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Cristiano Paixão
Fonte:
PAIXÃO, Cristiano. Laranja Mecânica: usos políticos da música de Beethoven e Brahms. In:
Jacinto Nelson de Miranda Coutinho. (Org.). Direito e psicanálise -- interseções a partir de
Laranja Mecânica, de Anthony Burgess. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2016, p. 53-70.
1
O autor registra seus agradecimentos a Claudia Paiva Carvalho, pela leitura atenta e sugestões
apresentadas.
Mendelssohn, Schönberg, Britten e Orff são também mencionados. Percebe-se, então,
que Alex não é um obcecado por Beethoven. Sua relação com a música não é restrita a
uma obra, ou mesmo a um compositor2.
Então puxei a adorável Nona do álbum (...) e coloquei a agulha sibilando até o último
movimento, que era todo êxtase. Lá estava então, as cordas do contrabaixo govoretando
distantes debaixo da minha cama para o resto da orquestra, e em seguida a goloz humana
masculina entrando e lhes dizendo a todos para que sejam alegres, e depois a melodia
extática adorável sobre a Alegria sendo uma centelha divina (p. 95)
Essa inclinação pode ser lida numa chave simbólica. A Nona sempre representou
muitas coisas: a humanidade, a fraternidade, a amizade, a paz. Como compreender, nesse
contexto, a relação de Alex com a música, com esta música?
Muitas coisas há que destruir para edificar a nova ordem; agora sabemos que a
Alemanha era uma dessas coisas. Demos algo mais que nossa vida, demos o destino de
nosso querido país. Que outros maldigam e outros chorem; a mim me alegra que nosso
dom seja orbicular e perfeito.
Ameaça agora o mundo uma época implacável. Nós a forjamos, nós que já somos sua
vítima. Que importa que a Inglaterra seja o martelo e nós a bigorna? O importante é que
reine a violência, não as servis timidezes cristãs. Se a vitória e a injustiça e a felicidade
não são para a Alemanha, que sejam para outras nações. Que o céu exista, mesmo que
2
Cf. Burgess, 2012, p. 82, 95, 137, 142, 180, 212, 213, 259, 268 e 272. O livro foi publicado em 1962 e o
filme de Stanley Kubrick é de 1972.
3
Borges, 1998, p. 641. O conto “Deutsches Requiem” aparece na coletânea “O Aleph”, que foi publicada
em 1949.
nosso lugar seja o inferno (p. 646)
O que existe nessas obras? Por que foram escolhidas por Burgess e Borges para
marcar a relação dos seus protagonistas-problema com a música?
4
O melhor exemplo é o filme de Lawrence Olivier: Henrique V (1944).
Comecemos com a Nona. É difícil descrever o impacto que a sua concepção
causou na música ocidental. Formalmente, ela efetivamente joga pelos ares os requisitos
seguidos pelas sinfonias até então (a Nona foi composta entre 1823 e 1824). Uma das
principais inovações foi a inserção de solistas vocais e um coro no último movimento da
obra. Fato inédito numa sinfonia, que era um gênero puramente instrumental até então. A
Nona utiliza uma poesia de Friedrich Schiller, “Ode à alegria”, que é entoada em diversas
passagens e andamentos por quatro solistas vocais (soprano, contralto, tenor e baixo) e
um coro misto. Há uma diversificação da orquestração, com acréscimos à orquestra
clássica utilizada por Haydn, Mozart e o próprio Beethoven em suas sinfonias anteriores,
por meio de instrumentos como flautim, contrafagote, triângulo, prato e bombo. Há ainda
uma inovação formal importante: o último movimento se estrutura como se fosse uma
pequena “sinfonia dentro da sinfonia”, com quatro partes distintas (introdução e tema
principal, scherzo, movimento lento e final)5.
Como seria de se esperar, a obra teve influência direta na música dos séculos XIX
e XX. A partir da Nona, surgiram várias sinfonias com uso de recursos vocais:
Mendelssohn, Mahler e Shostakovich são exemplos de autores que lançaram mão desse
recurso. E é famosa a reação de Wagner. Para ele, a Nona Sinfonia, ao inovar na forma e
acrescentar vozes à orquestra, seria uma espécie de última sinfonia, de fim de uma época
que anunciaria novas formas de expressão. Como toda obra de referência, a Nona também
provocou reações desfavoráveis. Segundo Stravinski, é uma obra irregular. Em que pese,
para o compositor russo, a beleza do terceiro movimento, o famoso final não seria
convincente, contendo passagens de música “de Kaisersmarch”. O cravista e regente
Gustav Leonhardt afirmava que o final da sinfonia seria uma grande “vulgaridade”, com
seu texto “pueril”.
