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Apostila do Aluno

ENSINO MÉDIO 3

SUMÁRIO

GEOGRAFIA..................................................................................................... 3
HISTÓRIA........................................................................................................ 8

BIOLOGIA................................................................................................................. 13

LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA...............................................19

QUÍMICA....................................................................................................26

FÍSICA.......................................................................................................34

MATEMÁTICA...........................................................................................37

Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio


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3 CAPÍTUL GEOGRAFIA
CONTINENTES
Em 1912, foi lançada a teoria do alemão Alfred Wegener – “à deriva dos continentes”
– segundo a qual há milhões de anos os continentes formavam uma única massa da terra, que foi se
deslocando, se dividindo e se fragmentando até as formas atuais. Eles continuam se movimento de 2 a
10 mm por ano. Continentes são extensas massas de terra que emergem dos oceanos, com seus
climas,
vegetação, rios e montanhas, golfos e
península, baías e cabos e são também
os conjuntos dos países, com seus
aspectos físicos, humanos,
econômicos e históricos. Há países
ricos e pobres, bem desenvolvidos,
pouco ou subdesenvolvidos. Países
que se unem em organizações de
cooperação e países que não se
entendem. Há também outra
classificação: países de 1º mundo, ou
desenvolvidos; países de 2º mundo, ou
em desenvolvimento; e países de 3º
mundo ou subdesenvolvidos.

 Europa (Continente Europeu)


Tem mais de 10 milhões de km², duas vezes menor que a América do Sul e 3 vezes menor que
a África. É a mais povoada depois da Ásia.

 Limites:
o N – Oceano Glacial Ártico
o S – Mar Mediterrâneo IMAGEM
o L – Ásia
o O – Atlântico
Separam a Europa da Ásia os Montes Urais, o Rio Ural, os Mares Cáspio e Negro, a Cadeia do
Cáucaso. Seu litoral é muito extenso e recortado com inúmeros cabos, penínsulas (Escandinava,
Ibérica, Itálica, Balcânica), golfos, baías, mares (Mediterrâneo, Negro, Cáspio, Báltico, do Norte) e
ilhas (Britânicas, Islândia, Córsega, Sardenha, Sicília e as do Mar Egeu); depressão do Mar Cáspio.
O Estreito de Gibraltar é o ponto de aproximação entre a Europa e o Norte da África, o Canal
da Mancha separa a Grã-Bretanha e a Europa continental. O litoral da Noruega apresenta fiordes
(golfo estreitos e profundos entre montanhas) e a Holanda é famosa por

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Médio
seus poderes (terras conquistadas ao mar, dessecado e cercado de diques, abaixo do nível do mar).
Principais países e capitais da Europa:

PAÍS CAPITAL PAÍS CAPITAL


Noruega Oslo Holanda Amsterdã
Inglaterra Londres Dinamarca Copenhague
França Paris Alemanhã Berlim
Espanha Madri Polônia Varsóvia
Portugal Lisboa Itália Roma
Suécia Estocolmo Grécia Atena
Iugoslávia Belgrado Rússia Moscou

Relevo: Contrastes entre as grandes cadeias de montanhas (Alpes, Pireneus, Apeninos,


Cárpatos, Urais), os planaltos (da França, Espanha, Baviera) e as planícies (do Báltico, Russa,
Húngara). Destacam-se os vulcões Etna, Vesúvio (Itália) e Hecla (Islândia).
Hidrografia: Os rios são importantes vias de comunicação e transporte, como o Reno (o mais
navegado do mundo, atravessa regiões ricas e industrializadas), o Danúbio e o Volga (o maisextenso
da Europa) – estes são interligados e ligados a outros através de canais. Merecem destaques também o
Tejo (Portugal) Sena (França), Tamisa (Inglaterra), Vistula (Polônia) e Tibre (Itália).
Clima: Apresenta três tipos: frio, temperado (é o predominante) e mediterrâneo.
Vegetação: Possui cinco variações:

 Tundra (formada por musgos e liquens).


 Florestas Coníferas (abetos, pinheiros, ciprestes – fornece madeira para indústria).
 Florestas temperadas (quase extintas pela ocupação humana).
 Mediterrânea (maquis).
 Estepe (gramíneas e arbustos) – campos importantes para pastagens.
Aspectos humanos: Noruega, Finlândia e Suécia apresentam baixas densidades, Reino
Unido e Itália, altas densidades demográficas. São mais de 50 as línguas faladas, divididas em três
ramos:

 Eslavo (polonês, russo, tcheco, eslavo, húngaro, iugoslavo)


 Germânico (alemão, inglês, holandês, dinamarquês, sueco)
 Românico (italiano, português, espanhol)
Economia: Agricultura de alta produtividade com emprego de técnicas modernas e uso
adequado de fertilizantes (trigo, centeio, aveia, beterraba, uva, azeitonas). Pecuária destinada a
consumo e industrialização. Extrativismo mineral: carvão (Alemanha, Polônia, Inglaterra, Rússia),
ferro (França, Suécia, Rússia), petróleo (Rússia, Inglaterra), pesca (Noruega, Finlândia, Suécia e
Islândia). O turismo é importante fonte de divisas.
A Europa possui a melhor rede de transportes do mundo. Os trens são muito utilizados.
Ressaltamos que a Europa foi o “Berço da indústria moderna” e sete das maiores nações
industrializadas estão lá: Alemanha, Rússia, Grã Bretanha, França, Polônia, Bélgica e Itália. Elas
dispõem de abundantes matérias-primas, mão de obra especializada, políticas de incentivos, leis de
proteção aos trabalhadores e grandes organizações internacionais. Apesar

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disso, o desemprego crônico está ocasionando aumento do número de pessoas que vivem abaixo dos
limites de pobreza (França, Inglaterra e Alemanha). Criaram-se mercados comuns destinados ao
crescimento industrial, eliminação de barreiras alfandegárias, o aumento de empregos e produção de
mais mercadorias e serviços ao consumidor.
COMECON – Conselho de Ajuda Econômica Mútua (foi uma organização de cooperação
econômica que surgiu depois da Segunda Guerra Mundial e foi composta por países comunistas).
MCE OU CEE – Mercado Comum Europeu ou Comunidade Econômica Europeia. A partir
de 01/01/1993 se transforma em União Europeia e amplia seus objetivos: livre circulação de
mercadorias. Busca-se ainda a adoção de uma moeda única.

 ÁSIA (Continente Aisático)


Junto com a Europa, forma EURÁSIA. Os Urais e a Cáucaso são limites convencionais. É o
maior dos seis continentais. Superfície de 44 milhões de km², 6 bilhões de habitantes (censo de 1995).
Tem seis dos 10 países mais populosos do mundo: China, Índia, Indonésia, Japão, Bangladesh e
Paquistão.

 Limites:
o N – Oceano Glacial Ártico
o S – Oceano Índico
o L – Oceano Pacífico
o O – Europa, Mar Negro e Mediterrâneo, África
Há países continentais e insulares, eminentemente agrícolas (China e Índia), altamente
industrializados (Japão), ricos (Kuwait) e pobres (Paquistão), países budistas (Ceilão, Nepal),
muçulmanos (Bangladesh, Paquistão) e hinduístas (Índia). A Rússia é o maior do mundo.
Características do Sul e Sudeste: intensa atividade agrícola e grandes populações
pobres. No Oriente Médio, nasceu o judaísmo, o cristianismo e o islamismo: a região é rica em
petróleo e desertos de areia. O Extremo Oriente é a religião mais povoada da Ásia. Palestinos e Curdos
não têm pátria. No Oriente Médio e no sul do continente, as diferenças religiosas provocam constantes
conflitos.
Relevo: Possui um conjunto de cadeias montanhosas, como o Himalaia, onde está o Everest
(ponto culminante do mundo – 8872 m). Planaltos do Tibete, da Mongólia, da Arábia, do Irã e do
Decã. Deserto gelado de Góbi e desertos quentes do Oriente Médio (Arábia). Planícies férteis na Índia.
O contorno do Litoral asiático (130.000 km) corresponde a mais de 3 vezes a circunferência da terra,
bastante recortado por penínsulas (Arábia, Decã, Malaia, Indochina, Coréia, Kamtchaka), cabos,
golfos (Pérsico, Omã, Bengala), baías e arquipélagos (Indonésia, Filipinas, Japão). Intensa atividade
vulcânica e abalos sísmicos.
Rios: Desempenham um papel fundamental na vida das pessoas. Aglomerados nos vales e
deltas, dos rios Indo e Ganges (Índia), Azul e Amarelo (China), Mekong (Indochina), Ienissei, Ob e
Irsith (Rússia), Tigre e Eufrates (Mesopotâmia). O Canal de Suez (Egito) separa a Ásia da África.
Climas variados:

 Calor úmido e constante no Sul e Sudeste;


 Calor seco e abrasador no Sudoeste;

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Médio
 Benigno e uniforme no Leste;
 Verões tórridos, invernos polares e frios (Sibéria). Monçônico, equatorial e subtropical.
Vegetação: Destaca-se a taiga (na Sibéria); florestas temperadas e abertas no Leste, florestas
equatoriais e densas, gramíneas na região árida dos planaltos centrais, tamareiras e oliveiras nos oásis.
Fauna: camelo, dromedário, elefante, búfalo, tigre de bengala, orangotango, gibão, urso
negro e rena.
Principais países, capitais e economia da Ásia:
Rússia asiática: (dos Urais ao Estreito de Béring). Agricultura extensiva (trigo,
beterraba...), rica em energia hidrelétrica e matérias primas (carvão, petróleo, ferro), indústrias básicas
(siderurgia, refinarias, químicas).
Japão – Tóquio: grande potência industrial e agrícola (arroz, chá, trigo...), maior frota
pesqueira mundial (atum, salmão, baleia...) indústrias químicas, petroquímicas, maquinarias, ópticas,
fotográfica, microscópica, eletroeletrônicas, automobilísticas.
China – Pequim: maior rebanho suíno mundial, exportação de produtos agropastoris,
minerais, seda natural e eletroeletrônicos.
Taiwan/Cingapura/Hong Kong/ Coréia do Sul. “Tigres asiáticos”: peculiar
agressividade no crescimento industrial e comércio internacional: eletrônicos, equipamentos para
computadores e telecomunicações, tecidos sintéticos, roupas, plásticos, veículos.
 Índia Nova Delhi
 Irã Teerã CURIOSIDADES:
 Iraque Bagdad - Um túnel de 54 km (23 km sob o mar) une as ilhas japonesas
de Honshu e Hokkaido, a Japan Railway Company opera 327
 Turquia Ancara trens balas por dia, impecavelmente limpos e pontuais.
 Arábia Saudita Riad - Os “navios-fábricas” do Japão são também uma
 Israel TelAviv característica de pesca em alto mar russa.
 Indonésia Jacarta - A ferrovia Transiberiana liga Moscou a Vladivostok, no
Mar do Japão.
 Tailândia Bangkok

 ÁFRICA (Continente Africano)


Terra da árvore baobá (que dura de 3 a 6 mil anos), extraordinárias florestas, desertos
escaldantes, animais exóticos e selvagens, pirâmides milenares e arrojadas construções modernas. É
cortada pelo Equador e pelos dois trópicos: Câncer e Capricórnio. Separa-se da Europa pelo Mar
Mediterrâneo e Estreito de Gibraltar, da Ásia, pelo Canal de Suez e Mar Vermelho. O Leste é banhado
pelo Atlântico, a Oeste, pelo Índico. Possui um litoral pouco recortado.
Relevo: Cadeia do Atlas (ao Norte) e Cadeia do Cabo (ao Sul). No “Rift Valley” (extensa
linha de falhas geológicas no lado oriental) estão os lagos Niassa, Vitória, Alberto e Tanganica e os
maciços vulcânicos contendo o Kilimanjaro (5.895 m) e o Quênia. Os planaltos são bastante elevados,
como os da Etiópia (a Leste) e o Drakensberg (ao Sul). Planícies pouco extensas na faixa litorânea e
junto ao vale dos rios. Desertos do Saara (o maior do mundo) e o Kalahari (a Sudoeste).

