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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE RIO PRETO - UNIRP

PAULA RODRIGUES DE OLIVEIRA THOMAZINI

ESCOLA DE FOTOGRAFIA “CLICANDO SONHOS”

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO


2021
PAULA RODRIGUES DE OLIVEIRA THOMAZINI

ESCOLA DE FOTOGRAFIA “CLICANDO SONHOS”

Trabalho Final de Graduação – TFG,


apresentado ao Centro Universitário De
Rio Preto (UNIRP), com a colaboração do
Professor Caetano Greco Junior, como
requisito avaliativo para obtenção de grau
de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo.

Orientador: Prof. Caetano Greco Junior

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO


2021
ESCOLA DE FOTOGRAFIA “CLICANDO SONHOS”

TRABALHO DE FINAL DE GRADUAÇÃO

ESCOLA DE FOTOGRAFIA “CLICANDO SONHOS”

BANCA EXAMINADORA

São José do Rio Preto, X de Junho de 2021.


Dedico este trabalho à minha família, por
sua capacidade de acreditar e investir em
mim. Mãe, seu cuidado e dedicação foi
que deram, em alguns momentos, a
esperança para seguir. Tia, sua presença
significou segurança e certeza de que não
estou sozinho nessa caminhada.
AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus por ter me permitido ao longo desses seis anos
chegar até aqui. Aos meus avós, Belina Rodrigues e Paulo Machado (in
memorian) por serem minhas maiores inspirações e exemplos de integridade,
educação, responsabilidade e superação. A minha família que sempre me
apoiaram em minhas escolhas. A minha mãe Elisandra, meu tio Fernando e
principalmente minha tia Maracélia que não mediram esforços ao longo dessa
caminhada. As essas pessoas às quais devo tudo que conquistei e que
conquistarei. Meus maiores apoiadores, que fazem da minha luta a deles.
A todos os verdadeiros amigos que fiz durante minha jornada e aos antigos
amigos que sempre me acompanharam principalmente a Bruna e o Wilquer que
estiveram comigo no momento que mais precisei e que ofereceram uma ajuda
sincera em casos de necessidade, que compartilharam não só meus momentos
de vitória, mas sim os de dificuldades e que me acalentaram em situações de
desamparo.
A todos os professores e profissionais com os quais tive a oportunidade de
crescer academicamente, profissionalmente e pessoalmente. Em especial aos
professores, Daniele Campitelli, Cristhian, Victoriano, Ana Letícia e Andreia que
acreditaram no meu potencial e me deram as oportunidades para me provar
merecedor da confiança que depositaram no meu trabalho.
Agradeço imensamente ao meu orientador Caetano Greco Junior, por me orientar
durante todo o trabalho, com determinação e vontade em todas as vezes que foi
requisitado, por suas correções e incentivo.
A todas as pessoas que direta e indiretamente contribuíram para meu crescimento
profissional e intelectual, minha formação de caráter e minha evolução como ser
humano.
A Deus, que me deu vida, saúde, força de vontade, inteligência, perseverança e fé
para vencer todos os desafios que enfrentei.

Obrigada.
Se Deus disse que eu posso, então eu posso. Irei e não
temerei mal algum. (Bíblia, Filipenses 4.3).

“Quando eu deixar este mundo, não deixarei arrependimentos.


Deixarei algo para ser lembrado, para que não esqueçam que
eu estive aqui”. (Beyoncé)
RESUMO

Se considerarmos a importância da fotografia nos meios de comunicação, sua


crescente presença na vida cotidiana, seu valor cultural e a importância de seus
profissionais, percebe-se a necessidade de um espaço físico adequado para o
ensino, aperfeiçoando os trabalhos fotográficos na cidade de São José do Rio Preto.
O desenvolvimento do projeto da Escola de Fotografia “Clicando Sonhos” tem como
finalidade oferecer um espaço que dê oportunidades a reunião de amadores,
profissionais e público geral para a troca de experiências e conhecimento em um
ambiente adequado para tais atividades.

     

Palavras-Chave: Arquitetura. Fotografia.

ABSTRACT
If we consider the importance of photography in the media, its growing presence in
everyday life, its cultural value and the importance of its professionals, it realizes the
need for an adequate physical space for teaching, perfecting photographic works in
the city of São José do Rio Preto. The development of the “Clicking Dreams” School
of Photography project aims to provide a space that gives opportunities for the
meeting of amateurs, professionals and the general public to exchange experiences
and knowledge in an environment suitable for such activities.

