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Ribeirão Preto SP
Novembro - 2010
Ano 3 - Nº 31
R$ 16,90
SOB OS
a oferta de bioeletricidade
Os 25 anos da Udop
HUMORES
DO CLIMA
A Datagro, de Plínio e Guilherme Nastari,
divulga seu primeiro parecer sobre a safra
2011/12, deverá ser 5% superior ou inferior à
produção de 2010/11. Vai depender do clima REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 2010 1
2 REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 2010
Carta ao leitor
Expediente
Quem matou o Saulo?
Diretores: Plínio César e Marco Baldan o início deste mês de outubro, a no-
Gerente de Comunicação: Fábio Soares Rodrigues
Gerente Administrativo: Luis Paulo G. de Almeida
Gerente Financeiro: Paulo César
Consultor Técnico: Neriberto Simões N vela “Passione”, exibida às 21 ho-
ras pela Rede Globo de televisão,
mostrou que a fábrica de bicicletas da fa-
mília Gouvêa - liderada na trama por Fer-
Redação nanda Montenegro, interpretando Beth Gou-
Editora Chefe: Luciana Paiva
Reportagem: Caio Campanhão, Delcy Mac Cruz vêa - fará um lançamento de bicicleta com
(freelancer), Luciana Paiva, Renato Anselmi (free- plástico verde, produzido a partir da cana-
lancer) e Rogério Barros (freelancer)
Colaboraram com essa edição: de-açúcar. Trata-se da nova tecnologia de-
Amanda Bermudes, Bruno Wanderley de Freitas,
Bryan Manuel Julca-Briceño, Carlos Alberto Barrento senvolvida pela Braskem. O nome da fa-
Filho, Carmem Ruete de Oliveira, César Diniz, Daniel
Coelho Barbosa, Daniela Rodrigues, Fábio Soares bricante não foi citado, mas o personagem
Rodrigues, Luis Fernando Baldan, Marco Antonio Mauro - vivido na trama pelo ator Rodrigo
Conejero, Marcos Fava Neves, Neriberto Simões,
Plínio Nastari e Renato Cunha Lombardi, presidente da fábrica de bicicle-
Editor Gráfico: Thiago Gallo
Arte/Web: Caio Ingegneri e Murilo Pascoal tas - conversava sobre o lançamento com
Publicidade: Faber Fideles (16) 8824 1493 sua namorada, vivida por Carolina Dieck-
faber@pcebaldan.com.br mann, a Diana. Os personagens destacaram
Luis Fernando (16) 9141 7528
luisfernando@pcebaldan.com.br a ação sustentável dessa tecnologia, mos-
Marcos Renato (16) 9761 4447
marcosrenato@pcebaldan.com.br traram como é esse plástico e, mais que uma vez, salientaram que a matéria-prima é
Marco Baldan
marco@pcebaldan.com.br a cana-de-açúcar.
Nilson Ferreira (16) 8823 0605 Por meio dessa ação de merchandising a cana ocupou espaço no horário no-
nilson@pcebaldan.com.br
Plínio César bre, juntamente com a loja de departamentos C&A, a TetraPak, a empresa de cosméti-
plinio@pcebaldan.com.br
cos Natura, a rede de cartão de crédito Cielo e até da fabrica de bicicletas Houston, lá
Assinaturas:
assinaturas@pcebaldan.com.br do Piauí, que investiu R$ 6 milhões em uma participação mais constante em Passione.
Eventos:
O objetivo da Houston é tirar a Caloi da liderança no mercado brasileiro de bicicletas.
eventos@pcebaldan.com.br Atualmente a Houston ocupa a segunda posição, produz 650 mil bicicletas por ano e
Contatos com a redação: tem um faturamento de R$ 105 milhões.
caioc@pcebaldan.com.br
luciana@canamix.net Segundo as empresas participantes, o investimento em merchandising em no-
reportagem@pcebaldan.com.br vela é altamente compensador e não há dúvidas de que o resultado vale o maior valor
Impressão: pago pela inserção na trama. Uma simples citação na novela Passione custa cerca de
São Francisco Gráfica e Editora
R$ 950 mil, bem mais que um tradicional comercial de 30 segundos, que sai por cer-
Tiragem:
10.000 exemplares ca de R$ 450 mil.
Auditoria (tiragem e distribuição):
O motivo para a cobrança de um valor mais alto se deve ao fato de que as ações de
merchandising em meio às cenas registram mais audiência que a das campanhas publi-
citárias nos intervalos comerciais, além de ajudar a formar opinião. Além da emissora, no
Outras publicações da PC & Baldan merchan, o autor e o ator envolvido na ação também ganham um percentual. A estimati-
Guia Oficial de compra do Setor Sucroenergético va é de que os anunciantes paguem cerca de 15% do va-
Revista Panorama Rural
Portal Direto da Usina lor total da ação ao ator, que irá interagir com o produto,
PC & Baldan Consultoria e Marketing e ao autor, que irá escrever o texto da cena.
Av. Independência, 3262
CEP 14025-230 - Ribeirão Preto - SP Quem sabe se antes de o final da Passione, en-
(16) 3913 2555 quanto o público se agita para descobrir quem matou o
www.canamix.com.br
www.pcebaldan.com.br personagem Saulo, aconteça outro merchan do plásti-
Artigos assinados, mensagens publicitárias e o co verde, já apresentando a bicicleta ecológica e, com
caderno Marketing Canavieiro refletem ponto de vista
dos autores e não expressam a opinião da revista. isso, a cana-de-açúcar volte a ter seus segundos de Luciana Paiva - Editora
É permitida a reprodução total ou parcial
dos textos, desde que citada a fonte. fama em horário nobre. luciana@canamix.net
12 Eventos
- Jalles Machado e IAC
promovem 3º Dia de Campo
94 Espaço Fitotécnico
- O desempenho das novas
variedades de cana
- Movidos à cana-de-açúcar
- Tecnologia da Usina em Discussão
96 Ambiental
- Provou!
24 Espaço Datagro
- Açúcar: uma safra menor
do que o esperado 100 Tecnologia Agrícola
- Desperdícios no campo diminuem
competitividade do setor
32 Guia de Compras SA
- Lançado o Guia de Compras SA 2010
104 Motomecanização
- A luta pelo caminhão canavieiro
44 Internacional
- Biosocial: o Brasil na era da bioeconomia
110 Saúde e Segurança Ocupacional
- Radiação Ultravioleta no Trabalho
52 Espaço TI
- Hora de manutenção
114 Fora do Trabalho
- Para quem o setor torce
64 Gestão de Negócios
- Próxima da perfeição
120 Setor em Destaque
- Mostra Sucroenergética do Centro-Oeste
76 Capa
- Sob os humores do clima
o ano no Nordeste e no Paraná
- Monribe completa 15 anos em novembro.
Conheça melhor a empresa
84 Tecnologia Industrial
- Tecnologias que ampliam
a oferta de bioeletricidade
- Renner Protective Coatings
- ATA Antoniosi realiza evento no
Espaço Golf, em Ribeirão Preto
- Suprir em pleno desenvolvimento
88 Gestão Industrial
- Tem novidade no Gegis
- Barco Escola recebe entidade
assistencial de Campinas
- Produquímica realiza ações
para o setor sucroenergético
- Simpósio sobre produção de
cana-de-açúcar em Dourados, MS
NORDESTE
idade do setor
Atual competitiv
no Nordeste
sucroenergético
48
ECONOMIA
Internacionalizaç
ão
da tecnologia ca
ÉGIA
ESTRATião - Do
ipira
56
Un
Açúcar atados
os atom
açúcar a
ESTILO
Os elegantes
do setor
sucroenergético
60
118
De olho na CanaMix
Boa tarde,
Estava lendo a revista canamix e detectei que uma foto de que-
bra lombo na revista Canamix ano 3 n° 30, página 144, como arquivo
Usina Eldorado. Gostaria de fazer uma correção, pois esta foto é arqui-
vo da Usina Alcídia, Teodoro Sampaio, São Paulo, na qual eu trabalho.
Atenciosamente,
Juliana Medeiros
Gestão de Qualidade
ETH Bioenergia – Polo São Paulo
Unidade Alcídia
Entrevista – Luiz Paulo Sant’anna, diretor-superintendente do Grupo Equipav/Renuka do Brasil
Trabalhando desafios
Rogério Barros O diretor-superintendente do
ono de um currículo invejável dentro
Grupo Equipav/Renuka do Brasil é referência
8 REVISTA
REVISTACANAMIX
CANAMIX||JULHO
NOVEMBRO
| 2010| 2010
Entrevista – Luiz Paulo Sant’anna, diretor-superintendente do Grupo Equipav/Renuka do Brasil
delo onde a gestão era conduzida pela figu- como a redução do esforço na destilação, industrial pelos quais passei, aprendi a en-
ra do usineiro, para um novo modelo em na medida que tecnologias como a filtra- tender o valor, na gestão, de se trabalhar
que executivos profissionais realizam a ges- gem por membranas se torne comercial- com controles rígidos, planejamento rigo-
tão, reportando-se a conselhos de acionis- mente viável para um uso mais geral. O pró- roso e procedimentos de trabalho formal-
tas. Esse novo modelo demanda profissio- prio desenvolvimento de novos produtos a mente definidos. Essa bagagem, que tra-
nais mais qualificados. Os executivos de partir da fermentação, utilizando levedura go da indústria, acaba sendo um ponto forte
hoje tem que dominar técnicas mais avan- com características especiais, pode permi- do meu método de gestão. Tenho também
çadas de gestão e ter grande habilidade em tir a produção, a partir da cana-de-açúcar, aprendido muito com minha equipe agríco-
saber reportar formalmente as informações de similares ao diesel ou a matérias-primas la que sofre com a grande dificuldade de se
da empresa, algo que não era tão importan- valiosas para a indústria farmacêutica. trabalhar com uma atividade a céu aberto,
te no modelo em que os donos da empre- sujeita a muitas incertezas. A combinação
sa participavam diretamente das operações.