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Rios: com grandes obstáculos à navegação, destacando-se as bacias do Nilo, Níger, Congo,
Zambeze e Kalahari.
Ilhas principais: Madeira, Canárias, Cabo Verde, Comores, Zanzibar e Madagascar.
Climas quentes: predomina o equatorial, o tropical e o desértico. Na porção centro
ocidental, estão a floresta equatorial e as savanas. Margeando o Mar Mediterrâneo, o clima e
vegetação são característicos.
Aspectos humanos: população jovem com baixa expectativa de vida. Altas taxas de
mortalidade infantil (em cada 3 crianças africanas, uma passa fome). Predomínio da raça negra com
1/3 de brancos.
Agricultura de subsistência (praticada nas savanas e zonas litorâneas). Atividade
criatória pouco desenvolvida. A carne é consumida no Norte e no Sul do continente. Grande rebanho
ovino produz lã para as indústrias locais e para exportação.
A partir dos anos 1960, muitos países nacionalizaram suas minas, cujas riquezas sempre foram
exploradas por estrangeiros e suas multinacionais. Desenvolvimento da indústria alimentícia.
Líbia, Nigéria, Argélia e Gabão grandes produtores de petróleo.
Zaire 1º produtor mundial de diamantes
África do Sul 35% da produção mundial de ouro
Países Egito barragem hidrelétrica de Assuã/Canal de
destacados: Suez
Etiópia, Camarões, e Quênia produção de café.
Costa do Marfim e Gana produtores de Cacau.
Egito, Uganda e Quênia produzem algodão.

Quase todos os países africanos fazem parte da Organização da Unidade Africana (OUA), que
visa: soberania e integridade territorial, solidariedade e cooperação internacional, eliminação do
colonialismo e desenvolvimento.

 OCEANIA (Continente Oceânico)


O menor dos continentes divide-se em quatro linhas maiores (Austrália, Nova Zelândia,
Tasmânia e Nova Guiné), a Melanésia, a Micronésia e a Polinésia. Grã-Bretanha, França, Alemanha e
Estados Unidos instalaram bases navais e comerciais em várias de suas ilhas. Na colonização da
Austrália e Nova Zelândia ocorreu o massacre e escravização de seus nativos.

 Grande parte das ilhas é constituída por atóis de corais.


 Predomina o clima tropical e equatorial.
 Na Austrália, encontram-se desertos. As florestas tropicais são constituídas por palmeiras e
bambus e nas florestas subtropicais predomina o eucalipto gigante.
 Também na Austrália está o segundo maior rebanho de ovinos do mundo, seus recursos
minerais são a bauxita, zinco, minério de ferro, ouro e níquel.
 A população da Oceania é urbana e de imigrantes.
 As cidades mais populosas são: Sidney e Melbourne (Austrália), Aucklend e Cristchurch
(Nova Zelândia) e Honolulu (Havaí).
CURIOSIDADE: É na Austrália que se encontra o maior monólito do mundo – o Rochedo de
Ayers – crivado de fendas e fossos, perto de Alice Springs, na região desértica.
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Médio
Mais de 30 mil pessoas por ano visitam essa estranha maravilha da natureza. Tem 338 m de altura por
2,6 km de comprimento por 1,6 km de largura e um perímetro de 8km. Seu tom avermelhado abrange
todas as cores do espectro, do amarelo ao roxo, segundo a hora do dia e as condições do tempo. As
cavernas na parte inferior possuem pinturas aborígenes.

 ANTÁRTIDA
A costa gelada do polo Sul é um continente de 14.200.000 km². As temperaturas são
baixíssimas e chegam a 87º abaixo de zero. Os ventos são constantes e fortes. Levantam poeira de
gelo. Dois vulcões estão ativos: o Erebus e o Terror. As terras Antártida são reivindicadas por muitos
países, como os Estados Unidos, Rússia, Noruega, França, Inglaterra, Chile, Argentina e Austrália. Em
1959, um tratado estabeleceu que a utilização do continente fosse feita para fins pacíficos. Ali já foram
instaladas estações de pesquisas no continente e nas ilhas periféricas. Existem possibilidades de
aproveitamento de recursos minerais (carvão, ferro, urânio). Na borda do Oceano Glacial Antártico, é
rica a vida animal: baleias, pinguins, focas e elefantes marinhos.

3
CAPÍTUL

HISTÓRIA
HISTÓRIA MODERNA E CONTEMPORÂNEA
 NAVEGAÇÕES
Os principais acontecimentos do início da Idade Moderna foram as viagens marítimas e o
descobrimento de novos continentes, graças ao invento da caravela, da bússola, do astrolábio, das
armas de fogo. O príncipe D. Henrique fundara uma escola de navegantes em Sagres: os portugueses
iniciaram a exploração do litoral africano, a escravidão negra e a descoberta do caminho marítimo para
a Índia, realizada por Vasco da Gama.
Em 1492, Colombo (um genovês a serviço da Espanha) “descobriu” a América procurando
chegar à Índia pelo ocidente, baseado no princípio da esfericidade da Terra. Fernão de Magalhães
(português a serviço da Espanha) iniciou a primeira viagem de circunavegação (1519/22), que foi
completada por Sebastião Elcano. Ingleses, franceses e holandeses concorreram com os ibéricos na
colonização do mundo desconhecido.

 RENASCIMENTO/HUMANISMO
O comércio, o crescimento das cidades, as navegações e o contato com regiões e povos
distantes despertou novos sentimentos e ideias nos artistas, cientistas e pensadores europeus. Tal
movimento foi chamado Renascimento e surgiu na Itália: valorizou a cultura clássica Greco-romana e
buscou uma exaltação da razão, personalidade, otimismo e individualismo. Leonardo Da Vinci,
Michelangelo, Botticelli, Shakespeare, Velásquez, El Greco e Camões foram os grandes destaques,
além de Kepler e Copérnico (Heliocentrismo). Newton e Galileu (descobriu os anéis de Saturno e as
manchas do Sol).
O Humanismo foi essa valorização do homem tornando-o o centro de todas as coisas. No
século XV, ocorreu também uma revolução profunda e radical na economia europeia, marcando o
aparecimento do capitalismo e de companhias comerciais, do desenvolvimento
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do sistema bancário e do Mercantilismo: uma série de medidas onde cada país defendeu sua produção
e seu comércio e assim, fortaleceu o absolutismo real e a prosperidade do estado.

 ABSOLUTISMO
Denomina-se “absolutismo” o regime político no qual os reis e ministros tinham todos os
poderes: decidiam sobre todos os assuntos. Nicolau Maquiavel, Thomas Hobbes e Jacques Bossuet
procuraram explicar e justificar o sistema alegando que os reis governavam por “direito divino” e só a
Deus deviam prestar contas de seus atos.

 REFORMA
A Alemanha do Imperador Carlos V foi o palco de um grande movimento religioso político-
econômico que provocou uma divisão nos católicos europeus: a origem do Protestantismo (ou
Reforma). O objetivo de seu líder, o padre Martinho Lutero, era restabelecer a simplicidade e pureza
da fé cristã, rejeitando a tradição ensinada pela igreja, a imoralidade do clero, o comércio de coisas
sagradas e indulgências (perdão dos pecados mediante pagamento). Excomungado pelo Papa e
condenado pelo Imperador à fogueira, refugiou-se no castelo do Príncipe Frederico onde traduziu a
Bíblia para o alemão, possibilitando a qualquer pessoa entender a palavra de Deus. Para ele a salvação
estava na fé.
O governo convocou as Diretas (assembleias) de Spira e Worms para discutir o assunto,
finalmente a Paz de Augsburgo (1555) acabou com o movimento reformista na Alemanha,
concedendo liberdade de culto. Os protestantes dividiram-se em várias seitas, até rivais. Na Alemanha,
Suécia e Dinamarca predominou o Luteranismo, em Genebra (Suíça) nasceu o Calvinismo de João
Calvino que alegava “só tem fé quem Deus predestinar a salvação”. Suas ideias difundem-se na
Holanda, França e Escócia. Guerras de religião assolaram toda a Europa. Até Henrique VIII, rei da
Inglaterra e “Defensor da Fé” rompeu com o Papa, pois lhe pedira o divórcio de Catarina de Aragão
para desposar a amante Ana Bolena. Furioso pela negação, ele próprio se divorcia e responde à
excomunhão criando o Anglicanismo. Fechou conventos, confiscou terras e tesouros, fez-se Papa na
Inglaterra.

 CONTRARREFORMA
A Igreja contra-atacou a Reforma com a convocação do Concílio de Trento (1545) que
corrigiu abusos nela existentes e se disciplinou. Criou seminários, o catecismo, reafirmou os seus
dogmas, a autoridade papal, o culto aos santos e a Maria e o celibato (ausência de casamento do clero).
Reorganizou a Inquisição (que queimava pessoas “demoníacas”). Inácio de Loyola fundou a
Companhia de Jesus – ordem jesuítica que recuperou o catolicismo em grande parte da Europa
catequizou o Japão, a Índia e a América do Sul.

 ILUMINISMO E DESPOTISMO ESCLARECIDO


Iniciado na Inglaterra (séc. XVII) e atingindo seu apogeu na França, no início da Idade
Contemporânea, o Iluminismo foi o movimento intelectual que combateu o Absolutismo, a
intolerância, a desigualdade social, a política mercantilista e defendia o predomínio da razão como cria
da sabedoria. Filósofos como Voltaire, Montesquieu, Rousseau e o economista Adam Smith
defendiam o governo exercido pelo povo, a igualdade social, a liberdade de culto e de expressão, a
liberdade econômica.
Para impedir desordens e revoluções dos descontentes, alguns governantes promoveram
reformas em seus Estados, sem, contudo, destruir o Absolutismo - seus métodos ficaram conhecidos
como “Despotismo Esclarecido”. Os principais déspotas foram Catarina II

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Médio
da Rússia, Frederico II da Prússia, José II da Áustria, Carlos III da Espanha e o português Marquês de
Pombal.

 INDEPENDÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS


Após as tentativas de Sir Walter Raleigh fundar a colônia da Virginia, foram os peregrinos do
navio Mayflower, fugidos das guerras religiosas, que deram início à colonização da América do Norte.
Com o passar do tempo, forma 13 colônias, nas do Norte, predominou o comércio, a indústria
artesanal e o trabalho assalariado.
Nas do Sul, latifúndios (grandes propriedades), monocultura de algodão e escravagismo negro.
Apesar dos monopólios e restrições comerciais, os colonos eram fiéis à Inglaterra. Porém, a elevação
dos impostos, abusivamente e as doutrinas do Iluminismo despertam a consciência de libertação. A
cidade de Filadélfia sedia dois congressos pela Independência, que é proclamada a 4 de julho de 1776.
Lutam ainda 7 anos para conseguirem o reconhecimento inglês pelos “Estados Unidos da América”.
Sua Constituição democrática, a primeira do mundo, saiu em 1787: Federalismo, 3 Poderes
independentes, liberdade de religião, reunião, pensamento e associação – democracia, só para brancos,
exclusão para negros e índios. George Washington foi eleito primeiro Presidente.

