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FICHA CATALOGRÁFICA

Catalogação na Fonte

D192e Dantas, Carlos Diego dos Santos.


O ensino remoto emergencial na educação básica (ensino
fundamental I e II) e no ensino técnico profissional. / Carlos
Diego dos Santos Dantas, -- 2022.
19 f. ; 30cm.

Monografia (Licenciatura em Formação Pedagógica para


Graduados não Licenciados). Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte, Natal (RN),
2022.
Orientador: Profª. Úrsula Andréa de Araújo Silva.

1. Educação 2. Ensino Superior 3. Licenciatura 4.


Pedagogia I. Título.

CDU: 37.018.43
Ficha catalográfica elaborada pelo Bibliotecário-Documentalista
Ezequiel da Costa Soares Neto CRB15/613
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO
GRANDE DO NORTE

CARLOS DIEGO DOS SANTOS DANTAS

O ENSINO REMOTO EMERGENCIAL NA EDUCAÇÃO BÁSICA (ENSINO


FUNDAMENTAL I e II) e NO ENSINO TÉCNICO PROFISSIONAL

NATAL, RN
2022
CARLOS DIEGO DOS SANTOS DANTAS

O ENSINO REMOTO NA EDUCAÇÃO BÁSICA (ENSINO FUNDAMENTAL I e II) e


NO ENSINO TÉCNICO PROFISSIONAL

Trabalho de Conclusão de Curso


submetido ao Curso Superior de
Licenciatura em Formação Pedagógica
para Graduados não Licenciados em
atendimento aos requisitos para
aprovação no curso.

Orientadora: Úrsula Andréa de Araújo Silva

NATAL, RN
2022
CARLOS DIEGO DOS SANTOS DANTAS

O ENSINO REMOTO NA EDUCAÇÃO BÁSICA (ENSINO FUNDAMENTAL I e II) e


NO ENSINO TÉCNICO PROFISSIONAL

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Curso Formação
Pedagógica para Graduados não
Licenciados do Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Rio
Grande do Norte, em cumprimento às
exigências legais como requisito parcial à
obtenção do título de Licenciado na
Educação Profissional e Tecnológica, com
habilitação para docência no eixo
tecnológico Ensino.
.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado e aprovado em ___/___/_____,


pela seguinte Banca Examinadora.

BANCA EXAMINADORA

_________________________________
Úrsula Andréa de Araújo Silva
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte

____________________________________
Maria Helena Bezerra da Cunha Diógenes
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte

______________________________________
Ana Angélica Félix de Farias
Universidade Paulista
RESUMO

Este artigo tem como objetivo abordar como o Ensino Remoto foi produzido como
estratégia pedagógica e como foi disponibilizado aos alunos do Ensino Básico: Ensino
Fundamental I e II, também no Ensino Médio Técnico Profissional, estabelecidos
durante o período da pandemia, relatando as dificuldades, desafios enfrentados pelos
profissionais de Educação na rede pública de ensino e na rede privada de ensino. Os
dados apontados foram coletados a partir de uma aplicação de um questionário com
os docentes, acerca das questões de infraestrutura e recursos tecnológicos sendo
possível traçar através dessa pequena amostra esse período o qual ainda vivencia-se
com as dificuldades, e assim, adaptando às metodologias e práticas pedagógicas para
a transmissão e construção do conhecimento para os alunos. As pesquisas revelaram,
que o sistema de ensino não estava pronto apesar de viver na era tecnológica e que
foi preciso adaptação (alunos) e qualificação para os docentes (cursos de
capacitação), pois o Ensino Remoto é voltado para a área tecnológica. Com isso, o
docente também precisa de uma assistência na área de informática, entretanto, ele
poderá desenvolver métodos e técnicas, visando proporcionar o acesso à Educação
com os conteúdos elaborados por ele para os níveis escolares. Sabe-se que a
tecnologia influencia nos processos de interação social por meio da comunicação
promovendo a inclusão digital. “Segundo Spinardi e Both (2018) os autores acreditam
que modelo de Ensino Remoto proporciona, maior interação, flexibilidade, autonomia
e disciplina aos estudantes”. Os recursos advindos da tecnologia auxiliam a interação
entre as pessoas e na área educacional essa interação se dá entre o professor e o
aluno. O Ensino Remoto será mediado pelos recursos, no qual o aluno se fará
presente em dispositivos tecnológicos através de aparelho celular, Notebook, tablet
entre outros que possam ter conexão com a internet, permitindo que possa construir
o conhecimento no processo ensino-aprendizagem em um novo ambiente que não é
a sala de aula presencial.