Outro desafio, mais recente, tem sido
a internacionalização do setor (ex. LDC, Re-
nuka, Bunge, Shell) e o fortalecimento de
grupos com tradição em outros setores (ex.
ETH). Isso exige que os executivos se fami-
liarizem com novas culturas organizacionais
e novos idiomas. Talvez a maior capacida-
CanaMix – Quais são os desafios
deste setor para os próximos anos?
Luiz Paulo – Há muitos desafios para
o setor como a redução das barreiras co-
merciais ao etanol, a implementação de no-
vos métodos de gestão, e o fortalecimento
da infraestrutura de logística para escoa-
mento de açúcar e etanol. Acredito, contu-
“
dos pontos fortes das duas áreas, conso-
lidada em uma visão integrada, agroindus-
trial, é uma necessidade para o sucesso da
gestão operacional do setor, e essa é minha
filosofia de trabalho. Devemos acabar com
a dicotomia de visões (agrícola x industrial)
que acaba prejudicando a obtenção de me-
lhores resultados.
“
O principal desafio será a formação de
profissionais capacitados em quantidade e qualificação
suficientes para atendimento ao crescimento do setor
de que deve ter um executivo de hoje é a de do, que o principal desafio será a formação CanaMix – E no que se refere à área
estar aberto ao aprendizado contínuo, dado de profissionais capacitados em quantida- agrícola, como você tem visto o desenvol-
que o processo de mudança do setor certa- de e qualificação suficientes para atendi- vimento dessa área?
mente continuará. mento ao crescimento do setor. Na Renuka Luiz Paulo – Fora o desenvolvimento
do Brasil, por recomendação do CEO da Re- contínuo de novas variedades, ideias recen-
CanaMix – Quais na sua visão fo- nuka internacional, o Sr. Narendra Murkum- tes como o sulco duplo alternado, e a pró-
ram as principais novidades tecnológicas bi, iniciamos recentemente um ambicioso pria tecnologia de uso de mini-toletes como
por que o setor passou? programa de trainees, visando a prepara- muda, no plantio, podem ter um papel im-
Luiz Paulo – Nas operações agrí- ção de sucessores. Nesse programa, além portante no aumento da produtividade e re-
colas, desenvolvimentos em novas varie- da formação local, teremos sempre alguns dução de custos. Certamente muito há ain-
dades, na mecanização da colheita e mais profissionais da Renuka indiana sendo trei- da por vir nos próximos anos.
recentemente do plantio. Na indústria, os nados no Brasil e brasileiros sendo treina-
equipamentos são continuamente aperfei- dos em nossas empresas coligadas na CanaMix – O Grupo Equipav foi um
çoados e novas ideias são implementadas Índia. dos pioneiros na utilização de tecnologia
na área de cogeração. As grandes mudan- de ponta para a geração de bioeletricida-
ças, contudo, talvez ainda estejam por vir, CanaMix – O fato de ter uma visão de. É economicamente viável operar as
pela viabilização de tecnologias relaciona- abrangente da área industrial facilita o de- caldeiras e gerar bioeletricidade durante
das ao álcool de segunda geração e altera- sempenho de sua função ? todo o ano?
ção radical de certos processos tradicionais, Luiz Paulo – Nos desafios da área Luiz Paulo – A cogeração é uma im-
portante receita adicional para a empre- da cana, antes de partir para outras alternati- “novo” produto. O Congresso tem cresci-
sa, mas à custa de um grande investimen- vas, como o eucalipto. É uma estratégia que do a cada ano, e neste ano, deve superar
to. A operação durante todo o ano exige a tem funcionado. toda e qualquer expectativa, principalmen-
estocagem do bagaço e desenvolvimen- te pelo fato de comemorar os 25 anos da
to de outras alternativas para combustível. CanaMix – Você sempre buscou o Udop e ainda celebrar os mais de 80 mil
Há um ponto positivo na operação das cal- aperfeiçoamento por meio de cursos tec- profissionais já qualificados pelos cursos
deiras na entressafra: menos manutenção. nológicos, ocupando inclusive até hoje o da entidade.
Uma caldeira tende a ter a vida útil menor cargo de coordenador do comitê Industrial
quando há interrupções das operações por da Udop. Conte um pouco sobre esta ex- CanaMix – Qual a mensagem final
períodos prolongados. Utilizando exemplos periência e o que o comitê faz de concre- que deixa a nossos leitores?
de outros segmentos (ex. papel e celulo- to pelo setor. Luiz Paulo – Primeiro, sempre digo
se) que operam ininterruptamente ao lon-
go do ano, desenvolvemos várias técnicas
para realizar manutenção sem parada to-
tal do processo de geração de vapor. Além
disso, a geração na entressafra permite que
façamos contratos mais atrativos com con-
sumidores devido a oferta anual em vez de
sazonal.
Luiz Paulo – Minha participação no
comitê surgiu de um convite do presidente
executivo da Udop, Antonio Cesar Salibe, ao
qual sou muito grato. Conjuntamente, defi-
nimos as estratégias para o comitê, que es-
tão focadas em aulas e palestras. Atuamos
no planejamento, elaboração de temas e
seleção dos palestrantes. Como o interesse
“
a todos da minha equipe: qualquer que seja
sua atividade na empresa, desempenhe
com dedicação e comprometimento. Faça
sempre o melhor. Isso será sua passagem
para o próximo degrau da sua carreira. En-
tendo que esse comprometimento pode in-
terferir no próprio contato familiar. O apoio
da família e amigos é fundamental dentro
“
Devemos acabar com a dicotomia de visões (agrícola x industrial)
que acaba prejudicando a obtenção de melhores resultados
CanaMix – Na falta de bagaço vo- por essas atividades tem sido muito gran- desse processo. Felizmente tive o apoio nos
cês utilizam outras matérias-primas? de, acredito que temos acertado em nossas momentos mais críticos de minha carreira.
Quais as mais eficazes, neste caso? escolhas. Para mim tem sido muito gratifi- Sou muito grato a todos. Segundo, nunca
Luiz Paulo – Nosso projeto de coge- cante participar. Isso me permitiu conhecer se deixe abater pelas dificuldades. Faça das
ração é ambicioso. Desde 2006, trazemos melhor os profissionais do setor. Eu mesmo dificuldades sua maior motivação para a
e processamos a palha e incorporamos fiquei mais conhecido depois que comecei busca de suas conquistas. Como dizia Lou-
ao bagaço. Há outros estudos internos em a participar do comitê. is Pasteur: “A diferença entre o possível e o
analises, mas não estamos preparados para impossível está na vontade humana”. Ter-
falar sobre eles neste momento. CanaMix – Quais as novidades da ceiro, na minha trajetória profissional sou
programação da sala industrial do Con- grato a muitas pessoas que me apoiaram
CanaMix – Existem usinas que es- gresso Nacional da Bioenergia da Udop e incentivaram em diferentes fases de mi-
tão investindo também no plantio de eu- deste ano? nha carreira. Particularmente, agradeço, em
calipto para a geração de bioeletricidade, Luiz Paulo – Montamos uma Pro- nome de todos, à pessoa de Adão Louren-
você acha isso viável? gramação bem completa, com temas ino- ço Vicente (in memorian) que me levou a
Luiz Paulo – Pode ser uma alterna- vadores que permitirão a troca de experiên- dar os primeiros passos dentro do setor. Fi-
tiva interessante, especialmente para áre- cia e conhecimento entre os participantes. nalmente, agradeço a Deus por tudo de bom
as de mecanização mais difícil para a cana. Dentre os temas, pelo menos três pales- que tem me acontecido na minha vida pro-
Contudo, nosso foco hoje, na Renuka do tras serão sobre cogeração de energia, por fissional e pelo mais novo membro da famí-
Brasil, tem sido o de aproveitar o potencial acreditarmos realmente no potencial deste lia que nascerá em dezembro.
Daniela Rodrigues
Divulgação
de seus parceiros. Os pesquisadores bus-
cam vencer desafios, no nosso caso, de-
senvolver variedades aptas para ambien-
Fabricação de etanol de Goiás, André Ro-
Marcos Landell e o gerente corporativo agrícola da Jalles Machado,
cha, ressaltou a importância do evento. Rogério Bremm, durante a visita ao campo na Usina
“O Dia de Campo se consolida como um
dos mais importantes espaços para dis-
cussão sobre melhoramento genético da
cana. A pesquisa e o desenvolvimento de
variedades próprias para o cerrado permi-
tem a expansão e o crescimento do se-
tor”, afirmou.
