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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE SONGO

DIVISÃO DE ENGENHARIA
Engenharia Termotécnica

Oficinas Gerais

Tema:
Tipos e métodos de ligação de peças

Discentes: Docente:
Celestino Honório Plácido Engᵒ. Esmael Muavanhane
Flávia Filimão Manhique Engᵒ. Sérgio Manuel
Júnior Bartolomeu Mário Guidione
Malailano Daima
Manuel Chico M. Guta
Nuno Santino Caliche

Songo, Setembro de 2022


INSTITUTO SUPERIOR POLITECNICO DE SONGO

Divisão de Engenharia

Licenciatura em Engenharia Termotécnica

Oficinas Gerais-T11
Tema:
Tipos e métodos de ligação de peças

O Trabalho é da cadeira de Oficinas


Gerais, dado pelos Docentes da
cadeira, de carácter avaliativo, e que
será defendido. A ser entregue no dia
19 de Setembro de 2022.

Songo, Setembro de 2022

Índice
1. INRODUÇÃO...................................................................................................................................5
1.1 Objectivos...................................................................................................................................5
1.2 Metodologia....................................................................................................................................5
2. TIPOS E MÉTODOS DE LIGAÇÃO DE PEÇAS...........................................................................6
Permanente ou não desmontável...........................................................................................................6
Ligações directas...................................................................................................................................6
Ligações indirectas................................................................................................................................8
Rebitagem.............................................................................................................................................8
Defeitos de Rebitagem..........................................................................................................................8
Soldadura..............................................................................................................................................9
Móvel ou Desmontável.......................................................................................................................10
Ligações móveis completas................................................................................................................10
Ligações completas directas................................................................................................................10
Ligações completas indirectas............................................................................................................12
Ligações parciais.................................................................................................................................13
Ligações parciais sem rotação (Guias)................................................................................................14
Ligações elásticas ( com molas e sem molas).....................................................................................15
3. CONCLUSÃO................................................................................................................................16
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICA..............................................................................................17
Índice de Figura

Figura 1: Ligação por ajustamento............................................................................................................7


Figura 2: Ligação por Cravação................................................................................................................7
Figura 3: Ligação por engastamento ou dobragem de Juntas...................................................................8
Figura 4: Rebitagem..................................................................................................................................8
Figura 5: Estrutura metálica sodada..........................................................................................................9
Figura 6: Ligação directa cónicas...........................................................................................................11
Figura 7: Ligações directas Roscadas....................................................................................................11
Figura 8: Ligação directa com grampo..................................................................................................12
Figura 9: Ligação com pecas Roscadas.................................................................................................12
Figura 10: Ligação por enchavetamente................................................................................................13
Figura 11: Ligação com cavilha............................................................................................................14
Figura 12: Ligação parciais sem translação4
Figura 13: Ligação parciais sem rotação4
Figura 14: Ligação elastica com boracha5
Figura 15: Ligação elastica com mola5
1. INRODUÇÃO

A construção mecânica é feita de uma sucessiva união de peças, como chapas, perfis e outros, por esta
razão é imprescindível que haja um estudo detalhado dos tipos dessas ligações e devidos métodos para
o sucesso destes projectos. Qualquer construção, por mais simples que seja, exige união de peças entre
si. Entretanto, em mecânica as peças a serem unidas, exigem elementos próprios de união que são
denominados elementos de ligação ou elemento de união. E dentro de ligação das peças encontram se
nomeadamente dois tipos, segundo JOÃO GRAZIAN que são: permanente ou não desmontável e
móvel ou desmontável.

1.1 Objectivos
1.1.2 Objectivo geral
 Identificar os tipos de ligações existentes e os seus respectivos modos de ligação.

1.1.3 Objectivos especifícos


 Descrever os tipos ligacoes;
 Descrever os metódos de ligação;
 Ilustrar os metodos de ligação.

1.2 Metodologia
A metodologia que foi utilizada para a elabaração deste trabalho, foi a de pesquisas bibliograficas,
consulta dos apontamentos do ensino tecnico profissional.