 REVOLUÇÃO FRANCESA
Em 1789, a França está arruinada por guerras, falências, desemprego, altíssimo custo de vida,
total miséria e fome para 96% do povo, que é obrigado a sustentar o clero e a nobreza. O Absolutismo
de Luís XVI se mantinha pela repressão e regras políticas. Inflamados por “liberdade, igualdade e
fraternidade” o povo, manobrado pela burguesia, ataca e invade uma tenebrosa fortaleza – prisão onde
apodreciam criminosos e adversários políticos no dia 14 de julho. A Revolução se alastra: invade,
queima castelos, assalta cartórios, desaparece com títulos de propriedade ao som da “Marselhesa”.
Uma Assembleia Constituinte aprova a “Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão” e a
Constituição de 1791. Os reis são guilhotinados, Danton, Marat e Robespierre agitam os partidos
políticos com suas ideias e discursos. A guilhotina não para. Por fim, a burguesia abraça o Poder e
Napoleão Bonaparte coroa-se Imperador.

 CONGRESSO DE VIENA E SANTA ALIANÇA


Notável administrador, Napoleão reergue a França, conquista, anexa, cria reinos, decreta o
Bloqueio Continental para enfraquecer a Inglaterra. Amedrontadas, outras potências se coligam para
derrotá-lo. Invade a Rússia e retorna vencido pelo inverno. Sofre invasão, abdica, foge do exílio de
Elba e retoma o poder. É derrotado em Waterloo (Bélgica), abdica, tenta fugir e morre prisioneiro
inglês na ilha de Santa Helena (1821). Reis e representantes das nações vitoriosas redefinem o mapa
político europeu no Congresso de Viena e criam a Santa Aliança para reprimir qualquer movimento
pelas liberdades. Em 1823, o presidente James Monroe dos Estados Unidos dizia considerar ato de
agressão ao seu país qualquer tentativa de interferência europeia nos problemas americanos, era a
DOUTRINA MONROE.

 REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Ela eclodiu na Inglaterra, a partir de 1760. Indústria significa iniciativa, investimento, rapidez
de produção, assiduidade de operários, o uso de máquinas movidas a energia (primeiro a vapor, depois
elétrica). Exige fornecimento de matérias-primas, aumento da população urbana, mercados
consumidores, expansão do capitalismo. Significa também REVOLUÇÃO TECNOLÓGICA, onde se
expandem lâmpada, telégrafo, fotografia, morto a explosão, petróleo, aço, ferro, rádio, avião,
locomotiva, etc. Organizam-se monopólios
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controlados por danos de capitais bancários. Os volumosos negócios transbordam dos países
desenvolvidos para o NEOCOLONIALISMO da África e Ásia: esses continentes são divididos pelas
potências e a América do Norte.

 DOUTRINAS SOCIAIS
Enquanto isso, a péssima situação do operário (mal remunerado, sem moradia, sem direitos
trabalhistas) preocupa alguns pensadores que conceberam algumas doutrinas sociais e econômicas.
Dois deles, Karl Marx e Engels pregaram a união e luta armada dos trabalhadores contra o
capitalismo, se quisessem criar uma sociedade sem injustiças, desigualdades e pobreza. A Igreja pedia
reformas em bases cristãs.

 NACIONALISMO E UNIFICAÇÕES
Uma de movimentos de rebenta em diferentes lugares da Europa no século XIX. Os povos
buscaram o direito de viver num território unificado por laços étnicos, linguísticos, culturais e,
sobretudo independentes como Nação. Exemplo: A Itália achava-se fragmentada em diversos Estados
desde a Idade Média, sua unificação foi um árduo trabalho do qual participaram o conde Camilo
diCavour e o revolucionário José Garibaldi (que lutou aqui no Brasil na Guerra dos Farrapos). Na
Alemanha, o primeiro passo foi dado pela criação do Zolverein união aduaneira que aboliu os
impostos alfandegários, facilitando o intercâmbio entre os diversos Estados alemães. Foi o primeiro
ministro Otto Von Bismarcko planejador e executor da unificação alemã, possibilitando a proclamação
de Guilherme I (em 1871) como “Kaiser” do novo Império Alemão.

 1ª GUERRA MUNDIAL
No começo do século XX as relações entre as potências europeias não eram sinceras e
cordiais, mas resultado de um trabalho que continha desconfianças, interesses econômicos e
imperialistas. Havia um espírito de competição, orgulho nacional e rivalidades. Até que em 28 de
junho de 1914, o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do Império austro-
húngaro, em Saravejo (Capital da Bósnia), deu início à 1ª Guerra Mundial: 1914 a 1918. Dois grupos,
a Tríplice Aliança (Alemanha, Império Austro Húngaro, Itália) e a Tríplice Entente (Inglaterra, França
e Rússia) deixaram um saldo de 20 milhões de mortos e uma Alemanha vencida, extorquida e
humilhada pelo tratado de Versalhes, outros tratados recaíram sobre os demais perdedores. Por
sugestão do presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson, criou- se a Liga das Nações, destinada
a resolver, pacificamente, as questões internacionais.

 ENTRE GUERRA
A Primeira Guerra Mundial não solucionou problemas, apareceram outros, impérios caíram,
repúblicas surgiram. Ainda em 1917, na Rússia, uma revolução proletária derrubou o Czar Nicolau II
e, sob a posterior liderança de Lênin, implantou o primeiro regime socialista do mundo e criou-se a
União das Repúblicas Soviéticas (1922) uma nova potência. Na Europa surgiram outros sistemas que
defendiam o poder total do Estado, um nacionalismo agressivo e expansionista, como o Fascismo, na
Itália e o Nazismo na Alemanha, que abandonaram os ideais liberais e democráticos. Benito
Mussolini, o “Duce”, Adolf Hitler, o “Fuhrer” e o poderio militar do Japão na Ásia, aliados à crise
econômica mundial de 1929, prepararam os caminhos para outro confronto mundial.

 2ª GUERRA MUNDIAL
A política Imperialista do EIXO – Alemanha, Itália e Japão – entrou em choque com os
interesses dos ALIADOS (Inglaterra, França, Rússia e Estados Unidos). O inconformismo e

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Médio
ódios da Alemanha com a perda de territórios impostos no Tratado de Versalhes fez Hitler iniciar
reconquistas, invadindo a Polônia em 1 de setembro de 1939. Estava iniciando outro conflito mundial.
A arte de matar, dominar, controlar e exterminar foi aperfeiçoada, ataques e contra-ataques,
bombardeamentos, assaltos, fome, miséria, destruição, ruínas. Milhares de judeus sofreram horrores
dos campos de concentração, das câmaras de gás, das experiências científicas, etc. Duas bombas
atômicas atiradas, sobre civis em Hiroshima e Nagasaki. Milhões de mortos e vitória dos Aliados.
Até o Brasil foi envolvido no conflito, enviando a Força Expedicionária Brasileira (FEB) para
lutar na Itália. Os “pracinhas” lá caídos descansam no cemitério de Pistoia. Outros, no mausoléu no
Rio de Janeiro.
Finda a guerra com a derrota dos regimes totalitários, cria-se a Organização das Nações
Unidas (ONU), com o objetivo de manter a paz mundial, fomentar as amizades e cooperações
internacionais buscando soluções para os problemas humanos.

 ATUALIDADE
A supremacia internacional passa a ser disputada por um conflito ideológico entre Socialismo
e Capitalismo, entre a URSS e os Estados Unidos, uma “Guerra Fria”. Outra marca significativa da
nova mudança internacional é a luta pela independência nas colônias afro asiáticas e o surgimento de
novas nações. Esses países não desenvolvidos costumam ser designados como “3º mundo”.
Assinalamos abaixo os principais eventos que marcam este século XX:
- Guerra Fria e corrida armamentista.
- Conquista espacial e descida do homem na Lua (Gagarin/Armstrong)
- Crises Cubanas (ascensão de Fidel Castro/ Bloqueio norte americano)
- Revolução Cultural Chinesa (Mao Tse-tung).
- Guerras da Coréia e Vietnã.
- Conflitos no Oriente próximo (judeus árabes e palestinos).
- Turbulências no Irã (o aiatolá Khomeini derruba a Monarquia).
- Saddan Hussein (Iraque) invade o Kwait: Guerra do Golfo Pérsico.
- Queda do Muro de Berlim e do Socialismo na URSS (Gorbachov).
- Conflitos na ex-Iugoslávia (croatas bósnios e sérvios)
- Revolução tecnológica (informática).
- Formação de megablocos econômicos regionais: NAFTA, União Europeia, Pacto
Andino, MERCOSUL, Bacia do Pacífico.
- Problemas na América Latina (herança colonial / caudilhismo / populismos / ditaduras
/ guerrilhas / multinacionais / dívida externa / desempregos / recessão / corrupção / imperialismo norte
americano, etc.)
- O Brasil da Nova República (Sarney, Collor, Itamar, F. H. Cardoso).

Página | 12 Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio


LINHA DO TEMPO

1453  Queda de Constantinopla

 Navegações marítimas
 Renascimento/Humanismo
 Absolutismo/Mercantilismo
HISTÓRIA MODERNA  Reforma/Contrarreforma
 Iluminismo/Despotismo Esclarecido
 Independência dos Estados Unidos

 Revolução Francesa/Napoleão/Congresso de Viena


1789
 2ª Revolução Industrial e Tecnológica
 Doutrinas Sociais
 Nacionalismos/Unificações
 1ª Guerra Mundial. Socialismo/Fascismo/Nazismo.
HISTÓRIA  2ªGuerra Mundial.
CONTEMPORÂNEA  Atualidades.

3
CAPÍTUL

BIOLOGIA
GENÉTICA
GENÉTICA: é o ramo da Biologia que estuda os
fenômenos de hereditariedade e variação.
LEI DE MENDEL: a Genética baseia-se nas LEIS DE MENDEL, que em 1865 descobriu os
princípios básicos que regulam o mecanismo de herança de caracteres.
GENE: é a unidade hereditária que determina os caracteres. Exemplo: O gene que determina a
miopia é recessivo (mm). Logo, do casamento de um homem míope (mm) com uma mulher de visão
normal homozigota (MM), a probabilidade de um filho nascer míope é 0%.
NOMENCLATURA GENÉTICA
ALELOS: genes que determinam os caracteres. São eles: AA, Aa, aa.
FENÓTIPOS: é o termo usado para indicar o aspecto exibido pelo indivíduo.

Apostila Curso Preparatório para Ensino Página | 13


Médio
GENÓTIPO: é o termo usado para indicar a constituição genética do indivíduo.
HOMOZIGOTO: Quando apresenta os caracteres de dois genes alelos iguais.

DETERMINAÇÃO DO SEXO
Sistema XY: O sistema XY ocorre no homem e nos demais mamíferos. Neste sistema, o
cromossomo X existe em dose simples no sexo masculino e em dose dupla no feminino XX. Cabe
ainda ressaltar que o número de cromossomos na espécie humana é de 46.

IMAGEM

HAPLOPLODISMO: é a determinação sexual que não envolve cromossomos sexuais, como no caso
das abelhas.

HERANÇAS LIGADAS AO SEXO


Dentre as principais, podemos citar o DALTONISMO e a HEMOFILIA (que são doenças
determinadas por um gene ligado ao sexo).
OBS: Existem genes exclusivos dos cromossomos Y (homem), chamados HOLÂNDRICOS
(que passam de geração em geração sempre pela linhagem masculina), como por exemplo, a presença
de pelos longos nas orelhas.

