Você está na página 1de 37

Aula 03:

Academia, Universidade, escolas de


comercio e o ensino de economia no Brasil

Rec 3402 Desenvolvimento e pensamento econômico Brasileiro


1º semestre 2024
Objeto da aula: O ensino de economia no Brasil
• O ensino de economia no Império e na Primeira republica
• A Cátedra de Economia Politica de 1808
• A Economia Politica nos curso de Direito (Império e na Primeira República)
• Lentes e compêndios pernambucanos e o ensino no Largo São Francisco
• A Economia Politica nos cursos de Engenharia (Império e Primeira Republica)
• As Aulas de Comércio (Império e Primeira república)
Boianvosky – Aula magna anpec 2020
• Foi somente entre meados da década de 1960 e início dos anos 1970
que economistas brasileiros começaram a formar uma comunidade
científica que se tornaria parte da comunidade econômica
transnacional.
• Não havia uma comunidade econômica científica adequada no Brasil até a década
de 1950, embora, naturalmente, questões econômicas – particularmente aquelas
relacionadas à formulação de políticas econômicas no campo monetário –
tivessem atraído muita atenção desde o século XIX.
• Isso contrasta com a história da maioria da comunidade científica brasileira,
tanto no campo das ciências naturais quanto sociais, que se estabeleceu na
década de 1930, se não antes.
A Economia em termos acadêmicos
• Economia no inicio é matéria nas Faculdades de Direito e de engenharia e das
“Aulas de comércio”
 1827 – primeiros cursos superiores no Brasil: Direito (São Paulo, Pernambuco) depois: Medicina (Ba) e
Engenharia (RJ) (militar): formação da elite no país (antes Portugal – Coimbra)
• Economia Politica dado no ultimo ano de Direito e no 3º ano de Engenharia
Aulas de comércio (segundo grau / profissionalizante) – Menos elitizados
• Primeiros cursos superiores especializados de economia
 Déc. de 20 – algumas “aulas de comércio” passam a ter diploma de ensino superior
 1931- reforma Francisco Campos: ampliação dos cursos superiores
1938 – faculdades privadas de economia
1946 –Faculdades publicas de economia: Rio de Janeiro (Fac. Nacional de Ciências Econômicas da Universidade do
Brasil) e São Paulo (FEA-USP)
 1964/66 – 64 reforma curricular FEA-SP (americanização); 1966 – “seminário de Itaipava” e criação dos centros de pos
 1973 - Criação da ANPEC
O Império e o inicio do ensino da economia politica
no Brasil....
“Constituindo a economia brasileira uma
dependência dos centros industriais, dificilmente
se podia evitar a tendência a ‘interpretar’, por
analogia com o que ocorria na Europa, os
problemas econômicos do país.
A ciência econômica européia penetrava através
das escolas de direito e tendia a transformar-se
em um ‘corpo de doutrina’, que se aceitava
independentemente de qualquer tentativa de
confronto com a realidade.
Ali onde a realidade se distanciava do mundo
ideal da doutrina, supunha-se que tinha início a
patologia social.
Dessa forma passava-se diretamente de uma
interpretação idealista da realidade para a
política, excluindo qualquer possibilidade de
crítica da doutrina em confronto com a realidade. Celso Furtado – década
de 50
No Império e na Primeira República
• formação em “economia” duas opções (Império e Primeira República)
• para a elite havia nos cursos jurídicos e nas escolas politécnicas, cadeiras ligadas à formação de uma
cultura geral do aluno cujo conteúdo dizia respeito aos problemas econômicos - como a própria
cadeira de Economia Política
• mas não existiam escolas de alto nível voltadas exclusivamente para o ensino da Economia ou outra
especialização parecida até fim da primeira república
• para os segmentos médios-urbanos da sociedade, existiram, desde o início do Império, os cursos
profissionalizantes na área comercial - as Aulas e os Cursos de Comércio,
• estes conferiam os diplomas de contador e, na década de 20, de Bacharel em Economia quando alguns se
transformam em cursos superiores.
• Alguns dos Cursos Superiores de Comércio já levavam o nome de Faculdade na Primeira República.

