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ESC RA VI DÃ O E

RE SIST ÊN CI As SANTOS
ESSORA ANA LÚCIA
PROF
No início da colonização, muitos indígenas foram
escravizados para trabalhar nas plantações de cana ou nas
roças de subsistência. No entanto, alguns fatores
contribuíram para que a mão de obra indígena fosse
substituída pela do africano escravizado: baixa resistência
dos indígenas às doenças de origem europeia; resistência
armada de alguns povos à captura; e a fuga, sempre que
possível, para os sertões.

Além disso, contavam com a proteção dos jesuítas, o que


provocava conflitos entre esses religiosos e os colonos.
Para alguns estudiosos, o fator mais importante para essa
substituição era o alto lucro que o tráfico de escravizados
africanos proporcionava para a Coroa e para os
traficantes.
DIÁSPORA
AFRICANA
"[...] milhares de homens e
mulheres foram retirados de suas
aldeias, cidades, famílias e
espalhados pelo mundo. Não
carregavam consigo nada além de
seus corpos, suas tradições, suas
memórias".
NAVIOS
NEGREIROS Os navios negreiros (ou tumbeiros),
utilizados no transporte dos
escravos vindos da África,
demoravam em média 35 dias para
chegar ao Recife, 40 dias para
chegar a Salvador e 50 dias para
chegar ao Rio de Janeiro. Durante a
viagem, cada escravo tinha direito a
uma pequena cota diária de
alimentos e água, mas a
superlotação e a falta de higiene
levavam muitos à morte.
O TRABALHO NA
COLÔNIA
Cativos eram separados de seus
familiares, separados por idade e sexo
para serem comercializados.

Não tinham direitos, eram submetidos a


extensas jornadas de trabalho e
castigos físicos.
resistÊncias
FUGAS
ABORTOS
ASSASSINATO DE
FEITORES
FURTOS
SABOTAGEM DOS
ENGENHOS
FORMAÇÃO DE
QUILOMBOS
OS QUILOMBOS
Os quilombos, ou mocambos, eram locais onde
se refugiavam escravizados fugidos, índios,
criminosos perseguidos pela justiça e até mesmo
homens brancos pobres. Geralmente, eram
construídos em locais de difícil acesso. Seus
habitantes viviam da agricultura de subsistência,
da pecuária, da caça, da pesca e da coleta de
frutos, e muitas vezes organizavam grupos para
auxiliar fugas e assaltar propriedades
CONSTRUÇÕES
AFRO-BRASILEIRAS
"O tráfico negreiro foi um movimento de homens e
mulheres portadores de ideias, valores, saberes, religiões
e tradições. Foi precisamente esta cultura em movimento
que manteve a força da sobrevivência, da resistência, da
adaptação e, enfim, do renascimento de indivíduos
arrancados do continente africano. "
AFROBRASILIDADES
ATLÂNTICA E DIASPÓRICA

Eu atravessei o oceano
Junto às minhas companheiras e companheiros
Estive nos navios negreiros
Ouvindo o choro e sentindo o desespero dos meus
Dispersei-me por vários lugares, assumi vários corpos e faces
Estive na pele do primeiro preto a ser colocado no tronco
E da primeira preta a ser invadida com uma máscara de aço
Abri rios e matas na força do braço
Em algumas vidas, matei senhores e fundei quilombos
Em outras, fui encontrada pelas armas dos capitães do mato
Abortei e pari meninos
Vi meu ventre ser acorrentado e transformado
Em uma máquina de manutenção da escravidão
Vi pretos de quarenta anos morrerem de exaustão
Em alguns corpos fui rainha, em algumas peles fui guerreira
Em todas elas, herdeira da força dos meus ancestrais
Eu vi nossas histórias sendo incendiadas
Nossas memórias, apagadas
Mas ainda assim ressurgimos e reencontramos o caminho
Semente não morre, semente germina, cresce e frutifica
E nós… Nós somos a árvore da vida!

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