNO3: NO3-; ácido conjugado a HPO42-: H2PO4-
4- a) ácido de Bronsted: NH4+; base de Bronsted: HSO3-;
b) base conjugada a NH4+: NH3; ácido conjugado a HSO3-: H2SO3
5 - Ácidos: H2SO4 e HCl; Bases: Cl- e HSO4-
6 - c) e d)
7 - HCO3-(aq) + H2O(l)⇄ H2CO3(aq) + OH-(aq)
HCO3-(aq) + H2O(l)⇄ CO32-(aq) + H3O+(aq)
106
Tema 3: Equilíbrio iônico da água. Cálculo de pH de ácidos e bases fortes e fracos
monopróticos
Vimos que muitas substâncias sofrem ionização em água, ou seja, produzem íons. A
água pode inclusive se auto- ionizar:
ou
Logo, mesmo a mais pura das águas possui, além de moléculas de H2O, íons H3O+ e OH-.
A constante de equilíbrio para a reação de auto-ionização da água é denominada Kw e
seu valor é 1,0x10-14 a 25 °C. O pequeno valor dessa constante mostra que a maioria das
moléculas de água encontra-se na forma não ionizada e a água pura não é boa para conduzir
corrente elétrica.
Atenção! A concentração da água não entra na fórmula de Kw.
Uma vez que a auto-ionização da água produz quantidades iguais de H3O+ e OH-, tem-
se que na água pura [H3O+]=[OH-]= 1,0 x 10-7 (valor obtido a partir da expressão de Kw).
pH (potencial hidrogeniônico)
pH = -log [H3O+]
Analogamente, define-se:
[H3O+][OH-] = 1,0x10-14
log [H3O+] + log [OH-] = log 1,0x10-14
107
- log [H3O+] - log [OH-] = - log 1,0x10-14
Então:
pH + pOH = pKw
ou
pH + pOH = 14
Conforme podemos observar na figura abaixo, o log de uma grandeza aumenta com o
aumento dessa grandeza. Entretanto, o - log de uma grandeza diminui com o aumento dessa
grandeza. Assim, podemos compreender melhor porque o pH (-log[H3O+]) diminui com o
aumento da concentração de H3O+.
a b
108
são chamadas, respectivamente, de constante de dissociação ácida (Ka) e constante de
dissociação básica (Kb).
[A ][ H 3O ]
HA + H2O ⇄ A- + H3O+Ka = pKa = -log Ka
[ HA]
[HA][OH - ]
A- + H2O ⇄ HA + OH-Kb = pKb = -log Kb
[A-]
Observe que quanto mais forte o ácido, maior é o seu Ka e menor é o seu pKa.
Analogamente, quanto mais forte a base, maior é o seu Kb e menor é o seu pKb.
Atenção! As equações de Ka e Kb não são o inverso uma da outra! Em ambos os casos, a
reação ocorre com a água.
[A ][ H 3O ] [HA][OH - ]
Ka. Kb = . = [H3O+][OH-] =Kw
[ HA] [A-]
Logo:
Podemos verificar também que a soma das equações de hidrólise de um ácido e hidrólise de
sua base conjugada fornece a equação de auto ionização da água, cuja constante é Kw.
HA + H2O ⇄ A- + H3O+
A- + H2O ⇄ HA + OH-
____________________
2H2O ⇄ H3O+ + OH-
Assim podemos chegar na seguinte conclusão, a qual possui validade geral, ou seja, não é
limitada a esse caso para o qual foi demonstrada:
A constante de equilíbrio de uma equação obtida como a soma de outras equações é dada pelo
produto das constantes de equilíbrio das equações somadas.
109
Cálculo do pH de ácidos fortes monopróticos
Suponha que preparemos uma solução de um ácido forte cuja concentração inicial do ácido
seja Ca. Como o ácido é forte, ele deverá se converter integralmente em sua base conjugada e
H3O+, e não teremos o ácido não ionizado no sistema. Logo: [H3O+] = Ca
HA + H2O A- + H3O+
Início Ca 0 0
Final 0 Ca Ca
110
Como o ácido é forte e libera muito mais H3O+ que a água pura, não precisamos
considerar a contribuição do H3O+ produzido pela auto-ionização da água, a não ser que o
ácido esteja muito diluído. Temos então:
No caso dos ácidos fracos, não podemos considerar que a concentração do H3O+ será igual a
concentração inicial do ácido, pois apenas uma parte do ácido sofrerá ionização.
HA + H2O ⇄ A- + H3O+
Início Ca 0 0
Reação -x +x +x
Equilíbrio Ca-x x x
[A ][ H 3O ]
Ka =
[ HA]
x.x
Ka = KaCa – Kax = x2 x2 +Kax – KaCa = 0
Ca x
Sendo x = [H3O+], então [H3O+] (e consequentemente o pH) pode ser obtido resolvendo a
equação:
ax2+ bx + c = 0
usamos:
−𝑏 ± 𝑏 2 − 4𝑎𝑐
𝑥= Fórmula de Bhaskara
2𝑎
Nas situações em que o ácido é muito fraco, podemos considerar que a concentração do ácido
não ionizado no equilíbrio será praticamente igual à concentração inicial. Isso quer dizer que
[HA] >> [A-]. Assim:
HA + H2O ⇄ A- + H3O+
Início Ca 0 0
Reação -x +x +x
111
Equilíbrio Ca-x x x
A- + H2O ⇄ HA + OH-
Equilíbrio Cb-x x x
Ou
[OH-]= = KbCb
No caso de ácidos muito diluídos, a quantidade de H3O+ vinda da água não poderá ser
desprezada frente ao H3O+ vindo do ácido. Para obtermos a equação que fornece a [H3O+]
nesse caso, montamos um sistema a partir de várias equações. Para termos uma quantidade de
equações suficiente, consideraremos o balanço de massa (BM) e o balanço de carga (BC) do
sistema.
HA + H2O ⇄ A- + H3O+ Ka = ∞
2H2O ⇄ H3O + OH
+ -
Kw= [H3O+][OH-]
BM: Ca = [A-] pois o ácido é forte
BC: [H3O ] = [A ] + [OH-]
+ -
112
Inserindo a equação de Kw e o BM no balanço de carga temos:
𝐾𝑤
+ Ca = [H3O+] (Multiplicando a equação por [H3O+]):
[𝐻 𝑂 + ]
3
Kw + Ca[H3O+] = [H3O+]2
Observe que nesse caso não podemos considerar que [H3O+] = [A-], pois a água também
contribui para a concentração do H3O+. No caso de um ácido diluído devemos considerar que
o H3O+ total é o H3O+ que vem do ácido (= [A-] ) mais o H3O+ que vem da água (= [OH-] ).
Perceba que essa consideração está sendo expressa pelo balanço de carga.
__________________________________________________________________________
Indicadores ácido-base
Um indicador ácido-base é um ácido fraco ou uma base fraca cujas diferentes espécies
protonadas assumem diferentes cores. A equação a seguir mostra a ionização de um indicador
genérico, representado por ―In‖
113
A figura a seguir mostra as estruturas do indicador ácido base fenolftaleína na presença de
H3O+ ou OH-.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Conteúdo extra
Log a b = x ax= b
Em que: a= base do logaritmo, b= logaritmando e x= logaritmo de b na base a
114
Lista 3: Cálculo de pH de ácidos e bases fortes e fracos monopróticos
1 - A 60°C, o produto iônico da água, [H+] × [OH–], é igual a 1,0 x 10–13. Em relação a
soluções aquosas nesta temperatura, são feitas as seguintes afirmações:
6 - Calcule o grau de ionização de um ácido em uma solução 0.1 mol/L, cuja constante de
ionização é 9,0 x 10-7 a 25°C.
7 - Calcule a constante de ionização do NH4OH sabendo que seu grau de ionização é de 1,3%
em uma solução 0,10 mol/L.