• Em 1929
• ensino superior especializado (profissionalizante): 32000 alunos,
• cursos de comércio oferecidos: 185 unidades com 23000 alunos.
• ensino superior geral (voltados para as elites): aproximadamente 13000 alunos
• sendo 3200 nos cursos jurídicos, 7500 nos cursos médico-cirúrgico e farmacêuticos e 2300 nas escolas
politécnicas
A cátedra de economia Politica
• O ensino de Economia Política no Brasil teve seu marco inicial na Cátedra
de Economia Política atribuída pelo príncipe regente D. João VI ao baiano
José da Silva Lisboa (posteriormente Visconde de Cairu) em fevereiro de
1808.
• Cátedra não exercida
• Cairu passou assim a ser considerado o primeiro “professor” de economia do país pois
também publicou o 1º livro escrito por um brasileiro: 1804: Princípios de Economia
Política de Jose da Silva Lisboa (Portugal).
• Várias outras publicações em Economia, Foi Censor Régio, e responsável pela Imprensa Régia (criada em
13.05.1808) além de Inspetor Geral dos estabelecimentos literários
• Precocidade em termos internacionais: (Cuidado: debates sobre primeira cátedras,
efetivas ou não)
• Em tese: França: Say (1819); GB – 1825 (Nassau Senior), Portugal : 1836
 Por que aula de Economia Politica?
 Brasil – formação da burocracia e assessoria ao governo (cameralismo) quando este se desloca
para o Brasil - Economia Política no Brasil – menos traço de ciência e mais traços de manual de
administração pública
• “Sendo absolutamente necessário o estudo da ciência econômica (...) para os meus vassalos para que me
possam servir com mais vantagens”
• “Ensino desta ciência, sem a qual se caminha às cegas e a passos lentos, e às vezes contrários, nas
matérias de governo” (D. João VI)

Economia Política no Brasil – “nasce” com apoio do Estado, do Governo


Monárquico
 Aula de comércio; publicações (na imprensa regia)
 No Brasil é mais forte do que na Inglaterra e na França a ligação entre a Economia Política e o
aparelhamento do Estado

• Livros de Cairu iniciais colocam a economia como uma ciência junto com Direito a
serviço dos legisladores e dos governantes - inspirados no livro IV da Riqueza das
Nações
Cairu: principais obras
• 1801: Princípios do Direito Mercantil e Leis da Marinha

• 1804: Princípios de Economia Política


• 1808: Observações sobre o comércio franco no Brasil (1ª obra publicada pela Imprensa Régia)
• 1810: Observações sobre a franqueza da industria e o estabelecimento das fábricas no Brasil
• 1810: Observações sobre a prosperidade do Estado pelos liberais princípios da nova legislação
• 1812: Extratos das obras políticas e econômicas de Edmund Burke

• 1818: Estudos do bem comum e Economia Política


• 1824: Constituição Moral e deveres do cidadão

• 1827: Leituras de Economia Política ou direito econômico

 “Debates” com outros autores contemporâneos que também publicam: Azeredo Coutinho,
Rodrigues de Brito, Hypolito da Costa
A Economia Política nos Cursos de Direito (1)
• Na regulamentação dos cursos incluiu-se no quinto ano do curso, a cadeira de
Economia Política.
• nos curso ministrados em Coimbra não existia, então, a cadeira de Economia Política.
• a cadeira de Economia foi instituída nos cursos de jurídicos franceses apenas em 1864, sendo
obrigatória apenas em 1877.

• Mudanças ao longo do tempo em relação a esta disciplina


• Não existiram grandes transformações em relação ao ensino de Economia Política dentro dos
cursos jurídicos.
• Em 1885 foram acrescentadas as cadeiras de Ciências das Finanças e Contabilidade do Estado e de
Direito Administrativo e Ciência da Administração.
• Em 1911, quando o curso de Direito passou a ter seis séries, as cadeiras de Economia Política e Ciência
das Finanças passaram a ser ministradas na segunda série
O Conteúdo a ser ensinado ....
• Nos estatutos de 1825 estabelecia-se para cada disciplina do curso, algo de seu conteúdo,
a forma de ministrá-los e os livros básicos de referência que deveriam inspirar os
docentes na preparação de suas aulas e servir de complemento para o estudo dos alunos.
• Para Economia Política aconselham orientação, ao mesmo tempo analítica e expositiva, em que se
contemple as várias escolas em sua seriação histórica, e em suas consequências para a vida social.”
• Dentre os Compêndios de referência foram selecionados os seguintes autores:
• Adam Smith,
• Thomas Malthus, Bentham e Beccaria também foram
• autores selecionados como de
David Ricardo,
referência, mas para a cátedra de
• Jean Baptiste Say, Direito Penal
• Simonde de Sismondi e
• William Godwin.
• Em 1826 foi aprovado que os lentes deveriam “adotar um compendio, ou escrever um, não existindo
feito, contando que as doutrinas não fossem desconforme o sistema jurado pela nação”. Os
compêndios escritos deveriam ser aprovados pela Congregação para serem usados internamente e
se fossem aprovados também pela Assembleia Geral, o governo os mandaria imprimir e fornecer às
escolas.
A Economia Política no Curso de Direito Pernambucano:
os lentes e seus Compendios
• Pedro Autran de Mata Albuquerque
• Também ministrou aulas no Instituto de Comércio da Corte
• Publicações
• Elementos de Economia Política, 1844,
• Novos Elementos de Economia Política, 1851
• Prelecções de Economia Política em 1859 (estes três primeiros usados no curso de Recife e por
vezes em S. Paulo)
• 1873 publicou um Manual de Economia Política destinado aos alunos do Instituto Comercial do
Rio de Janeiro.
• Catecismo de Economia Política 1880
• Forte Influência de James Mill e tb J. B. Say
Dois aspectos interessantes
• A opção de Albuquerque foi por apresentar a economia • Segundo Albuquerque a escravidão é a negação completa da
política subdividida em quatro partes: Produção, liberdade de trabalho e não se pode esperar disto grande poder
produtivo.
Circulação, Distribuição e Consumo.
• ela contraria as vocações e inutiliza a inteligência do escravo;
e a eliminação da remuneração, tira do escravo a “boa
• Esta é a mesma subdivisão feita por James Mill; mas vontade” de trabalhar e as penalidades não são capazes de
difere de outras, como as de Say, que realizam uma infundir esta mesma boa vontade nos escravos.
subdivisão em três partes: Produção, Distribuição e
Consumo, • O trabalho escravo é, portanto, menos produtivo que o trabalho
livre.
• Esta opção marcará os “manuais” publicados no Brasil.
O estudo da circulação, envolve as trocas e as questões • Entretanto, quando a escassez de trabalho livre é tal que o preço
corrente do trabalho livre seja alto a ponto de absorver todo o
monetário-financeiras demonstrando a importância lucro do empresário e impedir que este possa fazer economias
destes aspectos no Brasil. (acumular capital), a utilização de escravos se faz necessária.

