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Não podemos em pleno século XXI pensar que uma escola de excelência é aquela

tradicional que só trabalha com aulas expositivas, as aulas devem ser pensadas e planejadas
com intuito de cativar os alunos e fazer com que se sintam à vontade nesse ambiente, que é
uma peça-chave no ensino e aprendizagem dos alunos, segundo Jean Piaget, que é um grande
pensador na área da educação, o processo de aprendizagem dá-se devido à interação com o
meio; por meio disso conseguimos enxergar que quanto mais inovarmos em nossas aulas
utilizando de métodos e ferramentas que proporcionam riquezas nas ações pedagógicas
levaremos mais significado à aprendizagem dos nossos alunos, assim gerando mais resultados
positivos.
Quando falamos de inovação logo nos vem à cabeça tecnologia de última geração,
porém nem sempre se trata disso. Um exemplo é o projeto que é desenvolvido tanto na
França quanto na Argentina chamado “cinema na escola” além desse projeto abordar o
turismo pedagógico, por conter técnicas e metodologias utilizadas para uma melhor condução
da ação educativa e por ter a finalidade de contextualização (dar sentido ao que o aluno
aprendeu), tendo elementos motivadores da aprendizagem; também valorizando a cultura do
país, a França e a Argentina são grandes produtores de filmes e o principal objetivo desse
projeto é aumentar a bagagem cultural dos alunos, incentivar o interesse profissional na área e
ainda manter o público dos filmes nacionais, para colaborar com a indústria de filmes do país,
sem se esquecer dos benefícios que essa prática exitosa traz por meio de debates sobre a
narrativa, fotografia, iluminação e outros elementos cinematográficos, potencializando nos
alunos a capacidade de reflexão e de construção de argumentação embasadas no que
assistiram no filme. Outro projeto de extrema importância foi desenvolvido no México
chamado “ Sports for Sharing (S4S)” ou em português “Esporte para compartilhar”, S4S
funciona como um programa de educação cívica utilizando da influência do jogo e do esporte
como Basquete, futebol e outros esportes com a finalidade de mudar a mentalidade e fazer
com que sejam capazes de desenvolver uma participação cívica ativa em sua comunidade, um
dos benefícios desse projeto é como ele é desenvolvido utilizando o esporte para formar um
cidadão desde a infância, além de ser elaborado usando a abordagem sócio construtiva e
fazendo com que as crianças reflitam sobre os problemas da sua comunidade e apresentem
ideias para suavizar o problema por meio da gestão de projetos.
No nosso país também há projetos que buscam fazer a diferença e estender o trabalho
realizado em sala de aula para além das quatro paredes da escola, como o projeto
desenvolvido em Santa Maria no Rio Grande do Sul, “Turismo Rural Pedagógico” cujo objetivo
é compartilhar conhecimento com os alunos e experiencia de quem vive no campo; neste
projeto é utilizada como ferramenta de ensino práticas no âmbito rural, com recursos naturais
do meio, atividades agrícolas, pecuárias e artesanais.
Na escola prof. João Teixeira de Araújo onde eu trabalhava na cidade de Avaré no
interior de São Paulo também foi desenvolvido um projeto, simples, voltado a comemoração
do aniversário da cidade, no qual os alunos realizaram um turismo pedagógico e cultural para
conhecer mais sobre a história da cidade, após as visitas os alunos realizaram apresentações
com a produção de um slide para expor o antes e depois da cidade e debaterem sobre a
importância da dedicação dos seus antepassados para construir tudo o que há na cidade.
A semelhança fica nítida quando olhamos para os projetos citados, ambos tiram os
alunos da sua zona de conforto, colocando-os no centro da aprendizagem, tornando-os
protagonistas do saber, dando voz para os alunos se expressar, fazendo com que a opinião
deles tenha valor e principalmente os projetos permitem que os alunos confrontem as
questões e os problemas do mundo real agindo cooperativamente para buscar uma solução.
Ao longo de todos os projetos que vimos, conseguimos concluir que para inovar não
precisamos de ferramentas de última geração, mas para que haja a possibilidade de trabalhar
com esses projetos tem que existir um amplo trabalho cooperativo junto com a equipe escolar
(Direção, coordenação e colaboração entre os pares), planejar ações, elaborar uma descrição
ou diretrizes para o desenvolvimento e expor a ideia com os alunos dando-lhes o poder
também de decisão para opinarem sobre o projeto e dar sugestões para melhorias; acredito
que por meio disso os alunos se sentiram pertencentes ao desenvolvimento do trabalho,
aumentando suas motivações e persistindo para chegar a conclusão do projeto.

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