GURPS

ENGENHARIA
SOCIAL
TM
 Quarta Edição

Engenharia
Social TM

Escrito por WILLIAM H. STODDARD

Editado por JASON “PK” LEVINE
Ilustrado por PAUL DALY, ERIC HOTZ, e JOYCE MAUREIRA
Traduzido e Diagramado por PUTAH_CLUBBER_MOR
Um Suplemento e23 para GURPS®

STEVE JACKSON GAMES ®

Stock #37-0140 Versão BR 1.0 – Setembro 2022

2 COVER
 SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................ 5
História de Publicação.................... 5
Sobre o Autor................................... 5
1. RELAÇÕES SOCIAIS EM
CAMPANHAS ......................... 6
O Contrato Social ............................ 6
Interação Social Cinematográfica.... 7
CENAS E SUBTRAMAS ....................... 7
Incidentes......................................... 7
Históricos ......................................... 8
Apoio a Trama.................................. 8
TEMAS SOCIAIS ............................... 9
Dias Escolares.................................. 9
Meu Dia no Trabalho ...................... 9
Comprando e Vendendo ............... 10
Política............................................ 10
Amor e Casamento ........................ 10
Na Área de Serviço .........................10
Ociosidade...................................... 11
MUNDOS EXÓTICOS ....................... 12
A SOCIEDADE DE REFERÊNCIA ........ 12
Mundos de Lambris .......................12
Mudando a Sociedade de
Referência ................................. 13
Sociedades Grandes e Pequenas ....13
2. UM PONTO DE APOIO ........ 14
POSIÇÃO SOCIAL ............................ 14
Hierarquia, Status e Riqueza ....... 14
Equilibrando o Status e a Hierarquia
15
A Aritmética da Hierarquia............16
Nos Bastidores: Status como
Hierarquia..................................17
Reputação ...................................... 18
Reconhecimento Social e Estigma
Social ......................................... 19
Características Sociais como
Recompensas.............................19
Outras Vantagens e Qualidades de
Posições Sociais........................ 20
Status, Hierarquia e Tipo de
Sociedade/Governo................... 20
CAUSANDO UMA IMPRESSÃO ............ 21
Carisma .......................................... 21
Aparência ....................................... 21
Qualidade Vocal............................. 22
Status Visível e Custo de Vida ...... 22
Estilo...............................................22
Escolhendo os Porta-Vozes.............23
Ofender........................................... 24
Qualidades de Impressão.............. 24
Recursos......................................... 24
3. CARA A CARA ..................... 25
Perícias Complementares ...............25
PROCURANDO PESSOAS ................... 26
Funcionários.................................. 26
Procuras Secretas ...........................26
Empregos ....................................... 27
Compradores ................................. 27
Informantes ................................... 27
Companhia..................................... 28
Atividades Clandestinas ................ 28
Indivíduos Conhecidos.................. 28
Atravessadores e Intermediários ....28
PERCEPÇÃO SOCIAL........................ 29
Histórico......................................... 29
Hierarquia e Status Estrangeiro ....29
Aproximabilidade .......................... 30
Motivos........................................... 30
Relacionamentos ........................... 30
TESTES DE REAÇÃO
E MODIFICADORES ......................... 31
Reações Gerais............................... 31
Transações Comerciais.................. 31
Pedidos de Ajuda ........................... 33
Pedidos de Informação ................. 33
Dando Informações....................... 33
Recreação....................................... 34
Romance ........................................ 34
Escurecendo a Cena .......................34
INFLUÊNCIA .................................. 35
Perícias de Influência.................... 35
Isso Não é o Que Parece.................35
Influência Sem Palavras ............... 36
Testes de Influência Expandidos....36
Substitutas para as Perícias de
Influência .................................. 37
Perícias Complementares na
Interação Social........................ 37
Não Pode Ser Influenciado........... 37
Influenciando os PdJs ....................37
INTERAÇÃO INDIRETA ..................... 38
Presença Virtual............................. 38
Voz a Voz ........................................ 38
Texto ............................................... 39
ESFORÇOS DE EQUIPE .................... 39
Realidade Aumentada ....................39
INFLUÊNCIA COMPETITIVA ............... 40
Rivalidade Comercial .................... 40
Debate............................................. 41
Sagacidade, Zombaria e Insultos. 41
SUMÁRIO
Rivalidade Romântica................... 42
ENGANAÇÃO .................................. 42
Distrações....................................... 42
Mentiras ......................................... 43
Manipulação .................................. 43
Sutileza ...........................................43
Identidades Falsas ......................... 44
Jogos Clássicos de Confiança.........44
RELACIONAMENTOS CONTÍNUOS ....... 46
Lealdade Pessoal............................ 46
Gerando Confiança........................ 47
Vantagens de Relacionamento ..... 48
Encontrando um Mestre ................49
Lealdade em Jogo.......................... 51
CARACTERÍSTICAS SOCIAIS EXÓTICAS 51
Aparência Racial............................ 51
Percepção e Comunicação............ 52
Reações Alienígenas ...................... 52
Preenchendo as Lacunas .............. 52
Reputações Raciais ....................... 53
4. O HOMEM DA ORGANIZAÇÃO 54
PROCURANDO POR ORGANIZAÇÕES.... 54
Serviços .......................................... 55
Investidores.................................... 55
Fontes de Informação ................... 55
Repartições Públicas ..................... 55
PORTEIROS ................................... 56
PEDINDO BENEFÍCIOS .................... 56
Testes de Reação Organizacional. 56
Influenciando as Organizações .... 57
Perícias Organizacionais
Complementares....................... 57
Engenharia Social ..........................57
Suborno.......................................... 58
Chantagem e Espionagem ............ 59
RELACIONAMENTOS CONTÍNUOS
E CARREIRAS ................................ 59
Um Entendimento Particular....... 59
Obtendo um Emprego .................. 59
Mantendo um Emprego................ 60
Agendas Secretas ............................60
Promoção ....................................... 61
Estando no Comando ................... 61
Os Benefícios de Hierarquia......... 62
Vantagens de Relacionamento nas
Organizações............................. 63
ORGANIZAÇÕES HOSTIS .................. 63
Captura........................................... 63
Inimigos Internos...........................63
Questionando................................. 64
Julgamentos ................................... 64
3
 Prisão.............................................. 65
Lavagem Cerebral.......................... 66
Drogas e Vontade ............................66
5. MOVENDO AS MASSAS ........ 67
O HUMOR DA MULTIDÃO ................ 67
Observação Direta ......................... 67
Pesquisas de Opinião .................... 68
A Senhorita Rumor ....................... 69
Amostragem da Mídia................... 69
FAMÍLIAS E COMUNIDADE COMO
ORGANIZAÇÕES ............................. 70
Procurando por Famílias e
Comunidades ............................ 70
Círculos Internos ........................... 70
OS BENEFÍCIOS DE STATUS ............. 70
INFLUÊNCIA DIRETA ....................... 71
Discursando ................................... 71
Entretenimento.............................. 72
Interagindo com a Plateia............. 72
Cultivando uma Persona............... 72
INFLUÊNCIA INDIRETA .................... 73
Publicidade e Propaganda ............ 73
Publicidade e Testes de Procura .....73
Guerra Psicológica ........................ 74
Memética aplicada .........................74
LUTAS PELO PODER ....................... 75
Os Três Tipos de Política ............... 75
Totalitarismo...................................76
Alianças e Diplomacia................... 77
Alianças Familiares........................77
Rivalidade Econômica .................. 78
6. DA PERSUASÃO À FORÇA..... 81
Combate Iminente e Testes de
Reação ....................................... 81
INTIMIDAÇÃO................................. 81
Entre Indivíduos............................ 82
Entre Gangues ............................... 82
Entre Forças Organizadas ............ 82
PROVOCANDO E INSULTANDO ........... 82
Começando uma Luta................... 82
Atraindo Agressividade ................. 83
Criando uma Distração................. 83
SE SAFANDO ................................. 83
Evitando uma Luta........................ 83
Rendição Negociada ..................... 84
A MENTE DA TURBA...................... 84
Ação Coletiva ................................. 84
Pânico .............................................85
Incitando ao Motim ...................... 86
Pacificação ..................................... 86
Ordem de Execução ...................... 86
JOGUE FORA ESTE LIVRO! ...... 87
APÊNDICE A: TABELAS DE
REAÇÃO EXPANDIDAS .......... 88
APÊNDICE B: NOVAS
CARACTERÍSTICAS ............... 92
Vantagens ....................................... 92
Modificadores ................................ 92
Qualidades ..................................... 93
Desvantagens ................................. 95
Perícias ........................................... 95
Perícias Curingas........................... 96
Técnicas.......................................... 97
BIBLIOGRAFIA ........................ 98
ÍNDICE .................................102

Criação do Sistema GURPS❚STEVE JACKSON
Editor da Linha GURPS❚SEAN PUNCH
Editor-Chefe❚PHILIP REED
Design de Páginas❚ PHIL REED e
JUSTIN DE WITT
Diretor de Arte❚SAMUEL MITSCHKE Gerente da e23❚STEVEN MARSH
Assistente Editorial❚JASON “PK” LEVINE Diretor de Marketing❚PAUL CHAPMAN
Produção Artística e Indexador❚NIKOLA VRTIS Diretor de Vendas❚ROSS JEPSON
Gráfica❚MONICA STEPHENS Mantenedor do FAQ de GURPS❚
VICKY “MOLOKH” KOLENKO

Material Adicional: Peter Dell’Orto, Kenneth Hite, Dan Howard, Steve Jackson,
David Pulver, Sean Punch, Matt Riggsby, and Lisa J. Steele
Testadores: Jonathan Carryer, Brett Evill, David Johnston, Rob Kamm, William J. Keith,
Susan Koziel, Alden Loveshade, Elizabeth McCoy, Paraj Mandrekar, Christopher R. Rice, Matt Riggsby,
Michael Roy, Hans-Peter Schöni, Shawn K. Stevenson, and Antoni Ten Monrós
GURPS, Warehouse 23, e tudo da pyramid são marcas registradas da Steve Jackson Games Incorporated. Pyramid, Engenharia Social, e23, e os nomes de todos os
produtos publicados pela Steve Jackson Games Incorporated são marcas registradas ou marcas comerciais da Steve Jackson Games Incorporated, ou usadas sob licença.
GURPS Engenharia Social é copyright © 2011 pela Steve Jackson Games Incorporated. Algumas artes © 2011 JupiterImages Corporation. Todos os direitos reservados.
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Agradecemos seu apoio aos direitos do autor.