• A escravidão acaba sendo uma necessidade em países com


grande extensão territorial onde a demanda por trabalho é
grande e há falta de braços.
Demais lentes e compêndios Pernambuanos

• Lourenço Trigo de Loureiro (foi lente de economia Politica ?)


• Elementos de Economia Política (1854) – discussões com Autran

• Asprígio Justiniano da Silva Guimarães


• Estudos de Economia Política (1876)
• Influencia de Stuart Mill,
• sociologia econômica

• Clovis Bevilacqua (foi lente de economia Politica ?)


• 1883 Estudos de direito e economia política

• José Joaquim Tavares Belford,


• Sofrônio Eutiquiano da Paz Portela
A Economia Política no Largo São Francisco
• Os cursos de Economia Política também se iniciaram em 1832. Seus primeiros lentes não
publicaram de obras didáticas de importância, como o fizeram os professores da Faculdade de
Olinda (e depois de Recife).
• Carlos Carneiro de Campos:(terceiro) Visconde de Caravelas.: Adotou durante toda sua
docência, o Catecismo de Economia Política de Jean Baptiste Say.
• Luís Pedreira de Couto Ferraz
• João da Silva Carrão: sem publicação mas traduz em 1873 Elementos de Economia Política
elaborado por H. D. MacLeod.
• Este autor foi introduzido no curso a partir de 1869 e terá profunda e continuada influência no pensamento
desenvolvido na escola paulistana nos anos subsequentes; além de MacLeod,, também exerceram
significativa influência sobre este lente, Frederic Bastiat e Michel Chevalier.
• Joaquim José Vieira de Carvalho. catedrático da cadeira de Economia Política em 1881 e, em
fevereiro de 1896, passou a ser catedrático da cadeira de Economia Política, Ciência das
Finanças e Contabilidade do Estado
• também não deixou obra escrita, mas foi o primeiro a introduzir autores italianos no ensino de Economia
Políticca i) Luigi Cossa, da Universidade de Pavia, teve os seus Elementos de Economia Política traduzidos
e utilizados em São Paulo e; ii) Antonio Ciccone, professor da Real Universidade de Nápoles.
A definição de uma escola Maclodista
• José Luis da Almeida Nogueira
• Curso Didático de Economia Política ou Ciência do Valor, escrito em 1913
• Filiado a escola Maclodista de economia