8 - Um copo, com capacidade de 250 ml, contém 100 ml de uma solução aquosa 0,10 mol/L
de ácido acético na temperatura de 25 °C. Nesta solução ocorre o equilíbrio:
Considere a adição de mais 100 ml de água pura a esta solução, com a temperatura
permanecendo constante. Após a adição de água, o que acontecerá com:
9 - Uma área agrícola foi adubada com amônia, nitrato e fosfato de amônio. Na amostra das
águas residuais da irrigação dessa área verifica-se que a concentração de íons OH-(aq) é igual a
8,0 x 10-5 mol/L, a 25°C. Calcule o pH da amostra em questão.
115
10 - A concentração hidrogeniônica do suco de limão puro é 10 -3 mol/L. Qual o pH de um
refresco preparado com 20 mL de suco de limão e água suficiente para completar 200 mL?
13 - Calcule o pH de uma solução 0,10 mol/L de ácido acético (HAc;Ka = 1,8 x 10-5).
15 - Calcule o pH de uma solução de 2,0 x 10-3 mol/L de anilina (C6H5NH2; Kb = 4,0 x 10-10)
17 - Qual é o pH de uma solução 1,50 x 10-4 mol/L de metilamina? (CH3NH2; pKb = 4,50)
18 - Calcule a [H3O+] em uma solução 0,120 mol/L de HNO2 (Ka = 5,1 x 10-4)
19 - Calcule a [H3O+] em uma solução 7,5 x 10-2 mol/L de NH3. (Kb = 1,76 x 10-5)
23 - Indicadores são substâncias cujas cores variam com o pH do meio. Essas variações de cor
resultam do deslocamento de equilíbrios ácido/base uma vez que as espécies ácida e básica
têm cores diferentes. Esses equilíbrios podem ser representados pela equação abaixo, na qual
In simboliza um grupo orgânico.
116
O indicador azul de bromotimol apresenta cor amarela em soluções com pH < 6 e cor azul em
pH > 7,6. A cor da solução varia entre diversas tonalidades de verde quando o pH esta entre 6
e 7,6.
a) Indique qual das espécies I e II, predomina em meio fortemente ácido. Justifique a sua
resposta de acordo com o princípio de Le Chatelier.
b) Indique a cor das espécies I e II no caso do azul de bromotimol.
c) A uma solução aquosa de azul de bromotimol de pH = 8 adicionou-se HCl suficiente para
aumentar mil vezes a concentração de íons hidrogênio. Calcule o pH da solução resultante e
indique a sua cor.
Respostas:
1 - I,II,III e IV
2 - HC < HB < HA
3 - pH = 2
4 - pH =12,3
5 - 4 x 10-4 mol.L-1
6 - 0,3%
7 - kb = 1,69 x 10-5
8 - a) vai diminuir b) vai aumentar
9 - 9,9
10 - pH = 4,0
11 - 200 gotas.
12 - a) NH4+(aq) + H2O(l) NH3(aq) + H3O+(aq)
+ +
a) K = [NH3][H3O ]/[NH4 ]
b) pH = 9,0
c) ácida
13 - pH = 2,87
117
14 - pH = 5,41; [OH-] = 2,58 x 10-9 mol/L
15 - pH = 7,96
16 - pH = 9,49
17 - pH = 9,74
18 - 7,6 x 10-3 mol/L
19 - 8,7 x 10-12 mol/L
20 - pH = 2,32
21 - pH = 11,51
22 - pH = 6,92
23 - a) O aumento da concentração de H+ tende a deslocar o equilíbrio no sentido de
consumir essa íons, levando a formação da espécie I.
b) I - Amarela / II – Azul
c) pH = 5
24 - a) KOH(aq) + HNO3(aq) → KNO3(aq) + H2O(l)
b) pH = 13
25 - pH =1,7
26 - pH = 12
118
Tema 4: Ácidos Polipróticos
Ácidos polipróticos são aqueles que podem sofrer mais de uma desprotonação:
Ou
[H3O+] = KaCaSe pudermos considerar que Ka1 também é pequeno e 3%Ca > [H3O+]
OBS: Os casos de ácidos fracos em que tanto Ka1 como Ka2 precisam ser considerados geram
equações de terceiro grau e, portanto, não serão trabalhados no nosso curso.
Consideraremos o ácido forte diprótico como um ácido forte monoprótico, visto que a
segunda desprotonação é desprezível. Usamos a equação:
pH = -log [Ca]
119
[A 2 ][ H 3 O ]
HA + H2O ⇄ A + H3O
- 2- +
Ka2=
[ HA ]
BM: Ca = [HA-] + [A2-] (Como o ácido é forte, consideramos que [H2A] = 0)
[H3O+] = Ca + [A2-] Ou seja, consideraremos que o H3O+ total é a soma do H3O+ que
vem
da primeira desprotonação (= Ca, pois Ka1 = ∞) mais o H3O+ que
vem da segunda desprotonação (= A2-).
[ H 3 O ] 2 - Ca[ H 3 O ]
Ka2=
2Ca [ H 3 O ]
[H3O+]2 – Ca[H3O+] = 2CaKa2 – Ka2[H3O+]
Na primeira desprotonação as espécies HA-e H3O+ são produzidas em quantidade Ca, uma
vez que essa reação é completa. Na segunda desprotonação, mais H3O+ é formado e parte do
HA- é consumido numa quantidade igual ao A2- formado.
[A 2 ](Ca [A2- ] )
Ka2=
(Ca [A2- ] )
[A2-]Ca + [A2-]2 = Ka2Ca - Ka2[A2-]
[A2-]2(Ca + Ka2)[A2-] - Ka2Ca = 0
Assim, após obter [A2-], a concentração de H3O+ é obtida por:
[H3O+] = Ca+ [A2-]
___________________________________________________________________________
120
Lista 4: Ácidos polipróticos
3 - Calcule o pH do H2SeO4(aq) 0,010 mol.L-1, sabendo-se que Ka1 é muito grande e Ka2 = 1,2
x 10-2.
4 - Calcule o pH do H2SO4(aq) 0,15 mol.L-1 a 25ºC. Dado que Ka1 = ∞, Ka2 = 1,2 x 10-2.
6 - Calcule o pH de uma solução 0,010 mol.L-1 de ácido sulfuroso (H2SO3, pKa1 = 1,76 e pKa2
= 7,21).
7 - Calcule o pH de uma solução 0,010 mol.L-1 de ácido oxálico (H2C2O4; pKa1 = 1,25 e pKa2
= 4,28).
8 - Calcule o pH de uma solução 0,010 mol.L-1 de ácido maleico (pKa1 = 1,92 e pKa2 = 6,22).
a) Supondo uma solução 1 mol/L dos dois ácidos, coloque em ordem crescente de abundância
os ânions HCO3-, CO32-,HC2O4- e C2O42-.
b) Qual dos ácidos é o mais forte? Justifique sua resposta.
Respostas:
121
C6H4(COOH)CO2-(aq) + H2O(l)⇄ H3O+(aq) + C6H4(CO2)22-(aq)
3 - 1,85
4 - 0,80;
5 - a) 4,18 b) 3,80 c) A aproximação não é justificada, pois Ka1 e Ka2 são próximos
d) 5,31
6 - 2,15
7 - 2,06
8 - 2,19
9 - a) CO32-< HCO3-< C2O42- < HC2O4- b) H2C2O4, pois possui o maior valor de Ka.
122
Tema 5: Hidrólise Salina
Quando se dissolvem sais em água pura, nem sempre a solução resultante se apresenta
neutra. A razão para isso é que alguns sais reagem com a água (daí o termo hidrólise),
produzindo excesso de íons hidrônio ou hidróxido, tornando a solução ácida ou básica,
respectivamente.