4 SUMÁRIO
 INTRODUÇÃO
Chamamos eles de RPGs por uma razão...
O combate e outros feitos físicos cobrem uma grande parte
da maioria dos RPGs. Regras para ações e conflitos ocupam
muitas páginas, não apenas porque suas consequências geral-
mente refletem questões de vida ou morte, mas porque os
jogadores estão interessados em cenas de ação e luta. Embora
um RPG poderia ser criado para quase qualquer gênero ficcio-
nal, a maioria dos gêneros populares e materiais de fonte
focam em ações físicas e perigo.
Mas as melhores series de aventura são também sobre os
personagens e seus relacionamentos: D’Artagnan e Milady,
Holmes e Watson, Kirk e Spock, e muitas outras duplas de
amigos ou inimigos. Situações sociais, caracterização e diálo-
go podem adicionar sabor a uma história, ou fornecer aos
heróis uma razão para se aventurarem. Para alguns heróis –
detetives e espiões, por exemplo – as perícias sociais podem ser
suas maiores ferramentas. Ainda assim é possível conduzir
uma campanha inteira focada primariamente em romance,
comédia ou algum outro gênero no qual a interação social im-
porta mais do que a ação física.
GURPS fornece regras e mecânicas de jogo para interação
social: testes de reação, testes de Influência, e as características
do personagem que as afetam. E para muitas campanhas, isso
basta. Entretanto, o mesmo pode ser dito sobre as regras de
combate no Módulo Básico... e mesmo assim, os jogadores à
procura de regras mais detalhadas podem recorrer ao GURPS
Artes Marciais para explorarem as nuanças de combates e tor-
narem as cenas de lutas mais vívidas. Da mesma forma,
GURPS Engenharia Social expande as regras do Módulo Bási-
co para comportamento e situações sociais. Todas essas
expansões são opcionais, para serem usadas a critério do MJ;
veja Jogue Fora este Livro! (pág. 87) para mais informações. Ex-
ceto quando descrito, elas complementam o Módulo Básico
em vez de substitui-lo.
O Capítulo inicial examina as diferentes formas que a inte-
ração social pode se encaixar em uma campanha e explica a
ideia chave de uma sociedade de referência. O resto do suple-
mento coloca os PdJs no centro do palco. Um tratamento
expandido das características sociais na criação de persona-
gem é seguido por regras detalhadas para influenciar e
construir relacionamentos com indivíduos, com organizações
formais, com multidões e sociedades inteiras. Finalmente,
Engenharia Social explora o limiar traiçoeiro que separa uma
conversa de uma luta.
Todas estas novas regras fornecem maneiras padronizadas
para os aventureiros realizarem transações sociais – mas não
A inteligência deste povo parecia tão distraída e tão mergulhada em profunda meditação, que ninguém podia falar nem estar com
atenção ao que se lhe dizia sem o auxílio daquelas ruidosas bexigas, com que se lhe batia na boca ou nas orelhas, para o despertar.
Esta era a razão por que as pessoas que possuíam certos meios, mantinham um criado, que lhes servia de monitor e sem o qual
nunca saiam. . . . A ocupação deste personagem, quando duas ou três pessoas se encontravam juntas, consistia em bater
habilmente . . na boca daquele a quem se dirigia o discurso.
INTRODUÇÃO
as únicas maneiras. Nenhum suplemento poderia cobrir todas
as possibilidades. O MJ deveria recompensar a interpretação
criativa! Se fizer sentido aplicar uma perícia ou modificador
para uma tarefa de uma forma não abordada pelo Engenharia
Social, deixe os PdJs tentarem.
Se seu objetivo é passar toda uma campanha numa novela
ou saga familiar, ou simplesmente adicionar uma cena ocasio-
nal de suborno, flerte, ou insulto para uma campanha de ação,
Engenharia Social dará a você novas ferramentas e novos ca-
minhos para usar as ferramentas que o GURPS já fornece.
HISTÓRIA DE PUBLICAÇÃO
Engenharia Social não é baseado em nenhum suplemento
anterior do GURPS. Primeiramente, ele expande o material de
encontros sociais, interações, e perícias do Módulo Básico,
Quarta Edição. Ele também se baseia em mecânicas sociais de
outros suplementos, reafirmando ou modificando muitas das
suas regras, unificando e estendendo a um tratamento de uso
geral. São Fontes importantes de ideias: GURPS Action 1 e 2,
GURPS Dungeon Fantasy 2, GURPS Horror, GURPS
Mysteries, GURPS Power-Ups 2: Perks, GURPS Transhuman
Space: Changing Times e GURPS Traveller: Interstellar Wars.
Este tratamento expandido da interação social funciona por si
só e pode ser usado com qualquer suplemento do GURPS.
SOBRE O AUTOR
William H. Stoddard é um redator profissional, especializa-
do em livros científicos e eruditos, em campos que abrangem
desde a tecnologia aeroespacial até a arqueologia. Felizmente,
ele gosta de ler não-ficção; sua biblioteca de pesquisa está ame-
açando tomar seu apartamento, e ele regularmente visita a
biblioteca da universidade mais próxima em busca de uma lei-
tura complementar. Seus outros prazeres incluem cozinhar, ler
ficção cientifica e história alternativa, e conduzir e jogar RPGs;
ele o vem fazendo desde 1975, quando encontrou pela primei-
ra vez Dungeons & Dragons. Seu trabalho anterior para a
Steve Jackson Games inclui escrever as últimas edições de
GURPS Supers e GURPS Low-Tech, além de compor artigos
para Pyramid com assuntos como danças formais e situações
sexuais em RPGs. Ele vive em San Diego com sua coabitante
Carol, dois gatos, dois computadores, e demasiados livros!
– Jonathan Swift, Viagens de Gulliver
5
 CAPÍTULO 1
RELAÇÕES SOCIAIS
EM CAMPANHAS
"Que direito tu tens aqui?"
Brenda Price se afastou das gravuras envelhecidas na pedra
maciça, procurando de onde veio a intensa voz. Apesar do brilho
de sua tocha na rocha, o crepúsculo era quase impenetrável. Ele é
isso parado nesse arbusto? Meu Deus, ele parece imenso. Este era
para ser um país pacífico; ela esperava que ele soubesse disso.
Falando lentamente, ela disse, "Eu não sabia que esta era a sua
terra."
"Nossa terra ela era, antes de burarq vim e atirar as pedras que
a colocaram sob a lei"
Não era apenas o seu conhecimento incompleto de
Ragnlendish que estava tornando isso difícil; ela tinha praticado
bastante nas últimas semanas – mesmo todos os estudantes locais
querendo praticar seus Inglês com ela. Ele falava com um
vocabulário antigo, como as sagas que ela e seu tutor, Sr. Ransom,
tinham trabalhados juntos. E "burarq" soava como uma dessas
palavras estranhas que não tinha cognatos em outros idiomas
germânicos.
"Eu gostaria de ver o que estava escrito," ela disse. "Eu sou uma
linguista histórica."
"Eu não conheço essas palavras.", disse ele.
"Eu estudo a tradição das palavras. Existem palavras antigas
aqui que ninguém conhece; eu vim para estas terras para aprender
mais sobre elas."
Ele se aproximou e agigantou-se sobre ela, parecendo
inacreditavelmente grande. Mesmo agora, ele era praticamente um
borrão na crescente escuridão.
"Essas são as palavras de meu povo, dos luurg," disse ele. "Os
burarq aprenderam elas de nós. Eles as escrevem nas pedras, ao
lado de suas próprias palavras. Mas poucos se lembram delas
agora." Ele apontou para a superfície envelhecida, com seus
resquícios de runas, Ragnlendish e algo mais. "Mesmo as pedras
esqueceram."
O que era isso? Mesmo as pessoas que especularam sobre um
substrato não Indo-Europeu, não alegaram que havia registros,
muito menos uma etnia distinta. Estes dados podem ser
inteiramente novos! Até o pensamento de medo se desvaneceu
quando disse, com absoluta verdade: "Aprender a tradição desta
língua seria um tesouro para mim".
A maior parte deste suplemento são de regras: interpreta-
ções de regras existentes, novas aplicações das regras ou
sugestões de regras alternativas. Mas os jogos não têm regras
só por terem regras. O objetivo de uma regra é tornar o jogo
divertido. As regras de interação social no GURPS precisam se
6 RELAÇÕES SOCIAIS EM CAMPANHAS
adequar a campanha para a qual os jogadores se inscreveram,
e seu lugar nas questões sociais da campanha.
Supers e outros seres poderosos podem ser capazes de con-
tornar completamente as perícias sociais, tomando o controle
direto das ações de outro ser. Magos podem fazer o mesmo
com magias. Mas sobrepor à vontade dessa maneira não é
uma habilidade social. Para Dominação, Controle da Mente,
Possessão, e características similares, veja GURPS Poderes e
outros suplementos como GURPS Horror. Para magias, veja
GURPS Magia. Interação social é sobre fazer com que os ou-
tros colaborem, entusiasticamente ou relutantemente, sem
precisar sobrepor suas vontades e seus autocontroles.
"Vou arrazoar com ele" disse Vito Corleone.
Esta frase se tornaria famosa nos anos futuros.
- Mario Puzo, O Poderoso Chefão
O CONTRATO SOCIAL
Não importa quanto ou quão pouco a interação social tem
lugar no mundo do jogo, jogar um RPG é uma interação social:
o MJ e os jogadores estão tentando se divertir juntos. Se essa
interação vai bem, o jogo é um sucesso.
Cada campanha precisa de um "contrato social": um enten-
dimento mútuo entre o MJ e os jogadores sobre como o jogo
deve ser jogado. Se não for mútuo – se pessoas diferentes tive-
rem expectativas diferentes – é provável que produza conflitos
e torne a campanha menos divertida. É um investimento que
vale a pena para colocar todos na mesma página desde o iní-
cio.
Qual o tipo de atividade que a campanha irá incluir? A mai-
oria dos jogadores estão procurando um foco em ação física e
risco, com a interação social usada como uma ferramenta para
tratarem das coisas e para a cena ocasional "de inatividade".
Mas alguns irão alegremente gastar horas interpretando nego-
ciações de contrato ou uma visita a casa de banho, enquanto
outros ficarão de má vontade mesmo em um momento não
gasto com cenas de ação. Todos precisam concordar em quan-
ta interpretação social uma campanha terá – e tem que ser
uma quantidade com a qual todos se divirtam.
Se a campanha inclui encontros sociais (e para alguém que
comprou esse suplemento, provavelmente ela terá!), qual tipo
de interpretação será apropriado? Um ladrão cativante pode
escapar com comentários sarcásticos para a princesa? (Veja
Falando Livremente, abaixo). Ou ele encara grandes penalida-
des de reação pelo pequeno deslize no protocolo? Ambos os
estilos são divertidos para alguns jogadores, mas arruína o
jogo para outros. Todos devem saber o que é aceitável na cam-
panha, e estarem dispostos a jogar aquele estilo. Isso não se
aplica apenas a aspectos sociais; mal-entendidos similares po-
dem surgir sobre o quão letal o combate será, ou se
dificuldades realísticas serão ignoradas ou devem ser enfrenta-
das.
Podem surgir problemas se as ações dos personagens ex-
pressarem emoções ou conflitos do mundo real; por exemplo,
se uma cena romântica se torna um meio para os sentimentos
Interação Social Cinematográfica
Assim como o GURPS tem regras especiais para comba-
te cinematográfico (MB, pág. 417), um jogo pode
apresentar interação social cinematográfica, usando algu-
mas regras especiais e características de personagem.
Marcas Fáceis
Muitas formas de interação social envolvem Disputas
Rápida de perícias. Em uma campanha cinematográfica, os
PdMs menores não são inteligentes o suficiente para reco-
nhecer que estão sendo enganados ou manipulados, nem
focados o suficiente em seus próprios objetivos para resistir
à influência. Em vez de uma Disputa Rápida, o herói só pre-
cisa ter sucesso em um teste de perícia sem oposição.
Isso não afeta os testes de reação. Se abordados por al-
guém sem perícias sociais, os PdMs menores ainda reagem
como os dados ditarem. (Caso contrário, o curso dos even-
tos seria muito previsível e as habilidades sociais seriam
inúteis.) O MJ também pode ditar que certos PdMs sempre
reagirão de uma maneira predeterminada – por exemplo,
guardas prisionais nunca entregarão as chaves.
Falando Livremente
Realisticamente, pessoas com uma Hierarquia ou Status
alto esperam ser tratadas com deferência. Mas em uma
campanha cinematográfica, um soldado comum, servo ou
bobo da corte pode falar o que pensa a um rei sem medo.
CENAS E SUBTRAMAS
Os RPGs originalmente focam em ações físicas e perigo, e
muitos ainda o fazem. Os relacionamentos e as mecânicas so-
ciais podem se encaixar melhor numa campanha de ação,
motivando, apoiando ou intensificando a ação.
INCIDENTES
Alguns encontros sociais meramente fornecem uma mu-
dança de ritmo. O encontro ou a conversa não são partes da
trama principal; é uma pequena quebra na ação, deixando os
jogadores relaxarem antes do próximo confronto. Ele pode dar
RELAÇÕES SOCIAIS EM CAMPANHAS
reais de um jogador. É uma tentação especialmente perigosa
para os jogadores transformarem uma disputa de contrato so-
cial em uma luta entre os personagens; isso pode arruinar a
diversão do jogo, especialmente para o perdedor desta luta.
Resolver o problema real significa abordar as expectativas con-
flitantes dos jogadores.
Um contrato social não precisa ser um grande documento
autenticado. Ele nem precisa ser escrito! Um contrato é um
encontro de mentes. Ele simplesmente requer tempo gasto fa-
lando e escutando. Tomar tempo para abordar estas questões
no início ajudará todos a criar um jogo melhor.
Para representar isso, não há penalidades de reação para
um herói lidar com alguém com Status ou Hierarquia mais
altos (veja Status como um Modificador de Reação, MB, pág.
29). No entanto, um herói com Status negativo ainda en-
frenta uma penalidade igual ao seu Status. Além disso, o MJ
não deve atribuir penalidades por falar abertamente ou dei-
xar de exibir maneiras elevadas, por mais refinada que seja
a empresa.
Como extensão disso, aventureiros de origens radical-
mente diferentes podem se associar sem constrangimento
social. O herdeiro de um grande império, um sargento e um
ladrão de rua podem se tornar companheiros de aventura e
até amigos íntimos; sua confraternização não causará tre-
mores na sociedade.
Características Cinematográficas
Aventureiros em campanhas cinematográficas tendem a
ter uma ampla gama de perícias sociais definidas. Elas po-
dem ser representadas como as novas perícias curinga (pág.
96): Falso!, Negociador! e Psicólogo! Da mesma forma, o
MJ pode permitir que os personagens peguem Contatos!, a
nova versão "curinga" da vantagem Contatos; veja pág. 96.
Os vários Estilos Influentes (págs. 93-94 e Influência Sem
Palavras, págs. 36-37) são um ajuste natural para campa-
nhas cinematográficas. O MJ pode proibi-los em um jogo
realista.
ao MJ alguns minutos para pensar, mas um MJ que faz isso
por muito tempo ou frequentemente, pode ter jogadores infeli-
zes! Encoraje os jogadores a falarem como os personagens de
tempos em tempos, mas segure as rédeas novamente antes de-
les ficarem sem algo a dizer.
Encontro no Clube de Aventureiros
Um local comum para encontros de mudanças de ritmo é o
início ou fim de um episódio dramático. Quadros de história
completos, como Scheherazade contando fábulas para o Sul-
7
tão Shahryar para distraí-lo de sua decapitação, ou explorado-
res contando suas jornadas africanas ou tibetanas na volta ao
clube, seriam difíceis de fazer só com interpretação. Mas um
estilo televisivo tipo "bookend", no qual o personagem princi-
pal inicia e termina cada episódio falando numa sala quadrada
ou na cabine do capitão, pode ser uma forma de marcar o iní-
cio e fim de cada cenário. Para mais drama, deixe aquele que
resumir melhor a aventura, liderar a equipe no próximo traba-
lho (Encontrando uma Missão, abaixo).
Os mistérios algumas vezes usam uma variante deste artifi-
cio: a história é apresentada como o resumo do detetive de um
caso para o cliente. Encorajar os jogadores a escolherem um
deles para resumir "quem, o quê, quando, onde, por que e
como" poderia produzir um efeito semelhante.
Encontros Casuais
Conversas incidentais também podem ter lugar no meio de
uma sessão. Pessoas na rua ou numa taverna podem insultar
os aventureiros, ou mesmo tentar iniciar uma luta com eles;
flertar com eles; ou tentar lhes vender algo ou pedir-lhes algo.
Ao invés disso, os heróis podem testemunhar as pessoas inte-
ragindo entre si – um homem assediando uma mulher, ou uma
multidão arremessando pedras num mendigo – e terão de de-
cidir se querem se envolver.
Uma razão comum para os aventureiros falarem com as
pessoas é para obter informação (Pedidos de Informação, pág.
33). Mas é um pouco artificial se toda história de coadjuvantes
for a chave para o enredo atual. Um emaranhado constante de
narradores pode ajudar a evitar isso, escondendo rumores sig-
nificativos naqueles relacionados a alguma trama de longo
prazo, sugerem algum desafio ainda não revelado, ou são irre-
levantes ou completamente inventados. Preparar
antecipadamente uma lista de boatos adequados – ou notícias,
ou relatórios de espiões – pode tornar isso mais fácil para o
MJ.
Um encontro fortuito, como
dizemos na Terra Média.
– J.R.R. Tolkien, O
Retorno do Rei
HISTÓRICOS
De forma continuada, os elementos sociais podem ajudar a
definir o histórico de um personagem ou ambientação – e
emergem, de tempos em tempos, para a história atual.
O Elenco de Apoio
Os jogadores pagam pontos de personagens por Aliados,
Contatos e Patronos para seus PdJs, enquanto ganham pontos
por Dependentes e Inimigos (Vantagens de Relacionamentos,
págs. 48-51). Não dar a estes personagens uma parcela de fala
é um desperdício.
8 RELAÇÕES SOCIAIS EM CAMPANHAS
Para alguns relacionamentos, a chance de obter ajuda é
parte de como a vantagem é definida (veja MB, pág. 49 para a
confiabilidade do Contato, e MB, pág. 77 para Patronos com
Intervenção Mínima). Testes de Influência ou de reação são ne-
cessários para se obter formas de ajuda incomuns dos Aliados,
Contatos ou Patronos, ou qualquer ajuda de Dependentes ou
Inimigos. Com Inimigos, testes de reação para combate imi-
nente (pág. 81) podem ser necessários, e testes de Influência
baseados em Intimidação podem ser apropriados.
As interações com esses personagens de apoio podem ser
encenadas com diálogo improvisado. A critério do MJ, bons di-
álogos podem fazer as jogadas de dados desnecessárias (Jogue
Fora este Livro!, pág. 87).
Costumes do País
Perícias sociais enfrentam penalidades pela não familiari-
dade cultural (MB, pág. 23). Se os visitantes de uma terra
distante tiverem problemas, um teste de Antropologia (ou o
pré-definido como IQ–6) pode dizer-lhes o que fizeram de erra-
do – por exemplo, curvar-se demais ou não o suficiente no
Japão. O MJ pode se beneficiar em ler sobre tais costumes nas
culturas reais. Mesmo se o visitante nunca descobrir, conhecer
a causa do problema pode ajudar o MJ a decidir qual é a rea-
ção. Veja Mundos Exóticos (pág. 12) para mais sobre isso.
Uma reviravolta interessante é que os jogadores criem per-
sonagens com origens exóticas. Para estes personagens, os
costumes do dia a dia da ambientação da campanha – a
sociedade de referência (págs. 12-13) – pode ser estrangeira e
desconcertante.
APOIO A TRAMA
A interação social pode fazer parte da trama, mesmo numa
trama de suspense. Isto pode acontecer de várias maneiras.
Encontrando uma Missão
Aventureiros que trabalham para uma organização podem
ser designados para missões, neste caso a sessão de instruções
pode ser uma cena de enquadramento (Encontro no Clube de
Aventureiros, pág. 7).
Autônomos tem de encontrar seu próprio trabalho. Para
um trabalho em segundo plano que forneça renda, mas não te-
nha incidentes dramáticos, isso faz parte do teste de
desempenho mensal; uma jogada ruim significa que o autôno-
mo não encontrou muito trabalho ou não ganhou muito dele.
Os testes de desempenho não se aplicam para encontrar
trabalhos interessantes que levam a aventuras. Trate isto como
procurando por um trabalho de curto prazo (pág. 27). Traba-
lhos também podem vir de um Contato ou Grupo de Contatos
cujo seu NH efetivo é indicado para encontrar clientes apropri-
ados.
Fornecendo Motivações
Por que as pessoas estão arriscando suas vidas de novo?
Fantasiar sobre aventuras é divertido (obviamente!), mas mui-
tas pessoas não têm aventuras, e menos ainda as procuram.
Uma boa história inicia com um gancho – uma razão para se
envolver em uma situação difícil. Relacionamentos sociais po-
 TEMAS SOCIAIS
Alguns leitores e espectadores focam mais nos personagens
de uma história do que na ação. GURPS pode servir a estes in-
teresses também, em uma campanha que enfatiza
caracterização, relacionamentos e diálogos. Tal campanha não
precisa ser desprovida de ação física! Jovens aristocratas com
espadas rápidas e línguas afiadas, ou vampiros assassinos num
subúrbio americano, podem ter laços pessoais tão plenamente
desenvolvidos, e sentimentos tão fortes quanto damas da corte
japonesa que buscam o favorecimento da Imperatriz ou paci-
entes tuberculosos num sanatório Alpino. Existe um local para
a ação física em vários dramas sociais. Mas o drama principal
vem dos relacionamentos entre si.
DIAS ESCOLARES
Os Estudantes têm sido os heróis de
muita ficção e drama populares. Eles po-
dem ser artistas marciais aspirantes,
jovens supers, magos e bruxos, operadores
de mechas, ou cadetes numa academia es-
pacial.
Eles podem ser estudantes comuns do
ensino médio, confrontados por qualquer
coisa, desde monstros e brigões, até profes-
sores sarcásticos. A escola em si pode ser
um "personagem", da mesma forma que
uma espaçonave pode ser um personagem
em uma ópera espacial.
Uma série focada em uma escola pode
enfatizar os conflitos externos ou os inter-
nos. Um foco externo tem os estudantes se
reunindo na escola, mas lidando com situ-
ações do mundo envolta. Com um foco
interno, o objetivo, desafios e rivais dos estudantes estão den-
tro da própria escola. Abordagens internas são
particularmente adequadas para internatos, que podem se
transformar em mini sociedades (Sociedades Grandes e
Pequenas, pág. 13) com suas próprias hierarquias e costumes.
Uma escola muito pequena pode ter um professor e um pu-
nhado de estudantes; os PdJs podem ser uma panelinha
importante, ou mesmo o corpo completo de estudantes. Uma
escola de tamanho médio pode ter poucos mestres, o suficiente
para que cada um seja retratado como um indivíduo, com tur-
mas contendo dezenas e dezenas de estudantes. Em uma
grande escola, os mestres podem ser mais de um grupo, mas
com uns poucos com personalidades intensas, que se desta-
RELAÇÕES SOCIAIS EM CAMPANHAS
cam. Uma escola muito grande pode ser efetivamente uma pe-
quena cidade, grande o suficiente para dominar a comunidade
não escolástica ao seu redor – especialmente para as universi-
dades, que tradicionalmente tem conflitos do tipo "estudantes
e população".
Uma fonte de conflitos internos é a rivalidade entre casas
(em internatos) ou panelinhas (em qualquer escola). Estudan-
tes residentes e estudantes externos, em escolas que tem
ambos, são panelinhas naturais. Se um PdJ tem outro estudan-
te como rival, os amigos desse estudante podem se tornar
personagens recorrentes menores. Uma escola pode ter uma
rivalidade com outra escola, que foca a campanha fora da es-
cola, mas ainda dentro do mundo escolástico.
Para conduzir uma campanha escolar, uti-
lize as regras organizacionais no Capítulo 4.
Uma escola é rica em fontes de informações
(Pedidos de Informação, pág. 33). As regras
para Encontrando um Mestre (pág. 49) tam-
bém são úteis.
MEU DIA NO
TRABALHO
Como foco de uma campanha, o trabalho
é como na escola, com os empregados fazen-
do as tarefas atribuídas sob supervisão. Como
as escolas, as organizações possuem vários
tamanhos, de uma pequena firma com um
punhado de trabalhadores até a uma corpo-
ração multinacional, ou um governo
nacional. O MJ deveria estar familiarizado
com as regras de Relacionamentos Contínuos
e Carreiras (págs. 59-63).
Alguns empregadores são patrocinadores naturais numa
campanha de ação: forças mercenárias, corsários, departa-
mentos de polícia, agências de detetives, ou grupos do crime
organizado. Mas outras organizações podem de vez em quan-
do enviar seus empregados para o perigo: equipes de busca e
resgate, equipes de emergência médica, correios, jornalistas
intrépidos, "limpadores do vácuo" que removem satélites extin-
tos em órbita, equipes de pesquisa planetárias, e grupos
similares.
Também é possível focar em economia e aspectos sociais do
trabalho: os esforços para transformar uma organização num
sucesso, ou subir nas fileiras de uma organização estabelecida.
9
Um exemplo poderia ser uma campanha escolar invertida, no desenvolver Código de Honra (Profissional), a longo prazo isso
qual os protagonistas não são estudantes, mas sim instrutores. pode fornecer uma Reputação de valor inestimável. Serão
Buscar promoção dentro de uma organização ou indústria úteis: Transações Comerciais (págs. 31-33), Rivalidade Comercial
pode ser altamente competitivo; uma campanha poderia focar (pág. 40) e Rivalidade Econômica (págs. 78-80).
nas ambições de juniores na Medici Florence ou na Avenida
Madison. Para uma ambientação menos formal, considere
uma turnê de uma companhia teatral, ou os funcionários de POLÍTICA
uma hospedaria isolada para caravanas, parada de caminhões, Uma campanha mais ambiciosa pode focar na política, em
ou hotel para mineiros de asteroides. níveis desde uma aldeia até um império galáctico. Campanhas
Em muitas campanhas focadas no trabalho, é esperado um políticas frequentemente envolvem progressão na carreira; por
Código de Honra (Profissional); estes que não o tem, podem ao exemplo: da tribuna em uma legião para cônsul, ou de um con-
invés ter um Segredo... ou Inimigo (Observador) caso alguém selho da cidade para a Casa Branca. Mas o ponto real da
esteja esperando pegá-los quebrando as regras (Inimigos política é mudar as leis, instituições, ou os objetivos coletivos
Internos, pág. 63). Um Inimigo (Rival) é tão relevante em uma de um governo ou sociedade.
empresa ou no governo quanto em uma escola (pág. 9). A política vem em três sabores básicos (Os Três Tipos de
Um tipo diferente de campanha de trabalho pode enfatizar Políticas, págs. 75-77): administrativa, eleitoral e revolucioná-
o conflito entre empregadores e empregados e a luta para sin- ria. Cuja prevalência depende do tipo da sociedade (Status,
dicalizar, especialmente em uma era histórica quando Hierarquia e Tipo de Sociedade/Governo, pág. 20). Regras adicio-
organizar e impressionar era perigoso. Isso não precisa ter nais para as campanhas políticas estão em Influência Indireta
uma ambientação industrial; uma guilda de magos ou uma (págs. 73-74) e Alianças e Diplomacia (págs. 77-78).
companhia de mercenários poderia ter disputas com os em- Na maioria das campanhas políticas, os heróis serão todos
pregadores da mesma forma. As orientações sobre Sindicatos membros da mesma facção. Entretanto, é possível focar nas
(pág. 79) e possivelmente Política Revolucionária (págs. 76-77), alianças e conflitos entre os aventureiros; isso funciona melhor
serão úteis. em uma oligarquia no qual existe apenas alguns líderes, de
A liderança das equipes de trabalho pode ser a fonte das ex- modo que os PdJs sejam uma parcela substancial deles.
pectativas conflitantes dos jogadores. (O Contrato Social, pág.
6). Um PdM como líder pode destruir o sentimento dos jogado-
res de controlar seus próprios destinos. Mas ter um jogador no AMOR E CASAMENTO
papel de líder tem seus próprios riscos. O líder da equipe pode Relacionamentos românticos são as vezes uma subtrama
tentar controlar tudo que o grupo faz, ou mesmo suprimir du- de uma campanha com um tema não romântico; por exemplo,
ramente as divergências; ou os membros da equipe podem agir um herói de ação pode ter um interesse amoroso para proteger
independentemente, não dando atenção para as ordens ou ne- ou resgatar. Esses relacionamentos tornam-se mais importan-
cessidades de uma missão. O MJ talvez precise intervir para te numa campanha focada em interações sociais; por exemplo:
resolver esses problemas. uma campanha escolar na qual os estudantes estão exploran-
do opções românticas, ou uma campanha política onde os
casamentos ajudam a garantir as alianças (Alianças Familiares,
COMPRANDO E VENDENDO pág. 77).
Atividades mercantis são uma desculpa clássica para ir em Fazer do cortejo o foco principal de um jogo é mais compli-
direção ao perigo; para um exemplo clássico, veja a aventura cado. Todos os personagens precisam estar preocupados em
introdutória gratuita de GURPS, Caravana para Ein
Arris (no e23.sjgames.com). Para um foco mais admi-
nistrativo, os PdJs poderiam ser jovens mercantes Na Área de Serviço
ambiciosos, ao invés dos guardas contratados, servos As campanhas em meios aristocráticos não precisam se concentrar
ou artistas. O comércio a longa distância apareceu nos aristocratas. Os servos de uma casa aristocrática podem ter sua
com as primeiras civilizações; o tema permanece viá- própria pequena sociedade, com uma cadeia de comando e costumes
vel mesmo em ambientações futurísticas, nas quais os distintos. Saber como funcionar nesta sociedade faz parte de Trato
comerciantes independentes são um tipo de persona- Social (Servo). Os servos de grandes famílias não precisam ser do-
gem tradicional. mésticos; eles podem ser guardas armados ou líderes militares;
Os comércios a longa distância bem-sucedidos pre- agentes de negócios ou diplomatas; magos ou alquimistas.
cisam escolher produtos adequados para exportar, Uma campanha sobre servos de uma grande família pode abordar
comprá-los num preço relativamente baixo, e vendê- muitos temas sociais clássicos, incluindo iniciação, aprendizado, pro-
los por um preço maior no fim da jornada; veja moção, política e até romance. Pode ser cômico, especialmente se os
GURPS Low-Tech Companion 3 para muito mais de- criados são mais espertos que seus mestres. Pode ser trágico ou horrí-
talhes sobre este tema. No caminho, o comerciante vel se os mestres forem duros, cruéis ou sedutores – ou sob uma
precisa manter sua caravana unida, encontrar seu antiga maldição familiar.
destino, e possivelmente lutar contra bandidos ou pi- Com os jogadores certos, uma campanha pode ter dois persona-
ratas. Além de Comércio, outras perícias uteis são: gens por jogador: um membro da família e o servo pessoal de um
Diplomacia, Liderança e Trato Social; contrabandis- membro diferente da família. Esse tipo de perspectiva dupla revela
tas quererão Contrabando (obviamente!), mas uma família ou comunidade com mais detalhes.
também Dissimulação, Lábia e Manha. Vale a pena

