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Questões - 3 em - Saresp
Questões - 3 em - Saresp
Série/Ano:
1-H10 Inferir tema ou assunto principal de um texto, estabelecendo relações entre informações pressupostas
ou subentendidas. (GIII)
Leia a charge e, em seguida, responda à questão.
Fonte: AMARILDO. Nós, humanos... Gazeta Esportiva, São Paulo, [s.d.]. Disponível em: . Acesso em: 24 ago.
2008.
A charge é um tipo de texto que, por meio de desenhos simbólicos, denuncia ou ironiza uma situação
(geralmente política) que já é conhecida por todos. Por essa charge percebemos o cuidado do artista em
denunciar
a. o quanto sentem os atletas de alto nível ao receberem uma medalha.
b. o quanto se entristecem aqueles que não conseguem uma medalha em uma disputa de alto nível.
2-H42 Inferir informação pressuposta ou subentendida, em um texto literário, com base na sua compreensão
global. (GIII)
Leia o texto para responder à questão. PIQUERI
Algumas pessoas se apaixonam às margens do Sena, outras caminhando em Veneza. Jonas se apaixonou na
ponte do Piqueri. Lembrava perfeitamente: o carro quebrado, as buzinas, o beijo antes de o reboque chegar.
Agora, de novo sobre a ponte, pensava no que tinha lido outro dia: que, para a ciência, dois corpos nunca se
tocam. Os átomos ficam, no máximo, à distância de um centésimo milionésimo de centímetro um do outro.
Então, nunca tinha tocado nos lábios dela. Nunca tinha de fato segurado suas mãos. Que alívio. Aquela vadia!
Pulou com a certeza de que morreria sem tocar o chão imundo.
Fonte: ROSSI, Fabio Danesi. Piqueri. Folha de S. Paulo, São Paulo, 13 jan. 2008. Cotidiano, A cidade de São
Paulo em contos de cem palavras, p. C3.
Sobre o sentido do último parágrafo do mini-conto, é correto afirmar que o personagem Jonas
a. morre assassinado por acreditar que quando se ama é possível superar as leis da ciência.
b. salta da ponte para salvar a amada que se acidentara enquanto ele lia um livro de ciência.
c. pratica um homicídio porque se nega a aceitar uma realidade em que a ciência é mais valorizada do que o
amor.
d. comete o suicídio por causa de uma desilusão amorosa e acreditando no que a ciência diz sobre o contato
entre os corpos.
“Tenho 13 anos e quero comprar meu primeiro maço de cigarros. Já peguei algumas vezes cigarro dos meus
amigos e achei legal. Na escola, fumo escondido. Meus pais também não me deixam fumar, mas os dois são
fumantes há um tempão. Por que essa falsidade em relação ao cigarro?”
Jairo Bouer
Colunista da Folha
Se você acompanha esta coluna, já percebeu que, em geral, temos respostas bastante ponderadas para
nossos leitores. Incentivamos sempre a autonomia de cada um, desde que administrada com
responsabilidade, e evitamos o tradicional “faça isso ou não faça aquilo”. Mas, desta vez, vamos ser
categóricos: caia fora dessa e não compre seu primeiro maço de cigarros.
Por quê? O cigarro é composto por uma droga (nicotina) que tem o poder de tornar as pessoas dependentes
com muita facilidade. Além dela, o cigarro tem centenas de compostos químicos que, com o passar dos anos,
vão atacando seu corpo. Só para citar algumas das consequências do hábito de fumar: enfisema pulmonar,
câncer de pulmão e bexiga, alteração dos vasos sanguíneos, infartos, derrames e impotência sexual.
As pesquisas mostram que, quanto mais nova a pessoa é quando começa a fumar, mais chances ela tem de se
tornar dependente. A nicotina faz com que o corpo sinta falta do cigarro. Quando passa uma ou duas horas
sem dar uma tragada, a pessoa começa a passar mal: sua, sente dor de cabeça, ansiedade, nervosismo,
dificuldade de concentração etc. Esses são sinais de abstinência. É como se o seu corpo desses sinais de que
precisa de mais nicotina. Daí a vontade incontrolável de acender mais um.
A moçada começa a fumar porque acha que pega bem. O garoto que fuma acha que parece mais maduro.
Pode até se sentir mais controlado e mais seguro (efeito da nicotina). Na verdade, ele está fazendo uma
grande bobagem. Está entrando em uma história que, para ser superada, pode levar, em média, uma década
– tempo suficiente para produzir belos estragos em sua saúde.
E seus pais são falsos? Provavelmente não! Eles querem evitar que você entre em uma situação de que vai
ser difícil sair. Por experiência própria, eles já devem ter sentido o quanto é duro largar o cigarro. O que
complica é que eles, fumantes, tentam impor a você uma proibição ao cigarro.
Filhos de pais que fumam têm maior probabilidade de se tornarem dependentes de cigarro. Que tal inverter
o jogo e pedir que eles também deixem o cigarro? Hoje, novos métodos (remédios que controlam a vontade
de fumar), terapia breve de apoio e reposição de nicotina são alternativas para facilitar a vida do fumante
que quer largar o cigarro. Sugira a eles que procurem um médico.
Só para terminar: em raras ocasiões a gente diz aqui o que a pessoa deve ou não fazer. Se a gente disse isso
hoje para você, é por convicção absoluta de que você não precisa comprar seu primeiro maço de cigarro para
se sentir mais legal. Muito pelo contrário, esse é um passo para anos de muita dor de cabeça. É isso!
Fonte: BOUER, Jairo. Quando o assunto é cigarro, é preciso ser radical e dizer não. Folha de São Paulo.
Folhateen. Sexo e Saúde. São Paulo: 14/10/2002.
Este artigo é destinado a
(A) leitores de jornais.
(B) pais de jovens leitores.
(www.a charge.com.br)
Considerando-se o contexto apresentado na charge, é correto afirmar que
(A) se mostra a tecnologia estendida a todos os grupos da sociedade, que a utilizam bem, já que os usuários
não subestimam seu potencial.
(B) se define o avanço tecnológico do país levando em consideração, principalmente, a política pública para o
acesso a esse tipo de bem.
(C) se estabelece uma relação paradoxal entre os avanços obtidos na área tecnológica e as condições de vida
a que está sujeita expressiva parcela da população.
(D) se pode entender como positiva a nova relação do homem com as máquinas, já que elas tiram expressiva
parcela da população de condições aviltantes de vida.
(E) se veem a criticidade e o bom senso de grande parte da população menos favorecida para o uso
adequado das novas tecnologias no cotidiano.
H11 – Inferir propostas subentendidas do autor para a resolução de determinado problema, com base na
compreensão global do texto. (GIII)
Os meninos do tráfico
Lya Luft
O documentário sobre crianças no tráfico, recentemente visto em todo o país, não é de provocar opiniões
mas de dilacerar o coração, que anda de sobressalto em sobressalto. [...] Assisti ao documentário encolhida, e
tantos dias depois ainda não consegui me sentir inteira. Nunca mais serei a mesma, depois de testemunhar
aquilo, e não sei de documentário mais importante neste mundo de Deus. Aqueles meninos banguelas,
aquelas meninas magrelas, aquelas vozes arrastadas de sono e droga, aqueles rostos ocultos de
série medo ou enfrentando impassíveis, aqueles olhares pedintes ou ferozes, mas muito mais
pedintes, feriram como mil punhais qualquer pessoa que não estivesse demais embotada.
Espero que essa ferida seja para sempre. Desejo que nunca, nem um dia, a gente esqueca. Eu não quero
esquecer, pois, sem usar drogas nem conviver com traficantes, indiretamente, como todo brasileiro, fui
responsável pela vida e pela morte deles, pois todos, menos um, já morreram. Nós os matamos.
Vou pensar todos os dias que continuam morrendo crianças iguais àquelas, que poderiam ser meus filhos,
teus filhos, nossos filhos. Eram nossos, aqueles meninos e meninas, sonados, ferozes ou tristissimos, que a
gente tem vontade de botar no colo e confortar. Mas confortar com o quê? E aquela arma, e aquelas drogas,
e aquela infelicidade, e aquela desesperança? Fazer o quê?
Espero que essa ferida e essa vergonha nos deem alguma ideia salvadora e nos levem a uma postura
determinada, que gere ações efetivas, eficientes, reais. Não promessas, não seminários com sociólogos,
religiosos, psicólogos e antropólogos, médicos e, quem sabe, policiais. Não entrevistas comovidas e
comoventes em televisão e jornais, mas atitudes e ações. Não acredito que elas aconteçam: deixamos que o
problema se alastrasse demais, permitimos a guerra civil. Nos assustamos um pouco, aqui e ali
interrompemos a dança insensata e nos emocionamos, mas nada alem disso. A ferida aberta pelo
documentário e pela realidade talvez continue incomodando. Contra ela só há dois remédios: agir ou alienar-
se mais. Desejo que ela nos machuque feito brasa ardente, até o fim da nossa miserável vida.
Fonte: LUFT, Lya, Os meninos do tráfico. Vega, São Paulo, p 22. 5 abr 2006. (com cortes].
6-Para a autora do texto, a única forma de resolver os problemas registrados pelo documentário ao qual ela
se refere é
a. provocar opiniões comovidas e dilacerantes.
b. enfrentar impassívelmente os olhares pedintes ou ferozes.
c. confortar com o colo as vítimas infelizes e desesperadas.
d. assumir posturas atuantes e eficientes.
H35 - Identificar uma interpretação adequada para um determinado texto literário. (GI)
H35 - Identificar uma interpretação adequada para um determinado texto literário. (GI)
Leia o texto e responda à questão. [...]
Felizmente D. Camila tinha dado a suas filhas a mesma vigorosa educação que recebera; a antiga educação
brasileira, já bem rara em nossos dias, que, se não fazia donzelas românticas, preparava a mulher para as
sublimes abnegações que protegem a família, e fazem da humilde casa um santuário.
Mariquinhas, mais velha que Fernando, vira escoarem-se os anos da mocidade, com serena resignação. Se
alguém se lembrava de que o outono, que é a estação nupcial, ia passando sem esperança de casamento, não
era ela, mas a mãe, D. Camila, que sentia apertar-se-lhe o coração, quando lhe notava o desbote da
mocidade.
Também Fernando algumas vezes a acompanhava nessa mágoa; mas nele breve a apagava o bulício1 do
mundo.
Nicota, a mais moça e também mais linda, ainda estava na flor da idade; mas já tocava aos vinte anos, e com
a vida concentrada que tinha a família, não era fácil que aparecessem pretendentes à mão de uma menina
pobre e sem proteções. Por isso cresciam as inquietações e tristezas da boa mãe, ao pensar que também esta
filha estaria condenada à mesquinha sorte do aleijão social, que se chama celibato2.
Quando Fernando chegou à maioridade, D. Camila nele resignou a autoridade que exercia na
casa, e a administração do módico3 patrimônio que ficara por morte do marido, e que embora partilhado nos
autos, ainda estava intacto e em comunhão. [...]
ALENCAR, José de. Senhora: perfil de mulher. 6. ed. São Paulo: FTD, 1999. p. 42-43. (Coleção Grandes
leituras). (adaptado)
8-Vocabulário:
1 bulício. S. m. Ausência de tranquilidade, agitação; movimentação de coisas e pessoas; burburinho.
2 celibato. S.m. O estado de uma pessoa que se mantém solteiro.
3 módico. S.m. Exíguo, pequeno, reduzido, modesto.
Em: “[...] preparava a mulher para as sublimes abnegações que protegem a família, e fazem da humilde casa
um santuário.” encontra-se a figura de linguagem:
(A) Gradação.
(B) Metonímia.
(C) Antítese.
(D) Metáfora.
H35 - Identificar uma interpretação adequada para um determinado texto literário. (GI)
9-Na letra de canção há um uso reiterado de uma figura de linguagem específica. Trata-se de
(A) comparação. Ex: A felicidade é como a gota / De orvalho numa pétala de flor...
(B) metonímia. Ex: A felicidade do pobre parece / A grande ilusão do carnaval...
(C) personificação. Ex: A felicidade é como a pluma / Que o vento vai levando pelo ar...
(D) metáfora. Ex: A felicidade é uma coisa louca / Mas tão delicada, também...
H35 - Identificar uma interpretação adequada para um determinado texto literário. (GI)
H42 - Inferir informação pressuposta ou subentendida, em um texto literário, com base na sua compreensão
global. (GIII)
11-Leia o texto e responda à questão.
Eu, o bilheteiro
Por que eles não trazem dinheiro trocado? Já sabem quanto custa o ingresso, custava trazer dinheiro certo?
Mas não, sempre trazem notas grandes. Como esses pés-rapados sempre têm notas de 50? O pior é ver essa
dinheirama passar pela minha mão e eu não poder ficar com nada. Num punhado de ingressos o clube já tira
o meu salário. Vai tudo para o centroavante. Esse deve ganhar uma fortuna. Ou então vai para o bolso do
presidente. Não boto minha mão no fogo por ele. Nem por ele nem por ninguém. Até dos outros bilheteiros
eu suspeito. Acho que o Armandinho tem esquema com o cara da roleta. Toda hora a roleta quebra e o cara
fica com os ingressos na mão. E aí o Armandinho dá uma sumida. Para mim ele pega os ingressos de volta e
deixa o dinheiro com o cara da catraca. Coisa mais fácil que tem é roubar. Ah, se minha mãe não tivesse me
criado direito... Quem sabe eu ia ter carro em vez dessa bicicleta. Ou ia estar na cadeia. Não, ninguém vai
para a cadeia. Mas é melhor ser honesto. [...]
Cambista... Mais um que ganha dinheiro fácil. Mas, também, os trouxas pagam a mais só para não pegar fila.
Bem feito! Pior é quando pegam ingresso falso. Mas aí tem esquema com o cara da catraca e os policiais, e
passam com ingresso falso mesmo. Parece que o Armandinho também tem esquema com cambista. Como é
que ele ia arranjar dinheiro para comprar aquele Escort? Só eu que sou trouxa. Ah, se minha mãe não tivesse
me criado direito...
TORERO, José Roberto. Crônicas para ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2011. p. 79-80. (adaptado)
O texto nos permite dizer que o bilheteiro
(A) sabe que poderia tornar-se uma pessoa desonesta, se não tivesse sido bem educado pela mãe.
(B) se dá conta de quanto dinheiro está perdendo e decide mudar, deixando de lado a boa educação que
recebeu.
(C) percebe que está sendo mal remunerado pelo serviço que realiza e resolve trabalhar como cambista.
(D) apesar de suas convicções iniciais, é acometido pela dúvida e resolve trabalhar com o Armandinho.
H31 Justificar o uso de empréstimos linguísticos e gramaticais de outras línguas, em um texto em língua
portuguesa. (GIII)
12-Leia o texto e responda à questão. A RESSURREIÇÃO DOS OUTDOORS Dois anos depois da implantação da
Lei Cidade Limpa, alguns outdoors retirados das ruas ressurgem em forma de arte. Garimpadas por cinco
meses em ferros-velhos e empresas de comunicação pelo artista plástico Eduardo Kobra, catorze peças
receberam técnicas de colagem, pintura e grafite inspiradas em São Paulo. Com 3 metros de comprimento, o
painel acima reproduz uma cena da década de 20. “Minha ideia é mostrar a metrópole em transformação”,
diz Kobra. A exposição Lei da Cidade que Pinta fica em cartaz até o dia 11 de novembro na recém-inaugurada
Galeria Michelangelo (Rua Fradique Coutinho, 798, Vila Madalena, 3815-0993). Fonte: GONÇALVES, Daniel
Nunes. A ressurreição dos outdoors. Veja, São Paulo, 15 out. 2008. Disponível em:
<http://vejasaopaulo.abril.com.br/ revista/vejasp/edicoes/2082/m0168973.html>. Acesso em: 16 fev. 2009.