Palavras-chave: Aluno; Ensino Remoto; Recursos; Tecnologia.


ABSTRACT

This scientific paper aims to approach how Remote Education was produced as
strategic and how it was made and available to basic education students: primary,
middle levels, also in a secondary technical education provided during the pandemic
period. Though, it has related to difficulties, challenges at the public and private
schools. Even though, the specific application data was possible and resources to a
period of difficulties, as well as adaptation to methodologies and pedagogical practices
for the transmission and construction of knowledge for students. Because teachers
were surveyed and they have found that the education system was not ready to live in
the technological era and they have qualified for capacity-building courses as remote
teaching is availed and for technological education. By the way, the teacher also needs
assistance from computer science and he can develop methods and techniques,
provide access to education with school content. Even though, it is known that
technology influences the processes of social interaction through communication,
promoting digital inclusion. “According to Spinardi and Both (2018), the authors believe
that a remote teaching model, greater interaction, flexibility, autonomy, and discipline
for students”. The resources coming from technology help the interaction between
people and in the educational area this interaction takes place between the teacher
and the student, remote teaching will be used by the resources, it is not the student
will be present in technological devices through the cell phone, Laptop, Tablet, among
others that may have an internet connection, allowing the knowledge between the
teaching-learning in a new environment not to be a classroom.

Keywords: Student; Remote Education; Resources; Technology.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 07

2 REFERENCIAL TEÓRICO 09
3 RESULTADO E DISCUSSÕES 11
3.1 – Caracterização dos Entrevistados 13
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 17
5 REFERÊNCIAS 19
7

1 INTRODUÇÃO

Atualmente no Ensino Brasileiro existem várias modalidades: Presencial, EaD e


Semipresencial, nas redes pública e privada. Como vivencia-se constantemente em busca
de aperfeiçoamento, evolução e imersos na era da informação; comunicação e tecnologias,
as transformações acontecem e a Educação segue acompanhando e se adaptando a essas
mudanças, para que assim, possa atingir o público alvo, constituído por profissionais de
Educação e alunos. Desde o ano de 2019, precisamente em março, vive-se em um período
atípico em virtude da pandemia do vírus SARS-CoV-2 - comumente chamado COVID-19.
Neste ínterim com o avanço do vírus, pouco tempo depois a Organização Mundial de Saúde
– OMS, declarou estado de calamidade pública mundial sendo tomadas medidas
emergenciais de isolamento e distanciamento social como uma das formas para conter o
avanço da doença ainda pouco conhecida. Com isso, houve alarme público, onde tudo foi
afetado: saúde, economia, segurança, Educação, entre outras. Impactos sentiram-se de
imediato e que ao longo do passar do tempo é o que pode “quantificar” o prejuízo em todas
as áreas. Na Educação, principalmente, foi preciso se reinventar e adaptar-se na maneira
de ensino através do Ensino Remoto (na Educação Básica, Ensino fundamental I, II e no
Ensino Médio Profissional), pois a modalidade EaD já estava incluída no ensino no nível
Profissional e Superior e com a pandemia surgiu como uma estratégia, e agora sendo
incluída no nível médio, a comunidade escolar (professores e gestão escolar) teve que ir
se familiarizando com as tecnologias digitais, tiveram que em pouco tempo se capacitar,
aprendendo habilidades que talvez levassem meses para aprender, pois correr contra o
tempo e quebrar a barreira e a resistência da tecnologia fazendo dela sua companheira na
construção do conhecimento, e assim, proporcionar o acesso à Educação a todos os
alunos, em prol do processo de Ensino-aprendizagem.
O ensino voltado para a Educação básica que até então era apenas na forma
presencial, teve que passar por adequações e adaptações, indo ao Ensino Remoto
(estratégia educacional). O quadro que se apresentou foi de um público alvo de alunos com
a faixa etária entre 06 até 15 anos, que muitas vezes não tinham familiaridade com as
tecnologias e que não tinham conexão com a internet, alguns com dispositivos com pouca
capacidade de memória e até obsoletos, tendo que ter sua adaptação para ter o
aprendizado através de uma tela de telefone celular e/ou computador, outros alunos que
não tinham acesso, mas também as adaptações necessárias para os alunos que têm
dificuldades de aprendizagem e os alunos com deficiência, nos níveis de estudo (Educação
8

