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Revisão e ensaio geral para prova

As questões da prova (cinco questões ao total) estão grifadas e em negrito nesse texto.
Das cinco questões, o aluno poderá escolher se pretende responder 2 ou 4 questões. Acaso escolha duas
questões, cada uma irá valer 5 pontos, acaso escolha responder 04 questões, cada questão irá valer 2,5
pontos.
Recomenda-se responder cada questão de forma fundamentada e com um mínimo de 05 linas e o
máximo de 20 linhas.
Pontos ministrados:
1ª Teoria da hierarquia das normas jurídicas, 2 Teoria da Constituição; 3º dano moral e acidente de trabalho
e 4º Direito do Trabalho.

Ponto 01 Da hierarquia das normas jurídicas


Como visto em aulas, na Teoria do Direito, as normas jurídicas, aquelas que criam direitos e obrigações,
possuem hierarquia.
Em paralelo unicamente didático, podemos pensar em um quartel. De fato, em um quartel existe o
comandante, um Coronel, um subcomandante, um tenente coronel, major, capitão, tenente, sargento, cabo e
soldado. Por óbvio, um soldado não manda em um sargento e um sargento não manda um capitão, por
exemplo.
Dentro desse paralelo unicamente didático, o comandante do ordenamento jurídico (o coronel) é a
Constituição. Ou seja, as normas existentes na Constituição possuem supremacia sobre as demais normas.
Desse modo, se a Constituição proíbe a pena de morte, artigo 5º inciso, XIX, não poderia uma lei ordinária,
por exemplo, modificar tal realidade normativa.
Se aprovada tal lei, estabelecendo a pena de morte no Brasil em todo e qualquer contexto, sem ser em caso
de guerra declarada, esta padeceria de inconstitucionalidade e não deveria ser cumprida.
Artigo 5º:
LVII - não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
Do mesmo modo, os termos de um contrato não pode ser contrário ao texto de uma lei.
Por exemplo, se o Código de Defesa do Consumidor estabelece o seguinte:
Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em:
I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis;
II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis.

Desse modo, um contrato não poderá estabelecer um prazo menor. o prazo de validade mínimo de uma
garantia é de 90 dias, não pode o contrato estabelecer um prazo menor.
Questões 01 e 02:
Questão 01 - Considerando que a Constituição estabelece que as horas extras serão pagas com um
adicional de, no mínimo, 50% (artigo 7º, Inciso XVI), poderá uma lei dispor que, ante aos efeitos da
pandemia, este adicional será reduzido para30%?
O que aconteceria com esta norma?
Questão 02:
Fulano firma contrato de trabalho com Beltrano e sabendo que o trabalho dar-se em condições de
insalubridade máxima, estabelece – por intermédio de um contrato individual - que o adicional será
calculado no percentual de 5% do salário mínimo. Por seu turno, a CLT estabelece o seguinte:
Art. 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo
Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20%
(vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo,
médio e mínimo.
Tendo em conta a situação acima exposta, ajuizada uma ação trabalhista, buscando o pagamento do
adicional de insalubridade em grau máximo no percentual de 40%, mas tendo o contrato que
estabelece o percentual em 5%, qual norma o juiz do trabalho deverá seguir, a lei ou o contrato?
3º Ponto – Da Teoria das Normas Constitucionais – do dano moral e do acidente de trabalho.
Como exposto em aula, a Constituição funda-se na dignidade da pessoa humana (artigo 1º) e assegura, por
exemplo, o direito à saúde, artigo 6º da Constituição.
Dentro da seara do direito do trabalho, o instituto jurídico do acidente de trabalho (plexo de normas jurídicas
que tratam do tema, busca proteger, concretizar, esse direito à saúde do trabalhador.
De fato, dentro da compreensão de que as normas constitucionais são normas jurídicas (criam direitos e
obrigações, portanto) e, mais ainda, possuem supremacia sobre as demais normas jurídicas, pode-se pensar
que quando um empregador, por exemplo, é obrigado a indenizar um empregado em decorrência de um
acidente de trabalho, custando-lhe o tratamento de saúde estar-se a tornar real, efetivo, o direito à saúde
positivado no artigo 6º da CF.
Dentro de uma Constituição existem, basicamente, dois tipos de normas jurídicas: normas regras e normas
princípios.
Exemplo de norma regra:
Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze Ministros, escolhidos dentre cidadãos com mais
de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada.
Ou seja, basta ler o artigo 101 da CF para saber que o STF é composto de 11 ministros.

Exemplo de norma princípio:


Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência e, também, ao seguinte

Questões 3ª e 4ª:
3ª – Se durante um contrato de trabalho, um empregado é tratado de maneira humilhante por o seu
empregador, qual o caminho que o Direito assegura a este empregado para reparar o seu direito
ferido? E qual seria esse direito ferido?

4ª Durante o trabalho do Senhor X este, sem treinamento, é obrigado a transportar dinheiro do


empregador, sem que lhe sejam oferecidas as mínimas medidas de segurança. Nesse caso, há dano
moral? Uma depressão oriunda dessa tensão de realizar transporte de dinheiro todos os dias, sem
treino e preparo, pode ser considerada um dano moral?

5ª questão – Se o cidadão A é contratado para prestar serviços todas terças e quintas-feiras, entre às
19 e às 22 horas, sem Carteira de Trabalho assinada, mediante o pagamento mensal de R$ 2.000,00,
em uma escola de línguas, pergunto eu, o cidadão A pode ser considerado empregado? Se sim,
exemplifique alguns direitos que o cidadão A fará jus.

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