Keywords: Architecture. Photography.

LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Pirâmide de Gizé 18
Figura 2.
Sumário

1. INTRODUÇÃO X

2. OBJETIVOS X

3. JUSTIFICATIVA X

4. METODOLOGIA X

5. CONTEXTO HISTÓRICO X

6. CAPÍTULO 1

7. CAPÍTULO 1

8. O DAGUERREÓTIPO

9. O CALÓTIPO OU TALBÓTIPO

10. A CHAPA ÚMIDA

11. O AMBRÓTIPO

12. O FERRÓTIPO

13. VOCÊ APERTA NÓS FAZEMOS O RESTO - KODAK

14. A PRIMEIRA MÁQUINA FOTOGRÁFICA

15. A PRIMEIRA FOTOGRAFIA

16. LINHA DO TEMPO DA CÂMERA FOTOGRÁFICA

16.1

16.2

17. A “MAMUTE”

18. CÂMARA ESCURA

19. PRIMEIRA FOTOGRAFIA COLORIDA

20. A FOTOGRAFIA NO BRASIL

21. FOTOGRAFIA DIGITAL

22.
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1. INTRODUÇÃO

Uma Escola de Fotografia na cidade de São José de Rio Preto é essencial para a
população, pois fornecerá as pessoas a capacidade de compreender e entender as
formas como são apresentadas as imagens em seu cotidiano, bem como a
satisfação e um leque de possibilidades de novos aprendizados.
A profissão do fotógrafo não é simplesmente apertar um botão com a maioria das
pessoas pensam. Fotografar vai muito além do que um simples clique, é um livro
que o fotógrafo leu, viagens, palestras, workshops e todos os conhecimentos
adquiridos durante bagagem fotográfica.
A proposta da Escola de Fotografia é preparar os estudantes para o convívio dos
avanços tecnológicos presentes no mundo da fotografia e para que eles tenham a
capacidade de entender o que está ao seu redor. visa melhorar o desenvolvimento
da cidade tendo uma educação de qualidade, incentivando o conhecimento das
classes menos favorecidas que é muito importante. Dessa maneira, todos terão a
chance de mudar sua situação. Proporcionando uma educação de qualidade, terão a
chance de conquistar melhores empregos, contudo diminuindo a desigualdade
social.
A Escola de Fotografia será pública e todos os alunos terão acesso ao
conhecimento, arte e cultura, proporcionando aos alunos um conhecimento amplo e
atrativo sobre a importância da fotografia na vida do ser humano hoje em dia.
O trabalho procurou descrever alguns problemas urbanísticos de São José do Rio
Preto como, por exemplo, desigualdade social e educação de má qualidade.
Posteriormente foi realizado um diagnóstico do local escolhido para a implantação
da Escola de Fotografia, apresentando uma escolha do local de intervenção. Será
um prédio arquitetônico com conceitos modernos. O prédio escolar será interativo,
chamando a atenção das pessoas através das cores, que é intencional, pois as coes
intensas ficam gravadas na memória, deixando as pessoas com vontade de
conhecer e participar do ensino da fotografia.
A Escola de Fotografia será projetada para despertar o seu valor para as pessoas
como expressão artística.
A Escola de Fotografia é uma excelente opção para quem quer ter contato direto
com as áreas de fotografia e edição de imagens.
As aulas são dentro de um prédio arquitetônico com espaço de eventos, estúdios
exclusivos da escola, sala de edição, áreas de alimentação, estacionamento amplo,
restaurante, sala de aula, área de estudos para os alunos e uma produtora
audiovisual completa para que os alunos tenham contato com tudo aquilo que
desejam conhecer e entender. 

