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O SANGUE E OS VERDADEIROS 

CRISTÃOS

 Queruvim   Transfusões de sangue   29 ago 2010  22 minutos

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Qual a posição do cristianismo sobre a questão de se salvar a vida


humana com sangue?

Em Atos 15:28,29 os Apóstolos e primitivos cristãos decidiram num concílio que era “necessário”
entre outras coisas “abster-se de sangue”. O texto não diz “abster-se de COMER SANGUE” nem
diz que os cristãos devem abster-se de “sangue animal”. Não há evidência alguma de que este
mandamento exclui o sangue humano de ser “usado”. 1 Cor 4:6 fala para “não irmos além daquilo
que está escrito”. Portanto, os que dizem que o texto se refere somente ao sangue “animal” estão
colocando palavras na boca de Deus. O texto reza que o cristão tem de “abster-se de sangue”. Ou
seja NÃO FAZER USO DE SANGUE. É interessante que Lucas usou um termo técnico empregado
na medicina até mesmo naqueles dias. Como veremos abaixo, argumentar que “naquele tempo”
não se usava sangue na medicina é errado. Usava-se sim! As pessoas que REALMENTE
RESPEITAM a palavra de Deus entendem perfeitamente o que isso quer dizer. Não vão procurar
desculpas para violar este mandamento claro! Imaginemos que a Bíblia dissesse: “Não deves comer
carne de porco!” Sabemos que isto não é um mandamento na lei de Cristo, mas suponhamos que
aparecesse em Atos 15:29, e daí alguém dissesse: “Ah! Mas eu vou comer bacon visto que a Bíblia
não proíbe!” Acha que este argumento seria válido? Os que dizem que o sangue mencionado em
Atos 15:29 é apenas um tipo específico de sangue, estão tendo o mesmo raciocínio retardado e
desrespeitoso para com o mandamento claro de Deus. Ai é onde vemos quem realmente segue a
palavra de Deus e quem não! Nisto é que vemos os que realmente tem “fé” e os que apenas
professam da boca para fora ter tal fé.

Leia também : Ídolos, Carnes oferecidas aos

Jesus era um homem íntegro, razão pela qual ele goza de tão elevado respeito. Ele sabia que o
Criador tinha dito que consumir sangue era errado e que esta lei estava vigorando. Assim, existe
boa razão para se crer que Jesus apoiaria a lei sobre o sangue, mesmo que ficasse sob pressão para
agir de outra forma. Jesus “não cometeu nenhum pecado; [e] mentira nenhuma foi achada em sua
boca”. (1 Pedro 2:22, A Bíblia de Jerusalém) Ele estabeleceu o padrão para seus seguidores,
inclusive o padrão de respeito pela vida e pelo sangue. (Mais tarde consideraremos como o próprio
sangue de Jesus acha-se envolvido nesta questão vital que influi em sua vida.)

Martinho Lutero indicou as implicações do decreto apostólico: “Daí, se quisermos ter uma igreja
que se ajuste a este concílio, . . . temos de ensinar e insistir que, doravante, nenhum príncipe,
senhor, burguês, ou campônio, coma ganso, corça, veado, ou leitão cozinhado em sangue . . . E
burgueses e campônios têm de abster-se especialmente da morcela e do chouriço com sangue.”
Observe o que aconteceu quando, anos depois da morte de Jesus, surgiu uma questão a respeito de
se quem se tornasse cristão tinha de guardar todas as leis de Israel. Isto foi discutido num concílio
do corpo governante cristão que mencionei na introdução deste artigo. Tiago, meio-irmão de Jesus,
referiu-se aos escritos que continham as ordens sobre o sangue, declaradas a Noé e à nação de
Israel. Seriam elas obrigatórias para os cristãos? — Atos 15:1-21.

Aquele concílio enviou sua decisão a todas as congregações: Os cristãos não precisavam guardar o
código dado a Moisés, mas era ‘necessário’ que eles ‘persistissem em abster-se de coisas
sacrificadas a ídolos, e de sangue, e de coisas estranguladas [carne não-sangrada], e de fornicação’.
(Atos 15:22-29) Os apóstolos não estavam apresentando um mero ritual ou um regulamento
dietético. O decreto estabelecia normas éticas fundamentais, que os cristãos primitivos acataram.
Cerca de uma década depois, eles reconheceram que ainda deveriam ‘guardar-se do que é
sacrificado a ídolos, bem como de sangue e da fornicação’. — Atos 21:25.

O leitor sabe que milhões de pessoas freqüentam as igrejas. A maioria delas provavelmente
concordaria que a ética cristã envolve não adorar ídolos, nem participar em crassa imoralidade. No
entanto, vale a pena notarmos que os apóstolos situaram o evitar o sangue no mesmo elevado nível
moral que o evitar tais erros. O decreto deles rezava: “Se vos guardardes cuidadosamente destas
coisas, prosperareis. Boa saúde para vós!” — Atos 15:29.