10 RELAÇÕES SOCIAIS EM CAMPANHAS

encontrar a pessoa certa, e o jogo deve eventualmente concluir
com todos se casando de uma forma que satisfará os jogado-
res.
Numa campanha nos dias atuais, ou em algumas campa-
nhas futurísticas, isso provavelmente será uma expressão dos
desejos pessoais dos personagens; seus cortejos envolverão a
procura de seus parceiros ideais. Mas em uma campanha his-
tórica ou de fantasia histórica – ou em sociedades futurísticas
obcecadas em genética – as pessoas podem não ter essa liber-
dade de escolha. Suas decisões de casamento podem moldar
suas carreiras, o destino de suas famílias, e mesmo o destino
de sua sociedade. Um tema importante nesse tipo de ambien-
tação é a tensão entre dever e desejo. Campanhas que
enfatizam a escolha pessoal tendem a comédia, enquanto cam-
panhas que enfatizam o dever tendem a tragédia – mas
qualquer uma das opções pode inspirar interpretações inten-
sas.
Para desenvolver um relacionamento, veja Companhia
(pág. 28), Aproximabilidade (pág. 30), Romance (págs. 34-35),
Gerando Confiança (págs. 47-48), e provavelmente Famílias e
Comunidades como Organizações (pág. 70).
OCIOSIDADE
Finalmente, uma campanha focada socialmente pode con-
siderar pessoas cuja única finalidade é entreter-se. A maioria
das campanhas desse tipo serão engraçadas, com jogadas ru-
ins de dados levando a contratempos, lesões menores ou
constrangimento, mas destinos mais sérios são possíveis; os jo-
vens artistas famintos de La Bohème, que terminam com a
heroína morrendo de tuberculose, não possuem empregos es-
táveis e passam a maior parte do tempo flertando ou
fofocando.
Ociosidade não requer riqueza! Uma campanha sobre o
ócio poderia focar em qualquer classe social: mendigos de Sta-
tus -2, estudantes famintos de Status -1, retirantes de Status 0
a 2, até filhos e filhas da alta nobreza com Status 6 a 8 (Veja
Escolhendo os Porta-Vozes, pág. 23).
Estendendo
Campanhas desse tipo raramente possui objetivos a longo
prazo; elas são amarradas por episódios individuais ou através
de arcos de histórias curtas. Os episódios geralmente come-
çam quando um problema cai sobre um dos PdJs: uma visita
da família desaprovando; ser atraído pelos esquemas de um tio
ou tia, ou um namorado ou namorada; ou em campanhas
mais sombrias, doenças ou problemas legais. Algumas vezes
os PdJs criam seus próprios problemas, talvez por se apaixo-
nar ou chegar com algum esquema engenhoso para ganhar
dinheiro. Um PdJ carismático pode envolver todo o elenco de
personagens ao colocá-los num jogo ou fazer uma viagem.
Um tema típico desse tipo de campanha é interpretar: os
personagens tentando parecer algo que eles não são. Pessoas
pobres fingindo serem bem de vida, o ignorante fingindo saber
mais que eles, pessoas num relacionamento homossexual fa-
zendo um show de heterossexualidade respeitável, e assim por
diante. A dissipação das ilusões em cenas de reconhecimento
RELAÇÕES SOCIAIS EM CAMPANHAS
e desmascaramento é um fim clássico para uma comédia, mas
essa abordagem pode encontrar um lugar em outros tipos de
história: em explorações filosóficas de aparência e realidade,
em estudos psicológicos de autoengano, ou mesmo em horro-
res cósmicos onde todos os valores humanos seriam
destruídos por conhecer o mundo real. Amadores com rendas
independentes são investigadores clássicos para horror cósmi-
co!
Turistas
Uma viagem pode ser mais do que um incidente; ela pode
definir toda uma campanha – por exemplo, a Grand Tour do
continente que completa a educação de um cavalheiro inglês.
Uma viagem de campanha pode ser muito parecida com uma
campanha mercantil, mas sem ser lucrativa.
Os viajantes podem ser peregrinos religiosos – que podem
ou não serem devotos (os peregrinos da Cantuária de Chaucer
eram muito barulhentos). Eles podem ser missionários ou tra-
balhadores da Corpo da Paz esperando ver algo do mundo
enquanto se beneficiam. Eles podem ser estudantes no qual
essa viagem seria para educá-los, em uma variante de campa-
nha escolar. Eles podem ser pessoas normais que apenas são
curiosas ou estão entediadas. Eles podem estar com falta de di-
nheiro, ou com mais dinheiro do que eles sabem o que fazer
com ele.
Os incidentes de uma campanha de turistas são encontros
com novos povos, locais e costumes – que podem se tornar em
desventuras. A continuidade vem dos viajantes que queiram
conhecer uns aos outros, as vezes tirando os outros de proble-
ma. Idealmente os viajantes voltam para casa como pessoas
diferentes, mudados pela viagem – fiel ao velho ditado, eles "vi-
ram o elefante". As viagens para propósitos mais sérios, como
uma missão de fantasia tradicional, podem ter o mesmo resul-
tado.
Mendoza: Eu sou um bandido.
Vivo roubando dos ricos.
Tanner: Eu sou um cavalheiro.
Vivo roubando dos pobres. Apertar as
mãos!
– Bernard Shaw, Homem e
Super-Homem
Para uma variação de campanha de turista, os heróis seri-
am guias turísticos, guiando os viajantes através de locais e
culturas estranhas; isso também é uma campanha focada em
trabalho (págs. 9-10). Isto pode terminar num jogo de ação se
a jornada for perigosa o suficiente – por exemplo, os Cavaleiros
Templários foram originalmente intitulados para guiar os pe-
regrinos cristãos a Terra Santa.
11
 MUNDOS EXÓTICOS
Algumas campanhas vão além do turismo (pág. 11), reque-
rendo que os aventureiros vivam numa cultura estrangeira,
sem guias ou dinheiro. Eles podem estar lá por algum propósi-
to específico: diplomacia, comércio, guerra, ou a busca por
conhecimento. Ou eles podem ser párias ou exilados tentando
sobreviver.
Mundos de Lambris
Um tipo diferente de mundo exótico pode se esconder atrás da su-
perfície comum de uma sociedade moderna. Os críticos literários
chamam essas histórias de fantasia de lambris, de uma de suas for-
mas clássicas: histórias sobre sociedades animais escondidas atrás
dos lambris das casas humanas. Mas o rótulo se encaixa em qual-
quer sociedade paralela, seja composta por anjos, magos ou gatos –
e qualquer esconderijo, das lojas de departamentos até as dimensões
paralelas. Até o ciberespaço pode contar como um reino de lambril!
Os reinos de lambris também são mundos a serem explorados, mas
sua proximidade com o mundo mundano permite aos exploradores
ir e voltar repetidamente. Veja as regras de características sociais pa-
ralelas (Sociedade de Referência, abaixo) para mais.
O país estrangeiro, planeta alienígena ou reino extradimen-
sional é o foco deste tipo de campanha. O encontro dos
visitantes com ele tem um impacto maior neles do que seus en-
A SOCIEDADE DE REFERÊNCIA
GURPS assume que as características de um aventureiro
são estáveis. Uma característica pode ser adicionada, modifica-
da ou perdida pelo esforço de um personagem (por exemplo,
treinando) ou pelo impacto de forças externas (por exemplo,
lesões incapacitantes) – mas ela não varia a cada momento, ou
a cada local. Isto é conveniente para conduzir jogos; as fichas
de personagens não precisam ser reescritas a cada novo encon-
tro, cena ou ambientação.
Mas algumas características refletem, não as qualidades
inerentes de uma pessoa, mas sim como ela permanece em
uma sociedade. O Americano de Connecticut de Mark Twain
tinha NT Alto 2 quando ele estava em Camelot; se ao invés dis-
so ele tivesse acordado em 2010, ele poderia ter NT Baixo 3!
NT Alto e NT Baixo definem como um aventureiro acessa as
perícias e os equipamentos comparados ao que é normal na
ambientação destas aventuras. Isso também vale para diversas
outras características.
Então o que acontece quando um viajante do tempo visita
o passado ou o futuro, ou um explorador visita a tribo de uma
floresta remota ou a civilização de um planeta alienígena? Os
12 RELAÇÕES SOCIAIS EM CAMPANHAS
contros com cada outro ou com os PdMs individuais. Qual-
quer trama de ação física cresce daquele impacto. A ideia de
uma sociedade de referência (págs. 12-13) é vital.
O truque mais importante do MJ neste tipo de campanha
são os mecanismos distanciados: situações, costumes, ou obje-
tos que são alienígenas e perplexos, tanto para os PdJs quanto
para os jogadores. É melhor se eles não forem apenas
aleatoriamente estranhos. Não é apenas "jogar limpo"
chegar com razões lógicas. Desenvolver as implicações
de uma premissa pode sugerir elementos estranhos adi-
cionais, aprofundando o efeito. Uma campanha desse
tipo é um enigma para os jogadores; quando eles come-
çarem a antecipar as consequências das ações dos seus
personagens, eles terão respondido o enigma. Neste
ponto – e não antes – é apropriado que eles comprem
Familiaridade Cultural, livrando seus personagens das
penalidades de perícias por não saberem como as coi-
sas funcionam.
O MJ talvez queira variar as mecânicas para repre-
sentar os costumes desconhecidos. Por exemplo,
cortejo (pág. 48) em uma sociedade dominada por mu-
lheres pode ter uma jovem perseguindo ativamente um
homem, ou enviando um intermediário para sua mãe
arranjar o casamento; em uma sociedade poligâmica,
adicionar uma nova esposa pode requerer uma Boa re-
ação das esposas anteriores. Em alguns mundos, as
Características Sociais Exóticas (págs. 51-53) serão úteis.
habitantes locais podem vê-lo como tecnologicamente avança-
do ou retardado, ou talvez um forasteiro bárbaro ou um
monstro apavorante. Para não ter de criar uma nova ficha de
personagem – e computar um novo total de pontos! – GURPS
define suas características em relação a uma sociedade espe-
cífica, a sociedade de referência da campanha.
Uma campanha deveria ter apenas uma sociedade de refe-
rência para todos os PdJs. Dessa forma, os mesmos registros
significariam a mesma coisa em todas as fichas de persona-
gens. Seria estranho se um guerreiro Maori tivesse NT Baixo 5
(em relação aos colonos ingleses) enquanto seu amigo explora-
dor escocês tem NT Alto 5 (em relação a aldeia Maori local)!
Se uma campanha ocorre inteiramente em uma sociedade,
esta é a sociedade de referência; visitantes de outras socieda-
des – um Iroquois na monarquia Francesa, ou um homem
espacial em um planeta primitivo – tem características que re-
fletem seus antecedentes incomuns. Se os forasteiros forem
uma grande comunidade, que estão em contato com a sua so-
ciedade de origem ou esperam voltar para ela, sua sociedade
nativa pode ser a sociedade de referência. Se os aventureiros
viajam entre dois reinos, a sociedade de referência é o reino racterísticas podem ser adquiridas a um quinto do custo, aná-
onde os principais conflitos dramáticos são resolvidos. Para logas aos ataques alternativos (MB, pág. 43) ou habilidades
exploradores que visitam diversas sociedades – como Agentes alternativas (GURPS Poderes). Para outras opções veja Grupos
da Infinity num jogo de GURPS Mundos Infinitos – a socieda- Afetados e Outras Características Sociais (pág. 19).
de de referência será a sua sociedade de origem, e eles irão
visitar mundos onde todos possuem características sociais dis-
tintas. A única forma visível da sociedade de referência pode MUDANDO A
ser os próprios exploradores.
Se outra sociedade interage regularmente com a sociedade
SOCIEDADE DE REFERÊNCIA
de referência, cada papel social da sociedade será geralmente Geralmente não é uma boa ideia mudar a sociedade de re-
aceito na outra, mesmo se a sociedade for hostil. Um coronel ferência de uma campanha; o MJ deveria decidir onde a ação
inglês e um Alemão na Segunda Guerra Mundial podem ser começa no início, e os PdJs deveriam ser construídos adequa-
inimigos fanáticos – mas se um oferecer um cessar fogo, o ou- damente. Mas uma campanha prolongada pode desviar
tro levará isso a sério, algo que não faria se viesse de um cabo. inesperadamente, tornando-se necessário escolher uma nova
Ambos são "cavalheiros" e eles reconhecem cada outro como sociedade de referência e rever todas as fichas de personagens.
um igual hierarquicamente. Isto afeta as características sociais de duas formas.
Quando as sociedades interagem menos de perto, ou não Novatos em uma sociedade podem assumir papéis nela e
interagem, é mais simples tratar as características sociais defi- adquirir as características que não tinham anteriormente. Tais
nidas na sociedade não referência como características características custam pontos; suas aquisições requerem esfor-
inerentes sem custo em pontos. Ou, incorporar mais detalhe e ços. Deve se pagar por essas características.
complexidade, como características que podem ser tratadas Em contrapartida, as características que já tinham, podem
como características sociais paralelas. ser redefinidas e dadas um novo custo em pontos. Um europeu
de NT5 pode ser arrebatado por Marcianos e ganha
NT Baixo 4 [-20] – enquanto continua sendo NT5!
Sociedades Grandes e Ele também pode ganhar Estigma Social (Minoria)
[-10], uma nova característica que ele não esco-
Pequenas lheu. Uma mudança positiva não custa ao
personagem nenhum ponto, e uma mudança nega-
Na maioria das campanhas de GURPS, uma "sociedade" se enquadra tiva não lhe reembolsa nada – o MJ simplesmente
em uma certa faixa de tamanho: uma grande cidade independente, um altera o personagem e ajusta seu valor de pontos de
reino ou uma pequena nação, uma grande nação ou um império. Mas acordo.
cada campanha inclui grupos menores, como uma família, vizinhança, Uma boa maneira de lidar com isso é ter um pe-
vila ou cidade; em um ambiente tribal, uma dessas mini-sociedades pode ríodo liminar na campanha. No início, quando os
ser a sociedade de referência. E um cenário de ficção científica pode ter personagens são introduzidos a nova ambientação
macro-sociedades, de uma federação planetária a um império galáctico; e são convidados a adquirir as características soci-
tanto a macro-sociedade quanto uma menor podem ser sua sociedade de ais paralelas. Depois de um número de sessões, a
referência. nova sociedade se torna a sociedade de referência,
as características secundarias se tornam primarias,
Estas características são definidas em relação a uma socie- e as características primárias antigas se tornam ca-
dade que não é a sociedade de referência. Na sociedade de racterísticas secundárias ou características inerentes sem
referência, poucas pessoas as reconheceriam. Mas elas entram custo em pontos. Se os pontos não se equilibrarem exatamen-
em vigor na outra sociedade, ou entre as pessoas dela. Tais ca- te, o MJ não precisa se preocupar sobre isso.