A palavra inglesa outdoor foi usada no texto porque, em português, ela tem o sentido específico de “anúncio
em forma de cartaz muito grande” exposto
H31 Justificar o uso de empréstimos linguísticos e gramaticais de outras línguas, em um texto em língua
portuguesa.
13- (UFSC – 2009)
[...]
[...]
É bom lembrar que o empréstimo vocabular não é sinal de “decadência da língua”, mas justamente
de vitalidade de sua cultura, em confluência com outras culturas e outras linguagens. E esse é, de
fato, um terreno em que pouco se pode fazer oficialmente – o uso cotidiano da língua, multiplicado
na diversificação de atividades dos seus milhões de usuários, pela fala e pela escrita, acaba
separando o joio do trigo, consagrando formas novas e fazendo desaparecer outras. O fato é: não
precisamos ter medo, porque a língua não corre perigo! Na verdade, os que correm perigo muitas
vezes são os seus falantes, mas por outras razões!
FARACO, Carlos Alberto; TEZZA, Cristóvão. Oficina de texto. Petrópolis: Vozes, 2003. p. 37-38.
[Adaptado]
I. A pergunta formulada no título é respondida no texto: os autores defendem a grafia “skate”, pois se trata
de um empréstimo vocabular.
II. Uma das razões pelas quais as línguas variam e mudam são os empréstimos linguísticos.
IV. A importação de palavras em uma língua pode se resolver de duas maneiras: ou as palavras estrangeiras
são incorporadas à língua, ou são substituídas por outras.
V. O uso de estrangeirismos não passa de um modismo elitista alimentado pela mídia nas áreas do esporte e
da informática.
VI. Quem soluciona a questão dos estrangeirismos são os próprios falantes no uso diário da língua. VII. O
estrangeirismo deve ser oficialmente combatido, pois coloca em risco a autonomia da língua portuguesa.
c) V e VII.
e) I, III, IV e VI.
H31 Justificar o uso de empréstimos linguísticos e gramaticais de outras línguas, em um texto em língua
portuguesa.
14- Sobre os estrangeirismos, é incorreto afirmar:
d) Os estrangeirismos são nocivos à nossa identidade cultural e não podem ser considerados como um tipo
de variação linguística. Devem ser empregados apenas quando uma palavra estrangeira não apresenta
termo equivalente na língua portuguesa.
H31 Justificar o uso de empréstimos linguísticos e gramaticais de outras línguas, em um texto em língua
portuguesa.
15- (Enem – 2002)
Só falta o Senado aprovar o projeto de lei [sobre o uso de termos estrangeiros no Brasil] para que
palavras como shopping center, delivery e drive-through sejam proibidas em nomes de
estabelecimentos e marcas. Engajado nessa valorosa luta contra o inimigo ianque, que quer fazer
área de livre comércio com nosso inculto e belo idioma, venho sugerir algumas outras medidas que
serão de extrema importância para a preservação da soberania nacional, a saber:
........
Nenhum cidadão carioca ou gaúcho poderá dizer "Tu vai" em espaços públicos do território nacional;
Nenhum cidadão paulista poderá dizer "Eu lhe amo" e retirar ou acrescentar o plural em sentenças
como "Me vê um chopps e dois pastel";
..........
Nenhum dono de borracharia poderá escrever cartaz com a palavra "borraxaria" e nenhum dono de
banca de jornal anunciará "Vende-se cigarros";
..........
Nenhum livro de gramática obrigará os alunos a utilizar colocações pronominais como "casar-me-ei"
ou "ver-se-ão".
PIZA, Daniel. Uma proposta imodesta. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 8/04/2001.
a) mostra-se favorável ao teor da proposta por entender que a língua portuguesa deve ser protegida contra
deturpações de uso.
b) ironiza o projeto de lei ao sugerir medidas que inibam determinados usos regionais e socioculturais da
língua.
c) denuncia o desconhecimento de regras elementares de concordância verbal e nominal pelo falante
brasileiro.
d) revela-se preconceituoso em relação a certos registros linguísticos ao propor medidas que os controlem.
e) defende o ensino rigoroso da gramática para que todos aprendam a empregar corretamente os
pronomes.
16-H42 Inferir informação pressuposta ou subentendida, em um texto literário, com base na sua
compreensão global.
H18: Distinguir um fato da opinião pressuposta ou subentendida em relação a esse mesmo fato, em segmentos
descontínuos de um texto.
QUESTÃO 1
O Brasil já precisa lidar com alguns sinais bastante evidentes de subdesenvolvimento no campo
da saúde, como os frequentes surtos de doenças transmitidas por mosquitos e que um dia já
estiveram sob controle no país. Agora, tem de conviver também com a volta de outras doenças
que já tinham sido erradicadas graças a bem-sucedidos programas de vacinação. O sarampo,
por exemplo, já assusta várias regiões brasileiras, com epidemias na Região Norte e casos isolados
em outros estados das regiões Sul e Sudeste. E a poliomielite, da qual o país não registra um caso
sequer desde 1989, também preocupa a ponto de o Ministério da Saúde ter emitido um alerta no
início de julho.
Nos dois casos, a raiz do problema está na baixa cobertura das vacinas para ambas as doenças.
A meta nacional é de manter uma taxa de imunização de 95%, mas ela está em queda livre,
rondando os 60% tanto para a pólio quanto para a vacina tríplice viral, que protege contra
sarampo, rubéola e caxumba. Uma verdadeira crise de saúde pública que mistura falta de
investimento, restrições ao acesso à vacina, relaxamento e uma boa quantidade de ignorância.
[...]
E, ainda que os especialistas ouvidos pela Gazeta do Povo afirmem que o movimento antivacina
ainda é pouco relevante no Brasil, não há como subestimar a ignorância envolvida na recusa
voluntária em vacinar os filhos, mesmo quando se tem todas as condições – financeiras e de tempo
– para tal.
Disponível em: <https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/a-nova-revolta-da-vacina-
A) “E a poliomielite, da qual o país não registra um caso sequer desde 1989, [...]”
vacinar os filhos”
D) “E, ainda que os especialistas ouvidos pela Gazeta do Povo afirmem [...]”
QUESTÃO 2
É um estrago e tanto. Na área que recebe o grande lago que serve de reservatório da hidrelétrica,
a natureza se transforma: o clima muda, espécies de peixes desaparecem, animais fogem para
refúgios secos, árvores viram madeira podre debaixo da inundação… E isso fora o impacto social:
milhares de pessoas deixam suas casas e têm de recomeçar sua vida do zero num outro lugar.
A verdade é que não existe nenhuma forma de geração de energia 100% limpa.
“Toda extração de energia da natureza traz algum impacto. Mesmo a energia eólica (que usa a
força do vento), que até parece inofensiva, é problemática. Quem vive embaixo das enormes
hélices que geram energia sofre com o barulho, a vibração e a poluição visual, além de o sistema
perturbar o fluxo migratório de aves, como acontece na Espanha”, afirma o engenheiro Gilberto
Jannuzzi, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
(Suzana Paquete. Disponível em http://mundoestranho.abril.com.br/materia/qual-oimpacto-ambiental-da instalação-
de-uma-hidrelétrica.Acessado em 26.07.2016.Adapatado. )
(A) a natureza se mantém intacta no lago que serve de reservatório para uma
hidrelétrica.
(B) os lagos que servem e reservatório para hidrelétricas são apropriados para
refúgio de peixes.
sociais.
QUESTÃO 3
QUESTÃO 4
Só há uma saída para a escola se ela quiser ser mais bem-sucedida: aceitar a mudança da língua
como um fato. Isso deve significar que a escola deve aceitar qualquer forma de língua em suas
atividades escritas? Não deve mais corrigir? Não!
Há outra dimensão a ser considerada: de fato, no mundo real da escrita, não existe apenas um
português correto, que valeria para todas as ocasiões: o estilo dos contratos não é o mesmo dos
manuais de instrução; o dos juízes do Supremo não é o mesmo dos cordelistas; o dos editoriais dos
jornais não é o mesmo dos cadernos de cultura dos mesmos jornais. Ou do de seus colunistas.
(POSSENTI, S. Gramática na cabeça. Língua Portuguesa, ano 5, n. 67, maio 2011 – adaptado).
Sírio Possenti defende a tese de que não existe um único “português correto”. Assim sendo, o
domínio da língua portuguesa implica, entre outras coisas, saber
H43: Inferir o conflito gerador de uma narrativa literária, analisando o enunciado na perspectiva do papel assumido pelas
personagens.
QUESTÃO 5
Mais um erro de português leva um criminoso às mãos da polícia. Desde 2003, Marco de Oliveira
Prado, de 37 anos, administrava a empresa MM, que falsificava boletins de ocorrência, carteiras
profissionais e atestados de óbito, tudo para anular multas de infratores do trânsito. Amparado
pela documentação fajuta de Prado, um motorista poderia alegar às Juntas Administrativas de
Recursos de Infrações que ultrapassou o limite de velocidade para transportar um parente que
passou mal e morreu a caminho do hospital.
O esquema funcionou até setembro, quando Prado foi indiciado. Atropelara a gramática. Havia
emitido, por exemplo, um atestado de abril do ano passado em que estava escrito aneurisma
“celebral” (com l no lugar de r) e “insulficiência” múltipla de órgãos (com um l desnecessário em
“insuficiência” — além do fato de a expressão médica adequada ser “falência múltipla de
órgãos”).
Marco de Oliveira Prado foi indiciado pela 2ª Delegacia de Divisão de Crimes de Trânsito. Na casa
do acusado, em São Miguel Paulista, zona leste de São Paulo, a polícia encontrou um computador
com moldes de documentos.
QUESTÃO 6
(Fragmento)
Apareceram tantas camisetas com inscrições que a gente estranha ao deparar com uma que
não tem nada escrito.
– Que é que ele está anunciando? – indagou o cabo eleitoral, apreensivo. – Será que faz
propaganda do voto em branco? Devia ser proibido!
– O voto é secreto.
– É secreto, mas a camiseta não é, muito pelo contrário. Ainda há gente neste país que não
assume a sua responsabilidade cívica, se esconde feito avestruz e...
– Ah, pelo que vejo o amigo não aprova as pessoas que gostam de usar uma camiseta limpinha,
sem inscrição, na cor natural em que saiu da fábrica.
DRUMMOND, Carlos. Moça deitada na grama. Rio de Janeiro: Record, 1987, p. 38-40.
QUESTÃO 7
H45: Inferir o papel desempenhado pelas personagens em uma narrativa literária.
QUESTÃO 8
SEXA
— Pai…
— Hmmm?
— Como é o feminino de sexo?
— O quê?
— O feminino de sexo.
— Não tem.
— Sexo não tem feminino?
— Não.
— Só tem sexo masculino?
— É. Quer dizer, não. Existem dois sexos. Masculino e feminino.
— E como é o feminino de sexo?
— Não tem feminino. Sexo é sempre masculino.
— Mas tu mesmo disse que tem sexo masculino e feminino.
— O sexo pode ser masculino ou feminino. A palavra “sexo” é masculina. O sexo masculino, o
sexo feminino.
— Não devia ser “a sexa”?
— Não.
— Por que não?
— Porque não! Desculpa. Porque não. “Sexo” é sempre masculino.
— O sexo da mulher é masculino?
— É. Não! O sexo da mulher é feminino.
— E como é o feminino?
— Sexo mesmo. Igual ao do homem.
— O sexo da mulher é igual ao do homem?
— É. Quer dizer… Olha aqui. Tem o sexo masculino e o sexo feminino, certo?
— Certo.
— São duas coisas diferentes.
— Então como é o feminino de sexo?
— É igual ao masculino.
— Mas não são diferentes?
— Não. Ou, são! Mas a palavra é a mesma. Muda o sexo, mas não muda a palavra.
— Mas então não muda o sexo. É sempre masculino.
— A palavra é masculina.
— Não. “A palavra” é feminino. Se fosse masculina seria “o pal…”
— Chega! Vai brincar, vai.
O garoto sai e a mãe entra. O pai comenta:
— Temos que ficar de olho nesse guri…
— Por quê?
— Ele só pensa em gramática.
Fonte: VERÍSSIMO, Luis Fernando. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p. 53-54.
Ao não ter explicação para a inexistência de uma forma feminina para a palavra “sexo” na língua
portuguesa, o pai está confirmando que
A) o gênero gramatical das palavras é apenas uma convenção e não uma categoria biológica.
b)o gênero gramatical deveria ter relação com sexo, como em “o sofá” e “a mesa”, por exemplo.
C) o português é incoerente quanto à flexão de gênero, pois deveria apresentar a forma “sexa”.
D) o português falha nesse aspecto, pois outras línguas têm uma forma para o feminino de “sexo”.
QUESTÃO 9
— Eu já lhe disse que as árvores fazem frutos do nada e isso é a mais pura magia. Pense agora
como as árvores são grandes e fortes, velhas e generosas e só pedem em troca um pouquinho de
luz, água, ar e terra. É tanto por tão pouco! Quase toda a magia da árvore vem da raiz. Sob
a terra, todas as árvores se unem. É como se estivessem de mãos dadas.
Você pode aprender muito sobre paciência estudando as raízes. Elas vão penetrando no solo
devagarinho, vencendo a resistência mesmo dos solos mais duros. Aos poucos vão crescendo até
acharem água. Não erram nunca a direção. Pedi uma vez a um velho pinheiro que me explicasse
porque as raízes nunca se enganam quando procuram água e ele me disse que as outras árvores
que já acharam água ajudam as que ainda estão procurando.
— E se a árvore estiver plantada sozinha num prado?
— As árvores se comunicam entre si, não importa a distância. Na verdade,
nenhuma árvore está sozinha. Ninguém está sozinho. Jamais. Lembre-se disso.
Máqui. Magia das Árvores. São Paulo: FTD, 1992.
No trecho “Ninguém está sozinho. Jamais. Lembre-se disso” (l. 15-16), as frases curtas produzem o
efeito de
(A) continuidade.
(B) dúvida.
(C) ênfase.
(D) hesitação.
H49: Justificar o período de produção (época) de um texto literário, considerando informações sobre seu gênero, tema,
contexto sociocultural ou autoria.
QUESTÃO 10
Diariamente, duas horas antes da chegada do caminhão da prefeitura, a gerência de uma das
filiais do McDonald’s deposita na calçada dezenas de sacos plásticos recheados de papelão,
isopor, restos de sanduíches. Isso acaba propiciando um lamentável banquete de mendigos.
Dezenas deles vão ali revirar o material e acabam deixando os restos espalhados pelo calçadão.
(Veja São Paulo, 23-29/12/92)
(Texto 2) O bicho
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
I. No primeiro texto, publicado por uma revista, a linguagem predominante é a literária, pois sua
principal função é informar o leitor sobre os transtornos causados pelos detritos.
II. No segundo texto, do escritor Manuel Bandeira, a linguagem não literária é predominante, pois
o poeta faz uso de uma linguagem objetiva para informar o leitor.
III. No texto “Descuidar do lixo é sujeira”, a intenção é informar sobre o lixo que diariamente é
depositado nas calçadas através de uma linguagem objetiva e concisa, marca dos textos não
literários.
IV. O texto “O bicho” é construído em versos e estrofes e apresenta uma linguagem
plurissignificativa, isto é, permeada por metáforas e simbologias, traços determinantes da
linguagem literária.
A) I, III e IV.
B) III e IV.
D) I e IV.
H05 - Identificar o sentido de palavra ou expressão gramatical (conjunções, advérbios, etc.) utilizadas
em um segmento de texto, selecionando aquela que pode substituí-la no contexto em que se insere.
