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DIREITOS,
CONTRA O
RACISMO
COM
DIREITOS,
CONTRA O
RACISMO
Com direitos, contra o racismo
Copyright© 2023 Defensoria Pública do Estado da Bahia. Permitida a reprodução de qualquer
parte desta edição, desde que citada a fonte.
CDD 320.56
Ficha catalográfica: Lucinete de Almeida Carvalho – CRB/5: 1889/O
Defensoria Pública do Estado da Bahia
www.defensoria.ba.def.br
Escola Superior da Defensoria Pública do Estado da Bahia
esdep@defensoria.ba.def.br
Tel.: (71) 3117-6918
Observe, nos espaços em que você frequenta, onde estão as pessoas negras e
quais funções que elas desempenham.
Numa unidade de saúde, você costuma ver pessoas negras na condição de mé-
dicas? E no sistema de justiça, você vê pessoas negras como defensoras públi-
cas, promotoras, juízas? E entre grandes empresários? Faça a mesma reflexão
sobre seu espaço de trabalho: você já teve como chefe uma pessoa negra?
Injúria racial: acontece quando uma pessoa é ofendida (por exemplo, com xin-
gamentos ou gestos) por causa de elementos que a identificam como negra,
como a cor da pele, os cabelos ou outras características físicas, ou outros
aspectos sociais e culturais associados à negritude.
Se ligue na lei
“Art. 2º-A Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro,
em razão de raça, cor, etnia ou procedência nacional.
Pena: reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
Parágrafo único. A pena é aumentada de metade se o crime for
cometido mediante concurso de 2 (duas) ou mais pessoas.”
Se ligue na lei
“Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconcei-
to de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
Pena: reclusão de um a três anos e multa.”
Atenção: se esse crime for praticado por meios de comunicação social, incluindo
as redes sociais, como Facebook, Twitter e Instagram, TikTok, a pena é maior:
Se ligue na lei
“Art. 20, § 2º Se qualquer dos crimes previstos neste artigo for
cometido por intermédio dos meios de comunicação social, de
publicação em redes sociais, da rede mundial de computadores
ou de publicação de qualquer natureza:
Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa.”
Fique ligado: a pena também é mais grave se o crime for praticado em ativida-
des voltadas ao público, como jogos de futebol e outras atividades esportivas,
shows e outras atividades culturais, ou mesmo, no contexto de atividades re-
ligiosas. É isso mesmo: a liberdade de culto e a liberdade para se divertir não
valem como justificativa para praticar racismo.
Se ligue na lei
“Art. 20, § 2º-B Sem prejuízo da pena correspondente à violência,
incorre nas mesmas penas previstas no caput deste artigo quem
obstar, impedir ou empregar violência contra quaisquer manifes-
tações ou práticas religiosas.”
Se ligue na lei
“Art. 20-A. Os crimes previstos nesta Lei terão as penas aumen-
tadas de 1/3 (um terço) até a metade, quando ocorrerem em
contexto ou com intuito de descontração, diversão ou recreação.”
Porém, isso não garante que a pessoa que cometeu racismo ficará presa en-
quanto aguarda julgamento, uma vez que, depois de detida pelo(a) delegado(a)
de polícia (que não pode arbitrar fiança), um(a) juiz(a) deverá decidir se, com
base nos requisitos dos arts. 312 e 313 do Código de Processo Penal, a pessoa
acusada poderá responder ao processo em liberdade ou não.
Após as alterações realizadas na Lei Caó (Lei nº 7.716/89), por meio da Lei
14.532/2023, injúria racial e racismo são considerados crimes de ação penal
pública incondicionada, o que significa que a responsabilidade por conduzir a
acusação é do Ministério Público.
Além disso, deve ser feita imediatamente uma denúncia na plataforma Safer-
net (https://new.safernet.org.br/denuncie), que é uma organização civil voltada
para a promoção e defesa dos Direitos Humanos na Internet no Brasil.
Atenção: você sabia que existe o direito de afastamento das atividades escola-
res por motivo de questões religiosas, como por exemplo, momentos de inicia-
ção nas religiões dos povos de terreiro? É o que determina a Lei nº 13.796/2019.
Se seu direito não for respeitado, procure a Defensoria Pública!
Políticas públicas no campo da saúde: você sabia que doença falciforme, albi-
nismo, hipertensão e diabetes são mais frequentes na população negra? Para
Atenção: você sabia que todo grupo religioso tem direito de promover assis-
tência religiosa em unidades hospitalares e prisionais? Infelizmente, por conta
do racismo, muitas pessoas das religiões dos povos de terreiro têm relatado
dificuldades para exercer esse direito. Por isso, divulgamos aqui a legislação
aplicável e reforçamos que a Defensoria Pública está à disposição para buscar
a garantia desse direito.
Se ligue na lei
“Art. 2° - A assistência religiosa nas unidades da Rede Própria
da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia - SESAB é garantida
aos representantes de todas as crenças religiosas, atendidos os
requisitos previstos nesta portaria.
I - A prática de culto envolvendo cerimônia coletiva será realizada
em local apropriado e multirreligioso, quando houver.
II - Em situação de urgência, à assistência religiosa individual
poderá ser prestada fora do horário normal de visita, desde que
exista anuência dos Serviços Social e de Enfermagem.
III - A atuação religiosa não poderá implicar em ônus para os
cofres públicos nem para as entidades privadas afins.”
E-mail: cr.racismo@sepromi.ba.gov.br
Endereço: Avenida Paulo VI, nº 844, Ed. Redenção Trade II, Pituba - Sal-
vador/BA, CEP: 41.810-001
Site: www.mpf.mp.br/mpfservicos
Online: agenda.defensoria.ba.def.br
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