RELAÇÕES SOCIAIS EM CAMPANHAS 13

 CAPÍTULO DOIS
UM PONTO
DE APOIO
Grande Rei, como seu emissário na Babilônia, eu assisti a
descida de Nabu do céu para a cidade. Desceu por sua poderosa
torre, a torre de tijolos queimados que alcança o céu. Como seu
emissário eu me aproximei do poderoso deus, e pedi a dádiva de
esperá-lo em sua casa, a casa de deus, e não me foi negado. E
assim, no dia que Nabu definiu, no décimo quarto dia de sua
presença na Terra, eu fui a sua casa, com meus servos levando
seus presentes, e fui recebido.
Eu expus suas saudações a Nabu, as saudações de Elam, e em
retorno ele nos fez a honra de nos mandar suas saudações. Eu falei
com ele por uma hora, e bebemos vinho envelhecido juntos, o
vinho que você enviou para ele.
Enquanto eu falava com ele, Grande Rei, o vinho que bebia
deixou meu coração mais atrevido e eu perguntei a ele o que
desejava. "Poderoso Nabu," eu disse a ele, "eu sou um homem de
anos, como os consideramos na Terra, e vi muitas coisas. E
quando eu era um jovem, eu vi a sua descida a minha cidade, a
Elam. Mas naquela descida, meu senhor, sua forma não era a
mesma, nem o som da sua voz. Então eu me pergunto qual seria
o motivo de você usar estas diversas formas."
Ele puxou a barba com os dedos da sua mão direita. "Bashi-ili",
ele me disse: "você é o embaixador de sua cidade, e você fala com
a voz de seu rei. Da mesma forma, eu sou um emissário da estrela
Nabu, e falo com a voz de seu rei, cujo nome também é Nabu. Nós
que servimos Nabu, viajamos para suas cidades, em nome de
Nabu, enquanto ganhamos sabedoria e hierarquia, até crescermos
POSIÇÃO SOCIAL
Algumas características refletem a posição de uma pessoa
na sociedade. Ser um sacerdote ordenado, um tenente coronel,
ou um escravo dispendioso é uma condição persistente. Ela
habilita algumas coisas, e limita outras, assim como a maioria
das características físicas e mentais. Para os propósitos da so-
ciedade, isso faz parte de quem ele é. A habilidade para definir
a posição social inequivocamente é uma das principais razões
para se ter uma sociedade de referência (págs. 12-13).
14 UM PONTO DE APOIO
o suficiente para sermos enviados para estrelas menores do céu,
ou para as sete grandes estrelas que viajam pelos céus. E Nabu
viaja conosco e em nós, Aqui entre vocês eu estou acima de seus
reis, e eles me honram, mas nos céus eu sou um servo de alguém
maior. "
Grande Rei, isto pode já ser conhecido por você, mas seus
antigos emissários, aqueles que me ensinaram a servi-lo, não me
falaram disso. E, como todo conhecimento, pode ser proveitoso
para nossa cidade e para o Rei que sirvo, que eu tenha o
conhecimento preservado, e assim escrevo sobre ele.
As interações sociais são interações entre pessoas. Pessoas
diferentes têm tipos diferentes de relacionamentos. Assim, o
ponto de partida para descrever o encontro de uma pessoa
com outro indivíduo, uma organização ou uma multidão é
descrever essa pessoa.
GURPS pode retratar uma pessoa em vários níveis de deta-
lhe, dependendo do quão importante é o papel dela em jogo.
Mas seja alguém representado por uma ficha de personagem
completa ou apenas por algumas notas rabiscadas às pressas,
este alguém é definido por suas características – inclusive suas
características sociais. Em uma campanha onde os encontros
e relacionamentos pessoais terão um maior papel no jogo, es-
sas características sociais talvez precisem ser esclarecidas,
estendidas ou modificadas.
HIERARQUIA, STATUS E
RIQUEZA
A posição social é definida primariamente pela Hierarquia,
Status e Riqueza. Estas não são completamente separadas;
existem complexas trocas entre elas. Em diferentes socieda-
des, elas podem afetar umas as outras de maneiras diferentes.
As diferenças precisam ser cuidadosamente definidas.
 Riqueza (MB, págs. 25-26) é a mais simples: é o grau de con- Uma organização que forneça Hierarquia pode dominar
fiança para possíveis investidores, credores, devedores, assim uma sociedade inteira, como em teocracias (baseadas em Hie-
como o controle dos recursos físicos, dinheiro, ou trabalho de rarquia Religiosa) ou em ditaduras militares (baseadas em
outras pessoas (como empregados ou escravos). A Riqueza vai Hierarquia Militar). Nessas tais sociedades, este tipo de Hie-
desde Falido, até um ou mais níveis de Multimilionário. Cada rarquia substitui Status; seu custo torna-se 10 pontos/nível, ela
nível de Riqueza garante um valor específico de $ de riqueza garante tanto os benefícios normais quanto os benefícios de
inicial, dependendo do NT – a sociedade atual usando dinheiro um nível equivalente de Status. O Status independente de Hie-
ou não. rarquia não existe. As outras organizações na ambientação
Hierarquia (MB, págs. 29-30) é uma posição dentro de uma podem fornecer outras formas de Hierarquia nos usuais 5 pon-
organização que tem influência social significante, ou acesso a tos/nível; essa Hierarquia pode conferir os benefícios
recursos úteis. Isto as vezes significa que o grupo é um ramo equivalentes ao Status associado (determinado normalmente),
do governo. A Hierarquia varia de forma dependendo da agên- mas o Status não pode ser comprado diretamente. Riqueza em
cia que a garanta; formas comuns incluem Hierarquia tal sociedade nunca garante um Status associado.
Administrativa (funcionários públicos, diplomatas e juízes), Hierarquia que não concede autoridade real é representada
Hierarquia Militar (militares e navais, incluindo aqueles na in- como Hierarquia Honorária (MB, pág. 29). Esta é comumente
teligência militar e serviços de segurança), Hierarquia Policial mantida por oficiais militares aposentados que ainda usam
(policiais, xerifes, delegados, e também serviços de segurança seus títulos sociais e são tratados com respeito pelo pessoal
não militar), e Hierarquia Religiosa (clero de uma fé geralmen- que atualmente está em serviço militar. Ela custa 1 ponto/nível.
te reconhecida). A Hierarquia geralmente vai de 0 a 8. Hierarquia Honorária nunca fornece Status associado, exceto
Normalmente, indivíduos ganham hierarquia sendo indicado para propósitos de evitar ou reduzir as penalidades de reação
para isso por seus superiores na organização. A Hierarquia ga- pela diferença de Status. Por exemplo, um aposentado com Hi-
rante acesso a recursos da organização e o comando daqueles erarquia Honorária 5 e Status 1 não sofre penalidade quando
mais abaixo na Hierarquia (veja também Os Benefícios de lidando com um indivíduo irritado com Status 3.
Hierarquia, págs. 62-63).
Status (MB, págs. 28-29) é a
posição na sociedade como um
todo, não simplesmente dentro
Equilibrando o Status e a Hierarquia
de uma única organização. Sta- Nas sociedades em que a Hierarquia coexiste com o Status, alguns níveis de Hierarquia
tus geralmente vai de -2 a 8. Em conferem um nível gratuito de Status. Isso pode ter efeitos peculiares! Compare três projetos
vez de garantir o comando dire- de oficiais navais:
to, Status dá benefícios mais
• Hierarquia 4 [20] e Status 1 [0]: total de 20 pontos
diversos como prestígio, in-
• Hierarquia 5 [25] e Status 2 [0]: total de 25 pontos
fluência e tratamento
• Hierarquia 5 [25] e Status 1 [-5]: total de 20 pontos
diferencial (Os Benefícios de
Status, págs. 70-71). Se inclui O terceiro oficial tem o mesmo custo de pontos que o primeiro – mas um nível a mais de
poder real, é sobre pessoas que Hierarquia. Então, por que alguém escolheria a primeira opção em vez da terceira?
não necessariamente têm o de- No que diz respeito aos pontos de personagem, é uma decisão óbvia, mas a caracteriza-
ver de obediência. As pessoas ção e a narrativa podem favorecer outras escolhas. Os oficiais típicos com Hierarquia 5 terão
que possuem Riqueza ou Hie- Status 2; o oficial que está apenas com Status 1 parecerá um pouco maltrapilho em compa-
rarquia, às vezes são ração, o que pode dificultar a obtenção de boas missões. O MJ deve tratar esse tipo de
respeitadas o suficientemente incompatibilidade como uma fonte de trama – e apontar o risco durante a criação do perso-
para ganhar um Status nagem, para que os jogadores possam decidir se querem aquele enredo específico para seus
associado (que não custa pontos personagens.
de personagem); para regras,
veja Riqueza e Status (MB, pág.
26) e Hierarquia (MB, pág. 29). O Status Comprado (adquirido Status sempre garante respeito, ou no mínimo um trata-
diretamente com pontos de personagem) pode vim de uma va- mento cauteloso; mas alguns Status de pessoas incluem poder
riedade de fontes, incluindo títulos hereditários ou político, direto e real - por exemplo, a classe regente em uma
antecedentes de família, educação e posição profissional, e aristocracia. Tal poder é tratado como Hierarquia no estado
conquistas culturais (de "estrela do filme" a "poeta laureado"). em si, como uma organização. Compre Hierarquia Feudal
O Status geralmente é mantido ao se pagar um custo de vida igual ao Status, por 5 pontos/nível; Certifique-se de levar em
adequado (Status Visível e Custo de Vida, pág. 22). consideração o Status associado de Hierarquia Feudal ao cal-
cular o custo total de Status. Em uma democracia, os oficiais
Ambas as versões usuais de Hierarquia e Status custam 5 eleitos podem ser definidos da mesma forma, com uma combi-
pontos/nível. Isto é balanceado: Status afeta todos, enquanto nação de Hierarquia Política e Status; veja os exemplos abaixo.
Hierarquia tem um impacto completo apenas em uma organi- Quando os títulos aristocráticos deixam de garantir poder
zação – mas Hierarquia concede controle real, enquanto real, mas ainda são regulados por regras formais rigorosas,
Status garante influência. Entretanto, existem variações em como em um título de nobreza, estes podem ser tratados como
ambos. Hierarquia Honorária igual ao Status.

