[1] O documento discute como o liberalismo pode ser aplicado no cotidiano através da privatização de serviços como aeroportos e aviação civil, argumentando que isso traria benefícios aos consumidores através da competição entre empresas privadas; [2] Também critica as visões marxistas de que apenas o estado é capaz de administrar esses serviços de forma eficiente, e que as relações de mercado são de soma zero, contrapondo com exemplos de como o comércio voluntário traz benefícios a ambas as partes; [3]
[1] O documento discute como o liberalismo pode ser aplicado no cotidiano através da privatização de serviços como aeroportos e aviação civil, argumentando que isso traria benefícios aos consumidores através da competição entre empresas privadas; [2] Também critica as visões marxistas de que apenas o estado é capaz de administrar esses serviços de forma eficiente, e que as relações de mercado são de soma zero, contrapondo com exemplos de como o comércio voluntário traz benefícios a ambas as partes; [3]
[1] O documento discute como o liberalismo pode ser aplicado no cotidiano através da privatização de serviços como aeroportos e aviação civil, argumentando que isso traria benefícios aos consumidores através da competição entre empresas privadas; [2] Também critica as visões marxistas de que apenas o estado é capaz de administrar esses serviços de forma eficiente, e que as relações de mercado são de soma zero, contrapondo com exemplos de como o comércio voluntário traz benefícios a ambas as partes; [3]
O Liberalismo Inserido no Cotidiano por Taynan Saback
Por princípio devemos nos inserir à realidade que vivemos no Brasil, em que o estado é o prestador monopolista de serviços, que vão desde segurança pública, sistemas de transporte, e educação.
Para fins de exemplo, vamos imaginar a seguinte situação: a Infraero é o órgão estatal que controla e administra a aviação no Brasil. Se assumirmos a linha de raciocínio de eficiência (linha que o PT e o PSDB discutem) seria o mesmo que dizer que o estado é capaz de fazer um excelente trabalho na administração da aviação, desde que escolha o modus operandi correto.
Uma linha mais liberal diria que o estado não tem que deter o monopólio desse serviço. Esse papel de gerenciar a aviação deve ser realizado pelas empresas privadas, pois estas irão competir entre si oferecendo melhores preços, com uma qualidade superior de serviços prestados. Então podemos dizer que se essa prática for adotada, e os aeroportos da Pampulha e Tancredo Neves (Confins) forem privatizados, poderíamos escolher através de qual deles realizaremos o embarque e desembarque, uma vez que eles estariam competindo para prestar melhor serviço que o outro por um preço mais baixo.
E qual o ganho do consumidor? - Aeroportos melhores, passagens mais baratas, melhor qualidade de atendimento, e extrema eficiência para embarque e desembarque, já que a quantidade dos mesmos é que ditará o lucro da empresa administradora.
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Mas, qual o ganho para as companhia aéreas? - As empresas de transporte aéreo irão procurar contratar slots apenas em aeroportos organizados, pois as pessoas iriam preferir realizar o embarque e desembarque dentro de um aeroporto eficiente e organizado, satisfazendo assim o desejo dos consumidores em ter bons serviços pagando menos - ou igual.
Essa linha de raciocínio da eficiência estatal é o principal tema de discussão abordado pelo PT e pelo PSDB, pois a única coisa que fazem é debater propostas que definam as formas de atuação do estado, e não propostas que visem a autonomia privada. Então claramente pode-se ver as bases Marxistas, em que somente o estado tem a autonomia e competência para administrar, mas vemos em países de cunho totalmente socialista que este é um modelo falho. E também presenciamos isso no Brasil, que dificulta que o indivíduo desenvolva graças à política de controle estatal. Como diz Diogo Costa: "Quantos prêmios de ciência e educação o Brasil ganhou? Nenhum!"
A melhor opção, que é a abordada pelos liberais, é a de que o indivíduo possa empreender para solucionar problemas de forma privada. Pois assim o indivíduo estimula a concorrência, estimula melhoras na qualidade do serviço, e com isso o mercado tende a achatar os preços. A livre concorrência melhora a vida de todos em todos sentidos.
Uma questão bastante abordada é a de que Mercado e Livre Concorrência são imorais, pois respondem apenas com incentivos financeiros. Mas na verdade é um grande erro pensar assim, pois o mercado não é uma entidade abstrata, o mercado nada mais é do que indivíduos interagindo voluntariamente - e indivíduos têm valores morais. Por exemplo: não importa o quão seja barata a carne de porco, mas um judeu nunca irá compra-la, pois afetaria seus valores morais e tradições religiosas.
Um outro exemplo seria imaginar um bar onde não é permitida a entrada de negros e gays. Não importa o quão excelente seja esse bar, ou quão barato sejam seus produtos, eu não seria cliente desse bar pois afetaria meus valores morais de não ter preconceito com outras raças, mas sim com quem as discrimina.
