2 Edição 305
br
Editorial
Mara de Paula Giacomeli | mara@oserigrafico.com
A estação mais colorida do ano
está chegando e já é possível, em al-
gumas cidades brasileiras, contem-
plar os lindos ipês, árvores nativas
do Brasil, com suas flores amarelas,
roxas, rosas ou brancas perfumando
o entorno de seus espaços.
Quem não se alegra ao observar
o multicolorido das flores em meio à
cidade cinzenta? O perfume de uma
flor pode ficar na lembrança e pode
remeter a uma época mesmo depois
de muito tempo.
Mara de Paula Giacomeli é Jornalista e Editora do Jornal O Serigráfico
Serigrafia e Comunicação Visual
Amigos, mais uma vez a serigrafia
sofre ataques, e bem contundentes.
A serigrafia têxtil está cada dia
mais e mais sendo ameaçada, as fei-
ras deste ano mostraram o desen-
volvimento de equipamentos muito
ágeis de sublimação e DTG, com isso,
os grandes players do mercado estão
absorvendo novas tecnologias, ace-
lerando a produção, acabando com o
excesso de estoques e por aí vai.
Sim, toda essa tecnologia mexe
bastante no mercado de serigrafia,
não que vá acabar, isso nunca, mas
vai tirar uma fatia significante de
trabalho: principalmente as grandes
empresas que fornecem para as lo-
jas de departamentos vão sofrer um
pouco, ou melhor, vão se adaptar ao
novo modelo de negócio.
Não se apavorem, nada é defini-
tivo, vamos continuar com o nosso
trabalho, sem pressa e sem deses-
pero, pois tudo isso que foi apre-
sentado é para cachorro grande, os
equipamentos custam e custam bas-
Floresça!
Neste ano, a primavera terá início
às 22h04min do dia 22 de setembro
e seguirá até o dia 21 de dezembro
e, por ser a estação que intermeia o
inverno e o verão, é a mais apreciada
por um grande número de pessoas
devido a seu clima mais ameno —
nem tão quente e nem tão frio.
É na primavera também que a ci-
dade começa a ficar mais repleta de
pássaros, que começam a procurar
por regiões mais quentes.
O colorido e o perfume das flores.
Claudilei Sousa
Serigrafando
tante, demandando investimento
de milhões, o que os coloca fora do
olhar de muitas empresas.
Vamos ter muito tempo para tra-
balhar com a serigrafia convencio-
nal, muito tempo para puxar rodos
e gravar telas, ainda falta muito para
acabarem com a serigrafia. E outro
ponto: muitas peças precisarão de
detalhes especiais que esses equipa-
mentos não serão capazes de fazer,
então aí entra a VELHA SENHORA
com a solução.
Vimos realmente os fabricantes
de equipamentos se esmerando em
oferecer o melhor em termos de pro-
dução. Olha que conseguiram gran-
des feitos! As impressoras de papel
para sublimação estão impossíveis,
algumas oferecendo a colocação de
bobinas jumbo para impressão rolo
a rolo (falam em até 600 mts por
hora), coisa de alta produção, ca-
landras enormes com velocidades
espetaculares e trabalho rolo a rolo
também.
www.oserigrafico.com.
Expediente
Realização:
O canto dos pássaros.
Temperatura agradável.
Como não amar a primavera?
Como disse um dia Clarice
Lispector: Av. Profº José Barreto, 91 - Sl 27 - CJ 02
“Sejamos como a primavera que Centro - Cotia/SP - 06703-010
renasce cada dia mais bela, exata- Tel: (11) 3744-2203 (11) 3742-9699
mente porque nunca são as mesmas vendas@oserigrafico.com
flores.”
Assim como as árvores dão novas
flores a cada primavera, aproveite CNPJ: 65.399.586/0001-54
esta estação para fazer algo novo. Reg. N. 13-Liv. B2 -28/01/98
R.C.P.J - Cotia/SP
Floresça!
Art. 8 Lei 5.250 (Lei de Imprensa)
INPI - Art.158 PLI-RPI N. 1390-97
Diretor Responsável:
Claudilei Simões de Sousa
Jornalista Responsável:
Patricia Pereira de Sousa (MTB 36.323)
Periodicidade: Mensal
Tudo isso para tentar assustar
a VELHA SENHORA, mas, como
eu disse acima, ELA não se abala, é
magnânima e pronta para se adap- www.oserigrafico.com
tar aos novos tempos. Vêm aí novas
tintas, novos projetos de revelação
de telas, emulcionadores automáti- Comercial:
cos, um novo conceito de transferên- Claudilei Simões de Sousa
cia de imagem para matrizes, entre sousa@oserigrafico.com
outros que já foram apresentados.
A VELHA SENHORA também ga-
nhou alguns mimos dos fabricantes Editorial:
Mara de Paula Giacomeli
de equipamentos, carrosséis mais
mara@oserigrafico.com
práticos de menor tamanho, mais
agilidade na troca de matrizes, e
por aí já dá para ver que a serigrafia Administrativo:
não está esquecida pelos fabricantes administrativo@oserigrafico.com
de equipamentos — está, sim, mais
ativa com a concorrência dos outros
Diagramação:
setores da estamparia digital.
Aristides Neto
arte@oserigrafico.com
Então, amigos, vamos trabalhar
e tocar o rodo nas telas, nada de fi-
carem receosos com o andamento do
mercado. Estou de olho e, caso surja
algo novo, vou contar para vocês!
www.oserigrafico.com.br
Lançamentos
Máquina para transfer contínuo - MTC-1800
Características Gerais:
- Sistema rápido, prático, silencioso e
econômico para transferir por sublima-
ção das imagens impressas em papel
transfer para tecidos a base de poliéster
de forma contínua.
- Cilindro térmico aquecido por resis-
tências elétricas com óleo térmico, para
que a uniformidade da temperatura
seja mantida em toda a superfície do
cilindro.
- No break para retirada do produto
a ser transferido no caso de falta de
energia.
- Mesa basculante de vidro para facilitar
a visualização e limpeza.
- Sistema de inversão de rotação do
enrolador tangencial para ambos os
sentidos.
- Rolos com trava por varetas, dispen-
sando sistema por castanhas.
- Enrolador e desenrolador tangencial,
dispensando sistema por varetas ou
castanhas.
- Sistema de inversão de rotação na
Edição 305 5
entrada do material para correção.