GRUPOS SANGUÍNEOS
OBS: - ANTÍGENO: é uma substância que estimula a produção de uma proteína de defesa.
- ANTICORPO: é o nome dado a essa proteína de defesa.
Página | 14 Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio
Na espécie humana, existem quatro grupos sanguíneos A, B, AB e O, dependendo de certos
antígenos na superfície dos glóbulos vermelhos.
O receptor universal é aquele que possui sangue do tipo AB e o doador universal é aquele que
possui sangue do tipo O.

SERES VIVOS
São classificados em reinos a partir dos estudos feitos pelo naturalista sueco LINEU. Os seres
vivos encontram-se divididos em cinco reinos:
- MONERA: é constituído pelos seres unicelulares (formado por uma única célula, muito
simples, sem núcleo organizado – procarionte). Ex: bactérias.
- PROTISTA: é constituído por seres também unicelulares, mas sua célula possui um núcleo
organizado – eucariontes. Ex: protozoários.
- FUNGI: são os fungos que são seres aclorofilados e heterótrofos (que não fabricam seu
próprio alimento, necessitando de outrem para se alimentar). São pluricelulares, com alguns exemplos
unicelulares. São eucariontes. Ex: bolos de pão, levedo de cerveja.
- VEGETAL: é constituído pelas plantas que são fotossintetizantes/autótrofos (que fabricam
seu próprio alimento). São pluricelulares. As duas principais classes são:

 GIMINOSPERMAS: são aquelas que não possuem frutos e flores. Apresentam sementes.
Ex: Pinheiros, sequoias e cedros.
 ANGIOSPERMAS: são aquelas que possuem frutos e flores. Ex: macieiras, roseiras.
OBS: Essa classe inclui desde ervas até grandes árvores.
- ANIMAL: é o constituído pelos animais vertebrados e invertebrados. São seres heterótrofos
(não são capazes de fabricar o próprio alimento, necessitando de outros para se alimentarem). São
pluricelulares, eucariontes. Dividem-se em:
a) INVERTEBRADOS: que não possuem coluna vertebral, como:
- PORÍFEROS: Ex: esponjas do mar.
- CNIDÁRIOS: Ex: água viva, hidra, caravela.
- PLATELMINTOS: Ex: planária, solitária, esquistossomo.
- NEMATELMINTOS: Ex: Lombriga, ancilóstomo, filaria (causadora da elefantíase).
- ANELÍDEOS: Ex: minhoca, sanguessuga.
- MOLUSCOS: Ex: caramujos, polvo, lula, ostra, mexilhão, lesma.
- ARTRÓPODES: Ex: escorpião, aranhas, formigas, camarão, siri. OBS: É o maior reino,
pois envolve aranhas, insetos, crustáceos e alguns outros.
- EQUINODERMOS: Ex: estrela do mar, ouriço do mar, pepino do mar.
b) VERTEBRADOS: são aqueles que possuem coluna vertebral:
- PEIXES: Ex: tubarão, piranha, cavalo marinho, raia.
- ANFÍBIOS: Ex: sapo, rã, salamandra, cobra cega, (aqueles que sofrem metamorfose).
Apostila Curso Preparatório para Ensino
Página | 15
Médio
- RÉPITEIS: Ex: tartaruga, jacaré, lagarto, cobra.
- AVES: Ex: pato, canário, arara, beija-flor, pinguim, ema.
- MAMÍFEROS: Ex: homem, baleia, camelo, cão, zebra (suas principais características são:
respiração pulmonar, homotérmicos, fecundação interna).
OBS: Os únicos mamíferos ovíparos são o ornitorrinco e a equídea. Os vírus são organismos
que não se classificam em nenhum reino, pois são acelulares (não apresentam células).
ECOLOGIA: é o ramo da Biologia que estuda a relação entre os seres vivos com o meio
ambiente que os cerca.
NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DO MUNDO VIVO
- POPULAÇÃO: indivíduos da mesma espécie que vivem numa mesma área geográfica. Ex:
sapos de uma lagoa, mangueiras de um pomar.
- COMUNIDADE OU BIOCENOSE: é o conjunto de populações. Ex. população de sapos +
população de plantas aquáticas.
- FATORES BIÓTICOS: são todos os seres vivos que constituem uma comunidade.
- FATORES ABIÓTICOS: são as características físicas e químicas da região. Ex.: florestas,
oceanos, desertos, rios, campos.
- ECOSSISTEMA: é o conjunto dos fatores bióticos + fatores abióticos. Ex: florestas,
oceanos, desertos, rios e campos.
- BIOSFERA: é o conjunto de todos os ecossistemas do nosso planeta.
CADEIAS: são relações de dependência entre os seres vivos e o meio ambiente. A mais
importante dela é a CADEIA ALIMENTAR, onde o homem geralmente é o consumidor primário ou
secundário, e o produtor sempre um vegetal clorofilado. Devemos lembrar ainda que à medida que
aumenta o número de integrantes de uma cadeia alimentar diminui a energia transferida por ela.
Exemplo:
Capim - Boi - Homem - Bactérias e fungos.

IMAGEM

PRODUTOR: CAPIM
CONSUMIDOR PRIMÁRIO: BOI
CONSUMIDOR SECUNDÁDIO: HOMEM
DECOMPOSITOR: BACTÉRIAS E FUNGOS
RELAÇÕES ECOLÓGICAS: dentre as principais, podemos citar:

Página | 16 Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio


SOCIEDADE: é a relação ecológica que ocorre entre animais de uma mesma espécie que
vivem em associação e onde cada um realiza uma função distinta. Ex: abelhas, formiga.
COLÔNIA: associação entre seres de uma mesma espécie unidos fisicamente entre si. Ex.:
corais.
PREDATISMO: relação entre seres de espécie diferentes onde um mata o outro para se
alimentar. Ex.: leão (predador) e lebre (presa).
MUTUALISMO: associação entre seres de espécies diferentes onde um ajuda o outro e ambos
são beneficiados. Ex.: linques = fungos + alga; cupim + protozoário.
INQUILINISMO: associação entre seres de espécies diferentes onde um é beneficiado e o
outro é indiferente. Ex.: orquídeas (plantas epífitas) nos troncos de árvores.
COMENSALISMO: associação entre seres de espécie diferentes, onde um vive à custa dos
restos de alimentos deixados pelo outro.
COMPETIÇÃO: é um tipo de relação ecológica em que os animais da mesma espécie
disputam pelo mesmo alimento, território ou companheiro sexual. Ex.: vacas, lobos.
PARASITISMO: é relação entre dois seres de espécie diferentes em que um rouba
substâncias nutritivas do outro. Ex.: homem e lombriga.

LEITURA
“O Ministério da Saúde adverte”...

Num anúncio dramático e com certo grau de impacto, que apareceu alguns anos atrás na rua de
Londres, havia uma bela moça grávida segurando um cigarro. Essa imagem era acompanhada destes
dizeres. “Você acha justo obrigar seu bebê a fumar?”
Na Realidade, esse cartaz retomava uma controvérsia já antiga, mas que dura até os dias de
hoje. De um lado, ficam os não fumantes, alegando que o cigarro faz mal à saúde, causa câncer, traz
problemas cardíacos e ocasiona outros maléficos. Do outro lado, estão pessoas que fumam há dezenas
de anos. Algumas delas admitem que o fumo é prejudicial, mas nem assim conseguem deixar de
fumar, algumas até afirmam que se sentem muito bem, e que passariam mal se deixassem de consumir
seus dois maços diários. Isso sem contar os interesses das indústrias que fabricam cigarros e que
vendem seu produto com propagandas milionárias na televisão, nas quais o cigarro é sempre associado
à riqueza, a carros luxuosos, a pessoas bonitas, enfim, ao poder, ao prestígio social e à beleza.
Nos últimos anos, em todos os países do mundo, a disputa parece ter ficado mais e mais
acirrada. O não fumante está cada vez mais “torcendo o nariz” para quem fuma. Alegam que os
fumantes prejudicam não apenas a si próprios, mas também a quem não fuma. O argumento é o
seguinte: o fumo polui o ar da casa, do escritório ou da condução e, dessa forma, o fumante está
obrigando o não fumante a “fumar” também, já que todos inalam o mesmo ar cheio de fumaça.

A batalha, aos poucos parece estar sendo vencida pelos não fumantes. Há algum tempo, em
algumas cidades brasileiras, os restaurantes são obrigados a reservar uma área para quem fuma
separada da área de não fumantes. Isso também ocorre em aviões, sem contar as proibições de fumar
em elevadores e em transportes públicos. Por fim, os

Apostila Curso Preparatório para Ensino Página | 17


Médio
fabricantes foram obrigados, nos últimos anos, a incluir nos maços de cigarros e nas propagandas a
mensagem: “O Ministério da Saúde adverte: fumar é prejudicial à saúde”.
Mas, afinal, fumar é realmente prejudicial? A verdade é que, nos últimos anos, acumularam-se
informações concretas, provenientes as pesquisas científicas e estatísticas, e o problema deixou de ser
uma mera questão de opinião.
Muito provavelmente, fumantes crônicos que lerem esses dados poderão não se impressionar.
Afinal, alegarão, “eu fumo há mais de vinte anos e continuo vivo”. Nós acreditamos, porém, que
essas informações poderão ser especialmente úteis a você, jovem, que vive a etapa em que muitos de
seus comportamentos futuros e atitudes em relação à vida estão ainda se definido.
RISCOS DE FUMO

 Expectativa da vida: Pessoas que consomem dois maços por dia têm, aos 25 anos
idade, uma expectativa de vida 8,3 anos que menor do que os nãos fumantes.
 Câncer do pulmão: Sua causa principal é o fumo, tanto em homens como em
mulheres.
 Câncer da boca e da laringe: O risco para os fumantes é três a doze vezes maior do
que para os nãos fumantes.
 Doenças do coração: O fumo é seguramente um dos maiores fatores que dispõe o
indivíduo a um dia apresentar doenças cardíacas.
 Bronquite crônica e enfisema: Os fumantes têm entre quatro e 25 vezes mais
probabilidades de vir a morrer dessas doenças do que os nãos fumantes.
 Nascimento de prematuros e de crianças abaixo do peso normal: Mães que fumam têm
filhos que nascem com peso insuficiente, e muitas vezes, antes dos nove meses de
gestação (crianças prematuras). Em geral, essas crianças, até os sete anos de idade, são
menos desenvolvidas física e socialmente do que as de mães que não fumam.
 Úlceras gástricas e do duodeno: Fumantes desenvolvem úlceras com maior frequência
do que não fumantes. Além de alergias e diminuição da resistência e infecções.
São muito mais frequentes essas condições em fumantes.
VANTAGENS DE PARAR DE FUMAR
Quem parou de fumar passa a ter, após dez a quinze anos, uma expectativa de vida quase igual
à de quem nunca fumou.
Dez a quinze anos após ter deixado o fumo, a taxa de risco desse câncer fica próximo à de uma
pessoa que nunca fumou.
Dez a quinze anos depois de ter deixado de fumar, o risco volta a ser o mesmo do que o para o
não fumante. A tosse e o catarro diminuem ou cessam nas primeiras semanas após
o cigarro. Pode haver muito uma melhora da função pulmonar.
Mulheres que param de fumar pelo menos quatro meses antes de ficarem grávidas eliminam o
risco de terem partos prematuros e de o recém-nascido apresentar peso insuficiente.