5
Cf. Marston, 1996, p. 233-238; Tranchefort, 1986, p. 65-68; Kerman e Tyson, 1989; p. 111-120 e Massin
e Massin, 1972, p. 209-226.
6
Marston, 1996, p. 237.
A outra obra coral aqui invocada teve uma recepção igualmente exitosa. O
Réquiem Alemão foi composto por Brahms entre 1866 e 1867, e teve, segundo a maior
parte dos biógrafos, relação direta com a morte da mãe do compositor, ocorrida em 1865
(é possível também que a morte, em 1856, de Robert Schumann, grande mentor de
Brahms na juventude, tenha influenciado a decisão de escrever um Réquiem).
A Nona possui uma história particular. Beethoven teve a primeira ideia de musicar
a “Ode à Alegria” de Schiller em 1792, ano em que se transfere de Bonn para Viena. A
Nona, como já visto, foi concluída em 1824. Os cadernos de anotação de Beethoven
registram, neste período de 32 anos, várias outras tentativas de por em música o poema
de Schiller. E o poema em si possui uma interessante história. Começou a circular, no
final do século XVIII, a tese segundo a qual o título desejado por Schiller para o poema
seria “Ode à Liberdade”, e não “Ode à Alegria”7. Schiller, preocupado com eventual
censura e problemas políticos relacionados à implicação do poema – que contém uma
forte mensagem de liberdade e igualdade entre os homens –, teria preferido estabelecer
um hino à alegria. Mas permaneceu a ideia de que se tratava de uma mensagem cifrada
em prol da liberdade. O jovem Beethoven, que frequentou o meio literário de Bonn no
início da década de 1790, possivelmente conhecia esse significado do poema (que foi
escrito em 1785).
E já no século XIX a Nona passa a ser usada como símbolo por forças políticas.
Em meio à Revolução de 1848, Wagner, que luta ao lado dos revolucionários, ouve de
um companheiro de combate que contempla o incêndio na Ópera de Dresden: “Herr
7
Na língua alemã, para efeitos de métrica, não haveria maior prejuízo, por que as expressões são similares:
“Ode an die Freude” ou “Ode an die Freiheit”. Cf. Massin e Massin, 1997, p. 616. Ver, para uma ocorrência
contemporânea dessa possibilidade, a conclusão do presente artigo.
Kapellmeister, foi a Alegria, bela centelha dos deuses, que o ateou” (a parte em itálico é
uma citação do poema de Schiller)8. No século XX esse uso se populariza e se dissemina.
A Ode, na adaptação feita por Beethoven, é adotada como hino oficial da União Europeia
(em cuja página é possível encontrá-la em inúmeras versões: hip hop, trance, techno, jazz,
adaptada para ritmos ciganos, interpretada por uma big band, por órgão, piano ou uma
guitarra elétrica)9. A música é frequentemente tocada em eventos esportivos, como os
Jogos Olímpicos ou torneios de futebol.
8
Massin e Massin, 1972, p. 226.
9
Disponível em: http://www.coe.int/en/web/about-us/the-european-anthem, acesso em 5.4.2016.
10
Ver as seguintes biografias de Brahms: MacDonald, 1990; Rostand, 1995; Geiringer, 1984.
personagens. Por outro lado, a música acaba por ser apropriada nessas mesmas práticas
(o que é ilustrado, com grande felicidade, no filme de Kubrick).
A Nona não marca apenas uma expansão/explosão da sinfonia como forma. Ela
também está inserida num momento de transformação da difusão da música e de sua
relação com o público. Assim como todas as sinfonias anteriores de Beethoven, a Nona
não teve a sua primeira execução por uma orquestra permanente. Isso porque esse
conceito era estranho à época. Na Viena do início do século XIX, a expressiva maioria da
música que se interpretava dependia diretamente do patrocínio da aristocracia ou da
estrutura propiciada pela Igreja ou pelo Império Austro-Húngaro. Isso era particularmente
verdadeiro para a música orquestral. Se a música de câmara e as canções poderiam
emergir – e se reproduzir – num círculo mais restrito, proto-burguês, caracterizado pelos
salões literários, pelas associações de canto ou ainda pelos conservatórios, isso não era
possível para peças que exigissem uma orquestra (Schubert, por exemplo, jamais
presenciou a execução de alguma das nove sinfonias que compôs).
E começa a se criar a ideia – que durará por várias décadas – de que a escritura de
uma sinfonia após a Nona de Beethoven se tornou um desafio considerável. O que dizer
11
Cf. Frisch, 2003, p. 18-19.
em termos sinfônicos após o imponente edifício das nove sinfonias do mestre de Bonn?