- Adequada a NR-10 e NR-12
Sistema de gerenciamento da máquina
por CLP:
- Contador de produção, parcial, total
dia, acumulativo;
- Histórico de alarmes;
- Programa para ligar a máquina em
determinado horário;
- Desligamento automático após alcan-
çar a temperatura de segurança;
- Sistema de reutilização do papel de
transfer
Opcionais: Características Técnicas: - Velocidade variável até 4,2 m/min por
- Mesa auxiliar p/peças cortadas na - Largura da máquina: 2,77 m inversor de frequência
entrada; - Largura útil: 1,80 m - Aquecimento: elétrico com óleo
- Esteira auxiliar para elevação do mate- - Profundidade da máquina: 1,72 m térmico
rial na saída; - Altura da máquina: 1,52 m - Ø Cilindro aquecido 350 mm
- Enrolador tangencial, dispensando - Potência instalada: 17,1 Kw - Motor 2 pç: 0,5 cv
sistema por varetas ou castanhas; - Consumo médio: 8,5 kWh - Alinhamento da esteira: elétrico
- Enrolador alinhador tangencial; - Voltagem trifásica: 220 ou 380 V (con- - Peso aproximado: 1.300 kg
- Rolo pressor para aumentar pressão no forme indicação)
material. - Temperatura máxima: 210°C www.mogk.com.br

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6 Edição 305
Passo a Passo
Efeito Relevo Gráfico – Base Solvente
Não há segredo para se fazer uma
impressão em relevo gráfico com quali-
dade, apenas deve-se utilizar os concei-
tos e os produtos corretos para se obter
ótimos resultados, seja na impressão
de cartões de visita ou em qualquer ou-
tro tipo de serviço. Podemos dizer que
existe sempre uma técnica ideal para
cada tipo de impressão, ou seja, nes-
se caso é fundamental garantir que a
matriz serigráfica esteja perfeitamente
confeccionada, pois a qualidade da im-
pressão se dará em parte pela qualida-
de fotográfica da matriz.
1 2
Aplicação da tinta Vinílica Holográfica
Violeta, sem relevo na emulsão, para
oferecer um acabamento holográfico no
logo da Gênesis.
5 6
Aplicação da Seriepóxi Preto. Repetir a
mesma aplicação da cor vermelha.
Genesis Tintas
https://genesistintas.com.br/
Então sugerimos:
MATRIZ: Utilizar tecido de nylon
(maior fluidez da tinta pela trama)
com tensionamento entre 18 e 20
newtons, esticado em ângulo de 22º.
A lineatura do tecido deve ficar entre
77-48 fios/cm e 90-48 fios/cm linear,
pois é fundamental garantir uma boa
descarga de tinta sobre o substrato.
EMULSÃO: Por se tratar da apli-
cação de Tinta Seriepoxi (base solven-
te), sugerimos que a emulsão também
seja resistente a solvente. Preferir as
emulsões que possuam maior visco-
Secar ao ar em temperatura ambiente
durante 1 hora. Se a secagem for acele-
rada, poderá existir problema de registro
posteriormente.
Secar ao ar ambiente. Tratando-se da
última cor, é necessário deixar secando
pelo menos 24 horas ao ar ambiente, de
preferência em grades de secagem, antes
de sofrer qualquer empilhamento.
sidade, pois isso facilitará a obtenção
da camada em relevo com um menor
nº de aplicações. A aplicação deve ser
feita obedecendo o seguinte procedi-
mento: aplicar 2 camadas pelo lado
externo da matriz, e de 4 a 8 camadas
pelo lado interno, alternando o senti-
do da aplicação a cada 4 passadas.
SECAGEM: Colocar a matriz
emulsionada na posição horizontal,
com o lado externo voltado para bai-
xo (posição de impressão), pois isso
garantirá uma melhor planeidade da
camada fotográfica, evitando as serri-
3 4
Aplicação da tinta Seriepóxi Vermelho,
com tela especial para efeito alto relevo.
Carregar bem a tela para a impressão fi-
car am alto relevo e com ótima definição.
O Efeito Relevo Gráfico está pronto. Após a secagem, levar o
material para corte.
www.oserigrafico.com.br
lhas na impressão.
TINTA: Usar a tinta bicomponente
Seriepoxi Gênesis Ref. E.5000 (consul-
tar o boletim técnico para maiores in-
formações), que proporcionará o efeito
de relevo, alto brilho, ótimo desempe-
nho, rendimento e altíssima qualidade.
Para garantir um resultado perfeito,
aconselhamos não misturar ou diluir a
tinta, somente adicionar o catalizador
Seriepoxi.
Caso não deseje o efeito em alto re-
levo, utilizar as Tintas Vinílicas Gêne-
sis Ref. V.20 (brilhante) ou V.10 (fosca)
Secar ao ar ambiente durante 1 hora. Não
esquecer de catalisar a tinta.
 Edição 305 7
Lançamentos

Esticador
de Mesa
para Telas

Permite a esticagem de qual-

quer tipo de malha (metálica
ou sintética) atingindo altos
níveis de tensão na estica-
gem no quadro que pode
ser de madeira, alumínio ou
ferro.
Características:

Platô (tampo) em MDF ,bar-

ra prisioneiro, manípulos de
fixação de tecido em cada
lado, volante esticador nos 4
lados e manípulo regulador
de altura.
Modelos:
60 x 80 / 1,00 x 1,20 / 1,20 x 1,60
https://www.metalprinter.com.br/

Papel de baixa gramatura com melhor desempenho

Qualidade de papel tratado com preço de papel convencional
8 Edição 305
Mundo WEB
10 dicas para ter um site de sucesso na internet
Noberto Kicuti
Recentemente, vivenciamos uma
aceleração significativa no desenvolvi-
mento dos meios online impulsionada
pela pandemia. Com isso, tornaram-se
ainda mais evidentes os motivos para
ter um site. Uma das principais razões
é que, independente do tipo do seu ne-
gócio, é preciso estar online e ser rapi-
damente encontrado pelos motores de
busca, como o Google. A maneira mais
eficiente para que seus clientes consi-
gam te localizar e fazer contato é tendo
um site para a sua empresa publicado na
internet.
Abaixo, listamos algumas dicas para
você construir um site usando os me-
lhores parâmetros para obter sucesso
online.
1) TENHA UM SITE RESPONSIVO
Para surfar nas ondas do marketing
digital é preciso que o site seja respon-
sivo, ou seja, rode bem em qualquer dis-
positivo, incluindo tablets, smartphones
etc. O Google pontua positivamente we-
bsites responsivos. O inverso acontece
com sites que não têm essa característi-
ca, ou seja, despencam nos rankings de
posicionamento;
2) CONSTRUA UM SITE MAIS
LEVE E RÁPIDO
Mantenha o conteúdo estático em
cache, otimize a página para os brow-
sers, mantenha o código limpo, não
use plugins em excesso ou desnecessá-
rios, reduza a quantidade de mídias e
adeque o tamanho das imagens. Essas
são prioridades durante o processo de
desenvolvimento;
3) PENSE BEM OS MENUS E
SUBMENUS
Crie menus eficientes e objetivos
com as principais informações do site
para facilitar a experiência do visitante.