Há muito se entende que o decreto apostólico é obrigatório. Eusébio fala de uma mulher jovem de
perto do fim do segundo século que, antes de morrer sob tortura, frisou o ponto de que aos cristãos
“não se lhes permite comer o sangue sequer de animais irracionais”. Ela não estava exercendo o
direito de morrer. Ela queria viver, mas não se dispunha a transigir quanto a seus princípios. Não
sente respeito por aqueles que colocam os princípios acima de seu ganho pessoal?

O cientista Joseph Priestley concluiu: “A proibição de comer sangue, dada a Noé, parece ser
obrigatória para toda a posteridade dele . . . Se interpretarmos [esta] proibição dos apóstolos pela
prática dos primitivos cristãos, dos quais dificilmente se pode supor não terem entendido
corretamente a natureza e o alcance dela, não podemos senão concluir que se intencionava ser
absoluta e perpétua; pois o sangue não era comido por nenhum cristão, durante muitos séculos.”

QUE DIZER DO USO MEDICINAL DO SANGUE?

Abrangeria a proibição bíblica sobre o sangue o seu emprego na medicina, tal como em
transfusões, que por certo não eram conhecidas nos dias de Noé, de Moisés ou dos apóstolos?

Ao passo que a terapia [transfusional]  moderna que emprega o sangue não existia lá naquele
tempo, o uso medicinal do sangue não é moderno. Por cerca de 2.000 anos, no Egito e em outras
partes, o “sangue [humano] era considerado como o remédio eficaz para a lepra”. Um médico
revelou a terapia ministrada ao filho do Rei Esar-Hadom quando a Assíria estava no auge da
tecnologia: “[O príncipe] está passando bem melhor; o rei, meu senhor, pode ficar feliz. A partir do
22.° dia eu dou (a ele) sangue para beber, ele beberá (isso) por 3 dias. Durante outros 3 dias, eu
darei (a ele sangue) para aplicação interna.” Esar-Hadom tinha contatos com os israelitas. Todavia,
por terem os israelitas a Lei de Deus, eles jamais beberiam sangue como remédio.
Usava-se sangue como tratamento médico na antiga Roma no
tempo de Jesus ?

Era o sangue usado como remédio nos tempos de Roma? O naturalista Plínio (contemporâneo dos
apóstolos) e o médico Areteu, do segundo século, relatam que o sangue humano era um dos
tratamentos da epilepsia. Tertuliano escreveu posteriormente: “Considerai aqueles que, com sede
cobiçosa, num espetáculo da arena, pegam sangue fresco de criminosos iníquos . . . e o levam
correndo para curar sua epilepsia.” Ele os contrastou com os cristãos, que ‘nem mesmo tinham o
sangue dos animais em suas refeições . . . Nos julgamentos dos cristãos, oferecei-lhes chouriços
cheios de sangue. Estais convictos, naturalmente, de que [isso] . . . lhes é ilícito’. Assim, os cristãos
primitivos preferiam correr o risco de morrer a tomar sangue.

“O sangue, em sua forma mais cotidiana não . . . saiu de moda como ingrediente da medicina e da
magia”, relata o livro Flesh and Blood (Carne e Sangue). “Em 1483, por exemplo, Luís XI, da
França, estava morrendo. ‘Ele piorava a cada dia, e os remédios de nada lhe adiantavam, embora
fossem dum caráter estranho; pois ele esperava veementemente recuperar-se com o sangue
humano que ele tirava e engolia de certas crianças.’”

“Deus e os homens encaram as coisas numa luz bem diferente. O que parece importante aos nossos
olhos não tem, muitas vezes, nenhum valor nos cálculos da infinita sabedoria; e o que parece trivial
para nós é, não raro, de imensa importância para Deus. Isso já é assim desde o princípio.” — An
Enquiry Into the Lawfulness of Eating Blood (Indagação Sobre a Licitude de se Comer Sangue),
de Alexander Pirie, 1787.

Que dizer de transfundir sangue? Experimentos com isto começaram no início do século 16.
Thomas Bartholin (1616-80), professor de anatomia na Universidade de Copenhague, Dinamarca,
protestou: ‘Os que introduzem o uso de sangue humano como remédio de uso interno para
doenças parecem estar abusando dele e pecando gravemente. Os canibais são condenados. Então,
por que não abominamos os que mancham sua goela com sangue humano? Algo similar é receber
duma veia cortada sangue estranho, quer por via oral, quer por meio de transfusão. Os autores
desta operação ficam sujeitos ao terror pela lei divina, pela qual se proíbe comer sangue.’

Assim sendo, algumas pessoas refletivas dos séculos passados discerniram que a lei bíblica se
aplicava ao tomar sangue nas veias, assim como se aplicava ao tomá-lo por via oral. Bartholin
concluiu: “Ambas as formas de se tomar [sangue] visam um só e único propósito, o de que, por
meio deste sangue, um corpo enfermo possa ser nutrido ou restaurado [à saúde].”

Esta visão geral talvez possa ajudá-lo a entender a posição religiosa definitiva das Testemunhas de
Jeová. Elas dão alto valor à vida e procuram bons tratamentos médicos. Mas estão decididas a não
violar a norma de Deus, que tem sido coerente: Aqueles que respeitam a vida como dádiva do
Criador não tentam sustentar a vida por tomarem sangue.