A programação foi composta por
palestras e pela visita ao campo. Os par-
ticipantes viram no jardim clonal da Jal-
les Machado o resultado da aplicação das
Divulgação
Movidos à cana-de-açúcar
O 15º Clube da Cana reuniu quase 500 pessoas provenientes de 60 grupos
sucroenergéticos, responsáveis por 70% do mercado sucroenergético
Na lista de palestrantes estavam diretores e são atraídos pela qualidade das palestras e
cada vez mais, vem recebendo eventos li- gerentes dos grupos que hoje são referên- dos temas, que são sempre inovadores”,
gados ao setor. cia quando o assunto é tecnologia. disse. Sant’Anna falou ainda sobre a voca-
Nos dias 27 e 28 de outubro, a ci- O gerente corporativo de extração do ção do evento de gerar novas ideias. “Nos-
dade recebeu o 11º Seminário Brasilei- Grupo Cosan, Paulo Delfini, destacou os sa função é alertar para os futuros projetos,
ro Agroindustrial, realizado pela Socieda- assuntos tratados durante o seminário. “O indicar as principais premissas. É o que é
de dos Técnicos Açucareiros e Alcooleiros evento foi bom porque se forneceu muitas discutido aqui que vai sair para o merca-
do Brasil, a Stab. Este ano, o evento teve informações de qualidade. Isso vai geran- do”, enfatizou.
como tema “Tecnologia da Usina em Dis- do ideias que podem se transformar depois Além das palestras, o evento con-
cussão”. Na pauta, tópicos como impure- em alternativas e soluções”, afirmou. tou também com uma exposição de pro-
zas da cana, extração, cogeração, manu- Já o diretor superintendente da dutos e serviços realizada pelas empresas
tenção profissional, entre outros. Equipav/Renuka do Brasil, Luis Paulo patrocinadoras.
O evento trouxe palestras de altíssi- Sant’Anna, salientou o prestígio do Semi- O evento da Stab para o ano que vem
mo nível, que foram acompanhadas pelos nário. “Este evento é muito respeitado. Tan- já tem data marcada: será nos dias 26 e 27
mais conceituados profissionais do setor. to que o nível do público é muito bom. Eles de outubro de 2011.
REVISTACANAMIX
24 REVISTA CANAMIX||NOVEMBRO
NOVEMBRO||2010
2010
No longo prazo, a dinâmica do mer- açúcar bruto. ponde a cerca de 4 milhões de toneladas to-
cado importador de açúcar poderá sofrer Assim, o Brasil deve se manter como dos os anos. Este volume é superior a toda
novas alterações. Com a construção e ex- principal fornecedor das refinarias indepen- a exportação da Austrália, o terceiro maior
pansão de novas refinarias em diversos pa- dentes localizadas em Dubai, Arábia Saudi- exportador mundial.
íses, o comércio de açúcar branco tende a ta, Argélia, Síria e Índia. Mas principalmente,
ser mais localizado, com os preços sendo não se deve esquecer que demanda mun- * Bruno Wanderley de Freitas
influenciados principalmente por variações dial de açúcar continua crescendo a uma é associado e Plinio Nastari é
nos custos de refino e pelas cotações do taxa média de 2,5% ao ano, o que corres- presidente da Datagro Consultoria
Lançado o Guia de
Compras SA 2010
Guia de Compras SA e CanaMix, publicações da
PC&Baldan dirigidas ao setor sucroenergético
por áreas, as diversas empresas fornece- res são distribuídos em eventos do setor
doras de produtos e serviços. e também enviados via correio para os
A cada ano, o Guia foi se aprimo- profissionais da agroindústria canavieira
rando e agregando informações, como responsáveis pelo departamento de com-
a listagem de todas as unidades produ- pras e também das áreas de comando.
toras do Brasil, América Latina e Áfri- Desde o ano passado, o lançamen-
ca; panorama e ranking de safra, enti- to oficial do Guia de Compras ocorre du-
dades representativas do setor, opinião rante a Conferência Internacional da Da-
de líderes e executivos e calendário de tagro sobre Açúcar e Etanol, realizada
eventos. no hotel Grand Hyatt na capital paulista,
O material é produzido em por- o motivo deve-se a grande quantidade
tuguês, inglês e espanhol e para que de executivos brasileiros e estrangeiros
maior parte de profissionais sucroener- presentes ao evento que, ao receberem,
géticos tenham acesso às informações, em mãos e gratuitamente, o exemplar
o Guia é gratuito. Os cinco mil exempla- do Guia de Compras, levaram para sua
Marcos Jank, presidente da Unica, recebe exemplar do Guia de Compras das mãos de Plínio César
Guia de Compras SA
empresa, localizada no Brasil ou em qualquer outro país, infor- cedoras de serviços e tecnologias.
mações precisas sobre a agroindústria sucroenergética, desde Este ano, o lançamento do Guia ocorreu no segundo dia
números de produção até a extensa gama de empresas forne- da Conferência Datagro, em 19 de outubro. No mesmo dia à
noite, a PC&Baldan realizou na churrascaria Grill Hall, também
em São Paulo, o lançamento do Guia para as empresas apoia-
doras e patrocinadoras da publicação. Veja imagens dos dois
eventos de lançamento:
Alexandre Andrade,
presidente da Associação
dos Fornecedores de cana
de Pernambuco, presente
na Conferência Datagro,
garantiu seu exemplar
Lançamento do
Guia de Compras
durante Conferência
Nacional Datagro Luiz Alberto
Sant’Anna, da
Organização
dos Plantadores
de Cana da
região Centro-
Sul (Orplana)
Bernhard Greubel,
Chairman of
WSRO, London, and
Managing Partner,
Pfeifer & Langen KG,
levou para a Europa
o exemplar do
Guia. Tudo bem, vai
entender tudo, pois
o material também
está em inglês
Plínio César
entrega exemplar
do Guia de
Compras a
Pedro Mizutani,
presidente da
Cosan Açúcar e
Álcool
Guia de Compras SA
Não há dúvidas de que o Guia de Compras atraiu a atenção dos participantes da Conferência Datagro. Confiram...
Equipe da Krom
inox
s
Valter Goncalve
m ila Fl or es , Caio Alonso e Ba ld an
Ca PC &
ber Fidelis, da
da Neolider e Fa
Familia Capozzi
da Intacta
Lorencini
e família
sotto da Case,
Marco Baldan, Roberto Bia
xan dre Me coni da Brand
Faber Fidélis a Ale
mu nic atio n Cas e IH Latin America
Com
Pessoal da ComLink e
ting
agência Campo de Marke
der Diniz
Sergio Cardoso e Alexan
ato
da ComLink e Marcos Ren
Na opinião de Leila, uma praga que reta muitas perdas e prejuízo a atividade”,
dade na cultura canavieira. Leila Luci Di- tem ganhado força e aumentando sua ressalta Leila.
nardo Miranda, diretoria do Núcleo de presença nos canaviais é o Sphenopho- Podridão-abacaxi – Enrico De Beni
Pesquisa & Desenvolvimento do Institu- rus, o bicudo-da-cana. “Esta praga era Arrigoni, coordenador de Pesquisa Tec-
to Agronômico (IAC), salientou que a ex- encontrada na região de Piracicaba, mas nológica do CTC na área de Fitossanida-
pansão de algumas pragas se deve, em passou a apresentar crescimento em ou- de, concordou com Leila de que o Sphe-
grande parte, a descuidos e relaxamento tras regiões canavieiras. É um problema nophorus é um problema que acarretará
no controle por parte dos produtores. A mais sério, pois exige manejo diferencia- maiores custos para o seu controle. O
pesquisadora destacou que as principais do e mais caro. Sua expansão é resulta- pesquisador também alertou para o cres-
pragas da cultura canavieira são a bro- do de descuidos no manejo, espero que cimento da doença podridão-abacaxi que
ca e a cigarrinha, mas, felizmente, já há daqui pra frente o produtor seja mais cui- tem sua elevação associada a maior prá-
conhecimento sobre a forma de manejo dadoso e se conscientize que o controle tica do plantio mecanizado. O fungo Thie-
possibilitando o controle dessas pragas de pragas é coisa séria e o descaso acar- laviopsis paradoxa ataca os toletes de
cana causando perda de brotação. O cli-
ma seco e a baixa temperatura estimulam
o surgimento da doença. Enrico salien-
tou que será necessária evolução técnica
para o controle dessa doença.
O pesquisador também observou
a ocorrência da ferrugem alaranjada nos
canaviais brasileiros. “Enfrentamos a pri-
meira safra com a presença dessa doen-
ça, é um patógeno novo para nós, não
sabemos ainda quais as perdas que cau-
sará nesta safra, é possível na safra que
vem, as perdas serão maiores. A vanta-
gem é que a maioria das variedades de
cana é resistente a essa doença. Mas
precisamos ficar atentos”, ressalta.
Leila, Enrico, Rogério e Rene: a importância da fitossanidade na cana-de açúcar Convivência pacífica com as pra-
esta doença mereça mais atenção, pois poderá trazer mais da-
nos que os esperados”, observa.