Separe as informações de uma página de
forma hierárquica, de algum termo mais
geral para outro mais específico. Nada
de colocar um guarda-chuva imenso de
itens que com certeza não caberão na
tela de um smartphone. Não esqueça
de colocar itens importantes no menu
de um site como sobre/home, serviços/
produtos, galeria, contato, equipe e
localização;
4) TRATE AS FOTOS ANTES DE
PUBLICÁ-LAS
Imagens com alta resolução preju-
dicam o carregamento da página. Tra-
balhe para que as fotos atendam às ne-
cessidades do projeto. Não use imagens
pesadas. Caso esteja desenvolvendo um
site com portfólio de um fotógrafo ou de
uma agência de publicidade, certamente
vai precisar de imagens mais robustas,
não tem como escapar. Em casos como
esses, opte pelo uso de ferramentas de
compressão;
5) ADOTE UM VISUAL
HARMÔNICO
Cores fortes estão permitidas, mas
é preciso conhecer as combinações e
atender aos objetivos do projeto. Se não
tiver certeza, escolha uma linha clean,
mais minimalista. O risco de errar será
menor;
6) A NAVEGAÇÃO DEVE SEGUIR
UMA ORDEM LÓGICA
Pense em possíveis trajetórias do
usuário pela página, crie estudos para
desenvolvimento de interfaces amigá-
veis, intuitivas e com navegabilidade
fluida;
7) INVISTA EM SEGURANÇA E
GERE CONFIABILIDADE
A segurança do website vem em pri-
meiro lugar. Isso é bom para você e fun-
damental para leads e consumidores.
Mostre que o seu site é seguro usando o
“https” e cadeado na barra de endereços.
Mantenha programas, plugins e temas
sempre atualizados. Se for um e-com-
merce, adote intermediários de transa-
ções financeiras conhecidos e confiáveis.
Para aumentar a confiança e fidelida-
de, você também pode pedir feedback aos
consumidores, sobre serviços/produtos,
atendimento e uma infinidade de aspec-
tos relacionados ao website ou à experi-
ência de compra e navegação. Assim, o
nível de confiança na sua página aumen-
ta, você recebe mais dados para trabalhar
e as chances de conversão crescem;
8) CUIDE DOS CONTEÚDOS DAS
PÁGINAS
Um conteúdo bem pensado ajuda o
seu site a conquistar um melhor posi-
cionamento nos buscadores, uma vez
que favorece o SEO (Search Engine Op-
timization). Leve em consideração que
o Google dá preferência para conteúdos
relevantes, então cuide do seu texto, pre-
fira os que têm mais de 500 caracteres e
repita algumas vezes as palavras-chaves
mais importantes para tentar melhorar o
posicionamento orgânico.
Materiais ricos e interessantes ge-
ram leads. O segredo para o sucesso é
www.oserigrafico.com.br
transformar visitantes em leads. Para
isso, também vale adotar recursos como
ter um blog, infográficos, recursos visu-
ais, integração com redes sociais, oferta
e material gratuito (e-books, tutoriais,
lives), call to action, entre outras;
9) ANALISE SEMPRE OS
DADOS
Saiba de onde vem o seu tráfego (mí-
dias sociais, e-mail marketing, Google
Ads etc.), identifique os tipos de conteú-
do que geram mais engajamento e capte
padrões comportamentais do seu públi-
co-alvo. Use essas informações para de-
senvolver mais conteúdo relevante e para
atender com excelência a sua demanda;
10) ESCOLHA APENAS UM TIPO
DE FONTE PARA TODO O WEBSITE
Se quiser mais de uma, use apenas
para destaques, citações e títulos. Assim
o visual fica mais limpo e padronizado;
Espaços em branco ajudam a deixar o
conteúdo legível – mas não exagere, para
não comprometer o design;
DICA EXTRA: USE LINKS AMIGÁ-
VEIS NO CONTEÚDO
Prefira links curtos, objetivos e de
fácil leitura como “http://www.seusite.
com.br/blog”. O Google vê com bons
olhos e os usuários também. Uma URL
longa pode assustar e parecer vírus.
Fica a dica!
NOBERTO KICUTI, Diretor Técnico Comercial -
Procesys Tecnologia Franqueado HOSTNET-SBC-SP
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www.oserigrafico.com.br
Sustentabilidade
17 de Setembro: Dia Mundial da Limpeza (World Cleanup Day – WCD)
Essa campanha iniciou-se na Estônia,
um pequeno país ao norte da Europa,
em 2008. Em cinco horas, um grupo de
pessoas conseguiu engajar quase 50 mil
pessoas e retirar, enviando para locais de
descarte adequados, cerca de 10 mil to-
neladas de lixo ilegal por todo o país, que
iriam para rios, mares e prejudicar a flora
e a fauna, tornando a vida do ser huma-
no menos agradável no nosso planeta, a
Terra.
Essa ação foi denominada de Let’s Do
It! E, hoje, ela está presente em mais de
190 países, atraindo voluntários em mu-
tirões de limpeza, colaborando em cada
comunidade como influenciadores de
impacto positivo pela sustentabilidade.
E por que não fazer isso aqui no Bra-
sil? O Instituto Limpa Brasil surgiu há
mais de 10 anos com o objetivo de conec-
SILVIA REGINA LINBERGER DOS ANJOS
tar e mobilizar pessoas e organizações
com ações sustentáveis da redução do
lixo e que gerem impactos positivos ao
meio ambiente.
Com ética e honestidade, respeitan-
do a cultura local, engajamos e busca-
mos conscientizar a população brasileira
no descarte irregular de lixo urbano, na
contaminação do solo e na poluição das
águas de rios e oceanos através de uma
comunicação transparente.
O objetivo é realizar projetos, cam-
panhas integradas e ações educativas,
dirigir e motivar mutirões de limpeza de
maneira divertida.
É necessário alertar as pessoas para
as consequências do descarte incorreto e
a produção em excesso de lixo para o pla-
neta Terra, os animais, aves, peixes, flo-
res, árvores, mangues, lagos, rios, mares
e oceanos, além da saúde e bem-estar da
própria humanidade.
O Dia Mundial da Limpeza é um
grande movimento de mobilização social
e cidadania.
O Limpa Brasil deu mais um passo
em direção à verdadeira mudança cul-
tural: não basta somente jogar o lixo no
lixo, é preciso reciclar, por isso, as cam-
panhas “Eu Reciclo. E você?” e #Eu-
CuidoDoMeuQuadrado foram criadas,
visando estimular a mudança de hábitos
da população.
Outras atividades propostas, além do
mutirão de limpeza, são:
• Limpeza digital: limpar seus dis-
positivos eletrônicos, e-mails, arquivos
que já não são utilizados, fotos e vídeos,
visando à diminuição da emissão de gás
carbônico, um dos principais componen-
Edição 305 9
tes dos gases do efeito estufa, responsá-
vel pelas mudanças climáticas.
• Limpeza solidária: separar o que
não se usa mais em casa e doar para al-
guém que precise, desde que esteja em
bom estado.
• Limpeza mental: meditação, prática
de esportes, música, dança, yoga, leitura,
oficinas de artes, entre outros.
Participe!! Contate Silvia, líder vo-
luntária dos bairros Brás, Bresser e Moo-
ca - Rua Bresser, 1474, São Paulo: (11)
99971-4926. Ela realizará palestras e
comanda um mutirão que coletará lixo
eletrônico. Veja as redes sociais e visite o
site: www.limpabrasil.org.
Silvia Regina Linberger dos Anjos, química, tec-
nóloga gráfica, especializada em Gerenciamento
Ambiental, líder do 4º Dia Mundial da Limpeza 2021
- São Paulo. Gerente da MAQTINPEL MÁQUINAS E
MATERIAIS GRÁFICOS LTDA.