Básica /Ensino Fundamental I e II e o Ensino Profissional), sendo um ensino por meio de


ferramentas síncronas1.
O Ensino Remoto surgiu como uma estratégia para trazer o aluno para o ambiente
escolar, para a sala de aula, sendo a aula transmitida em tempo real proporcionando
interação professor/aluno, proporcionando uma aula mais dinâmica, trazendo uma vivência
com o Ensino Remoto, e assim minimizando os efeitos da pandemia para a área
educacional, aproximando o aluno, que teve que ir se adaptando e inovando para suportar
quantidade maior de alunos e acessos e tornando-se cada vez mais dinâmica em acesso
e manuseios facilitando a comunicação também com outros colegas e com os professores
através de chats. Como menciona KENSKI, (2003, p. 36) “Os processos de interação com
a tecnologia não se esgotam, eles se modificam a partir do surgimento de outros avanços,
sendo sempre uma relação de aprendizagem de algo novo”, logo assim os docentes
conseguem ter a tecnologia como aliada no processo ensino aprendizagem dentro e fora
da sala aula.
No Ensino Remoto, deve haver sempre a interação, os professores desempenham
papéis igualmente como na modalidade presencial, pois devem proporcionar a construção
do conhecimento e promover didáticas e estratégias educacionais (a tecnologia
proporciona avanços), tendo a comunicação através das ferramentas síncronas e
assíncronas2. No Ensino Remoto, o aluno estuda e faz as atividades tanto no computador
quanto as tarefas propostas pelo professor (livro, pesquisas), que pode estar em sua casa,
trabalho, a instituição de ensino também pode oferecer os materiais de estudo (textos
escritos, e-books, videoaulas, podcasts, biblioteca virtual) dentro de um ambiente virtual.
Assim, para entender esse contexto, foram coletados dados de profissionais que
atuam na Educação da rede de ensino público e privado, do ensino básico e profissional
trançando um perfil do período pandêmico, e das possíveis dificuldades levantadas por eles
(alunos e profissionais) com uma amostra na qual consta 15 profissionais entrevistados,
sabendo que não é o panorama geral, sendo uma fração mediante a quantidade de escolas
existente, se propondo a mostrar as dificuldades apontadas pelos profissionais
apresentadas como também a evolução do estudo por meio virtual, na Educação básica e
na Educação técnico profissional.