• José Joaquim Cardozo de Mello Neto


• Usa compendio de Almeida Nogueira
A Economia Política nas Demais Faculdades de Direito na
República Velha
• Após a Proclamação da República, com a reforma de ensino efetuado por
Benjamin Constant e a introdução do ensino superior livre, facultou aos
Estados a criação de outros cursos de direito desde que estes reproduzissem
as faculdades oficiais, foram criadas mais 14 Faculdades de Direito
• Dentre estas merecem destaque para nosso estudo algumas faculdades: a Faculdade de
Direito da Bahia, do Distrito Federal, de Fortaleza no Ceará, de Porto Alegre e de Minas
Gerais em Ouro Preto.
• Faculdade Livre de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro foi estabelecida em 1891. e
foram foram originalmente criados 3 cursos: Direito, Ciências Sociais e o Notariado.
• No curso de ciências jurídicas a disciplina Noções de Economia Política e Direito Administrativo ficará
a cargo de André Augusto de Padua Fleury; em ciências sociais, a disciplina Economia Política estava a
cargo de João Carlos de Oliva Maia, o de ciência administrativa e direito administrativo com José
Higino Duarte Pereira e o de Ciência das Finanças e Contabilidade do Estado com José Viriato de
Freitas.
• No Rio Grande do Sul prevaleceu a influência de economistas da escola histórica alemã.
• Francisco Rodolfo Simch, docente catedrático da cadeira de Economia Política desde 1911, e escreve
Programa de Economia Social (Economia Pura e Política Econômica), seus cursos eram baseados
em autores como Roscher, Knies, Schmoller e Wagner, tendo significativo viés nacionalista.
A Economia Política nos Cursos de Engenharia
• Foi a partir da criação, em 1810, da Academia Real Militar, que se iniciaram os cursos
de engenharia; a partir de 1842, a Academia passou a dar diplomas específicos em
ciências matemáticas e físicas.
• Em 1858 se efetivou uma grande reforma dividindo a Academia Militar em três: a
Escola Militar de Aplicação, a Escola Militar Preparatória da província de São Pedro
do Rio Grande do Sul e a Escola Central.
• Escola Central forma os engenheiros: dentro desta Escola foi criado em 1864 a Cadeira de
Economia Política.
• Mudanças no trato da economia politica nos cursos de engenharia
• Em 1873 foi novamente reformada a Escola Central, separando-se desta vez o ensino militar de
engenharia, do ensino civil. Este último ficou a cargo da Escola Politécnica então criada.
• Nesta escola incluiu-se uma cadeira de Economia Política, Direito Administrativo e Estatística,
oferecida nos últimos anos do curso.
• Em 1890 reformou-se o currículo e dividiu-se a cadeira em duas: a) Economia Política e Finanças; b)
Estatística, Direito Constitucional e Administrativo. Neste última, por alguns anos, incluiu-se também
Contabilidade.
Os Principais Docentes de Economia na Escola
Politécnica do Rio de Janeiro
• O primeiro responsável pela cadeira de Economia Política dos cursos de engenharia do Rio de Janeiro foi José
Maria da Silva Paranhos, o Visconde de Rio Branco.
• ocupou, a partir de 1864, a cátedra de Economia Política na Escola Central, passando a seguir para a Escola Politécnica, vindo a se
jubilar em 1878

• O sucessor do Visconde de Rio Branco na cátedra de Economia Política, em 1877, foi Luis Raphael Vieira Souto.
• Economia Política. Primeiro Volume. Introdução e Produção; em 1917

• Aarão Leal de Carvalho Reis


• Economia Política, Finanças e Contabilidade de 1918
• positivismo

• Tobias Lacerda de Martins Moscoso


• Escola racional

• Jorge Felipe Kafuri


• Este autor exercerá considerável influência na disseminação dos métodos quantitativos dentro da Economia.
• forte diferença entre o ensino de economia no Rio de Janeiro, ligado às ciências matemáticas, nas décadas subsequentes quando
comparadas com o desenvolvimento deste ensino em São Paulo, que se manteve por algum tempo atrelado aos cursos jurídicos
Ouros cursos de Engenharia
• Em 1892 foi criada a Escola Politécnica de São Paulo
• Quando de sua criação constava uma cadeira denominada “Higiene e Economia Industrial”.
• Em 1893, incluiu-se no quinto ano a cadeira de Economia Política, Estatística Aplicada e
Organização Administrativa.
• Os principais docentes responsáveis por estas disciplinas foram: Brasílio de Campos (1898),
Francisco Ferreira Ramos (1920), Jaime Castro Barbosa (1929).
• Também na Escola de Engenharia do Rio Grande do Sul foi criada, em 1912, uma
cadeira denominada “Finanças e Economia Política. Administração. Técnica
Comercial”, transformada, em 1922, para “Economia Política, Finanças e
Contabilidade”.
• Na Escola de Engenharia de Pernambuco, em Recife, a Economia Política era
ministrada no quinto ano na cadeira “Estatística, Economia Política e Finanças.”
As Aulas de comércio
• Brasil: alvará de 15 de julho de 1809 prevê “Aulas de Comércio”,
supervisionadas pela Real Junta de Comércio Agricultura, Fábrica e
Navegação
• Em Portugal, a Aula de Comércio teve origem no contexto da reforma do ensino
realizada pela Marquês de Pombal que possibilitou a criação de escolas
especializadas, dentre as quais a a Aula de Comércio, voltada para a preparação
em práticas contábeis e mercantis, de perfil prático
• A Aula do Comércio foi originalmente criada pelo decreto de 30 de setembro de 1755, que
também criou a Junta do Comércio deste Reino e seus Domínios, mas só foi efetivamente
organizada em 1759, quando recebeu seus estatutos
• Primeiro curso técnico profissionalizante europeu
A Aula de comercio da corte
• O curso da Aula de Comércio da Corte tinha duração de três anos e regulava-se pelos estatutos de
1759, aprovados para sua congênere em Portugal.
• José Antônio Lisboa foi nomeado primeiro lente da Aula de Comércio da Corte
• O lente observou, em representação na qual prestava conta dos compêndios utilizados na Aula do Comércio,
que acrescentou o ensino de princípios de geometria plana, geografia e economia política ao estudo da
aritmética, álgebra, comércio e escrituração, que eram previstos originalmente nos estatutos do curso.
• Forte presença de economia politica – livro de Cairu