10 Edição 305
Capa
Recorde de público e muita novidade
Por: Mara de Paula Giacomeli
A Febratex, feira brasileira para a
indústria têxtil, recebeu no Parque Vila
Germânica, em Blumenau-SC, mais de
56 mil visitantes em sua 17ª edição,
tornando-se um recorde de público.
Passaram pelos 4 dias do evento
mais de 56 mil visitantes e, de acordo
com o organizador da feira FCEM/Fe-
bratex Group, gerou um investimento
de mais de R$ 2,5 bilhões.
Com um total de 445 estandes, a
feira reuniu mais de 2.700 marcas, su-
perando todas as expectativas. Um dos
pontos fortes foi a internacionalização
da feira, que recebeu expositores euro-
peus interessados em fazer negócios
com o Brasil.
“Estamos muito felizes com os re-
sultados, geração de networking e no-
vidades apresentadas às empresas têx-
teis”, comenta Hélvio Pompeo Madeira
Júnior, diretor do Febratex Group.
A Febratex contou com diversas
empresas expondo suas marcas e pro-
dutos, entre elas:
ABIMAQ, Andrade Máquinas, Con-
nect Business, Digiprint Impressoras,
Ecotag, Epson-Rio de Janeiro, Frem-
plast, Galileu Tecnologia, IMB-Máqui-
nas e Equipamentos Têxteis, Kent do
Brasil, Mimaki Brasil, Mogk Máquinas,
Serilon Brasil, entre outras.
Outra empresa que participou tra-
zendo muita novidade foi a Diklatex,
trazendo o Undertech, a primeira tec-
nologia desenvolvida para a confecção
de calcinhas menstruais 100% de teci-
do. Outra tecnologia apresentada pelo
grupo é o Ultraflex, que se trata de um
tecido idealizado para vestir vários ti-
pos de corpos do P ao GG em uma mes-
ma peça.
Durante a Febratex, os visitan-
tes puderam contar com eventos
www.oserigrafico.com.br
2022
simultâneos, como o Febratex Conec-
ta, a exposição Green Circle, a Startup
Corner e a Conferência Febratex.
Febratex Conecta
No Febratex Conecta, área também
dedicada aos expositores estrangeiros,
os visitantes puderam conhecer uma
mostra de soluções sustentáveis e ino-
vadoras, apresentadas por empresas
nacionais e internacionais.
O movimento FROM Portugal, com
foco na internacionalização da indús-
tria têxtil portuguesa, participou pela
primeira vez no espaço, atuando a fim
de impulsionar as marcas e empresas
ao redor do mundo.
Green Circle
Inédito no Brasil, a Green Circle,
exposição promovida pelo Citeve –
Centro Tecnológico de Portugal, apre-
sentou produtos desenvolvidos de for-
ma sustentável e a economia circular.
Startup Corner
Novidades na Febratex 2022, a
Startup Corner, um espaço que nasceu
na 1ª edição do Febratex Summit, em
2019, teve como objetivo promover so-
luções de inovação para a indústria da
moda brasileira.
O evento permitiu a conexão en-
tre startups e clientes, gerando negó-
cios e atraindo investidores. Entre as
startups presentes, estavam: Trender
Fashion Network, Prints Connection,
Molde.Me, Vende Moda, Fiberlink,
Moda Online Atacado, Atendare Siste-
mas e Serviços para Internet, Osmaq
Têxtil, Confecção Conectada, S3 Nano,
Shape U, Costura 4.0, Hol Digital, Sis-
getep Soluções, Maso Studio e Híbrido.
Conferência Febratex
Foram três dias de palestras com
conteúdo dos expositores do evento.
www.oserigrafico.com.br
Os visitantes puderam acompanhar
também um Preview do Febratex Sum-
mit, um dia de conteúdos exclusivos
do Febratex Summit 2023, que apre-
sentou os temas que serão debatidos
no próximo ano.
Confira abaixo algumas das
palestras:
• “Usando Inteligência Artificial
para redução de desperdício na indús-
tria têxtil”, com a palestrante Mafalda
Dias Morais, da Smartex.
• “O novo papel da indústria de
moda no mundo do omniconsumidor”,
com o palestrante Elói Assis, diretor
executivo de Varejo & Distribuição da
TOTVS.
• “ESG e Nano: Como gerar im-
pacto positivo na cadeia têxtil”, com
o palestrante Gabriel Nunes, da TNS
Nanotecnologia.
• “Softsignage – Comunicação vi-
sual com tecidos impressos”, com a
Edição 305 11
palestrante Luciana Andrade, da Re-
vista GF.
Ainda pautando nas novidades do
evento, os pavilhões da feira foram
ocupados por muita tecnologia, como
o metaverso, a mais recente inovação
da internet.
A Audaces, presente na Febratex
desde 1996, ofereceu uma experiência
imersiva em realidade virtual: um des-
file virtual criado no metaverso a par-
tir do software Fashion Studio.
Quem passou por lá utilizou óculos
de realidade aumentada, para entrar
nos cenários dos desfiles como se esti-
vesse na primeira fila, podendo ainda
navegar pela coleção.
A próxima edição da Febratex já
tem data marcada. Ocorre de 20 a 23
de agosto de 2024, no Parque Vila
Germânica-SC.
Fonte: https://febratex.com.br/
12 Edição 305
VETERANO
Roberto Vannucchi
“Não se preocupe com o custo do
trabalho e sim com a perfeição”
Por: Mara de Paula Giacomeli
Nosso entrevistado deste mês é um íco-
ne do mercado de adesivação, Roberto Van-
nucchi, atualmente diretor da OVERSIGN.
Vannucchi, como é conhecido no mer-
cado, começou sua carreira profissional na
área de comunicação visual em 1999, vindo
de um mercado similar, pois é formado em
Fotografia. Viu então, na comunicação visu-
al, o caminho para colocar em prática seus
estudos e aprimorar seus conhecimentos.
Na atividade de comunicação visual,
vislumbrou uma área específica: a adesiva-
ção automotiva. Procurou se especializar
em adesivar e desenvolver um mercado pró-
prio: a adesivação de carros exóticos e car-
ros de luxo, uma área que demanda técnica
e muito cuidado, exigindo do profissional
muita habilidade, o que torna o mercado
seletivo.
Esse mercado se tornou tendência, tan-
to para o cliente que procura proteção para
deixar seu automóvel sempre novo, como
para aquele que quer um carro diferente,
com estilo próprio e único.
“Para terem uma ideia desse mercado,
lembro de um fato inusitado, algo interes-
sante que aconteceu: um cliente mandou
um carro dos EUA aqui para a minha loja,
para adesivarmos, e voltou para os EUA.
Isso mesmo. O automóvel veio só para ser
adesivado por nós e voltar. Nem acredi-
tei quando o carro chegou, isso mostra o
quanto esse mercado é seletivo”, relembra
Vanucchi.
Roberto Vanucchi acompanhou toda a
evolução do mercado, tanto o lançamento
de novos produtos como a preocupação das
empresas em especializar seus funcionários.
