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SUMÁRIO
TEORIA GERAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS – PARTE III ........................................................................... 2
1. COLISÃO ENTRE OS DIREITOS FUNDAMENTAIS ..................................................................................... 2
2. APLICAÇÃO VS. APLICABILIDADE........................................................................................................... 2
3. ROL EXEMPLIFICATIVO ......................................................................................................................... 2
4. HIERARQUIA DOS TRATADOS INTERNACIONAIS.................................................................................... 3

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TEORIA GERAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS – PARTE III


1. COLISÃO ENTRE OS DIREITOS FUNDAMENTAIS
O assunto parte do pressuposto de que não há qualquer tipo de hierarquia entre os
Direitos Fundamentais, o que há é a necessidade de se harmonizar os bens jurídicos em conflito.
Pense na famosa figura da balança quando nos referimos ao Direito como um todo, a balança
surge a partir da ideia de que nem sempre podemos sacrificar direitos perante outros, o que
deve ser feito é harmonizar para, assim, ponderar os bens jurídicos constitucionalizados em
conflito.
O intérprete constitucional deve ponderar interesses no sentido de evitar o sacrifício
total de um direito perante outro. Por exemplo, quando há colisão entre a liberdade de
expressão e a inviolabilidade da intimidade, não se pode excluir uma perante outra, mas sim
harmonizá-las para saber qual irá prevalecer do caso concreto (princípio de interpretação
constitucional chamado de concordância prática ou da harmonização).

2. APLICAÇÃO VS. APLICABILIDADE


Repare no texto presente no artigo 5°, §1° da CF/88:

Art. 5°, § 1º As normas definidoras dos direitos e garantias


fundamentais têm aplicação imediata.

Dessa forma, entenda que a aplicação imediata é no sentido de eficácia jurídica, ou seja,
toda norma definidora de um direito fundamental já possui eficácia jurídica a ponto de, no
mínimo, ser respeitada pelas demais normas do ordenamento jurídico, pois já possuem eficácia
jurídica direta e imediata.
Quanto à aplicabilidade, é no sentido de a norma ser concretizada pelos seus
destinatários, ou seja, a efetividade da norma.
Toda norma definidora dos Direitos Fundamentais possui eficácia jurídica imediata, mas
nem toda norma possui efetividade, pois algumas, para serem concretizadas, necessitam da
edição de normas regulamentadoras complementando-as e, assim, realizando a verdadeira
concretização. Tais normas que necessitam de tal complemento são classificadas como normas
de eficácia limitada.

3. ROL EXEMPLIFICATIVO
O assunto é facilmente retratado no seguinte texto da CF/88:
Art. 5°, § 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não
excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela
adotados, ou dos tratados internacionais em que a República
Federativa do Brasil seja parte.
Ora, se o próprio texto constitucional diz que não há exclusão dos outros direitos
decorrentes do regime e dos princípios pelo Brasil adotados, ou dos tratados internacionais em
que o país seja parte, se está diante de um rol que pode sofrer acréscimo, dessa forma, o rol dos
Direitos Fundamentais previsto na CF/88 é exemplificativo.
O esquema abaixo expõe de forma resumida todo o explicado:

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4. HIERARQUIA DOS TRATADOS INTERNACIONAIS


As bancas examinadoras cobram o presente assunto de uma forma bem simples.
Basicamente teremos três tipos de Tratados Internacionais:
 Cuja matéria é de Direitos Humanos e é aprovado no rito previsto para a Emenda
Constitucional (Art. 5, §3º, CF);
 Cuja matéria é de Direitos Humanos e não é aprovado no rito previsto para a
Emenda Constitucional (tese da supralegalidade);
 Cuja matéria não é de Direitos Humanos.
No primeiro caso, temos a principal questão das provas. O tratado internacional de
direitos humanos, aprovado em cada casa do Congresso Nacional, em dois turnos de
aprovação, por 3/5 (no mínimo) dos votos dos referidos membros é equivalente a uma emenda
constitucional.
No segundo caso, temos um tratado que estará hierarquicamente abaixo da Constituição,
mas acima das leis, por isso o nome de norma supralegal.
No último caso, o tratado, por não possuir matéria de direitos humanos, ao ser
incorporado no ordenamento jurídico brasileiro terá hierarquia de lei ordinária federal.
O esquema abaixo elucida de forma bem objetiva como a banca examinadora pode cobrar
uma questão:

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