Página | 18 Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio


Os indivíduos que param de fumar podem também desenvolver úlceras, porém elas saram
muito mais facilmente e de forma mais definitiva do que nos fumantes.
Evidentemente, os nãos fumantes são menos sujeitos a reações do tipo alérgico e têm uma
resistência muito maior a infecções.

LÍNGUA PORTUGUESA E
3
CAPÍTUL

LITERATURA
PRÉ-MODERNISMO: inicia-se com as obras Os Sertões de Euclides da Cunha e
Canaã de Graça Aranha e se estende até a Semana da Arte Moderna, em 1922. Foi uma fase que
iniciou a análise crítica da realidade
brasileira. Os autores escreviam para despertar nos
leitos a consciência dos sérios problemas da sociedade.
Apesar das várias tendências e estilos literários,
encontramos pontos comuns nas obras, tais como:
ruptura com o passado (linguagem chocante),
inconformismo diante da realidade brasileira, interesse
pelo costume do interior (regionalismo), tipos humanos
marginalizados, etc. As obras de cunho urbano e social
são representadas por Lima Barreto (Recordações do
Escrivão Isaías Caminha, Triste fim de Policarpo
Quaresma, Clara dos Anjos) e Graça Aranha Figura 1 - “pré-modernismo” foi criado por Tristão
(Canaã, A Viagem Maravilhosa), etc. As obras de cunho rural e regional são representadas
Athayde
por Euclides da Cunha (Os Sertões, Peru versus Bolívia, etc.), Monteiro Lobato
(Urupês, Cidades Mortas, Negrinha; literatura infantil: O Sítio do pica-pau- amarelo) e
outros. As obras de cunho indefinido (escondem a verdadeira realidade brasileiro) são
representadas por Coelho Neto, Afrânio Peixoto, João do Rio; na poesia: Augustos
dos Anjos (Versos Íntimos, O Morcego) e outros.
MODERNISMO: com o desenvolvimento científico e tecnológico das primeiras décadas do
século XX, criouse agitações sociais e políticas desenvolvendo profundas transformações no campo
artístico. A arte moderna provém dos movimentos europeus: Futurismo, Cubismo, Dadaísmo,
Surrealismo.

PORTUGAL: 1ª FASE: - Principais representantes: Fernando Pessoa (foi um


dos maiores poetas portugueses, criando heterônimos, ou seja, escreveu vários
nomes, cada um representando uma pessoa com pensamentos e sentimentos
próprios. Os mais famosos são: Ricardo Reis, Alberto Caeiro e Álvaro de Campos);
Mário de Sá- Carneiro (Dispersão, A Confissão de Lúcio, etc.), Florbela Espanca,
Almada Negreiros e outros. 2ª FASE: José Régio (Poemas de Deus e do Diabo, etc.),
Miguel Torga, Adolfo Casais Monteiro e outros. 3ª FASE: Alves Redol, Fernando
Namora, Vergílio Ferreira (Aparição) e outros.
BRASIL:

Apostila Curso Preparatório para Ensino Página | 19


Médio
1ª FASE: (1922 – 1930) – apesar dos escritores reconhecerem a necessidade de uma
renovação na literatura, alguns não aceitavam a nova revolução estética, mas, aos poucos, formaram-se
grupos, que ainda sem consciência clara e definida do que desejavam, sentiam que deviam abandonar
os velhos modelos e buscar novas formas de expressão. Surgiram várias manifestações no intuito de
renovação até que fosse realizada a SEMANA DE ARTE MODERNA, no Teatro Municipal de São
Paulo, nos dias 13, 15, e 17 de fevereiro de 1922, com recitais, conferências, músicas e exposições. No
campo da literatura, destacamos: Oswald de Andrade, Mário de Andrade; Na pintura: Anita
Malfatti, Tarsila do Amaral e Di Cavalcanti; na música: Villa-Lobos; na escultura:
Victor Brecheret e na arquitetura: Antônio Moya. O modernismo desenvolveu-se com uma
série de movimentos: 1 – Movimento Pau-Brasil (1924) – Oswald de Andrade, Tarsila do
Amaral, Antônio de Alcântara Machado, Raul Bopp e outros. Principais Representantes da
1ª Fase: Manuel Bandeira (poesia: Cinza das horas, Carnaval, Libertinagem, etc.; prosa: Crônicas da
Província do Brasil, Itinerário de Pasárgada, etc), Mário de Andrade (poesia. Macunaíma, etc.),
Oswald de Andrade (prosa: Memórias Sentimentais de João Miramar, A Escada Vermelha, etc.,
poesia: Manifesto – Pau-Brasil, etc., teatro: O Rei da Vela), Menotti del Picchia (poesia: Juca Mulato,
Chuva de Pedras, etc.; romance: O Homem e A Morte, A Tormenta, Salomé, etc.), Cassiano (conto:
Brás, Bexiga e Barra Funda, Laranja da China, etc.).
2ª FASE: (1930 - 1945) – nesta fase, os assuntos abordados, além dos nacionais, políticos e
sociais, são ampliados para os religiosos, filosóficos e existenciais. Os temas regionalistas são
explorados, mostrando a situação do homem que vive fora dos grandes centros, no sertão. Principais
Representantes: poesia: Carlos Drummond de Andrade (alguma Poesia, Brejo das Almas, Lição de
Coisas, etc.), Murilo Mendes (Poemas, Essa Negra Fulô, etc.), Cecília Meireles (Espectros, Viagem,
Vaga Música, Romanceiro da Inconfidência, etc.). Augusto F. Schimidt (Cantos do Liberto, Navio
Perdido, Estrela Solitária, etc.), Vinicius de Moraes (Novos Poemas, Poemas, Sonetos e Baladas;
crônicas: Para Viver um Grande Amor, etc.); prosa: José Américo de Almeida (A Bagaceira), José
Lins do Rego (Menino de Engenho, Usina, Riacho Doce, Fogo Morto, etc.), Rachel de Queiroz (O
Quinze, Caminho de Pedras e outros), Graciliano Ramos (Caetés, São Bernardo, Angústia, Vidas
Secas, Memórias do Cárcere, etc.), Érico Veríssimo (Clarissa, Olhai os Lírios do Campo, Saga, O
Tempo e o Vento, Incidente em Antares, etc.), Jorge Amado (Mar Morto, Capitães da Areia, Terra do
sem-fim, Gabriela Cravo e Canela, Dona Flor e seus dois Maridos, Tieta do Agreste).
3ª FASE: (período posterior a 1945 = arte contemporânea) – aprofunda-se na análise
psicológica e existencial do ser humano. Principais representantes: prosa: José Guimarães Rosa
(Sagarana, Grande Sertão: Veredas, Corpo de Baile, etc.); Clarice Lispector (romance: Perto do
Coração Selvagem, A Hora da Estrela; conto: Laços de Família, Felicidade, etc.), José Candido de
Carvalho (O Coronel e o Lobisomem, conto: Manequinho e o Anjo da Procissão, etc.), Dalton
Trevisan (Crimes de Paixão, Cemitério de Elefantes, O Rei da Terra, etc.), Lygia Fagundes Telles
(Ciranda de Pedra, Antes do Baile Verde, As horas Nuas, etc.), Rubem Fonseca, João Antonio,
Antônio Callado, Ignácio de Loyola Brandão, Luiz Vilela, e outros; poesia: João Cabral de Melo Neto
(Agrestes, Pedra do Sono, Morte e Vida Severina, etc.), J.J. Veiga (Os Cavalinhos de Platiplanto, De
Jogos e Festas, A Máquina Extraviada, etc.) e outros.
- CONCRESTISMO: (poesia concreta) inovação a partir de 1956. Principais
Representantes: Haroldo de Andrade, Augusto de Campos, Décio Pignatari, José Lino Grünewald,
Ronaldo Azeredo, José Paulo Paes.
- POESIA PRÁXIS: Principais Representantes: Mário Chamie.

Página | 20 Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio


- TEATRO: Principais Representantes: Nélson Rodrigues, Dias Gomes, Jorge Andrade,
Plínio Marcos, Gianfrancesco Guarnieri, Ferreira Gullar, Chico Buarque de Holanda e outros.
- TENDÊNCIAS MODERNAS: CRÔNICAS: Rubem Braga, Fernando Sabino, Otto Lara
Resende, Paulo Mendes Campos, Stanislaw Ponte Preta, Lourenço Diaféria, Luís Fernando Veríssimo,
Millôr Fernandes e outros.

SINTAXE
FRASE: é um enunciado de sentido completo com uma ou várias palavras. Ex: Anoiteceu.
ORAÇÃO: é a frase construída em torno de um verbo ou de uma locução verbal. Ex: Fomos
ao cinema ontem.
PERÍODO: é a frase organizada em orações. Pode ser simples quando é formado por uma só
oração. (Ex: Os alunos saíram) e composto quando é formado por mais de uma oração (ex: Os alunos
saíram quando deu o sinal).
TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO: são: sujeito (é o elemento a respeito do qual se
declara alguma coisa) e predicado (é aquilo que se declara do sujeito).
TIPOS DE SUJEITO: simples (quando apresenta um só núcleo). Ex.: O dia está
quente/composto (quando apresenta mais de um núcleo) Ex.: Eu e meu irmão vamos dar uma
festa (Núcleos: eu/irmão) / oculto (quando pode ser identificado, mas não está explicitamente
representado na oração) Ex.: Estivemos na fazenda. (sujeito: nós, identificável pela desinência verbal)
/indeterminado: (quando não há nenhuma referência a quem praticou a ação indicada pelo verbo, o
sujeito existe, mas não pode ser identificado). Ex.: Roubaram meu carro! (Verbo na 3ª pessoa do
plural); Precisa-se de um ajudante (verbo na 3ª pessoa do singular, acompanhado do pronome se);
oração sem sujeito (quando não podemos relacionar o predicado a nenhum sujeito). Ex.: Havia
vários livros sobre a mesa (o verbo haver é empregado com o sentido de existir) / Trovejou muito
ontem (verbo que indica fenômeno meteorológico).
TIPOS DE PREDICADO: predicado verbal: tem como núcleo um verbo transitivo ou
intransitivo. Ex.: Os viajantes partiram; (partiram = verbo intransitivo) / O menino ganhou um
presente (ganhou = verbo transitivo direto; presente = objeto direto) / Eu preciso de sua ajuda (preciso
= verbo transitivo indireto; de sua ajuda = objeto indireto) / Ela entregou os documentos ao diretor
(entregou = verbo transitivo direto e indireto; os documentos = objeto direto; ao diretor = objeto
indireto) predicado nominal: tem como núcleo um nome, que indica estado ou característica do
sujeito. É formado por um verbo de ligação e um predicativo do sujeito. Ex.: O menino ficou feliz
(ficou = verbo de ligação; feliz = predicativo do sujeito) / predicado verbo-nominal: tem dois
núcleos: um verbal e um nominal. Ex.: A enchente deixou a população apavorada (deixou = verbo
transitivo direto. A população = objeto direto; apavorada = predicativo do objeto) / Todos nós
observamos emocionados aquela cena (observamos = verbo transitivo direto; emocionados =
predicativo do sujeito; aquela cena = objeto direto) / Renata viajou contente (viajou = verbo
intransitivo; contente = predicativo do sujeito).
OBS: verbo transitivo é o verbo que exige outro termo para que seu sentido seja completo. /
Verbo transitivo indireto: se o termo que completa o sentido do verbo vier regido