Em relação a pragas como o Sphenophorus, Sordi disse
Rogério Bremm: aprendendo com a cana orgânica que está se expandindo, até porque, tem encontrado condições
climáticas favoráveis para sua propagação. “Na São Martinho,
Ferrugem alaranjada – René de Assis Sordi, assessor de a filosofia é da adoção de controle biológico, mas com o Sphe-
tecnologia e novos negócios do Grupo São Martinho, chamou a nophorus, por ser uma praga de solo, não conseguimos evitar o
atenção para a ferrugem alaranjada, para ele, o setor teve sorte controle químico”, salientou.
de essa doença não ter chegado ao Brasil 10 anos antes, pois Efeitos da redução nos tratos culturais – a crise finan-
a presença nos canaviais da variedade 454, suscetível à do- ceira que afetou o setor em 2008 e 2009 levou a redução nos in-
ença, era bem maior. No entanto, ainda hoje, a existência des- vestimentos nos tratos culturais, envolvendo o controle de pra-
sa variedade é significativa. Outra variedade suscetível, a 1115 gas, doenças e plantas daninhas. Enrico Arrigoni salientou que
Apoiadores
Biosocial: o Brasil na
era da bioeconomia
O Brasil tem quatro
anos para se
preparar para a Copa
do Mundo de Futebol.
O País será destaque
ao longo destes 48
meses atraindo a
atenção da mídia
internacional. Uma
chance única para
o Brasil, o setor
sucroenergético
e o agronegócio
evidenciarem suas
vantagens Floresta desvastada pelo besouro “Borkenkaefer” na Baviera, Alemanha
A emissora bi-
nacional ARTE
TV transmite
repetidamente
programas em
horário nobre que
criticam a produção
agrícola brasileira
Divulgação
canavieira, com destaque para melhora-
mento genético, o que tem sido bastan-
te exitoso. Nestes 12 anos de parceria,
foram lançadas 18 novas variedades da
família “RB” desenvolvidas para o Nor-
deste. O contingente de cultivares “RB”
já é atualmente de cerca de 60% (ses-
senta por cento) na região, tendo eleva-
do a produtividade média do Estado de
Pernambuco em cerca de 15 toneladas
por hectare.
Pesquisas – a coordenação da Es-
tação está a cargo do competente e dedi-
cado, Professor Djalma Euzébio. Na Es-
tação, pesquisadores, à frente o Químico
Francisco Dutra, isolaram e identificaram
Terminal de containers em Suape: a logística é um dos pontos fortes do Nordeste bactéria oriunda do melaço de cana que
se constitui em Biopolímero. Esse plás-
Renato Augusto Pontes Cunha* rústico, de produção do Nordeste, com tico vem sendo utilizado em aplicações
consequentes maiores resistências a es- médicas, tais como: Em cirurgias como
omos sabedores que desde a épo- tresse hídrico. fio cirúrgico para sutura, parafusos, te-
Os portos do
Nordeste, como
O pesquisador Djalma Euzébio, um dos o de Maceió,
responsáveis pelo desenvolvimento de possuemmenos
variedades de cana para o Nordeste gargalos do que
os existentes
nos portos do
a grande forma de minimizar e neutrali- Centro-Sul
zar parte dos custos mais altos do Nor-
deste, onde prevalecem atividades agrí-
cola manuais, fortemente sociais, versus
Arquivo
Luciana Paiva
das em sustentabilidade ambiental, com
diminuição, gradual, dos contingentes de
corte de cana queimada, mesmo nas la-
deiras e encostas das áreas agrícolas.
Mecanização nas encostas – a ini-
ciativa teve início na tradicional Usina Pe-
tribú. O Fundo de Tecnologia contratou o
experiente engenheiro Raul Fernandes,
que viajou por mais de trinta dias a vá-
rios países do mundo em busca de tec-
nologia de colhedoras para corte em in-
clinações íngremes, e, o êxito começa a
surgir com testes de máquinas france-
sas (Ilhas Reunion), japonesas e chine-
sas, vocacionadas para áreas de várzeas
e para inclinações que vão principalmen-
te de 12% a 70%.
Vale comentar ainda, acerca de
outra estratégia estruturante na região,
traduzindo-se na elevação que ora fo-
camos, da capacidade de geração de
bioeletricidade, a partir da biomassa (ba-
gaço de cana), com consequente “retro-
Setor investe em tecnologia de corte de cana crua nas áreas de encostas fit” das nossas térmicas (caldeiras), per-
seguindo-se maior geração de mwh com
maneira, menos gargalos do que os exis- O Terminal Açucareiro de Suape aquisições de térmicas mais modernas e
tentes nos portos do Centro-Sul. (T.A.S) com capacidade estática de 160 econômicas. Sem dúvida a geração dis-
Terminal de açúcar refinado – mil toneladas e cadencia-hora de embar- tribuída de bioeletricidade nas redes ten-
nesse particular, no zoneamento do efi- que de 750 toneladas, escoará branco à de a crescer, sobretudo se a energia lim-
ciente porto de Suape, o mais novo do granel, permitindo também em seu pátio pa passar a contar com remunerações
Nordeste, já ocorrem investimentos para o estufamento de containers, bem como em tarifas que contemplem as positivas
moderno terminal de açúcar refinado a embarques de açúcar ensacado, consti- adicionalidades geradas por nosso seg-
granel, possibilitando-se a originação tuindo-se assim em terminal múltiplo. Os mento. É uma questão de tempo, pois,
de maior valor agregado em açúcar com investimentos estimados estão na ordem o apelo ambiental é forte, verdadeiro e
destino ao norte da África e Mediterrâneo, de USD 60 (sessenta) milhões de dóla- sustentável.
regiões, antes do painel da Organização res norte-americanos e dentro dos próxi-
Mundial do Comércio, movido por Brasil, mos três anos já deverá ocorrer o início
Austrália e Tailândia em 2004/2005; su- de operações.
pridas pela Europa (Antuérpia). O advento acima, combinado com
O novo terminal de “branco” de Su- a evolução, ora em curso, de inversões,
ape trará “up grades” logísticos efetivos, sobretudo em corte mecanizado de la-
incrementando equação de vendas, se- vouras de cana, podem valorizar consi-
guramente mais estável e rentável, alicer- deravelmente as unidades agroindustriais
çada em calados com mais de 15 me- da região no curto prazo.
tros de profundidade; bastante versátil Nesse particular, nossas usinas as-
para navios de várias modalidades, acar- sociadas, criaram sob a gestão financeira Renato Augusto Pontes Cunha
Presidente do Sindicato da Indústria
retando “dispatch”; prêmios pela rapidez do Sindaçúcar-PE, um fundo de Inovação do Açúcar e do Álcool no Estado de
de carregamento. Tecnológica, a partir de iniciativas foca- Pernambuco – Sindaçúcar
Hora de manutenção
Na entressafra, unidades produtoras correm Caio Campanhão
Arquivo
este recurso traz muitas vantagens para
o usuário. “Dentre as inúmeras vanta-
gens da utilização destes softwares po-
demos citar algumas, tais como dis-
ponibilidade de informações em tempo
real e num único sistema, viabilizando
melhores condições de gerenciamen-
to da empresa; tornar visíveis todas
as operações, tanto em termos de sta-
tus como de histórico; padronização de
procedimentos; agilização do processo
decisório, entre outras”, afirma.
Foco direcionado – ainda segun-
do o consultor, outra vantagem da uti-
lização do software adequado é a pos-
sibilidade de direcionar o foco para “A TI tornou a manutenção preventiva simples e de fácil aplicação”, diz Ieda Neto
SP, que acompanha o setor desde o co- Embora com ‘apenas’ 20 anos
fábricas de açúcar. meço da década de 1970. de atividades, a Brumazi, especializa-
Esse pólo criou também uma estru- Essa atuação conjunta gerou, por da em soluções industriais, localizada
tura de fornecedores de bens e de servi- exemplo, a presença de industriais, pro- em Sertãozinho, SP, instala equipamen-
ços encravada no entorno. O objetivo era dutores rurais e de fabricantes de equipa- tos na usina que a americana Bunge im-
facilitar a aproximação das usinas e, por mentos ‘porteira adentro’, ou seja, den- planta em Pedro Afonso, no Estado de
isso, fabricantes de implementos para tro da propriedade da planta agrícola e Tocantins.
café instalados nas proximidades tam- industrial. Criada há 34 anos também em Ser-
bém migraram para o nicho canavieiro. Para adequar e mesmo criar deter- tãozinho, primeiramente como fornece-
O passar dos anos revelou a exce- minado implemento, era comum o forne- dora para a então Usina Santa Elisa, que
lência das produtividades agrícola e in- cedor trabalhar ao lado dos gerentes agrí- pertencia aos mesmos controladores, a
dustrial e, também, dos fabricantes de colas. “Foi desse trabalho conjunto que Sermatec avança as fronteiras brasilei-
máquinas. surgiu a tecnologia canavieira caipira”, ras. É dela o difusor de cana em fase de
“Como indústria, campo e fornece- comenta Golfeto. instalação na planta industrial Biocom,
dores buscavam conhecimentos para um Exportação – pois essa tecnologia projeto agroindustrial dos grupos brasi-
setor em desenvolvimento, eles atuavam caipira migra agora para Estados da nova leiro Odebrecht e angolano Damer e So-
juntos”, diz o professor de Economia An- fronteira canavieira, e até mesmo para nangol Holding situado na Angola.
tônio Vicente Golfeto, de Ribeirão Preto, outros países. A tecnologia caipira avança tam-
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ca impõe respeito e credibilidade junto a observa. A avaliação do lançamento des-
donas-de-casa, especialistas em confeita- se produto ocorre poucos meses após o
ria e doçaria, profissionais e executivos do término do acordo - que durou 10 anos -
setor de açúcar. Referência para o merca- de exploração do direito de uso do nome
do, tornou-se também sinônimo de solu- União pela empresa Sara Lee, comprado-
ções em adoçamento. Por esses e outros ra em 2000 do Café União, do Grupo Nova
motivos, existe hoje um ambiente total- América, que era o proprietário da marca.
mente favorável para a comemoração dos Consumidor – a nova empresa já vai
100 anos do Açúcar União que acontece Açúcar orgânico União chega ao nascer forte, ancorada pela aniversarian-
oficialmente em 4 de outubro. mercado no ano do centenário da marca te União e pela marca Da Barra. Melchia-
O Grupo Cosan, que detém a mar- des Terciotti informa que a Cosan tem uma
ca desde junho de 2009, resolveu fazer a Ao mesmo tempo em que celebra a his-
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festa do centenário em grande estilo. Entre tória e a performance de seu carro-chefe
as ações programadas para este ano, es- no setor de alimentos, a Cosan se prepara
tão o lançamento dos produtos Orgânico, para iniciar nova empreitada nessa área. A
Diet Sucralose e Demerara, a publicação Cosan Alimentos, divisão do grupo, se tor-
da “Coleção União Receitas de Sucesso”, nará uma empresa independente até mar-
a veiculação de campanhas promocionais. ço de 2011.