Suponha um sal genérico BHA o qual foi obtido pela reação entre o ácido HA e a base
B:
HA + B BH+ + A-
sal (BHA)
Quando esse sal é dissolvido em água, ele se dissocia:
BHA(s) + H2O BH+(aq) + A-(aq)
Se o sal se dissocia completamente, as concentrações do cátion e do ânion (logo após a
dissociação) serão correspondentes à concentração inicial do sal, obedecendo a estequiometria
da dissolução.
A seguir, as seguintes reações podem acontecer:
Constantes de hidrólise
Como KaKb = Kw, quanto mais forte for o ácido, menor será a extensão da hidrólise de sua
base conjugada e quanto mais forte for a base, menor será a extensão da hidrólise de seu ácido
conjugado. O contrário também é verdade.
Para um sal proveniente da reação entre um ácido forte e uma base forte
Ex: HCl + NaOH NaCl (sal) + H2O
as reações de hidrólise, tanto do cátion como do ânion, não são prováveis, pois essas reações
produziriam base e ácido forte, respectivamente. Como sabemos, ácidos e bases fortes não
permanecem em solução na forma não ionizada.
Nesse caso, como nenhuma reação de hidrólise acontece, o pH não será alterado.
Consequentemente, a dissolução de um sal de ácido forte e base forte manterá o pH=7. Por
isso o sal de ácido forte e base forte é denominado sal neutro.
Suponha agora um sal proveniente da reação entre uma base forte e um ácido fraco.
123
Ac- + H2O ⇄ HAc + OH- (aumento da concentração de OH- na solução)
Assim, o ânion atua como uma base fraca, resultando em uma solução com pH > 7. O pH da
solução poderá ser calculado por:
Ou
[OH-]= = KbCa
Suponha agora um sal proveniente da reação entre um ácido forte e uma base fraca.
Assim, o cátion atua como um ácido fraco, resultando em uma solução com pH < 7. O pH da
solução poderá ser calculado por:
Ou
[H3O+] = KaCa
124
Lista 5: Hidrólise salina
2 - Calcule o pH de uma solução 0,01 mol/L de acetato de sódio. Dado: Ka(HAc) = 1,8 x 10-5
3 - Calcule o pH de uma solução 0,05 mol/L de cloreto de amônio. Dado: Kb(NH3) = 1,8 x 10-
5
4 - Calcule o pH de uma solução 0,01 mol/L de cianeto de potássio. Dado: Kb(CN-) = 4,8 x
10-5
5 - Para os sais abaixo, indique se o cátion, o ânion ou ambos sofrem hidrólise. Indique
também se o pH de uma solução aquosa desses sais será maior, menor ou igual a 7.
JUSTIFIQUE suas respostas.
a) NaBr
b) NH4NO3
c) NH4CN (Ka(NH4+) = 5,56 x 10-10 e Kb(CN-) = 2,04 x 10-5)
d) Na2CO3
7 - Quando se adiciona o indicador fenolftaleína a uma solução aquosa incolor de uma base de
Arrhenius, a solução fica vermelha. Se a fenolftaleína for adicionada a uma solução aquosa de
um ácido de Arrhenius, a solução continua incolor. Quando se dissolve cianeto de sódio em
água, a solução fica vermelha após adição de fenolftaleína. Se a fenolftaleína for adicionada a
uma solução aquosa de cloreto de amônio, a solução continua incolor.
125
a) Explique o que acontece no caso do cianeto de sódio, utilizando equações químicas.
b) Explique o que acontece no caso do cloreto de amônio, utilizando equações químicas.
a) Em qual dos dois pHs há uma maior eficiência no transporte de oxigênio pelo organismo?
Justifique.
b) Em casos clínicos extremos pode-se ministrar solução aquosa de NH4Cl para controlar o
pH
do sangue. Em qual destes distúrbios (alcalose ou acidose) pode ser aplicado esse recurso?
Explique.
Indique, na tabela que segue, a coluna contendo as cores desses sistemas depois da adição de
azul-de-bromotimol.
Respostas:
126
5 - a) nenhum, pH = 7 b) Cátion, pH < 7 c) Cátion e ânion, pH > 7 (Kb> Ka) d)
Ânion, pH > 7
6 - e)
8 - a) pH = 7,6, pois a quantidade de O2 transportado é maior.
b) Alcalose; NH4Cl tem caráter ácido.
9 - d)
127
Tema 6: Solução tampão
A importância do controle do pH
Conceito de tampão
Considere um tampão constituído pela mistura de um ácido fraco HA e sua base conjugada A-
. Essas espécies apresentam os seguintes equilíbrios em água:
Quando um ácido é adicionado a esse sistema, ele será consumido por parte da base
conjugada A- e produzirá mais HA, deslocando o equilíbrio de hidrólise do ácido fraco no
sentido dos reagentes. Por outro lado, se uma base for adicionada ao sistema, ela será
consumida pelo ácido HA produzindo mais da base A- ao deslocar o equilíbrio de hidrólise da
base conjugada no sentido dos reagentes. Assim, o pH do sistema não deverá sofrer grande
alteração, uma vez que o tampão tem a capacidade de consumir tanto um ácido que for
adicionado como uma base.
Cálculo do pH de um tampão
O pH de uma solução tampão pode ser calculado a partir de uma derivação da equação
da constante Ka:
[A ][ H 3O ]
Ka =
[ HA]
Isolando [H3O+]:
K [ HA]
[H3O+] = a -
[A ]
128
Aplicando o log em ambos os lados da equação:
[ HA]
log[H3O+] = logKa + log -
[A ]
Multiplicando por (-1):
[ HA]
-log [H3O+] = -logKa - log -
[A ]
[ HA]
pH = pKa - log -
[A ]
Invertendo o sinal e a fração do log:
[A - ]
pH = pKa + log Equação de Henderson Haselbach
[HA]
Uma vez que o ácido e a base são fracos, não sofrem hidrólise em quantidade
apreciável. Além disso, a presença da espécie conjugada desloca o equilíbrio dificultando
ainda mais a hidrólise. Assim, a concentração analítica do ácido e da base será muito próxima
da concentração dessas espécies no equilíbrio. Isso significa que invés de substituir as
concentrações do ácido e da base no equilíbrio, podemos utilizar também as concentrações
analíticas. A equação ficaria:
CA-
pH = pKa + log
C HA
A equação de Henderson Haselbach não pode ser utilizada para sistemas muito
diluídos. Entretanto enquanto essa equação for válida, o pH do tampão dependerá apenas do
pKa do ácido e da razão entre as concentrações do ácido e da base. A diluição do sistema não
modifica a razão da concentração entre essas espécies. Assim, o pH do sistema não será
afetado pela diluição enquanto a equação de Henderson Haselbach for válida.
Capacidade tamponante
129
de Henderson Haselbach fornecerá: pH = pKa + 1. Por outro lado, se a concentração do ácido
for 10 vezes a concentração da base a equação fornecerá pH = pKa – 1. Assim, o tampão terá
capacidade tamponante apreciável no intervalo pH = pKa ± 1.
A capacidade tamponante também depende da concentração do ácido e da base
conjugada. Considere dois tampões constituídos pelo mesmo par ácido/base sendo que cada
um dos sistemas apresenta concentrações iguais entre o ácido e a base conjugada. Logo o pH
será igual ao pKa nos dois casos. Entretanto, a concentração das espécies em um tampão é
diferente do outro. Sejam por exemplo duas soluções:
Resumindo:
Se um ácido ou base forte for adicionado ao sistema, ele/ela deverá reagir completamente de
forma que o número de mol adicionado de ácido forte, por exemplo, será igual ao número de
mol produzido do ácido conjugado e ao número de mol consumido da base conjugada. Já no
caso da adição de base forte, será produzido igual número de mol da base conjugada e
consumido igual número de mol do ácido conjugado.