O doce
Carlos Drummond de Andrade
ANDRADE, Carlos Drummond de. Biblioteca Verde. In: Carlos Drummond de Andrade – Poesia Completa. Rio de janeiro: Editora Nova Aguilar, 2002. P. 1099-1100.
Finá de ato
E se eu contigo sonhar
Acordo e rezo o Creio em Deus Pai
Pru modi não me assombrá.
É... o Brasil é muito grande
Bem pode nos separar!
Eu engoli um salucio
Ele, engoliu bem uns quatro.
Larguemo o pé pelo mato
Passou-se tantos tempo
Que nem é bom recordar...
2) No texto, o uso de uma variedade não padrão da língua portuguesa deve-se ao fato de
que
(I) o autor desconhece a norma padrão da língua e escreve todas as palavras erradas.
(II) o autor incorpora aspectos de oralidade no poema com a intenção de situar o leitor.
(III) as marcas da oralidade permitem reconhecer uma possível falta de escolarização.
(IV) a 3ª estrofe é construída para que o leitor perceba o espaço geográfico do “eu lírico”.
A seguir, transcrevemos o início de uma reportagem de informática publicada num jornal paulista:
Os homens são altos, têm troncos e bíceps fortes. As mulheres, de cabelos longos, fazem
questão de afinar a cintura e aumentar os seios. Não estamos em uma academia, tampouco em
um centro cirúrgico, mas no ambiente virtual Second Life, em que internautas criam avatares com
versões mais caprichadas de si mesmos.
A conclusão é da pesquisa "Just Like Me, but Better" (igualzinho a mim, só que melhor), feita
pelas professoras Suely Fragoso e Nísia Rosário, do programa de pós-graduação em
comunicação da Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos, no Rio Grande do Sul) e
apresentada na 6ª Conferência Internacional em Cultura, Tecnologia e Comunicação, no mês
passado, na França.
Fonte: ARRAIS, Daniela. Fracotes viram musculosos em avatares de realidade virtual. Folha de S. Paulo, São Paulo, 6 ago.
200.Disponível em: <http://www1.folhauolcom.br/folha/informatica/ult124u430366.shtml>. Acesso em: 18 ago. 2008.
3) Em “Não estamos em uma academia, tampouco em um centro cirúrgico, mas no ambiente virtual
Second Life” o termo “tampouco” pode ser apropriadamente substituído, sem que se perca a
informação básica do texto, por
A) contudo.
B) todavia.
C) visto que.
D) nem.
E) no entanto.
Estudo do Instituto de defesa do Consumidor mostra que refeições do tipo combo – lanche,
acompanhamento e bebida – vendidas em redes de fast-food podem conter 70% da quantidade de gordura
saturada e sal recomendados para o consumo diário, além de grandes concentrações de gorduras trans.
Fonte: DEFESA do consumidor… O Estado de S. Paulo, São Paulo, 08 de agosto de 2008, p. A 17. (Fragmento)
4) No texto, a expressão além de pode ser substituída, sem alteração do sentido do texto, por:
(A) mas.
(B) bem como.
(C) embora.
(D) em virtude de.
(E) desde que.
H14 – Identificar componentes do texto argumentativo, como por exemplo: argumento/ contra-
argumento, problema/solução, definição/exemplo, comparação, oposição, analogia, ou
refutação/proposta.
Até poucos dias antes da chegada do Papa Francisco ao Brasil a pauta de juventude não era bucólica
e carregada de mensagens de paz e esperança. Pelo contrário, era alto o brado pela redução da maioridade
penal e fortes os ataques ao ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), que garante direitos a uma das
pontas frágeis da sociedade. Para a mídia, em geral as crianças e jovens são vistos sob duas óticas: como
consumidores ou como infratores. Não há uma reflexão nos meios de imprensa sobre o papel dos jovens na
sociedade enquanto atores capazes de oferecer a energia que alimenta as utopias ou pessoas com grande
capacidade para inovar e propor caminhos, alternativas e novas tecnologias.
A abordagem da imprensa dos fatos de uma sociedade não é feita pela ótica da normalidade, daquilo que
é a rotina do cotidiano, mas da exceção. Ou seja, quando um adolescente comete um crime bárbaro aquilo
é martelado à exaustão nos canais de TV e jornais, principalmente porque a anomalia é notícia e, portanto,
vende mais, atrai mais público. A repetição da anomalia cria na sociedade uma falsa sensação de que aquilo
é corriqueiro, que os crimes cometidos por jovens são a maioria e que eles precisam ser punidos.
Por outro lado, o tratamento desqualificado e muitas vezes brutal recebido por jovens encarcerados
em instituições que deveriam garantir seus direitos à educação, saúde, moradia e outros é fato corriqueiro,
portanto, deixa de ser notícia. Não é abordado pela mídia, a não ser em casos de rebelião, quando
novamente a exceção rompe a barreira da rotina e exige seu espaço nas manchetes. O debate sobre a
maioridade penal deveria ser mais abrangente, envolvendo uma discussão ampla sobre as políticas voltadas
para a juventude em todo o Brasil, nas questões de educação, saúde e moradia, mas principalmente em
relação ao acesso dos jovens a oportunidades, principalmente de trabalho.
Disponível em: <http://www.cartacapital.com.br/sociedade/francisco-se-foi-vamos-falar-de-juventude-6486.html >. Acesso em: 15 de junho de 2015.
5) Em “Para a mídia, em geral as crianças e jovens são vistos sob duas óticas: como consumidores
ou como infratores”, há uma ideia sustentada pelo argumento de que
(A) a imprensa aborda os fatos do cotidiano destacando o que é exceção e não normalidade
sobre os jovens.
(B) a população carcerária no Brasil é constituída por jovens de 18 a 24 anos, em sua maioria.
(C) a sociedade brasileira aceita a importância do ECA para garantir os direitos da juventude.
(D) a imprensa reconhece o papel dos jovens e sua capacidade de inovar e traçar novos rumos
para a sociedade.
Leia o texto e responda à questão.
Nos últimos dez anos, a renda média do brasileiro cresceu 30% e a desigualdade econômica caiu cerca de 6%,
segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O cenário pode parecer animador, mas, para o economista
Ricardo Paes de Barros, secretário de ações estratégicas da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da
República (SAE), os bons ventos podem não se sustentar em longo prazo, caso não haja investimento na produtividade
da mão de obra do país.
Segundo Barros, o admirável crescimento econômico se deu em decorrência do crescimento do emprego durante
esse período, aliado ao aumento da escolaridade da população adulta. Mais educação levou a mais pessoas
5
empregadas, principalmente das camadas mais pobres, e, por consequência, maior distribuição de renda.
O economista alerta, no entanto, que o crescimento econômico não foi acompanhado de produtividade.
Enquanto a renda aumentou 30% em 10 anos, a produtividade cresceu menos que 10% no mesmo período.
Barros apontou que, sem a elevação da produtividade, o crescimento econômico e a redução da desigualdade
não vão se manter. “As pessoas muitas vezes pensam que basta aumentar a renda das camadas mais pobres da
população para reduzir a desigualdade, mas não é tão simples assim”, comentou. “Assistimos a um grande crescimento
e nos tornamos um país famoso por nossa capacidade de reduzir a desigualdade, mas nosso sucesso social não é
pleno.”
O economista ressaltou que, em última instância, a educação foi uma das grandes responsáveis pela redução das
desigualdades e que ela novamente deve ser uma ferramenta para aumentar nossa produtividade. De acordo com
Barros, para manter o crescimento, é preciso investir na educação tecnológica e na inovação. “Nosso maior desafio é
reganhar um crescimento estável e rápido e isso será muito difícil sem a incorporação de novas tecnologias e a melhoria
da educação”, disse. Barros destacou ainda a necessidade de se investir na capacidade de trabalho dos 10% mais
pobres da população, que, segundo ele, não foram totalmente contemplados com o crescimento econômico recente.
Ele enfatizou a importância de que essa capacitação acompanhe o progresso tecnológico. “Para alcançarmos um
desenvolvimento econômico pleno e estável, o avanço tecnológico precisa ser recriado década após década e para isso
a ciência também é fundamental. ”
Disponível em: < http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2013/11/mais-produtividade-para-crescer> Acesso em 15 de junho de 2015.
A obra-prima inicial
Carlos Heitor Cony
O primeiro contato com Memórias de um Sargento de Milícias provoca surpresa. Em primeiro lugar, pela
linguagem, a língua tal como é falada entre nós. Surpresa também pelo tratamento da história em si. Surgia afinal o
primeiro anti-herói de nossa literatura. Chegavam à cena os primeiros tipos que delineariam a ficção nacional daí em
diante, como o padrinho do personagem principal, além da comadre e do major Vidigal.
Procurar as influências por trás de Memórias de um Sargento de Milícias é fácil. Todo o picaresco espanhol
e, acima de tudo, As Aventuras de Tom Jones, Um Enjeitado, de Henry Fielding, autor que também é comumente citado
como uma das maiores influências em Machado de Assis.
Foi feliz Marques Rebelo ao acentuar a ausência de paisagem real em nossa literatura, sendo que em Machado,
como acentua a crítica até hoje, ela é inexistente.
Ausente em nosso maior escritor, a paisagem tornou-se feérica e irreal nos demais romancistas, as selvas
eram tão luxuosas que mais pareciam cenários de operetas. No chamado romance urbano, todos os coxins eram de
seda adamascada.
Até que surgiu Manuel Antônio de Almeida completando e sublimando Debret: nossos escravos, nossos
quiosques, nossos postes de iluminação a óleo de peixe, o pelourinho, a casa da cadeia pública, as mulheres de
mantilha, as procissões, a via-sacra, os fogos no Campo dos Ciganos. E Debret ficou sendo, mesmo sem o saber e até
hoje, o melhor ilustrador para o romance de Almeida, da mesma forma que os desenhos de Hogarth deram vida aos
personagens e cenários de “Tom Jones”.
Fonte: CONY, Carlos Heitor A obra-prima inicial. Folha de S. Paulo, São Paulo, 1 ago 2008. Ilustrada, p E17. (com cortes).
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7) No último parágrafo, Carlos Heitor Cony utiliza dois procedimentos para desenvolver sua
argumentação a respeito da importância do romance Memórias de um Sargento de Milícias. São
eles:
A) a definição e a refutação.
B) a comparação e a exemplificação.
C) a oposição e a contestação.
D) a problematização e a solução.
Porém, seu nome não vem do fato de ele fazer um percurso cheio de perigos, como desfiladeiros, pontes
prestes a cair e bandoleiros mal-encarados. O apelido nasceu no século passado, quando a composição foi
usada para transportar leprosos, doentes e corpos das vítimas de uma grave epidemia de febre amarela que
se abateu sobre a região de Santa Cruz.
Além disso, naquela época, a ferrovia não estava em suas melhores condições e descarrilamentos eram
comuns, o que contribuiu para reforçar a má fama do trem. Bom, mas chega de falatório. Prepare a mochila
e bem-vindo a bordo! [...].
Disponível em: <http://mundoestranho.abril.com.br/materia/o-que-e-o-trem-da-morte>. Acesso em: 24 de julho de 2014. (adaptado).
8) Em: [...] “Além disso, naquela época, a ferrovia não estava em suas melhores condições e
descarrilamentos eram comuns [...]”. O termo em destaque
(A) apresenta informações incoerentes em relação às citadas no texto.
(B) acrescenta nova informação, negando aquelas já citadas no texto.
(C) retoma e complementa as informações citadas anteriormente no texto.
(D) retoma e depois refuta as informações citadas anteriormente no texto.
9) O uso da expressão "começou mal" é explicitada e reforçada por uma outra expressão, que é
A) tentava voltar para casa.
B) uma sexta-feira, às 19h30.
C) dia 9 de maio.
D) recorde histórico de congestionamento.
7
OS HOMENS DE AMANHÃ
É principalmente durante a adolescência que sentimos necessidade de marcar a diferença, quer pelo
que somos, quer pelo modo como nos apresentamos.
A maior parte dos jovens procura vestir-se de modo original, utilizando a sua roupa como forma de
expressão. De maneira mais simples ou mais “chocante”, procuramos dar um toque pessoal ao que vestimos,
criar um estilo próprio, que nos distinga dos outros. Alguns estilos de vestuário estão fortemente ligados a
determinadas correntes musicais e sociais. Em certos casos, a aparência de um indivíduo torna-se uma forma
de inclusão e noutros, uma forma de exclusão em determinados grupos sociais.
Todos os dias somos julgados pela nossa aparência, podendo escolher a imagem que transmitimos
aos outros através do nosso estilo pessoal. Algumas características de determinados estilos (como piercings
e as tatuagens, por exemplo) foram em tempos vistas como algo bizarro. Atualmente, estão tão banalizadas
que foram “absorvidas” pela nossa sociedade.
Muitas meninas vivem obcecadas em igualar-se à beleza “vendida” pelas revistas. Sentem que não
são bonitas o suficiente, magras o suficiente, perfeitas o suficiente. Desta forma, deixam-se enredar numa
busca incessante por uma falsa perfeição que as leva a rejeitar a sua própria imagem. Em suma, a moda não
é algo que devemos seguir à risca, querendo transformar-nos no que vemos. Devemos sim, vê-la como algo
que podemos adaptar a nós próprios, sem nunca abdicarmos daquilo que realmente somos.
Fonte: GALVÃO, Carolina. Os homens de amanhã. Disponível em: <http://oshomensdeamanha.blogspot.com/
2008/06/texto-de-opiniopesquisa-moda.html>. Acesso em: out. 2008. (Fragmento).
10) No trecho “torna-se uma forma de inclusão e noutros, uma forma de exclusão em determinados
grupos sociais.” (segundo parágrafo), o termo sublinhado se refere a
(A) casos.
(B) correntes.
(C) estilos.
(D) grupos.
(E) indivíduos.
A toda hora voltam as velhas perguntas: de onde viemos? Para onde vamos? Um experimento inédito
em curso na Escola de Medicina da Universidade de Harvard está tentando criar uma vida... do nada.
O trabalho, conduzido pelo biólogo molecular Jack Szostak, não tem nada a ver com as pesquisas
genéticas do Craig Venter, um dos responsáveis pelo mapeamento do genoma humano. As experiências de
Venter com o DNA partem de formas de vida já conhecidas, como bactérias. Já o trabalho de Jack pretende
recriar as condições em que a vida se formou, no nível mais básico, a partir do zero.
Mas não será isso brincar de Deus? A ciência tem como característica empurrar um pouco os limites
da ética. Caberá à sociedade discutir depois se isso é bom ou não para si.
11) No último parágrafo do texto, o pronome pessoal “si” tem como referente a palavra
(A) característica.
(B) ciência.
(C) ética.
(D) pesquisa.
(E) sociedade.
Para homenagear os profissionais da dublagem brasileira, coloco aqui o documentário “Eu conheço
essa voz”, produzido por alunos da PUC visando divulgar essa profissão tão desvalorizada. Crescemos ouvindo
essas vozes, seus trejeitos, sotaques. Assistir a filmes com atores em sua voz original, é melhor, admito, mas
no caso das animações, a dublagem brasileira tem seu charme, afinal, mesmo o original é uma dublagem.
A diferença é que, com a evolução da tecnologia, cada vez mais as dublagens originais são trabalhadas
para casar perfeitamente com o movimento de boca e expressões do personagem. Além disso, alguns efeitos
sonoros se perdem, por mais que os estúdios enviem as cópias com vários canais de áudio separados.
Ainda assim, esses talentosos profissionais brasileiros fazem de tudo para entregar o melhor trabalho,
como tive o prazer de ver ano passado aqui em Salvador na sessão de dublagem ao vivo. Por mais que muitos,
incluindo eu, prefiram ver o filme no original a função dessa profissão para a conquista de público é
importantíssima, principalmente em um filme infantil, onde a criançada ainda não consegue acompanhar
legendas. Por isso, faço quase um apelo aos produtores locais. Vamos valorizar a dublagem brasileira. Não
chamem pessoas famosas achando que isso vai valorizar seu filme, pois pode acabar se revertendo em algo
muito ruim. Já vi diversas manifestações contra Luciano Huck em Enrolados na internet.