“O mercado vem de mudanças cons-
tantes, os materiais melhoraram muito em
termos de qualidade e durabilidade, junto a
isso vem o desenvolvimento de ferramentas
especiais para adesivação e novas técnicas
de aplicação. É um mercado novo, mas que
vai aos poucos se moldando às necessidades
dos clientes, o pessoal está vendo nisso uma
forma de preservar seus carros, de dar uma
cara nova para ele, ter algo exclusivo. Con-
tanto que fiquem atentos à legislação, pois
não podemos sair modificando cores sem
antes consultar a legislação apropriada para
cada situação.
As empresas fabricantes de adesivos,
tanto as nacionais como as internacionais,
procuraram treinar e adequar a mão de obra
que está no mercado, pois a disputa está fi-
cando grande. O mercado oferece oportuni-
dades para quem quer fazer bem-feito, não
temos preocupação com o custo do trabalho
e sim com a perfeição, esta deveria ser a mé-
trica do mercado, mas infelizmente alguns
não pensam assim”, comenta o veterano.
Sempre se atualizando, Vannucchi
acompanha a evolução da era digital e o
crescimento do segmento de adesivação:
“Nosso nicho de mercado vem através
das redes sociais, temos crescido anualmen-
te, sem muito alarde e com foco no trabalho
sério.
Existem outros ramos para o trabalho
de adesivação (um que vem crescendo bas-
tante é o de decoração), temos boas opções
de produtos e o mercado está em franca
ascensão. É uma área que vai beneficiar
muito os profissionais, mas deixo aqui um
conselho aos que estão chegando: procurem
cursos, aprendam, não fiquem parados no
tempo, o mercado é dinâmico, tenham pos-
tura e sejam profissionais.”
O veterano finaliza com novidades e
agradecimentos:
“Estamos preparando um curso de ex-
celência. Venham participar! Contamos
com empresas que se tornaram parceiras.
Agradecemos à Avery Dennison, Alternati-
va Sign e a Exfak, empresas que participam
ativamente do progresso do nosso merca-
do. Estão na vanguarda oferecendo sempre
oportunidades, produtos, ferramentas e a
preocupação com a qualidade. Parabéns,
amigos, é muito bom fazer parte deste
mercado!”
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16 Edição 305
Serigrafia seriada Agabê
Olá caro leitor nesta edição vamos falar
um pouco sobre rodos para impressão
O rodo é uma peça que pode ser de ma-
deira ou em alumínio, com uma canaleta na
parte inferior, na qual foi colocada uma tira
de borracha ou poliuretano. A parte de ma-
deira ou alumínio, tem formato anatômico.
A função do rodo é puxar a tinta sobre o
tecido, pressionando-a e fazendo-a passar
pelos minúsculos furos da trama do tecido.
Originalmente, o rodo é fabricado em pe-
ças de um metro de comprimento, mas as
lojas especializadas os têm à venda em di-
versos tamanhos ou no tamanho solicitado
pelo impressor. Existem também as peças
em alumínio, próprias para a fixação da tira
de poliuretano.
As borrachas cinzas, estão sendo cada
vez mais substituídas pelas de poliuretano,
pois trazem enormes vantagem aos serí-
grafos, mas os rodos de borracha ainda são
muito difundidos, principalmente pelo seu
baixo custo. Não podemos esquecer que as
borrachas naturais não suportam a ação
dos solventes, impossibilitando o seu uso
com tintas que atacam este material.
Na serigrafia a ação de imprimir está
diretamente ligada aos seguintes fatores:
• Pressão do rodo
• Velocidade da impressão
• Fora-contato
• Tensão da malha
• Viscosidade da tinta
• Características da lâmina do rodo (du-
reza, dimensão e perfil)
Vamos aqui analisar este último aspec-
to, ou seja, as diversas propriedades das
lâminas de poliuretano utilizadas em rodos
na impressão serigráfica.
Lâminas para rodos de impressão
ANDRÉ MANZATTO
A escolha dos rodos é muito impor-
tante, e há diversas razões para optarmos
por rodos de boa qualidade. O rodo influi
no consumo de tinta, na vida útil da matriz
e da malha, e na qualidade da impressão.
Além disso, sua durabilidade varia muito,
e rodos duráveis e resistentes, mesmo que
sejam mais caras, acabam tornando-se eco-
nômicos por várias razões:
• Vida útil mais longa,
• Minimização dos problemas,
• Redução do tempo parado, aumentan-
do a produtividade.
Para avaliarmos o desempenho de nos-
sos rodos, basta verificarmos o lado de den-
tro da matriz durante a impressão. Se esta
área estiver molhada de resíduos de tinta,
então o desempenho do rodo está falhando
de alguma maneira.
O uso do poliuretano
Um rodo de boa qualidade deve ser bem
construído, dimensionalmente estável, e
sobretudo deve utilizar lâminas de boa qua-
lidade. As lâminas são feitas de elastôme-
ros como, por exemplo, a borracha. Existe
hoje uma ampla variedade de borrachas
sintéticas, com as quais se podem confec-
cionar lâminas para rodos de serigrafia. Ul-
timamente, borrachas de poliuretano vem
sendo desenvolvidas especialmente para
este fim, levando-se em conta os requisi-
tos necessários para sua boa performance,
como por exemplo:
* Resistência química
A ação de tintas à base de solventes e
de tintas U.V. pode reduzir drasticamente
a expectativa de vida das lâminas. Aliás,
alguns dos solventes utilizados na formu-
lação de tintas são os mesmos usados pelos
fabricantes de lâminas de poliuretano na
limpeza dos tanques de armazenagem do
produto, a fim de remover os resíduos de
poliuretano. Isto demonstra que os solven-
tes são realmente um dos grandes fatores
de desgaste dos rodos.
Atualmente as lâminas de poliuretano
usadas na serigrafia resistem a uma gama
cada vez mais ampla de tintas e solventes.
* Resistência mecânica:
O atrito do rodo contra a malha vai
gradativamente desgastando a lâmina,
tornando o seu acabamento cada vez mais
grosseiro. Com o tempo, a lâmina perde a
capacidade de raspar a tinta da malha.
Lâminas de qualidade superior apre-
sentam menor desgaste e maior resistên-
cia, mesmo quando o rodo trabalha sob alta
pressão.
* Estrutura homogenia e elasticidade
uniforme:
Quanto mais homogenia for a estrutu-
ra do material, mais uniforme será a elasti-
cidade, e mais perfeito será o contato entre
o fio da lâmina e a matriz ao longo de todo
o comprimento do rodo.
Isto resulta em impressões de primeira
qualidade, mesmo nos casos mais difíceis.
* Estabilidade durante a armazenagem:
Lâminas de poliuretano são muito
resistentes ao tempo e não perdem sua
elasticidade natural quando armazenadas
a temperatura ambiente em lugares secos.
Seu escurecimento sob influência da luz é
um fenômeno natural do poliuretano e não
altera sua qualidade.
SELECIONANDO UMA LÂMINA DE
POLIURETANO PARA SEU RODO
Dureza:
Ao se escolher uma lâmina para os ro-
dos de impressão, a primeira tarefa é deter-
minar a dureza desejada. A dureza é uma
grandeza que expressa o quanto a estrutura
da lâmina é fisicamente dura, ou seja, resis-
tente à penetração de uma agulha.