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2. TIPOS E MÉTODOS DE LIGAÇÃO DE PEÇAS

Na mecânica é muito comum a necessidade de unir ou ligar peças como chapas, perfis e barras.
Qualquer construção, por mais simples que seja, exige união de peças entre si. Entretanto, em
mecânica as peças a serem unidas, exigem elementos próprios de união que são denominados
elementos de ligação ou elemento de união.

Os elementos de ligação ou de união, sem dúvidas, têm uma vasta utilização na indústria.
Basicamente, eles possibilitam a união entre anéis, eixos, furos e outras partes de muitos equipamentos
e máquinas.

Ligação ou união, é o efeito de unir dois ou mais elementos para forma-los em um único elemento
apenas. Ou seja, é a união de duas ou mais peças para formar uma única peça. Quando se garante
elementos de ligação mecânica da melhor qualidade, fica muito mais fácil e rápido montar as
máquinas.

Segundo o João Grazian (1989) existem dois grandes tipos de ligação das pecas, nomeadamente:

 Permanente ou não desmontável;


 Móvel ou Desmontável.

Permanente ou não desmontável


Ligações permanentes ou não desmontáveis são ligações em que os elementos de fixação, uma vez
instalados, não podem ser retirados sem que fiquem inutilizados. Ou seja, para a separação das peças é
necessário que se destrua o elemento de união.

As ligações permanentes ou não desmontáveis podem ser classificadas como:

 Directas;
 Indirectas.

Ligações directas
As ligações permanentes ou não desmontáveis, são ditas directas se na ligação apenas intervém as
peças a ligar. Elas podem realizar-se por ajustamento, por cravação e por engasgamento ou
dobragem de juntas.

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As ligações por ajustamento podem fazer-se a frio ou a quente.

Figura 1 (a e b): Ligação por ajustamento


Fonte: Órgãos de máquinas

Nas ligações por cravação uma das peças é introduzida num furo aberto na outra e depois cravada,
como se de um rebite se tratasse. Como ilustra na figura, a contra cabeça fica praticamente toda
embutida na chapa. Uma cravação nestas condições chama-se contrapunçoada.

Figura 2: Ligação por Cravação


Fonte: Órgãos de máquinas

As ligações por encastramento ou dobragem de juntas são geralmente utilizadas para ligar chapas
de pequena espessura, em particular chapas de alumínio ou folhas de flandres.

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Figura 3: Ligação por engasgamento ou dobragem de Juntas
Fonte: órgãos de máquinas

Ligações indirectas

As ligações permanentes ou não desmontáveis, são ditas indirectas se é necessário recorrer a outra
peça ou elemento intermediário para estabelecer a ligação. A rebitagem e a soldadura são exemplos
muito correntes das ligações permanentes directas.

Rebitagem
Rebitagem é um procedimento que incluí rebites e rebitadeira para unir peças ou elementos,
geralmente chapas, de forma permanente. Os rebites são fixadores utilizados para unir duas ou mais
peças permanentemente. São introduzidos em dois furos justapostos realizados nas peças a ligar,
depois de introduzido o rebite, a cabeça é fixada por meio de uma feramente especial e a extremidade
oposta é esmagada até formar um contra cabeça. Este processo de rebitagem pode ser efectuado
manualmente ou mecanicamente.

Figura 4: Rebitagem
Fonte: órgãos de máquinas

Defeitos de Rebitagem
Os principais defeitos na rebitagem são devidos, geralmente, ao mau preparo das chapas a serem
unidas e à má execução das operações nas fases de rebitagem.

Os defeitos causados pelo mau preparo das chapas são:

 Furos fora do eixo, formando degraus;

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 Chapas mal encostadas;
 Diâmetro do furo muito maior em relação ao diâmetro do rebite.

Os defeitos causados pela má execução das diversas operações e fases de rebitagem são:

 Aquecimento excessivo do rebite;


 Rebitagem descentralizada;
 Mal-uso das ferramentas para fazer a cabeça;
 O comprimento do corpo do rebite é pequeno em relação à espessura da chapa.