Amanda Aouad é Mestre em Comunicação e Cultura Contemporânea pela UFBA. Disponível em:
http://www.cinepipocacult.com.br/2011/01/arte-da-dublagem.html Acesso em 15 de junho de 2015.
12) No trecho: “Assistir filmes com atores em sua voz original, é melhor, admito, mas no caso das
animações, a dublagem brasileira tem seu charme, afinal, mesmo o original é uma dublagem. ”
(A) Assistir a filmes com atores em sua voz original, é melhor, admito, isto é, no caso das animações,
a dublagem brasileira tem seu charme...”
(B) Assistir a filmes com atores em sua voz original, é melhor, admito, portanto, no caso das
animações, a dublagem brasileira tem seu charme...”
(C) Assistir a filmes com atores em sua voz original, é melhor, admito, porém, no caso das animações,
a dublagem brasileira tem seu charme...”
(D) Assistir a filmes com atores em sua voz original, é melhor, admito, assim, no caso das animações, a
dublagem brasileira tem seu charme...”
Leia o texto e responda à questão.
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Canção
Alphonsus de Guimaraens
Guimaraens, Alphonsus de. “Canção”. In: Barbosa, Frederico (org.). Cinco séculos de poesia: (antologia da poesia clássica
brasileira). 4. ed. São Paulo: Aquariana, 2011.
13) Nos versos “Ainda, ainda/Hoje os meus pobres versos perfumo/Com os beijos santos da tua
vinda.”, a repetição do advérbio “ainda”
(A) expressa a duração prolongada do tempo em que o poeta perfuma seus versos.
(B) revela a indiferença do poeta diante da chegada e da partida de sua amada.
(C) transmite a emoção dos violoncelos que cantam hinos que permanecem no ar.
(D) insiste na atualidade dos beijos provocados pela tão sonhada vinda da amada.
e conquistada. Um imenso estoque de terras a se tornarem pastos pouco produtivos, campos de soja e
espécies vegetais para combustíveis alternativos ou então uma fonte inesgotável de madeira, peixe, ouro,
minerais e energia elétrica. O desmatamento e o incêndio são o símbolo da nossa incapacidade de
compreender a delicadeza e a instabilidade do ecossistema amazônico e como tratá-lo.
Um país que tem 165.000 km2 de área desflorestada, abandonada ou semiabandonada, pode dobrar
a sua produção de grãos sem a necessidade de derrubar uma única árvore. É urgente que nos tornemos
responsáveis pelo gerenciamento do que resta dos nossos valiosos recursos naturais.
Portanto, a nosso ver, como único procedimento cabível para desacelerar os efeitos quase
irreversíveis da devastação, segundo o que determina o § 4º, do Artigo 225 da Constituição Federal, onde se lê:
“A Floresta Amazônica e patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de
condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais”.
Assim, deve-se implementar em níveis Federal, Estadual e Municipal A INTERRUPÇÃO IMEDIATA DO
DESMATAMENTO DA FLORESTA AMAZÔNICA. JÁ!
É hora de enxergarmos nossas árvores como monumentos de nossa cultura e história.
SOMOS UM POVO DA FLORESTA!
Fonte: CARTA aberta de artistas brasileiros. Amazônia para sempre.
14) Como texto argumentativo, a carta contém diversos dados numéricos: o menor número
de quilômetros desmatados na Amazônia nos últimos três anos, a área total já devastada, a
extensão das terras disponíveis no país etc. A apresentação de dados concretos é importante
para esse tipo de texto porque:
A) fornece ao leitor a dimensão exata do problema.
B) demonstra o grau de instrução dos autores.
C) faz com que a argumentação tenha força de lei.
D) valoriza o impacto da devastação.
São negros - a soma de “pretos” e “pardos” - 63,7% dos trabalhadores no cultivo da cana no país. A
proporção supera os 43,4% de negros na PEA (população economicamente ativa) e os 55% na PEA rural.
A característica se repete em São Paulo, onde a presença negra na labuta da cana beira os 49%, o
equivalente a 76% mais que na PEA geral do Estado e 54% mais que na sua fração do campo - conforme o
censo de 2000, em dados colecionados pelo economista Marcelo Paixão (UFRJ).
73
Os números frios ganham vida nas plantações. De perto o canavial e mesmo negro, como eram os
escravos que no Brasil moviam as moendas de cana, como documentou aquarela de Jean-Baptiste Debret em
1822. Ou, em gravura de William Clark de meses depois, os cativos que decepavam com facão a cana em
Antígua.
Em meio ao canavial, o cortador cuida do seu “eito”. “Não paro até acabar o meu eito”, conta um. O
dicionário define eito como “plantação em que os escravos trabalhavam”.
17) Nessa matéria jornalística ocorrem várias referências a textos, autores e produtos culturais
utilizadas como ilustração daquilo que está sendo afirmado. Nos dois últimos parágrafos, as
referências ao linguajar dos trabalhadores, aos nomes das ruas onde moram e suas condições de
moradia, relacionadas ao conjunto do texto, remetem o leitor a um texto histórico bastante
conhecido, que é a lei
A) da proclamação da República.
B) do voto obrigatório.
C) da libertação dos escravos.
D) da anistia política.
Fonte: VOCÊ não faz ideia., Nova Escola, São Paulo, ano 23, no 124, p. 100, ago. 2008.
18) O texto publicitário exemplifica de modo criativo algumas das correções que deverão ocorrer, a
partir de 2009, com a nova reforma ortográfica. No caso da palavra “para” a correção deverá ser feita
porque não será mais
A) acentuado o ditongo aberto de palavras paroxítonas.
B) utilizado o trema nos dígrafos, a não ser em nomes próprios.
C) utilizado o acento que diferencia o verbo da preposição.
D) acentuada a terceira pessoa do plural do subjuntivo de alguns verbos.
A rota principal para subir o monte Fuji tem oito cabanas com luz artificial, assentos, venda de lanches e
refeições, banheiros e, em algumas, hospedaria.
Essas cabanas ficam nos marcos de mudança de estágio, além de algumas entre o sétimo e o oitavo,
quando começa a fase mais longa e difícil da rota. Assim, e possível fazer pausas.
Ao chegar ao pico, é possível dormir ao ar livre ou consumir algo em um dos restaurantes e dormir ali
mesmo. Ou, ainda, deixar para dormir numa hospedaria no oitavo estágio.
Fonte: A ROTA principal... Folha de S. Paulo. São Paulo, 28 ago. 2008.Turismo. (adaptado).
Definição
Emprega-se a vírgula para separar orações adverbiais reduzidas, como no exemplo Dali eu via, sem
ser visto, a sala de visitas.
Fonte: CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa. São Paulo: Editora Nacional. 1993.
19) Derivação é o processo pelo qual se forma uma palavra a partir de outra já existente na língua.
Assinale a alternativa que apresenta uma palavra derivada de um verbo.
A) Consumo.
B) Terapêutica.
C) Esporte.
D) Vitrines.
H39 - Estabelecer relações temáticas ou estilísticas de semelhança ou oposição entre textos literários:
de diferentes autores, de diferentes gêneros, ou de diferentes épocas.
De mais ninguém
21) Identifique, dos excertos de poemas abaixo, aquele que mais se aproxima do tema do abandono
amoroso tal como é tratado na letra de música:
MAR PORTUGUÊS
Fonte: PESSOA, Fernando. Mar português. In: Mensagem. 10 ed. Lisboa: Edições Ática, 1972.
22) O poema de Fernando Pessoa retoma, no século XX, uma temática também presente na obra
épica Os Lusíadas, de Luiz Vaz de Camões, escrita no século XVI. Essa temática é
DAS PEDRAS
23) Se compararmos esses versos de Drummond aos de Cora Coralina, veremos que, nos dois
poemas, foi usada a imagem da pedra para simbolizar
(A) afetividade.
(B) comodidade.
(C) dificuldade.
(D) fidelidade.
(E) Simplicidade.
H41 - Comparar e confrontar pontos de vista diferentes relacionados ao texto literário, no que diz
respeito a histórias de leitura; deslegitimação ou legitimação popular ou acadêmica; condições de
produção, circulação e recepção; agentes no campo específico (autores, financiadores, editores,
críticos e leitores).
No texto a seguir, fragmento do conto “Casa velha”, publicado em 1885, D. Antônia, viúva de um
ex-ministro de D. Pedro I, e um velho cônego da Capela Imperial conversam. A “menina” citada
é uma agregada que, após ficar órfã, foi criada por D. Antônia. O ano é 1839.
Texto 1
Casa velha
Machado de Assis
Quer ouvir por que razão não podem casar? Porque não podem. Não lhe nego nada a respeito dela;
é muito boa menina, dei-lhe a educação que pude, não sei se mais do que convinha, mas, enfim, está criada
e pronta para fazer a felicidade de algum homem. Que mais há de ser? Nós não vivemos no mundo da lua,
Reverendíssimo. Meu filho é meu filho, e, além desta razão, que é forte, precisa de alguma aliança de família.
Isto não é novela de príncipes que acabam casando com roceiras, ou de princesas encantadas. Faça-me o
favor de dizer com que cara daria eu semelhante notícia aos nossos parentes de Minas e de São Paulo?
Fonte: MACHADO DE ASSIS, Joaquim Maria. Casa velha. Rio de Janeiro: Livraria Garnier. 1999. (excerto).
Texto 2
“Ao contar suas histórias, Machado de Assis escreveu e reescreveu a história do Brasil no século XIX”.
Fonte CHALHOUB, Sidney Machado de Assis, historiador. São Paulo Companhia das Letras, 2003 (fragmento)
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24) A afirmação de Chalhoub pode ser verificada no texto de Machado de Assis, e se expressa na
A) condição submissa da mulher no século XX.
B) instituição do casamento como projeto de independência da mulher.
C) força das convenções sociais nos usos e costumes.
D) interferência do poder religioso nos assuntos sociais.
Na Academia Brasileira de Letras há um salão muito bonito, mas um pouco sinistro. É o Salão dos
Poetas Românticos, com bustos dos nossos principais românticos na poesia: Castro Alves, Gonçalves Dias,
Casimiro de Abreu, Fagundes Varela e Álvares de Azevedo.
Os modernistas de 22, e antes deles os parnasianos, decidiram avacalhar com essa turma de jovens,
que trouxe o Brasil para dentro de nossa literatura. Foram os românticos, na prosa e no verso, que colocaram
em nossas letras as palmeiras, os índios, as praias selvagens, o sabiá, as borboletas de asas azuis, a juriti —
o cheiro e o gosto de nossa gente.
Não fosse o romantismo, ficaríamos atrelados ao classicismo das arcádias, à pomposidade do verso
burilado que tem o equivalente cinematográfico nos efeitos especiais. Sem falar nos poemas-piadas, a partir
de 1922, tidos como vanguarda da vanguarda.
Foram todos jovens: Casimiro morreu com 21 anos, Álvares de Azevedo com 22, Castro Alves com 24,
Fagundes Varela com 34. O mais velho de todos, Gonçalves Dias, mal chegara aos 40 anos.
O Salão dos Poetas Românticos é também sinistro, pois é de lá que sai o enterro dos imortais, que
morrem como todo mundo, entre outras razões, porque a maioria deles não tem onde cair morto. (A piada
é de Olavo Bilac).
José de Alencar também devia estar ali. Mas está perto, como perto está o busto de Euclides da
Cunha. Foram pioneiros na valorização dos temas brasileiros, bem antes de 1922.
Com exceção de Euclides, que foi acadêmico em vida, todos são anteriores à fundação da Academia,
estão imortalizados em bustos. São patronos de cadeiras em que sentaram Machado de Assis, Coelho Neto,
Bilac, Guimarães Rosa, Darcy Ribeiro, Barbosa Lima Sobrinho, Jorge Amado e outros. Todos brasileiros. E de
letras.
Fonte: CONY, Carlos Heitor. Salão dos românticos. Folha de S. Paulo, São Paulo, 23 out. 2001.
25) De acordo com o texto, a mais importante contribuição dos românticos para nossa literatura foi
Queixa de defunto
Lima Barreto
Antônio da Conceição, natural desta cidade, residente que foi em vida, na Boca do Mato, no Méier,
onde acaba de morrer, por meios que não posso tornar públicos, mandou-me a carta abaixo que é
endereçada ao prefeito. Ei-la:
Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor Doutor Prefeito do Distrito Federal. Sou um pobre homem que
em vida nunca deu trabalho às autoridades públicas nem a elas fez reclamação alguma. Nunca exerci ou
pretendi exercer isso que se chama os direitos sagrados de cidadão. Nasci, vivi e morri modestamente,
julgando sempre que o meu único dever era ser lustrador de móveis e admitir que os outros os tivessem para
eu lustrar e eu não.
Não fui republicano, não fui florianista, não fui custodista, não fui hermista, não me meti em greves,
nem em cousa alguma de reivindicações e revoltas; mas morri na santa paz do Senhor quase sem pecados e
sem agonia.
Toda a minha vida de privações e necessidades era guiada pela esperança de gozar depois de minha
morte um sossego, uma calma de vida que não sou capaz de descrever, mas que pressenti pelo pensamento,
graças à doutrinação das seções católicas dos jornais.
Vivi uma vida santa e obedecendo às prédicas do Padre André do Santuário do Sagrado Coração de
Maria, em Todos os Santos, conquanto as não entendesse bem por serem pronunciadas com toda eloquência
em galego ou vasconço.
Segui-as, porém, com todo o rigor e humildade, e esperava gozar da mais lúcida paz depois de minha
morte. Morri afinal um dia destes.
Fonte: BARRETO, Lima. Queixa de defunto. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos (Org.).
As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007, p. 34-35.
Vocabulário
Prédicas: palestras, sermões ou pregações.
88
26) Crítico mordaz e rigoroso de sua época e adepto do anarquismo, Lima Barreto não poupa
nem mesmo as instituições religiosas da República Velha. No terceiro e no quarto parágrafos da
carta supostamente escrita pelo falecido Antônio Conceição e transcrita na crônica, aparece
a avaliação que Lima Barreto faz do catolicismo na época. Qual a melhor afirmação que
sintetiza a opinião do cronista?
Lisboa: aventuras
Tomei um expresso
Cheguei de foguete
Subi num bonde
Desci de um elétrico
Pedi cafezinho
Serviram-me uma bica
Quis comprar meias
Só vendiam peúgas
Fui dar descarga
Disparei um autoclismo
Gritei “ó cara!”
Responderam-me “ó pá!”
Positivamente
As aves que aqui gorjeiam não gorjeiam como lá.
Fonte: PAES, José Paulo. Lisboa. In: . A poesia está morta mas juro que não fui eu. São Paulo: Duas Cidades, 1988. p. 40.
UMA ESPERANÇA
Aqui em casa pousou uma esperança. Não a clássica que tantas vezes verifica-se ser ilusória, embora
mesmo assim nos sustente sempre. Mas a outra, bem concreta e verde: o inseto.
Houve um grito abafado de um de meus filhos:
___ Uma esperança! E na parede bem em cima de sua cadeira!
Emoção dele também que unia em uma só as duas esperanças, já tem idade para isso. Antes surpresa
minha: esperança é coisa secreta e costuma pousar diretamente em mim, sem ninguém saber, e não acima de
minha cabeça numa parede. Pequeno rebuliço: mas era indubitável, lá estava ela, e mais magra e verde não
podia ser.