1
Ferramentas promove interação em tempo real, instantaneamente: Web conferência, Audi conferência e Chat
2
Ferramentas síncronas são online e que permitem interação em tempo real, instantaneamente. As ferramentas
assíncronas são as desconectadas de tempo e espaço. Também tem uma interação online (por se tratar de EAD), mas a
relação entre o aluno e o professor é de acordo com o tempo de cada um.
9

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Atualmente, há diversas plataformas virtuais de aprendizagem para a modalidade de


Ensino EaD e também ferramentas tecnológicas (software) para o Ensino Remoto, que tem
o objetivo de facilitar o acesso aos conteúdos disponibilizados pelos professores para a
aprendizagem dos alunos com o apoio pedagógico alinhado ao tecnológico permitindo um
desenvolvimento de métodos educacionais para que o aluno tenha uma boa compreensão
e assimilação de conteúdos por meio dos canais de interação desenvolvido pelas TDIC3.
Sempre proporcionando suporte para os alunos que estudam virtualmente estas
plataformas, que tendem a atender as necessidades do ensino regular e profissional,
prezando a participação e interação através do acesso do aluno, facilitando a construção
do conhecimento e possibilitando discussões reflexivas do assunto abordado em aula,
interligando com a realidade. Segundo Spinardi e Both (2018, (p. 1-2)) os autores acreditam
que “modelo de Ensino Remoto proporciona, maior interação, flexibilidade, autonomia e
disciplina aos estudantes”.
O Ensino Remoto deverá sempre ser usado de acordo com a proposta pedagógica
da instituição de ensino e o professor irá selecionar melhor, quais as ferramentas virtuais
se adequam aos conteúdos e quais possam promover a interação aluno/professor,
proporcionando resultados satisfatórios no qual o objetivo da aprendizagem é a construção
do conhecimento do discente. Para isso, é preciso um bom planejamento do professor. O
mesmo deverá estar alinhado com o Projeto Político Pedagógico (PPP) da instituição de
ensino e com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), com isso terá êxito nas
realizações de suas aulas sendo elas presenciais e/ou virtuais, planejando a inserção de
conteúdos no ambiente virtual, devendo possibilitar que o aluno possa assimilar as
informações contextualizando-as, podendo estruturar o aprendizado e estabelecendo
prazos para que o aluno saiba que pelo fato de ser virtual ele também terá a obrigação de
estabelecer tempo para seu aprendizado virtual e assim conseguir ampliar seus
conhecimentos. De acordo com Peres (2020), o atual processo de ensino, na sociedade
digital, caracteriza-se pela facilidade de interação concedido pelas tecnologias digitais,
como forma de difundir a concepção de conhecimentos e relações sociais.

3
Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC). São as “tecnologias utilizadas para tratamento, organização
e disseminação de informações” (TAKAHASHI: 2000, 188).
10

O professor deve estar sempre estimulando em seus alunos a curiosidade, o ensejo


em querer aprender, motivando e mostrando que através das tecnologias, há construção
de conhecimentos, além do entretenimento que elas possam promover.
No Ensino Remoto, deve sempre ter o equilíbrio entre professores, alunos e as
tecnologias digitais para que o processo de Ensino-Aprendizagem interligue a construção
e aprimoramentos dos conhecimentos. Por isso, a importância de uma boa tecnologia para
que permita a interação entre professor/aluno e neste processo é de grande importância
saber que a figura do professor desempenha seu papel como mediador e orientador. Nessa
modalidade de ensino, na maioria das vezes, não há a convivência física com estudantes
diariamente, sendo a aproximação só por meio virtual então ambos precisam conhecer a
realidade se colocando no lugar um do outro, em que o docente está ali disposto a ensinar
e o discente estará disposto para aprender.
Com isso, destacamos que não é só o fato de ter uma boa tecnologia, software
atualizado e sofisticado, pois o aluno deverá ter a vontade em aprender, por isso, o
professor também deve utilizar de meios didáticos e pedagógicos para atrair a atenção dos
alunos desenvolvendo uma linguagem (métodos didáticos para Educação básica) através
de inserção de vídeos, figuras ou outra ferramenta sendo uma aula no Ensino Remoto mais
atrativa para seu público alvo. Já, no Ensino Remoto há uma interação constante em tempo
real, proporcionando ao aluno a vivência de uma realidade mesmo que seja virtual, com o
objetivo de que possa estimular e incentivar aprendizagem. Com essas
metodologias/didáticas o aluno irá sentir que o seu professor estará próximo dele
promovendo uma aula dinâmica e bem próxima da realidade, um entendimento sobre o
papel do outro, onde terá uma cumplicidade que transmitirá segurança e ambos deverão
caminhar estudando com o objetivo que é ter êxito no processo de ensino-aprendizagem.
A interação entre professor/aluno é de suma importância para que possa promover
um bom desempenho, pois o professor sabendo de sua responsabilidade em planejar e
sabendo escolher a metodologia mais adequada para transmitir o conteúdo produzido e
que ele possa ensinar da melhor forma possível os conteúdos de acordo com os das aulas
e o curso, proporcionando uma aula mais significativa, dinâmica e atraente para o aluno e
assim estimulando continuamente na busca do conhecimento, pois o aluno deve saber que
por ser aluno do Ensino Remoto, ele é também responsável pela produção de seu
conhecimento, sabendo que seu perfil se torna um pouco diferenciado (tendo que organizar
seu tempo para estudar e executar as tarefas proposta pelo professor). O aluno no Ensino
Remoto tem o compromisso de aulas diariamente nos horários estabelecidos (mesmo que
11