Nosso curso de fotografia tem por objetivo capacitar o aluno para que ele tenha uma
profunda compreensão das técnicas de fotografia, assim como uma grande
capacidade prática. Indicado tanto para os amantes da fotografia que desejam usar
as técnicas para fins profissionais ou mesmo para os que desejam aprendê-las
apenas por hobby.
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Desde a sua invenção, a fotografia sempre esteve associada às ideias de registro e


de memória do presente. No contexto da arte, além dessas ideias originais, a
fotografia também passa a ser objeto. No âmbito das tecnologias digitais e
inovações constantes do século XXI, a fotografia torna-se imaterial e ganha novas
dimensões no que diz respeito a criações do passado

2. OBJETIVOS

Este trabalho tem como objetivo justificar o desenvolvimento do projeto de


arquitetura de uma Escola de Fotografia que será realizado na cidade de São José
do Rio Preto, criando um espaço propício para ensino/aprendizagem, exposição,
aperfeiçoamento de técnicas, treinamento especializado de amadores e profissionais
da área da fotografia.
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3. JUSTIFICATIVA

O projeto arquitetônico de uma escola de fotografia é primordial para conforto


térmico, acústico, luminoso, funcionalidade, segurança, entre outros, e precisam
estar bem resolvidas, pois isso implica em cuidar da saúde de todos os usuários da
escola (alunos, professores, funcionários, pais…), que afeta a produtividade de
todos. Toda instituição de ensino funciona como um polo disseminador de
conhecimento. É importante que as pessoas compreendam que a educação não se
trata exclusivamente de alunos, professores e livros – o ambiente físico também é
importante.
A Fotografia é ferramenta fundamental no trabalho do arquiteto. Desde a
faculdade, o aluno de Arquitetura se utiliza da fotografia para fazer o registro de
levantamentos, espaços, terrenos e referências. E na profissão isso não é diferente.
Aprender a fotografar aprimora o senso de observação, escala e proporção.
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Enquadramento, composição, senso estético e compreensão de luz e sombra


também são pontos muito trabalhados quando se fotografa. E todas estas questões
fazem parte do universo daqueles que fazem Arquitetura.

4. METODOLOGIA

Este trabalho terá como metodologia ...


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5. CONTEXTO HISTÓRICO

Se pesquisarmos a origem da palavra fotografia, poderemos entender


melhor o seu significado que vem do grego (fós) que significa “luz”, e (grafis) que
significa “estilo, pincel”, portanto fotografia é “desenhar com luz e contraste”.
No decurso da história, inúmeras pessoas foram incorporando conceitos e
processos que originaram à fotografia que conhecemos atualmente. Para
compreendermos o processo de passagem da fotografia no decorrer das épocas,
necessitamos conhecer um pouco do panorama histórico e principalmente suas
mudanças mais significativas.
Mas afinal o que é fotografia?
O francês Joseph Nicéphore Niépce, (1765 - 1833) foi a pessoa
responsável por produzir pela primeira vez uma imagem pela ação da luz. Foram
décadas de experiência que após 20 anos Niépce conseguisse encontrar algo que
permitia um maior tempo de duração das imagens.
Em 1826 ele conseguiu depois fazer sua primeira imagem fotográfica, de duração
indefinida a partir de uma câmera escura com um orifício para exposição
Da luz e a utilização de uma placa de estanho coberta por betume de
judeia, essa imagem levou oito horas para ser finalizada, lembrando que atualmente
tal processo leva menos que um segundo. Niépce batizou o processo de
“heliografia”, que pode ser entendido como a luz do sol.
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Quando Niépce faleceu em 1833, deixou sua obra aos cuidados do francês
Daguerre.

Figura 1. Primeira fotográfica tirada por Joseph Nicéphore Niepce em 1826.


'View from the Window at Le Gras', primeira foto da história (Foto: Joseph Nicéphore Niepce)
Fonte.G1, (2012)

Figura 2. Placa usada como negativo da primeira fotografia em 1826.


Fonte: G1, (2012)

"View from the Window at Le Gras", (Vista da janela do Le Gras) este foi o nome
dado para a primeira fotografia da história. A tradução do título faz referência a
imagem feita a partir da janela do inventor francês Joseph Nicéphore Niépce em
19

1826 na cidade de Saint-Loup-de-Varennes, na França. O processo rudimentar


usado na época foi considerado como o primeiro a fixar uma imagem.

Daguerre, durante vários anos foi considerado o segundo pai da fotografia.