• O curso completo da Aula do Comércio na Corte estruturava-se da seguinte forma:


• 1º ano: aritmética, álgebra, regra conjunta;
2º ano: geometria, geografia, comércio (que compreende agricultura, mineração, artes mecânicas, fontes, artes
liberais, pesca e caça, colônias, navegação, moedas, câmbios, seguros, leis gerais, usos, máximas, meios);
3º ano: escrituração, economia política.
• Os compêndios utilizados eram : em aritmética, álgebra e geometria, era utilizado o livro de Bezout; geografia
era ensinada por meio de um folheto reduzido do brasileiro Manoel Inácio Lisboa; em comércio adotavam-se os
dois tomos da obra de Manoel Teixeira Cabral de Mendonça e, em economia política, a obra de Jose da Silva
Lisboa .
• Obras de Jose Antonio Lisboa
• Reflexões sobre o Banco do Brasil. Rio de Janeiro, 1821.; Observações sobre o melhoramento do meio circulante no Império
do Brasil. Rio de Janeiro, 1835.; Projeto de lei sobre o sistema monetário. Rio de Janeiro, 1835; Estatística do Brasil. Rio de
Janeiro, 1822
Outras aulas de comércio

• Salvador, em 1815 nomeado Genuíno Barbosa Betânio, depois Euzébio


Vanério até 1820 e, por Manoel Maria Alves do Amaral até 1822.
• Controvérsias com Genuino
• Vanério estabelece um Plano de Aula de boa reputação (1815-20)

• Em Recife foi nomeado em 1819 - Manoel Luis da Veiga


• Controvérsias – antigo mercantilista, critico de Cairu, mas usa obra dele no Plano de
Aula (1816)
• Escreve: em 1803 Novo método das partidas dobradas, para aqueles que não tiverem
freqüentado a aula de Comércio;
Mudanças na aulas de comercio
• Em 1846, as Aulas de Comércio da Corte foram reformulados, passando a ser ministradas em
dois anos.
Primeiro Ano Segundo Ano
Aritmética e Álgebra História do Comércio. Comércio Marítimo e
Terrestre
Geografia Geral e do Brasil Direito Comercial
Matemática Comercial e Financeira Operações Bancárias
Escrituração Mercantil