Os valores de dureza são geralmente
medidos em “Shore A”, em serigrafia são
usadas de 50A a 95A. Estes valores são
medidos através de um instrumento de-
nominado durômetro, dentro de padrões
regidos pela norma ASTM. Para simplificar
a questão, vamos denominar as durezas da
seguinte forma: 60A – macio, 70A – médio,
80A – duro e 90A – extra duro.
Existem outras escalas de dureza, mas
está é a mais comum. Os valores são base-
ados em leituras feitas com o durômetro,
aparelho de medição muito similar a um
www.oserigrafico.com.br
tensiômetro, que como este, deve ser cali-
brado anualmente.
A escolha da dureza é normalmente fei-
ta em função do substrato a ser impresso e
da malha utilizada nesta impressão.
Por exemplo, se o substrato a ser im-
presso apresenta uma superfície irregular
ou áspera, e requer uma malha aberta para
sua impressão, recomenda-se uma lâmina
de dureza entre 60 e 70 shore para esta ta-
refa. Entretanto se, o substrato é macio e
a malha bem fechada, a dureza deve ficar
entre 80 e 90 shore.
Apesar de existirem todas estas variá-
veis, rodos com lâminas de dureza 70 sho-
re ainda são as mais utilizadas. Por quê? A
tarefa do rodo é cortar a tinta, fazendo-a
passar através da malha. A lâmina precisa
ser rígida o suficiente para isto, porém ma-
cia o bastante para se ajustar ao contorno
da matriz. Uma lâmina de dureza média,
como a 70 shore, permite ao impressor um
pouco das duas coisas, já que não é tão dura
ao ponto de dificultar a impressão manu-
al, nem tão macia a ponto de não cortar a
tinta.
Entretanto, a tinta é um fator determi-
nante na seleção da dureza da lâmina. Tin-
tas mais agressivas, como tintas U.V., cau-
sam mais danos às lâminas que uma tinta à
base de água ou um plastisol, por exemplo.
Se a lâmina for mais dura, sua resistência
a solventes também será maior. Por isso, a
fim de minimizar o inchaço e a fragilização
causados pela ação química, convém usar
uma dureza maior.
A escolha da lâmina ideal para seu rodo
também vai depender da máquina impres-
sora a ser utilizada. Rodos mais duros são
mais indicados quando a impressora tra-
balha em alta velocidade. Do contrário, o
desgaste da lâmina seria muito grande. Já
para máquinas que trabalham com baixa
velocidade e/ou baixa pressão sobre o rodo,
é melhor usar uma lâmina mais macia. O
mesmo vale para impressões manual ou
máquinas semiautomáticas.
Quanto mais dura for a lâmina, menor
será o seu coeficiente de fricção e menor
será a abrasão.
A dureza também afeta diretamente o
modo como a tinta é depositada sobre o
substrato a ser impresso. Uma lâmina ma-
cia vai depositar uma camada mais espes-
sa de tinta que uma lâmina dura. Por isto,
deve-se preferir um rodo mais macio se a
intenção é imprimir uma área chapada ou
qualquer imagem com mais cobertura.
www.oserigrafico.com.br
Serigrafia seriada Agabê
As cores das lâminas de poliuretano
funcionam como um código para identifica-
ção da dureza. Entretanto, não existem um
padrão para estas cores. Por isto, o único
meio seguro de se identificar uma lâmina é
através de um durômetro.
Perfil:
Existem no mercado diversos perfis de
lâminas para rodos de impressão. O perfil
da lâmina influi decisivamente na espes-
sura da camada de tinta depositada e na
eficiência do rodo sobre diferentes tipos de
substratos.
Os perfis geralmente encontrados no
mercado são o retangular e o chanfrado
em “V”. Outros tipos menos comuns são o
retangular de bordas arredondadas, o arre-
dondado, o diamantado, o de gola em “T” e
o perfil de chanfro simples.
Rodos de perfil retangular são os mais
comuns, e amplamente utilizados em im-
pressão de superfície planas em geral, in-
clusive têxtil. São absolutos na impressão
manual. Rodos de perfil arredondados se
limitam ao uso em indústrias têxteis, em
casos em que se quer um depósito de tinta
mais pesado.
Já os rodos chanfrados são típicos da
impressão em superfícies cilíndricas, em
que geralmente a definição dos traços e
contornos é muito importante. Geralmen-
te se usam os chanfrados em “V”, cuja per-
formance em máquinas de alta velocidade
é melhor. Os de chanfro simples podem ser
preferidos quando se imprime sobre subs-
tratos muito rígidos.
Alguns serígrafos preferem arredondar
ligeiramente os rodos, ainda que o melhor
corte para a tinta é o perfil retangular, gra-
ças justamente a precisão de seu fio. Na ver-
dade, um perfil arredondado não é capaz de
propriamente cortar e transferir a tinta, e
acaba simplesmente lançando tinta através
da malha.
Uma maneira de se comprovar este
princípio é observar a área interna da
matriz durante a impressão, e verificar se
esta área continua molhada de tinta após
a passagem do rodo, o que não deve acon-
tecer. Certamente uma lâmina de perfil
retangular cujo fio esteja em perfeita or-
dem, a área interna da matriz ficará limpa
após a passagem do rodo.
Em poucas palavras, perfis arredon-
dados em geral não são recomendados,
devendo ficar seu uso restrito a aplicações
muito específicas, onde só o que importa é
um pesado depósito de tinta.
Há que se lembrar que em serigrafia
existem muitas variáveis envolvidas no Perfil F - Com a mesma aplicação do perfil
B. Porém, a elevada pressão é conseguida
processo, e que podem ser mudadas a fim
de se atingir um determinado resultado, por contato do chanfro pontiagudo. Usado
em máquinas automáticas para pressão em
tais como viscosidade da tinta, número
de fios e tensão da malha e distância de superfície cilíndrica.
fora-contato.
O perfil do rodo e sua utilização: Dimensões:
Variam conforme as necessidades do
impressor. As mais comuns são 5 x 25 mm
e 9 ½ x 50 mm.
Perfil A – 90º de uso
Manutenção e armazenagem
universal para impres-
A adequada manutenção dos rodos é
são, normalmente
vital para se manter a qualidade da impres-
usado com inclinação
são. Esta manutenção implica em cuidados
de 45 º
a serem tomados tanto durante a impres-
são, como durante a limpeza e afiação das
lâminas, bem como em sua armazenagem.
