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RESOLUÇÃO DO CASO – ARTE, LUDICIDADE E APRENDIZAGEM.

A partir da nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC), nosso Centro


Educacional no Paraná, passou por um grande desafio no processo de adaptação da
nova base. Partindo das competências gerais da BNCC e do conceito de
Transdisciplinaridade elaborado, que devem ser comtempladas, especificamente na
matéria de Arte, pois a mesma foi incorporada na disciplina de Língua Portuguesa de
forma transdisciplinar. Ou seja, a matéria de Arte para os estudantes do Ensino Médio
não é lecionada por um professor especialista. Neste contexto, este projeto foi
elaborado e pensando no resultado desta nova mudança e se os objetivos da
disciplina de Arte vêm sendo comtemplados de forma efetiva com a mudança no novo
Ensino Médio.

Tendo como ênfase a mudança causada ela adequação do novo ensino


professor de Artes elaborou este projeto para que os estudantes atinjam as
competências e habilidades necessárias na disciplina de Artes, não perdendo de vista
as novas diretrizes da BNCC. Em suma, o problema é trazer um projeto de Arte,
partindo da Ludicidade na Aprendizagem a partir da realidade dos estudantes, para
que a BNCC e suas competências gerais sejam colocadas em prática, e também a
disciplina de Arte de maneira específica por meio de um Projeto, que nesta nova
realidade/desafio em nossa escola, englobe as demais disciplinas. Como consta no
documento oficial:

“O trabalho com a Arte no ensino deve promover o entrelaçamento de


culturas e saberes, possibilitando aos estudantes o acesso e a interação com
as distintas manifestações culturais populares presentes na sua
comunidade.”

Precisaremos desenvolver o protagonismo juvenil, a autonomia dos alunos durante a


realização do Projeto, tendo a Arte como instrumento para trabalhar a Ludicidade,
conceito este que abarca essencialidade humana em seus aspectos antropológicos.
Entre os benefícios da aula de artes está o uso da ludicidade, que é intrínseca ao
seu ensino. A ludicidade é propulsora da aprendizagem, propondo desafios,
motivação e afetividade para os indivíduos que participam destes processos.
Gostaríamos de lembrar que, primeiramente, a ludicidade deve ser parte da
ministração de qualquer aula, de qualquer disciplina.

Durante a Aprendizagem existe um processo complexo que envolve diversos meios


da Ludicidade como a criatividade, a razão, emoção, sensibilidade, não perdendo de
vista a questão da aprendizagem. Em nossa vida desde a nossa infância vamos
perdendo a espontaneidade em nossa forma expressar, de refletir o mundo a nossa
volta, sendo assim, a Arte nesta perspectiva Lúdica nos leva estas ações e
sentimentos que fazem parte da vida. Como afirma Cipriano Luckesi as brincadeiras,
o lúdico deve partir da nossa realidade e devemos pensar em cada aluno em sua
realidade para que o Lúdico possa ser trabalhado através da Arte.

Afinal, o Conhecimento só tem verdadeiro valor quando está ligado à nossa vida,
na realidade existencial do sujeito, como por exemplo, o jogo que é uma
representação da existência, dando mais forma a este exemplo podemos refletir
sobre o jogo de xadrez que possui sua origem na idade média e sua visão existencial
sobre os papéis sociais daquele período, o Rei e a Rainha representantes da
Nobreza, o Bispo que representava a Igreja, os peões que seriam os servos
(camponeses) etc.

Contudo, partindo do sujeito que vivencia criaremos um projeto que comtemple


determinados conhecimentos da Arte através da Ludicidade visando envolver cada
vez mais nossos estudantes pensando o espaço, materiais, ou seja, um Planejamento
da Aula de forma mais minuciosa para não negligenciar ou generalizar às ações
pedagógicas. A principal questão para atingirmos o nosso objetivo é de como planejar
a aula neste contexto.

Em um projeto conjunto com o professor especialista de Artes e Português a primeira


medida é o planejamento da aula diário, ou seja, alinhar os objetivos, avaliação
(verificação da aprendizagem) e atividades para produzir os melhores resultados
para o aluno com base na sua vivencia. Os objetivos planejados devem ser avaliados
com o mesmo foco, técnicas que qualificam a elaboração do planejamento. Dentre
estas técnicas, retirados do livro Aula Nota 10 de Doug Lemov nos trás um ponto de
partida para nosso projeto e na sua execução, com base em exemplos vivenciados
em sala de aula.
A primeira técnica é o Deixe Claro, ou seja, o objetivo da aula deve ser claro e visível
para os alunos, que assim eles possam compreender o que se espera deles. Nesta
perspectiva, uma atividade lúdica que deixa livre os educandos para que possam
expressar o que se espera deles de forma diversa, se o objetivo é entender as diversas
manifestações artísticas do contemporâneo, o resultado de um trabalho em grupo
pode ser a apresentação ou conclusão em forma de teatro, cartaz, fotos, vídeos,
danças, jogos, paródias, música, etc. Tudo isto contextualizado com o tema estudado
e o que se espera dos estudantes.

No caso dos alunos, deixar claro seu objetivo é importante porque eles
devem saber o que estão tentando fazer: isto os ajudará a trabalhar mais
intencionalmente em direção ao objetivo. Você pode ir mais além ao
introduzir o objetivo na própria conversa em aula e enfatizando a sua
importância ao pedir que os alunos discutam, revisem, copiem ou leiam
o objetivo como um hábito cotidiano, no início ou fim de cada aula.
Você pode ainda criar o hábito de pedir que seus alunos contextualizem
o objetivo, expliquem por que ele é importante, associem com o que
aconteceu no dia anterior e assim por diante. (LEMOV, 2018, p. 118)

Os ganhos através da execução deste Projeto se realizam nos objetivos alcançados,


são eles: o protagonismo juvenil a partir do objetivo de cada aula que fica claro e
evidencia as competências da BNCC que contemplam não só a Arte, mas as demais
disciplinas de forma Transdisciplinar, e por fim, uma Escola aberta a maturidade de
seus alunos que acima de tudo se tornarão cidadãos ativos e conscientes na
sociedade.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Ensino de Linguagens. Ensino


Médio. Brasília, 2018

LUCKESI, Cipriano. Ludicidade e formação de educandos.

LEMOV, Doug. Aula nota 10: 62 técnicas para melhorar a gestão da sala de aula.

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