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RESENHA CRÍTICA:

“Série: black mirror – episódio Arkangel.”

Jonata Jefté da Silva Alves


Instituto Federal de Educação, Ciência e T ecnologia do Ceará – Campus Aracati
jonata.jefte.silva07@aluno.ifce.edu.br

A simbiose entre mãe e filha é elevada a um novo patamar no episódio Arkangel, segundo
episódio da quarta temporada de Black Mirror (netflix). Para pais preocupados, uma empresa oferece
um sistema chamado arkangel que é inserido no cérebro da criança. A partir dali, é possível, em um
tablet, observar os sinais vitais e a localização do filho, aplicar filtros de desfoque de visão em
momentos estressantes do pequeno e literalmente enxergar pelos olhos do jovem. O total controle
tranquiliza inicialmente, mas, claro, aterroriza pouco tempo depois.

O que ocorre ao longo do decorrer do episódio é a inibição da criança por causa do controle
obcessivo e medo da mãe de perder sua filha e, aos 3 anos de idade a submete a esse sistema, quando
chega aos 10 anos a garota ainda não conhece coisas que possam ocorrer no dia a dia, como se
machucar e ver uma gota de sangue justamente or conta do filtro que fora aplicado pela mãe. O fato da
distância dos momentos extressantes como quando ela passa pelo cachorro e não consegue assustar-se
ao vê-lo acaba repercutindo nas atitudes da menina como a automotilação e comportamentos
agressivos em resposta a falta de maturidade que lhe foi barrada por conta das atitudes de sua mãe.

Quando ela chega até a adolescência começa a experimentar coisas com as quais não tem as
experiências que uma simples conversa como instrução poderia resolver, ou evitar problemas maiores.
O resultado disso tudo foram confusões e envolvimentos com coisas não tão convenientes para um
jovem na faixa etária de Sara, mas tudo piora quando Sara descobre que sua mãe ainda utiliza desse
sistema que já deveria estar banido para observa-la e, tal descoberta faz a jovem tomar uma atitude
mais do que ruim, que é agredir sua própria mãe até deixa-la desacordada e fugir de sua casa, sua mãe
ao acordar descobre que seu maior medo se tornou realidade, ela perdeu sua filha por ser controladora
demais, fica a lição nem sempre manipular e mecanizar a vida dos filhos é a melhor opção, o melhor a
fazer é demonstrar como a vida é de fato e alertar sobre os perigos que ela proporciona para que se
tenha maturidade para conseguir vencer tais situações e se porventura passar, pudesse adquirir
experiências ou se precaver de coisas como a gravidez na adolescência que ainda é uma realidade nos
dias atuais e acredito que o motivo maior é a falta do diálogo por parte dos responsáveis, do contrário
o número de casos poderia ser bem menor. Que possamos refletir enquanto sociedade para
reduzirmos tantas incidências como essas, dialoguemos, sensibilizemos, sejamos humanos e acima de
tudo empáticos com os (as) próximos (as).

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