• Houve uma nova reorganização da Aula de Comércio da Corte, pelo decreto n. 1.763, de 14 de
maio de 1856.
• Esse ato concedeu um novo e extenso estatuto à instituição, mudando seu nome para Instituto Comercial
do Rio de Janeiro e alterando significativamente o conteúdo das disciplinas ministradas, em comparação ao
regulamento anterior
• Nesta reforma explicitamente foi introduzida a disciplina Economia Política com Aplicação especial ao
Comércio e à Indústria. As disciplinas passaram a ser
Primeiro Ano Segundo Ano
Contabilidade e Escrituração Mercantil Direito Mercantil
Geografia e Estatística Comercial Economia Política com Aplicação Especial
ao Comércio e à Indústria
Dificuldades e reestruturação na republica
• em 1863, o decreto n. 3.058 reformou novamente os estatutos, tendo como principal mudança a
ampliação do curso de dois para quatro anos, com a inclusão de mais disciplinas. Essa nova estrutura
foi mantida até o final da década de 1870
• o curso de Economia Política acabou por deixar de ser ministrado, pelo menos até 1871. A partir deste ano a cadeira
voltou a ser oferecida e um de seus lentes responsáveis foi Pedro Autran da Mata Albuquerque, que redigiu em 1873
uma monografia especialmente dedicada a esta disciplina: Manual de Economia Política.
• Curso passa por muitas dificuldades – poucos alunos chega ser fechado
• As modificações começam a surgir no início deste século, com o surgimento em 1902 da Academia de
Comércio do Rio de Janeiro e da Escola Prática de Comércio de São Paulo.
• a criação da Academia de Comércio do Rio de Janeiro se deve a Cândido Mendes de Almeida e para a sua
manutenção foi criada a Sociedade Brasileira de Instrução.
• Dentre os colaboradores desta iniciativa encontramos Luis Raphael Vieira Souto, lente de Economia Política da Escola
Politécnica., na verdade os primeiros cursos foram ministrados no prédio da própria Escola Politécnica.
• A Escola Prática de Comércio de São Paulo, teve como principal artífice Horácio Berlinck.
A reforma de 1905
• Em 1905, no governo Rodrigues Alves, foi estabelecida uma legislação tida como o marco inicial
do ensino superior voltado para a área comercial no Brasil e dentro deste do ensino específico de
economia.
• Pela legislação considerou-se a Academia do Rio de Janeiro como de utilidade pública e seus
diplomas passaram a ser oficialmente reconhecidos. Logo a seguir os diplomas da Escola
paulistana também foram reconhecidos oficialmente.
• Pela mesma legislação a Academia carioca passou a se constituir no padrão oficial para o ensino comercial no
Brasil, de modo que os outros cursos deviam a ela se equiparar. Em 1909, por exemplo, foi criada a Escola de
Comércio de Porto Alegre anexa à Faculdade Livre de Direito da mesma cidade
• A legislação dividiu os cursos de comércio em dois; o curso geral e o curso superior.
• O curso geral, de quatro anos, tinha uma exame de admissão mais ou menos próximo às exigências da escola
primária, possuía um caráter prático e uma função propedêutica em relação ao Curso Superior. Ele conferia o
título de contador aos concludentes. (este curso deu origem ao curso de perito contábil e depois ao de técnico
em contabilidade
• O Curso Superior de Comércio era desenvolvido ao longo de três anos e, as disciplinas ministradas no curso
Superior até 1926, eram: Geografia Comercial e Estatística; História do Comércio e da Indústria; Tecnologia
Industrial e Mercantil; Direito Comercial e Marítimo; Economia Política; Ciência das Finanças; Contabilidade
Pública; Direito Internacional e Diplomacia; História dos Tratados e Correspondência Diplomática; Alemão,
Italiano e Espanhol; Matemática Superior; Contabilidade Mercantil Comparada e Banco Modelo.
As Faculdades de economia no fim da primeira
republica
• Estas escolas, foram a origem das Faculdades de Ciências Econômicas,
mesmo por que conferiam o título de graduados em Ciências
Econômicas e Comerciais e, depois de 1926 de Bacharéis em Economia
e vários cursos se intitulavam Faculdade de Ciências Econômicas
• Mas não existiam matérias teóricas relacionadas ao próprio objeto da Economia,
que naqueles anos já estava relativamente bem definido, da mesma forma nota-se
a falta de maiores considerações matemáticas e sobretudo estatísticas, que já se
faziam notar nos cursos desenvolvidos na Escola Politécnica
• Deste modo, a formação oferecida pelo curso é eminentemente prática destinada
aos trabalhos rotineiros de gestão e controle das empresas privadas, assim como
no auxílio da administração pública.
Economia como saber especifico em centros
universitário
• O primeiro projeto de criação de uma faculdade de economia publica nasceu com a reforma de
Francisco Campos em 1931,
• pretendia criar a Faculdade de Ciências Políticas e Econômicas. Essa faculdade nunca chegou a ser criada
• Foi a partir do Ensino Comercial Superior que as Faculdades de Ciências Econômicas foram
efetivamente criadas depois de 1930.
• Ensino Comercial superior em conjunto com as organizações representativas de classe, pressionaram o governo
para conferir o status universitário aos cursos superiores desenvolvidos desde início do século, também para o
reconhecimento e a legalização da profissão e o acesso (e a própria criação) a cargos exclusivos para os Bacharéis
em Economia.
• Em 1938 surgiram faculdades em São Paulo (Faculdade de Ciências Econômicas Álvares Penteado) e Minas Gerais
(Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas de Minas Gerais) ligadas aos setores que promoviam o
antigo ensino comercial Também uma faculdade foi criada no Rio de Janeiro (Faculdades de Ciências Econômicas
e Administrativas do Rio de Janeiro)
• Em 1946 criação da Faculdade Nacional de Ciências Econômicas da Universidade do Brasil e da
Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas da Universidade de São Paulo
A criação da USP e a internacionalização da ciência
• A ciência como atividade organizada quase não existia no Brasil antes foi somente na
década de 1930 que o Brasil adquiriu o tipo de universidade (Universidade de São
Paulo, fundada em 1934) capaz de prover ensino e pesquisa modernos sustentados.
• O núcleo da nova Universidade de São Paulo foi a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL),
que reuniu biologia, química, física, matemática, sociologia, filosofia e antropologia, entre outras
disciplinas.
• Cientistas bem conhecidos recrutados principalmente da Alemanha, Itália e França formaram a
equipe da FFCL após meados da década de 1930.
• Gleb Wataghin, que veio para a USP em 1934, por exemplo, foi responsável pela introdução de pesquisas
físicas modernas no Brasil.
• Parte dos cientistas naturais alemães contratados eram refugiados políticos com origem judaica.
• Nas Ciências sociais (em seu amplo sentido, incluindo geografia e história) vieram em geral
professores da França (por exemplo, Claude Lévi-Strauss, Roger Bastide, Fernand Braudel, Jacques
Lambert, Pierre Monbeig), seguindo um acordo de cooperação entre os governos brasileiro e francês.
• O diploma de economia não existiam formalmente no inicio da USP.
• A FEA-USP e o dep. de Economia foi criada em 46 a partir da Fac. de Direito
• No inicio havia um curso de um ano em economia política oferecido na FFCL para estudantes de ciências sociais.
• Em parte das "missões", alguns economistas franceses vieram palestrar em São Paulo (por exemplo, François Perroux,
Pierre Frommont, René Courtin, Maurice Byé, Paul Hugon).
• Com exceção de Hugon, que chegou em 1938 e ficou para sempre (até 1973), os outros economistas vieram por breves períodos na
década de 1930 e início dos anos 1940