___ Ela quase não tem corpo, queixei-me.
___ Ela só tem alma, explicou meu filho e, como filhos são uma surpresa para nós, descobri com surpresa
que ele falava das duas esperanças.
(Clarice Lispector. Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Rocco, 1998, p. 92. Adaptado)
H22: Justificar o efeito de sentido produzido no texto pelo uso de notações e nomenclaturas
específicas de determinada área de conhecimento científico.
29) A informação sobre a diminuição da desigualdade do IDHM nos municípios brasileiros verificada
no gráfico, na comparação entre 1991 e 2010 está constatada no texto da notícia, no trecho:
(A) O IDHM é um índice composto por três indicadores de desenvolvimento humano: vida longa e
saudável (longevidade), acesso ao conhecimento (educação) e padrão de vida (renda).
(B) As regiões Sul e Sudeste têm a maioria dos municípios concentrada na faixa de “alto
desenvolvimento humano”, 64,7% e 52,2%, respectivamente.
(C) Atualmente, 74% das cidades se encontram nas faixas de “médio” e “alto desenvolvimento”, e
cerca de 25% deles estão na faixa de “baixo desenvolvimento”.
(D) Em 20 anos, 85% dos municípios do Brasil saíram da faixa de “muito baixo desenvolvimento
humano”, segundo classificação criada pelo Pnud.
H40: Estabelecer relações entre as condições histórico-sociais (políticas, religiosas, morais, artísticas,
científicas, estéticas, econômicas etc.) de produção de um texto literário e fatores linguísticos de sua
produção (escolha de gêneros, temas, assuntos, estruturas, finalidades, recursos).
91
H32: Aplicar conhecimentos relativos a unidades linguísticas (períodos, sentenças, sintagmas) como
estratégia de solução de problemas de ortografia, com base na correlação entre
definição/exemplo.
31) Em: “Siás donas e lentidões de negros. Italianos de pé no chon e santuários empetecados e
milagrosos.”, as expressões em destaque (Siás/chon) foram usadas para caracterizar,
respectivamente,
(A) o modo de escrever tais palavras populares na região Sul do Brasil.
(B) a pronúncia das palavras “sinhá” e “chão” pelos imigrantes italianos de São Paulo.
(C) os falares dos ex-escravos e dos imigrantes italianos na fazenda.
(D) as formas incorretas de se expressar no interior de São Paulo.
(E) o jeito de se referir às mulheres e aos italianos na região Sudeste do Brasil.
92
32) Em: “Você não entende que não pode assistir canal erótico, né Messias?”, a expressão em
destaque é um vocativo e
02 - H06: Localizar itens de informação explícita, relativos à descrição de características de determinado objeto, fato ou
fenômeno, em um texto.
O Brasil talvez seja o país com a lei de direitos autorais mais restritiva do mundo. EUA e Europa são mais flexíveis. Nossa
Constituição garante acesso à educação e exige que toda propriedade — direito autoral incluído — exerça sua função
social. Se um livro estiver esgotado, quem ganha? Ninguém: nem autor, nem estudante. Deveria haver uma autorização
para cópia integral.
O Brasil é oficialmente a favor do equilíbrio entre a proteção dos direitos autorais e o acesso ao conhecimento e tem o
apoio de outros países. O autor, apesar de dever ser remunerado e incentivado, é o que menos se beneficia. Uma grande
parcela fica nas mãos das principais editoras que, aliás, têm imunidade tributária garantida pela Constituição. Temos de
considerar o preço cobrado por livros educacionais, que é incompatível com o poder aquisitivo da população.
Algumas ferramentas virtuais são extremamente restritivas, além de terem sérios problemas de direito do consumidor. O
acesso à educação é prioridade para que o País se desenvolva. A lei atual deve ser revista com urgência.
Fonte: PARANAGUÁ, Pedro. O acesso à educação… O Estado de S. Paulo, São Paulo, 28 set. 2008. Aliás.
Texto I
Texto II
Disponível em: <http://www.mp.ba.gov.br/eventos/2009/abril/dia_23.asp>. Acesso em: 16 de junho de 2015.
Os textos I e II
05 - H13: Identificar a proposta defendida pelo autor em um texto, considerando a tese apresentada e a argumentação
construída.
LEMINSKI, Paulo. Ex-estranho. Org. Alice Ruiz e Áurea Leminski. 3. ed. São Paulo: Iluminuras, 2009. p. 55.
No último verso do poema, a expressão “ARTE QUE TE TURA”, escrita em caixa alta, foi utilizada para
(A) atribuir à palavra “arte” maior importância diante das outras.
(B) chamar a atenção do leitor para o significado do verbo “turar”, o mesmo que “aturar”.
(C) convencer o leitor sobre o valor da expressão artística no mundo contemporâneo.
(D) encerrar o poema em ritmo brusco e de forma gritante.
(E) atribuir à palavra “arte” menor importância diante das outras.
07 - H27: Identificar, em um texto, as marcas linguísticas que expressam interesses políticos, ideológicos e econômicos.
08 - H44: Inferir a perspectiva do narrador em um texto literário narrativo, justificando conceitualmente essa perspectiva.
A narrativa apresenta uma personagem cuja sombra, misteriosamente, desapareceu. A leitura atenta do texto nos leva a
perceber um
(A) narrador-personagem, que participa dos fatos que estão sendo apresentados.
(B) narrador-onisciente, que, além de apresentar os fatos, mostra como a personagem se sente e o que pensa diante
deles.
(E) narrador-personagem, quase que participa dos fatos que estão sendo apresentados.
(A) 69% da população de São Paulo e Rio de Janeiro fazem refeições rápidas em padarias
(B) Os gastos com padarias, fast-food e bares superam os gastos com restaurantes
(C) Os gastos com restaurantes correspondem a mais da metade do gasto total com alimentação fora de casa
(D) 1/3 dos gastos com alimentação fora de casa correspondem às padarias.
(E) Os gastos com padarias, fast-food e bares não superam os gastos com restaurantes
10 - H38: Analisar e interpretar índices estatísticos de diferentes tipos.
A presença do computador e da internet continua crescendo nos domicílios brasileiros: a proporção de domicílios com
computador no país passou de 35% para 45%, enquanto a presença de internet passou de 27%, em 2010, para 38%, em
2011. Abaixo segue o gráfico que representa as atividades realizadas na internet pelos usuários brasileiros.
(A) Nem todas as atividades realizadas pelos brasileiros na internet aumentaram de 2010 para 2011.
(B) A moda das atividades realizadas na internet pelos brasileiros em 2011 foi o Twitter.
(C) A média aritmética de atividades realizadas pelos brasileiros pela internet em 2011 foi de 60%.
(D) A média aritmética das atividades realizadas com programa de voz, no período 2010-2011, foi de 20%.
(E) O Twitter foi a atividade que mais aumentou do ano de 2010 para 2011.
GEOGRAFIA
02 - H04: Identificar o sentido restrito a determinada área de conhecimento (técnica, tecnológica ou científica) de
vocábulo ou expressão utilizados em segmento de um texto, selecionando aquele que pode substituí-lo por sinonímia no
contexto em que se insere.
A memória RAM (Random Access Memory) é a forma mais conhecida de memória de computador. A memória
RAM é considerada de “acesso aleatório” porque é possível acessar diretamente qualquer célula da memória se você
conhece a linha e a coluna que cruzam essa célula.
O oposto da memória RAM e a memória de acesso serial (SAM). A memória SAM armazena dados como uma
série de células de memória que podem somente ser acessadas sequencialmente (como uma fita-cassete). Se o dado
não está na localização atual, cada célula da memória é verificada até que os dados necessários sejam encontrados. A
memória SAM funciona muito bem para buffers de memória, onde os dados são normalmente armazenados na ordem
em que serão usados.
Os dados RAM, por outro lado, podem ser acessados em qualquer ordem.
Fonte: TYSON, Jeff. Como funciona a memória do computador. Traduzido por Howstuff Works Brasil. São Paulo: Howstuff Works
O trecho “O ambiente quente, úmido e escuro que envolve os pés de quem usa calçado fechado é ideal para a ação e
proliferação de microorganismos nocivos, como fungos e bactérias” traz algumas das informações que complementam a
ideia central do texto.
05 - H12: Identificar estratégias empregadas pelo autor, em um texto argumentativo, para o convencimento do público,
tais como a intimidação, sedução, comoção, chantagem, entre outras.
06 - H21: Justificar o papel de categorias da enunciação - pessoa, tempo e espaço - na construção de sentidos para um
texto.
(A) atuar sobre o comportamento dos leitores.
07 - H36: Identificar, em um texto literário, processos explícitos de remissão ou referência a outros textos ou autores.
PORQUE ME UFANO
As monjas de Gregório, tão faceiras, Compelidas ao mister destemeroso De lecionar burguesas donzelonas. Sob o signo
do Cruzeiro insubornável, Tendo em conta" passados e futuros, Sempre me ufano deste meu pais.
Fonte, PAES, José Paulo. Porque me ufano. ln: . Novas Cartas Chilenas. São Paulo: Global, 1998, p. 97.
08 - H38: Estabelecer relações entre forma (verso, estrofe, exploração gráfica do espaço etc.) e temas (lirismo amoroso,
descrição de objeto ou cena, retrato do cotidiano, narrativa dramática, etc) em um poema.
Luiz de Camões
Fonte: CAMÕES, Luiz de. Lince. 4ª ed. São Paulo, Cultrix, 1972.
Luiz Vaz de Camões é considerado um dos maiores poetas da Língua Portuguesa. Sua lírica amorosa liga-se a
uma concepção neoplatônica do amor, isto é, o amor é um ideal supremo, único e perfeito. A mulher, objeto do
desejo, também é um ser imperfeito e é espiritualizada em suas poesias, tornando-se a mulher ideal. Para
expressar esse ideal, Camões utiliza-se de uma forma poética, que é
09 - H32: Identificar fusos, latitudes e longitudes com propriedades características da esfera terrestre.
O globo terrestre foi dividido em 24 fusos horários. Cada fuso corresponde a 15º (24 · 15º = 360º).
Uma cidade A está a 45º oeste do meridiano de Greenwich e a cidade B está a 75º oeste do mesmo meridiano. Quando
na cidade A for 12h00, na cidade B será:
(A) 13h00
(B) 14h00
(C) 11h00
(D) 10h00
(E) 9h00
10 - H32: Identificar fusos, latitudes e longitudes com propriedades características da esfera terrestre.
A localização de Beijing é, aproximadamente,
Requerimento é todo pedido escrito encaminhado a uma autoridade, solicitando alguma providência ou o
reconhecimento e a atribuição de um direito. O documento deve apresentar a seguinte estrutura:
(A) data, assunto, invocação e assinatura.
(B) invocação, texto com as informações necessárias, fecho, local e data, assinatura.
(C) número do documento, data, destinatário, assunto e texto.
(D) resumo do assunto, data, texto, cláusulas e fecho.
(E) local e data, destinatário, invocação e assunto.
02 - H07: Localizar e integrar várias informações explícitas distribuídas ao longo de um texto, sintetizando-as em uma ideia
geral, categoria ou conceito.
03 - H19: Inferir a tese de um texto argumentativo, com base na argumentação construída pelo autor.
04 - H19: Inferir a tese de um texto argumentativo, com base na argumentação construída pelo autor.
05 - H24: Justificar diferenças ou semelhanças observadas no tratamento de uma mesma informação veiculada em
diferentes textos.
Segundo os Textos 1 e 2, a origem da palavra “candidato” se explica
(A) pelo vestuário branco e suas conotações.
(B) pela cor branca da toga, hoje em desuso.
(C) pela qualidade do tecido da toga.
(D) pelo sentido apenas denotativo de “branco”.
(E) pelo sentido apenas conotativo de “branco”.
06 - H24: Justificar diferenças ou semelhanças observadas no tratamento de uma mesma informação veiculada em
diferentes textos.
07 - H29: Justificar a presença, em um texto, de marcas de variação linguística, no que diz respeito aos fatores
geográficos, históricos, sociológicos ou técnicos, do ponto de vista da fonética, do léxico, da morfologia ou da sintaxe.
“Favor carregar o autoclismo da retrete.” Na carta do leitor, essa frase foi utilizada com o objetivo de
(A) comparar o modo de falar de brasileiros e portugueses.
(B) criticar as tentativas de unificar os diferentes usos do português.
(C) estimular os esforços para a unificação dos usos do português.
(D) exemplificar como falam os portugueses.
(E) representar o modo de falar dos brasileiros.
08 - H37: Organizar os episódios principais de uma narrativa literária em uma sequência lógica.
Na figura, cada lado da malha quadriculada representa 1 km. Uma pessoa parte do ponto A, caminha 3 km à direita, 1
km para cima, 2 km para a esquerda, 1 km para cima e 1 km para a esquerda, chegando a um ponto F imaginário.
Se ele fizesse um trajeto linear do ponto A ao ponto F, ele teria caminhado no sentido:
(A) Norte (B) Sul (C) Sudeste (D) Leste (E) Oeste
Num jogo de conquista de território, é usado um tabuleiro com o eixo das ordenadas e abscissas como base para o
começo do jogo. Duas equipes são formadas (equipe 1 e equipe 2). Cada equipe recebe 5 cartas com as coordenadas
geométricas para o posicionamento de suas peças. As peças da equipe 1 estão representadas no plano cartesiano pelos
pontos P, Q, R, S, e T.
Água morro abaixo, fogo morro acima e invasão de turistas em favelas pacificadas são difíceis de conter. Algo
precisa ser feito para que a positividade do momento não transforme esses lugares em comunidades "só pra
inglês ver". As favelas pacificadas tornaram-se alvo de uma volúpia consumidora poucas vezes vista no Rio de
Janeiro. O momento em que se instalaram as Unidades de Polícia Pacificadora em algumas favelas, foi como se
tivesse sido descoberto um novo sarcófago de Tutankamon, o faraó egípcio: uma legião de turistas,
pesquisadores, empresários e comerciantes "descobriram" as favelas. O Santa Marta, primeira favela a ter uma
UPP ao longo dos seus quase 80 anos, sempre recebeu, na maioria das vezes de forma discreta, visitantes
estrangeiros. E, em alguns casos, ilustres: Rainha Elizabeth, Senador Kennedy e Gilberto Gil. Até mesmo Michael
Jackson, quando gravou seu clipe na favela, não permitiu a presença da mídia. A partir de 2008, iniciou-se a era
das celebridades e a exposição da favela para o mundo. Algumas perguntas, porém, precisam ser feitas e
respondidas no momento em que o poder público pensa em investir nesse filão: o que é uma favela preparada
para receber turistas? Que "maquiagem" precisa ser feita para que o turista se sinta bem? Que produtos os turistas
querem encontrar ali? O comércio local deve adaptar-se aos turistas ou servir aos moradores? Se o Morro não é
uma propriedade particular, se não tem um dono, todo e cada morador tem o direito de opinar sobre o que está
se passando com o seu lugar de moradia. Essas e outras questões devem pautar o debate entre moradores e
gestores públicos sobre o turismo nas favelas pacificadas. Se os moradores não se organizarem e se não
assumirem o protagonismo das ações de turismo e de entretenimento no Santa Marta, vamos assistir aos nativos —
os de dentro — servindo de testa de ferro para empreendimentos e iniciativas dos de fora, às custas de uma
identidade local que aos poucos vai perdendo suas características. Tomar os princípios do turismo comunitário —
integridade das identidades locais, protagonismo e autonomia dos moradores — talvez nos ajude a encontrar
estratégias para receber os de fora sem sucumbir às regras violentas de um turismo mercadológico.
Fonte: Itamar Silva é Presidente do Grupo Eco — Santa Marta e diretor do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e
Econômicas (Ibase). Adaptado de: Jornal O Dia.