Wagner estaria correto, ao predizer que a Nona seria a última sinfonia, marcando uma
passagem para outras formas de expressão musical?
Não por acaso, Brahms, que nasceu seis anos após a morte de Beethoven, retardou
conscientemente sua incursão na forma sinfônica. Sua primeira sinfonia levou cerca de
quatorze anos para ser finalizada e, antes dela, o autor passou por praticamente todas as
modalidades instrumentais: sonatas (para piano solo ou piano e violino, ou piano e
violoncelo), trios, quartetos, quintetos, sextetos, um concerto para piano e orquestra, duas
serenatas e variações para piano e orquestra, isso sem contar inúmeras peças breves, como
fantasias ou valsas para piano.
E, antes mesmo desta primeira sinfonia, Brahms produziu a obra que o notabilizou
no meio musical da época: o Réquiem Alemão. Essa precedência pode ser explicada
exatamente pela questão relacionada à abrangência da forma da sinfonia. Segundo uma
interpretação bastante difundida do musicólogo Paul Bekker, que foi apoiada por um
texto de Theodor Adorno, Brahms ter-se-ia deparado, ao escrever o Réquiem Alemão,
com o desafio de escrever uma obra que tivesse a função de ser “formadora de uma
sociedade” (gesellschaftsbildend), ou seja, com a necessidade de estabelecer uma
comunicação eficaz com um grande público. Esse era o público para quem a Nona
Sinfonia era já canônica. Para Bekker, as sinfonias de Beethoven conseguiram “organizar
uma nova humanidade no início do século XIX em uma forma artística, conferindo assim
a essa humanidade a oportunidade de se auto-reconhecer como uma entidade capaz de
sentir algo”12.
A questão que se colocava para Brahms era: como obter tal comunicação com o
público que lhe era contemporâneo? Segundo Bekker, o meio encontrado por Brahms foi
a original configuração do Réquiem Alemão. Utilizando a Bíblia na tradução de Lutero,
com escolha livre de textos que tratavam da morte e, principalmente, enfatizando uma
mensagem de fé e conforto aos vivos, Brahms logrou estabelecer uma mensagem
humanista similar àquela trazida pela Nona de Beethoven, ainda que sem o uso da sinfonia
como forma. Segundo narrado por vários autores, Brahms sempre rechaçou uma leitura
“nacionalista” ou “patriótica” do Réquiem. Para ele, o elemento alemão estava associado
à língua, tanto que Brahms disse a seu amigo Carl Reinthaler que a obra poderia ser
12
Passagens de Bekker citadas a partir de Frisch, 2003, p. 35.
intitulada “Um Réquiem Humano”. Na observação certeira de Carl Dahlhaus, o Réquiem
“é uma daquelas obras nas quais o século XIX reconhece sua própria identidade”.
Assim, o traço distintivo que marca tanto a Nona Sinfonia quanto o Réquiem
Alemão reside na universalidade das duas obras, o que significa antes de tudo a
capacidade de estabelecer uma comunicação com um público amplo, por meio de forças
orquestrais e corais consideráveis. Assim, para possibilitar uma ligação com a obra
sinfônica de Beethoven, Brahms optou por não escrever uma sinfonia, algo que ocorreria
apenas anos depois: o Réquiem Alemão estreou em Bremen em 1868 e a Primeira
Sinfonia foi interpretada pela primeira vez em Karlsruhe em 187613.
13
E é importante assinalar que a sinfonia foi apropriada por vários compositores a partir da década de 1870,
que promoveram uma verdadeira renovação do gênero desde então. Destacam-se entre eles Brahms,
Bruckner, Dvorak, Tchaikovski e, um pouco depois, Mahler.
14
Buch, 2007, p. 50.
15
Ver Splitt, 2007, p. 36-47.
Mas, de toda forma, há duas reflexões interessantes sobre a recepção e os usos da
Nona Sinfonia e do Réquiem Alemão que merecem certo aprofundamento.
O que realmente distingue Beethoven, e que se manifesta nele mais claramente do que
em qualquer outro, é aquilo que eu denominaria ‘a lei’ (...) toda potência, incluindo a
violência, que se expressa por meio de sua música, não impede que uma santa
sobriedade a submeta à lei orgânica16
O que significa essa expressão “lei orgânica” utilizada por Furtwängler? Segundo
a lúcida interpretação de Esteban Buch, há duas possibilidades: por um lado, poderia ser
uma espécie de consenso moral produzido pela obra, que prevaleceria sobre qualquer
pretensão de violência ou poder. Mas, por outro lado, a passagem poderia também
significar que a “lei orgânica” nada mais é senão a sujeição da música ao princípio de
obediência ao Führer, que é a marca daquela dada sociedade. Concordamos com Buch
quando o autor afirma que o contexto da afirmação (plena guerra com países europeus
em 1942) induz a pensar que o texto trata mesmo da submissão do discurso musical à lei
do partido nacional-socialista.