UM PONTO DE APOIO 15
 Tanto a Hierarquia que substitui Status, quanto o Status
que é acompanhado por Hierarquia Política, podem conceder
o direito de controlar organizações subordinadas que tenham
suas próprias formas de Hierarquia (Convergindo Hierarquia,
abaixo).
Exemplo: Franklin Delano Roosevelt, Presidente
Estados Unidos, tem Podre de Rico [50], Hierarquia
Política 7 [35] e Status 7 [20] (incluindo +3 de Status
associado de Riqueza e Hierarquia). Como presidente,
ele foi comandante-chefe das forças armadas e deu
ordens para generais e almirantes com Hierarquia
Militar 8.
Exemplo: Joseph Stalin, Secretário Geral do Partido
Comunista da União Soviética, tinha Hierarquia
Administrativa 8 [80] e Multimilionário 3 [125] Em sua
União Soviética, Hierarquia Administrativa substitui
Status, e não havia Status associado de Riqueza. Ele
controlava diretamente a NKVD (força de segurança
interna da União Soviética), cujo diretores tinham
Hierarquia Policial 8.
Exemplo: Henry VIII, Rei da Inglaterra, tinha
Hierarquia Feudal 7 [35], Multimilionário 1 [75], e
Status 7 [15] (incluindo +4 de Status associado de
Riqueza e Hierarquia). Mais tarde na vida, ele se
tornou o chefe da Igreja da Inglaterra, colocando-o
acima dos arcebispos de Canterbury e York, ambos
com Hierarquia Religiosa 7.
Exemplo: Victoria, Rainha da Inglaterra, tinha
Hierarquia Honorária 8 [8], Multimilionária 4 [150] e
Status 8 [25] (incluindo +3 de Status associado de
Riqueza). Como rainha, ela reinou, mas não governou;
seu controle direto era limitado aos funcionários do
palácio, enquanto o Primeiro-Ministro era o
verdadeiro chefe do governo.
Convergindo Hierarquia
Algumas organizações possuem pessoal com dife-
rentes tipos de Hierarquia. Por exemplo, em uma
democracia, militares e oficiais de justiça muitas vezes
se reportam a funcionários públicos. Em baixo nível,
existem sistemas separados de Hierarquia, no topo,
eles se fundem. Nesse tipo de configuração, cada pes-
soa só pode contar com uma Hierarquia que concede
Status associado (págs. 15-16).
A situação é diferente quando uma pessoa detém
Hierarquia em duas organizações independentes. Por
exemplo, o administrador municipal de uma cidade
importante (Hierarquia Administrativa 5) também
pode ser um tenente reservista do exército (Hierarquia
Militar 4); ele ganha +2 para o Status da primeira posi-
ção e +1 da segunda.
Números Variantes de Hierarquia
Para as sociedades na maioria das ambientações
históricas, e para as sociedades de um futuro imagina-
do na mesma escala, uma única organização que opera
em todo lugar pode plausivelmente possuir 8 níveis de
16 UM PONTO DE APOIO
Hierarquia. Mas uma sociedade menor ou maior precisa de
um número diferente.
Para uma organização numa mini sociedade, Hierarquia 4
é um bom limite. Por exemplo, aprendizes numa guilda de ma-
gos poderiam ter Hierarquia 0, veteranos Hierarquia 1, e
mestres Hierarquia 2 a 4 (com +1 de Status associado, págs.
dos 15-16); os administradores de uma grande guilda deveriam ter
A Aritmética da Hierarquia
Um tratamento mais sistemático pode ser baseado na amplitude
de controle: um líder ou gerente pode acompanhar cerca de quatro ou
cinco subordinados, de modo que cada Hierarquia deve ter esse nú-
mero de subordinados na Hierarquia imediatamente inferior. O MJ
pode calcular a Hierarquia, para o chefe de cada unidade, adequada
ao número de homens que cada hierarquia normalmente comanda.
Por exemplo, os EUA. Quinto Corpo do Exército, planejado para ter
24.000 homens em 2011, teria um comandante com Hierarquia 7, in-
dependentemente de como o Exército o chamasse.
Hierarquia Comando Exemplo
1 Até 5 Equipe de Resgate
2 Até 20 Esquadrão ou Seção
3 Até 100 Pelotão ou Empresa Pequena
4 Até 500 Companhia ou Batalhão Pequeno
5 Até 2.000 Batalhão
6 Até 10.000 Regimento, Brigada ou Divisão Pequena
7 Até 50.000 Divisão ou Corpo
8 Até 200.000 Exército
+3 x100 –
Dessa forma, oficiais fora da linha de comando podem ter menos
subordinados do que sua posição nominal implica. Em caso afirma-
tivo, dê a eles a Hierarquia real com base no tamanho do seu
comando, e uma Hierarquia Honorária adicional para torná-los no-
minalmente iguais aos oficiais da linha.
Em princípio, Hierarquia poderia se estender para cima sem limi-
tes; o exército de trilhões de soldados de um império interestelar
poderia ter um comandante com Hierarquia 18! Mas se tal sociedade
fosse uma ditadura militar, com a Hierarquia Militar substituindo o
Status, o chefe de Estado estaria seis níveis acima do Status máximo
normal de 12 (veja Intervalos Variantes de Status, pág. 18). Para evitar
tais incongruências, Hierarquia deve ser limitada a 12 níveis. Se a or-
ganização for maior do que os 100.000.000 de subordinados que
normalmente seguem com a Hierarquia 12, há duas maneiras dife-
rentes de lidar com isso:
• Aumente a amplitude média de controle. As Sociedades ultra-
tecnológicas podem ter técnicas de gerenciamento aprimoradas que
podem dar suporte a grandes organizações. Uma amplitude média de
10 permitiria que um superior com Hierarquia 12 comandasse um
trilhão de subordinados com Hierarquia 0.
• Subdivida a Hierarquia em gradações mais estreitas e aplique a
relação de amplitude de controle entre cada duas gradações. Se a Hi-
erarquia vai de 0 a 12 em passos de 0,2 (um total de 60 passos), com
uma amplitude de 4 a 5 para cada passo, Hierarquia 12 poderia aco-
modar 10 duodecilhões de subordinados – equivalente a vários
milhões de universos densamente povoados.
Hierarquia 3, e o mestre da guilda 3 ou 4. Não utilize estes li-
mites com poderosas e grandes cidades estados, especialmente
se elas possuírem seus próprios impérios, como Roma ou Bag-
dá; suas organizações são grandes o suficiente para justificar
uma Hierarquia 8.
Uma macro-sociedade pode suportar organizações muito
maiores, permitindo até uma Hierarquia 12; sendo assim, uma
Hierarquia 11 a 12 dá +4 para Status. Veja A Aritmética da
Hierarquia (pág. 16) para uma abordagem mais detalhada.
Outra opção são divisões mais delicadas de Hierarquia. Os
militares dos EUA, por exemplo, têm nove níveis alistados, 5
níveis de subtenente e 10 níveis de oficiais comissionados -
muito mais que os nove níveis de Hierarquia do GURPS! O MJ
pode definir Hierarquias com um custo de pontos intermediá-
rio; um alferes da Marinha pode ter Hierarquia 3 por 15
pontos, um tenente de grau júnior, Hierarquia 3.4 por 17 pon-
tos, e um tenente, Hierarquia 3.6 por 18 pontos. Um sistema
detalhado pode ter quantas Hierarquias fracionárias, quanto
existirem custos de pontos distintos!
Custos Variantes de Hierarquia
Como regra opcional, o MJ pode definir formas de Hierar-
quia menos respeitadas com custos de níveis intermediários.
Adicione quantos dos seguintes itens forem aplicáveis; se a
soma for 0 ou menos, é muito trivial para contar como Hierar-
quia:
Posição Hierárquica Nominal com Título: 1/nível. Isto equi-
vale a Hierarquia Honorária. Toda forma de Hierarquia deve
inclui-la.
Cadeia de Comando: 1/nível. Isto significa ter subordinados
que recebem ordens, e/ou superiores que as dão.
Recursos Grandes ou Pequenos: 2/nível por grandes recur-
sos, 1/nível por recursos normais (a maioria das organizações),
0/nível por recursos pequenos (organização de voluntários
com pouco ou sem orçamento). Veja Os Benefícios de
Hierarquia (págs. 62-63).
Ativos Especiais: 1/nível. A organização pode fornecer infor-
mação usando talentos sobrenaturais, obter equipamento de
NT Alto ou mágico, Comandar espíritos serviçais, ou coisas do
tipo.
Nos Bastidores: Status como Hierarquia
Com as regras para criar versões de Hierarquia com cus-
tos modificados (Custos Variantes de Hierarquia, pág. 17),
pode-se parecer possível obter um Status efetivo muito bara-
to. Começando com 10/pontos por nível e removendo as
características usuais da Hierarquia, pode-se reduzir subs-
tancialmente seu custo, deixando os benefícios do Status
intactos.
Mas há um limite para o quão barato ela pode ser. Para
tomar o lugar de Status, ela tem de incluir controle total: 4
pontos/nível. Ela deve ter dominação ou exclusividade como
pré-requisito: 0 pontos/nível. E todas as formas de Hierar-
quia devem incluir títulos: 1 ponto/nível. Isso soma 5 pontos/
UM PONTO DE APOIO
Dominação ou Exclusividade: 0/nível por tê-la; -1/nível por
não ter. A organização é a única de seu tipo nesta sociedade ou
é muito maior que seus competidores.
Legitimidade: 2/nível. A organização é vista como a serviço
da sociedade, o estado, o governante, ou incorpora ideais éti-
cos, conferindo um maior respeito àqueles que trabalham para
ela. Seus membros podem ter um Código de Honra, Senso do
Dever ou Voto. Pré-requisito: Dominação ou Exclusividade; este
pré-requisito pode ser dispensado a critério do MJ.
Controle Total: 4/nível. A organização é dominante ou a úni-
ca em todos os domínios institucionais - ela é, ou controla o
governo. Pré-requisito: Dominação ou Exclusividade.
Quaisquer dessas opções incluídas numa forma de Hierar-
quia determinam a sua relação ao Status:
• Se uma organização tem controle total, a Hierarquia que
ela concede substitui o Status; cada nível de Hierarquia tem o
mesmo efeito que o nível de Status.
• Se uma organização carece de controle total mas tem do-
minação ou exclusividade, ou tem legitimidade sem
dominação ou exclusividade, a Hierarquia que ela concede
provê um Status associado (págs. 15-16), baseado no custo de
pontos total da Hierarquia: nenhum bônus para 0 a 9 pontos,
+1 para 10 a 24 pontos, +2 para 25 a 39 pontos, +3 para 40 a 54
pontos, +4 para 55 ou mais pontos.
• A Hierarquia garantida por qualquer outra organização
não substitui nem contribui para o Status. Ela ainda pode con-
ferir Reputação (veja Reputação Organizacional, pág. 62).
A Hierarquia padrão [5/nível] engloba posição e título, ca-
deia de comando, recursos normais, dominação ou
exclusividade e legitimidade. Hierarquia que substitui Status
[10/nível] adiciona controle total e concede grandes recursos
em vez de normais. Veja Novos Tipos de Hierarquia para outros
exemplos.
Novos Tipos de Hierarquia
O MJ pode definir novos tipos da vantagem Hierarquia para
se ajustar a uma ambientação de campanha. Aqui estão alguns
exemplos.
Hierarquia de Guilda: Posição dentro de uma organização
que mantém licença exclusiva para praticar uma profissão
nível. (Para um pariato formalizado, adicione cadeia de co-
mando: 1 ponto/nível). Hierarquia que concede os benefícios
de Status nunca custa menos do que status.
Na verdade, esta versão com custo mínimo é exatamente
Status. O controle total e dominação ou exclusividade lhe
concedem reconhecimento em toda a sociedade e em todas
as esferas de atuação. Títulos e posições hierárquicas signifi-
cam que algumas pessoas são colocadas acima das outras, e
tratadas com mais deferência. Os outros elementos da Hie-
rarquia – cadeia de comando, recursos e legitimidade –
tornam uma organização eficaz e fazem a sua Hierarquia va-
ler mais do que o Status sozinho.
17
numa cidade e impor padrões para ela. Esta custa 2 pontos/ní-
vel (1 por títulos, 1 por recursos normais e 0 por dominação)
e, como notado acima, é normalmente limitada a quatro ní-
veis. Uma guilda nacional pode ter um total de 8 níveis.
Hierarquia Mágica: Posição dentro de uma associação pro-
fissional de magos. Semelhante a Hierarquia de Guilda, mas
também concede recursos especiais, elevando o custo para 3/
nível. O MJ pode escolher limitar o acesso a algumas habilida-
des mágicas baseado no nível de Hierarquia Mágica:
• Um mago aprendiz (Hierarquia 0) só pode aprender
mágicas que não possuam outras mágicas como pré-requisi-
tos; cada nível de Hierarquia permite aprender mágicas com
dois pré-requisitos a mais, até Hierarquia 8 que dá acesso ili-
mitado. Vantagens como pré-requisitos não contam; um
aprendiz com Aptidão Mágica 1 ou Empatia, quase sempre lhe
será ensinado Conceder Energia.
• Todos os magos iniciam com Aptidão Mágica 0; a promo-
ção inclui rituais especiais que concedem um nível de Aptidão
Mágica por Hierarquia. Os magos devem pagar tanto o custo
de pontos da Hierarquia quanto o custo de pontos do nivela-
mento de Aptidão Mágica. Para guildas nacionais, o MJ
precisa estar disposto com Aptidão Mágica 8; alternativamen-
te, guildas de magos locais podem apenas chegar até
Hierarquia 3 e Aptidão Mágica 3.
Hierarquia do Crime Organizado: Posição dentro da máfia,
yakuza ou um sindicato do crime parecido com uma hierar-
quia de comando oficial. Custa 2 pontos/nível se o grupo é
umas das várias organizações competindo (1 por títulos, 1 pela
cadeia de comando, 1 por recursos normais, e -1 pela carência
de dominação) ou 3 pontos/nível por uma organização unifica-
da (como acima, mas 0 por dominação). O intervalo de níveis
varia bastante, mas deveria ser consistente com a escala das
operações.
Hierarquia Serviçal: Posição dentro do quadro de emprega-
dos de uma casa grande com muitos serviçais. Geralmente, 1
ponto/nível (1 por títulos, 1 pela cadeia de comando e -1 pela
carência de dominação) até não mais que quatro níveis. Para
a casa de de um imperador ou um rei poderoso, 2 pontos/nível
(1 por títulos, 1 pela cadeia de comando, 0 pela dominação) e
até oito níveis.
Como o Status é Obtido
As sociedades definem o Status de duas formas básicas:
atribuição e conquista. Atribuição é característico das socieda-
des de classes, como as sociedades feudais e aristocráticas. Em
atribuição, as pessoas ganham Status no nível que reflete a po-
sição da família, a casta, ou algo do tipo. Estes que possuem
Riqueza ou Hierarquia podem usar o Status associado (págs.
15-16) para abaixar o custo da posição total, mas não a mudar.
Exemplo: O Duque de Northmarch tem Status 6, um a
menos que o rei, e Hierarquia Política 6 com ele. Além disso,
ele tem vastas propriedades que o fazem um Multimilionário
1. Ele recebe +2 de Status de Riqueza e outro +2 da Hierarquia
Feudal. Este Status associado não sobe até Status 10; ele
abaixa o custo total de Status 6 de 30 pontos para 10 pontos.
Conquista é mais importante em meritocracias sem classe
(MB, pág. 28). Status em tais sociedades vem primariamente
18 UM PONTO DE APOIO
de Riqueza e Hierarquia. O Status Comprado (pág. 15) pode
mudar o total de Status para cima ou para baixo de forma li-
mitada, normalmente mais ou menos dois níveis, refletindo os
intangíveis como antecedentes familiares, educação, estilo de
vida, e conquistas ou falhas pessoais. Uma sociedade igualitá-
ria pode limitar o Status comprado a mais ou menos um nível
ou não o ter de forma alguma; veja Status, Hierarquia e Tipo de
Sociedade/Governo (pág. 20) para detalhes.
A maioria das sociedades combinam as duas abordagens.
Mesmo meritocracia sem classe, normalmente atribui um alto
Status pelo menos ao chefe de estado.
Intervalos Variantes de Status
O intervalo normal de Status é de -2 a 8. Nas sociedades
modernas e mais futuras, o Status mais comum é 0, como em
muitas sociedades tribais. Mas nas sociedades antigas, medie-
vais e algumas posteriores, a pessoa típica tem Status -1: um
camponês, ligado à terra, e levemente desprezado por seus "su-
periores". O povo citadino padrão tem Status 0, mas em NT 1
a 4 eles são uma minoria, com um alto custo de vida (Status
Visível e Custo de Vida, pág. 22) e uma grande variedade de
oportunidades. Como essas qualidades também descrevem o
aventureiro típico, os PdJs começam com Status 0.
No topo da progressão, o Status 8 representa um deus-rei,
um imperador poderoso, ou um regente totalitário. Monarcas
menos grandiosos e chefes fortes eleitos do estado, como os
cônsules da República Romana podem ser tratados como Sta-
tus 7. Chefes do estado ou de governo que são mais
responsáveis perante os órgãos eleitos, como muitos primei-
ros-ministros ou os primeiros legisladores islandeses, são
Status 6. As sociedades com altos NCs tendem a ter uma maior
progressão de Status, mas existem exceções; o Presidente dos
EUA, que tem NC 2 a 3, tem Status 7.
Dentro de uma mini sociedade, Status tem um limite máxi-
mo de 4. Por outro lado, uma macro-sociedade pode ter o
Status que se estende tão alto quanto 12; por exemplo: um Im-
perador Galáctico de Status 12, com o menor grande nobre de
Status 8 ou 9 governando um único planeta. A mesma aborda-
gem pode funcionar para um panteão politeísta, com o rei dos
deuses tendo Status 12, e os deuses menores com Status 9.
Para mais, veja Sociedades Grandes e Pequenas (pág. 13).
REPUTAÇÃO
A Reputação (MB, págs. 26-28) é o tipo de posição social
mais individualizado, e a maioria muda facilmente. Uma Re-
putação que afeta a todos no mundo de jogo, anexada a uma
pessoa que sempre é reconhecida, em vista ou pelo nome, cus-
ta 5 pontos/nível, assim como Status; se apenas algumas
pessoas ligam sobre a Reputação, ou se a pessoa nem sempre
é reconhecida de vista, o custo é mais baixo. O que é a Reputa-
ção, fica a critério do jogador; ela pode ser qualquer coisa que
faça uma boa história e se encaixe na ambientação.
O efeito de Reputação é modificar os testes de reação, para
melhor ou pior. Isso vem do conhecimento de quem a pessoa
é, não a impressão que ela passa. Uma pessoa pode ter várias
Reputações, mas o modificador total de reação em qualquer si-
tuação não pode ser melhor que +4 ou pior que -4.
 A Reputação pode mudar no decorrer do jogo. A maioria
das mudanças são temporárias e não afetam o valor de pontos
do personagem; mas depois de vários eventos equivalentes, ou
um evento de grande importância, o MJ pode adicionar uma
Reputação permanente a ficha de personagem ou modificar
uma existente. Também é possível perder uma Reputação via-
jando para algum lugar novo; o MJ pode deixar nestes casos,
um jogador recomprar uma Reputação ruim.
A Reputação normalmente é anexada a um indivíduo, mas
ela não tem de ser. Uma organização pode afetar a Reputação
de pessoas que pertencem a ela (Reputação Organizacional,
pág. 62), ou uma Reputação (págs. 18-19) pode ser incluída
como parte de um modelo racial. A razão para se definir por
uma Reputação - e não por um Reconhecimento Social, Estig-
ma Social ou Status - é que ela afeta a reação de grupos
específicos, não de uma sociedade inteira.
Grupos Afetados e Outras
Características Sociais
Em algumas campanhas, o MJ pode querer ser mais espe-
cífico sobre quais grupos os modificadores de reação afetam,
em vez de assumir que as características sociais afetam a to-
dos. Como uma regra opcional, Pessoas Afetadas (MB, pág. 27)
pode ser estendido de Reputação para outras características de
posição social - ou mesmo características "oficiais" como Cleri-
Características Sociais
cato ou Poderes legais. Isso pode ser usado para modelar a for-
ma que uma sociedade não-referência trata o personagem; as
características sociais paralelas (A Sociedade de Referência,
págs. 12-13) são outra abordagem possível.
Por exemplo, em uma sociedade dividida por religiosidade,
uma Hierarquia Religiosa de determinada fé, pode ser respei-
tada por grupos de tamanhos diferentes:
• Uma fé respeitada em quase todo o mundo (Catolicismo
Romano na Europa Ocidental medieval): x1.
• Uma fé rejeitada por um grupo grande (adoração aos
deuses romanos quando a Cristandade estava começando a se
espalhar): x2/3.
• Uma fé com uma quantidade substancial de aderentes
(Sikhismo na Índia dos dias atuais): x1/2.
• Uma fé pouco conhecida (Neodruidismo na Califórnia
dos dias atuais): x1/3.
Assim como Reputação, retire todas as frações após multi-
plicar. Não aplique Frequência de Reconhecimento (MB, pág.
27) a outras características de posição social; Se uma caracte-
rística não está obvia a todos na população afetada, trate-a
como uma Reputação.
Se alguma restrição sobre as pessoas afetadas fizer parte da
definição de uma característica existente, não modifique seu
custo desta forma. Por exemplo, Estigma Social (Minoria)
(MB, pág. 138) já é definida como dando -2 nos testes de rea-
ção para "qualquer pessoa que não pertença a essa
minoria". Seu valor total é de -10 pontos; não aplique
o x2/3!