O texto é predominantemente argumentativo. Isso significa que seu enunciador sustenta uma tese, ou seja, um
ponto de vista específico a respeito do tema desenvolvido. A alternativa que melhor sintetiza a tese central desse
texto é:
Os impactos ambientais de sacos e sacolas plásticas estão em todos os lugares, indo da poluição visual até a
morte de animais. Se pensarmos que despejamos bilhões de sacolas plásticas no mundo todos os anos, teremos
uma noção do tamanho do problema.
Por serem leves, os sacos e sacolas plásticas voam com o vento, indo parar em árvores, arbustos, fios de alta
tensão, gramados, beiras de estrada, rios, lagos, oceanos – ou seja, acabam poluindo as cidades e a natureza.
Muitas sacolas plásticas acabam em bueiros nas cidades, agravando o problema das enchentes, pois impedem
a drenagem das águas das chuvas. Sacos plásticos abandonados também são depósitos de água das chuvas e
podem ajudar na proliferação do mosquito da dengue.
Os sacos e sacolas que chegam até a natureza são confundidos com comida por animais, que os ingerem e
morrem engasgados – tartarugas marinhas confundem as sacolas plásticas com águas-vivas. Outros animais
menores morrem ao se enroscarem no plástico. Na Índia, centenas de vacas morrem por ano ao ingerirem sacos
plásticos com restos de alimentos.
Estima-se que mais de cem mil mamíferos e pássaros morram por ano devido à ingestão de sacos plásticos – e
sequer temos ideia de quantos peixes. O plástico leva centenas de anos para se degradar, então não é demais
pensar que uma mesma sacolinha possa matar mais de um animal durante sua permanência na natureza.
De alguma forma, também a produção de sacolas plásticas dá a sua contribuição para o aquecimento global,
porque os processos de refino do petróleo e fabricação das sacolas consomem energia, água e liberam efluentes
e emitem gases poluentes. 100 milhões de sacolas plásticas precisam de 1,5 milhão de litros de petróleo para
serem produzidas e causam a emissão de 4,2 mil toneladas de CO2.
No decorrer do texto, o autor vai defendendo a ideia das consequências maléficas com relação ao uso das
sacolas plásticas. As principais estratégias argumentativas utilizadas consistem em:
A) Comparar as situações do uso e do não uso das sacolas plásticas.
B) Deter-se apenas nos prejuízos causados aos animais.
C) Valer-se de dados históricos para justificar o impacto ambiental provocado pelas sacolas.
D) Ilustrar, através de vários exemplos, os danos que as sacolas causam à natureza.
E) Mostrar que, apesar dos impactos naturais, é inevitável o uso das sacolas pelos consumidores.
04 - H15: Estabelecer relações entre segmentos do texto, identificando retomadas ou catafóricas e anafóricas ou por
elipse e repetição.
05 - H15: Estabelecer relações entre segmentos do texto, identificando retomadas ou catafóricas e anafóricas ou por
elipse e repetição.
Doar sangue é um ato de amor, mas muitos brasileiros ainda não perceberam a importância dessa atitude. Nos últimos
anos, as doações vêm caindo, enquanto a demanda não para de aumentar. A Organização Mundial da Saúde (OMS)
preconiza que a média de doadores de sangue deve estar entre 3% e 5% da população total do país. Nações como
Canadá e Inglaterra já atingiram mais de 5%. O Brasil tem uma média de 1,8%. As principais causas de o brasileiro não ser
doador frequente são a falta de informação, a falta de motivação e a ausência de cultura de uma doação regular.
Em uma tentativa de equacionar essa situação, o Ministério da Saúde lançou recentemente a Campanha Nacional de
Doação de Sangue. A intenção é aumentar a frequência com que as pessoas doam. Como se trata de uma mobilização
visando uma mudança de comportamento, não há a pretensão de corrigir o problema de uma única vez. É preciso
estabelecer o hábito na população brasileira. Uma pessoa adulta tem, em média, cinco litros de sangue em seu
organismo, e a quantidade retirada durante a doação (cerca de 450 ml) não afeta a saúde, pois a recuperação ocorre
logo em seguida.
Muitas variáveis influenciam a demanda por sangue: a necessidade aumenta em períodos festivos, férias ou durante
epidemias. O que não significa que nas outras épocas ele não seja tão necessário quanto. É fundamental manter a
frequência das doações em todos os períodos do ano.
Para ser doador, basta estar saudável, apresentar documento com foto, ter entre 18 e 65 anos de idade e pesar acima
de 50 quilos. A doação pode ser feita em um hemocentro ou unidade de coleta, e todo sangue doado é separado em
diferentes componentes (hemácias, plaquetas e plasma), o que pode beneficiar mais de um paciente. Em resumo, é um
gesto simples que pode realmente salvar várias vidas.
Fonte: GENOVEZ, Guilherme. Um gesto que salva vidas. Almanaque Brasil. São Paulo, ago. 2008.
No trecho “A doação pode ser feita em um hemocentro ou unidade de coleta, e todo sangue doado é separado em
diferentes componentes (hemácias, plaquetas e plasma), o que pode beneficiar mais de um paciente”, a expressão “o
que” retoma a informação sobre a:
07 - H40: Estabelecer relações entre as condições histórico-sociais (políticas, religiosas, morais, artísticas, científicas,
estéticas, econômicas etc.) de produção de um texto literário e fatores linguísticos de sua produção (escolha de gêneros,
temas, assuntos, estruturas, finalidades, recursos).
08 - H40: Estabelecer relações entre as condições histórico-sociais (políticas, religiosas, morais, artísticas, científicas,
estéticas, econômicas etc.) de produção de um texto literário e fatores linguísticos de sua produção (escolha de gêneros,
temas, assuntos, estruturas, finalidades, recursos).
09 - H40: Estabelecer relações entre as condições histórico-sociais (políticas, religiosas, morais, artísticas, científicas,
estéticas, econômicas etc.) de produção de um texto literário e fatores linguísticos de sua produção (escolha de gêneros,
temas, assuntos, estruturas, finalidades, recursos).
(A) É relevante para a educação, apesar de seus defeitos.
(B) Desqualifica a capacidade dos beneficiados.
(C) É problemático, pois ocorreu tardiamente no Brasil.
(D) Reforça as práticas discriminatórias quanto à raça.
(E) É fruto de uma gritaria conservadora e imobilista.
10 - H50: Articular conhecimentos literários e informações textuais, inclusive as que dependem de pressuposições e
inferências (semânticas e pragmáticas) autorizadas pelo texto, para explicar ambiguidades, ironias, expressões figuradas,
opiniões ou valores implícitos.
11 - H50: Articular conhecimentos literários e informações textuais, inclusive as que dependem de pressuposições e
inferências (semânticas e pragmáticas) autorizadas pelo texto, para explicar ambiguidades, ironias, expressões figuradas,
opiniões ou valores implícitos.
Crítico mordaz e rigoroso de sua época e adepto do anarquismo, Lima Barreto não poupa nem mesmo as instituições
religiosas da República Velha. No terceiro e no quarto parágrafos da carta supostamente escrita pelo falecido Antonio
Conceição e transcrita na crônica, aparece a avaliação que Lima Barreto faz do catolicismo na época. Qual a melhor
afirmação que sintetiza a opinião do cronista?
(A) Apesar de serem divulgados apenas em seções de jornais, os autênticos valores católicos só chegam à
população graças à exemplaridade da santa vida dos padres.
(B) Embora não possam ser expressas pela linguagem comum, as doutrinas católicas são enganosamente divulgadas
em prédicas privadas e jornais eloqüentes.
(C) Embora distantes do povo porque expressas em linguagem inacessível, as idéias católicas cativam os pobres
porque oferecem promessas de compensação futura para uma vida de privações.
(D) Apesar de não descrever com clareza a necessidade de se manter uma vida marcada por necessidades e
privações, o pensamento católico afirma que a morte deve ser gozada com esperança e sossego.
(E) Embora não possam ser expressas pela linguagem comum, as doutrinas católicas não são enganosamente
divulgadas em prédicas privadas e jornais eloqüentes.
(A) R$ 81,00
(B) R$ 83,00
(C)R$ 85,00
(D) R$ 87,00
(E) R$ 89,00
H17 - Identificar a localização de números reais na reta numérica
4. A setinha está apontando para um número na reta numérica abaixo. Assinale a opção que
corresponde a esse valor.
3
a. 4
4
b. 3
c. 3,4
d. 4
e. 4,3
2. Um vídeogame, com fim de identificar e personalizar os jogadores, permite que eles criem faces de
pessoas a partir de composição de algumas características fornecidas, tais como: rosto, cabelo, olhos,
boca e acessórios, conforme a tabela abaixo:
Com esses dados pode-se concluir que o número de faces diferentes que podem ser formadas usando
esse videogame é:
a. 168
b. 108
c. 57
d. 38
e. 13
3. Três cidades, A, B e C, são ligadas pelas estradas 1, 2, 3, p e q. De quantas formas diferentes podemos ir
da cidade A até a cidade C?
a. 5
b. 6
c. 7
d. 8
e. 9
4. De quantas formas diferentes podemos ir da cidade A até a cidade C e depois volta à cidade A
passando pela cidade B?
a. 6
b. 8
c. 10
d. 12
e. 14
5. De quantas formas podemos ir da cidade A até a cidade C e depois voltar para a cidade A, sem repetir
a estrada?
a. 6
b. 7
c. 8
d. 9
e. 10
H36 - Interpretar e construir tabelas e gráficos de frequências a partir de dados obtidos em pesquisas por
amostras estatísticas.
2. A tabela abaixo apresenta a participação de diferentes itens no orçamento de uma família média de
certa cidade brasileira.
A família Souza tem uma renda mensal de R$ 1.500,00. Baseado na tabela, o gasto desta família em
transporte e despesas pessoais é de, aproximadamente:
a. R$ 750,00
b. R$ 600,00
c. R$ 450,00
d. R$ 300,00
e. R$ 250,00
3. O quadro abaixo mostra a quantidade de algodão colhida por três irmãos durante o mês de agosto.
a. 2,12 kg
b. 2,27 kg
c. 4,71 kg
d. 5,25 kg
e. 5,40 kg
4. Uma partida de basquete tem duração de 40 minutos e é dividida em 4 tempos, chamados “quartos”.
O jogador com maior número de pontos em uma partida é chamado de “cestinha”. No quadro estão
apresentados os resultados dos 3 atletas que mais pontuaram em certa partida. Qual atleta foi o
“cestinha” da partida? Quantos pontos ele fez?
a. Nelson, 59 pontos
b. Marcos, 57 pontos
c. Davi, 58 pontos
d. Nelson, 53 pontos
5. A escolaridade dos jogadores de futebol nos grandes centros é maior do que se imagina, como mostra
a pesquisa abaixo, realizada com os jogadores profissionais dos quatro principais clubes de futebol do Rio
de Janeiro. De acordo com esses dados, o percentual dos jogadores dos quatro clubes que concluíram o
Ensino Médio é de aproximadamente:
a. 14%
b. 48%
c. 54%
d. 61%
H37 - Calcular e interpretar medidas de tendência central de uma distribuição de dados (média, mediana
e moda) e de dispersão (desvio padrão).
1. A nota de Arnaldo, em matemática, nos três primeiros bimestres do ano, foi 7,0. No último bimestre,
sua nota foi 9,0. Sua média final, em matemática, ficou igual a
a. 6,5
b. 7
c. 7,5
d. 8
e. 9
4. O gráfico abaixo mostra os resultados obtidos por uma empresa em uma pesquisa sobre a qualidade do
atendimento on-line fornecido ao cliente. Esta pesquisa foi realizada após o atendimento e de acordo
com o grau de satisfação deveria ser atribuída uma nota de 1 a 5.
Pode-se afirmar que a moda do conjunto de todas as notas atribuídas a esse atendimento foi:
a. 2
b. 3
c. 4
d. 5
5. Quatro casais com um total de 11 filhos alugaram uma casa de praia para as férias de verão.
As idades dos filhos são:
10, 11, 17, 15, 14, 13, 12, 12, 12, 14, 15
Assinale a alternativa que mostra, nesta ordem, os valores da média, da moda e da mediana desta
distribuição.
1. Numa determinada cidade, de cada 1.000 crianças que entravam na 1ª série do Ensino
Fundamental, apenas duas concluíram o Ensino Superior. Esse índice é na ordem de:
a. 0,20%
b. 0,15%
c. 0,10%
d. 0,05%
e. 0,02%
2. Influenza é um tipo de doença respiratória aguda, conhecida popularmente como gripe. Existem
vários tipos de vírus causadores de gripe; no caso da gripe A, o vírus responsável pelo processo infeccioso
é o H1N1. Esse novo tipo do vírus de gripe é transmitido de maneira direta, de pessoa para pessoa,
principalmente por meio da tosse, espirro e de contato com secreções respiratórias das pessoas
infectadas. Observe o gráfico que mostra a porcentagem de sinais ou sintomas apresentados pelos
indivíduos que tiveram casos confirmados da Influenza A.
5. De acordo com a reportagem transcrita a seguir, o Brasil paga caro pelo trilho importado da China.
A) 110 m.
B) 130 m.
C) 150 m.
D) 180 m.
Com respeito aos triângulos representados, é
E) 200 m.
correto afirmar que:
A) (I) e (II) são semelhantes.
2. Daniela é desenhista e trabalha com
B) (I) e (IV) são semelhantes.
letras estilizadas. Ela dispôs alguns modelos da
C) (I), (II) e (III) são semelhantes.
letra L numa malha quadriculada, constituída de
D) (I), (III) e (IV) são semelhantes.
quadrados iguais, conforme a ilustração a seguir:
E) Todos são semelhantes.
Quais serão os sólidos geométricos que Maria obterá a partir dessas planificações?
A) Cilindro, prisma de base pentagonal e pirâmide.
B) Cone, prisma de base pentagonal e pirâmide.
C) Cone, tronco de pirâmide e pirâmide.
D) Cilindro, tronco de pirâmide e prisma.
E) Cilindro, prisma e tronco de cone.
H26 - Identificar a relação entre o número de vértices, faces e/ou arestas de poliedros expressa em um
problema.
Lembre-se: V + F = 2 + A
1. Um aquário tem a forma de um volume da lata que possui raio maior, V1, é 1,6
paralelepípedo reto-retângulo e contém água vezes a medida do volume da lata que possui
até certa altura. As medidas internas da base do raio menor, V2.
aquário são 40 cm por 25 cm. Quando uma
pedra é colocada dentro do aquário, ficando
totalmente submersa, o nível da água sobe 0,8
cm.
1. Uma indústria fabrica casquinhas para 2. Uma casquinha de sorvete tem o formato
sorvetes na forma de cone, com 6 cm de de cone circular reto de altura 12 cm e área da
diâmetro na base e 12 cm de altura, conforme a base igual a 7 cm2. Se fosse utilizada para
figura. modelar chocolates para a Páscoa, a
capacidade máxima, em cm3, de chocolate que
caberia no interior dessa casquinha seria:
A) 14
B) 28
C) 56
D) 84
E) 98
H31 - Resolver problemas que envolvam relações métricas fundamentais (comprimentos, áreas e volumes)
da esfera e de suas partes.
1. Na figura, está representado um projeto de uma escultura em cimento para o jardim de uma
escola, constituída por uma esfera colocada sobre um cubo.
Admita agora que o raio da esfera mede 0,5 m e a aresta do cubo, 1 m. Pretende-se pintar toda a
superfície da escultura, exceto, naturalmente, a face do cubo que está assentada no chão. A medida da
área a ser pintada, em m2, é aproximadamente igual a
A) 4,35.
B) 5,24.
C) 6,48.
D) 8,14.
E) 9,09.
2. Uma embalagem de madeira foi desenvolvida para acondicionar peças iguais, de ferro maciço,
em formato de semiesferas. A figura a seguir representa a vista lateral e superior da embalagem.