Suponha um tampão constituído por 0,2 mol/L de NH3 e 0,3 mol/L de NH4Cl.
a) Qual é o pH desse tampão?
Sabendo que o pKa do íon NH4+ é 9,24 e substituindo os valores na equação de Henderson
Haselbach, obtém-se:
pH= 9,07
b) Calcule o pH que será atingido após a adição de 100 mL de NaOH, com concentração igual
a 0,05 mol/L, a 400 mL desse tampão .
A adição de n mols de base forte consome n mols da espécie ácida do tampão (pois a reação é
completa) e forma mais n mols da espécie básica. Assim, precisamos saber a quantidade
inicial em mol do ácido e da base do tampão, bem como da base adicionada
130
n NaOH: C.V = 0,05mol/Lx0,1L = 0,005 mol
c) Calcule o pH que será atingido após a adição de 100 mL de HCl, com concentração igual a
0,05 mol/L, a 400 mL do tampão inicial.
A adição de n mols de ácido forte consome n mols da espécie básica do tampão (pois a reação
é completa) e forma mais n mols da espécie ácida. Assim, precisamos saber a quantidade
inicial em mol do ácido e da base do tampão, bem como do ácido adicionado
d) Para comparação, calcule o pH que seria atingido se o mesmo ácido fosse adicionado a 400
mL de uma solução não tamponada cujo pH inicial seja igual ao pH inicial do tampão descrito
anteriormente (calculado na letra a).
Se pH= 9,07 então [H3O+]= 10-9,07 mol/L ninicial(H3O+)= 10-9,07 mol/Lx0,4L = 3,4x10-10
Verifica-se assim que quando o ácido é adicionado a uma solução não tamponada o pH varia
consideravelmente mais do que se o ácido tivesse sido adicionado a um tampão de mesmo pH
inicial.
___________________________________________________________________________
131
Lista 6: Solução tampão
3 - Sobre 200 mL de solução tampão constituída por acetato de sódio 0,20 mol/L e
ácidoacético (pKa = 4,75) 0,10 mol/L adicionaram-se 10 mL de solução de ácido clorídrico
0,1 mol/L. Calcule a variação ocorrida no pH da solução original.
5 - Misturando-se 0,20 mol de ácido acético (Ka= 1,8 x 10-5 ) com 0,10 mol de hidróxido
desódio e diluindo-se para um volume de 0,50 L, qual será o pH da solução?
7 - Que massa de ácido benzóico (Ka= 6,3 x 10-5 ; MM = 122 g/mol) deve ser adicionada a
100 mL de solução 0,090 mol/L de hidróxido de sódio para formar um tampão de pH = 4,6?
10 - Que volume de uma solução de 0,10 mol/L de ácido acético (Ka= 1,8 x 10-5) deve
seradicionado a uma solução de hidróxido de sódio 0,10 mol/L para formar 500 mL de um
tampãode pH = 4,5?
11 - Um tampão de ácido acético (Ka= 1,8 x 10-5) e acetato de sódio possui pH = 6,0 e asoma
das concentrações do sal e do ácido é igual a 0,22 mol/L. Qual a concentração de cada
componente?
132
12 - Mede-se 500,0 mL do tampão citado no problema anterior. Que volume de solução de
ácido clorídrico 0,5 mol/L deve-se adicionar à alíquota para que o pH da mistura seja 5,2?
14 - Se 3,0 g de NH4Cl (Ka= 5,8 x 10-10) e 2,0 g de NH3 são dissolvidos em água
suficientepara formar 500 mL de solução, qual é a concentração de íons hidróxido nessa
solução?
15 - Um sujeito quer preparar um tampão de pH 4,27. Qual o ácido, da lista abaixo, deve
serutilizado para preparar o tampão em que a razão entre as concentrações do ácido e da base
é0,3?
Ácido Ka
Fórmico (HCOOH) 1,78 x 10-4
Acético (CH3COOH) 1,75 x 10-5
Lático (CH3CHOHCOOH) 1,35 x 10-4
17 - Quais reagentes abaixo você utilizaria para preparar tampões com os seguintes valores
depH?
133
20 - Uma descrição simples do pKa de um ácido é que ele representa o pH onde o ácido está
ionizado pela metade, isto é, o pH onde o ácido existe como uma mistura 1:1 do ácido e de
sua base conjugada. Demonstre que esta relação é correta a partir da expressão da constante
de equilíbrio.
a) Em que zona de pH a glicina pode ser usada como um tampão efetivo graças ao seu grupo
amino?
b) Em uma solução 0,1 mol/L de glicina, em pH 9,0, que fração de glicina possui seu grupo
amino na forma – NH3+?
c) Quanto de KOH 5 mol/L deve ser adicionado a 1 L de glicina 0,1 mol/L, em pH 9,0, para
elevar o pH para 10,0?
d) A fim de ter 99% de glicina em uma forma onde seu grupo amino esteja protonado, qual
deve ser a relação numérica entre o pH da solução e o pKa do grupo amino da glicina?
NaOH(s) ------
Solução de HAc (2 mol/L) pKa = 4,74
Solução de NaH2PO4 (2 mol/L) pKa = 7,20
Solução de NH3 ( 1 mol/L) pKa = 9,25
a) Com quais reagentes e em quais proporções você poderia preparar 1 litro do tampão de
modo que a concentração total (Ca + Cb) fosse igual a 1 mol/L?
b) O que você esperaria da eficiência deste tampão?
c) Qual será o valor do pH de 100 mL desta solução tampão se for adicionado 10 mL de HCl
0,1 mol/L?
23 - Você tem disponível NaOH 0,1 mol/L e soluções 0,1 mol/L d H2SO4, HAc (pKa = 4,75),
ácido láctico (pKa = 3,86) e cloreto de amônio (pKa = 9,25).
134
Respostas
2 - 55,64 g
3 - ∆pH = -0,03
4 - a) 4,74 b) 0,04 c) 0,48 d) 3,79 e) 0,14 f) 1,62 x 10
5 - 4,74
6 - 384 mL
7 - 1,54 g
8 - [NH3] = 0,256 mol/L; [NH4+] = 0,044 mol/L
9 - 4,78
10 - 366 mL
11 - [HAc] = 0,01 mol/L; [Ac-] = 0,21 mol/L
12 - 46,7 mL
13 - Volume de ác. Acético = 45 mL; volume de acetato de sódio = 205 mL
14 - 3,6 x 10-5 mol/L
15 - Ác Fórmico
16 - 5,80g e 8,23 g
17 - a) (CH3)3N+HCl b) NH3+HCl c) CH3COOH + NaOH d) HCOOH + NaOH
18 - 3,86
19 - 10,8
20 - ---
21 - a) 8,3 a 10,3 b) 2/3 c) 10 mL d) pH – pKa = -2
22 - a) Ca = 0,137 mol/L; Cb = 0,863 mol/L (Dissolver 34,52 g de NaOH em 500 mL de
NaH2PO4 e completar o volume para 1 litro).
b) Não muito eficiente pois Cb/Ca>> 1, entretanto é satisfatório pois 0,1< Cb/Ca<10, ou
seja esta dentro da faixa pH= pKa±1.
c) 7,96
23- a) Misturar 2,75 mL de HAc com 2,25 mL de NaOH e completar o volume para 50 mL.
b) 4,67
135
Tema 7: Equilíbrio de Solubilidade
Equilíbrio de solubilidade:
O equilíbrio de solubilidade para uma solução saturada com corpo de fundo é representado
por:
Para o equilíbrio:
AxBy⇄ xAy+ + yBx-
Cada quantidade S que se solubiliza do composto AxBy produz uma quantidade xS de Ay+ e
uma quantidade yS de Bx-, sendo S a solubilidade do composto. Assim temos:
Perceba então que a relação entre a solubilidade e o Kps de um sal depende da relação
estequiométrica entre o cátion e o ânion.