O diretor comercial de mercado in-
terno da divisão, Melchiades Donizeti
Terciotti, afirma que a nova empresa
avaliará oportunidades para disponi-
bilizar alimentos não perecíveis, de
Diet Sucralose categorias representativas, que não
também será
lançado
sejam conflitantes com as atividades
do grupo neste segmento. Apesar
de não confirmar quais serão as no-
vas linhas de produtos, Terciotti não
descarta a atuação em áreas de ali-
mentos, como atomatados, conser- Anúncio com menino nas
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União Pró -
O açúcar tém açúcar granulado, que confere ao pro- recomendado
Demerara vai para a cobertura
engrossar o
duto uma cor extremamente branca, fa- de docinhos
portfólio da vorecendo o uso em receitas que exigem
empresa
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de sonhos, bolos,
de amido de milho. doces e pães, de São Paulo em 1973, o que criou condi-
além de ser
O Creme Confeiteiro é outra novida- recomendado ções para a duplicação de sua capacida-
de da linha União Pró. É utilizado no pre- para a elaboração de de produção de açúcar. O Grupo NovA-
de pasta
americana
mérica adquiriu a marca União em 2005,
passando a distribuir todos os produtos do
portfólio, ampliando sua participação no
tória da marca. Com o objetivo de oferecer mercado de varejo. Em junho de 2009, a
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Creme
Confeiteiro ao mercado produtos diferenciados, que Cosan incorporou as unidades industriais,
é outra
novidade
proporcionassem também ganhos mais comerciais e portuárias da NovAmérica e
da linha elevados, os irmãos e imigrantes italianos, tornou-se a dona da marca União.
União Pró
Giuseppe e Nicola Puglisi Car-
bone convenceram os peque-
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Próxima da perfeição
Usina São Domingos investe no desenvolvimento dades sucroenergéticas, se enquadra
naquela faixa, que segundo analistas,
de modelos matemáticos que levam a empresa correm mais risco de ser incorporadas
à obtenção do lucro máximo e do custo mínimo por grandes grupos. Por isso, a preo-
cupação de Rodrigo em encontrar alter-
Luciana Paiva 2,3 milhões de toneladas/ano, produz nativas para deixar sua empresa mais
açúcar, etanol e energia, não é uma em- competitiva e assim garantir espaço no
e Deus tivesse uma usina de cana- presa cooperada, sua gestão é familiar/
S
mercado sucroenergético.
de-açúcar, como ela seria? Na vi- profissionalizada e tem capital 100% na- A resposta aos seus problemas
são de Rodrigo Bacarat Sanchez, cional, ou seja, como a maioria das uni- veio em um momento de entretenimento.
diretor de pesquisa e desenvolvimento da
Luciana Paiva
Luciana Paiva
torado na Unesp de Jaboticabal, univer-
sidade pública e que, por isso, se sentia
em dívida com a sociedade que pagou os
seus estudos. Achava que poderia sau-
dá-la investindo em educação e que por
meio da metodologia aplicada pelo pro-
fessor, não só iria encontrar as melhores
variáveis para aumentar a competitivida-
de de sua empresa, como possibilitaria
às pessoas desenvolver o senso crítico
através da matemática e suas aplicações
no dia a dia.
“O professor disse-me que recusa
trabalho toda semana e que, realmente,
eu não teria condições de remunerá-lo,
no entanto, ficou tocado por meu ideal,
Marcos Bernardo, supervisor de Recursos Humanos. Como sempre, o principal problema
que vai ao encontro do dele. E, por isso, enfrentado pelas inovações é promover mudanças de conceito, para o sucesso do
aceitaria desenvolver o projeto e eu o pa- projeto, a atuação da área de recursos humanos da São Domingos foi fundamental
Luciana Paiva
Centro Sul 165 10,83 11,67 12,52 13,46 14,48 15,43 13,54
Prêmio pela inovação – por esse
São Paulo 95 10,87 11,70 12,60 13,52 14,54 15,49 13,58
trabalho pioneiro, em 2008, a São Do-
S.J.Rio Preto 29 10,91 11,65 12,61 13,61 14,69 15,68 13,60 mingos foi uma das vencedoras da 11º
São Domingos 11,92 13,24 14,48 15,05 16,70 14,52 edição do Prêmio Finep de Inovação,
ao lado de grandes empresas como
Região de: Máximo 12,19 13,13 13,98 15,03 16,12 16,70 14,76
Braskem, Datasul, Klabin e Votorantim
S. J. Rio Preto Mínimo 8,81 9,42 11,22 12,20 13,36 14,51 12,05
Metais Níquel. Um importante reconhe-
cimento por seus investimentos em pes-
Evolução mensal de ATR - total
quisa e desenvolvimento que ajudará ao
Região Unidades Mar Abr Mai Jun Jul Ago Média Brasil produzir, por exemplo, combustí-
vel verde de forma sustentável. Até o mo-
Centro Sul 165 109,84 117,59 125,18 133,79 143,27 152,18 134,63
mento, é a única unidade sucroenergéti-
São Paulo 95 110,26 117,98 125,99 134,36 143,93 152,97 135,15 ca a conquistar esse prêmio.
S.J.Rio Preto 29 110,93 118,59 127,12 136,12 146,38 155,92 136,37 Universidade do açúcar – o foco
de compartilhar a metodologia, dissemi-
São Domingos 119,69 131,57 143,07 148,45 164,10 143,64
nar o conceito de lucro máximo e custo
Região de: Máximo 122,42 131,11 138,02 148,33 158,59 164,10 145,98 mínimo e, com isso, promover a continui-
S. J. Rio Preto Mínimo 92,91 97,48 113,34 121,65 132,49 139,49 120,87 dade de pequenas e médias empresas no
segmento sucroenergético, também está
Evolução mensal de produtividade agrícola (TCH) em andamento. Em 2008, a São Domin-
gos colocou em prática a Universidade do
Região Unidades Mar Abr Mai Jun Jul Ago Média
Açúcar, Rodrigo explica que as aulas, que
Centro Sul 165 102,8 97,3 94,2 91,7 86,0 79,5 89,6 acontecem na São Domingos, são minis-
São Paulo 95 105,3 101,6 97,7 95,3 89,6 82,9 93,3 tradas pelos professores do ITA, o curso
tem seis meses de duração, no final, os
S.J.Rio Preto 29 102,5 99,6 100,3 98,9 92,6 82,8 94,6
alunos levam para sua empresa modelos
São Domingos 124,1 115,2 116,6 114,9 93,5 110,9 customizados de acordo com seus negó-
cios, prontos para serem aplicados.
Região de: Máximo 155,9 159,1 155,5 159,2 166,0 97,9 145,6
“Cada empresa tem seu próprio
S. J. Rio Preto Mínimo 67,7 76,6 73,1 74,2 69,7 49,0 70,3
modelo, não é possível aplicar o da São
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Equipe de profissionais da Udop
Rogério Barros no negócio, até então novidade para a por Celso Torquato Junqueira Franco, a
maioria - já enfrentou inúmeras crises do entidade hoje abre seu portfólio de servi-
íder na prestação de serviços ao setor e saiu fortalecida a cada novo man- ços e oferece cursos nos Estados de São
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amento tecnológico; e com a Empre-
sa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Celso Junqueira: a entidade está
(Embrapa) que possui a expertise nacio- elaborando um plano de qualificação
nal em pesquisas voltadas para a agricul- profissional que vai mapear o Oeste Paulista
tura em geral, onde as associadas Udop
acabaram se transformando em estações Udop lançou há dois anos o primeiro cur-
experimentais. so do mundo voltado para tecnólogo em
Há mais de 10 anos a Udop man- bioenergia, instalado inicialmente na Fa-
tém uma parceria com o Centro Pau- culdade de Tecnologia (Fatec) de Araça-
la Souza, órgão da Secretaria de Desen- tuba, construída também através da par-
volvimento do Estado de São Paulo. A ceria entre a Prefeitura de Araçatuba, a
parceria propiciou a criação dos cursos Udop e a diretora do Centro, Laura Laga-
técnicos de açúcar e álcool, atendendo ná. O curso hoje já é oferecido em outras
a uma demanda do Conselho Regional Fatecs do Estado.