16
Citado a partir de Buch, 2007, p. 57. Para as complexas relações entre Furtwängler e o III Reich, ver
Ross, 2009, p. 326-360 e Lebrecht, 2002, p. 123-135.
experimentar e sentir a grande comunidade suprapessoal do povo (Volk)”. Essa habilidade
de captar o sentimento comunitário se manifesta no domínio da canção folclórica.
Em outras palavras, ele poderia escrever uma melodia que era uma canção folclórica
autêntica, indiscutível – mas que era também uma composição exclusiva de Brahms. É
um processo completamente diferente daquele que ocorre com um compositor como
Mahler, por exemplo. Mahler era um estrangeiro no domínio da canção folclórica, e não
importa o quanto sua alma infatigável buscou esse domínio e o almejou como um porto
seguro. Ele se propôs, de toda maneira, a criar canções folclóricas ‘artificiais’. Brahms,
por outro lado, era a própria encarnação do ‘povo’, da ‘canção folclórica’17
17
Passagens de Furtwängler citadas a partir de Beller-McKenna, 2000, p. 1-3.
toda a estética nazista consiste em um processo de ‘unificação’ (Gleichschaltung). Seu
objetivo é controlar – por meio da imagem, da palavra e do som – toda forma de
expressão, que deve estar a serviço exclusivo das intenções do regime e pertencer ao
‘corpo nacional’ (Volkskörper), sem escapatória possível e sem nenhuma restrição, com
exclusão de toda forma não aceita: ‘Teu povo é tudo, tu não és nada’ (Dein Volk ist
alles, du bist nichts)18
18
Goldschmidt, 2007, p. 29.
19
Cf. Kelly, 2014.
invés de “Freude” (alegria). Só assim, dizia o maestro, fazia sentido uma das frases
entoadas pelo coro: “todos os homens serão irmãos” (alle Menschen werden Brüder). É
possível interpretar essas iniciativas de várias formas – uma delas, que se compreende
numa perspectiva histórica, indica que a Alemanha unificada, consciente dos vários usos
realizados por regimes anteriores acerca da obra de Beethoven, resolve “retomar” para si
o valor simbólico da obra, marcando a ideia de liberdade como chave de leitura do poema
de Schiller20.
Num evento marcante, de alcance global, que permanece irradiando efeitos sobre
a política contemporânea, dois aviões de carreira foram sequestrados e lançados nas duas
torres do World Trade Center, no sul da ilha de Manhattan, em 11 de setembro de 2001.
Foi um evento de amplas dimensões, que inspirou a produção de livros, filmes, peças e
outras narrativas, além de se constituir como um verdadeiro marco na história política dos
Estados Unidos da América. Os atentados também tiveram como alvo uma das cidades
mais cosmopolitas e internacionais do mundo. Segundo sobreviventes, imperava, na
cidade, nos dias imediatamente subsequentes aos ataques, um silêncio profundo,
caracterizado por certa incompreensão em relação a tudo que havia ocorrido.
20
Cf. Mitchell, 2013.
21
Cf. Fox, 2015.
o concerto foi particularmente emocionante. Muitos dos espectadores estavam com trajes
pretos, representando o luto. Quando o coro entoou o primeiro verso do movimento inicial
(“Felizes os aflitos, porque serão consolados”, Mateus 5:4), muitos espectadores caíram
em lágrimas.
Pelo que se sabe, Brahms escreveu o Réquiem como uma forma de consolação pela
morte de sua mãe. Naquela ocasião, logo após os ataques de 11 de setembro, o efeito da
música foi tão profundo que parecia que ela havia sido escrita naquele mesmo dia.
Houve realmente silêncio no final (...) E nós permanecemos com a certeza do
extraordinário poder da música de curar e trazer conforto22
As obras musicais aqui analisadas, tornadas centrais nas tramas estabelecidas por
Anthony Burgess e Jorge Luis Borges, possuem essa característica: podem ser utilizadas
nos contextos sociais e políticos mais diversificados, com inúmeras finalidades. Vê-se,
assim, que a luta pelo legado de uma obra se trava sempre no presente – e auxilia a
compreender as escolhas e dilemas daquele mesmo presente23.
Referências bibliográficas
22
Ver Bergen, 2011.
23
Cf., sobre usos políticos do passado, e sua relação com a construção de narrativas no presente, Hartog e
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