Cuidado! A solubilidade de dois sais só pode ser comparada através de seus Kps se ambos
possuírem a mesma estequiometria de dissolução.
Se uma solução do composto AxBy (a qual é constituída pelos íons Ay+ e Bx-) for posta em
contato com o sólido AxBy, o sólido irá se dissolver até que [Ay+]x[ Bx-]y seja igual ao Kps. Por
outro lado, se uma solução contendo o íon Ay+ for misturada a uma solução contendo o íon
Bx- de tal forma que na solução final [Ay+]x[ Bx-]y exceda o Kps, haverá precipitação de AxBy
até que [Ay+]x[ Bx-]y seja igual ao Kps. O produto [Ay+]x[ Bx-]y para uma dada solução é
denominado Produto Iônico (PI). Assim temos:
136
Exemplo: Questão 14 da lista de exercícios
A precipitação com sulfetos pode ser feita saturando-se uma solução com H2S, o qual
apresenta os seguintes equilíbrios em solução:
137
Ex:
CuS (grupo II) Kps: 6,3x10-36(Precipita em meio ácido)
MnS (grupo III) Kps: 2,5x10-13(Precipita em meio básico)
_________________________________________________________________________
Conteúdo extra
Para o cálculo das concentrações das espécies após a precipitação, podemos supor que a
reação acontece por completo no sentido da formação do precipitado e, depois, parte do
precipitado se dissolve. Se uma das espécies estiver em excesso, a concentração dessa espécie
no equlíbrio será a concentração em excesso somada da concentração proveniente da
solubilização do precipitado (Baccan, 2001).
138
Fonte: Baccan, 2001. Química analítica quantitativa elementar
139
Lista 7:Equilíbrio de solubilidade
4 - Calcule a massa de bário (MM = 137,3 g.mol -1) que é perdida quando um precipitado de
cromato de bário (BaCrO4, Kps = 1,6 x 10-10) é lavado com 120 mL de água.
7 - Quantos gramas de íons de chumbo (MM = 207,2 g/mol-1) e de íons iodeto (MM = 126,9
g.mol-1) existem em 1,0 mL de uma solução saturada de iodeto de chumbo (PbI2; Kps = 8,7 x
10-9).
8 - Qual é a diferença em gramas entre a quantidade de prata (MM = 107,90 g.mol -1) contida
em 400 mL de solução saturada de cloreto de prata (AgCl; Kps = 1,0 x 10-10) e a quantidade de
prata contida em 400 mL de solução saturada de brometo de prata (AgBr; Kps = 4,0 x 10-13)?
10 - Que massa de íons chumbo (Pb2+; MM = 207,2 g.mol-1) está presente em 250 mL de uma
solução saturada de cloreto de chumbo (PbCl2; Kps = 1,6 x 10-5).
11 - Quantos gramas de iodato de chumbo [Pb(IO3)2; Kps = 2,57 x 10-13; MM = 557,2 g.mol-1]
podem ser dissolvidos em 200 mL de água?
140
14 - Haverá formação de precipitado quando se misturam volumes iguais de soluções de
nitrato de cálcio [Ca(NO3)2] 0,030 mol.L-1 e fluoreto de sódio (NaF) 0,10 mol.L-1?
Dado: CaF2 ⇄ Ca2+ + 2F- ; Kps = 4,0 x 10-11
b) 1,0 mL de cloreto de bário (BaCl2) 1,0 x 10-3 mol.L-1 com 2,0 mL de fluoreto de
sódio (NaF) 1,0 x 10-2 mol.L-1.
Dado: BaF2⇄ Ba2+ + 2F- ; Kps = 1,1 x 10-6
c) 2,0 mL de sulfato cúprico (CuSO4) 2,0 x 10-2 mol.L-1 com 2,0 mL de cromato de
potássio (K2CrO4) 1,0 x 10-2 mol.L-1.
Dado: CuCrO4⇄ Cu2+ + CrO42- ; Kps = 3,6 x 10-6
16 - Uma solução contém íons cobaltosos Co2+ ( 0,010 mol.L-1) e H+ (0,30 mol.L-1). Se a
solução for saturada com gás sulfídrico (H2S), haverá a formação de precipitado? Dado: Kps
CoS= 4,0 x 10-21.
18 - Deseja-se separar os íons manganosos (Mn2+) dos íons cádmio (Cd2+) de uma solução
1,0 x 10-2 mol.L-1 por precipitação como sulfeto:
a) Que sulfeto se formará primeiro? Em que pH?
b) Em que pH o íon que forma o sulfeto menos solúvel estará quantitativamente
precipitado?
c) Em que pH o sulfeto mais solúvel começa a se precipitar?
d) É possível efetuar tal separação?
Dados: MnS ⇄ Mn2+ + S2- ; Kps = 2,5 x 10-13
CdS ⇄Cd2+ + S2- ; Kps = 7,9 x 10-27
141
19 - a) É possível separar os ions ferrosos (Fe2+) dos manganosos (Mn2+) de uma solução
0,010 mol.L-1, desses íons, por precipitação como sulfeto?
b) Qual é a porcentagem do íon que precipita primeiro na solução quando o segundo
começa a precipitar?
c) Em que pH cada íon começa a se precipitar?
Dados: MnS ⇄ Mn2+ + S2- ; Kps = 2,5 x 10-13
FeS ⇄ Fe2+ + S2- ; Kps = 5,0 x 10-18
20 - Tem-se uma solução de sulfato de cádmio (CdSO4) e sulfato cúprico (CuSO4) com
concentração igual a 1,0 x 10-3 mol.L-1 em relação a cada substância. O pH dessa solução será
gradualmente aumentado por adição de hidróxido.
a) Qual hidróxido se precipitará primeiro?
b) É possível separar os cátions por precipitação fracionada com perda de no máximo
1% do cátion que precipitou primeiro? Demonstre.
c) Em que pH cada hidróxido começa a se precipitar?
d) Quando o hidróxido mais solúvel começa a se precipitar, qual é a concentração do
cátion que forma o hidróxido menos solúvel?
Dados: Cd(OH)2⇄ Cd2+ + 2OH- ; Kps = 2,2 x 10-14
Cu(OH)2⇄ Cu2+ + 2OH- ; Kps = 2,2 x 10-20
21 - (a) É possível separar os íons férrico (Fe3+) e cobaltoso (Co2+) por precipitação
fracionada com hidróxido, sendo a concentração molar de cada íon igual a 0,010 mol.L-1?
b) Qual é o intervalo de pH entre o fim da primeira precipitação e o início da segunda?
c) Como se pode controlar o pH para se conseguir tal separação?
Dados: Fe(OH)3⇄ Fe3+ + 3OH- ; Kps = 3,2 x 10-38
Co(OH)2⇄ Co2+ + 2OH- ; Kps = 2,0 x 10-15
23 - Uma solução contendo 1,0 x 10-3 mol.L-1 de cloreto de sódio (NaCl) e 2,0 x 10-3 mol.L-1
de cloreto de bário (BaCl2) é saturada com um sal pouco solúvel BCl3. A concentração dos
íons B3+ é medida e encontrada sendo igual a 3,8 x 10-4 mol.L-1. Calcule o produto de
solubilidade do BCl3.
24 - Que massa de A3B2 (200 g.mol-1, Kps = 1,0 x 10-20) se dissolverá em 200 mL de solução
que contém 0,10 g de A (50 g.mol.-1).
142
27 - A 100 mL de solução saturada de cloreto de prata (AgCl; Kps = 1,56 x 10-10) adiciona-se
1,7 mg de nitrato de prata (AgNO3; MM = 169,9 g.mol-1). Calcule a concentração de íons
cloreto na solução.
28 - Quantas vezes a concentração de íons prata será reduzida em uma solução saturada de
cloreto de prata (AgCl; Kps = 1,0 x 10-10 a 20ºC) se a ela adiciona-se uma solução 0,030
mol.L-1 de ácido clorídrico?