Daguerre conseguiu realizar a mesma conquista que Niépce, que era
capturar uma imagem em uma chapa metálica, entretanto com menor duração de
tempo.
Em 1839, Louis J. N. D. apresentou demonstrações do daguerreótipo diante
da Academia de Ciências em Paris. O daguerreótipo seria substituído pelo processo
negativo/positivo sobre o papel, permitindo assim, reproduzir a imagem.
Louis Jacques Mandé Daguerre foi o responsável por melhorar a obra de Niépce.
Ele realizou uma descoberta ainda mais decisiva para o mundo da fotografia.
Daguerre tinha o objetivo de levar a fotografia a um grande número de pessoas e,
contudo, iniciou estudos sobre os métodos de Niépce, independente do seu nível
intelectual, qualquer pessoa podia utilizar os mecanismos de uma fotografia.
Com o total apoio do governo francês, Daguerre dedicou-se seu trabalho
integralmente para uma grande pesquisa pública. Este foi o marco inicial da era
atual da fotografia.
Como era de se esperar, o daguerreótipo ficou limitado às pessoas de maior classe
social. Todas as pessoas desejam ter uma máquina fotográfica dessa. As maiores
características da criação de Daguerre é a maior riqueza de detalhes e a aparência
tridimensional de suas imagens

Figura 3. Fotografia
do Daguerreótipo. Fonte
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Após Daguerre outro nome chama a atenção na história da fotografia,


William Henry Fox Talbot (1800 – 1877) em 1841 inventou um meio de obter cópias
da fotografia.
Há muito tempo, Talbot pesquisava sobre a fixação da imagem da câmera
escura, então ele deu início às pesquisas fotográficas, tentando obter cópias por
contato de silhuetas, rendas, de folhas e vários outros objetos. O papel era imergido
em uma solução de nitrato e cloreto de prata, e em seguida seco, onde em contato
com os objetos, resultava uma silhueta escura.
O Processo utilizado por Talbot é muito parecido com o que usamos nos
dias de hoje, pois produz um negativo que tem a possibilidade de ser reutilizado
para produzir diversas imagens positivas.
Talbot pesquisava com suportes de papel fotossensível emulsionado com
sais de prata que podiam registrar uma matriz em negativo, possibilitando cópias
positivas. Esse processo chamado calótipo, patenteado em 1841 era mais barato
que o de Daguerre e fez com que a fotografia se tornasse mais acessível na época.
Mais tarde, as pesquisas se voltaram a encontrar um papel para os negativos que
pudesse ser rapidamente impresso. O inglês Frederick Scott Archer, em 1848,
inventou o processo de colódio úmido, que é composto de éter e álcool em uma
solução de nitrato e celulose.
O colódio operou como uma substância que dava consistência para aderir o
nitrato de prata fotossensível à chapa de vidro, que funcionava como base de
negativo. Sendo assim, Archer descobriu uma maneira da foto ser revelada
rapidamente após a fotografia. Com isso, logo a fotografia passou a ser
comercializada entre as pessoas e os povos das classes altas da hierarquia que
passaram a imprimi-la e copiá-la. Esse foi um importante marco inicial na história da
fotografia.
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Figura 4. Câmera de colódio | fabricante desconhecido | c 1862

6. CAPÍTULO 1

A fotografia está cada dia mais presente em vários momentos da vida


contemporânea. Está tão presente que as pessoas deixam de participar e questionar
seu valor na vida cotidiana. Formatos de mídia como o cinema e a televisão são
possíveis graças à tecnologia da fotografia.

A fotografia vista em jornais, revistas, propagandas, livros, panfletos, outdoor,


redes sociais revolucionou a comunicação de ideias. Antigamente a fotografia era
considerada artigo de luxo por poucas pessoas terem acesso, e pelo valor ser
considerado caro, as pessoas que tinham mais acesso eram as de classe social alta.

Com a evolução de suas tecnologias e seu custo mais acessível,


principalmente na evolução digital dos anos 90, a fotografia ganhou força e se
popularizou. Espalhando-se por diversos campos de atuação como podemos
observar na propaganda, nas artes, no fotojornalismo, cada uma destas
apresentando suas características distintas.

Com tudo isso a consequência da propagação da fotografia, tanto como arte


quanto como meio de comunicação, o número de imagens produzidas em um
determinado espaço de tempo aumentou gradativamente com o decorrer dos anos,
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inventando um arquivo extremamente diversificado de registros culturais, históricos e


cotidianos.

Surgia então, uma urgência de documentar a vida, levando em consideração que as


mudanças ocorriam cada vez mais rapidamente.

6. CAPÍTULO 2

A imagem fotográfica, sendo uma representação fiel realidade, causa no


observador sensações mais próximas daquelas que estão sendo representadas
porque ele é capaz de reconhecer os elementos visuais que lhe são familiares. Essa
familiaridade com partes componentes de outras culturas faz com que quem observa
se questione sobre sua vivência diária e contribui para a construção do seu
conhecimento.