como Recompensas
O MJ tem a opção de recompensar os aventureiros diretamente
com novas vantagens ou qualidades, ao invés de (ou além de) pontos
de personagem que podem ser gastos em vantagens da escolha dos jo-
gadores. Características sociais menores são particularmente
adequadas para isso, porque é fácil chegar com uma história que os in-
clua; por exemplo, um detetive que resgata o filho sequestrado de um
homem rico, poderia ganhar Reputação +1 com potenciais clientes e
um Favor (MB, pág. 60). Favor é uma escolha particularmente boa
para um benefício concedido pelo MJ, porque alguns jogadores po-
dem relutar em gastar os pontos ganhos nesta vantagem de uso único.
A critério do MJ, outras vantagens além de Aliados, Grupo de Con-
tatos, Contatos ou Patronos podem ser transformadas em Favores.
Mas não faça isso por Riqueza – use Trocando Pontos por Dinheiro (MB,
pág. 26).
Exemplo: Fredric Lambert salva um empreendimento que estava à
beira de um fracasso dispendioso. Seus empregadores o mandam de
férias com todas as despesas pagas. Ele normalmente tem Status 2,
mas o resort o trata como Status 4: colocam-no em uma pequena
mansão com empregados, emprestam-lhe um iate e guarda-roupas
com roupas de grife, e assim por diante (veja mais no MB, pág. 266).
O aumento de Status é uma vantagem de 10 pontos, o que torna isso
um Favor de 2 pontos (O custo de vida extra é coberto como parte do
Favor). Durante seu tempo livre, Fredric come refeições que custam
20x o que ele normalmente poderia pagar, confraterniza com
senadores e VIPs e recebe +2 extras em reações do "povo comum". No
entanto, se ele quiser comprar qualquer coisa para levar para casa,
terá que usar seus próprios fundos para isso.
RECONHECIMENTO SOCIAL
E ESTIGMA SOCIAL
Reconhecimento Social (pág. 92 e MB, pág. 82)
não é o mesmo que Status. Pessoas com Status são
tratadas com respeito porque possuem dinheiro,
prestígio e/ou poder - ou suas famílias o tem. Elas po-
dem exigir este tratamento, e os costumes e as
instituições de suas sociedades irão apoiar a exigên-
cia. O Reconhecimento Social é independente da
riqueza ou do poder político de uma pessoa. Uma pes-
soa Temida é pessoalmente perigosa, independente de
exércitos, polícia, guardas de segurança, ou gangues.
Uma pessoa Venerada é estimada por alguma caracte-
rística inerente, como idade ou santidade pessoal, e
não pela posição social; é possível para um trabalha-
dor idoso ter Status -1 e Reconhecimento Social 1
(Venerado). Os modificadores de reação as vezes não
se aplicam a outros membros do mesmo grupo; ex.:
um idoso Venerado não se curva a outros idosos (ou
se espera que não!).
Da mesma forma, Estigma Social (MB. pág. 138),
não é o mesmo que Status negativo. Existem três ca-
tegorias de Estigma Social:
• Você como um indivíduo que se separou de sua
família ou de sua posição social: Ficha Criminal, Re-
negado, Excomungado, Menor de Idade, Cidadão de

UM PONTO DE APOIO 19
Segunda Categoria (se baseado no gênero), e certos exemplos
de Ignorante e Propriedade Valiosa.
• Sua família ou comunidade não faz parte completamente
da sua sociedade e não pode se beneficiar completamente de
sua riqueza ou posição, por causa de quem ou o que eles são:
Minoria, Cidadão de Segunda Categoria, Subjugado, Inculto,
e certos tipos de Ignorante.
• Você não é visto realmente como parte da sociedade, mas
como uma criatura ou um objeto: Morto (veja GURPS
Fantasy), Monstro, Verme (veja GURPS Fantasy), e certos
exemplos de Propriedade Valiosa.
É possível ter tanto Reconhecimento Social quanto Estig-
ma Social, se eles forem obtidos de fontes diferentes. Por
exemplo, uma mulher idosa no Império chinês teria Proprie-
dade Valiosa por seu gênero, e ainda Venerado por sua idade.
OUTRAS VANTAGENS E
QUALIDADES DE POSIÇÕES
SOCIAIS
Uma série de outras vantagens definem a posição social de
maneiras mais específicas. Muitas são garantidas por organi-
zações específicas, as vezes como pré-requisitos de Hierarquia
ou como um efeito colateral de tê-la. Essas incluem: Reivindi-
car Hospitalidade (MB, pág. 83), Clericato (MB, pág. 48),
Poderes Legais (MB, pág. 78), Imunidade Legal (MB, pág. 65),
Permissão de Segurança (MB, pág. 77) e Estabilidade no Em-
prego (MB, pág. 59).
Relacionamentos sociais com indivíduos ou organizações
específicas conferem alguns dos mesmos benefícios que Hie-
rarquia (veja Vantagens de Relacionamentos (págs. 48-51). Tais
relacionamentos podem ser definidos como Patronos (MB,
pág. 75), Aliados (MB, pág. 35) ou Contatos (MB, pág. 48).
Também é possível tratar Hierarquia ou Status como forne-
cendo benefícios comparáveis aos de Patronos, Aliados ou
Contatos; veja Os Benefícios de Hierarquia (págs. 62-63) e Os
Benefícios de Status (págs. 70-71).
Algumas qualidades garantem posição social em escalas
menores; veja págs. 93-95 para as novas qualidades.
STATUS, HIERARQUIA E TIPO
DE SOCIEDADE/GOVERNO
Os vários tipos de sociedade e governo (MB, pág. 509-510)
possuem padrões distintos de Hierarquia e Status. Como regra
geral, as sociedades com NC mais altos tendem a depender
mais de organização formal e Hierarquia. Líderes de estado
tem Status mais Hierarquia Política, ou alguma forma de Hie-
rarquia que substitui Status (veja Hierarquia, Status e Riqueza,
págs. 14-18).
Anarquia: Não existe líder de estado - por definição! A Mai-
oria das anarquias são meritocracias sem classes (MB, pág.
20 UM PONTO DE APOIO
28); algumas não possuem propriedades privadas, nem Rique-
za, nem Status baseado em Riqueza, ou são fortemente
igualitárias, sem Status comprado. Nenhuma organização é
única ou dominante (Custos Variantes de Hierarquia, pág. 17); a
Hierarquia pode ser inexistente, limitada a Hierarquia Hono-
rária, ou formas definidas especialmente para isso.
Casta: O Líder de estado tem Status 7 ou 8. Hierarquia ga-
rante Status associado, mas o Status é primariamente
hereditário, e cada casta tem um Status máximo permitido.
Sociedades de castas não podem ser meritocracias sem classes.
Clã/Tribal: Normalmente uma mini sociedade. Às vezes soci-
almente "plana" (sem Status!), mas os líderes ou chefes
sofisticados podem ter um Status tão alto quanto 2 a 4, ou an-
ciões e chefes menores podem ascender apenas até Status 1 ou
2. A Hierarquia geralmente é inexistente. A Riqueza raramente
excede Podre de Rico, e os costumes as vezes exigem a sua par-
tilha ou a doação. O Status muitas vezes é hereditário, mas
dentro de uma faixa estreita, comparável a uma meritocracia
sem classes. Veja GURPS Low-Tech Companion 1 para mais
informações sobre esse tipo de sociedade. Sistemas tribais
mais complexos podem ser definidos como sociedades de cas-
ta, feudais ou ditaduras.
Colônia: Geralmente uma mini sociedade.
Democracia Ateniense: Democracias Atenienses de baixa tec-
nologia as vezes são mini sociedades (Sociedades Grandes e
Pequenas, pág. 13), com o líder de estado com Status 3; caso
contrário, Status 6 é o normal. A Hierarquia é geralmente tem-
porária e não garante Status associado (págs. 15-16), mas os
serviços bem-sucedidos podem garantir uma Hierarquia Ho-
norária permanente.
Democracia Representativa: O líder de estado tem Status 6
ou 7; os representantes também possuem Status acima do nor-
mal. Com exceção dos oficiais eleitos, estas sociedades são
geralmente meritocracias sem classes.
Ditadura: Existem várias formas diferentes! Em muitas di-
taduras, o Status é inexistente e o líder de estado tem
Hierarquia Militar ou Policial 8. Nas outras, o líder de estado
tem Status 7 ou 8. Em ditaduras hereditárias (monarquias), o
Status é principalmente herdado.
Estado Corporativo, Governo Militar, Tecnocracia ou
Teocracia: A Hierarquia substitui o Status; o líder de estado tem
Hierarquia Corporativa, Militar, Administrativa ou Religiosa 7
ou 8.
Feudal: Parecido com uma monarquia (veja Ditadura, aci-
ma), com uma classe adicional de regentes locais subsidiários
com Status 3 a 6. Os domínios locais menores podem ser com-
parados a mini sociedades.
Socialista: Esforços socialistas para limitar variação na Ri-
queza; o Status associado de Riqueza pode ser inexistente ou
limitado a +1. Por outro lado, pessoas com um alto Status ou
Hierarquia, às vezes, desfrutam de um padrão de vida muito
elevado às custas do estado. Sociedades socialistas tendem a
substituir o Status por Hierarquia ou serem meritocracias sem
classes.
 CAUSANDO UMA IMPRESSÃO
Outro conjunto de características sociais definem como
uma pessoa se depara com outras pessoas. Isto é especialmente
importante para os primeiros encontros, quando as pessoas re-
agem ao que elas veem e ouvem. Tais encontros podem deixar
uma impressão duradoura, mesmo depois que a posição social
real, o caráter e as habilidades da pessoa são conhecidos.
Estas características também desempenham um grande
papel na forma como um personagem recém introduzido é
descrito, e como ele deve ser interpretado em todas suas apari-
ções. Elas são as primeiras ferramentas do MJ para trazer os
habitantes de uma ambientação a vida.
CARISMA
O Carisma (MB, pág. 47) é praticamente o modificador de
impressão mais universal: Cada nível dá +1 a vários tipos de in-
teração social. Ele custa o mesmo que uma Reputação
reconhecida o tempo todo, por todos no mundo de jogo - e é qua-
se tão útil quanto, embora não exatamente da mesma maneira.
Seu escopo (e custo) pode ser reduzido através de Seletiva
(págs. 92-93).
O Carisma é adicionado a todos os testes de reação feitos
por PdMs, e a todos os testes de influência usados por eles. Seu
uso não é limitado a um único mundo de jogo; ele funciona
para os seres inteligentes de qualquer mundo. Um evidente
monstro com um Carisma alto o suficiente pode ser amado e
ser confiado pelos seus vizinhos humanos normais.
O bônus nos testes de reação e influência só se aplicam a es-
tes que podem ver e ouvir você, e apenas se você também puder
vê-los e ouvi-los; se não, veja Interação Indireta (págs. 38-39).
Ele não representa ter um rosto ou uma voz bela, mas sim um
ajuste a sua presença pessoal para obter as melhores reações;
você precisa saber como a audiência está reagindo, momento
a momento.
O MJ deve interpretar "interação em duplo sentido" com al-
guma flexibilidade (veja Características Sociais Exóticas, págs.
51-53). "Ver" não tem de significar uma visão normal; poderia
ser qualquer sentido que incluem detalhes de forma e movi-
mento, como uma visão em outros alcances de frequência, a
maioria dos tipos de Sentido de Monitoramento, ou possivel-
mente um Detectar sútil com Analisador (veja GURPS
Poderes). Ele poderia até funcionar ao toque para um persona-
gem completamente cego. "Ouvir" pode ser qualquer forma de
comunicação comparável a uma linguagem falada; ex.: lingua-
gens de sinais. Entretanto, tanto a pessoa carismática quanto
a audiência precisam estar usando os mesmos sentidos. Usar
modos sensoriais incomuns é uma característica sem custo em
pontos.
Além dos benefícios acima, o Carisma é adicionado direta-
mente as perícias Adivinhação, Liderança, Mendicância e
Oratória, de forma similar a um Talento. Estas perícias não
precisam de uma interação em duplo sentido para receber este
bônus; um orador carismático pode ser igualmente convincen-
te em um programa de televisão.
UM PONTO DE APOIO
Em ambientações com poderes (veja GURPS Poderes), o
Carisma pode servir como um Talento de poder apropriado. O
poder de Influência que o usa pode compreender vantagens
como Aliados (transeuntes recrutados), com Ambiental, La-
caio e Invocável; Adaptabilidade Cultural; Pele Elástica com
Fascinação; Empatia; Por Dentro da Moda; Apetrechos (em-
prestados de transeuntes), com Ambiental; Ilusão, com
Mental; Indomável; Imunidade Legal; Controle da Mente, com
Somente Condicionamento e Base Sensorial; Sonda Mental,
com Base Sensorial; Leitura da Mente, com Base Sensorial;
Habilidades Modulares, Com Somente Social; Língua Ferina;
Permissão de Segurança; Camaleão Social e Terror. Ataques
físicos são inapropriados, mas Atribulações (com Baseada em
Vontade ou com Imprecação ou Base Sensorial) pode causar
incapacitação, irritação, desvantagens mentais, ou penalida-
des na DX, IQ, Per ou Vontade.
APARÊNCIA
A Aparência (MB, pág. 21) afeta os testes de reação assim
como o Carisma, mas é visual em vez de comportamental.
Como resultado, ela não requer uma interação em duplo senti-
do. Ela pode ter efeito através de um vídeo ao vivo de sentido
único, vídeo ou filme gravado ou ainda numa fotografia. Ela
pode até mesmo se aplicar através da arte representacional,
como esboços ou pinturas - entretanto, o artista pode escolher
retratar o modelo como sendo mais ou menos atraente do que
na verdade ele é. Se a obra de arte for mais atraente, as pessoas
que conhecerem o modelo podem se decepcionar; pegue a di-
ferença entre os bônus do teste de reação como uma
penalidade para a reação da pessoa ao vivo.
Por ser essencialmente passiva, a Aparência não afeta a
maioria das perícias de Influência. Sex Appeal é uma exceção;
uma Aparência favorável dá bônus, e uma Aparência desfavo-
rável dá o dobro de penalidade. Elegante/Bonito ou uma
Aparência melhor normalmente dá um bônus maior para pes-
soas que se sentem atraídas pelo seu sexo. A opção Andrógeno
dá o mesmo bônus para ambos os sexos. A opção Impressio-
nante dá bônus para Intimidação em vez de Sex Appeal.
Uma pessoa extraordinariamente sem atrativos pode ga-
nhar bônus para Intimidação: +2 para Hediondo, +3 para
Monstruoso, ou +4 para Horrendo.
Veja Aparência Racial (págs. 51-52) para regras para não-hu-
manos.
Tudo que você necessita é de
aparência e muito dinheiro
– Billy Joel, "Still Rock and
Roll to Me"
21
QUALIDADE VOCAL
Voz Melodiosa dá +2 para os testes de
reação; Voz Irritante ou Gagueira dá -2.
Como os modificadores de Aparência, es-
tes não requerem uma comunicação em
duplo sentido ou reação comportamental;
eles afetam alguém que possa escutar a
pessoa falando ou cantando. Podem existir
paralelos para raças não humanas (Percep-
ção e Comunicação, pág. 52).
A qualidade vocal modifica um número
de perícias que envolvem estas ações: Di-
plomacia, Lábia, Arremedo, Atuação,
Política, Oratória, Sex Appeal e Canto. (Ar-
remedo e Política deveriam ser
adicionados a lista de Gagueira, MB, pág.
143). Isso afeta os testes de Influência ba-
seados nestas perícias.
A qualidade vocal não afeta Trato Soci-
al, Manha ou qualquer teste de Influência
que não seja verbal; veja Estilos Influentes
(págs. 93-94) para exemplos disso. Voz Me-
lodiosa não dá bônus para Intimidação,
mas Gagueira dá -2, e algumas formas de
Voz Irritante podem fazer o mesmo (como
uma voz chiada de "personagens de dese-
nho animados"). Voz Penetrante (MB, pág.
101) pode dar +1 para Intimidação.
STATUS VISÍVEL E
CUSTO DE VIDA
Os modificadores de reação de Status
vêm do conhecimento da posição social de
uma pessoa. Muitas vezes é possível reco-
nhecer o Status alto ou baixo na vista.
Como sinais óbvios dados pelas vestes de
alguém; outros vêm de joias e acessórios,
higiene, bens, tais como veículos e baga-
gens, e em alguns casos, por ser
acompanhado de servos ou guarda-costas.
Todas estas coisas custam dinheiro (Custo
de Vida, MB, págs. 265-266).
O gasto necessário é normalmente ba-
seado no Status comprado mais o Status
associado (págs. 15-16) de Riqueza. Para
causar uma impressão por ser rico, você
precisa ser visivelmente rico. O Status asso-
ciado de Hierarquia normalmente não
exige gastos extras. Algumas organizações
ajudam a pagar para que seus representan-
tes causem uma boa impressão; em outros
casos, um representante identificável da
organização - um oficial naval em unifor-
me, ou um sacerdote em suas vestimentas
- obtém os créditos por seu alto Status sem
consumo notável. Um nível mínimo de
Status pode ser pré-requisito para certas
22
Estilo
Uma forma de sinalizar o Status visivelmente é usar roupas e carregar equipa-
mentos com materiais nobres ou design sofisticado, como armas de
apresentação. Tal estilo é representado como um fator de custo geral (FC) que é
aplicado ao preço base da peça de vestuário ou posse; veja a tabela abaixo. Para
encontrar o custo real, multiplique o custo de lista de um item por (1 + FC). Se o
FC estiver abaixo de -0,8, trate-o como -0,8; o custo final nunca será inferior a
20% do custo de lista. O MJ pode definir FCs específicos para elementos visuais
como joias incrustadas, couro trabalhado à mão, bordados, trabalhos de broca-
do, placas de prata ou ouro; ou engenharia de precisão; a soma de todos esses FCs
é o FC geral do item.
Os efeitos de Status das roupas e acessórios dependem do preço de toda a
roupa. A tabela abaixo inclui preços para roupas formais ("melhores roupas")
para vários níveis de Status. ("M" é abreviação para "milhões").
Preço de Vestuário Preço de Vestuário
Status FC Status FC
Formal Formal
-2 -0,8 $48 4 +99 $24.000
-1 -0,5 $120 5 +999 $240.000
0 0 $240 6 +9.999 $2,4M
1 +1 $480 7 +99.999 $24M
2 +4 $1.200 8 +999.999 $240M
3 +19 $4.800
O preço de uma única roupa formal pode chegar a milhões para regalias de
Status 6-8 (joias da coroa, mantos de arminho, púrpura imperial etc.). No entan-
to, a maioria das roupas usadas por pessoas com Status 4+ não são tão caras!
Para uso diário, trate Status maior do que 3 como Status 3 (conforme discutido
no MB, pág. 266). Pessoas com Status muito alto têm muitos conjuntos de roupas
e podem usar uma roupa formal inteiramente nova em cada ocasião especial.
As roupas masculinas na Terra tornaram-se mais conservadoras em NT5; a
maioria dos homens pode tratar Status maior do que 2 como Status 2 ao comprar
roupas (MB, pág. 266).
Um único item de estilo caro (em oposição a uma roupa inteira) não aumenta
o Status visível; a despesa visível chama a atenção para o Status comparativa-
mente abaixo do proprietário. O MJ pode aplicar um extra de -1 na reação das
pessoas que notariam o contraste.
Por Dentro da Moda (MB, pág. 21) tem dois efeitos diferentes neste processo:
• Concede imunidade a penalidades de reação baseadas nas diferenças entre
os Status (semelhante a Camaleão Social, MB, pág. 46, mas apenas para as pena-
lidades baseadas no Status visível). Isso inclui a penalidade por usar um acessório
caro com uma roupa de baixo custo.
• Em situações em que não haveria tal penalidade, concede +1 aos testes de
reação, comparável a um bônus de estilo, mas sem custo adicional. Em socieda-
des onde os homens com Status 3 ou maior podem se safar com roupas de Status
2, esses homens devem pagar o custo total de Status 3 por suas roupas (MB, pág.
266) antes de poderem se beneficiar do Por Dentro da Moda.
Por Dentro da Moda pode conceder o último benefício para outra pessoa, mas
o consultor pode cobrar pelo serviço! Gastar dinheiro com um consultor conta
para o Status visível. Para um item individual, pode ser uma fonte do custo adici-
onal de estilo.
Estilo também concede um bônus para os testes de reação de colecionadores
e compradores em potencial, e para testes de Influência baseados em Comércio
feitos em tais pessoas. Para obter +1 requer FC +1, +2 requer FC +4 e +3 requer
FC +9. Itens mais caros não concedem bônus maiores.
UM PONTO DE APOIO
Hierarquias; ex.: é esperado que um alferes mante-
nha as aparências como "um oficial e um
cavalheiro" (pré-requisito Status 1). Escolhendo os Porta-Vozes
O que acontece se você não pagar o custo de Os capítulos restantes deste suplemento são todos sobre a interpreta-
vida para seu Status? Em muitos mundos, o seu ção de encontros sociais. Aventureiros com diferentes posições sociais
Status cai para coincidir com o que você realmente terão diferentes tipos de encontros e passarão por eles de maneiras dife-
gasta. Mas nas sociedades mais tradicionais, você rentes.
nasceu com um Status alto ou baixo e não pode fa-
zer muito para mudar isso. Ao invés, você recebe Status -2 ou -1: Despossuídos. Criminosos de rua, lacaios, escravos ou
uma Má Reputação, como "Parente pobre" ou servos fugitivos e pessoas desesperadamente pobres. Eles podem ter um
"Dama estressada", com uma penalidade de reação Estigma Social, assim como um Status baixo. Aventureiros quase sempre
igual a diferença entre o Status que você nasceu e têm Manha e Lábia; Intimidação e Sex Appeal são comuns. Trato Social
aquele que você pode dispor. Ou você tem um Se- de qualquer tipo é incomum. Essas são as pessoas que realizam os assal-
gredo, que você tem de proteger fingindo uma tos retratados realisticamente ou são contratadas para trabalhos difíceis
riqueza que você não tem. Em muitas sociedades e de alto risco.
aristocratas, a maioria dos nobres vivem além das Status -1 a 1: Pessoas Comuns. Pessoas com empregos estáveis ou pe-
suas possibilidades; Seus Códigos de Honra podem quenos negócios. Elas geralmente são menos propensas a se aventurar –
até exigir isso. possuem contas a pagar e trabalho a fazer. Mas são os heróis clássicos do
É possível tentar se passar por um Status mais terror e da ficção apocalíptica. Alguns subgrupos têm funções mais emo-
baixo, ou até mesmo por um Status negativo. Esta cionantes: alistados militarmente, policiais, criminosos ligados ao crime
é uma forma de pretensão social, discutida sobre organizado, empregados de famílias ricas etc. Tais grupos têm suas pró-
Identidades Falsas (págs. 44-46). O mesmo se aplica prias formas de Trato Social. Cidadãos comuns não usam Trato Social
ao se passar por um Status mais alto, mas você nem Manha entre si, mas podem ter Administração para lidar com buro-
deve ser capaz de arcar com o nível de vida adequa- cracias governamentais e corporativos, Comércio para empregos de
do. Se você mantém um padrão de vida maior que vendas ou Trato Social (Servo) se trabalharem para as classes altas.
o exigido por seu Status, mas não tem perícia para Status 1 a 3: Os Afortunados. Profissionais, donos de negócios, servido-
sustentar suas pretensões coerentemente, você ga- res públicos menores, pessoas de posses, funcionários e vassalos dos
nhará uma Má Reputação. Se você não tenta, mas poderosos. As perícias habituais incluem Administração, Diplomacia,
gasta seu dinheiro livremente, você tem Hábitos Comércio, Política, Oratória e Trato Social (Alta Sociedade ou Exército).
Detestáveis (MB, pág. 22). Em qualquer um dos ca- Eles podem encontrar aventura no trabalho ou como turistas ou diletan-
sos, as pessoas lidando com você basearão suas tes, ou ser enviados para ela como solucionadores de problemas. Um
reações no seu Status verdadeiro, com penalidades comando militar e espionagem oficial se adequam a pessoas neste nível;
adicionadas por suas pretensões. assaltos cinematográficos muitas vezes apresentam pessoas que podem
imitar essas coisas de forma convincente.
Exemplo: Jean Richard, um bourgeois Status 3 a 8: A Crosta Superior. Pessoas ricas e poderosas. Trato Social
subordinado a Louis XIV, gasta uma parte (na maioria das vezes Alta Sociedade) é obrigatório. Perícias para o con-
substancial de sua riqueza para comprar um trole de grandes organizações são altamente vantajosas; por exemplo,
assento no Conselho Privado, um grande grupo de Administração, Finanças ou Política. Com uma pegada mais cinemato-
pessoas com poucas funções de fato, após o qual gráfica ou romântica pode-se enviá-los em missões. Uma visão realista
ele é tratado como um nobre menor: Ele tem pode variar da comédia de costumes, passando por novelas, até o drama
Hierarquia Honorária Administrativa 6 [6], Podre político – o próprio ambiente social é a principal fonte de oportunidades
de Rico [50] e Status 4 [15], que inclui +1 de Status e ameaças!
associado de Riqueza. Querendo impressionar, ele
compra uma casa importante em Paris e incorre a
um gasto de $60.000 por mês de sustento. Isto é Hábitos siões especiais - apresentação no tribunal, ou o compareci-
Detestáveis (Alpinista Social) [-5], o que prejudica o bônus de mento no Oscar, por exemplo. Saber que regras se aplicam
reação normalmente concedido por seu Status, reduzindo o exige um teste contra Trato Social (Alta Sociedade).
bônus líquido de +4 para +3.
Algumas sociedades seguem uma regra diferente: Não é es- Família e Custo de Vida
perado que pessoas com um Status associado de Riqueza Em muitas sociedades históricas, assumiu-se que os ho-
gastem mais. O padrão de vida normal baseia-se puramente no mens trabalhavam em tempo integral como pequenos
Status comprado (pág. 15); qualquer coisa a mais pode forne- agricultores autossuficientes, empresários ou funcionários, en-
cer uma Má Reputação ou contar como Hábitos Detestáveis. quanto as mulheres faziam o trabalho doméstico em tempo
Esta atitude é mais comum onde as pessoas com Status atribu- integral. Um homem solteiro sustentava uma pessoa, ele mes-
ído e conquistado (veja Como o Status é Obtido, pág. 18) estão mo, com o custo de vida total. Se ele se casasse, o trabalho
competindo; por exemplo, no final da República Romana ou doméstico de sua esposa na verdade pagava seu custo de vida
na Inglaterra Vitoriana. Se isso se aplica a uma ambientação da mesma forma, mas não ganhava nenhum excedente. A ren-
específica, fica a critério do MJ. Para uma complexidade adici- da em excesso após o custo de vida será a mesma de qualquer
onal, uma sociedade pode seguir esta regra na maioria das maneira. Um homem casado que pudesse sustentar uma espo-
vezes, mas demandam despesas muito elevadas em certas oca-

