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1 Ação de adoção litigiosa de pessoa maior de idade

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da __ Vara Cível da Comarca de Mogi


das Cruzes, São Paulo.1

Autora maior de 60 anos


Prioridade de tramitação do feito

M. N. de H. F., brasileira, solteira, aposentada, portadora do RG 00.000.000-


SSP/SP e do CPF 000.000.000-00, titular do e-mail mnhf@gsa.com.br, residente e domiciliado
na Rua Antônio Ferreira de Souza, nº 00, Vila Industrial, cidade de Mogi das Cruzes-SP, CEP
00000-000, por seu Advogado que esta subscreve (mandato incluso), com escritório na Rua
Adelino Torquato, nº 00, Centro, cidade de Mogi das Cruzes-SP, CEP 00000-000, onde recebe
intimações (e-mail: gediel@gsa.com.br), vem perante Vossa Excelência propor ação de adoção,
observando-se o procedimento comum, em face de R. A. de J., brasileira, com estado civil,
profissão e residência ignorados, e W. A. de J., brasileiro, casado, fiscal de transporte urbano,
portador do RG 00.000.000-SSP/SP e do CPF 000.000.000-00, titular do e-mail
waj@gsa.com.br, residente e domiciliado na Rua I, Conjunto Eustáquio Gomes, nº 00, Quadra
00, Cidade Universitária, cidade Maceió-AL, CEP 00000-000, pelos motivos de fato e de direito
que passa a expor:

1. Em meados do ano de 0000, a ré R. “entregou” o seu filho “W”, então


com aproximadamente um ano de idade, para a autora que, a partir de então, o criou como se
fosse seu filho.

2. Naquela época, a autora morava na cidade de São Paulo, bairro de Vila


Mariana; alguns anos depois, a família se mudou para o estado de Alagoas, onde estabeleceram
residência na cidade de Maceió. Há aproximadamente 3 (três) anos, a autora se mudou para a
cidade de Mogi das Cruzes-SP, onde permanece.

3. A convivência diária criou entre a autora e o réu “W” um forte vínculo de


amor e carinho, assumindo a autora formalmente o papel de mãe; sendo este o tratamento que ele
lhe dispensa: MAMÃE.

1CUIDADO: havendo sido organizada na Comarca Vara de Família, a ela deve ser endereçada a petição.
4. Em face desta realidade, ou seja, a ligação moral entre a autora e o Sr.
“W”, ela deseja adotá-lo, com escopo de poder assumir, formalmente, o que de fato já existe há
quase 40 (quarenta) anos.

5. Registre-se que após entregar o seu filho, a ré “R” nunca mais teve contato
com o requerido “W”, não sabendo a autora informar se ela está viva ou morta.

Ante o exposto, considerando que a pretensão da autora encontra arrimo no


art. 1.619 do Código Civil e na Lei nº 8.069/90-ECA, requer:

a) os benefícios da justiça gratuita, vez que se declara pobre no sentido


jurídico do termo, conforme declaração anexa;

b) a prioridade na tramitação do feito, visto que a requerente tem mais de 60


(sessenta) anos (art. 1.048, I, CPC);

c) intimação do representante do Ministério Público para que acompanhe o


feito;

d) a citação da ré “R” por edital, para que, querendo, apresente resposta no


prazo legal, sob pena de sujeitar-se aos efeitos da revelia;

e) sem prejuízo da citação editalícia, suprarrequerida, seja determinada a


expedição dos ofícios de praxe (IIRGD, Serasa, SPC), bem como acesse este douto Juízo, via
sistema INFOJUD, o cadastro da Receita Federal e do TER-SIEL, observando-se que a requerida
“R” é filha de “A. M. de J.”, com escopo de tentar-se obter o seu endereço atual, possibilitando a
sua citação pessoal;

f) a citação do réu “W” para que manifeste formalmente nos autos a sua
CONCORDÂNCIA, ou não, com o pedido de adoção;

g) seja lhe concedido a adoção do réu W. para a autora, sendo que este
passará a chamar-se “W. de H. F.”, tendo como avós maternos o Sr. A. R. da F. e a Sra. A. de H.
F., expedindo-se os competentes mandados para os Cartórios onde foi feito o registro de
nascimento e casamento, constando expressamente que a averbação deve ser feita SEM
CUSTAS, em razão da gratuidade da justiça.

Provará o que for necessário, usando de todos os meios permitidos em


direito, em especial pela juntada de documentos (anexos), oitiva de testemunhas e perícia social e
psicossocial.

Nos termos do art. 319, inciso VII, do CPC, a requerente, considerando que
o presente feito trata de matéria que não admite acordo (art. 334, § 4º, II, CPC) e que a ré “R”
encontra-se em lugar incerto ou não sabido, registra que “não tem interesse na designação de
audiência de conciliação”.

Dá ao pleito o valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais).

Termos em que

p. deferimento.
Mogi das Cruzes, 00 de agosto de 0000.

Gediel Claudino de Araujo Júnior

OAB/SP 000.000

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