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TURMA - EDI 2A
Aline Fernanda Ferreira Santana
Ana Karina Vieira Dias
Ana Luiza Guilherme Braga
1
Apresentação
Vicência Velasco Ferreira Preta, nasceu em Minas Gerais, Brasil. Era uma escrava de
encontrou na vida. E foi justamente esses desafios que inspirou a nova minissérie
da Netflix.
Baseada em fatos reais, a minissérie conta com 5 episódios e retrata a história com
mesmas lutas. As “negras de tabuleiro”, como eram chamadas, tinham a sua fama
ruim por ameaçar a ordem social e econômica. Vicência, conseguiu a sua alforria
Sinopse
Em um cenário de vasto território, suspenso pelo planalto, disfarçavam-se varios
lugares onde eles poderiam se esconder. Uma multidão de povos de diversas
origens. A escravidão. A série conta sobre três mulheres que a pena dos escrivães
livrou em silêncio.
Gênero: Drama
Episódios
dobras das pedras escuras. Para as terras de Minas Gerais, subiram povos de todas as
origens, somando-se aos que ali habitavam, inaugurando um tempo que escorreu para o
nunca mais.
Exausta de caminhar sob o peso do tabuleiro com quitutes para vender, Vicência, mulher
negra, enxergou diante de si uma dúzia de escravos trabalhando em uma grota próxima da
vila. Logo que se anunciou vestida de panos coloridos aos escravos da mina de Domingos
de Matos, eles cercaram com avidez o tabuleiro que prometia alguma fartura naquele
resto de um dia de penúrias. Cercada por vários homens bem armados, ensaiou uma fuga,
vislumbrou uma rota para escapar, mas se dobrou diante das evidências e do cansaço,
mas não havia para onde correr. Para incriminá-la, colaboraram um frasco de aguardente
vazio e outro que estava lá pela metade, além de fumo, encontrados com seu tabuleiro.
"grades adentro". Como escrava, sua soltura foi resolvida pelo proprietário, que
Havia uma multidão de mulheres como Ana, quase sempre mulheres e de cor , que
acabariam por emprestar sua cor e gênero à designação que as consagraria: as "negras de
tabuleiro". Elas vendiam pastéis, bolos, doces, mel, leite, pão, frutas, fumo e bebidas,
minerava e onde o ouro rolava suavemente para suas mãos. Já antes do amanhecer, salam
estrada afora, de uma para outra aldeia, com as mercadorias à cabeça. Inteligentes,
experientes e bem informadas, elas sabiam o que melhor se colocava em cada praça.
social e econômica, um perigo aos senhores de terras já que o comércio delas era visto
Algumas leis como o Termo de Acórdão foram criadas para limitar o espaço de circulação
das negras, sem que esse comércio fosse banido, pois todos dependiam dele. Essas leis
Correndo grande risco, escravas conquistaram a alforria com o ganho de seu tabuleiro,
Depois da alforria algumas sinhá preta investia seu patrimônio comprando escravas que
podiam empregar no comércio, o resto de suas riquezas eram em jóias, roupas, casas na
“As mulheres eram minoria na escravaria, mas eram as que mais se libertavam”.
Mesmo sendo minoria em meio aos escravos , as mulheres eram as que mais se
libertavam, pois elas se dispunham de melhores condições de vida do que os homens para
Vivência, ex-escrava , conseguiu a sua alforria após viver anos ao lado de um contratador
de diamantes com "ares de matrimônio estável más não legal", o que logo se resolveu
quando os dois se uniram , assim deixando o cargo de escrava para esposa , adquirindo o
Junia Furtado sintetiza uma ideia diferente, onde levava em consideração a maior
facilidade dos homens de cor , as únicas mulheres que tinham mais facilidade em
conseguir sua alforria eram as escravas de ganho, que viviam em concubinato com os
homens brancos.
E ali em meio às vilas ou afastadas de tudo , estavam as mulheres que não precisavam de
ir de um lado para o outro , pois já tinha algumas facilidades em relação às demais. Rosa ,
uma preta forra que vivia em Água Limpa , era uma mulher mais religiosa, aos domingos
fazia banquetes e danças para os homens de cor ; Ana Vieira foi outra que junto com Rosa ,
As leis eram muito rigorosas , porém não era muito fácil proibir as escravas de continuar
com sua vendas , então foi feito um acordo onde as mulheres poderiam vender , mas não
poderiam estar no comando do comércio. O que logo foi sendo contrariado, pois a minoria
que eram as mulheres foram expandindo seu comércio, tomando frente diante aos
homens . Não somente no comércio, mas o poder das mulheres já estavam dominando em
cultura africana. Foi pega pela Inquisição. Foi fisgada pelos visitantes em Minas e
despachada para Lisboa. Na metrópole, em dois anos, ela foi interrogada, torturada e,
condenada, desfilando humilhada em ato público pela capital, quando recebeu a sentença:
Desconfiavam dela ser feiticeira, temendo que tivesse pacto com o demônio para realizar
Assim, a calunduzeira Maria Canga, uma preta escrava que ganhava um ouro pelas
adivinhações, adotava rituais africanos. Essas práticas mágicas, usadas pelas escravas a fim
negra Vicência promovia festas com danças de "negras e pardas" para amansar o rigor
com que eram tratadas pelos senhores. Com isso, poderiam até obter alforria ou então
manter uma relação familiar sem violência. Suspeitava-se na comunidade que a escrava
Teresa conquistara o coração de seu proprietário, até mesmo que ele estava prestes a lhe
conceder a alforria.
Inarcia da Silva recebia homens em sua casa de noite e de dia. Por atentar a esse respeito,
uma simples festa, preocupou o governador Dom Pedro de Almeida, o Conde de Assumar.
A sublevação dos escravos foi um risco, pois a preocupação estava associada à presença
em Minas Gerais. Os chamados nagôs, haussás e jejes, pareciam ser os preferidos pela sua
força e poderes mágicos. No julgamento de uma autoridade portuguesa havia outra razão:
diabo.
homens solitários, porém com grande esperança em quanta riqueza o solo os proporciona.
Essa população não se submetia a casamentos com muita exigência. Até porque como
manipuladas e exploradas nesse meio. Um bom exemplo era o pequeno comércio feito
pelas negras de tabuleiro. Elas tinham uma certa liberdade de circular sem uma vigilância
vezes não compensava o alto valor dos jornais. Para não serem punidas, a única solução
era vender seus corpos. Essa era uma de várias adversidades enfrentadas, se um grupo de
violência. A preta Catarina de Souza obriga com castigos que suas escravas lhe deem o
Uma nova preocupação surgiu: a crescente população de cor. A parda Eugênia Maria de
Jesus entregava-se a homens de sua própria casa. Isso causava espanto já que além de dar
Personagens / Elenco
Referência bibliográfica
Giovana Xavier, Juliana Barreto Faria, Flavio Gomes. Mulheres Negras: no Brasil escravista e
do pós-emancipação.
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Cartaz