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História da Matemática – HIMM6

Profº Robson Araujo


Lucas de Medeiros Lopes – CB3000885

3ª Redação Avaliativa
Durante o período colonial os principais responsáveis pelo desenvolvimento matemático no
Brasil foram padres jesuítas como o padre Valentin Stancel S.J.que teve suas observações sobre
cometas citadas por Newton; Bartolomeu de Gusmão (1685-1721) nascido no Brasil e foi concluir
seus estudos em Portugal, já que não existia ensino superior no Brasil, la ele nomeado lente de
matemática na Universidade Coimbra embora não tenha permanecido no cargo para focar em seus
estudos sobre balões; José Fernandes Pinto Alpoim (1700-1765) militar também formado na
Universidade de Coimbra e que em 1744 publicou o primeiro livro de matemática escrito no país,
“Exame de Artilheiro” que tinha o objetivo de preparar para exame na carreira militar; outro
matemático brasileiro importante do período foi José Bonifácio de Andrada e Silva (1763-1838) que
era Professor de mineralogia da Universidade de Coimbra.

Com a vinda da família real portuguesa para o Brasil em 1808 se viu necessário a criação de
infraestrutura necessária para realeza, então nesse período foram construídas a biblioteca da real,
Museu Real, observatório astronômico, banco do Brasil e as primeiras escolas superiores do país e
dentre elas estava a Academia Real Militar, em 1811 com um curso de Ciências Físicas, Matemáticas
e Naturais. Em 1839 a Academia Real Militar se tornou Escola Militar da Corte e passou a ter em
1842 um grau de doutor em ciências matemáticas. Joaquim Gomes de Souza (1829-1863) foi o
primeiro a obter o grau de doutor na Escola Militar com sua tese sobre sistema de equações
diferenciais. Outro nome relevante do período foi Alberto Santos Dumont (1873-1932) responsável
pela construção do primeiro avião com autopropulsão, além de outras invenções na área da aviação
como o dirigível nº6.

Após a Proclamação da República, em 1889, até a década de 20 foi um período de pouco


avanço matemático devido a força da ideologia positivista no país. A década de 20 também foi
marcada por diversas palestras de cientistas europeus importantes - como Jacques Hamard em 1924,
Albert Einstein em 1925, Marie Curie em 1926, Paul Langevin em 1928 - na Academia Brasileira de
Ciências. Lélio Itapuambyra Gama (1892-1981) importante matemático nas versas fases do
desenvolvimento da área no país, se associou ao Observatório Nacional em 1937 e foi o fundador do
Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) em 1952.

Nos anos 30, depois do fim da República velha foi construída a Universidade de São Paulo
que seguia moldes da universidade de Berlim e tinha autonomia do Estado. Nesse período a
Matemática na Faculdade de Filosofia Ciências e Letras da Universidade de São Paulo convidou
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diversos matemáticos italianos para coordenação de ensino do curso afim de modernizá-lo. Em
principal tem-se Luigi Fantappiè (1901-1956) que ao chegar ao Brasil transformou os cursos de
Cálculo Diferencial e Integral em curso de Análise Matemática e transformou a Matemática brasileira
trazendo mais rigor a ela.

Durante a Segunda Guerra Mundial, Luigi Fantappiè foi embora do Brasil e a Universidade
de São Paulo contratou André Weil em 1945, um dos fundadores do grupo Bourbaki e um dos
matemáticos mais influentes do século. Weil deu continuidade a modernização iniciada por
Fantappiè, criou o Boletim da Sociedade de Matemática de São Paulo, revista que passou a ser
reconhecida internacionalmente. Neste periodo muitos matemáticos brasileiros importantes passaram
a fazer estágios de pesquisas fora do país como Omar Catunda (estudava teoria dos funcionais
analíticos) em Princenton, Cândido Lima da Silva Dias (caracterização de espaços funcionais
analíticos em termos da teoria dos espaços vetoriais topológicos) e Luiz Henrique Jacy Monteiro
(Álgebra) em Harvard, Chaim Samuel Hönig (Análise Funcional) e Carlos Benjamin de Lyra
(Topologia Algébrica) em Paris. As áreas de pesquisa desses matemáticos foram modernas e foram
motivadas por Weil, após sua saída da universidade em 1947 as vagas foram preenchidas por Omar
Catunda, Benedito Castrucci, Cândido Lima da Silva Dias, Fernando Furquim de Almeida e Edison
Farah.

Em 1954, Brasil entrou na International Mathematical Union (IMU) no Grupo 1, organização


internacional que incentiva cooperação no desenvolvimento da matemática entre países. E em 1969
foi fundada a Sociedade Brasileira de Matemática com sede no IMPA. A década de 60 e 70 foram de
extremo avanço da área no país com matemáticos importantes como Elon Lages Lima (1929-2017),
Mauricio Peixoto (1921-2019), Manfredo do Carmo (1928-2018), entre outros.

No final do século XX até os dias atuais os estudos da matemática no brasil crescem em grande
quantidade chegando a 2,34% da produção matemática mundial. Artur Avila, foi primeiro brasileiro
a ganhar uma medalha Field (um dos principais prêmios da matemática) em 2014. E em 2017 a
Intertional Mathematical Union (IMU) promoveu o Brasil do grupo 4 ao grupo 5, consolidando a
matemática produzida no Brasil como uma das mais desenvolvidas do mundo.

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