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• Unidade de Ensino: 01

• Competência da Unidade: Compreender aspectos


relacionados à Educação de Jovens e Adultos no Brasil.

Educação de Jovens • Resumo: Nesta aula busca-se enfatizar a trajetória


histórica, as políticas públicas e o currículo da
e Adultos Educação de Jovens e Adultos no Brasil.
• Palavras-chave: Educação de Jovens e Adultos;
Educação de Jovens e Adultos no trajetória histórica; Políticas Públicas; currículo;
Brasil contexto educacional brasileiro.
• Título da Teleaula: Educação de Jovens e Adultos no
Profa. Ma. Mariana Passos Dias
Brasil
• Teleaula nº: 01

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Contextualização

Trajetória histórica da Educação de Jovens


e Adultos no Brasil.
Educação de Jovens e
Políticas Públicas e Educação de Jovens e
Adultos no Brasil:
Adultos no cenário brasileiro. Primeira República ao
Educação de Jovens e Adultos no contexto
Período Democrático
do currículo educacional brasileiro.

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O estigma do analfabetismo Início da Educação de Jovens e Adultos no cenário


brasileiro

Transição da
Analfabeto como dependente e incompetente Final do Monarquia para a
século XIX República

Restrição de voto às pessoas alfabetizadas.

Primeiro senso
Analfabetos como incapazes de pensar por si próprios. (1900):
cálculo do
índice de
analfabetismo

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O combate ao analfabetismo: campanhas de Contexto brasileiro pós 1945
alfabetização em massa

Criação da Liga Campanha Nacional de Destaque da educação de adultos


Brasileira contra o Educação Rural (CEAA) dentro da preocupação geral com a
Analfabetismo - 1915 - 1948 educação elementar comum.

Campanha Nacional de
Campanha de Educação
Erradicação do
de Adolescentes e
Analfabetismo (CNEA) -
Adultos (CEAA) - 1947
1958

Disponível em: https://bit.ly/3gGSLdY.


Acesso em: fev. 2022.

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Década de 1960

Influência do pensamento
pedagógico de Paulo Freire.
Educação de Jovens e
Extinção das campanhas de
Alfabetização de Adultos.
Adultos no Brasil:
Atuação de movimentos
Ditadura Civil-Militar
sociais. à Nova República
Aprovação do Plano Nacional
de Alfabetização (1964).

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Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL) Educação de Jovens e Adultos na Nova República

Em 1967: resposta do regime militar à ainda Governo Sarney (1985-1989): Fundação Educar.
grave situação do analfabetismo no país.

Governo Collor (1990-1992): Plano Nacional de


Alfabetização e Cidadania.
Apreensão das habilidades de leitura e escrita,
sem a contextualização dos signos.
Governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002):
Programa Alfabetização Solidária.

Responsabilização das pessoas não alfabetizadas Governo Lula (2003-2010): Programa Brasil
por sua situação. Alfabetizado, ProJovem, Pronera, Proeja, Encceja.

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Educação de Jovens e Adultos na Nova República

Governo Dilma (2011-2016): Programa Nacional de


Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC). Políticas Públicas e
Governo Temer (2016-2018): Reforma do Ensino
EJA: CF (1988)
Médio.

Governo Bolsonaro (2019-atual): Política Nacional de


Alfabetização (PNA), não menciona especificamente
a EJA.

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Cidadania: conceituação Educação de Jovens e Adultos: legislações

Cidadania: condição adquirida pelo indivíduo que


consegue exercitar seus direitos assegurados por lei.

• Direitos civis: vida, liberdade propriedade. Promulgações que


Trajetória marcada por
• Direitos sociais: saúde, educação, emprego. devem ser
legislações referentes à
compreendidas para o
• Direitos políticos: participação na administração do modalidade da Educação
processo de formação e
país. de Jovens e Adultos.
atuação profissional.

Cidadão: sujeito que toma parte da vida em sociedade,


tendo uma participação ativa no que diz respeito à sua
comunidade.

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Educação de Jovens e Adultos: legislações Educação de Jovens e Adultos: legislações

Constituição Federal (1988) Constituição Federal (1988)

- Art. 205: A educação, direito de todos e dever do - Art. 208: O dever do Estado com a educação será
Estado e da família, será promovida e incentivada com efetivado mediante a garantia de:
a colaboração da sociedade, visando ao pleno I - Educação básica obrigatória e gratuita dos 4 aos 17
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita
exercício da cidadania e sua qualificação para o para todos os que a ela não tiveram acesso na idade
trabalho. própria.