Apostila Curso Preparatório para Ensino


Médio Página | 21
de preposição, dizemos que o verbo é transitivo indireto e seu complemento, objeto indireto.
Ex.: ele gosta de doces (gosta = verbo transitivo indireto. De doces = objeto indireto).
/ verbo transitivo direto: se o termo que completa o sentido do verbo não vier regido de
preposição, dizemos que o verbo é transitivo direto e seu complemento, objeto direto. Ex.: O
professor corrigiu as provas (corrigiu = verbo transitivo direto, as provas = objeto direto/ verbo
transitivo direto e indireto: pode ocorrer que um verbo venha seguido de dois complementos: um
preposicionado (objeto indireto) e outro não preposicionado (objeto direto). Nesse caso, dizemos
que o verbo é transitivo direto e indireto. Ex.: O mensageiro entregou a carta ao capitão (entregou
= verbo transitivo direto e indireto; a carta = objeto direto, ao capitão = objeto indireto).
Verbo intransitivo: é o verbo que não necessita de nenhum complemento, pois tem sentido
completo. Encerra em si mesmo a ideia básica do predicado. Ex.: Os convidados chegaram (chegaram
= verbo intransitivo). / Verbo de ligação: é o verbo que não expressa ideia de ação. Indica estado ou
condição do sujeito. Serve apenas como elemento de ligação entre o sujeito e um termo que o
modifica, chamado predicativo do sujeito. Ex.: O dia está frio (está = verbo de ligação; frio =
predicativo do sujeito), temos também o predicativo do objeto que é um termo que atribui
características ao objeto, sempre por intermédio de um verbo transitivo. Ex.: A notícia deixou o
homem preocupado (deixou = verbo transitivo direto; o homem = objeto direto; preocupado =
predicativo do objeto).
TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO: os termos integrantes completam o sentido de
adjetivos, substantivos, verbos e advérbios, etc. São:
1 – Complementos verbais: objeto direto: é o complemento verbal que não vem
introduzido por uma preposição. Ex.: Os alunos terminaram o trabalho, e o objeto indireto: é o
complemento verbal que vem introduzido por uma preposição. Ex.: Raul precisa de ajuda. OBS: os
pronomes oblíquos o, a, os, as e as variantes (lo, la, los, lãs, no, na, nos, nas) são sempre objeto
direto; os pronomes oblíquos lhe, lhes são sempre objeto indireto, em alguns casos, o objeto direto
pode vir acompanhado de uma preposição. Ex.: Adoremos a Deus / O professor elogiou a todos.
2 – Complemento nominal: é o termo que especifica ou completa o sentido de um
substantivo, adjetivo ou advérbio vem sempre introduzido por uma preposição. Ex.: Ele tem inveja do
colega.
3 – Agente da passiva: é o termo que indica quem praticou a ação expressa pelo verbo
quando este se apresenta na voz passiva. Ex.: O trabalho foi feito pela classe. Passando-se a oração
da voz passiva para a voz ativa, o agente da passiva passa a ter função de sujeito. Ex.: A classe fez o
trabalho.
TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO: são os termos dispensáveis à compreensão básica
da oração. Sua função é dar algumas informações sobre os substantivos e os verbos. São:
ADJUNTO ADNOMINAL: é o termo que modifica os substantivos, qualquer que seja a
função que ele exerça na oração. Ex.: Esse aluno fez uma boa redação. Os adjuntos adnominais
podem ser representados por: Adjetivos: Vimos um belo filme. / Locuções Adjetivas: Saímos
num dia de sol./ Artigos: Os alunos fizeram uma redação. / Numerais: chegaram duas pessoas. /
Pronomes Adjetivos: Você leu esse livro?
ADJUNTO ADVERBIAL: é o termo da oração que se refere ao predicado, indicando
diferentes circunstâncias (modo, tempo, lugar, intensidade, etc.) Ex.: Vamos à festa (lugar) /
Partiremos hoje à noite (tempo) /Desmaiou de fome (causa).
Página | 22 Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio
APOSTO: é um termo da oração que explica ou esclarece outro termo da oração, não
importando a função sintática que este termo exerça. Ex.: Essa obra foi escrita por Castro Alves,
poeta brasileiro (poeta brasileiro = aposto).
VOCATIVO: é um termo de natureza exclamativa que tem como função invocar ou chamar
alguém ou alguma coisa personificada. O vocativo é sempre separado por vírgulas e vem
acompanhado de interjeição. Ex.: Tenho certeza, amigos, que tudo isso vai acabar bem (amigos =
vocativo) / Ei, menino venha cá (ei, menino = vocativo). O vocativo não tem relação com nenhum
outro termo da oração, por isso sua classificação é à parte.
PERÍODO SIMPLES: quando possui apenas uma oração (oração absoluta). Ex.: O menino
entrou na sala.
PERÍODO COMPOSTO: quando possui mais de uma oração. Ex.: O menino entrou na sala
e pegou um disco. (O menino entrou na sala = 1ª oração; e pegou um disco = 2ª oração). O período
composto pode ser por coordenação, subordinação e misto.
PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO – ORAÇÕES COORDENADAS: são
orações que não mantêm entre si nenhuma dependência sintática, elas são independentes. Podem ser:
assindéticas: quando não são introduzidas por uma conjunção. Ex.: Durante o jogo, os torcedores
gritaram, sofreram, vibraram (durante o jogo, os torcedores gritaram = oração 1; sofreram = oração 2;
vibraram = oração 3. Sindéticas: quando são introduzidas por uma conjunção e são classificadas de
acordo com o sentido expresso por ela. Podem ser: oração coordenada sindética aditiva: é
introduzida por uma conjunção aditiva. Ex.: Saí da escola e fui à lanchonete. / oração coordenada
sindética adversativa: é introduzida por uma conjunção adversativa. Ex.: Estudei bastante, mas
não passei no teste.
Oração coordenada sindética conclusiva: é introduzida por uma conjunção
conclusiva. Ex.: Ele me ajudou muito, portanto merece minha gratidão. / Oração coordenada
sindética alternativa: é introduzida por uma conjunção alternativa. Ex.: Seja mais educado ou
retire-se da sala! / Oração coordenada sindética explicativa: é introduzia por uma conjunção
explicativa. Ex.: Vamos andar depressa que estamos atrasados.
PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO – ORAÇÕES SUBORDINADAS:
são orações que mantêm entre si certa relação sintática. Podem ser:
Orações subordinadas adverbiais: são aquelas que exercem sempre a função de adjunto
adverbial, da oração principal. Elas são introduzidas pelas conjunções subordinativas adverbiais,
portanto, pode ser: oração subordinada adverbial causal: expressa causa. Ex.: Não fui à escola
porque fiquei doente / oração subordinada adverbial condicional: expressa hipótese ou
condição. Ex.: Irei à sua casa se não chover / oração subordinada adverbial concessiva:
expressa ideia contrária. Ex.: Ela saiu à noite, embora estivesse doente. / Oração subordinada
adverbial conformativa: expressa conformidade. Ex.: O trabalho foi feito conforme havíamos
combinado. / Oração subordinada adverbial temporal: acrescenta uma circunstância de
tempo. Ex.: Ele saiu da sala assim que eu cheguei. / Oração subordinada adverbial final:
expressa finalidade ou objetivo. Ex.: Abri a porta do salão para que todos pudessem entrar /
oração subordinada adverbial consecutiva: expressa consequência. Ex.: A chuva foi tão forte
que inundou a cidade. / Oração subordinada adverbial comparativa: expressa ideia de
comparação. Ex.: Ela é bonita como a mãe. / Oração subordinada adverbial proporcional:
expressa uma ideia que se relaciona proporcionalmente ao que foi anunciada na oração principal. Ex.:
Quanto mais reclamava, menos atenção recebia.

Apostila Curso Preparatório para Ensino Página | 23


Médio
Orações subordinadas substantivas: são aquelas que num período, exercem funções
sintáticas próprias de substantivos e são introduzidas por uma conjunção integrante (que e se) ou
ainda, por outros conectivos, tais como: Quando, como, etc. Podem ser: oração subordinada
substantiva objetiva direta: quando exerce função de objeto direto. Ex.: O grupo quer que você
ajude. / Oração subordinada substantiva objetiva indireta: quando exerce a função de objeto
indireto. Ex.: Necessito de que você me ajude. / Oração subordinada substantiva
subjetiva: quando exerce a função de sujeito do verbo da oração principal. Ex.: É importante que
você colabore. / Oração subordinada substantiva completiva nominal: quando exerce a
função de complemento nominal. Ex.: Estou convencido de que ele é inocente / Oração
subordinada substantiva predicativa: quando exerce a função de predicativo do sujeito. Ex.: O
importante é que você seja feliz. / Oração subordinada adjetiva restritiva: quando restringe
ou especifica o sentido da palavra a que se refere. Ex.: O público aplaudiu o cantor que ganhou em
primeiro lugar / oração subordinada adjetiva explicativa: acrescenta uma qualidade à palavra
a que se refere, esclarecendo um pouco mais seu sentido, sem restringi-lo ou especificá-lo. Ex.: Esse
escritor, que mora na Bahia, lançou um novo livro.
CONCORDÂNCIA VERBAL: o verbo concorda com o sujeito em pessoa e número. Ex.:
Ela ficou na escola (ela 3ª pessoa do singular); ficou (3ª pessoa do singular). Este conteúdo apresenta
várias observações. A seguir citaremos apenas algumas:

 Um grupo entrou no salão. (sujeito = substantivo coletivo, o verbo vai para o


singular).
 Esses são os amigos que nos visitaram. (Sujeito = relativo que, o verbo concordará
com o antecedente = amigos).
 Ele é um dos que venceram o concurso. (Se o pronome relativo vier antecedido pela
expressão um dos + substantivo, o verbo geralmente irá para terceira pessoa do
plural).
 Mais de um aluno protestou contra a punição. (Sujeito = expressão mais de um
+ substantivo, o verbo ficará no singular).
 A escuridão e o silêncio da caverna assustaram-me. (Sujeito composto antes do
verbo, este vai para o plural).
 Assustou-me a escuridão e o silêncio da caverna. (Sujeito composto depois do
verbo, este pode concordar com o núcleo mais próximo).
 Aflição, dor, tristeza, nada o fazia desistir do projeto. (Se os núcleos do sujeito forem
resumidos por um pronome indefinido tudo, nada, ninguém, etc. o verbo vai para
o singular).
 Três horas é muito para se fazer este trabalho. (O verbo ser vai para o plural quando
o sujeito é constituído de uma expressão numérica em que se realça a ideia de
conjunto).
 A maioria dos alunos era jovem. (O verbo ser concorda com o predicativo quando o
sujeito é constituído de uma expressão de sentido coletivo).
 São três horas da tarde. (O verbo ser concorda com o predicativo em orações
impessoais, indicando distância ou tempo.)
 Há vários livros na mesa. (O verbo haver permanece na 3ª pessoa do singular quando
é impessoal, ou seja, quando não tem sujeitado. Isso ocorre quando significa “existir”
ou é empregado em sentido temporal).
 Existem alunos estrangeiros nessa escola. (Flexiona-se normalmente o verbo
existir, concordando sempre com o sujeito).