de Química, da 4ª Região. Hoje o curso Com a Universidade Estadual Pau-
é oferecido em inúmeras escolas técni- lista ‘Júlio de Mesquita Filho’ (Unesp),
cas espalhadas por todo o estado de São campus de Medicina Veterinária de Ara-
Paulo. çatuba e a Polícia Militar Ambiental, a
Ainda com o Centro Paula Souza, a Udop firmou parceria para a construção,
Centro de Recuperação
e Triagem de Animais
Silvestres (Ceretas)
em construção
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já em estado avançado, do Centro de Re- cana/FeiBio. Fomos chamados de loucos sível com a cadeia do biodiesel. “O que
cuperação e Triagem de Animais Silves- por alguns, mas os números se revela- para muitos era apenas o sonho de uma
tres (Ceretas), cuja finalidade será a de ram bem conservadores no final, e em noite de verão, para nós era a oportunida-
dar atendimento aos animais silvestres 2004, já tínhamos catalogados 20 no- de de levarmos adiante o conceito maior
acidentados e em situação de risco e ain- vos empreendimentos na região, 30 em de biocombustíveis, não apenas o etanol,
da com o maior banco genético destes 2005, enfim, o número de novos projetos mas o biodiesel também, e isto igual-
animais do mundo. não parou de crescer, isto se concretizou mente se mostrou muito acertado”, expli-
Divisor de águas – a Udop foi a com o aumento de unidades e área co- ca o presidente-executivo.
grande incentivadora e parceira da Safra lhida nesta região, o que nos iguala hoje A entidade também tem um tra-
Eventos na realização da Feicana/FeiBio com a tradicional região de Ribeirão Pre- balho forte na área de sustentabilidade,
– Feira de Negócios do Setor de Energia, to, com um diferencial: ainda temos po- atuando em parceria com importantes
desde 2003, em Araçatuba, onde conse- tencial para crescer”, destaca Salibe. órgãos, como a secretaria de Meio Am-
guiu chamar a atenção mundial para a Como nova fronteira da cana-de- biente do Estado de São Paulo, e outros,
nova fronteira da cana-de-açúcar. açúcar, e tendo Araçatuba como centro- além de trabalhar na edição do relató-
“Fato marcante desta última déca- físico desse crescimento, a Udop passou rio de sustentabilidade de suas associa-
da foi justamente a notoriedade que con- a ser convidada para palestrar em inúme- das, que deve ser lançado nos próximos
seguimos, ao chamarmos a atenção do ros eventos do setor e em universidades meses.
mundo para a região Oeste Paulista. Tudo públicas e particulares, falando sobre a Para o futuro, a Udop quer manter-
isto começou com a constatação, em expansão do setor da bioenergia. se firme na representatividade de suas
2003, de que nossa região ganharia mais Outro diferencial da entidade foi associadas, continuando prestando ser-
10 novas usinas, o que iniciamos na Fei- acreditar desde o início na sinergia pos- viços de qualidade e sempre comprome-
Especial 25 anos da Udop
Arquivo
s celebrações dos 25 anos de fundação da Udop acon-
tida com o desenvolvimento do setor da uma parceira do setor público na imple- “Estamos elaborando um plano de
bioenergia. mentação de programas para o desen- qualificação profissional, que no primeiro
Novos projetos – visando os próxi- volvimento regional, aumentando a inte- estágio vai mapear a região Oeste Pau-
mos 25 anos, a Udop quer manter-se for- gração com os municípios impactados lista, além de firmar parcerias com en-
te aliada das usinas de bioenergia e ainda pela cadeia da cana-de-açúcar. tidades e poderes constituídos, visando
trazer um crescimento sustentável para
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Jorge Metne
Durante Conferência
Internacional Datagro
Sobre Açúcar e Etanol,
consultoria divulga seu
primeiro parecer sobre
a safra 2011/12, que
deverá ser 5% superior
ou inferior à produção
de 2010/11. Vai
depender do clima
Luciana Paiva
Orquestra Paulistana de Viola Caipira abriu a Conferência entoando o Hino Nacional Brasileiro
a abertura da 10ª Conferência In-
neladas para a região Centro-Sul, mas a cou a moagem e deixou muita cana no
seca severa fez com que a consultoria campo. “A produtividade agrícola foi boa,
refizesse várias vezes os cálculos duran- mas rendimento péssimo”, salientou. Em
te o ano. “Quase nos tornamos especia- relação a 2010, Ismael disse que teve iní-
listas em clima, de tanto que realizamos cio prematuro devido a previsão de gran-
consultas climáticas”, brincou Plínio du- de volume de moagem. Apresentou gran-
de quantidade de cana bis, acima de 60
milhões de toneladas. A seca acentua-
Plínio Nastari: da em vários Estados acelerou o corte e
especialista no clima houve necessidade de colheita de cana
Jorge Metne
2010/11 – Nastari observou que nos úl-
timos meses, a alta do preço do etanol
está mais acelerada que o verificado no
ano anterior. Segundo ele, o sentimento é
de que as cotações subam até a sua pa-
ridade com a gasolina. O consumo men-
sal de etanol deve recuar em relação ao
registrado no ano passado, disse.
Os preços mais remuneradores
para o produtor são um reflexo da maior
capitalização do setor, através das expor-
tações de açúcar, que criaram condições
para que os produtores pudessem arma-
zenar mais etanol. Além disso, a criação
dos agentes de comercialização permitiu
que usinas mais capitalizadas compras- Mais uma vez grande público prestigiou o evento
César Diniz
terá estoques razoáveis no final da sa- da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica),
fra 2010/11, disse ele. Para a Datagro, disse que as safras 2009/10 e 2010/11
56,9% da cana do Centro-Sul foi dire- foram completamente diversas, a primei-
cionada para a produção de açúcar ante ra apresentou alta produtividade agrícola
57,4% na safra passada. O mix do açú- e baixa sacarose, a segunda foi marcada
car cresceu, no período, de 42,6% para por baixa produtividade e alta qualidade.
43,1%. Em relação à safra atual, Pádua obser-
Expectativa sobre a safra 2011/12 vou que a estimativa é de uma produção
– Nastari afirmou que ainda é cedo para de 574 milhões de toneladas de cana na
estimar qual será a oferta de cana-de- região Centro-Sul, porém não se sabe se
açúcar para a safra 2011/12. Mesmo toda essa cana será colhida, pois existe
assim, divulgou seu primeiro parecer, a a possibilidade de que a cana cortada em
produção deverá ser 5% superior ou in- dezembro de 2009 seja deixada no cam-
ferior à produção de 2010/11, estimada po, já que, por causa do clima seco, não
em 574,8 milhões de toneladas. “Vai de- Alexandre Aidar Jr., presidente do Sugar desenvolveu como o esperado.
Club Brasil, anunciou que o Sugar Dinner
pender da quantidade de chuvas. Se cho- Para a safra 2011/12, na melhor
2011 acontecerá em 24 de novembro e
ver durante a entressafra até março, o será abordo de um navio. “Levaremos das hipóteses, diz Pádua, será que a pro-
resultado será pior. Se chover em abril, os convidados até o porto de Santos e dução seja igual à deste ano. A seca afe-
passaremos à noite a bordo navegando
teremos uma produção mais positiva”, pelo litoral”, anunciou. A Conferência tou a produção, os canaviais paulistas
explica. Para o consultor, a taxa de re- Datagro será nos dias 21 e 22 de novembro perderam cerca de sete toneladas por
novação nos canaviais no período de ja- hectare. Já as novas fronteiras canaviei-
neiro a abril de 2011 deve ser superior a ços de hidratado competitivos na mar- ras como Minas Gerais, Goiás e Mato
18%, sendo fator adicional para manter gem com preços da gasolina. A capa- Grosso do Sul, devido aos novos inves-
sob controle a área colhida em 2011/12. cidade de demanda doméstica de etanol timentos devem processar 40 milhões
Segundo Plínio, a oferta de ATR deve se expandir no futuro em decorrên- de toneladas de cana a mais, compen-
deve voltar a crescer em 2012/13, e para cia do aumento da frota flex. E as expor- sando justamente os 40 milhões de to-
o para o próximo ano, os cenários per- tações de etanol devem voltar a crescer neladas perdidas por São Paulo. Mas sa-
manecem construtivos no curto e médio em 2012, principalmente para os Esta- lientou que a produção advinda de novos
prazo. A produção de açúcar deve expan- dos Unidos. investimentos diminui o fôlego, depois da
dir na região Centro-Sul e a produção do Em sua participação, Antonio de corrida verificada em meados da década,
etanol deve se manter controlada por pre- Pádua Rodrigues, diretor técnico da União a crise iniciada em 2008 reduziu o ape-
César Diniz
dos canaviais, que reduz a produtivida- Alaranjada. Este ano, a Fer-
de do setor. Para recuperá-los, os agri- rugem apesar de preocupar
cultores terão de reduzir a área plantada não se desenvolveu por causa do clima variedades suscetíveis e 18% de indefini-
no próximo ano para ter algum resultado seco, já mais chuva pode ser um motivo das. Ainda segundo Pádua, a próxima sa-
em 2012, destaca o executivo. Além dis- complicador, 10 % dos canaviais são de fra de cana-de-açúcar do Centro-Sul de-
verá ter seu início atrasado para meados
César Diniz
César Diniz
tudo para não perdê-los. Nesse caso, o do etanol, o consumidor irá para a gaso-
sacrificado será o mercado interno de lina, o etanol voltando a ficar competiti-
vo, o consumidor volta para o combus-
tível da cana. “O consumidor é movido
pelo bolso”, ressalta.