Em questão de formação de opinião, a fotografia entra como apetrecho da


difusão de informações. Seja pela propaganda, como instigadora de consumo, ou
pelo jornalismo, como comprovadora de fatos. Entender o papel que a fotografia
exerce no meio da informação é fundamental para sua finalidade ser atendida com
sucesso e para evitar que seja usada de forma imprópria para manipular
informações a favor de alguma pessoa.

Se espera um retorno significativo para o mercado fotográfico de


profissionais mais qualificados a amparar a demanda por trabalhos da área nas mais
diversas especialidades. Profissionais mais competentes resultam,
consequentemente, na valorização da profissão, maior estabilidade financeira e
influenciam nas decisões dos iniciantes da fotografia.

Devemos trabalhar e estudar esses valores em um ambiente conveniente à


aprendizagem, com infraestrutura adequada, seguindo conceitos atualizados de
escola como espaços de ensino, que permite uma relação
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Câmara escura.

Câmara escura. Foto: Pinterest.

Ao observar um feixe de luz atravessar um quarto escuro, Alhazen percebeu que a


luz viajava em linha reta e projetava na parede oposta a imagem de objetos do lado
de fora.

Por volta do século XVI, os buracos da câmara escura foram acoplados a lentes,
fazendo com que as imagens ficassem mais nítidas.

Um pouco mais tarde, no século XVIII, artistas começaram a utilizar esse


equipamento de forma regular para fazer retratos da nobreza e imagens campestres.
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7. A “MAMUTE”

Durante as primeiras décadas da fotografia, as ampliações, além de difíceis


e dispendiosas, saíam geralmente borradas. Para se obter fotografias maiores, era
necessário uma câmera muito grande. Inúmeros fotógrafos tinham câmeras que
produziam chapas de 28 x 36,5 cm.

George Raymond Lawrnce inventou a maior câmera do mundo, foi construída


por J. A. Anderson em 1900 nos Estados Unidos, pesando 640 kg, que media 3,6
metros de cumprimento, custando em torno de 5 mil dólares era transportada em um
vagão especial e necessitavam de 15 homens para move-la e opera-la.

A câmera denominada como “Câmera Mamute”, foi criada por funcionários da


Companhia de Estrada de Ferro de Chicago e Alton, com o propósito de produzir
uma única fotografia detalhada do seu mais novo trem de luxo.

A fotografia da locomotiva rendeu a Lawrence o Grande Prémio Mundial para a


Excelência Fotográfica na Exposição Universal de Paris de 1900.

A câmara “Mamute”, pesando 635 kg quando


carregada com sua placa de vidro de 225 kg, exigia
uma equipe de quinze homens para sua operação.
Construída em Chicago, movia-se em um vagão de
estrada de ferro projetado especialmente para ela.
A revelação e obtenção da cópia de uma de suas
fotografias de 1,4 x 2,4 m necessitava de 45 litros
de soluções químicas. A câmara foi construída com
a finalidade de fotografar um trem expresso de
luxo; a fotografia obtida, com seu incrível tamanho,
impressionou de tal forma os jurados da Exposição
de Paris em 1900, que recebeu o Grande Prêmio
Mundial. (Fonte.Livro Manual Completo de Arte e
Técnica)
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Figura 5. (Fonte.Livro Manual Completo de Arte e Técnica)

Figura 6. (Fonte.Livro Manual Completo de Arte e Técnica)


26

Figura 7. Fotografia realizada pela câmera Mamute da locomotiva "The Alton


Limited" Fonte (resumofotografico.com/2013/03/camera-mamute)

OS INVENTORES DA FOTOGRAFIA

● Sir Hershcel, inventor do cianótipo,


● William Henry Fox Talbot, inventor do calótipo,
● Jean Marie Taupenot, inventor do processo de albumina e colódio seco
● Scott Archer, inventor do processo de colódio úmido,
● BJ Sayce e WB Bolton, inventores do processo de colódio e brometo de
prata,
● Robert L Maddox, inventor do processo de chapas secas
● George Eastman, inventor de negativos flexíveis.