Se a largura interna da embalagem e o diâmetro das peças são iguais e 8 dessas peças cabem
exatamente em uma embalagem com 112 centímetros de comprimento, então o raio de cada uma
delas, em centímetros, é
A) 3.
B) 4.
C) 5.
D) 6.
E) 7
Um atleta que dá 4 voltas em uma pista como essa, percorre uma distância, em metros,
aproximadamente igual a
Sugestão: Utilize π=3,14 e lembre-se que o comprimento da circunferência é dado por 2πr.
(A) 1 473,6.
(B) 1 486,81.
(C) 1 498,56.
(D) 1 525,39.
(E) 1 612,4.
4. Uma creche deve distribuir 243 litros de gelatina em pequenas porções para suas crianças. Para
encher os potes serão utilizadas conchas com o formato de semiesfera de 3 cm de raio e em cada um
deles será colocado 3 conchas de gelatina.
4.𝜋.𝑅3
Use π=3 e 𝑉 = 3
Qual o número de potes que serão formados?
A) 4500
B) 2250
C) 1500
D) 750
E) 325
H13- Resolver métrica simples, compreendedno o significado das condições dadas e dos resultados.
1)
02. Adotando π=3,14, o valor de 1 radiano, em graus, com uma casa decimal, vai ser
A) 32º
B) 48,2º
C) 57,3º
D) 78,7º
03. Uma lata cheia de achocolatado em pó pesa 400 gramas. A lata, com apenas metade da
quantidade de achocolatado, pesa 250 gramas.
Quanto pesa a lata vazia?
a) 100 gramas
b) 150 gramas
c) 160 gramas
d) 180 gramas
e) 200 gramas
04)
05) João, Sandra e Marcos têm ao todo 100 reais. Juntando-se a quantia de Marcos ao dobro da soma das
quantias de João e Sandra, totalizam-se 150 reais. Por outro lado, somando-se o dinheiro de João com o
dobro da soma das quantias de Sandra e Marcos, obtém-se 180 reais.
Portanto, as quantias de João, Sandra e Marcos são respectivamente:
a) 20, 30 e 50
b) 10, 35 e 55
c) 35, 10 e 55
d) 10, 55 e 35
e) 30,50 e 20
6)
07) Numa embalagem de alimento enlatado aparecem as informações: peso líquido e peso drenado.
Sabendo que a embalagem de lata e o peso líquido juntos têm 200 g, que o peso drenado é igual ao peso
líquido menos 50 g e que o peso líquido mais o peso drenado somam 290 g, determine o peso líquido do
alimento contido nesta embalagem.
A) 30g
B) 120g
C) 170g
D) 290g
E) 320 g
08) Um feirante coloca à venda todas as frutas que trouxe em seu caixote. Nesse caixote existem 108 frutas,
entre bananas, peras e maçãs. A quantidade de bananas é igual ao triplo da quantidade de peras, e a
quantidade de peras, por sua vez, é igual ao dobro da quantidade de maçãs. Se, ao final da feira, todas as
frutas foram vendidas, podemos afirmar que o feirante vendeu
(A) 12 bananas.
(B) 24 bananas.
(C) 30 bananas.
(D) 60 bananas.
(E) 72 bananas.
09). (Discursiva) Um copo cheio de água pesa 275 gramas. Esse copo, quando cheio de óleo, pesa 225
gramas. Dois copos idênticos aos anteriores, um com água até a metade e o outro com óleo até a metade
pesam, juntos, 375 gramas. Qual é o peso, em gramas, de um copo vazio?
10. José precisava comprar ração e dar um banho em seu cão. Foi a um “pet shop” e deparou-se com a
seguinte promoção:
(A) 20 e 10.
(B) 25 e 15.
(C) 30 e 20.
(D) 35 e 25.
(E) 40 e 30.
11)
Assinale a alternativa que mostra a equação cujas raízes são as medidas (comprimento e largura) do piso.
a. 3x² + 12x + 21 = 0
b. x² - 12x + 28 = 0
c. x² - 7x + 12 = 0
d. 4x² - 28x + 36 = 0
e. x² + 2x + 16 = 0
13) As três dimensões x', x'', x''' de um paralelepípedo reto retângulo são numericamente iguais às raízes da
equação algébrica x³ – 7x² + 14x – 8 = 0, então o volume desse paralelepípedo mede:
a. 7
b. 8
c. 14
d. 28
e. 32
a) eixo real
b) eixo imaginário
c) 1° quadrante
d) 3° quadrante
e) 4° quadrante
16)
17) Considere uma região retangular ABCD. Para pavimentá-la inscreve-se um hexágono regular, nessa
região, conforme a figura.
Ainda sobram, para pavimentar, 4 regiões triangulares. Os ângulos internos desses triângulos são:
A) 90º, 45º, 45º.
B) 90º, 60º, 30º.
C) 90º, 80º, 10º.
D) 60º, 60º, 60º.
18)
19)
20)
21)
22. A ilustração a seguir apresenta duas imagens de um quadrado, cuja aresta mede 10 cm. Na Figura 1º
quadrado está inscrito em uma circunferência de raio R. Na Figura 2, o mesmo quadrado apresenta uma
circunferência, de raio r, inscrita em seu interior.
(B) R = 5 cm e r = 5 cm.
(D) R = 10 cm e r = 5 cm.
25. O hexágono representado no plano cartesiano possui seus vértices denominados por: X, Y, Z, W, K e T.
Quais as coordenadas do vértice T desse hexágono?
a) (2a , 3b)
b) (3b , 2a)
c) (2a , 0)
d) (0 , 3b)
e) (2b , 3a)
26) Na figura, cada lado da malha quadriculada representa 1 km. Uma pessoa parte do ponto A, caminha
3 km à direita, 1 km para cima, 2 km para a esquerda, 1 km para cima e 1 km para a esquerda, chegando
a um ponto F imaginário.
Se ele fizesse um trajeto linear do ponto A ao ponto F, ele teria caminhado no sentido:
28)
29. Num jogo de conquista de território, é usado um tabuleiro com o eixo das ordenadas e abscissas como
base para o começo do jogo. Duas equipes são formadas (equipe 1 e equipe 2). Cada equipe recebe 5
cartas com as coordenadas geométricas para o posicionamento de suas peças. As peças da equipe 1
estão representadas no plano cartesiano pelos pontos P, Q, R, S, e T.
.............P............Q...........
(A) (1 , 1499) (-2 , 0)
(B) (1500 , 5) (1 , 1500)
(C) (300 , 0) (0 , -1500)
(D) (5 , 300) (300 , 1500)
(E) (1498 , 2) (-1500 , 2)
(A) 7x – y = 0.
(B) – x + 7x = 0.
(C) x + y = 0.
(D) 7x + 7 = 0.
(E) x – y = 0
34)Observe o plano cartesiano abaixo. Os pontos (x,y) que pertencem à região do plano
cartesiano, destacada na figura, são aqueles
cujas coordenadas x e y satisfazem a inequação:
a) y > x
b) y < x
c) y > 1
d) x < y + 1
e) y < x + 1
35. Qual das alternativas apresenta a inequação cuja representação gráfica está abaixo?
36)Os pontos P(x,y) do plano cartesiano, que estão no 1º quadrante e fora dos eixos coordenados,
podem ser representados por:
A) x>0.
B) xy<0.
C) xy>0 e x>0.
D) y>0.
a) Cilindro
b) Cone
c) Pirâmide
d) Prisma
e) Círculo
38. O raio de uma circunferência centrada na origem dos eixos cartesianos é igual a 9. A equação desta
circunferência é:
a) x² + y² = 9
b) x² + y² = 18
c) x² + y² = 81
d) x² + y² = 324
e) x² + y² = 729
39)
40) Ana e Lídia queriam ir ao shopping, mas uma das duas deveria ficar em casa para receber uma visita.
Lídia propôs então à Ana que jogassem um dado três vezes e, no caso de saírem três números pares, Ana
iria ao shopping e Lídia ficaria em casa. Caso contrário, Ana ficaria em casa.
41. Se lançarmos um dado (não viciado) duas vezes, a probabilidade de obtermos o número 6 nas duas
jogadas é:
a) 1/6
b) 2/9
c) 1/12
d) 1/36
42. O atual campeão olímpico de arco e flecha possui uma marca impressionante: a probabilidade de
acerto em alvos que dele distam 300 metros é igual a 4/5.
Qual a probabilidade de, em dois disparos consecutivos, o arqueiro errar os dois?
a. 2/25
b. 1/25
c. 1/9
d. 2/5
e. 3/5
04. O gráfico a seguir representa uma projeção do número de habitantes de um município em n anos.
(A) 103.000.
B) 100.000.
C) 3.000.
D) 300.
E) 10.
Habilidades: H06 - Descrever as características fundamentais da função do 2º grau, relativas ao gráfico, crescimento,
decrescimento, valores máximo ou mínimo.
05. Os gráficos representam a localização y, em quilometros, em função do tempo x, em horas, de carros que caminham em linha
reta, na mesma direção. Observando os gráficos, podemos dizer
08. Uma livraria comprou muitos exemplares de certo livro, pagando por cada exemplar o valor de R$ 30,00, pagou ainda R$
300,00 pelo transporte da mercadoria até a sua sede. Sabendo que cada livro comprado da editora foi revendido pela livraria por
R$ 40,00 e que o lucro resultante, ao final da revenda, foi de R$ 1.200,00, é correto afirmar que o número de exemplares
comprados inicialmente pela livraria foi de
A) 150
B) 120.
C) 100.
D) 80.
E) 60.
09. Jorge emprestou R$ 1.200,00 para seu irmão Gabriel no Júlia fez os cálculos e concluiu que, para participar dessa
regime de capitalização simples a uma taxa de 2% ao mês. viagem sua média no 4° bimestre deve ser, no mínimo, igual
Ao final de 6 meses, Gabriel saldou sua dívida com Jorge. a
Quanto Gabriel pagou para seu irmão Jorge? a) 6,5
b) 6,8
A) R$ 1.344,00 c) 7,0
B) R$ 2.400,00 d) 7,6
C) R$ 2.640,00 e) 8,0
D) R$ 3.600,00
E) R$ 7.200,00 11. Se hoje a soma da idade de Thiago com a sua metade e o
triplo corresponde a noventa e nove anos, então a sua idade
10. Júlia obteve em Matemática, nos três primeiros atual é:
bimestres, as seguintes médias: a) 28 anos aproximadamente
b) 16 anos e meio
c) 22 anos
d) 54 anos
A média final é a média aritmética simples dos 4 bimestres. e) 70 anos
Neste ano, todo aluno com média final igual ou superior a
8,0 participará de uma viagem.
(A) 10.
(B) 13.
(C) 15.
(D) 18.
(E) 20.
A) –1.
B) 0,5.
C) 1.
D) 2.
E) 2,5.
15. Considere f : IR → IR uma função polinomial de 2° grau. A tabela abaixo apresenta alguns elementos x do domínio de f
relacionados às suas respectivas imagens.
Considerando que as próximas figuras da sequência obedecem ao mesmo padrão observado nas iniciais, é
correto concluir que a figura F12 será composta por:
a) 144 quadrados claros e 48 escuros.
b) 144 quadrados claros e 64 escuros.
c) 100 quadrados claros e 48 escuros.
d) 100 quadrados claros e 64 escuros.
a) 730 e 588
b) 735 e 573
c) 740 e 598
d) 745 e 603
e) 750 e 608
a) 0e7
b) 1e7
c) 1 e 14
d) 7 e 21
e) 7 e 35
A expressão algébrica que permite calcular a quantidade de quadrinhos de qualquer termo dessa
sequência é:
a) 2n - 1
b) 2n + 1
c) 3n - 1
d) 3n + 2
e) 2n2 + 1
8. João e André desejavam fazer caminhadas diárias e planejaram seus treinamentos nas seguintes condições:
● João decidiu começar caminhando 3 km no primeiro dia e, nos dias seguintes aumentar o percurso
diariamente em 2 km com relação ao percurso do dia anterior;
● André decidiu começar caminhando 7 km no primeiro dia e, nos dias seguintes, aumentar o percurso
diariamente em 1 km com relação ao percurso do dia anterior.
Todos os dias, após o treino, eles se encontravam e um contava para o outro quanto havia caminhado naquele dia.
Certo dia verificaram que, naquele dia, haviam caminhado a mesma distância. A distância caminhada por cada um
deles nesse dia foi:
a) 6 km.
b) 11 km.
c) 12 km.
d) 13 km.
e) 15 km.
9. Para participar de uma maratona, um atleta inicia um treinamento mensal, em que corre todo dia e sempre 2
minutos a mais do que correu no dia anterior. Se o 6º dia este atleta correu 15 minutos, pode-se afirmar que no
28º dia ele correrá durante:
a) 30 minutos.
b) 45 minutos.
c) 59 minutos.
d) 61 minutos.
e) 63 minutos.
10. No mês de agosto de 2008, uma loja de artigos esportivos vendeu 20 camisas do Arrancatoco Futebol Clube
e 40 camisas do Esporte Clube Pernadepau. Se a partir desse mês as vendas mensais de camisas do
Arrancatoco e do Pernadepau nessa loja tiverem, respectivamente, um crescimento de cinco e duas unidades
por mês, as vendas mensais de camisas do Arrancatoco superarão as do Pernadepau a partir de:
a) dezembro de 2008.
b) janeiro de 2009.
c) março de 2009.
d) maio de 2009.
e) julho de 2009.
12. Preparando-se para uma competição, um atleta faz corridas diárias. No 1.º dia, ele percorre 2 km, no 2.º dia
percorre 5 km, no 3.º dia, 8 km, e assim sucessivamente, aumentando sempre 3 km a mais a cada dia, até
atingir a marca de 44 km no:
a) 13º dia.
b) 14º dia.
c) 15º dia.
d) 16º dia.
e) 17º dia.
13. Renato prometeu colocar R$ 0,30 no cofre de seu filho semanalmente e a cada semana dobrava o valor
colocado. Na 9ª semana percebeu que essa promessa não poderia ser cumprida, pois ele não teria condições
de arcar com valores tão altos. Quando Renato percebeu esse fato, ele deveria colocar no cofre do seu filho:
a) R$ 30,40
b) R$ 31,80
c) R$ 32,40
d) R$ 38,40
e) R$ 76,80
14. No começo do desenvolvimento embrionário, todos os tipos de células que irão constituir os diferentes tecidos
originam-se de uma única célula chamada “zigoto” ou “célula-ovo”. Por meio de um processo chamado
mitose, cada célula se divide em duas, ou seja, a célula-ovo origina duas novas células que, por sua vez, irão
originar quatro outras e assim sucessivamente.
Após observar 9 ciclos, um cientista registrou 8 192 células.
Assinale a alternativa que mostra o número de células que existiam quando o cientista iniciou a observação.
a) 28
b) 30
c) 32
d) 34
e) 36
Use: an = a1 . q(n - 1)
15. O proprietário de uma loja de celulares projetou a evolução das suas vendas imaginando que elas cresceriam
mensalmente segundo uma progressão geométrica de razão 3. Se no 1º mês ele vendeu 185 celulares pode-
se concluir que ele terá vendido 14.985 celulares no:
a) 2º mês.
b) 3º mês.
c) 5º mês.
d) 6º mês.
e) 7º mês.
16. Numa caixa, há 4100 bolinhas de borracha. Retiram-se 2 bolinhas na 1.ª vez, 4 bolinhas na 2.ª vez, 8 bolinhas
na 3.ª e assim sucessivamente. Após 11 retiradas, o número de bolinhas restante na caixa será:
a) 7.
b) 6.
c) 5.
d) 4.
e) 3.