L
do empreendedor compensa mais do
ção cresce em Minas Gerais em decorrência de novas unidades. Na safra
de 2009/10, chegou a quase 50 milhões de toneladas, para esta safra eram Manoel Bertone: pode variar
esperadas 58 milhões, mas a seca causou estragos e a expectativa é que fique 5% para mais ou para menos
entre 54 a 55 milhões de toneladas. Para 2011, Cotta Martins acredita que deva
César Diniz
crescer por volta de 1 milhão de toneladas. Minas Gerais é uma das regiões que
ainda apresentam área de expansão para cana, mas Cotta Martins, disse que dei-
xou claro ao governo mineiro que, se não houver redução de ICMS ao etanol, não
adianta construir novas unidades. “Minas precisa passar a ter seu mercado inter-
no de etanol, o alto ICMS de 25% impede que isso ocorra”, salienta.
Após uma luta de sete anos para a redução da alíquota em Minas, o Siamig
obteve sua primeira vitória, a partir de janeiro de 2011, a alíquota do ICMS do eta-
nol de 25 cai para 22% e o ICMS da gasolina vai de 25 para 27%. “Mais ainda é
pouco, continuamos brigando por mais”, informa Cotta Martins.
César Diniz
cado em alta, preços melhores que os
atuais e a Usina com mais produção, em
decorrência de áreas de expansão. Nes-
ta safra a expectativa da Vale do Ivaí é
moer 1,6 milhão de toneladas de cana e
em 2011 a produção esperada é de 2,7
milhões de toneladas de cana.
Jacyr Costa Filho, diretor-presi-
dente da Açúcar Guarani, afirma que em
2011 o grupo terá quebra de 5% na pro-
dução, em decorrência da seca e da re-
Vera Lúcia: expansão de área aumenta dução de tratos culturais nos canaviais
a produção da Vale do Ivaí em 2011 dos fornecedores de cana, reflexo da cri-
se de 2008. Na Guarani, 75% da cana
que investir em novo projeto. Como pelo vem de fornecedores. Nesta safra, juntas
menos 65% do setor está melhor finan- as sete unidades do grupo devem moer Jacyr Costa Filho: em 2011, quebra
ceiramente, aumenta a oportunidade de 20 milhões de toneladas de cana. de 5% na safra da Açúcar Guarani
César Diniz
ba, SP, conta que já viu de tudo no se-
tor. “Muitas vezes disseram que ia faltar
cana e não faltou, já disseram que ia so-
brar e não sobrou, tudo depende dos hu-
mores do clima. Se de outubro a março
fizer dias quentes com noites com chu-
va, a cana vai se desenvolver muito bem
e poderemos ter um aumento superior a
5%, mas se não, podemos ter uma que-
bra maior que 5%. Tudo pode acontecer.
Não faço previsão”, finaliza.
Henrique Amorin:
Tudo pode acontecer
O evento emocionou
Sérgio Daher, representante do o público com a
CRER, recebe as chaves de José homenagem a Luiz Ribeiro
Carlos Pinheiro Neto, vice- Pinto, presidente do
presidente da GM do Brasil. Ao conselho da Santal, e
centro, André Rocha, presidente que por suas invenções é
do Sifaeg, que foi quem indicou a considerado o “professor
entidade para receber o carro Pardal do setor”. Ribeiro
Pinto foi saudado por
Pedro Mizutani, presidente
da Cosan Açúcar e Álcool,
José Carlos Pinheiro Neto, Luiz Custódio Cotta
Jorge Metne
César Diniz
resente à Conferência Datagro a secretaria do Departamen- diretor da F.O. Licht, disse que a
edna@gegis.com.br
(14) 3263-4506
PROGRAME-SE
Agenda Gegis
26 de novembro
Tema: Utilidades
Confraternização e comemoração pe-
los nove anos do Gegis
A presidente do Gegis, Eliana Canevarolo, adiantou algumas novidades para o grupo nos próximos anos
Nossa opinião: O atual cenário mundial favorece ao Brasil. A indústria brasileira deverá ganhar parte do espaço deixado pela Índia e pela
União Européia, que estão saindo do mercado de exportação e chegando inclusive a ampliar as importações para atender ao mercado do-
méstico. Nesse sentido, o Brasil terá que manter o foco nos mercados dos países em desenvolvimento, onde são observados os maio-
res crescimentos de consumo. A inovação em produtos de maior valor também é atrativa (como açúcar mascavo, orgânico, light, líquido
etc.) porque atende mercados de maior renda, embora de menor tamanho, e fica menos vulnerável às mudanças de preços.
Profissionais atentos às
informações dos pesquisadores
Programação do
Grupo Fitotécnico
Cana em 2010
mlandell@iac.sp.gov.br
23/11 - Plantio/ferrugem/variedades
(16) 3919-9927
Provou!
de calda e tamanho de gota sobre caracte-
rísticas da pulverização em cana-de-açú-
Pesquisa desenvolvida pelo IAC e Basf car, de autoria de Marcelo da Silva Scapim,
constatou que é possível diminuir o volume de aluno da faculdade de agronomia de Ituve-
calda para a aplicação de herbicidas em até rava, SP.
60% e aumentar o ganho operacional em 30% A proposta da monografia, que ti-
nha a orientação do Prof. Dr. Hamilton
Humberto Ramos, do Instituto Agronô-
Luciana Paiva tal – cada vez mais escassa. Por isso, toda mico (IAC), foi imediatamente aceita pela
ideia que possa contribuir para o uso ra- Basf, conta Fabrício Catissi, técnico de De-
eduzir o consumo de água nas prá- cional da água na agricultura é bem-vinda. senvolvimento de Mercado da empresa, e
as de cana soca e em canaviais com cana água pode representar para as usinas re-
crua e queimada. dução do custo operacional da aplicação
“Em 2008, realizamos a aplicação que varia de 8 a 24 % do total investido.
tanto em canavial com cana crua como Pode se observar que, de modo geral o
queimada. Porém, em 2009, passamos a herbicida Plateau em todos os volumes de
nos concentrar na cana crua, pois, com o calda utilizados proporcionou controle su-
Protocolo Agroambiental, que extingue a perior a 85% sobre as plantas daninhas até
queima até 2014, vimos que não há ne- a 150 DAT (dias após tratamento), consi-
cessidade de aplicar o estudo em áreas de derando a comunidade infestante levanta-
cana queimada, já que deixarão de existir. da de acordo com a distribuição das es-
Mas, os estudos iniciados nas duas áreas, pécies nas parcelas testemunhas e área
não apresentram diferença entre canaviais tratada.
com corte de cana crua para o de cana “A pesquisa constatou que é possí-
queimada”, diz Catissi. Segundo ele, nas vel diminuir o volume de calda em até 60%
seis unidades sucroenergéticas os testes e aumentar o ganho operacional em 30%,
foram realizados com todos os tamanhos pois, permite otimização dos equipamen-
de gotas, quantidade de caldas e em todas tos de aplicação, redução da estrutura e
as fases da safra, respeitando a proposta mão de obra operacional”, salienta Catissi.
do estudo. Também, levou-se em conside- Segundo ele, uma das unidades que parti-
ração a temperatura e a deriva do vento. cipou do Projeto, após analisar os resulta-
Em 2008, a aplicação ocorreu em 61 áre- dos dos estudos, já abandonou seu méto-
as; em 2009, em 43 áreas e em 2010 es- do tradicional de aplicação de 250 litros de
tão previstas 70 áreas. A extensão de cada calda por hectare e passou a adotar 150 li-
área em estudo varia de 8 a 15 hectares. tros por hectare, redução de 40% na quan-
Resultados – o Projeto está em an- tidade de água utilizada. “Tínhamos uma
damento e será finalizado em março de noção de que era possível reduzir a quan-
2011, no entanto, os resultados obtidos tidade de calda sem causar danos à ope-
até o momento já estão sendo divulga- ração, mas como não havia nada com-
dos pela Basf. De acordo com a empresa, provado, ninguém queria abrir mão do já
o herbicida Plateau aplicado com volumes conhecido. Agora, com os resultados po-
de até 70 litros por hectare, com cobertu- sitivos comprovados cientificamente pelo
ra do solo até 8% controla as plantas dani- projeto Provar, usinas e produtores de
nhas de forma eficiente na cultura da cana cana, podem tranquilamente adotar o uso
quando aplicado no início, meio ou final de racional da água na aplicação do herbicida
safra. A adoção de menores volumes de Plateau”, finaliza.
Luciana Paiva
que a cana-de-açúcar dá muito dinheiro,
por isso absorve desperdícios. Mas, ele
adverte que essa situação pode provo-
car sérias dificuldades de sobrevivência
para diversas usinas devido à elevação
de competitividade no mercado. Nem
mesmo os avanços importantes obtidos
pelo setor sucroenergético têm sido su-
ficientes para afastar o desperdício das
lavouras de cana-de-açúcar. Na avalia-
ção dele, existe ainda um atraso tecno-
lógico significativo em comparação, por
exemplo, às culturas de grãos.