Soldadura
Soldadura é um processo de ligação ou união permanente entre duas ou mais peças. Ou seja, a
soldadura é um processo utilizado para a união de materiais, particularmente metais e ligas. É feito
através da fusão quase imediata, seguida da solidificação dos materiais. É muito utilizado na indústria
em geral, e serve para a fabricação e recuperação de peças, equipamentos e estruturas metálicas.

Figura 5: Estrutura metálica soldada


Fonte: metalrio.com.br
A aplicação é feita em pequenos componentes electrónicos até grandes estruturas e equipamentos
como pontes, navios ou carros. A união das peças por soldadura é muito usada pois muitas vezes
facilita o processo de fabricação dos produtos, diminui o peso dos produtos e o tempo da sua
fabricação.

Características:

 Possibilita a junção permanente, tornando as partes soldadas uma só unidade;

 A junta soldada pode ter resistência mecânica superior a das partes que foram unidas;

 Custo, em geral razoável;

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 Operação manual ou automática;

 Pode ser altamente portátil

Móvel ou Desmontável
No tipo de união móvel, os elementos de ligação podem ser colocados ou retirados do conjunto sem
causar qualquer dano às peças que foram unidas, nesse caso, estes podem ser reutilizados.

No que se refere as ligações desmontáveis podem considerar-se três tipos principais:

 Completas;
 Parciais;
 Elásticas.

Ligações móveis completas


Nas ligações completas não são possíveis deslizamentos relativos das peças ligadas. Essas ligações
podem ser directas ou indirectas, conforme as duas peças se ligam directamente entre si ou por meio
de um elemento intermediário.

Ligações completas directas


Podem ser:
 Por ajustamento forçado/aperto;
 Cónicas;
 roscadas;
 com grampos.

Ligações por ajustamento forçado/aperto é o processo de realizar um ajustamento desmontável e


que são ajustados a frio ou quente.

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Nas ligações directas cónicas as duas peças a ligar têm uma ligeira comicidade que facilita a ligação
das duas peças por aderência, quando sujeitas a acção de uma força que aperta as peças uma contra
outra no sentido axial.

Figura 6: Ligação directa cónicas

Fonte: órgãos de máquinas 2012

Nas ligações directas roscadas as peças a ligar tem uma rosca que parafusam directamente uma na
outra. Serve por exemplo a ligação entre um copo de lubrificação e outra peça.

Figura 7: Ligações directas Roscadas

Fonte: Órgãos de máquinas 2012

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As ligações directas com grampos, fazem-se por simples aderência, como se representa na figura
abaixo, em que se mostra a utilização de um grampo na fixação de uma tabua numa bancada de
carpinteiro. A ligação que aqui se refere é a ligação do grampo a bancada.

Figura 8: Ligação directa com grampo

Fonte: Órgãos de máquinas 2012

Ligações completas indirectas


As ligações completas indirectas englobam alguns dos mais importantes sistemas de ligação que se
utilizam na prática. Que podem ser:

 Ligações com peças roscadas;


 Enchavetamentos forcados;
 Com cavilhas e trocos.

As ligações com peças roscadas são usadas em diversos tipos de construções, particularmente na
realização de ligações desmontáveis. O seu largo emprego explica-se pela simplicidade e segurança da
junção de peças, pela facilidade de afinar o aperto, bem como pela possibilidade de montagem e
desmontagem repetidas.

As roscas podem ser exteriores ou interiores. As roscas exteriores chamam-se parafuso e as interiores
porcas. Elas podem ser realizadas manualmente através de dispositivos apropriados e mecanicamente
através de máquinas-ferramentas.

Figura 9: Ligação com pecas Roscadas

Fonte: Órgãos de máquinas 2012

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Ligações por enchavetamentos forçados são ligações desmontáveis feitas com chavetas. Permitem
estabelecer a ligação entre um veio e um furo recorrendo a chavetas, que podem ser chavetas de cunha
sem cabeça e chavetas de cunha com cabeça, que são introduzidas simultaneamente em ranhuras ou
orifícios abertos.