UM PONTO DE APOIO 23
sa que não passasse o dia todo em tarefas domésticas tinha
uma renda boa o suficiente para pagar o custo de vida de am-
bos, na verdade, pagando para serviçais fazerem o trabalho de
uma esposa - um sinal visível de Status elevado.
Em muitas sociedades contemporâneas, a tecnologia su-
porta uma outra abordagem. Aparelhos elétricos, congelados e
outros alimentos embalados, tecidos livres de rugas, superfíci-
es de fácil limpeza, e outras tecnologias de substituição do
trabalho doméstico, libera as duas metades de um casal para
manter seus trabalhos. Neste caso, dois trabalhos de tempo in-
tegral pagam duas instâncias de custo de vida, e pode, muito
bem, gerar um grande excedente. Na verdade, uma coleção de
conveniências domésticas substitui a necessidade de uma
dona de casa ou de empregados em tempo integral, mas as
duas pessoas precisam encontrar e manter seus empregos para
pagar por tudo isso.
OFENDER
Muitas formas de comportamento podem provocar reações
ruins, tanto geral (Briguento, Fantasias, Incapaz de Sentir Pra-
zer, Circunspecção, Teimosia) ou de classes específicas de
pessoas (por exemplo, Intolerância provoca reações negativas
daqueles a quem é direcionada). Normalmente tais reações se
desenvolvem através do tempo, conforme as pessoas se tor-
nam conscientes do comportamento. Os Comportamentos que
provocam reações negativas de imediato são definidos com
Hábitos Detestáveis (MB, pág. 22). Isto inclui tanto o compor-
tamento voluntário quanto o involuntário; alguns Distúrbios
Neurológicos (MB, pág. 135) possuem Hábitos Detestáveis
como um efeito colateral (uso compulsivo de linguajar inacei-
tável, por exemplo).
Mau Cheiro (MB, pág. 150) pode ofender por razões pura-
mente físicas: -2 nos testes de reação. Como Aparência sem
atrativos (pág. 21), ela é efetivamente passiva e não deveria afe-
tar os testes de perícia. Sex Appeal é uma exceção; qualquer
teste feito de perto recebe -2 de penalidade.
QUALIDADES DE IMPRESSÃO
Tanto Rosto Sincero quanto Voz Penetrante (MB, pág. 101)
adicionam certos tipos de impressão. Para qualidades adicio-
nais que ajudam a causar uma boa impressão, veja págs.
93-95.
24 UM PONTO DE APOIO
RECURSOS
Algumas características não possuem custo em pontos,
mas ainda afetam a presença social de uma pessoa e a reação
de outras pessoas a ela. O MJ pode pedir aos jogadores para as
definirem na criação do personagem, ou os jogadores podem
escolher fazê-lo no início ou durante o jogo.
Altura e Peso
O GURPS recomenda um intervalo de altura para cada ST,
e um intervalo de peso para cada ST e Constituição Física; veja
Constituição Física (MB, págs. 18-19). Essas diretrizes não são
obrigatórias; os personagens podem ter qualquer altura e peso
que seja plausível para sua raça. Não existe custo de pontos
para altura e peso - embora relações extremas de peso-para-al-
tura podem justificar algum: Magro, Acima do Peso, Gordo ou
Muito Gordo. As diferenças na altura podem influenciar os su-
cessos de Intimidação (pág. 82).
Coloração
A Cor da pele, cabelo e dos olhos são escolhas livres, sujei-
tas ao que faz sentido para a ambientação, e não possuem
custo em pontos (mas veja Características Clássicas, pág. 93).
Entretanto, algumas pessoas gostam ou desgostam de caracte-
rísticas específicas como peculiaridades. Uma reação negativa
praticamente universal a uma certa aparência pode equivaler
a uma Estigma Social para estes que a tem.
Voz ao Falar
Ter uma frequência de voz alta ou baixa, ou uma voz alta ou
suave (tipo de Voz Penetrante, MB, pág. 101), é uma escolha
livre. Voz Melodiosa algumas vezes também afeta Intimidação;
veja Voz a Voz (págs. 38-39) e Fala Mansa (pág. 95). Estas quali-
dades não têm o efeito social ou estético discutido em
Qualidade Vocal (pág. 22).
 CAPÍTULO TRÊS
CARA A CARA
Na sala externa, ouvia-se o som de vozes - de um homem e
uma mulher. O cavalheiro com flores de espinheiro na lapela fez
uma pausa ao servir vinho aos seus três convidados, virando a
cabeça em direção à porta da sala interna.
A jovem que entrou, seguida pelos protestos do criado, era
digna da atenção de qualquer homem. Seu vestido, embora não
fosse novo, tinha sido claramente feito na França, e exibia sua
jovem silhueta para admiração. Enquanto fazia uma reverência,
seus belos olhos varreram os quatro homens, parecendo tornar
cada um deles, por um instante, o sol em torno do qual o cosmos
girava.
"Monsieur", ela disse, "por favor me perdoe; Vejo que me
intrometi."
O anfitrião se curvou, demonstrando profundo respeito.
"Mademoiselle, estou certo de que meus companheiros não vão
invejar um momento de nosso tempo. Como posso servi-la?"
"É só - eu estava me perguntando, você fez algum avanço com
relação ao resgate do meu irmão?"
"Se me permite, sr., esta jovem dama está conectada ao
cavalheiro que você está empenhado a resgatar?" Foi o mais jovem
dos três convidados que perguntou, corando quando os olhos da
visitante fixaram nele mais uma vez.
"Ela está, milorde." Ele virou-se para a jovem. "Posso
apresentar - ouso dizer, meu amigo - Rupert, Senhor Greystoke e
Perícias Complementares
A critério do MJ, uma perícia pode ser usada para ajudar
outra. Por exemplo, um político que precisa fazer um dis-
curso pode sentar-se com antecedência e escrever o que
quer dizer; isso seria usar a perícia complementar Escrita
para auxiliar a perícia principal Oratória. Um teste bem-su-
cedido contra a perícia complementar dá +1 para o
próximo teste contra a perícia principal, ou +2 em um su-
cesso crítico; um teste fracassado dá -1, ou -2 em uma falha
crítica.
Em circunstâncias especiais, as perícias complementa-
res para apoiadores de diferentes lados podem ser opostas:
a ajuda à perícia principal de cada lado depende de ser mais
bem-sucedido na perícia complementar. Faça uma Disputa
Rápida entre as perícias complementares. Se o teste do ven-
cedor foi um sucesso, a perícia primária do seu lado está
com +1 (+2 para um sucesso crítico); não há modificador se
foi um fracasso. Se o teste do perdedor foi um fracasso, a
perícia primária desse lado está com -1 (-2 para uma falha
crítica); não há modificador se foi um sucesso.
CARA A CARA
seus amigos Sr Dalrymple e Dr. Steele? Senhores, Monsieur de
Quatremere é de fato o irmão amado mais velho de Mademoiselle.
Você deve me perdoar Mademoiselle, mas é melhor que não
conheça os detalhes de nossas transações."
"Entendo," ela disse, abaixando seus olhos. "Mas certamente
não irá fazer mal se eu me lembrar dos senhores em minhas
orações." Ela estendeu a mão para que eles a beijassem.
"Estou certa em pensar que meu trabalho lhe satisfez?"
Hollis sorriu enquanto entregava a Delphine uma taça de
vinho. "Agora entendo mademoiselle, por que você fez tanto
sucesso nos palcos em Paris. Você os convenceu, deixando-os
ansiosos para provar o seu valor, pagando-me para salvar a cabeça
do seu irmão imaginário." Ele pegou uma bolsa pesada.
"Demorará algum tempo antes de termos todas suas fortunas
compartilhadas, mas aqui está um adiantamento."
Ele disse: "Filho, eu fiz minha vida
lendo os rostos das pessoas. . ."
– Kenny Rogers, "The Gambler"
O MJ deve encorajar os jogadores a serem criativos; caso
eles tenham uma explicação convincente do porquê uma
perícia complementa a outra, deixe-os fazer o teste. Para in-
centivar o trabalho em equipe, a perícia complementar de
uma pessoa pode ajudar a perícia primária de outra pessoa.
A critério do MJ, vários testes de perícias complementares
podem ser aplicados à mesma perícia primária. Nenhum
ajudante pode fornecer mais do que uma perícia comple-
mentar, e cada ajudante deve usar uma perícia diferente.
Uma perícia complementar pode ser igual a perícia primá-
ria, mas só se for usada de uma maneira significativamente
diferente.
Perícias complementares destinam-se em grande parte a
dar a outros PdJs a chance de fazer algo interessante duran-
te uma cena crítica, então os testes de perícia normalmente
serão limitados a um por PdJ, mas o MJ pode permitir tais
testes por PdMs apropriadamente habilidosos, especial-
mente Aliados ou Contatos. Veja também Esforços de Equipe
(págs. 39-40).
25
 A mais simples de todas as formas de interações sociais é de
um para um: encontros, transações e relacionamentos entre
duas pessoas. As mecânicas do jogo para isto são a base para
todas as outras regras de interações sociais. Muitas regras nes-
te capítulo também se aplicam a encontros com grupos
pequenos, desorganizados.
Cada membro de um grupo terá seus próprios métodos
para lidar com pessoas, auxiliado por suas perícias e vantagens
PROCURANDO PESSOAS
O primeiro passo da interação social é encontrar alguém
para se interagir. O GURPS já tem regras para encontrar em-
pregadores e empregos (MB, págs. 516-518). As mesmas regras
funcionam para muitos outros relacionamentos em potencial.
Localizar uma pessoa do tipo certo exige um teste contra
IQ, com vários modificadores; este é chamado de teste de
procura. O MJ pode permitir o uso de uma perícia relevante no
local de IQ, ou mesmo exigi-la. Exemplo: Comércio para locali-
zar um negócio ou Manha para se encontrar com criminosos.
Conhecimento do Terreno pode ser usado como uma perícia
complementar (pág. 25) para qualquer teste de procura, mes-
mo um contra IQ. Cada tipo de procura tem uma
peculiaridade que aumenta suas chances de sucesso (Conecta-
do, págs. 94-95).
O MJ, não o jogador, faz os testes de procura. Com um su-
cesso encontra-se uma pessoa adequada, disposta a lidar com
os PdJs nos termos normais; com um fracasso não se encontra
ninguém. Pode ser qualquer pessoa que se encaixe na descri-
ção geral. Se o MJ não tiver preparado um candidato
apropriado antecipadamente, ele pode inventar alguém (Para
procurar uma pessoa nomeada específica, veja Indivíduos
Conhecidos, págs. 28-29). O MJ pode sempre ignorar o resulta-
do do teste de procura se ele decidir antecipadamente que
ninguém está disponível ou que um determinado candidato
vai aparecer, independentemente de testes.
Os testes de procura são modificados pelo tamanho da cida-
de:
População Modificador
Menos que 100 -3
100-999 -2
1,000-4,999 -1
5,000-9,999 0
10,000-49,999 +1
50,000-99,999 +2
100,000 ou maior +3
Para campanhas em ambientações atuais ou futurísticas,
nas quais as cidades podem ter milhões de habitantes, o MJ
pode querer estender esta série: +1 para cada adicional de po-
pulação x10.
Cada tipo de teste de procura tem um intervalo padrão,
como "uma vez por dia" ou "uma vez por semana". Se um teste
de procura fracassar, os pesquisadores podem tentar nova-
mente após esse tempo. O MJ pode permitir múltiplas
procuras dentro de um intervalo, se os pesquisadores tentarem
26 CARA A CARA
escolhidas. As seguintes regras facilitam estes métodos. Pense
nelas como opções táticas, mas para perícias e situações rela-
cionadas a interação social ao invés do combate.
Um uso particularmente importante destas regras é permi-
tir representações sociais a jogadores que não são
intensamente sociais na vida real! Veja Jogue Fora Este Livro!
(pág. 87) para uma discussão completa sobre isto.
uma abordagem diferente, com um -2 cumulativo por procura
fracassada anteriormente - eles já verificaram os locais óbvios.
As procuras são normalmente ativas, mas é possível adotar
uma abordagem basicamente passiva (publicar um folheto ou
uma listagem online, fazer uma varredura nos classificados,
etc.). Isso leva muito menos tempo e esforço, mas o teste de
procura terá -5 (equivalente a penalidade de Preguiça, ao pro-
curar emprego, MB, pág. 518), e apenas uma procura passiva
pode ser feita dentro de um intervalo padrão.
Procuras Secretas
Às vezes, os aventureiros podem querer procurar um
tipo de pessoa sem tornar óbvio seu interesse. Qualquer tipo
de teste de procura definido neste suplemento pode ser feito
secretamente; um que envolva Atividades Clandestinas
(pág. 28) deve ser secreta. As procuras secretas não podem
usar publicidade, nem podem se beneficiar de perícias
como Administração e Propaganda.
A maioria das pessoas não notará a procura; qualquer
um monitorando conscientemente a cena, perceberá o que
está acontecendo com um teste bem-sucedido contra o me-
lhor entre Per ou Observação. Os pesquisadores podem
preparar ativamente uma fachada inocente ou desinteressa-
da; se assim o for, os observadores devem ganhar ou
empatar em uma Disputa Rápida contra a pior perícia de
Dissimulação dos pesquisadores para descobrirem a verda-
de.
Um atravessador também pode realizar uma procura
discreta (Atravessadores e Intermediários, pág. 28).
FUNCIONÁRIOS
Procuras por funcionários são discutidas no MB, págs. 516-
518. Um teste é permitido por semana para cada posição a ser
preenchida. Uma procura bem-sucedida encontrará alguém
que tenha as perícia exigidas e quer o trabalho; para determi-
nar sua atitude, veja Lealdade Pessoal (págs. 46-47). O MJ pode
permitir que uma perícia adequada substitua o IQ:
• Administração para contratação formal, estilo corporati-
vo.
• Connoisseur para procurar por um artista perito ou um
artesão.
 • Assuntos Atuais para localizar "especialistas mundiais"
famosos.
• Performance em Grupo para recrutar performistas.
• Liderança para encontrar novos recrutas para uma expe-
dição ou uma força militar.
• Propaganda para uma oportunidade amplamente divul-
gada.
Os modificadores especiais são os seguintes:
Publicidade: +1 para um orçamento de 50% da remunera-
ção mensal do trabalho, +2 para 500%, e outro +1 para cada
despesa adicional x10. Isto inclui pregoeiros, folhetos, anúncio
nos classificados, caçadores de talentos, listagem de internet, e
mais.
Perigo: -2 se o trabalho inclui um sério risco de combate ou
outro perigo físico.
Nível de Pagamento: +1 se o emprego paga 20% a mais que
o normal, +2 para 50%, ou +3 para 100% ou mais.
É possível procurar por recrutas para várias posições com
as mesmas qualificações e deveres - por exemplo, uma carava-
na pode tentar contratar meia dúzia de guardas. Multiplique o
orçamento de publicidade (se houver) pelo número desejado
de funcionários. Um teste bem-sucedido encontra um funcio-
nário em potencial mais uma quantidade de candidatos
adicionais igual a margem de sucesso - até o número máximo
procurado.
EMPREGOS
Os testes de procura para empregos são definidos no MB,
pág. 518. Um teste de procura por emprego é permitido por se-
mana. É possível procurar por múltiplos empregos ao mesmo
tempo, com um -1 cumulativo para todos os testes por empre-
go depois do primeiro. Os modificadores especiais são os
seguintes:
Publicidade: +1 para um orçamento de 5% do salário men-
sal do trabalho desejado, +2 para 50%, +3 para 500%, e assim
por diante. O dinheiro pode ir para anúncios, taxas de fixação,
boas roupas para as entrevistas, ou mesmo para suborno (pág.
58).
Atitude: -5 por Preguiça; você simplesmente não está procu-
rando tanto. +1 para Viciado em Trabalho; você gasta várias
horas procurando, e você se apresenta como um trabalhador
comprometido. +3 por Obstinado, mas você só pode procurar
por um emprego por vez.
Nível de pagamento: Subtraia do teste, duas vezes o nível de
Status normal do emprego desejado (MB, pág. 517). Status ne-
gativos dão bônus! Por exemplo, um teste com +4 para obter
um emprego de meio expediente na indústria de fast-food (um
emprego de Status -2).
Qualificações: Para perícias acima do mínimo necessário
para conseguir o emprego, +1 se um nível acima; +2 se mais de
um nível acima. Perícias muito acima do necessário podem
funcionar contra um candidato, a critério do MJ. O MJ pode
conceder um adicional de +1 se o candidato tiver outras perí-
cias úteis relacionadas.
CARA A CARA
COMPRADORES
Os aventureiros podem procurar compradores para tesou-
ros ou pilhagem, ou para coisas feitas por eles mesmos - itens
encantados ou novas invenções, por exemplo. Um teste pode
ser feito por semana para cada item ou lote (A venda contínua
de itens do mesmo tipo é um emprego, às vezes autônomo,
com um teste mensal bem-sucedido). Se um aventureiro ou
grupo de aventureiros procurarem compradores para vários
itens ou lotes ao mesmo tempo, o teste de procura recebe -1
cumulativo por item após o primeiro; essa penalidade não
existe se eles se dividirem, pegando um item para cada teste. O
MJ pode permitir que uma perícia adequada substitua o IQ:
• Comércio para vender qualquer coisa.
• Propaganda para projetar uma campanha publicitária.
• Manha para bens roubados, contrabandeados ou do mer-
cado negro.
Os modificadores especiais são os seguintes:
Publicidade: +1 para um orçamento de 0,5% do custo do
item, +2 para 5%, +3 para 50%, ou +4 para 500%. Estes inclu-
em não apenas a publicidade direta, mas também anúncios de
descontos, propinas (Suborno, pág. 58), e perdas em outros
itens para atrair clientes.
Má Qualidade: -1 para usado ou produtos malfeitos, como
uma arma de baixa qualidade.
Estilo: +1 para o FC +1, +2 para o FC +4 ou +3 para o FC +9.
Custo Total (para um único item ou um lote): baseado no
típico salário mensal (MB, pág. 517) para o NT específico:
Porcentagem do Salário Mensal Modificador
Até 1% (remuneração a cada 1-2 horas) +1
Até 5% (remuneração diária) 0
Até 25% (remuneração semanal) -1
Até 100% (remuneração mensal) -2
Até 600% (remuneração semestral) -3
Até 2.400% (remuneração bienal) -4
Até 12.000% (remuneração por década) -5
INFORMANTES
Informantes são pessoas que podem responder a pergun-
tas; com o tempo, eles podem ser transformados em Contatos.
Um teste pode ser tentado por dia, por um grupo ou por um
membro individual que se separou para realizar uma procura
individual. O modificador especial depende da dificuldade da
questão sendo feita; use um dos seguintes:
Conhecimento de "Senso Comum": +5 para algo que qualquer
pessoa da cultura e área local possa responder com um sim-
ples teste de IQ. (Na sua própria área "natal", os aventureiros
podem usar sua própria IQ para responder tais questões, sem
um informante).
Conhecimento Incomum: Sem modificadores para questões
que exijam fontes de informação e acesso a elas; ex.: a própria
memória e a Perícia Abrangente (Conhecimento Bárdico),
uma biblioteca pessoal ou uma Pesquisa na Internet.
27
 Conhecimento Restrito: -5 para questões sobre conhecimen-
tos secretos; ex.: qualquer forma de Conhecimento Oculto,
qualquer coisa que exija Hierarquia ou uma Permissão de Se-
gurança para acessar.
COMPANHIA
Algumas pessoas buscam por um relacionamento mais pes-
soal: um companheiro temporário para um dia ou noite de
prazer. Geralmente isso é representado por um pesquisador
procurando um companheiro, mas o MJ pode permitir que a
procura seja feita por grupos pequenos se parecer sensato. É
possível uma procura por dia (ou noite). O MJ pode permitir
que uma perícia adequada substitua o IQ:
• Boemia baseada em IQ para encontrar companheiros
para uma noite de bebedeira e folia.
• Sex Appeal baseado em IQ para encontrar um pretenden-
te romântico de curto prazo.
• Jogos de Entretenimento, Trato Social ou Esportes base-
ado em IQ para encontrar alguém com quem jogar.
• Trato Social (Alta Sociedade ou Máfia) ou Manha para
encontrar oponentes para os jogos de azar.
Os modificadores especiais são os seguintes:
Aparência: Para procuras românticas, use o modificador de
reação para aqueles que se sentem atraídos pelo seu sexo (MB,
pág. 21). Para procuras gerais, use o bônus para aqueles que
não se sentem atraídos.
Atravessadores e
Intermediários
Nem todo mundo é bom em encontrar pessoas, conhece o cami-
nho ou tem tempo para procurar. Toda sociedade maior que uma
tribo de caçadores e coletores tem pessoas que ajudam outras pes-
soas a fazerem conexões: grandes homens, comerciantes,
corretores, lobistas, agentes, fofoqueiros, caçadores de recompen-
sas, e inúmeros outros. Alguns intermediários tratam o acordo
como um favor a ser retribuído; alguns esperam pagamento (use
as regras para subornos no MB, pág. 562); alguns cobram uma
"taxa de localizador", geralmente 10%. Os intermediários que reali-
zam procuras secretas esperam o dobro da compensação usual.
Lidar com um intermediário substitui o teste de procura.
Um intermediário pode ser um contato com uma perícia ade-
quada para fazer as procuras em um ambiente específico. Aqueles
que não possuem tal Contato podem procurar um intermediário
como um informante (págs. 27-28) que testa contra uma perícia es-
pecífica. Se assim o for, use o modificador abaixo para o teste de
procura.
Modificadores: +5 para um informante público (quer ser
encontrado, pode anunciar). Nenhum modificador para um
informante privado (não pretende ser encontrado). -5 para um
informante secreto (disposto a procurar coisas que exijam
Conhecimento Oculto ou Permissão de Segurança, ou que digam
respeito a ilegalidades).
28 CARA A CARA
Por Dentro da Moda: +1 para procuras românticas, nenhum
modificador para outras.
Estilo (pág. 22): Roupas excepcionalmente bem-feitas po-
dem elevar seu Status aparente (veja Identidades Falsas, págs.
44-46) ou adicionar bônus de reação para seu teste de procura
- mas não ambos!
Carisma e Voz Melodiosa não garantem bônus; a procura é
uma precondição para a interação social propriamente dita, na
qual essas vantagens podem ser aplicadas.
Um teste de lealdade (Lealdade Pessoal, págs. 46-47) as vezes
é apropriado para um companheiro recém encontrado. Tanto
na companhia geral ou na romântica, ela pode ser usada para
descobrir se um PdJ adquiriu um amigo ou um amante dura-
douro - ou alguém que o roubará ou o denunciará para a
polícia. Nos jogos de azar, uma lealdade baixa leva a recibos
não pagos ou até mesmo trapaças.
Perceba que prostitutas não são consideradas "companhias
românticas"; as procuras pelo tema deveriam ser feitas como
para qualquer outro serviço (pág. 55).
ATIVIDADES CLANDESTINAS
Qualquer procura geral pode-se concentrar em pessoas fora
da lei e a transações que devem ser ocultadas. Os funcionários
(págs. 26-27) e os empregos (pág. 27) podem ser para ativida-
des ilegais, os compradores (pág. 27) podem ser receptadores
de bens roubados, os informantes (págs. 27-28) podem ser de-
latadores de rumores do submundo e a companhia (acima)
pode incluir oponentes de esportes proibidos (como boxe com
as mãos nuas, rachas, briga de cães, em várias épocas).
Manha pode substituir o IQ em tais procuras de "baixo
nível".
Modificadores: Todos os modificadores padrões daque-
le tipo de procura. Com um -5 adicional, a menos que
esteja usando Manha para o teste de procura.
As classes superiores geralmente possuem suas pró-
prias ilegalidades secretas. Por um lado, eles podem se
entregar a vícios caros, mas ilegais ou socialmente deson-
rosos; por outro, podem negociar influência política ou
empreendimentos comerciais disfarçados. Trato Social
(Alta Sociedade) pode substituir o IQ nestas procuras.
Modificadores: Todos os modificadores padrões daque-
le tipo de procura. Se o Status do pesquisador for inferior
à média de Status do meio social onde a procura é condu-
zida, uma penalidade igual a diferença é utilizada.
Também adicione -5 extra, a menos que use Trato Social
(Alta Sociedade) para o teste de procura.
INDIVÍDUOS CONHECIDOS
Algumas vezes o objetivo de uma procura não é uma
pessoa de um determinado tipo, mas sim, uma pessoa
específica, conhecida pelo nome e/ou Reputação. Se elas
possuírem casas ou empresas com endereços publica-
mente conhecidos, ou com endereços listados em listas
telefônicas, para encontrá-las é necessária um teste de
Conhecimento do Terreno, direções dadas por um infor-
mante (esta é uma questão de "senso comum"; veja pág. 27) ou
um mapa do local.
Outros mantêm estas coisas quietas ou se mudam bastante.
É possível uma procura por dia; as procuras repetidas no mes-
mo dia automaticamente fracassam.
Quanto maior a cidade, mais facilmente as pessoas podem
se perder na multidão. Por causa disso, os modificadores de
população da pág. 26 são invertidos para este tipo de teste de
procura. Outros modificadores que também se aplicam:
Autoridade: +(NC-3) se os pesquisadores são autoridades le-
gais, ou possuem acesso a dados oficiais. Entretanto, se o alvo
da procura tiver as conexões corretas, use a Corrupção da co-
munidade local (Definido no GURPS Cidades) para modificar
o NC efetivo.
Características do Alvo: Um modificador igual ao seu Status.
Um bônus igual ao tamanho da sua Reputação (sendo positiva
ou negativa). +1 para Características Distintas. +1/nível de Fei-
ções Estranhas. +3 para Corcunda.

