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NOME: Matheus trindade de sousa

MATRICULA: 201651173036

LEGISLAÇÃO ESPECIAL

Injúria Racial
São agressões verbais direcionadas a uma pessoa, com a intenção de abalar o
psicológico dessa vítima determinada, utilizando elementos referentes a raça, cor,
etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência,
caracterizam injúria racial (art. 140, § 3.º, CP).
A injúria racial possui pena de reclusão, de 1 a 3 anos e multa. Pena relativamente
pequena, admitindo a suspensão condicional do processo. É um crime contra a honra
subjetiva da vítima. Somente se processa mediante representação do ofendido.
Um exemplo recente de injúria racial ocorreu no episódio em que torcedores do time do
Grêmio, de Porto Alegre, insultaram um goleiro de raça negra chamando-o de “macaco”
durante o jogo. No caso, o Ministério Público entrou com uma ação no Tribunal de
Justiça do Estado do Rio Grande do Sul (TJRS), que aceitou a denúncia por injúria
racial, aplicando, na ocasião, medidas cautelares como o impedimento dos acusados
de frequentar estádios.
Após um acordo no Foro Central de Porto Alegre, a ação por injúria foi suspensa.

Crimes de Racismo
Ao contrário da injúria racial, cuja prescrição é de oito anos – antes de transitar em
julgado a sentença final –, o crime de racismo é inafiançável e imprescritível, conforme
determina o artigo 5º da Constituição Federal.

E apuram-se mediante ação penal pública incondicionada, ou seja, o Estado não


depende da representação do ofendido para investigar, processar e punir os racistas.
Deve-se observar a redação dos tipos penais da Lei n. 7.716/89 para identificar quais
condutas serão consideradas crimes de racismo. A Lei define os crimes resultantes de
discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. A
maioria dos crimes de racismo tem como objeto central impedir a segregação racial.
O ato de impedir, obstar ou dificultar o acesso de um número indeterminado de
pessoas a serviços, empregos ou lugares, como cargos da Administração Pública,
empresas privadas, estabelecimento comercial, hotéis ou estabelecimentos
congêneres, restaurantes, bares, estabelecimentos esportivos, casas de diversão,
clubes, salões de cabeleireiros, barbearias, entradas e elevadores sociais, meios de
transporte.
Por exemplo: não permitir a entrada de negros em determinado estabelecimento,
deixar de vender algum produto só para os Judeus, não empregar indígenas numa
empresa, etc. Também configura crime de racismo impedir a matrícula em escola, o
acesso às forças armadas e, inclusive, obstar por qualquer meio o casamento ou a
convivência familiar por razões de preconceito.
Há, ainda, a previsão de crime de fabricação, distribuição ou veiculação de símbolos,
emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou
gamada, para fins de divulgação do nazismo.
Para facilitar a compreensão, segue uma tabela com as principais diferenças entre a
injúria racial e o racismo:

É indiscutível que a mesma Constituição que prevê o crime de racismo também


determina que é objetivo do Estado promover o bem de todos, sem que exista
preconceito por origem, raça, cor ou qualquer outra forma de discriminação.
Acontece que muito embora a Lei Maior assim determine, garantir o respeito ao
indivíduo não é tarefa apenas do Estado, mas de cada cidadão. Aceitar e conviver com
as diferenças, principalmente em um país tão diversificado quanto o Brasil, também é
uma questão de cidadania.

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