31 - Quantos gramas de sulfato de bário (BaSO4; Kps = 1,1 x 10-11; MM = 233,36 g.mol-1) se
dissolverão se o lavarmos com:
a) 250 mL de água;
b) 250 mL de solução 0,83 mol.L-1 de sulfato de amônio [(NH4)2SO4].
Respostas:
143
separação.
19 - a) Não é possível fazer essa separação; b) Fe2+ =0,002%; FeS: pH = 2,79 e
MnS: pH = 5,13
20 - a) Cu(OH)2; b) É possível fazer a separação; c) Cu(OH)2: pH = 5,67;
Cd(OH)2: pH = 8,67 d) [Cu2+] = 1,00 x 10-9 mol.L-1
21 - a) É possível fazer a separação; b) pH = 3,8 c) O pH pode ser controlado com
um tampão NH3/NH4Cl
22 - É possível fazer a separação.
23 - Kps = 8,8 x 10-11
24 - m = 2,00 x 10-6 g.
25 - a) S = 3,56 x 10-8 mol.L-1 b) 1185 vezes.
26 - S = 1,5 x 10-5 mol.L-1
27 - [Cl-] = 1,56 x 10-6mol.L-1.
28 - A concentração será reduzida em 3000 vezes.
29 - [Ag+] = 2,6 x 10-8 mol.L-1.
30 - m = 1,84 x 10-7 g.
31 - a)m = 1,94 x 10-4 g; b) m = 7,73 x 10-10 g.
144
Tema 8: Eletroquímica
Quando dois materiais metálicos diferentes, imersos em uma solução contendo íons, são
postos em contato, elétrons poderão fluir de um material para outro. No metal que perde
elétrons (denominado anodo) deverá ocorrer uma reação de oxidação, enquanto no material
que recebe elétrons (denominado catodo) deverá haver uma reação de redução. Esse fluxo de
elétrons pode ser aproveitado na forma de uma corrente elétrica, liberando energia.
Define-se Pilha como um dispositivo que utiliza reações de óxido-redução para converter
energia química em energia elétrica. A reação química utilizada será sempre espontânea e a
diferença de potencial do processo sempre será positiva.
145
Zn(s) Zn2+ + 2e- Cu2+ + 2e- Cu(s)
Oxidação: é o processo de perda de elétrons Redução= processo de recebimento de elétrons
Anodo: eletrodo no qual ocorre oxidação Catodo= eletrodo no qual ocorre redução
Polo negativo= os elétrons são repelidos desse Polo positivo= os elétrons migram
polo espontaneamente para esse polo
Perda de massa Ganho de massa
Os ânions da ponte salina migram para esse Os cátions da ponte salina migram para esse
eletrodo eletrodo
Observações:
1) para obter a equação global, devemos somar as semi-equações. Para isso, devemos
verificar se o número de elétrons perdidos na semi-reação de oxidação é igual ao número de
elétrons ganhos na semi-reação de redução. Caso não seja, os coeficientes de uma ou ambas
as reações devem ser multiplicados por algum valor de forma a igualar o número de elétrons.
Atenção! Quando os coeficientes são multiplicados, NÃO devemos multiplicar o valor do
potencial.
2) Uma equação de oxirredução só estará corretamente balanceada se estiver balanceada
quanto ao número de átomos e às cargas
3) A substância que sofre redução é chamada de agente oxidante, pois causa a oxidação de
outra substância. Já a substância que sofre oxidação é chamada de agente redutor, pois causa a
redução de outra substância.
A notação da pilha:
146
Reação global: Zn(s) 2H+(aq) Zn2+(aq) + H2(g)
Diferença de potencial entre os eletrodos: E= +0,76V (medida por um voltímetro)
Eletrodo de referência
147
temperatura, mas assim que a temperatura inicial é restabelecida, o seu potencial deve voltar
ao valor inicial);
* Deve ser de fácil preparação;
* Rápido ajustamento a um determinado e exato potencial;
Uma vez que o potencial do EPH é definido como zero, os potenciais de eletrodo dos demais
eletrodos poderão ser obtidos experimentalmente, construindo-se uma pilha entre o EPH e o
eletrodo cujo potencial se deseja descobrir. Assim, torna-se possível criar uma tabela com os
potenciais de diversos eletrodos. Como os potenciais de redução e oxidação são iguais em
módulo e opostos em sinal, geralmente as tabelas apresentam somente os potenciais de
redução.
Os potenciais da tabela referem-se a condições padrões (25°C, 1atm, 1mol/L) e de equilíbrio
(corrente total nula)
OBS:
- Atentar para os altos potenciais de redução dos metais que podem ser encontrados na forma
elementar na natureza: Ouro, platina, prata, cobre e mercúrio
- Atentar para o baixo potencial de redução dos metais zinco e magnésio
- Er Cu> Er Fe
- Er Fe > Er Al, porém Al forma naturalmente uma película protetora
- Metais alcalinos e alcalinos terrosos perdem com facilidade os elétrons da camada de
valência e por isso sofrem oxidação facilmente (possuem baixo potencial de redução)
- Elementos muito eletronegativos como o flúor e o oxigênio apresentam alta tendência de
receber elétrons e, portanto possuem alto potencial de redução.
O potencial de pilhas pode ser calculado pela soma entre o potencial de oxidação da reação
anódica e o potencial de redução da reação catódica.
148
Prevendo a espontaneidade de processos eletroquímicos
Perceba que o Cu sofre redução frente ao Zn, mas sofre oxidação frente à Ag. Logo o
comportamento eletroquímico de uma espécie depende das outras espécies presentes.
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
149
Caso 5: Pilha Zn-Pt
Para o cálculo do potencial da pilha em condições diferentes das condições padrões, utiliza-se
a equação de Nernst:
E= E° - (RT/nF)lnQ
em que Q é o quociente reacional: produtório das concentrações dos produtos elevadas às seus
respectivos coeficientes dividido pelo produtório das concentrações dos reagentes elevados a
150
seus respectivos coeficientes. Não são incluídos sólidos e líquidos puros. No equilíbrio
químico, Q= K.
F é a constante de Faraday 96485 J/V.mol
R é a constante dos gases 8,314J/K.mol
T é a temperatura na escala Kelvin (25°C = 298K)
E = E° - (0,0592/n )log Q
Pilhas em que os eletrodos são constituídos pelo mesmo tipo de material metálico, porém
imersos em soluções com concentrações diferentes
151
Para uma pilha de concentração E°= 0. Logo,
E= - (0,0592/n) log [menor concentração]/[maior concentração]
Verifica-se assim que o potencial global da pilha de concentração não depende da espécie
envolvida, mas somente das concentrações.
Usando-se essa equação para as concentrações indicadas no desenho acima obtem-se E= +
0,0296V
É o tipo de pilha em que dois metais ou ligas metálicas diferentes estão em contato e
imersos num mesmo eletrólito. Uma vez que se utiliza o mesmo eletrólito, não há a
necessidade de ponte salina, a qual é indispensável caso se queira trabalhar com eletrólitos de
constituições diferentes. Uma vez que os eletrodos estão no mesmo compartimento, é muito
importante evitar que haja contato direto entre os eletrodos. Tal contato causaria um curto-
circuito na célula e permitira que os elétrons fossem transportados por esse contato, invés de
passarem pelo circuito externo.
O metal com menor potencial de redução funcionará como anodo da pilha (sofrerá
corrosão)
Ex: considere o seguinte sistema:
Atenção: o catodo não é a água ou o oxigênio e sim o Cu. Catodo= local onde ocorre redução
Um exemplo prático: uma placa de ferro presa com pregos de Cu ou vice-versa.
