O documento fornece informações sobre como denunciar crimes raciais no Brasil, incluindo o que constitui racismo segundo a lei, para quem e como registrar uma queixa policial, o processo legal subsequente, e onde buscar ajuda se o caso não for resolvido.
O documento fornece informações sobre como denunciar crimes raciais no Brasil, incluindo o que constitui racismo segundo a lei, para quem e como registrar uma queixa policial, o processo legal subsequente, e onde buscar ajuda se o caso não for resolvido.
O documento fornece informações sobre como denunciar crimes raciais no Brasil, incluindo o que constitui racismo segundo a lei, para quem e como registrar uma queixa policial, o processo legal subsequente, e onde buscar ajuda se o caso não for resolvido.
O que é racismo? Racismo é tratar alguém de forma diferente (e inferior) por causa de sua cor, raça, etnia, religião ou procedên- cia nacional. Para denunciar, é importante ter isso em mente. Várias situações podem ser consideradas racis- mo, por exemplo: • Ofender a dignidade de alguém, atribuindo-lhe qualidades negativas relacionadas à cor (xingar de “negro safado”, “negro fedido” etc.). • Negar ou dificultar entrada e circulação em estabelecimentos comerciais e órgãos públicos de qualquer tipo. • Impedir ou perturbar cerimônia religiosa. • Restringir acesso às entradas e elevadores sociais em edifícios públicos, privados ou residenciais. • Impedir o uso de qualquer tipo de transporte público. • Recusar matrícula em escola, pública ou privada. • Dificultar acesso a cargo público ou negar um emprego. • Pagar salários menores ou dar condições desiguais de trabalho. • Impedir ou dificultar o casamento ou convivência familiar e social.
A legislação brasileira define punições específicas
para cada situação. Cabe ao delegado e ao promo- tor de Justiça avaliar cada caso e indicar que Lei se aplica naquela ocasião. Quem comete racismo fica sujeito, no mínimo, a um ano de prisão. Referências: Art. 140, § 3º e 208 do Código Penal Brasileiro, Lei Federal 7.716/89 Respeito à religião - Racismo Religioso A legislação brasileira (art.208 do Código Penal) tam- bém prevê como crime a discriminação contra práticas religiosas, quaisquer que sejam. No entanto, trata-se de um tipo de situação que atinge principalmente pessoas de grupos raciais discriminados, em especial os pratican- tes de religiões afro brasileiras. Entre as práticas crimino- sas que a Lei cita, estão:
• Ridicularizar alguém por causa de sua crença.
• Impedir ou perturbar cerimônia religiosa. • Desprezar publicamente ou vandalizar ato ou objeto de culto religioso.
Pena: de 1 mês a 1 ano de detenção. Se o crime é prati-
cado com violência, a pena aumenta. Fui vítima de racismo. O que devo fazer? Numa emergência Se o crime está acontecendo naquele momento, chame a Polícia Militar. Se possível, permaneça no local do fato e identifique possíveis testemunhas.
• Polícia Militar - Disque 190
Além de fazer parar a agressão, os PMs vão prender o
agressor e levá-lo à Delegacia.
O que fazer para denunciar crimes na internet.
1. Acesse a página da internet e copie o endereço
do site (URL) em que o crime foi cometido.
2.Tire prints da tela com a URL, se possível a partir
do computador. No celular não é possível printar a URL a partir dos aplicativos. Na Delegacia, siga as seguintes recomenda- ções Se o crime já aconteceu Assim que puder, procure a Delegacia de Polícia Civil mais próxima de onde ocorreu o fato para registrar uma queixa.
Prazos pra prestar queixa
Dependendo da interpretação que o delegado ou promotor de Justiça fizer do fato, o prazo para prestar queixa pode ser de apenas seis meses. Portanto, é melhor não arriscar. Procure a Delegacia o quanto antes.
Conte a história com o máximo de detalhes que você
lembrar e forneça os nomes e contatos das testemunhas. Peça ao policial civil para anotar na queixa que você de- seja que o agressor seja processado. Isso é muito impor- tante. Se o policial abrir apenas um TCO (termo circunstancia- do de ocorrência), insista que o crime não é de menor potencial ofensivo e deve ser investigado através de in- quérito policial. Confira aqui os endereços de todas as Delegacias do Es- tado: www.policiacivil.pe.gov.br Atenção Às vezes, a discriminação acaba sendo esquecida porque acontece junto com outros crimes, como agressão física ou lesão corporal. Na hora de fazer a queixa, certifique- se de registrar também o racismo.
O processo Não é obrigatório contratar advogado, pois o processo contra quem comete racismo é de responsabilidade do Ministério Público.
Através do promotor de Justiça, o Ministério Público
deve tomar as providências necessárias para abrir o pro- cesso criminal.
Quando o processo estiver aberto, você poderá acom-
panhar seu andamento pela internet, através do site do TJPE:www.tjpe.jus.br.
Não compartilhe publicações racistas
Compartilhar não é forma de denunciar pois isso dá mais visibilidade ao agressor que ganha notoriedade com a viralização do ódio. E se eu não for a única vítima? Muitas vezes o racismo não atinge apenas uma pessoa, mas toda a coletividade. Nesses casos, é possível procu- rar logo o Ministério Público de Pernambuco.
Exemplos:
• Propaganda com conteúdo discriminatório.
• Sites e comunidades na internet que fazem apologia ao racismo. • Livros e outras publicações com conteúdo racista. • Associação de pessoas com a finalidade de prati- car racismo. • Existência de alguma ação governamental de conteúdo racista. • Descumprimento das leis e políticas públicas de promoção da igualdade racial. Denúncias ao MPPE Internet www.mppe.mp.br Contatos • GT Racismo: 81 3182 7134 / gtracial@mppe.mp.br • Promotoria de Justiça de Direitos Hu- manos: 81 3182 7470 / pjdh@mppe.mp.br • Ouvidoria: Disque MP 127 e Assistente virtual via WhatsApp 81 99679 0221 Pessoalmente Procure a Promotoria de Justiça da sua cidade. Confira aqui os telefones e endereços: www.mppe.mp.br/mppe/contatos Fiz tudo certo e o caso não andou. E aí? Se houver falha no trabalho dos policiais, do promotor de Justiça ou do juiz, você pode e deve reclamar. O local indicado para isso é a Ouvidoria de cada órgão. Veja os contatos:
Ouvidoria da Secretaria de Defesa Social
Telefone: 181 | 0800 081 5001 (das 7h às 19h, de segunda a sexta-feira). WhatsApp: 81 99488 3455 Rua São Geraldo, 110, Santo Amaro, Recife-PE De segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
Ouvidoria do Ministério Público de
Pernambuco WhatsApp: 81 99679 0221 Disque-MP: 127 Formulário online: ouvidoria.mppe.mp.br/#/formulario Rua do Imperador, 447, Santo Antônio – Recife De segunda a sexta-feira, das 12h às 18h.
Ouvidoria do Poder Judiciário
0800 081 5251 ou 159 Telefone: 81 3182.0638 | ouvidor@tjpe.jus.br Formulário online: constante na aba “Fale com o TJPE”. Rua Dr. Moacir Baracho, 207 térreo- Santo Antônio, Recife, no horário das 9h às 13h. Saiba mais Acesse o site www.mppe.mp.br