Impressão:
Perfil B - Chanfrado, Com relação a impressão, o prin-
com base plana, espe- cipal cuidado é o de evitar a fadiga do
cial para impressões em poliuretano.
superfícies cilíndricas Por exemplo, quando o rodo estiver im-
(para imprimir frascos primindo uma tinta particularmente agres-
cilíndricos, canetas siva, o correto é trabalhar no máximo qua-
etc.). tro horas com cada lado da lâmina. Outra
forma de se ter este cuidado é implemen-
tar um rodízio de lâminas, substituindo
no rodo a lâmina que já está fadigada por
Perfil C - de 75º, outra que estava em repouso, de forma que
simples, chanfrado de nenhuma lâmina trabalhe mais do que qua-
um lado só, é especial- tro horas. Este procedimento evita a fadiga,
mente adequado para química do material e proporciona a lâmi-
máquinas de impressão na de poliuretano uma durabilidade muito
automática. maior. Se usarmos as lâminas até a fadiga,
o inchaço e o encurvamento não desapare-
cerão mais, resultando em perda de dureza,
envelhecimento precoce e dificuldade de
afiação. Se um acúmulo de tinta começar a
Perfil D - Utilizado para se formar no lado de dentro da matriz, está
obter alta cobertura ou na hora de trocar a lâmina. Uma vez fatiga-
espessura de camada, da, a lâmina leva de 24 a 48 horas para se
sendo recomendado recuperar. Só depois deste período poderá
para tintas de alta ser afiada e voltar ao trabalho.
viscosidade e para im- Limpeza:
pressão em tecidos. Para melhor conservação dos rodos, ob-
serve os seguintes aspectos com relação a
sua limpeza:
• Nunca deixe a tinta secar sobre a lâmi-
na de poliuretano. Limpe-a imediatamente.
• Use somente solventes diluídos para
Perfil E - Idêntico ao
limpar as lâminas. Ou algum solvente pou-
perfil D, com uma única
co agressivo.
diferença de ser usado
• Nunca deixe os rodos mergulhados
para impressão com
em um solvente, ou exposto a ele por [pe-
tela mais fechadas.
ríodos prolongados, mesmo que seja um
solvente diluído ou pouco agressivo.
Edição 305 17
• Use luvas e um pano de limpeza para
limpar as lâminas.
• Antes de usar um solvente novo, teste
-o em um pedaço pequeno da lâmina a fim
de conhecer sua ação sobre ela.
Observe aspectos como inchaço e amo-
lecimento do poliuretano.
• Tenha em mente que os efeitos cau-
sados por diferentes solventes podem ser
imprevisíveis. Por isto, evite mudanças.
Os seguintes solventes são extrema-
mente agressivos e não deveriam ser utili-
zados na serigrafia:
Ciclohexanona, Isoforona, Metil-Etil-
Cetona (MEK), Acetado de Etila Etoxilado,
Acetona, dentre outros, que incluem os hi-
drocarbonetos clorados e famílias de vinil-
pirolidonas e butirolactonas.
Após a limpeza, deixe o rodo descansar
por 24 horas, para que os solventes possam
se evaporar.
O inchaço causado pela absorção de
solventes provoca rupturas nas cadeias de
moléculas do poliuretano, levando ao seu
enfraquecimento. Este efeito é reversí-
vel, e se reduz em 75 a 85% em um prazo
de 24 horas. Por isto, este descanso é tão
importante.
Afiação:
A afiação pode ser feita através de abra-
são (lixamento) ou de corte. A afiação com
ferramentas de corte é feita com facas de
corte a frio ou a quente, e é pouco comum
em nosso país.
A afiação por abrasão pode ser feita com
uma lixa ou um esmeril. Este tipo de afiação
só deve ser feito depois de o rodo descansar
por 24 horas. Caso isto não seja observado,
além dos danos que a abrasão pode causar a
uma lâmina impregnada de solvente, há o
risco de explosão, pois o atrito gera faíscas.
Para fazer a afiação, use uma lixa fina, de
180 mesh, e baixa velocidade. Tente não ti-
rar mais do que dois ou três décimos de mi-
límetro de material, suficientes para acertar
o fio. Para finalizar, faça um polimento com
uma lixa finíssima, de cerca de 320 mesh.
Alguns tipos de poliuretano têm mais
facilidade para a abrasão e outros para o
18 Edição 305
Serigrafia seriada Agabê
corte, simplesmente porque alguns são
mais elásticos que outros. Às vezes, a abra-
são pode degenerar em fusão, e a lâmina se
derrete ao invés de afiar. Isto ocorre com
certos tipos de poliuretano quando coloca-
dos sob pressão em um esmeril.
Em outras palavras, a afiação pode ser
feita de diversas maneiras, sob condições
diferentes, e isto pode ter um efeito impre-
visível sob a lâmina. Por isto, a melhor ma-
neira de se escolher o método de afiação é
testando. Para tanto, o ideal é procurar uma
empresa especializada na prestação deste
tipo de serviço, mandar afiar rodos e verifi-
car o resultado na própria impressão.
Um aspecto a ser considerado na afia-
ção é a perda de material. Esta perda vai
afetar a altura da lâmina, e dependendo do
tipo de cabo ou máquina impressora, se o
encurtamento da lâmina chegar num certo
limite, esta não mais poderá ser afiada. As
lâminas com 50 mm de altura chegam a ser
afiadas até o limite de 40 mm, por exemplo.
Esta tolerância é menor em certos ramos
como indústrias eletrônicas e CDs. Há que
se lembrar que a flexibilidade da lâmina não
depende só de sua dureza, mas também de
suas dimensões (espessura e altura) e de
quanto dela está fora da parte fixa do cabo.
Por isto, este encurtamento decorrente das
contínuas afiações acabam por alterar as
características de flexibilidade da lâmina, o
que pode alterar o depósito de tinta.
Armazenagem:
Após a limpeza, guarde os rodos na
horizontal, com as lâminas voltadas para
cima. Mantenha-os em um local arejado, a
fim de facilitar a evaporação dos solventes.
Este local de armazenagem deve permi-
tir que os rodos possam ser mantidos aí por
pelo menos 24 horas, para o seu descanso.
Para que isto funcione, desenvolva um sis-
tema de rodízio entre os rodos que estão na
produção e os que estão em descanso, e con-
trole o horário de entrada e saída de cada
rodo na produção e no descanso.
Com o tempo, a ação dos solventes pode
diminuir a dureza da lâmina. Por isto, lâmi-
nas muito antigas podem já não ser o que
eram antes, em termos de dureza, tendo
que ser utilizados em outras impressões.
Para as lâminas novas, os cuidados com
armazenagem são exatamente os mesmos,
ou seja, mantê-las deitadas na horizontal
em um local plano, seco e fresco. O fato de
os fabricantes enrolarem as lâminas tem
por única finalidade facilitar seu transporte.
Elas devem ser desenroladas e colocadas na
horizontal tão logo estejam no almoxarifa-
do do usuário. Outros cuidados:
• Não arraste sobre superfícies ásperas,
para não danificar o fio.
• Evite seu contato com qualquer produ-
to químico.
• Nunca as deixe sob o sol.
As últimas novidades
Uma das maiores inovações dos últimos
anos foi o conceito de lâminas de múltiplas
camadas. A ideia é ter uma camada mais
dura no interior da lâmina. E por quê? Para
que os impressores que trabalham com du-
rezas mais baixas como 60 e 70 shore pos-
sam aumentar a pressão do rodo quando
for necessário, sem que isto cause uma de-
formação na lâmina. Com isto, tem-se uma
lâmina que é macia no contato com a ma-
triz, mas que é rígida o bastante para não se
deformar quando submetida a uma pressão
maior. Em outras palavras, em uma lâmina
de tripla dureza, como uma 70/90/70 sho-
re, a alma dura confere rigidez a uma lâmina
macia.