17. O número de bactérias de uma colônia reduz-se à metade a cada hora. Às dez horas da manhã havia 4000
bactérias na colônia. A quantidade de bactérias às duas horas da tarde é de:
a) 250.
b) 500.
c) 1000.
d) 1500.
e) 1750.
18. Um biólogo está estudando uma cultura de bactérias que se reproduzem de formal exponencial. A lei de
formação que descreve a reprodução dessas bactérias é f(t) = Qi · 3t , em que Qi é a quantidade inicial de
bactérias e t é o tempo dado horas. Sabendo que havia 200 bactérias em uma amostra, qual será a
quantidade de tempo necessária para que essa cultura tenha o total de 16.200 bactérias?
a) 2 horas
b) 3 horas
c) 4 horas
d) 5 horas
e) 6 horas
19. O sindicato de trabalhadores de uma empresa sugere que o piso salarial da classe seja de R $1 800,00,
propondo um aumento percentual fixo por ano dedicado ao trabalho. A expressão que corresponde à
proposta salarial (s), em função do tempo de serviço (t), em anos, é s(t) = 1800·(1,03)t. De acordo com a
proposta do sindicato, o salário de um profissional dessa empresa com 2 anos de tempo de serviço será, em
reais:
a) 7416,00
b) 3819,24
c) 3709,62
d) 3708,00
e) 1909,62
20. Amostras radioativas apresentam um tempo constante para reduzir sua massa à metade. Esse fenômeno é
chamado de meia-vida e cada radioisótopo tem um tempo específico para a ocorrência desse fenômeno. A
função exponencial se mostra um bom meio de apresentar a relação tempo e massa das amostras. Um dos
radioisótopos mais conhecidos é o iodo - 131 cuja massa m varia em função do tempo t, em dias, da seguinte
maneira, representada no gráfico a seguir:
A partir dessas informações é possível afirmar que a quantidade do iodo-131 é reduzida à metade da
quantidade inicial após:
a) 8 dias
b) 16 dias.
c) 24 dias.
d) 32 dias.
e) 40 dias.
NIVELAMENTO – LÍNGUA PORTUGUESA – 3ª SÉRIE EM – PROF.ª MÁRCIA
QUESTÃO 1
Leia o texto.
No segundo parágrafo do texto, o pronome “Você” se refere ao possível interlocutor do texto que é
(A) um pai.
(B) um adulto.
(C) um professor.
(D) um adolescente.
(E) uma criança.
QUESTÃO 2
(A) característica.
(B) ciência.
(C) Ética.
(D) Pesquisa.
(E) Sociedade.
H25 - Justificar o recurso a formas de apropriação textual, em um texto, como paráfrases, citações, discurso
direto, indireto ou indireto livre.
QUESTÃO 3
Na Academia Brasileira de Letras há um salão muito bonito, mas um pouco sinistro. É o Salão dos
Poetas Românticos, com bustos dos nossos principais românticos na poesia: Castro Alves, Gonçalves Dias,
Casimiro de Abreu, Fagundes Varela e Álvares de Azevedo.
Os modernistas de 22, e antes deles os parnasianos, decidiram avacalhar com essa turma de jovens, que
trouxe o Brasil para dentro de nossa literatura. Foram os românticos, na prosa e no verso, que colocaram em
nossas letras as palmeiras, os índios, as praias selvagens, o sabiá, as borboletas de asas azuis, a juriti — o
cheiro e o gosto de nossa gente.
Não fosse o romantismo, ficaríamos atrelados ao classicismo das arcádias, à pomposidade do verso burilado
que tem o equivalente cinematográfico nos efeitos especiais. Sem falar nos poemas-piadas, a partir de 1922,
tidos como vanguarda da vanguarda.
Foram todos jovens: Casimiro morreu com 21 anos, Álvares de Azevedo com 22, Castro Alves com 24,
Fagundes Varela com 34. O mais velho de todos, Gonçalves Dias, mal chegara aos 40 anos.
O Salão dos Poetas Românticos é também sinistro, pois é de lá que sai o enterro dos imortais, que
morrem como todo mundo, entre outras razões, porque a maioria deles não tem onde cair morto. (A piada
é de Olavo Bilac).
José de Alencar também devia estar ali. Mas está perto, como perto está o busto de Euclides da Cunha.
Foram pioneiros na valorização dos temas brasileiros, bem antes de 1922.
Com exceção de Euclides, que foi acadêmico em vida, todos são anteriores à fundação da Academia,
estão imortalizados em bustos. São patronos de cadeiras em que sentaram Machado de Assis, Coelho Neto,
Bilac, Guimarães Rosa, Darcy Ribeiro, Barbosa Lima Sobrinho, Jorge Amado e outros. Todos brasileiros. E de
letras.
Fonte: CONY, Carlos Heitor. Salão dos românticos. Folha de S. Paulo, São Paulo, 23 out. 2001.
Na segunda estrofe, aparece um verso deslocado graficamente, mais distanciado da margem esquerda
do que os demais. Ao utilizar esse recurso, o poeta buscou sugerir, na própria forma do poema, o
(A) contorno do espantalho substituído.
(B) movimento das aves espantadas.
(C) traçado da plantação de arroz.
(D) som da vassoura batida na lata.
(E) desvio da tarefa exigida no arrozal.
H28: Identificar o efeito de sentido produzido em um texto pelo uso de determinadas categorias gramaticais
(gênero, número, casos, aspecto, modo, voz, etc.).
QUESTÃO 5
A) apresentar um pedido.
B) dar uma orientação.
C) expressar uma ordem.
D) fazer um convite.
E) marcar uma reclamação.
QUESTÃO 6
Nos últimos 3 mil anos os 64 hexagramas chineses foram guia espiritual, manual de governo e fonte
para a ciência moderna. Conheça essa misteriosa história.
Zero, um, zero, zero, um, um. Sem esses dois números em combinações intermináveis, o mundo de
hoje seria chatíssimo. Eles formam o código binário, usado por todo computador que existe para transmitir
trilhões de dados dia a dia, guardar toda uma vida numa caixa postal de e-mail e deixar íntimas pessoas
que moram a milhares de quilômetros de distância.
Esse sistema foi cunhado no século 18 pelo matemático alemão Gottfried Wilhelm Leibniz, mas sua
origem, segundo o próprio Leibniz, é muito mais antiga. Está em um livro chinês de adivinhação e consulta
espiritual que guardaria a verdade universal; seria uma miniatura do infinito e a chave para o funcionamento
do Universo: o I Ching, o Livro das Mutações.
Com pelo menos 3 mil anos de existência, o I Ching se baseia na ideia de mutação contínua, regida pela
soma das forças cósmicas do yin (a sombra) e do yang (a luz). O livro caminhou junto com a história da
China. Ajudou a criar religiões orientais, como o taoísmo, foi a principal fonte de inspiração do pensador
chinês Confúcio e serviu como elemento unificador do país durante o século 3 a.C.
Fonte: BOTELHO, José Francisco. I Ching… Super, São Paulo, n. 235, jan. 2007. Disponível em: . Acesso em: 27
set. 2008. (adaptado)
No texto, as formas verbais em “guardaria a verdade universal; seria uma miniatura do infinito”
indicam
(A) confirmação.
(B) determinação.
(C) certeza.
(D) sistematização.
(E) suposição.
QUESTÃO 7
Leia o poema para responder à questão.
DA MORTE IV
QUESTÃO 8
Leia a propaganda para responder à questão.
Os meios de comunicação podem contribuir para a resolução de problemas sociais, entre os quais o da
violência sexual infantil. Nesse sentido, a propaganda usa a metáfora do pesadelo para
(A) informar crianças vítimas de violência sexual sobre os perigos dessa prática, contribuindo para erradicá-
la.
(B) denunciar ocorrências de abuso sexual contra meninas, com o objetivo de colocar criminosos na
cadeia.
(C) dar a devida dimensão do que é abuso sexual para uma criança, enfatizando a importância da
denúncia.
(D) destacar que a violência sexual infantil predomina durante a noite, o que requer maior cuidado dos
responsáveis nesse período.
(E) chamar a atenção para o fato de o abuso infantil durante o sono, sendo confundido por algumas
crianças com um pesadelo.
QUESTÃO 9
Eu Mudei
Zélia Duncan
QUESTÃO 10
Anjos do mar
Álvares de Azevedo
As ondas são anjos que dormem no mar,
Que tremem, palpitam, banhados de luz...
São anjos que dormem, a rir e sonhar
E em leito d'escuma revolvem-se nus!
E quando, de noite, vem pálida a lua
Seus raios incertos tremer, pratear...
E a trança luzente da nuvem flutua...
As ondas são anjos que dormem no mar!
[...]
Disponível em: <https://www.escritas.org/pt/alvares-de-azevedo>.Acesso em: 04 mar. 2020.
No verso “As ondas são anjos que dormem no mar”, há uma figura de linguagem denominada
A) comparação.
B) personificação.
C) metonímia.
D) metáfora.
E) antítese.
H46: Justificar os efeitos de sentido produzidos em um texto literário pelo uso de palavras ou expressões de
sentido figurado.
QUESTÃO 11
Discretamente maquilado, sorri o pálido rosto do mágico debaixo dos refletores, enquanto no alto a
mão volteia, se espalma, e em gesto de quase dança mergulha seca na cartola.
Mas algo parece retê-la lá dentro. Esforça-se o mágico, puxa, joga para trás o peso do corpo. Tenta sorrir
para o público. E já o antebraço afunda na cartola, some o cotovelo. Ainda luta cravando a outra mão no
tampo da mesinha. Depois os pés. Inútil. O ombro é tragado no vórtice das abas, nem se salvam o pescoço
esticado, a cabeça. Diante da plateia expectante que acredita tratar-se de um novo truque, todo o corpo
desaparece pouco a pouco, num último adejar das caudas do fraque.
No fundo de cetim preto, triunfa o coelho. Pela primeira vez, conseguiu botar um mágico na cartola.
(COLASANTI, Marina. Contos de amor rasgados. Rio de Janeiro: Rocco, 1986)
QUESTÃO 12
Fonte: ITURRUSGARAI, Adão. Quadrinhos. Folha de São Paulo, São Paulo, 23 ago. 2008. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folhinha/quadri/qa23080801.htm.> . Acesso em:
23 ago. 2008.
Em ― A moda para a estação são botas de cano longo e minissaia xadrez‖, a palavra saia ganhou um
prefixo mini e mudou de sentido: saia curtinha. Uma transformação parecida pode ser observada em:
A) Paulo ganhou um microcomputador.
B) Maria comprou uma miniblusa no shopping.
C) Ficou extraordinário o trabalho de História feito por Lili.
D) O Ministério da Cultura.
E) Vou levar isto e isto!
QUESTÃO 13
Localize as relações entre recursos expressivos e efeitos de sentido
QUESTÃO 14
Ler significa reler e compreender, interpretar. Cada um lê com os olhos que tem.
E interpreta a partir de onde os pés pisam.
Todo ponto de vista é um ponto. Para entender como alguém lê, é necessário saber como são seus olhos e
qual é sua visão de mundo. Isso faz da leitura sempre uma releitura.
A cabeça pensa a partir de onde os pés pisam. Para compreender, é essencial conhecer o lugar social de
quem olha. Vale dizer: como alguém vive, com quem convive que experiências tem, em que trabalha, que
desejos alimenta, como assume os dramas da vida e da morte e que esperanças o animam. Isso faz da
compreensão sempre uma interpretação.
BOFF, Leonardo. A águia e a galinha. 4ª ed. RJ: Sextante, 1999.
A expressão “com os olhos que tem”, no texto, tem o sentido de
A) enfatizar a leitura.
B) incentivar a leitura.
C) priorizar a leitura.
D) valorizar a leitura.
E) individualizar a leitura
H48: Justificar o efeito de sentido produzido no texto literário pelo uso intencional de pontuação expressiva
(interrogação, exclamação, reticências, aspas etc.).
QUESTÃO 15
Tragédia concretista
O poeta concretista acordou inspirado. Sonhara a noite toda com a namorada. E pensou: lábio, lábia. O
lábio em que pensou era o da namorada, a lábia era própria. Em todo caso, na pior das hipóteses, já tinha
um bom começo de poema. Todavia, cada vez mais obcecado pela lembrança daqueles lábios, achou
que podia aproveitar a sua lábia, e provisoriamente, desinteressado da poesia pura, resolveu telefonar à
criatura amada, na esperança de maiores intimidades e vantagens. Até os poetas concretistas podem ser
homens práticos.
Como, porém, transmitir a mensagem amorosa em termos vulgares, de toda a gente, se era um poeta
concretista e nisto justamente residia (segundo julgava) todo o seu prestígio aos olhos das moças? Tinha que
fazer um poema. A moça chamava-se Ema, era fácil. Discou. Assim que ouviu, do outro lado da linha, o
“alô” sonolento do objeto amado, foi logo disparando: — Ema, Amo. Amas? — Como? — surpreendeu-se a
jovem. — Quem fala? — Falo. Falas. Falemos. A pequena, julgando-se vítima de um “trote”, ficou por conta
e, como era muito educada (essas meninas de hoje!), desligou violentamente, não antes de perpetrar, sem
querer, um precioso “hai-kai” concretista: — Basta, besta! O poeta ficou fulminado.
Os parênteses são usados em dois momentos no texto — “(segundo julgava)” e “(essas meninas de hoje!)”
— para
A) acrescentar uma explicação fundamental para a narração.
B) acrescentar uma informação na narração.
C) amenizar o tom trágico da narração.
D) desfazer um mal-entendido.
E) demonstrar que o autor é solidário com o poeta.
QUESTÃO 16
OS PREGUIÇOSOS
Dois preguiçosos estão sentados, cada um na sua cadeira de balanço, sem
vontade nem de balançar. Um deles diz:
- Será que está chovendo?
O outro:
- Acho que está.
- Será?
- Não sei.
- Vai lá fora ver.
- Eu não. Vai você.
- Eu não.
- Chama o cachorro.
- Chama você.
- Tupi!
O cachorro entra da rua e senta entre os dois preguiçosos.
- E então?
- O cachorro tá seco...
Luis Fernando Veríssimo. O Santinho.
QUESTÃO 17
O Encontro (fragmentos)
Em redor, o vasto campo. Mergulhado em névoa branda, o verde era pálido e opaco. Contra o céu,
erguiam-se os negros penhascos tão retos que pareciam recortados a faca. Espetado na ponta da pedra
mais alta, o sol espiava através de uma nuvem.
“Onde, meu Deus?! - perguntava a mim mesma - Onde vi esta mesma paisagem, numa tarde assim igual?”
Era a primeira vez que eu pisava naquele lugar. Nas minhas andanças pelas redondezas, jamais fora além
do vale. Mas nesse dia, sem nenhum cansaço, transpus a colina e cheguei ao campo. Que calma! E que
desolação. Tudo aquilo - disso estava bem certa - era completamente inédito para mim. Mas por que então
o quadro se identificava, em todas as minúcias, a uma imagem semelhante lá nas profundezas de minha
memória? Voltei-me para o bosque que se estendia à minha direita. Esse bosque eu também já conhecera
com sua folhagem cor de brasa dentro de uma névoa dourada. “Já vi tudo isto, já vi... Mas onde? E
quando?”
Na frase “Já vi tudo isso, já vi… Mas onde?” (l. 15), o uso das reticências sugere:
(A) impaciência.
(B) impossibilidade.
(C) incerteza.
(D) irritação.
(E) indignação
QUESTÃO 18
Leia os quadrinhos.
No último quadrinho, o ponto de interrogação serve para
A) dar uma resposta.
B) expressar uma dúvida.
C) mostrar interesse.
D) mostrar admiração.
E) mostrar indignação
QUESTÃO 19
Leia o texto abaixo
QUESTÃO 20