tempo reduzido), e que sempre prezando pelo bom relacionamento entre professor e aluno,
sendo o professor o mediador desse processo ensino-aprendizagem do aluno, buscando
alternativas para as dificuldades que porventura venham surgindo, tentando minimizar a
evasão escolar dos alunos, devido as dificuldades que venham a ser enfrentadas no curso.

Maia e Mattar (2007) explicam que essa é uma forma de ensinar na qual professores
e alunos encontram-se separados no tempo e no espaço e tem uma aula planejada
por instituições e que utiliza diversas tecnologias de comunicação. Para tanto,
dependendo do modo em que o curso seja oferecido, o professor pode utilizar
ferramentas para promover a aprendizagem de formas síncronas e assíncronas.

A modalidade de ensino presencial permite ao docente trabalhar com quadro de sala


de aula, provas dissertativas, livros didáticos (impressos), com ferramentas virtuais de
maneira interativa ajuda na busca da aquisição de conhecimentos, deste modo os
professores podem contar com os objetos de aprendizagens, tanto nas aulas presenciais,
como nas aulas à distância e remotas.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Foi elaborado um questionário com 10 perguntas a respeito da modalidade de


Ensino Remoto e respondido por professores que atuam na Educação Básica (ensino
fundamental I, II, ensino de Rede Pública e Rede Privada) e na Educação Profissional
(Rede Privada), no qual eles avaliam o Ensino Remoto e como se dava a interação com
alunos. A amostra foi composta por 15 profissionais (05 professores da Educação Básica
da Rede Pública, 05 professores da Educação Básica da Rede Privada e 05 professores
da Educação Profissional da Rede Privada), mediante as respostas fornecidas pelos
profissionais de Educação Básica e Profissional. Pelos dados é possível percebermos que
a Rede Pública foi a que teve um impacto maior para se adaptar ao Ensino Remoto por
causa da infraestrutura tecnológica, quantidades de equipamento e sua qualidade e acesso
à internet, que possam suprir as necessidades dos alunos e maioria de seus alunos não ter
familiaridade com as tecnologias e/ou não ter acesso à internet em casa) e também a
capacitação dos docentes, mesmo evidenciando que não há garantia de qualidade ou êxito.
12

Além disso, houve um período de fechamento total das instituições, o que inviabilizou o uso
inclusive pelos professores. Na rede privada não houve muito impacto no âmbito de
tecnologia tanto na Educação básica e à Educação profissional, pois ambas por terem
portal do aluno e acesso ao AVA – Ambiente Virtual de Aprendizagem, seus alunos já
faziam/fazem acesso as ferramentas virtuais, tendo acesso à internet, tanto na escola
quanto em casa, percebemos que a qualidade do Ensino Remoto, pode depender da
diversificação do uso das mídias por parte dos professores e que proporciona a transmissão
de conteúdos por meio dos materiais didáticos, proporcionando a interação professor e
aluno, mas que há diversas variáveis englobadas.
Por não ser expert nas tecnologias e ferramentas digitais, os professores tiveram
que estudar e aprender mais, buscando capacitações das mais variadas ofertas para que
ele pudesse saber auxiliar o aluno na construção do conhecimento por meio de uma tela
de celular ou computador com mais interação para o aluno e proporcionando que o aluno
faça sua organização para estudar e desenvolva sua autonomia nos estudos conseguindo
êxito. Nesse sentido,