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Educação de Jovens e Adultos: legislações

Constituição Federal (1988)


Literatura de cordel
- Art. 214: A lei estabelecerá o plano nacional de
educação, de duração decenal, [...] que conduzam a:
I - erradicação do analfabetismo;
II - universalização do atendimento escolar;
III - melhoria da qualidade do ensino;
IV - formação para o trabalho;
V - promoção humanística, científica e tecnológica.
.

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Conhecendo Conhecendo e problematizando


““Lá vai o Agenor dos Limas Tem que saber ler um pouco Lá vem o Agenor pros Limas
Em cima dum pau-de-arara Ou ser bastante estudado Em cima dum pau-de-arara,
Indo pra cidade grande Saber falar direitinho Desiludido, sem nada,
Levando consigo só E andar todo arrumado. De volta a sua caiçara
A coragem e a cara Agenor sabendo disso O que foi que aconteceu?
[...] Ficou ele agoniado Coitado, quebrou a cara”. (ASSIS, 2008, p. 7-8)
Na casa de um compadre
Ele ficou vários dias Como não achou serviço  Como podemos pensar a história da Educação de
Tentando arrumar um bico Não podendo comprar pão Jovens e Adultos no Brasil?
Nas casas, nas padarias, O jeito então é voltar
Pra roça, pro seu torrão,  Quais são as ações educacionais direcionadas para
Nas oficinas, nas ruas,
Também nas mercearias. Por isso, tá regressando, esse público, que marcaram e marcam sua história?
[...] Meu Deus, que decepção.

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Resolvendo
 Indagações sobre as condições sociais e
econômicas dos brasileiros, destacando a
educação em nosso país; Reflita e responda
 Estigmas do analfabetismo; ao seguinte
 Luta por uma educação de qualidade;
 A história da EJA no Brasil marcada por
questionamento:
inúmeros desafios.

Disponível em: https://bit.ly/3dGT9HM.


Acesso em: fev. 2022.

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Cite fatores presentes na história da educação brasileira
que contribuem para o analfabetismo em nossa sociedade
letrada. Políticas Públicas e
EJA: LDB nº 9394
(1996) e PNE (2014-
2024)

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Educação de Jovens e Adultos: legislações Educação de Jovens e Adultos: legislações

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
nº 9394/1996 nº 9394/1996

- Art. 37: A educação de jovens e adultos será - Art. 38: Os sistemas de ensino manterão cursos e
destinada àqueles que não tiveram acesso ou exames supletivos, que compreenderão a base
continuidade de estudos no ensino fundamental e nacional comum do currículo, habilitando ao
médio na idade própria. prosseguimento de estudos em caráter regular.
Considerar características do alunado. Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos
educandos por meios informais serão aferidos e
Viabilizar e estimular o acesso e permanência do reconhecidos mediante exames.
trabalhador na escola.
Maiores de 15 anos: conclusão do Ens. Fundamental;
Articular com a Educação Profissional. maiores de 18 anos: conclusão do Ens. Médio.

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Educação de Jovens e Adultos: legislações Educação de Jovens e Adultos: legislações

Plano Nacional de Educação (2014-2024) Plano Nacional de Educação (2014-2024)

- Meta 8: Elevar a escolaridade média da população de - Meta 10: Oferecer, no mínimo, 25% das matrículas
18 a 29 anos, de modo a alcançar 12 anos de estudo. de Educação de Jovens e Adultos, nos Ensinos
- Estratégias: Implementar programas de Educação de Fundamental e Médio, na forma integrada à Educação
Jovens e Adultos, superar a defasagem idade-série. Profissional.
- Meta 9: Elevar a taxa de alfabetização da população - Estratégias: Expandir matrículas na EJA, ampliar as
com 15 anos, ou mais, para 93,5% e erradicar o oportunidades dos jovens a adultos e estimular a
analfabetismo. diversificação curricular.
- Estratégias: Garantir oferta gratuita da EJA, criar
benefícios e programas, incentivos.

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Erradicação do analfabetismo no Brasil

Ofertar escola pública a todos.


Currículo no contexto
A instituição deverá ser autônoma, cidadã. educacional brasileiro
Olhar aos que não tiveram acesso à educação escolar.

EJA: com caráter emancipatório, transformando as


condições de vida do aluno-trabalhador.

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Currículo: conceituação Currículo e o seu caráter relacional

Moreira e Silva (2008) pontuam que o currículo Permanências


deixou, há muito tempo, de ser somente uma área Escola
Transformações
meramente técnica. Dessa forma, podemos falar de
uma tradição crítica do currículo.