• Trabalhos científicos brasileiros ampliam-se – tanto em ciências naturais quanto sociais – ligados à USP
e seus professores estrangeiros, mas a economia manteve seu status em grande parte pré-científico,
ainda distante da pesquisa econômica internacional, até a década de 1960.
• Delfim Netto menciona a forte impressão que lhe foi dada pela visão institucional-histórica de Hugon durante seus dias
de estudante na USP no final dos anos 1940 e início dos anos 1950.
• Mas Hugon permaneceu fiel à antiga tradição econômica francesa não matemática e não participou ativamente do
processo de internacionalização e modernização que dominaria a economia e a economia brasileira após a década de
1950.
Rio de Janeiro
• Criação da Faculdade tb em 1946 (ligada a Univ. do Distrito Federal e Universidade do
Brasil) e temos tb a criação das instituições hoje ligadas à Fundação Getulio Vargas
• Em São Paulo a transição se faz a partir da Faculdade de Direito,
• no Rio de Janeiro se fez a partir da Escola Politécnica e a matematização e uso de trabalhos empíricos
ocorreu mais cedo no RJ
• Influencia de grupo de pessoas que vieram do exterior com diferentes formações:
• Primeira leva R. Lewinsohn, G. Mortara e A. Kafka que vem dentro da complexa
imigração judaica durante o governo Getúlio Vargas
• R. Lewinsohn veio convidado por Anísio Teixeira (Secretário de Educação do Rio de Janeiro) e
Afrânio Peixoto (reitor da recém-criada (1935) Universidade Federal do Distrito Federal)
• Além da economia, Lewinsohn estabeleceu uma reputação na Europa como jornalista financeiro e doutor em
medicina, com livros publicados nessas áreas
• Em 1944, fez parte da organização da nova Fundação Getúlio Vargas, um think tank que desempenharia um
papel fundamental no processo de profissionalização da economia no Brasil.
• Três anos depois, Lewinsohn criou e editou a revista Conjuntura Econômica, dedicada à publicação de dados
e informações econômicas, elaborados principalmente pelo próprio Lewinsohn. Representou um avanço na
provisão de indicadores econômicos no Brasil, na tradição dos institutos alemães e austríacos.
• O livro de Lewinsohn sobre trusts e cartéis, escrito durante seu período brasileiro e publicado em espanhol
em 1948 e francês em 1950, chamou a atenção no Brasil e no exterior
• Giorgio Mortara (n. 1885; d. 1967) – proeminente economista,
estatístico e demógrafo italiano, editor do prestigiado Giornale degli
Economisti e Annali di Economia de 1910 a 1938, quando foi forçado a
deixar a Italia Fascista, veio ao Brasil a convite de Macedo Soares,
presidente do recém criado IBGE.
• Mortara foi nomeado coordenador do censo brasileiro de 1940, As contribuições
teóricas e estatísticas de Mortara para a demografia e para as estatísticas
econômicas no Brasil e no mundo foram esmagadoras, com uma longa lista de
publicações em línguas portuguesas, italianas e outras.
• Fundou o Laboratório de Estatística do IBGE e é considerado o fundador da
análise demográfica moderna brasileira, com ampla influência na formação de
pesquisadores e seu reconhecimento internacional
• A. Kafka (b. 1917; d. 2007) era um jovem economista sem experiência profissional
quando deixou Oxford para o Brasil em 1940, depois que a Tchecoslováquia foi
invadida.
• Formado em economia na Universidade de Oxford (onde foi aluno de John Hicks, Roy
Harrod), Kafka passou um ano em Genebra participando de palestras de L. von Mises, F.
Machlup no Institut Universitaires de Hautes Etudes Internationales
• Logo após sua chegada ao Brasil, Kafka foi convidado a lecionar economia na Escola Livre de
Sociologia e Política, em São Paulo, fundada em 1933 sob a liderança de Roberto Simonsen e que
sofria a influencia da sociologia americana e não francesa como na USP.
• Em 1951 Gudin contratou Kafka para dirigir as atividades de pesquisa do recém-fundado Instituto
Brasileiro de Economia – IBRE na Fundação Vargas, no Rio.
• A tarefa imediata de Kafka era coordenar a elaboração de conjuntos de dados de preços, produção e
contabilidade nacional, que ainda faltavam no Brasil.
• Dá palestras na Universidade do Brasil, onde a Faculdade de Economia foi oficialmente criada em
1946
• Depois da FGV Kafka passou a maior parte de sua vida nos Estados Unidos, como Diretor Executivo