152
153
154
Eletrólise
Eletrólise é uma reação de oxirredução não espontânea provocada pela aplicação de corrente
elétrica. Sendo assim, a diferença de potencial global dos processos de eletrólise apresenta
sinal negativo. Logo, para forçar o processo a ocorrer, o sistema deve ser conectado a uma
fonte de tensão externa com potencial superior ao Eglobal. Devido à existência de uma fonte
externa com diferença de potencial superior à do sistema, os elétrons se movem em direção
ao pólo positivo da fonte. Consequentemente, o eletrodo conectado à essa extremidade será o
anodo e será um pólo positivo. Por outro lado, os elétrons se deslocarão no sentido contrário
ao pólo negativo da fonte. Assim, o eletrodo conectado a essa extremidade será o catodo e
será o pólo negativo do sistema. Atente para a diferença:
Catodo Anodo
Pilha Pólo positivo Pólo negativo
Eletrólise Pólo negativo Pólo positivo
Convém ressaltar que tanto nas pilhas como na eletrólise, o catodo é o eletrodo onde ocorre a
redução e o anodo é o eletrodo onde ocorre a oxidação, por definição.
Agora os íons presentes não são apenas o Na+ e Cl-. Existe também: H+ e OH-.
155
2Cl- Cl2 + 2e- Eoxid= -1,36 V
2OH- H2O + ½ O2 +2e- Eoxid= -0,40 V
2H2O O2 + 4H+ + 4e- Eoxid=-1,23 V
Aplicações da eletrólise
A eletrólise tem muitas aplicações práticas. Entre as mais importantes, citamos: a produção e
purificação de metais, como Na, K, Mg, Al, etc., de não-metais, como Cl2 e F2, e de outras
substâncias úteis, como o NaOH, e a deposição de finas películas de metais sobre peças
metálicas ou plásticas. Essa técnica tem o nome genérico de galvanização, e os casos mais
comuns são os de deposição de cromo (cromagem), de níquel (niquelagem), estanho
(estanhagem, muito utilizada para produção de folhas de flandres) ou de prata (prateação).
Com isso, as peças tornam-se mais brilhantes, bonitas e resistentes à corrosão.
Purificação de metais
Exemplo:
156
Galvanização (Revestimento de um metal com outro)
Exemplo:
i= Q/t
onde i= corrente (dada em Àmpere) , Q= carga (dada em Coulomb), t= tempo (dado em
segundos)
Ex: Qual a massa de níquel obtida no catodo a partir de uma solução de cloreto de níquel
submetida a uma corrente elétrica de 20 A durante 2 horas?
157
Resolução:
Uma vez que a corrente é dada por Coulomb/segundo, é necessário converter o tempo para
segundos. Uma forma eficiente de fazer isso é através de análise dimencional:
60 𝑚𝑖𝑛 60 𝑠𝑒𝑔
2ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 = 2ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠. = 7200 𝑠
1 ℎ𝑜𝑟𝑎 1 𝑚𝑖𝑛
Conhecendo o tempo em segundos e a corrente, é possível calcular a carga envolvida:
Q= i.t = 20 A. 7200s = 144000 C
Sabendo que a carga de 96500 C está associada a 1 mol, é possível saber a quantos mols a
carga calculada está associada
1 mol --- 96500 C
x ---- 144000 C
x= 1,492 mol
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158
Para demosntração do cálculo do potencial de mistura, utilizaremos como exemplo a
titulação de uma solução de Fe2+ com Ce4+. A reação da titulação é:
Essa reação é rápida e reversível, assim o sistema está em equilíbrio durante todo o curso da
titulação. Para sistemas em equilíbrio, os potenciais de eletrodo de todas as semi reações são
idênticos. Assim temos:
159
0,0592 [𝐹𝑒 2+ ]
E = 𝐸⁰𝐹𝑒 3+/𝐹𝑒 2+ - 𝑙𝑜𝑔 [𝐹𝑒 3+]
1
0,0592 [𝐶𝑒 3+ ] 0,0592 [𝐹𝑒 2+ ]
2E= 𝐸⁰𝐶𝑒 4+/𝐶𝑒 3+ + 𝐸⁰𝐹𝑒 3+/𝐹𝑒 2+ - 𝑙𝑜𝑔 [𝐶𝑒 4+] - 𝑙𝑜𝑔 [𝐹𝑒 3+]
1 1
0,0592 [𝐶𝑒 3+ ][𝐹𝑒 2+ ]
2E= 𝐸⁰𝐶𝑒 4+/𝐶𝑒 3+ + 𝐸⁰𝐹𝑒 3+/𝐹𝑒 2+ - (𝑙𝑜𝑔 [𝐶𝑒 4+][𝐹𝑒 3+])
1
Os termos no logaritmando se cancelam devido à relação [Fe2+] = [Ce4+] e [Fe3+] = [Ce3+] e o
termo logarítmico torna-se zero. Assim:
E= ( 𝐸⁰𝐶𝑒 4+/𝐶𝑒 3+ + 𝐸⁰𝐹𝑒 3+ /𝐹𝑒 2+ )/2
Ou seja, o potencial da mistura no ponto de equivalência não depende das concentrações das
espécies.
Exemplo: Suponha que desejamos titular 100 mL de uma solução de Fe2+ 0,05 M com uma
solução de Ce4+ 0,1 M. Calcule a diferença de potencial da célula eletroquímica quando 36,0,
50,0 e 63,0 mL são adicionados.
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160
Lista 8: Eletroquímica
Ag+(aq)+ e– Ag(s) E° = +0,80 volt / Mg+2(aq) + 2 e– Mg(s) E° = –2,37 volts
161
c) desenhe a pilha de Daniell indicando, através de setas, como os elétrons fluem através de
um circuito externo que conecta os eletrodos.
Mg(s)Mg2+(aq) + 2 e– E° = 2,37 V
2+ –
Fe(s)Fe (aq) + 2 e E° = 0,44 V
a) Com base em seus conhecimentos sobre pilhas eletroquímicas, explique para que são
utilizadas as barras de magnésio.
b) Escreva a reação global e calcule a diferença de potencial da pilha formada.
162
10 - Encanamentos de ferro mergulhados em água sofrem corrosão, devido principalmente à
reação: Fe(s) + 2 H+(aq) Fe2+(aq) + H2(g)
Para proteger encanamentos nessas condições, costuma-se ligá-los a barras de outros metais,
que são corroídos ao invés dos canos de ferro. Conhecendo os potenciais padrões de redução
abaixo e dispondo-se de barras de magnésio e cobre, propõe-se:
11 - O cobre com elevado grau de pureza é obtido pelo método eletrolítico que consiste na
eletrólise de solução de sulfato cúprico e ácido sulfúrico. Utiliza-se cobre impuro como ânodo
e cobre puro como cátodo e regula-se convenientemente a voltagem de forma que no cátodo
ocorra apenas a redução: Cu2+(aq) + 2 e– Cu(s)
Qual é a quantidade de elétrons, em mol, necessária para a obtenção de 254 g de cobre puro
é?
12 - O cobre metálico, para ser utilizado como condutor elétrico, precisa ser muito puro, o que
se consegue por via eletrolítica. Neste processo, os íons cobre II são reduzidos, no cátodo, a
cobre metálico, ou seja,
Cu2+(aq) + 2 e– Cu(s)
Qual a massa de cobre que se obtém por mol de elétrons que atravessa a cuba eletrolítica?
(massa atômica relativa do cobre = 64 g/mol)
13 - Calcule a corrente, em ampères, para se obter 26,98 g/hora de alumínio metálico, a partir
de uma solução de cloreto de alumínio (AlCl3).