Página | 24 Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio


 Faz dois anos que ele foi embora. (O verbo fazer quando empregado em sentido
temporal ou se refere a fenômenos atmosféricos, é sempre impessoal, ficando na 3ª
pessoa do singular.
CONCORDÂNCIA NOMINAL: o artigo, o numeral, o adjetivo e o pronome adjetivo
concordam sempre em gênero (masculino/feminino) e número (singular/plural) com o substantivo a
que se referem. Ex.: Essas duas alunas fizeram um bom trabalho. Há, porém, algumas construções
que pode causar dúvidas, tais, como:

 Ele bebeu meio copo de café e comeu meia fatia de pão. / Recebi bastantes
projetos ontem. (Quando se referem a substantivo, meio e bastante são adjetivos,
admitindo, portanto, flexão).
 A menina parecia meio aborrecida. / Eles falaram bastante na reunião. (Meio e
bastante quando forem empregadas como advérbio, referindo-se, portanto a um
verbo, adjetivo ou outro advérbio, essas palavras permanecem invariáveis).
 Os vigilantes estão sempre em alerta. / Recebi menos encomendas do que você. (As
palavras alerta e menos são advérbios, portanto, não variam).
 Anexos à carta, vão os convites. / Muito obrigada, disse a menina. / Elas
mesmas prepararam essa bonita festa. / Na pasta, inclusas, vão as listas das notas. /
Eles próprios entregaram o documento ao juiz (as palavras: anexo, obrigado,
incluso, mesmo, próprio, exerce função adjetiva, portanto concordam com o
substantivo a que se referem).
REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL: regência é a relação de subordinação que se estabelece
entre um verbo ou um nome e seus complementos. O tempo que pede complemento é chamado de
termo regente e o complemento é chamado de termo regido. Quando o termo regente é um verbo,
temos um caso de regência verbal. Ex.: Ele gosta de sorvete. (gosta = termo regente; de =
preposição ;sorvete = termo regido). E quando o termo reagente é um nome (substantivo, adjetivo ou
advérbio), temos um caso de regência nominal. Ex.: Ele é fanático por futebol (fanático = termo
regente, por = preposição, futebol = termo regido). Os termos regidos podem vir ligados aos termos
regentes por meio de preposições ou diretamente, sem preposição. É importante saber que a mudança
de regência pode alterar o sentido da frase. Ex.: Ele aspirou perfume (aspirou = inspirou, cheirou) /
Ele aspirou ao cargo de chefe (aspirou= desejou, pretendeu). Abaixo, apresentamos alguns casos:

REGÊNCIA VERBAL
 Aspire o ar da manhã. / Ele aspira ao sucesso. (O verbo aspirar não exige
preposição quando significa sorver, cheirar e exige preposição quando significa
“desejar, pretender”).
 Assistimos a um belo espetáculo. / O médico assiste o ferido. (O verbo assistir
exige a proposição a quando significa “ver, presenciar” e não exige preposição quando
significa “socorrer”).
 Ele visou o passaporte; / Ele visava ao posto de capitão. (O verbo visar exige a
preposição a quando significa “ter em vista”, “desejar” e não exige a preposição
quando significa “gostar”, “ter afeto”).
 Quero uma cópia desse documento. / Quero a esta criança como se fosse minha filha.
(O verbo querer não exige preposição quando significa “desejar” e exige a
preposição quando significa “gostar”, “ter afeto”).
Apostila Curso Preparatório para Ensino Página | 25
Médio
REGÊNCIA NOMINAL: abaixo, alguns substantivos e adjetivos com suas regências mais
usuais:
Acostumado (a, com); aflito (com, por), alheio (a, de), amor (a, para com, por), ansioso (de,
para, por), antipatia (a, com, contra, por), atenção (a, com, para, para com, sobre), capaz (de), comum
(a, entre), confiança (com, em), conforme (a, com), contente (com, em, de, por), preferência (por,
sobre), próximo (a, de), relacionado (com), etc.
Ex.: Não estou acostumado a levantar tão cedo. / Será que ele é capaz de tal sacrifício?
COLOCAÇÃO PRONOMINAL: quanto à posição, os pronomes átonos podem vir antes
do verbo = próclise. (Ex.: Não me esconderei); depois do verbo = ênclise (Ex.: Escondi-me)
e no meio do verbo = mesóclise. (Ex.: Esconder-me-ei). Usa-se a próclise:
a) quando antes do verbo houver palavras de sentido negativo, como nunca, jamais, não,
nada, ninguém, etc. Ex.: Ninguém me deu essa informação. / b) quando não houver advérbios.
Ex.: Nunca te vi, sempre te amei. / c) quando antes do verbo houver pronome relativos. Ex.: Há
filmes que nos comovem bastante. d) quando antes do verbo houver conjunção subordinativa. Ex:
Espero que me ajudes; e) em frases exclamativas ou que expressem desejo. Ex.: Que Deus o proteja,
meu filho! / f) em frases iniciadas por pronome interrogativos. Ex.: Quem te deu essa notícia?
Usa-se a ênclise: a) quando o verbo está no infinitivo. Ex.: Vou procura-lo amanhã. /
b) quando o verbo está no imperativo afirmativo. Ex.: Empreste-me aquele livro! / c) quando o verbo
está no gerúndio. Ex.: Levantando-se da mesa, começou a fazer um discurso. d) quando o gerúndio é
precedido da preposição em, usa-se a próclise. Ex.: Em se falando de teatro, não pode faltar sua
opinião.
Usa-se a mesóclise: a) quando o verbo está no futuro do presente. Ex.: Contar-lhe-ei a
verdade. / b) quando o verbo está no futuro do pretérito. Ex.: Contar-lhe-ia a verdade. c) se antes do
verbo existirem palavras de sentido negativo, pronomes ou advérbios interrogativos, usa-se próclise.
Ex.: Nunca lhe contarei a verdade. / Quem lhe contará a verdade?

3
CAPÍTUL

QUÍMICA
GASES
VARIÁVEIS DO ESTADO DOS GASES
- Pressão: (ao nível do mar) = 1 atm = 760 mmHg = 760 torr.
- Temperatura: é indicada na escala Kelvin (K) = Tk = T ºC + 273.
- Volume: 1m³= 1000L
1dm³ =1L
1000 cm³ = 1L = 1000mL

Página | 26 Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio


TRANSFORMAÇÕES GASOSAS
-Transformações isotérmicas: são as transformações nas quais variam a pressão e o
volume, mas a temperatura permanece constante.
P1V1 = P2V2

-Transformações isobáricas: são as transformações nas quais variam o volume e a temperatura,


mas a pressão permanece constante.
V1 = V2

T1V2

-Transformações isocóricas: são as transformações nas quais variam a pressão e a temperatura,


mas o volume permanece constante.
P1= P2
T1 T2

EQUAÇÃO GERAL DOS GASES


Relacionando as três transformações ocorridas com uma massa fixa de um gás, obtém-se a
chamada EQUAÇÃO GERAL DOS GASES, que relaciona as três variáveis de estado (P, V e T),
sofrendo modificações simultâneas.
P1V1 = P2V2

T1 T2

VOLUME MOLAR
É o volume ocupado por um mol de moléculas de substâncias. Experimentalmente, verificou-
se que 1 mol de moléculas de qualquer substância no estado gasoso ocupa o volume de 22,4L nas
condições normais.
1 mol (C.N.T.P.): 22,4L

EQUAÇÃO DE CLAPEYRON
Quaisquer que sejam as transformações sofridas por uma massa fixa de gás, a relação PV
apresenta sempre um valor constante que depende do número de mol do gás. Quando essa quantidade
for igual a 1 mol, a constante será representada por R.
O valor de R quando:
P = atm  R = 0,082
P = mmHg  R = 62,3
Genericamente, por um número qualquer de mol (n), temos:
PV = n.R.T onde n = m ou PV = m.R.T
MM

Apostila Curso Preparatório para Ensino Página | 27


Médio
DENSIDADE
d=m onde m = massa da solução (gramas)
v v = volume da solução (cm³ ou mL)

MOLARIDADE OU CONCENTRAÇÃO MOLAR (M)


M = n1 onde n1 = número de mol do soluto → n1 = m1
V M1

m1 = massa do soluto

M1 = massa molar do soluto

M =m1

M1.V

Exemplo: 17,1g de Al2(SO4)3 são dissolvidos em água suficiente para a obtenção de


80ml de solução.

Calcule a concentração molar dessa solução.

m1 = 17,1g

V = 80ml→ 0,08L M = m1 = 17,1 = 0,625 mol/L

M1. V 342. 0,08

Massa molar do Al2(SO4)3 = 54 + 96 + 192 = 342 = M1

TERMOQUÍMICA
As reações químicas são acompanhadas por trocas de energia que podem se manifestar de diferentes
formas. Na termoquímica, estudam-se as transferências de calor associadas a uma reação química ou mudanças
no estado físico de uma substância.

REAÇÕES EXOTÉRMICAS

É aquela que ocorre com liberação de calor.

Exo → para fora

Exemplo: 2H2 (g) + O2 (g) →2H2O (l) + calor


2H2 (g) + O2 (g) → 2H2O (l) + 285,8 KJ
Calor liberado para o meio ambiente

Página | 28 Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio


REAÇÕES ENDOTÉRMICAS
É aquela que ocorre com absorção de calor
Endo → para dentro

Exemplo: 2H2O (l) + calor →2H2 (g) + O2 (g)

2H2O (l) + 285,8 KJ → 2H2 (g) + O2 (g)

Calor absorvido do meio ambiente

QUÍMICA ORGÂNICA

CADEIAS CARBÔNICAS

Os átomos de carbono têm a propriedade de se unirem, formando estruturas denominadas cadeias


carbônicas. Exemplo:

IMAGEM

TIPOS DE CARBONO

Os átomos que fazem parte de uma cadeia podem ser classificados em:

a) Carbono primário: encontra-se ligado diretamente, no máximo a outro átomo


carbono. Exemplo:

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carbonos primários

b) Carbono secundário: encontra-se ligado diretamente a apenas dois outros átomos


de carbono. Exemplo:

IMAGEM

carbono secundário

c) Carbono terciário: encontra-se ligado diretamente a três outros átomos de carbono.


Exemplo:

Apostila Curso Preparatório para Ensino Página | 29


Médio
IMAGEM

carbono terciário
d) Carbono quaternário: encontra-se ligado diretamente a quatro átomos de carbono.
Exemplo:

IMAGEM

TIPOS DE CADEIAS CARBÔNICAS


a) Cadeia aberta: é aquela que apresenta pelo menos duas extremidades (pontas).
Exemplo:

IMAGEM

As cadeias abertas podem ser:


- Normal: apresenta somente carbonos primários e secundários. Ex.:

IMAGEM

- Ramificada: apresenta carbonos primários, secundários, terciários e quaternários.


Ex.:

IMAGEM

- Saturada: apresenta ligações simples entre carbonos. Ex.:

Página | 30 Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio


- Insaturada: apresenta ligações duplas ou triplas entre os carbonos. Ex.:

- Homogênea: constituída por átomos de carbono.