Hobbes, em sua teoria filosófica, dizia que o homem é essencialmente mau, mas se adapta para a convivência em sociedade. Então, seja um homem naturalmente bom ou
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naturalmente mau (não faz diferença), o fato é que os EUA não entrariam em guerra com China. Eu não mataria o dono da padaria a qual compro pão todos os dias. O dono da minha faculdade não vai me matar. E qual o motivo? - O motivo é nós termos uma relação de negócios, que torna desinteressante minha morte, e também torna desinteressante a morte deles.
Em escala mundial devemos entender que o comércio cria vínculos entre as pessoas, pois eu não quero que meu cliente morra, já que eu preciso dele para comprar o meu produto e manter minha empresa funcionando. E meu fornecedor não quer que eu morra, pois ele precisa de mim para continuar funcionando. Isso cria um grande teia colaborativa, ou seja, quanto mais interações o mercado tiver, mais pacífico ele será. As relações sociais dentro do mercado vão se ajustando uma vez que quando elas estão em alinho ambos os lados lucram.
Então, não importa se o homem é bom ou mau, o que importa é que, na nossa realidade, se mantivermos um mercado acesso e funcionando, o homem tenderá a ser cada vez mais pacífico - ou bom. Essa é umas das principais divergências encontradas no pensamento econômico da escola Austríaca para a escola Marxista.
A escola Marxista acredita que as relações são de soma zero, ou seja, acredita que em uma interação entre o indivíduo A e o indivíduo B, para A sair lucrando, B tem que sair perdendo. Já para a escola Austríaca, as relações, acontecendo de forma voluntária, são de forma positiva, ou seja, ambos os lados saem ganhando.
Exemplo: Você tem 1 queijo, e eu tenho 10 reais. Você acha que meus 10 reais valem mais que seu queijo, e eu acho que seu queijo vale mais que meus 10 reais. A gente então troca, eu te dou meus 10 reais, e você me da o queijo. Eu saí feliz pois consegui comer o queijo, e você saiu feliz pois obteve os 10 reais, que poderão ser gastos da forma que quiser, poderão ser guardados, ou usados para a produção de mais queijo.
Com esse exemplo pode-se perguntar, em que parte alguém saiu perdendo? - Em nenhuma, na verdade é exatamente o oposto, ambos saíram ganhando, eu por ter o queijo, e você por ter o dinheiro. Fizemos um negócio que deixou os dois satisfeitos.
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Mas, e se eu achasse seu queijo muito caro? - Você poderia abaixar o preço do seu queijo, e vende-lo a um preço mais baixo mas que ainda lhe satisfaça, ou então você pode não vender seu queijo, e com isso a transação não foi feita, mas um não prejudicou o outro.
Refutar pensamentos Marxistas é mais fácil do que se pensa, e uma boa fonte para isso é ler "O Capital". Marxistas sempre tendem a expor sua teoria como se a igualdade fosse a melhor escolha, mas além de ser uma teoria fútil, a prática dela é muito pior. Pensa um pouco em Cuba, e a situação daquele país, e também dos países da antiga URSS.
Outra diferença fundamental é a teoria do valor. Para os Marxistas, todo qualquer trabalho possui valor. Por isso, não importa o resultado desse trabalho, se você despendeu trabalho, esse trabalho tem valor. Já para os Austríacos, o que possui valor é o resultado do trabalho.
Um exemplo simples: Você vai tomar sorvete, pega a colher com sorvete, e a leva até a testa. Segunda situação: você vai tomar sorvete, pega a colher com sorvete e a leva até a boca. Para os Marxistas, ambas as situações possuem o mesmo valor (considerando que o dispêndio de trabalho para levar o sorvete até a boca é igual ao trabalho de levar o sorvete até a testa). Para os Austríacos, somente a segunda situação tem valor, pois só nela o trabalho conseguiu concretizar um resultado útil, e que mereça ser valorizado.
Então, vale lembrar o que Mises dizia: "Ideias, e somente ideias, podem iluminar a escuridão". Isso se opões às teorias Marxistas que acham que ideias são um mero desencadear dos conflitos entre as classes. Não existem classes, existem indivíduos. E enquanto não aprendermos a pensar nas pessoas como singularidades, e continuarmos a enxergar todos como uma massa disforme segregada em grupos, não vamos progredir.
Marxismo acredita que é possível alcançar o conhecimento definitivo, enquanto que o liberalismo diz que o conhecimento não possui um fim, estamos sempre em construção, somos falhos, imperfeitos e, por isso, buscamos melhorar sempre. Liberalismo é fundado na razão, é fundado no falibilismo do conhecimento.
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Como diz Diogo Brazioli: "Marxismo não é nada além de uma desculpa bonita para se criar uma ditadura"
Abraço a todos, __________________________________________________ Taynan Saback Liandro - Estudantes Pela Liberdade Coordenador Local do EPL/BH - FUMEC/FCH tliandro@epl.org.br - www.epl.org.br