Dados:
163
Hg2+(aq) + 2e-⇄Hg(l) E0 = 0,854 V
Hg2 (aq) + 2e ⇄2 Hg(l)
2+ -
E0 = 0,788 V
Hg2Cl2 + 2e-⇄2 Hg(l) + 2 Cl-(aq) E0 = 0,268 V
Dados:
Fe3+(aq) + e-⇄ Fe2+(aq) E0 = 0,771 V
VO2+(aq) + 2 H+(aq) + e- ⇄ V3+ + H2O E0 = 0,359 V
Fe(CN)6 (aq) + e ⇄ Fe(CN)6 (aq)
3- - 4- 0
E = 0,360 V
UO22+(aq) + 4 H+(aq) + 2 e-⇄ U4+(aq) + 2 H2O(l) E0 = 0,334 V
2 H+(aq) + 2 e-⇄ H2(g) E0 = 0,000 V
S4O62-(aq) + 2 e-⇄ 2 S2O32-(aq) E0 = 0,080 V
Dados:
2 H+(aq) + 2e-⇄ H2(g) E0 = 0,000 V
Pb (aq) + 2e ⇄ Pb(s)
2+ -
E0 = -0,126 V
Sn4+(aq) + 2e-⇄ Sn2+(aq) E0 = 0,154 V
AgBr + e ⇄ Ag(s) + Br (aq)
- -
E0 = 0,073 V
Ag(CN)2-(aq) + e-⇄ Ag(s) + 2CN-(aq) E0 = -0,310 V
TiO (aq) + 2 H (aq) + e ⇄ Ti (aq) + H2O
2+ + - 3+
E0 = 0,099 V
Ag(S2O3)23-(aq) + e- ⇄ Ag(s) + 2S2O32-(aq) E0 = 0,017 V
Dados:
Cu2+(aq) + 2 e-⇄ Cu(s) E0 = 0,337 V
Ag+(aq) + e-⇄ Ag(s) E0 = 0,799 V
Fe3+(aq) + e-⇄ Fe2+(aq) E0 = 0,771 V
I3-(aq) + 2 e-⇄ 3 I-(aq) E0 = 0,536 V
164
MnO4-(aq) + 4 H+(aq) + 3 e-⇄ MnO2(s) + 2 H2O(l) E0 = 1,695 V
MnO4-(aq) + 8 H+(aq) + 5 e-⇄Mn2+(aq) + 4 H2O(l) E0 = 1,510 V
Dados:
UO22+(aq) + 4 H+(aq) + 2 e-⇄ U4+(aq) + 2 H2O(l) E0 = 0,334 V
MnO4-(aq) + 8 H+(aq) + 5 e-⇄ Mn2+(aq) + 4 H2O(l) E0 = 1,510 V
20 - Calcule o potencial eletródico das seguintes misturas, considerando [H+] = 0,5 mol/L
quando necessário:
a) 50,00 mL de solução 0,100 mol/L em Fe2+ com 15,00 mL de solução 0,10 mol/L em
Cr2O72-
b) 10,00 mL de solução 0,050 mol/L em MnO4- com 15,00 mL de solução 0,25 mol/L em Fe2+
c) 50,00 mL de solução 0,100 mol/L em Fe(CN)64- com 10,00 de solução 0,050 mol/L em Tl3+
Dados:
Fe3+(aq) + e-⇄ Fe2+(aq) E0 = 0,771 V
MnO4-(aq) + 8 H+(aq) + 5 e-⇄ Mn2+(aq) + 4 H2O(l) E0 = 1,510 V
Cr2O7 (aq) + 14 H (aq) + 6e ⇄ 2 Cr (aq) + 7 H2O(l)
2- + - 3+
E0 = 1,330 V
Fe(CN)63-(aq) + e-⇄ Fe(CN)64(aq)- E0 = 0,360 V
Tl (aq) + 2e ⇄ Tl (aq)
3+ - + 0
E = 1,250 V
21 - Para a deposição eletrolítica de 11,2 gramas de um metal cuja a massa atômica é 112,
foram necessários 19300 Coulombs. Qual é o número de oxidação desse metal ? (Dados: F =
96.500 C)
22 - Durante uma eletrólise, a única reação que ocorreu no catodo foi a deposição de certo
metal. Observou-se que a deposição de 8,81 gramas de metal correspondeu à passagem de
0,300 mols de elétrons pelo circuito. Qual das opções a seguir contém o metal que pode ter
sido depositado? (Dados: Massas atômicas Ni = 58,71; Zn = 65,37; Ag = 107,87; Sn =
118,69; Pb = 207,19)
Admitindo que em uma lata exista, em média, 1,19 × 10−3 g de estanho e que 1 F = 96.500 C,
calcule o tempo necessário para a eletrodeposição de uma lata, mediante o emprego de uma
corrente elétrica com intensidade de 0,100 A.
165
24 - Qual o volume de gás flúor que pode ser produzido quando uma corrente de 0,5 A é
passada por fluoreto de potássio fundido durante 8 horas? Considere que o gás produzido
encontra-se a 273 K e 1,0 atm de pressão.
25 - Em uma célula eletrolítica, com eletrodos inertes, uma corrente de 1,00 A passa por uma
solução aquosa de cloreto de ferro, produzindo Fe(s) e Cl2(g). Admita-se que 2,80g de ferro são
depositados no catodo, quando a célula funciona por 160 minutos e 50 segundos. Determine a
fórmula do cloreto de ferro utilizado na preparação da solução originalmente eletrolisada e
escreva a equação eletroquímica que representa a descarga ocorrida no anodo.
26 - Um rádio de pilha ficou ligado durante TODO o primeiro tempo de uma partida de
futebol. Nesse período seu eletrodo de zinco (MM = 65,5 g/mol) sofreu um desgaste de
0,3275 g tendo originado uma corrente de 0,3216 A. Quantos minutos o árbitro deu de
acréscimo nesse primeiro tempo? Considere que um tempo de um jogo de futebol apresenta
45 minutos.
a)Usando os símbolos químicos, escreva a seqüência destes metais, partindo do menos nobre
para o mais nobre, justificando-a com base nas informações acima.
b)Para a produção do alumínio (grupo 13 da classificação periódica), utiliza-se o processo de
redução eletrolítica (Al3+ + 3 e– → Al). Qual a massa de alumínio produzida após 300
segundos usando-se uma corrente de 9,65 C·s–1? (Dados: massa molar do Al = 27 g·mol–1 e
a constante de Faraday, F = 96500 C/mol)
30 - Um parafuso de níquel prende uma porca de cobre. Este sistema foi colocado em um
recipiente que contém uma solução diluída de ácido clorídrico (HCl), conforme a figura
abaixo.
Nesse recipiente ocorre uma reação de oxidação/redução. Para decidir quais são as semi-
reações apropriadas, consulte a série eletroquímica:
166
Ni2+ (aq, cor verde) + 2 e- Ni(s) Eo= - 0,25 V
2 H+ (aq, incolor) + 2 e- H2(g) Eo= 0,00 V
Cu2+ (aq, cor azul) + 2 e- Cu(s) Eo= + 0,35 V
Cl2 (g) + 2 e- 2Cl- (aq, incolor) E° = + 1,36 V
a) Quantas pilhas seriam necessárias para se depositar 0,05 mol de cobre metálico, a partir de
uma solução de Cu2+, mantendo-se as mesmas condições do processo eletrolítico?
b) Quantos gramas de cobre seriam depositados nesse caso?
32 - Quando o acumulador dos automóveis (bateria de chumbo) fornece uma corrente elétrica,
ocorre uma reação química representada por:
33 - Uma solução aquosa de NiSO4 é eletrolisada em uma célula com eletrodos de platina,
mediante a passagem de corrente elétrica constante de 268 mA, durante 1,0 hora. No cátodo,
além da eletrodeposição de níquel, foi observada a formação de 11,2 mL (CNTP) de certo
gás. Qual é a razão entre a carga elétrica utilizada para a eletrodeposição de níquel e a carga
elétrica total que circulou pelo sistema?
Respostas:
167
c)
168
169