2. O CALÓTIPO

O Calótipo foi inventado por William Henry Fox Talbot no ano de 1841.
Ele consiste na exposição à luz de um negativo em papel com nitrato de prata e
ácido gálico, fazendo uso da câmara escura. (PHOTO ALBUM UNIVERSAL)
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Figura 9. Fotografia capturada por calótipo por William Henry Fox Talbot. (Fonte)

Depois disso, o negativo é exposto a uma solução de hipossulfito de sódio. Após


secar, a fotografia ganha vida. Esse processo é muito parecido com a revelação
fotográfica atual.

Essa técnica permite que a mesma foto seja reproduzida várias vezes, possibilitando
assim a existência de várias cópias.

Apesar de a fotografia passar por diversos experimentos, ela ainda continuava


sendo feita em preto e branco. A foto colorida, por sua vez, só surgiu em 1848,
graças ao físico francês Alexandre Edmond Becquerel.

1. O DAGUERREÓTIPO

(Fonte Manual Completo de Arte e Técnica


28

(Fonte Manual Completo de Arte e Técnica

Primeira fotografia bem-sucedida feita com um


daguerreótipo. 

No início, o processo fotográfico demorava alguns minutos. Entretanto, conforme a


técnica foi otimizada, era possível ter uma foto em questão de segundos, e isso foi
essencial para que a linha do tempo da fotografia ganhasse novas conquistas.

Apesar de ter sido inventado em 1837, o daguerreótipo só foi apresentado


publicamente em 1839, depois de uma série de melhorias. Por ser um equipamento
revolucionário e inovador, ele foi considerado de domínio público pelo governo
francês.
29

Daguerreótipo. (Fonte:PHOTO ALBUM UNIVERSAL )

A criação do daguerreótipo teve forte impacto nas artes plásticas. Como essa era
uma nova maneira de capturar imagens reais, os artistas começaram a ter maior
liberdade na hora de criar suas obras.

Enquanto Daguerre criava o daguerreótipo, o inglês William Henry Fox Talbot


inventava o talbótipo, também conhecido como calótipo.

3. A CHAPA ÚMIDA

Alguns dos melhores retratos dos anais da fotografia foram feitos em chapa úmida
de colódio. Em condições de estúdio e nas mãos de um fotógrafo habilidoso, a
chapa úmida se prestava para captar uma atmosfera especial, jogos sofisticados de
altas luzes e sombras, texturas e detalhes. (MANUAL DA FOTOGRAFIA)
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NADAR (Gaspard Felix Tournachon) Sarah Bernhardt, 1859


(Fonte Manual Completo de Arte e Técnica)

4. O AMBRÓTIPO

Fotógrafo Desconhecido. O professor de Equitação 1860 Fotógrafo Desconhecido. Soldado 1860


(Fonte Manual Completo de Arte e Técnica) (Fonte Manual Completo de Arte e
Técnica)
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5. O FERRÓTIPO

Fotógrafo Desconhecido. Retrato de um Índio 1860


(Fonte Manual Completo de Arte e Técnica)
Em 1856, logo depois da criação do econômico ambrótipo, Hannibal L. Smith, um
professor de química da Universidade de Kenyon, patenteou o ainda mais
econômico e rápido processo chamado ferrótipo, que produz uma fotografia acabada
em menos tempo que o ambrótipo. O baixo custo se devia aos materiais
empregados e a rapidez decorria das novas soluções de processamento. Assim
como o ambrótipo, o ferrótipo era um negativo de chapa úmida de colódio em um
fundo escuro, que dava origem a uma imagem positiva. Mas ao invés de usar uma
chapa de vidro escurecido como verniz ou tecido, Hannibal empregou uma folha de
metal esmaltada de preto ou marrom escuro, como suporte do colódio. (MANUAL
DA FOTOGRAFIA)

O ferrótipo rapidamente virou moda. Começaram a aparecer "especialistas", fazendo


fotos de crianças em parques públicos, de famílias em piqueniques, de recém-
casados na porta das igrejas. Centenas de jovens empertigados em seus novos
uniformes posaram para os ferrotipistas, antes de sua partida para a Guerra Civil. Os
resultados em geral eram pobres, mas nas mãos de um fotógrafo talentoso o
processo podia produzir retratos surpreendentes. (MANUAL DA FOTOGRAFIA)
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1848 – A origem da fotografia colorida