brasileiro do Fundo Monetário Internacional, cargo que ocupou por 32 anos, juntamente com uma
nomeação como professor de economia na Universidade da Virgínia (1959-61 e 1963-75).
• A produção de pesquisa de Kafka em economia aplicada é visível em seus artigos publicados em
revistas brasileiras e americanas (por exemplo, Quarterly Journal of Economics, Journal of Political
Economy e American Economic Review).
As palestra dos amigos de Gudin e a interação com a CEPAL
• Bem relacionado internacionalmente, E Gudin professor na GV e na Univ. do Brasil,
convidou, entre o final dos anos 1940 e início dos anos 1960, vários proeminentes
economistas europeus e americanos (Gottfried Haberler, Jacob Viner, Ragnar
Nurkse, Hans Singer, Kenneth Boulding, Lionel Robbins, Nicholas Kaldor, Douglass
North) para dar palestras e interagir com economistas que atuavam no Brasil
• Eles geralmente ficavam no Brasil por algumas semanas, o que lhes deu a oportunidade de viajar e
dar conselhos sobre pesquisas feitas por economistas locais. Parte das despesas foi coberta pelo
Departamento de Estado dos Estados Unidos. As palestras, muitas vezes sobre temas de
desenvolvimento econômico, foram publicadas em português na Revista Brasileira de Economia,
revista criada na Fundação Vargas em 1947. Editores internacionais frequentemente os
disponibilizavam em inglês logo depois em forma de livro, às vezes com impacto internacional
significativo, como no caso de Viner e Nurkse.
• Houve importantes interações com outro grupo de economistas que se fortalecia
que era a CEPAL, mesmo que com sede em Santiago do Chile, a CEPAL desenvolveu
inúmeras atividades no Brasil , constituindo inclusive grupos de trabalho formais
com o pessoal do BNDE
• Muitos dos debates acabaram se constituindo em verdadeiras disputas entre os dois grupos
• Foi só após a década de 1950 que uma comunidade econômica científica começou
a tomar forma no Brasil.
• formação de um grupo de "cientistas econômicos" inseridos na comunidade internacional.
• Mas foram ainda poucos economistas que se mudaram para o Brasil durante o grande fluxo
migratório científico entre guerras e no imediato pos guerra e teve um impacto importante mas
apenas inicial. Ao contrário de outros campos, a imigração científica foi reduzida na economia
• A intensificação das redes formais e informais entre economistas brasileiros e
estrangeiros em meados da década de 1960 e início dos anos 1970 estabeleceu os
padrões de pesquisa econômica no país e por isso forjando uma comunidade
científica econômica.
• Internacionalização (americanização) da FEA USP
• Universidades começam a reagir a demandas formulados pelo diferentes órgão de governo
• Demandas por pesquisas e/ou estabelecimento de linhas de pesquisa tendo em vista questões publicas
• Criação das pos graduações e criação da Anpec (Associação Nacional dos Centros de Pós-
Graduacão em em Economia, associação nacional de pós-graduação em Economia) em 1973
• o financiamento da pesquisa acadêmica por instituições internacionais (chamado de patrocínio) tem
sido um importante instrumento na transnacionalização da ciência. Foi o que aconteceu no Brasil na
década de 1960, quando a USAID e, principalmente, a Fundação Ford começaram a financiar os
primeiros programas de pós-graduação em economia do país
• No início da década de 1970, uma intensa controvérsia sobre as razões do
aumento observado da desigualdade de renda ocorreu no Brasil, que teve papel
decisivo no estabelecimento da nova comunidade econômica e de seus vínculos
internacionais.
• Artigos sobre o tema dominaram a cena nas primeiras reuniões da Anpec, realizadas em 1973.
• A controvérsia sobre a distribuição de renda envolveu formuladores de políticas brasileiras,
economistas estrangeiros (dos EUA e do Reino Unido), instituições internacionais
(especialmente o Banco Mundial) e jovens pesquisadores que fizeram parte da primeira
grande onda de economistas brasileiros que obtiveram seus doutorados no exterior (ou
fizeram pós-graduação no Brasil).
• Esse debate, fortemente contestado mas com certo grau de sofisticação técnica atraiu a
atenção mundial e contribuiu decisivamente para transformar a desigualdade econômica em
um tema principal na economia do desenvolvimento

Você também pode gostar