“Tecnologia sofisticada não é a
solução”, diz o professor da Esalq/USP.
Segundo ele, o uso de GPS e piloto au-
tomático pode proporcionar ganhos in-
teressantes em usinas no Estado de São
Paulo que possuem uma realidade dife-
renciada. Mas, pode não ter o mesmo
efeito positivo em unidades produtoras
Falhas no plantio estão entre as causas da perda de competitividade
localizadas em outros Estados.
Renato Anselmi (Esalq/USP), campus de Piracicaba, SP. “É um tanto comum na busca da
Perdas de metragens de sulcação necessária inovação tecnológica uma
aplicação de tecnologias inade- por hectare, falhas no plantio, absurdas empresa cometer o grave e custoso
Luciana Paiva
perdícios em diferentes etapas do pro-
cesso de produção agrícola. Não há
Arquivo
um enfoque distorcido quando buscam
apenas elevação da produção e da pro-
dutividade. Na opinião dele, devem bus-
car aumento dos ganhos econômicos.
“De que adianta aumentar a produção
cada vez mais se a rentabilidade eco-
nômica tende a diminuir?, indaga. Os
resultados mais favoráveis poderiam
ocorrer – observa Caetano Ripoli – por
meio de novas práticas, técnicas e equi-
pamentos, como: utilização de varieda-
des eretas de alta produtividade; adoção
de novos espaçamentos de plantio; uso
de plantadoras de menor porte e maior
velocidade, de colhedoras de duas fi-
leiras, de transbordos auto-propelidos
mais ágeis, de subsoladores que exi-
gem menor potência e realizam melhor
trabalho, entre outras medidas.
As empresas devem buscar aumento nos ganhos
Segundo ele, as atitudes geren-
operação. “Na Austrália, as máquinas tividade. Na opinião dele, pagamento de ciais frente às novas tecnologias dispo-
chegam a colher 1000 toneladas em 12 salário fixo, neste caso, é um procedi- níveis e ao mercado exigem mudanças
horas”, revela. mento do passado. comportamentais marcantes em relação
Segundo Ripoli, desempenhos sa- Apesar de considerar que as co- ao que hoje existe no setor sucroener-
tisfatórios na colheita dependem de fa- lhedoras evoluíram nos últimos anos, gético brasileiro. “A gerência moderna
tores, como bom preparo do solo, plan- Ripoli diz que existe uma demanda por deve ter como foco o investimento em
tio correto, tratos culturais adequados e máquinas com preços mais acessíveis, qualificação de mão de obra; na redução
mão de obra qualificada. É preciso con- na faixa entre R$ 200 mil a R$ 300 mil, dos custos de produção, na diminuição
tar também com uma logística eficien- que atenda as necessidades de fornece- do desperdício, na redução do consu-
te. A sistematização da área deve pre- dores de cana. “Como ficarão os pro- mo de energia, na qualidade das opera-
ver – de acordo com ele – talhões de dutores que não têm disponibilidade de ções, na agregação de valor, na preser-
1.500 metros, e não de 300 metros, capital, a partir de 2014 quando será vação ambiental e na responsabilidade
como ocorre em diversas unidades proibida a queima da palha no Estado de social, objetivando a melhor rentabilida-
produtoras. São Paulo?”, questiona. de econômica e não apenas determina-
O professor da Esalq afirma que é As falhas durante o plantio meca- do lucro”, afirma.
Caio Campanhão cedes-Benz, Scania, Volkswagen (Man nados de 90 x 1.60, 90 x 1.50; A utiliza-
Latin America) e Volvo. ção de pneus de alta flutuação interfere
Grupo de Motomecanização do A reunião teve como objetivo pro- na configuração do veículo e atende à le-
Membros do
Gmec lotaram
o auditório do
IAC buscando
soluções para
os problemas
encontrados
nos caminhões
transbordo
Caio Campanhão
clamações é o problema das bitolas, po de motomecanização, Luis Antonio hoje não se tem notícia de um evento
porque este problema imobiliza o cami- Bellini, diz ter saído satisfeito do evento. com estas especificidades. Como pri-
nhão. O resto, com algumas medidas “O objetivo do seminário era colocar na meiro encontro, acredito que tenha ha-
paliativas, se consegue sobreviver. Mas sala todos os fabricantes de caminhões vido um progresso, ainda que embrioná-
quando quebra uma carcaça, não tem jei- e saber deles qual o compromisso que rio”, disse.
to”, explicou. têm com este nicho de mercado que nós Rosas falou ainda sobre a elabora-
Mesmo sendo esta a principal re- achamos tão importante. Enxergamos ção de um documento pelo grupo sobre
clamação do setor, o que se ouviu da uma série de vantagens na utilização de o olhar da agricultura direcionado para a
grande maioria dos fabricantes foi que as caminhões transbordo, com relação à indústria. “A indústria precisa ouvir o que
alterações exigidas esbarram na lei, que consumo, à produtividade e velocidade, a agricultura tem a dizer. O documento
não permite o espaçamento exigido pe- mas no momento enxergamos mais pro- será curto e objetivo e terá a finalidade
los canavieiros em veículos rodoviários. blemas do que vantagens, e se os fabri- de mostrar esses problemas discutidos
Um dos representantes chegou inclusi- cantes estiverem dispostos a sanar isso, hoje”, revelou.
ve a propor que as alterações sejam fei- para nós será uma grande coisa. Saio sa-
tas e que o veículo seja então classifica- tisfeito”, afirmou.
do como máquina agrícola. Não se sabe, O pesquisador do Centro de En-
no entanto, se isso será possível. genharia e Automação do Instituto Agro-
Avaliação – Mesmo com alguns nômico (IAC), Jair Rosas, foi mais lon-
“nãos” ouvidos pelos membros do Gmec ge e afirmou que o evento realizado pelo http://gmec.locaweb.com.br
dos fabricantes, o coordenador do gru- Gmec foi algo histórico no Brasil. “Até
Reunião do Gerhai
no mês de outubro
Em 22 de outubro, o Grupo de Estudos em Recursos Humanos na
Agroindústria (Gerhai) se reuniu em Ribeirão Preto, clima organizacional
e sustentabilidade estiveram entre os temas apresentados
Arquivo
Da redação De acordo com ela, atualmente 96
usinas participam do Relatório de Susten-
pós a apresentação das Comis- tabilidade da Unica. O trabalho que vem
*As Inscrições para esta sala serão realizadas pela coordenação do Gerhai
Heloísa Helena Minto Santos - heloisa.minto@allezcomunicacao.com.br - (16) 3904-9171
REFERÊNCIAS
1. OLIVEIRA, G.F, CAMPOS, R.L.C, TEMPORAL, W.F. Efeito da radiação ultravioleta nas atividades
aéreas e terrestres. Revista Médica da Aeronáutica do Brasil, Rio de Janeiro, 2005. p.19-26
2. LOW, L; REED, A. Eletroterapia Explicada, princípios e prática , 3º ed, Manole, 2001, p. 411-449.
3. KITCHEN, S; BAZIN, S. Eletroterapia de Clayton , 10º ed, Ed Manole, São Paulo, 1998, p. 211-217.
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5. Estimativa 2008/Incidência de câncer no Brasil,Instituto Nacional do Câncer, Ministério da Saúde,
2008. p.35-36. www.inca.gov.br
6. MAZZO, R.. On line. Disponível em: www.gruponoticia.com.br, Trabalho sob sol, Mazzo,R.-
acesso 3.fev.2006
7. COUTO, Luiz Viana. On line. Disponível em: www.ufrrj.br, Riscos de acidentes na Zona rural,
Eng° Agrônomo é Luiz Viana do Couto, 2005
8. www.solamigo.org
Fora do Trabalho
Luciana Paiva
Jairo e seu
pai Menezes:
milhares de
gols e paixão
pelo Palmeiras
Os elegantes do
Carminha Ruete de Oliveira
setor sucroenergético
Alguns destes executivos já são assíduos desta lista, mas há também novos integrantes
gan
ivo do Mor
M ei ra , di retor-execut do s EU A
Irineu stimento
nco de inve
Stanley, ba
Cláudio Piquet
Pêssoa, direto Igor Montenegro Celestino Otto,
Glencore Impo r da
rtadora e Expo diretor de assuntos corporativos
rtadora
do Grupo USJ Açúcar e Álcool S/A
Mostra Sucroenergética
do Centro-Oeste
VII Feira de Fornecedores e Atuali- de outubro, no Centro de Convenções de blico que compareceu com o objetivo de
Eduardo Castro
(supervisor
de vendas
da Andritz
Separation) e
Juliana James
(analista
de vendas
da Andritz
Separtion)
Sílvio Silas
(gerente
comercial da
Turbimaq)
Fabiano Farinelli
Ruiz (gerente
120 REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 2010 comercial da JW)
Rodrigo Coelho (diretor da Pipe Fittings)
Daniel Marques
e Paulo Murtha
(diretores da Ribertec)
Nelson Nako
(diretor)
e Sérgio
Aparecido
(comercial
da Dwyler)
Estande da Cestari
Estande da Bazico
Estande da
KSB Bombas
REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 2010 121
Marketing Canavieiro
Alex Antoniosi: “Nos últimos três anos, tivemos crescimento acima da média”