Ainda assim, durante anos, ouviram-se muitas afirmações de que o sangue salva vidas. Os médicos
podem relatar casos em que alguém sofreu perda aguda de sangue, mas recebeu transfusões de
sangue e então melhorou rapidamente. Assim, o leitor talvez fique imaginando: ‘Quão sábio ou
tolo, em sentido médico, é isto?’ Oferecem-se evidências médicas em apoio à hemoterapia (terapia
com sangue). De modo que o leitor tem, para consigo mesmo, o dever de apurar os fatos, a fim de
fazer uma decisão conscientizada a respeito do sangue.
A consciência de algumas Testemunhas lhes permite aceitar transplantes de órgãos, se isso for feito
sem sangue. Um informe sobre 13 transplantes de rins concluía: “Os resultados gerais sugerem que
o transplante renal pode ser aplicado, segura e eficazmente, à maioria das Testemunhas de Jeová.”
(Transplantation, junho de 1988) Igualmente, a recusa de tomar sangue não serviu de empecilho
até mesmo para bem-sucedidos transplantes de coração.

As Testemunhas de Jeová há muito se recusam a tomar transfusões de sangue, não primariamente


por causa de perigos à saúde, mas por causa da obediência à lei de Deus sobre o sangue. (Atos
15:28, 29) Todavia, médicos peritos têm tratado com êxito pacientes Testemunhas sem usar sangue,
com seus acompanhantes riscos. Como apenas um dentre muitos exemplos relatados na literatura
médica, a revista Archives of Surgery (novembro de 1990) falou sobre transplante de coração em
pacientes Testemunhas, cuja consciência permitia tal procedimento, sem a administração de
sangue. O relatório disse: “Mais de 25 anos de experiência em realizar cirurgia cardíaca em
Testemunhas de Jeová culminou em bem-sucedidos transplantes cardíacos sem administrar
produtos sanguíneos . . . Não ocorreu nenhuma morte perioperativa, e os primeiros estudos de
acompanhamento têm mostrado que esses pacientes não têm sido mais suscetíveis a altos índices
de rejeição de enxerto.”

As Testemunhas de Jeová prezam e respeitam profundamente a vida. Esta é uma das razões pelas
quais não fumam, não usam tóxicos, nem praticam abortos. Aprenderam, pela Bíblia, a considerar
a vida como sendo sagrada, algo a ser protegido e preservado, tanto para elas mesmas como para
seus filhos.

As Testemunhas de Jeová são bem conhecidas por sua recusa de aceitar transfusões de sangue. Por
que assumem tal posição? Porque a Bíblia mostra claramente que o sangue representa a vida, ou
alma, duma criatura, e, assim, é sagrado. Quando se deu permissão a Noé para comer carne, depois
do Dilúvio, foi-lhe dado o aviso estrito: “Somente a carne com a sua alma — seu sangue — não
deveis comer.” (Gênesis 9:4) Esta proibição foi especificamente repetida na Lei que Deus forneceu à
nação de Israel. (Levítico 17:10) Mais tarde, o espírito santo e os apóstolos exigiram que os cristãos
também ‘persistissem em abster-se de coisas sacrificadas a ídolos, e de sangue, e de coisas
estranguladas, e de fornicação’. — Atos 15:28, 29.

Copie e cole estes link na sua barra de endereços:

Veja os site abaixo


Globo repórter (Abril de 2004) Tecnologia a serviço da religião..

http://www.youtube.com/watch?v=QkvFQbDz0…

A crescente procura por


tratamentos médicos e

cirurgia sem sangue

http://www.watchtower.org/t/20000108/art…
Este simpósio, a Drª Raquel de Souza fala da autonomia da
vontade do paciente, que deve ser considerado um sujeito de
direitos, e não um mero objeto de cuidados médicos. Ele não é
“propriedade do médico”, e sim um agente autônomo, capaz
de decisões e escolhas com base em seus valores e crenças.

http://www.youtube.com/watch?v=KBmBB51Sq…

O sangue doado e testado é SEMPRE seguro ?

“Janela imunológica” é o termo que designa o intervalo entre a infecção pelo vírus da aids e a
detecção de anticorpos anti-HIV no sangue através de exames laboratoriais específicos. Estes
anticorpos são produzidos pelo sistema de defesa do organismo em resposta ao HIV, o que indica
nos exames a confirmação da infecção pelo vírus. Para o HIV, o período da janela imunológica é
normalmente de duas a oito semanas, mas em alguns casos pode ser mais prolongado.

Se um teste de detecção de HIV é feito durante o período da janela imunológica, há possibilidade


de um resultado falso-negativo, caso a pessoa esteja infectada pelo vírus. Portanto, se o teste for
feito no período da janela imunológica e o resultado for negativo, é necessário realizar um novo
teste, dentro de dois meses. Neste período ocorre a soroconversão, se a pessoa estiver realmente
infectada.

É importante, nesse período de janela imunológica, que a pessoa não passe por nenhuma situação
de risco, pois se estiver realmente infectada, já poderá transmitir o vírus para outras pessoas.

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