Físico, escocês Jamess Clerk Maxwell, graças aos seus estudos e curiosidade em
interesses múltiplos, ele contribuiu não só para a fotografia, como para a ciência e
teorias modernas.
Foi um físico e matemático britânico.
É mais conhecido por ter dado forma final à teoria moderna do eletromagnetismo,
que une a eletricidade, o magnetismo e a óptica.
Maxwell realizava estudos sobre como o olho humano percebe cores. Baseando-se
neles, utilizou as técnicas já existentes da fotografia em preto e branco para tirar três
fotos idênticas do mesmo objeto, cada uma através de um filtro diferente: o
vermelho, o verde e o azul.
Dessa forma Maxwell propôs a utilização de três filtros, feitos de vidros coloridos.
Cada um com uma das cores primárias. Eram retiradas três fotos separadamente,
sempre com um filtro diferente.
Em meados de 1848, o físico francês Alexandre Edmond Becquerel fez as primeiras
fotografias coloridas da época.
Para que uma foto colorida fosse revelada, era necessária uma exposição que
durava horas ou até mesmo dias. Entretanto, as cores eram tão sensíveis que
desapareciam pouco tempo depois.
Anos mais tarde, em 1861, surge a primeira fotografia colorida permanente. Ela foi
invenção do físico escocês James Clerk Maxwell

A primeira fotografia colorida permanente, feita por James Clerk Maxwell. (Fonte. Photo
album Universal)
33

A fotografia colorida era feita por meio do processo de cores aditivas, utilizando o
método das três cores. Para que a imagem colorida surgisse, James usava três
imagens em preto e branco, projetadas em filtros de cores vermelho, verde e azul.

Fascinado pelas cores e como o olho humano as captavam acabou por fazer em
casa uma “caixa de cor” com 8 pés de madeira, que permitia a mistura de três cores
primárias para criar outras matizes.
Essa teoria serviu de método para o que futuramente viria a ser a primeira fotografia
em cores e seu método de três cores que influencia até hoje.
O RGB que conhecemos hoje foi inspirado em Maxwell.
Ao tirar uma série de fotografias em preto e branco através de filtros verdes, azuis,
violeta e vermelhos, pode-se projetar três imagens separadas simultaneamente em
uma tela e acabar com uma imagem com todo o espectro de cores.
Maxwell percebeu essa hipótese para fornecer um método para criar as imagens em
cores.
As fotografias seriam feitas usando placas de vidro revestidas com uma emulsão
sensível à luz, que serviriam como o meio fotográfico primário antes do filme.
Para continuar sua pesquisa sobre a percepção e a visão humana, o cientista
acabou indo parar na King’s College de Londres, pioneira nos estudos sobre fotos.

Para tornar sua teoria realidade Maxwell teve que contar com a ajuda de um
fotógrafo profissional.
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EVOLUÇÃO DA MÁQUINA FOTOGRÁFICA

A HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA NO BRASIL

Um dos pioneiros da Fotografia no Brasil foi o pintor e naturalista francês radicado


no Brasil, Antoine Hercules Romuald Florence. Florence, que chegou ao Brasil em
1824, estabeleceu-se em Campinas, onde realizou uma série de invenções e
experimentos. No ano de 1833 Florence fotografou através da câmera escura com
uma chapa de vidro e usou papel sensibilizado para a impressão por contato.

Ainda que totalmente isolado e sem conhecimento do que realizavam seus


contemporâneos europeus, Niépce e Daguerre, obteve o resultado fotográfico, que
chamou pela primeira vez de Photografie. Pela descoberta de Florence, o Brasil é
considerado um dos pioneiros na fotografia.
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O início da fotografia no Brasil não se pode esquecer do Imperador Dom Pedro II,
que foi um fotógrafo apaixonado.
D. Pedro II, possivelmente tenha se tornado o primeiro fotógrafo com menos de 15
anos do Brasil.
Novas tecnologias chegam ao Brasil, trazidas por imigrantes radicados no
Brasil, por exemplo o colódio úmido. Estúdios de retratistas se espalham
pelas principais cidades brasileiras. Também foi feita a primeira
documentação fotográfica da Amazônia, com imagens panorâmicas de
paisagens brasileiras.

Re

Disponível em: http://www.photoalbumuniversal.com.br/blog/linha-do-tempo-da-


fotografia/, acessado em 16 de Maio de 2021.

RESUMO FOTOGRÁFICO. Belo Horizonte, 2010-2021. Disponível em:


http://www.resumofotográfico.com/2013/03/camera-mamute.html>, acessado em
16 de Maio de 2021.

CEVITA, V. Fotografia – Manual Completo de Arte e Técnica. 1976. 69 f.


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