Os autores Lima e Moura (2015, p.78) explicam que o acesso as ferramentas digitais
e o seu uso estão cada vez mais simplificados, não precisa ser de grandes
conhecimentos na área da informática e sim executá-las em prol de aprendizagem,
muitas vezes basta que haja interesse e pesquisa para aprender por meio de
ferramentas de busca via internet.

Sendo assim muito importante que o docente planeje todas as suas atividades, em
que uma parte se destine a quem possa ter momentos síncrono e assíncrono com os
alunos, que possa proporcionar acesso aos conteúdos e que o Ensino Remoto possa
corresponder ao plano e conteúdos elaborados pelo professor.
O docente deve trabalhar com materiais didáticos e/ou objetos relacionados a
aprendizagem, com qualidade de que possa ajudar o aluno na construção do conhecimento
pois, no Ensino Remoto por intermédio de um modelo instrucional bem estabelecido e com
equipes multidisciplinares, assim proporcionando a construção do conhecimento do aluno.

Para Tenório, Teles e Tenório (2016), a possibilidade de os alunos verificarem as


notas e feedbacks, os auxiliam acompanhar o seu próprio desenvolvimento da
aprendizagem e, neste caso se os resultados forem positivos ou não, a partir desses
13

resultados o aluno pode refletir o que é preciso, modificar em suas ações em relação
a sua autonomia para realizar e focar em seus estudos.

O Ensino Remoto realizado no cenário de pandemia proporcionou atividades que


foram mediadas pela tecnologia, mas que tem seu apoio no Projeto Político Pedagógico e
que tem a orientação pelos princípios da Educação presencial, pois as aulas do Ensino
Remoto proporcionam a continuidade da escolarização (ensino regular e profissional) por
meio de recursos tecnológicos, só que a distância, com isso o uso de ferramentas virtuais
se torna indispensável para a realização das avaliações quando necessário.

3.1 – Caracterização dos Entrevistados (15 profissionais de Educação):


A pesquisa foi realizada no período de Dezembro de 2021, com profissionais da área
de Educação, Docentes da rede pública de ensino (Educação básica de ensino fundamental
I e II) e Docentes da rede pública privada (Educação básica de ensino fundamental I e II e
ensino técnico profissional).

Sexo

33%
Masculino 05
Feminino 10
67%

O gráfico acima representa o percentual dos entrevistados: 67% do sexo feminio e


33% do sexo masculino, sendo professores da rede pública de ensino, rede privada de
ensino, (ensino de eduação básica (I e II ano ensino fundamental) e ensino profissional
técnico, o gráfico mostra ainda uma têndencia de predominância do sexo feminino em
atuação.
14

Idade

27%
33%
20 a 30 anos 5
31 a 40 anos 6
41 a 50 anos 4

40%

O gráfico representa a idade dos profissionais docentes entre 20 e 50 anos, onde a


faixa de 31 a 40 anos representa um percentual maior.

Formação Acadêmica

7%
13% 27%
Graduação 4
Especialização 8
Mestrado 2
Doutorado 1

53%

O gráfico representa a formação acadêmica dos profissionais docentes no qual foi


evidenciado que o título de especialista representa um percentual maior. Alguns relataram
uma certa dificuldade para o ingresso no Mestrado e Doutorado, além de ser difícil conciliar
com o trabalho, tendo em vista que trabalham dois horários.
15

Instituição de Ensino

33%
Rede Pública 05
Rede Privada 10
67%

O gráfico representa a quantidade dos profissionais docentes na rede pública de


ensino e rede privada (Educação Básica Ens. Fundamental I e II), e na rede privada (Ensino
Profissional Técnico). A rede privada foi mais representada nesse estudo.