Currículo
“É considerado um artefato social e cultural. Isso
significa que ele é colocado na moldura mais ampla
de suas determinações sociais, de sua história, de
sua produção contextual [...].”
(MOREIRA; SILVA, 2008, p. 7) Conhecimento Sociedade

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Âmbitos curriculares Currículo: particularidades

Se concretiza na esfera dos saberes e das práticas


Projeto Expressão
Função pedagógicas desenvolvidas na instituição escolar.
ou plano formal e
social
educativo material

É um campo complexo, movido por vários fatores.


Atividade
Campo
educacional/
prático
pesquisa O currículo não se configura como um elemento
inocente e neutro.

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Ações curriculares voltadas à EJA

Educação de Jovens e Currículo como opção cultural.

Adultos e currículo
Análise de teor crítico.

Realidade curricular como cultura da escola.

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Algumas distinções curriculares Currículo prescrito na EJA: Diretrizes Curriculares


Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos

Currículo Currículo
prescrito em ação “A Educação de Jovens e Adultos, como modalidade
educacional que atende a educandos-trabalhadores,
tem como finalidades e objetivos o compromisso
Currículo apresentado Currículo com a formação humana e com o acesso à cultura
aos professores realizado geral, de modo que os educandos aprimorem sua
consciência crítica”.
(BRASIL, 2000, p. 27)
Currículo moldado Currículo
pelos professores avaliado

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Multiculturalismo

“O multiculturalismo é um dado da
realidade. Por outro lado, supõe uma
tomada de posição diante dessa realidade,
Valorização cultural
do ponto de vista teórico e das práticas
sociais e educativas”.
Disponível em: https://bit.ly/3rK4PSi.
Acesso em: fev. 2022.
Disponível em: https://bit.ly/3dJIxIf.
no currículo
Acesso em: fev. 2022.
(CANDAU; KOFF, 2006, p. 475)

Na EJA, desenvolver práticas pedagógicas


que levem em conta a heterogeneidade e
a diversidade cultural, trazendo as vozes
dos sujeitos e suas identidades culturais
para o centro do processo.

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Conhecendo Problematizando
A professora Lúcia solicitou que os alunos trouxessem  Quais conhecimentos são, de fato, valorizados na
algo (objeto, letra de música, poesia, alimento) que escola?
remeta à infância deles.  Por que alguns são ensinados e outros, que fazem
Quanta curiosidade, quantas histórias para contarem. parte de nossa história, não recebem a atenção na
Em uma roda de conversa, a professora inicia a atividade, matriz curricular?
pedindo para cada estudante mostrar o que trouxe e
comentar sobre a escolha.

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Resolvendo
 Podemos analisar o currículo por meio dos aspectos
sociais, políticos, econômicos e culturais.
 Necessidade de valorizar os aspectos culturais e
Reflita e responda
regionais, pois é legado da nossa cultura brasileira. ao seguinte
questionamento:

Disponível em: https://bit.ly/3a8ZfQj.


Acesso em: fev. 2022.

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Recapitulando
Quais ações podem favorecer o processo de ensino e de
aprendizagem, de modo a aproximar professores e
alunos? Trajetória histórica da Educação de Jovens
e Adultos no Brasil.

Políticas Públicas e Educação de Jovens e


Adultos no cenário brasileiro.

Educação de Jovens e Adultos no contexto


do currículo educacional brasileiro.

Disponível em: https://bit.ly/3rNPnEs.


Acesso em: fev. 2022.

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Referências
ASSIS, I. G. de. A história dum Zé Ninguém. Parnamirim: Chico Editora, 2008.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988.
BRASIL. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação.
Brasília, DF: Congresso Nacional.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da
Educação Nacional. Brasília, DF: Congresso Nacional.
BRASIL. Resolução CNE/CEB nº 1, de 5 de junho de 2000. Estabelece as Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos. Brasília, DF: Ministério da
Educação.
CANDAU, V. M.; KOFF, A. M. N. S. Conversas com… sobre a didática e a perspectiva
multi/intercultural. Educação e Sociedade, Campinas. v. 27, n. 95, p. 471-493, maio/ago.
2006.
MOREIRA, A. F. B.; SILVA, T. T. da. Currículo, cultura e sociedade. 10. ed. São Paulo:
Cortez, 2008.
PLATZER, M. B. Educação de Jovens e Adultos. Londrina: Editora e Distribuidora
Educacional, 2017.

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