Inicialmente está ideia da alma dura
fez surgir as lâminas de dupla dureza, com
a face mais macia e outra mais dura, sendo
que só a face macia era usada para impres-
são, já que a outra servia só para sustenta-
ção. Este modelo tinha uma deficiência: a
lâmina somente podia ser usada um uma
direção, e após longos períodos de uso,
acabava se curvando ou entortando nesta
direção. Para eliminar esta deficiência con-
cebeu-se o modelo tríplice, do tipo sanduí-
che, onde camada dura fica no meio, já que
ela não serve para impressão, e sim para
dar sustentação e rigidez à lâmina. O mo-
delo tríplice permite a impressão em ambas
as direções.
Existe ainda um modelo onde a susten-
tação é feita por uma placa de fibra de vidro
ou composite.
As lâminas de tripla dureza funcionam
muito bem para impressão de imagens re-
ticuladas e policromia, pois são macias o
bastante para se adequarem a matriz e ao
substrato, e rígidas o bastante para trans-
ferirem a tinta através da malha até o
substrato.
Outro parâmetro para ser levado em
conta recentemente é a altura livre da lâ-
mina. Trata-se da altura que está fora do
suporte, ou seja, sem sustentação. Este
parâmetro influi na flexibilidade da lâmina,
independentemente de sua dureza. E a fle-
xibilidade vai influir no depósito da tinta,
o que quer dizer que esta é mais uma va-
riável do processo que merece ser contro-
lada, à qual não se dava importância até
pouco tempo atrás. Para eliminar as varia-
ções de flexibilidade em função da altura
livre da lâmina, criou-se um dispositivo de
www.oserigrafico.com.br
sustentação que apoia a lateral de forma
que esta não se flexione.
Todas as inovações vêm com um custo,
mas também trazem vantagens. As lâminas
de tripla dureza trazem benefícios, inclu-
sive ajudando a eliminar estas variações
de flexibilidade de que falamos acima. Po-
rém seu custo é cerca do dobro do de uma
simples dureza. Também os dispositivos
de sustentação para apoio das laterais da
lâmina aumentam o preço dos cabos de alu-
mínio em pelo menos 40%, mas permitem
que o impressor use uma lâmina de simples
dureza sem risco de deformação.
Selecionar uma lâmina de poliuretano
para impressão não é um trabalho fácil. O
impressor deve ter em conta todos os pa-
râmetros envolvidos. Quase todas as vari-
áveis que compõem o processo serigráfico
influem nesta escolha. Uma escolha cor-
reta deve refletir também a qualidade do
produto, e no caso das lâminas para rodos
de impressão, isto reflete diretamente no
resultado. Por isto, esta é uma escolha das
mais importantes.
Esperamos que tenham gostado desta
matéria. Enviem suas sugestões e críticas
para agabe@agabe.com
Muito obrigado!
André Manzatto é técnico da Agabê
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 MARINGÁ - PR
Textil
Tecnologia DTF
A busca por novos projetos de impressão têxtil leva
os profissionais do mercado a buscarem nas impresso-
ras digitais a solução para os seus desafios.
VILA VELHA - ES Com isso entra no mercado as impressoras e o sis-
tema de sublimação. Porém, tudo que podemos utili-
zar de sublimação: cores, quantidades, produtivida-
de, perfeição, está baseado em impressão em tecidos
sintéticos.
Quando analisamos o mercado, observamos que
o algodão cria dificuldades para esse tipo de processo.
Profissionais e técnicos da indústria têxtil ou os
especialistas em informática, partiram para a tecnolo-
gia DTG (direct to Garment) impressão direta sobre o
tecido.
Desta forma temos parte da solução dos problemas.
Ainda temos mais uma variante que pode ser, em
parte, a solução de impressão em pequenas tiragens.
É o DTF (DIRECT TO FILM) impressão direta sobre
filme, onde se coloca poliamida para a fixação no te-
cido, seja ele de algodão ou em qualquer outro tipo de
tecido.
O processo de impressão DTF consiste na impres-
são de uma imagem num filme e com a transferência
direta da imagem para o tecido. A técnica DTF utiliza
tintas especiais para jato de tinta, especialmente de-
senvolvidas para impressão em tecidos a fim de obter
FORTALEZA - CE impressões elásticas, macias ao toque e resistentes à
lavagem.
As imagens são impressas em filme PET, com es-
pessura e textura ideal para esse tipo de trabalho.
Agenda
Data 26/09/22 e 27/09/22
Curso: Profissionalizante de Envelopamento
Automotivo- Nível Intermediário
Local: Centro de Treinamentos ImprimaxTec -
São Caetano do Sul - SP
Informações:
www.imprimaxtec.com.br
Data 05/10/2022
Curso: Envelopamento Decorativo Básico (Fast)
Local: Centro de Treinamentos ImprimaxTec -
São Caetano do Sul - SP
Informações:
www.imprimaxtec.com.br
Edição 305 20
É um projeto que está evoluindo. Cada dia vemos
mais empresas utilizando o processo.
Algumas empresas estão oferecendo no mercado,
uma linha completa de equipamentos para esse tipo de
trabalho.
Outras oferecem o filme impresso. O que o consu-
midor tem que fazer é escolher bem a imagem, enviar
para o fornecedor de estampa em DTF e logo após
transferir para o tecido de algodão.
Esse processo fica entre a serigrafia e a impressão
para sublimação. Não necessita telas para cada cor, não
precisa de calandra para grandes produções e atende
um certo nicho de mercado, principalmente em se tra-
tando de peças de algodão.
O DTF está no mercado para ficar. Hoje temos di-
versos distribuidores de equipamentos para esse tipo
de projeto, inclusive máquinas de impressão digital
com tinta branca, o que por si só revoluciona o merca-
do de impressão.
Se você profissional têxtil ainda não conhece o pro-
cesso, pode ser uma solução para seus projetos, uma
saída prática para tornar sua empresa mais ágil e aten-
der uma fatia do mercado que você ainda não conse-
guiu atender.
DTF, pode ser a solução para atender as suas
expectativas.
Com o processo DTF, podemos dizer que temos
uma solução intermediária para imprimir sobre algo-
dão. Uma solução simples, sem muito esforço prático e
muito bem aceito.
Data 28 e 29/09/22
Curso: Profissionalizante de Envelopamento
Decorativo
Local: Centro de Treinamentos ImprimaxTec -
São Caetano do Sul - SP
Informações:
www.imprimaxtec.com.br
Data 06/10/2022
Curso: Envelopamento Decorativo Básico (Fast)
Local: Centro de Treinamentos ImprimaxTec -
São Caetano do Sul - SP
Informações:
www.imprimaxtec.com.br
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maior encontro de 12 a 14
de setembro
Comunicação Visual
2023 - 15h às 21h
do Norte e Nordeste! Fortaleza/CE - Centro de
Eventos do Ceará
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NÚMEROS DA EDIÇÃO 2021:

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