Nível de Ensino

33%
Educação Básica 10
Educação Profissional 05
67%

O gráfico representa a quantidade dos profissionais docentes com o nível de ensino


oferecido na rede pública de ensino e rede privada (Educação Básica Ens. Fundamental I
e II), e na rede privada (Ensino Profissional Técnico). O maior número está vinculado à
Educação Básica.
16

Tempo de Docência

20%

40% 1 a 5 anos 6
6 a 10 anos 6
11 a 20 anos 3

40%

O gráfico representa o tempo de docência dos profissionais, onde o tempo de 01 a


05 e de 06 a 10 anos em sala de aula se igualam, onde os profissionais com mais tempo
de docência mostraram uma resistência em aliar as tecnologias com a Educação.

Conforme descrito, a metodologia deste trabalho consistiu em um questionário.


Neste estudo, os dados foram coletados principalmente através de duas formas:
Questionário com perguntas fechadas, e também conversa com os profissionais de
Educação do Ensino Básico (I e II do ensino fundamental) e da (Educação do ensino técnico
profissional) e com isso foi feita a análise dos dados obtidos através da realização do
questionário e de entrevistas junto aos profissionais de Educação.
Para a análise dos dados, foi adotada a divisão a partir das categorias estabelecidas
(ensino básico e ensino profissional), conforme previsto na elaboração do roteiro de
entrevista e confirmado. Neste sentido, alguns pontos foram analisados:
✓ Tipo de Ensino Ofertado;
✓ Profissionais x Ensino Remoto;
✓ Acesso Alunos as Tecnologias;
✓ Escola x Ensino Remoto;
Nesse momento, todos se mostraram acessíveis em participar respondendo o
questionário e conversando sobre o Ensino Remoto no momento atual (pandemia Covid-
19).
17

O questionário fez com que as pessoas também tivessem um momento de reflexão,


no sentido de contribuição (papel como docente, metodologias, material didáticos
utilizados).
A maioria dos entrevistados, enfatizaram falta de estrutura tecnológica (na rede
pública de ensino, Ensino Básico Fundamental I e II), como também alguns alunos não
terem o acesso à internet em casa, já na Rede Privada de ensino não houve essa
dificuldade. No Ensino Profissional houve relato de que alguns alunos não dispõem de
acesso à internet em casa, tendo acesso apenas na instituição de ensino (Wi-Fi), com isso
dificultava assistir as aulas através do Ensino Remoto em casa.
Um dos pontos conversado foi a qualificação dos docentes. Apesar de terem
diversos títulos (Especialistas, Mestrados e Doutorados), os mesmos relataram que tiveram
que correr para cursos de capacitações na área tecnológica (como criar conteúdo e como
manusear as ferramentas), alguns tiveram que ter iniciativa própria para as capacitações.
Os entrevistados afirmaram que, a qualificação/capacitação, foi de suma importância
para esse período, como também uma reciclagem pedagógica com seus métodos e
materiais didáticos adaptados para o Ensino Remoto e para a construção do conhecimento
dos alunos.
Os dados coletados evidenciaram que no período (Pandemia COVID-19) ficou
evidente a falta de qualificação/capacitação dos profissionais, e falta também de estrutura
tecnológica, mas que não foi um impedimento para continuar com a prática docente para a
qual houve as adaptações necessárias para o público alvo – os alunos (Educação Básica
pelo Ensino Fundamental I e II e no Ensino Médio Profissional). Os profissionais tiveram
que aprender habilidades, que talvez não fossem capazes de ter, e com isso mesmo nesse
período alguns tiveram sua autoestima elevada com essa “inclusão tecnológica”.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Ensino Remoto (estratégias), permite ao aluno estudar na metodologia do “Ensino