Figura 10: Ligação por enchavetamente

Fonte: Órgãos de máquinas 2012

As ligações com cavilhas unem peças que não são articuladas entre si.

Figura 11: Ligação com cavilha

Fonte: Elementos de maquinas

Ligações parciais
As ligações parciais subdividem-se em dois grupos, nomeadamente:

 Ligação sem translação (articulações);


 Sem rotação (guias).

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1.1. Ligação sem translação (articulações)

As ligações parciais sem translação (articulações) contêm uma possibilidade de rotação e tem muita
importância pela sua utilização nas articulações cilíndricas que tem inúmeras aplicações em
construções mecânicas.

Além das articulações cilíndricas importa conhecer as articulações esféricas ou rotulas, em que a
rotação de uma das pecas em relação a outra se da em torno de um ponto, em vez de em torno de um
eixo. Estas articulações utilizam uma rótula esférica alojada dentro de uma cavidade também esféricas.

Figura 12: Ligação parciais sem translação

Fonte: Órgãos de máquinas 2012

Ligações parciais sem rotação (Guias)


Nas ligações parciais sem rotação podem obter-se em certos casos com
chavetas, nos chamados enchavetamentos livres, como se verá ou
então, podem conseguir-se recorrendo a veios canelados nas duas pecas que ligam ou ainda utilizando
um pino ou um parafuso de guiamento que se desloca dentro de um escatel.

Figura 13 a): Ligação parciais sem rotação

Fonte: Órgãos de máquinas 2012

Figura 13 b): Ligação parciais sem rotação

Fonte: Órgãos de máquinas 2012

Ligações elásticas ( com molas e sem molas)


Nas ligações elásticas são possíveis certos movimentos entre as peças ligadas, sempre de amplitude
limitada. O órgão que garante a elasticidade da ligação pode ser metálico ou não metálico. Os órgãos
metálicos mais importantes capazes de garantir a elasticidade, são as molas. Mola é uma peça que se

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emprega para realizar ligações elásticas, que é susceptível de sofrer deformações importantes quando
submetidas a acção de uma força, e de recuperar essas deformações

Quando o elemento de ligação não é metálico, o material mais frequentemente utilizado é a borracha.
Nas ligações parciais são possíveis certos tipos de deslocamentos reactivos das pecas ligadas. Estes
deslocamentos são geralmente rotações ou translações. Na figura as seguir mostra-se um exemplo de
uma ligação deste tipo, utilizada num apoio de um motor, com o objectivo de amortecer as vibrações e
os choques.

Figura 14: Ligação Elástica com Borracha

Fonte: Manual Do Serralheiro Mecânico 2ᵒ Ano

Figura 15: Ligação Elástica com Mola

Fonte: Órgãos de máquinas 2012

3. CONCLUSÃO
Os elementos de ligação ou de união, sem dúvidas, têm uma vasta utilização na indústria.
Basicamente, eles possibilitam a união entre anéis, eixos, furos e outras partes de muitos equipamentos
e máquinas. Conhecer os tipos e os métodos de ligação das pecas é de extrema importância, pois
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permite ter a capacidade de analisar o tipo e os métodos a empregar em uma determinada peca a ligar
de acordo com que se pretende na ligação.

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICA

GRAZIAN, João. Manual do serralheiro mecânico 2 ano. Monapo. 1989.

GORDO, Nívia; FERREIRA, Joel. Elementos de Máquinas 1. São Paulo.

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https://metaldistendido.pt/2020/12/28/como-funciona-o-processo-de-soldadura/. Acesso em
19/09/2022

https://www.orbrasil.com.br/produtos/rebites. Acesso em 19/09/2022

SOLDADURA. Oficinas de Gerais 2016

TAVARES, João Manuel R. S. Órgãos de Máquinas. 2012

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