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- Heterogênea: constituída por átomos de carbono e pelo menos um heteroátomo entre


os átomos de carbono. Ex.:

IMAGEM

b) Cadeia fechada: é aquela que não apresenta extremidades. Exemplo:

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FUNÇÕES ORGÂNICAS
A nomenclatura oficial leva em consideração o número de carbonos, os tipos de ligações
entre eles e a função que pertence a substância.
1 - Hidrocarbonetos: Os compostos da função hidrocarbonetos apresentam
moléculas formadas somente por carbono e hidrogênio. Exemplos:
Etano: Eteno:

IMAGEM
IMAGEM

Apostila Curso Preparatório para Ensino Méd


Página | 31
Etino: Benzeno (aromático):

IMAGEM

2 - ALCOÓIS
Os compostos que apresentam o grupo hidroxila (-OH) ligado ao carbono saturado, isto é, o
carbono que apresenta somente ligações simples. Exemplo:
Etanol (C2H5OH)

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Propanol (C5H7OH)

IMAGEM

3 - FENÓIS
Os fenóis são compostos que apresentam o grupo hidroxila (-OH) ligado a um átomo de
carbono do anel aromático. Exemplos:
Hidroxi-benzeno α-hidroxi-benzeno

IMAGEM

4 - ALDEÍDOS
Os aldeídos apresentam o grupo carbônico (-C=O) ligado a um carbono primário.
Exemplo: etanol (C2H4O)

Página | 32 Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio


5 - CETONAS
As cetonas são compostas que apresentam o grupo carbônico (-C=O) ligado a um carbono
secundário. Exemplo: propanona (C3H6O)

IMAGEM

6 - HALETOS ORGÂNICOS

São compostos que apresentam pelo menos um átomo de halogênio (F, Br, Cℓ, I) ligado a um
radical derivado de hidrocarboneto. Exemplos:

IMAGEM IMAGEM IMAGEM

Cloro metano diclorometano tricloro metano

Exercício resolvido

Um gás ocupa um volume de 5m³ na CNTP. Qual a pressão desse gás em atm, quando seu
volume reduzir a 250L numa temperatura de 273ºC? V1 = 5m³ = 5000L

IMAGEM

SOLUÇÕES

Solução é qualquer mistura homogênea, ou seja, qualquer sistema monofásico de dois ou mais
componentes.

Exemplo: água e sal

- solvente → maior quantidade (água)


- m1 → massa do soluto
- m2 → massa do solvente
- m → massa da solução

Apostila Curso Preparatório para Ensino Página | 33


Médio
Assim temos: m = m1 + m2

As soluções podem ser:


- SOLUÇÃO DILUÍDA: quando a proporção de soluto é pequena em relação ao
solvente. Exemplo: 1g de sal em 1L de H2O, xºC
- SOLUÇÃO CONCENTRADA: quando a proporção de soluto é grande em relação ao
solvente. Exemplo: 20g de sal em 1L de H2O, xºC
- SOLUÇÃO SATURADA: é o máximo de soluto que o solvente consegue se dissolver a
uma dada temperatura. Exemplo: 30g de sal em 1L de H2O, xºC
- SOLUÇÃO SUPERSATURADA: contém maior quantidade de soluto que a respectiva
solução saturada à mesma temperatura. Exemplo: 31g de sal em 1L de H 2O, xºC, onde 1g de sal passa
a ser corpo de fundo porque não foi dissolvido.
As soluções diluídas e concentradas também são chamadas de soluções insaturadas.

CONCENTRAÇÕES DE SOLUÇÕES
É qualquer maneira de indicar a proporção entre as quantidades de soluto e de solução (ou
solvente).
- CONCENTRAÇÃO COMUM (C)
C = m1 onde: m1 = massa do soluto (gramas) V
V = volume da solução (litros)
Exemplo: Uma solução aquosa contém 27g de NaCℓ (sal de cozinha) em 1 litro de água.
Qual a concentração em g/L?

3
CAPÍTUL

FÍSICA
ÓPTICA
NOÇÕES BÁSICAS DE ÓPTICA

1 - FONTE PRIMÁRIA DE LUZ - É aquela que emite


luz própria. Exemplo: o sol, a chama de uma vela, etc.

2 - FONTE SECUNDÁRIA DE LUZ - É aquela que


se reflete a luz que recebe de outros corpos. Exemplo: a
lua, o vaso, a parede, etc.

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3 - FONTE DE LUZ PUNTIFORME - É a fonte de luz cujas dimensões são desprezíveis.
Exemplo: uma lâmpada comum observada a uma distância de 40m.

4 - RAIO DE LUZ - É toda linha que representa geometricamente a direção e o sentido de


propagação da luz. Um conjunto de raios de luz forma um feixe de luz que pode ser:
- Cilíndrico ou paralelo
- Cônico divergente
- Cônico convergente

5 - MEIOS TRANSPARENTES, TRANSLÚCIDOS E OPACOS:


 Transparente: é aquele que permite a visualização nítida dos objetos através dele.
 Translúcido: é aquele que não permite a visualização nítida através dele.
 Opaco: é aquele que não permite a visualização dos objetos através dele.

6 - VELOCIDADE DA LUZ - A velocidade da luz no vácuo é constante e igual a: c = 3000.000


km/s. Em Astronomia, utiliza-se a unidade de comprimento denominada ano-luz, que representa a
distância percorrida pela luz no vácuo em um ano. 1 ano-luz = 9,6.1015m

7 - PRINCÍPIO DA ÓPTICA GEOMÉTRICA


a) Princípio da propagação retilínea da luz - Num meio homogêneo e transparente, a luz
propaga-se em linha reta.
b) Princípio da independência dos raios de luz - Um raio de luz, ao cruzar com outro, não
interfere na sua propagação.
c) Princípio da reversibilidade dos raios de luz - O caminho seguido pela luz independe do
sentido de propagação. Isto significa que o caminho de volta é igual ao de ida.

8 - ÂNGULO VISUAL
É o ângulo sob o qual o observador vê o objeto. O ângulo é formado pelos raios que partem dos pontos
observados.

ONDULATÓRIA
NOÇÕES BÁSICAS DE ONDULATÓRIA

1 - ONDA
É uma perturbação que se propaga. Toda onda
transmite energia, sem transportar matéria. Quanto à
natureza, as ondas podem ser:
 Mecânicas (precisam de um meio material para
se propagar);
 Eletromagnéticas (não necessitam de meio
material para se propagar, isto é, propagam- se
no vácuo).
Quanto à direção de vibração, as ondas podem ser:
 Transversais (as vibrações são perpendiculares à direção de propagação);
 Longitudinais (as vibrações coincidem com a direção de propagação).
Exemplo: ondas sonoras.

2 - ONDAS SONORAS
As ondas sonoras são de origem mecânica, pois são produzidas por deformação em um meio elástico.
O ouvido normal é excitado por ondas sonoras de frequência entre 20hz e 20.000HZ. Quando a
frequência é maio que 20.000Hz, as ondas são ditas ultrassônicas, e menor que 20Hz, infrassônicas.
Os sons não são transmitidos no vácuo porque exigem um meio material para a sua propagação.
Apostila Curso Preparatório para Ensino Página | 35
Médio
3 - QUALIDADES FISIOLÓGICAS DO SOM
A) ALTURA: é a qualidade que permite classificar os sons em grave e agudo.
 grave ou baixo = frequência menor
 agudo ou alto = frequência maior

B) INTENSIDADE: é a qualidade que permite distinguir um som forte de um som fraco.


 forte = grande intensidade sonora (potência)
 fraco = pequena intensidade sonora (potência)

C) TIMBRE: é a qualidade que permite classificar os sons de mesma altura e de mesa


intensidade, emitidos por fontes diferentes. Exemplo: um piano e um violino.

ELETRICIDADE
A) DEFINIÇÃO: A Eletricidade é um tipo, uma forma de
energia como a luz, o calor, o som e outras modalidades. A
energia não tem definição e por isso Eletricidade não se
define.

B) CONDUTORES OU ISOLANTES:
 CONDUTORES: é o corpo que possui elétrons
livres dos quais se deslocando através dele faz com que a Eletricidade atinja todos os pontos do
corpo. Os melhores condutores são os metais.
 ISOLANTES: é o corpo que possui elétrons livres e a Eletricidade só se manifesta nas regiões
atritadas, não se propagando.

C) LEI DE COULOMB: “A força entre dois pequenos corpos eletrizados é proporcional ao produto
de suas cargas e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre eles e tem a direção que os
une”.
É representado pela expressão:

D) LEI DE OHM: Em temperatura constante, a intensidade de corrente que percorre um condutor é


diretamente proporcional à diferença de potencial existente entre seus extremos e inversamente
proporcional à resistência que o condutor oferece à passagem da corrente elétrica.

E) ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES:

1 - SÉRIE: aquela em que os resistores são ligados, entre si, de maneira que o fim de um coincide
com o início do outro.

R = R1 + R2

2 - PARALELO: aquela em que os resistores são ligados, entre dois pontos: A e B.


1 = 1 + 1 ....
R1 R2

Exemplo prático:
1 – Calcule a resistência equivalente do circuito:
Página | 36 Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio
IMAGEM

2 – Qual é a resistência equivalente à associação da figura abaixo em ohms?

IMAGEM

3
CAPÍTUL

MATEMÁTICA
TRIGONOMETRIA DO TRIÂNGULO RETÂNGULO
1 - Teorema de Pitágoras
A trigonometria, que é uma palavra de origem grega: trigo = triangular, metria= medida, tem por
objetivo estabelecer relações entre os seis elementos de um triângulo. Antes de entrarmos no estudo da
Trigonometria, vamos rever a definição de um triângulo retângulo:

Triângulo retângulo é todo retângulo que tem um ângulo reto.


Em todo triângulo retângulo, os lados que formam o ângulo reto
são denominados catetos e o lado oposto ao ângulo reto é
chamado de hipotenusa. Assim, em todo triângulo retângulo, a
soma dos quadrados das medidas dos catetos é igual ao quadrado
da medida da hipotenusa.

a² = b² + c², que é o Teorema de Pitágoras.

Apostila Curso Preparatório para Ensino Página | 37


Médio
2 - Razões trigonométricas no triângulo retângulo
Vamos um pouco mais além: se os pontos fossem (2, 3) e (1, 2)
 sen β = cateto oposto a βsen β = b
hipotenusa a
 cos β = cateto adjacente a β cos β = c
hipotenusa a
• tg β = cateto oposto a β tg β = b
cateto adjacente a β c

IMAGEM

INTRODUÇÃO À GEOMETRIA ANALÍTICA

1 – Plano - Imagine que você está na sala de uma casa e, de repente, apaga a luz. Você sabe que uma lanterna está a 2
passos para a frente e 2 passos para a direita. Chamaremos de coordenadas x e y. Os dois passos para frente
representam a direção y e os dois passos para a direita, a direção x. Podemos representar assim:

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O espaço em x e y demonstrado é chamado de plano, o plano xy. Portanto, com um valor


para x e outro para y, identificamos um ponto no plano. Exemplo:

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O primeiro elemento dos parênteses é x e o segundo elemento é y.

2 - Distância entre 2 pontos no plano


Considere 2 pontos no plano: o ponto (1, 1) e o ponto (2, 1). Vamos representá-los no gráfico:
Página | 38 Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio
IMAGEM

Unindo os dois pontos, temos a distância entre eles. Vamos calcular? Vamos
chamar o ponto (1, 1) de (x1, y1) e o ponto (2, 1) de (x2, y2).

A regra é:
(x2 - x1) = x
(y2 - y1) = y

Voltando ao gráfico, qual é à distância de (1, 1) e (2, 1)?


Aplicando a regra: (x2 – x1) = (2 – 1) = 1
(y2 – y1) = (1 – 1) = 0

Portanto, a distância em x é 1 e em y é 0.

Vamos um pouco mais além: Se os pontos fossem (2, 3) e (1,2)?

IMAGEM

Como achar a distância entre esses pontos? Temos que usar o Teorema de Pitágoras.

IMAGEM

Vamos voltar ao gráfico anterior e identificar nele um triângulo retângulo. Veja:

Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio Página | 39


IMAGEM

Exercício revolvido:
1 - Encontre h, ou seja, a distância entre os pontos dados: (1, 3) e (2, 2)

IMAGEM

Você conseguiu!
Você é merecedor
dessa conquista

IMAGEM

Página | 40 Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio

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