Presencial” (sala de aula). Esse ensino que se dá em tempo real onde o aluno interage com
professores e demais colegas, sendo esse o estudante que na maioria das vezes está em
nível de estudo Educação Básica e no Ensino Profissional, essas estratégias de ensino
ganharam mais repercussão (em especial no período de pandemia que estamos
vivenciando, onde todos os níveis escolares tiveram que se adaptar), pois não poderia parar
18

o ensino, com isso vieram todas as adaptações necessárias pedagógicas, capacitações


dos profissionais para atuarem em áreas específicas, assim essa modalidade mesmo que
a distância pudesse atende as suas necessidades.
Para isso foi muito importante que o professor planejasse todas as suas atividades,
equilibrando no Ensino Remoto, sua particularidade. Proporcionar ao aluno condições para
que ele tenha alcançado êxito no processo Ensino-Aprendizagem, organizado o conteúdo
para que atenda a atualidade na Educação a distância e presencial, trabalhando com
materiais didáticos ou objetos relacionados a aprendizagem, com qualidade igualmente
utilizando tanto no Ensino à Distância quanto no presencial, estabelecendo ensino
multidisciplinar com demais disciplinas, ocorrendo a interdisciplinaridade, com base em um
objeto de aprendizagem abarcando as diversas realidades encontradas em sala de aula, a
exemplo como ocorrerá a exposição desses conteúdos, como será a revisão do conteúdo
do ano anterior, como irá preparar os estudantes para o processo de avaliação, entre
outros, tudo isso se configurou num desafio muito grande.
O Ensino Remoto Emergencial fez-se necessário no atual cenário pandêmico, se
fazendo presente em quase todos os níveis de ensino (Educação de Ensino Básico,
Educação de Ensino Médio, Educação do Ensino Superior e Educação do Ensino Técnico
Profissional).
Portanto, devemos ter em mente que o Ensino Remoto deverá ter seus ajustes ao
modelo desejado para que possa proporcionar um ensino com qualidade e auxiliando na
formação dos alunos, para que o processo Ensino-Aprendizagem tenha êxito, é importante
que haja um bom relacionamento e comunicação entre o professor e alunos. Para que isso
aconteça à distância, é primordial que aconteça pelo bom uso de ferramentas de interações
existentes no ambiente de aprendizagem.
19

5 REFERÊNCIAS

BRASIL. Decreto nº 2.494, 10 de Fevereiro de 1998.

______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB. 9394/1996.

KENSKI, Vani Moreira. Tecnologias e ensino presencial e a distância. Campinas, SP:


Papirus, 2003.

MAIA, C.; MATTAR, J. ABC da EaD: a Educação a distância hoje. 1ª ed. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2007. 138p.

PERES, M. R. Novos desafios da Gestão Escolar e de sala de aula em tempos de


pandemia. Revista Administração Educacional CE UFPE Recife PE, v.1, n.1, 2020.

SPINARDI, J. D.; BOTH, I. J. Blended learning: o ensino híbrido e a avaliação da


aprendizagem no ensino superior. Boletim Técnico do Senac, [S.L.], v. 44, n. 1, p. 1-12,
27 mar. 2018. Boletim Técnico do Senac/Senac Journal of Education and Work.
http://dx.doi.org/10.26849/bts.v44i1.648.

TAKAHASHI, Tadao (Org.). Sociedade da informação no Brasil: livro verde. Brasília:


Ministério da Ciência e Tecnologia, 2000. 188p.

TENÓRIO, A., TELES, A. S. & TENÓRIO, T. Levantamento de competências


pedagógicas necessárias a tutores da Educação a distância. Revista Iberoamericana
de Educación a Distância, 19(1), 183- 207, 2016. Disponível em:
<http://revistas.uned.es/index.php/ried/article/download/13842/13574>. Acesso em: 25 de
Novembro 2021.

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