PERCEPÇÃO SOCIAL
Ao procurar numa comunidade, ou apenas passando atra- Várias perícias podem substituir Per ou IQ:
vés de uma, os aventureiros precisam verificar o novo meio
social que estão entrando e as pessoas que eles encontram. Um • Antropologia ou Sociologia para reconhecer marcas obs-
monitoramento contínuo do ambiente social também é pru- curas de uma sociedade da qual você seja familiar.
dente. • Heráldica (pág. 96) para identificar brasões ou marcas de
Muitos destes testes são testes de Per padrão para sentir o Status similares, formalmente codificadas.
ambiente social visível e audível. Os outros testes são de várias • Observação para avaliar as pessoas sem se entregar.
perícias baseadas em Per, embora a atenção a características • Trato Social (Alta Sociedade ou Servo) ou Manha em
sociais e psicológicas que carecem de sinais externos e visíveis companhia adequada.
é geralmente baseada em IQ. Alguns testes de percepção social Connoisseur (Moda) (pág. 95) pode ser usada como uma
podem ser baseados em IQ ou Per, dependendo das circunstân- perícia complementar (pág. 25) ao fazer um teste contra Per,
cias. Como com todos os testes de percepção, o MJ faz estes IQ ou Observação.
testes.
Hierarquia
HISTÓRICO Hierarquia, como Status, pode ser marcada por uniformes,
A coisa mais fácil de se aprender sobre uma pessoa é, geral- insígnias, togas e coisas do tipo, ou depende de verificação. Se
mente, o seu local na sociedade. Isto geralmente surge antes de for óbvia, alguém na organização pode reconhecê-la sem um
se aprender seus motivos, sua personalidade ou seus objetivos teste. Se a Hierarquia substitui o Status diretamente, qualquer
imediatos. membro adulto da sociedade pode fazê-lo. Pessoas de fora que
lidam regularmente com a organização podem reconhecer
Status esta insígnia com um teste de IQ ou de Heráldica (pág. 96) com
uma especialidade adequada. Para o tipo apropriado de Hie-
Na maioria das sociedades, a característica primária que rarquia, substitua por Trato Social (Exército ou Polícia) ou por
define o posto de alguém é o Status (MB, pág. 28). Em uma Ritual Religioso, o que for melhor.
ambientação onde o vestuário, a postura e a
fala informam o Status (Status Visível e
Custo de Vida, pág. 22), um teste de Per bem-
sucedido permite reconhecer um Status alto
Hierarquia e Status Estrangeiro
ou baixo. O Status também pode ser deter- Se uma pessoa da sociedade de referência (págs. 12-13) encontrar alguém de
minado indiretamente a partir de diferenças outra sociedade, ambos podem não estar familiarizados com os indicadores de
sutis no vestuário ou no maneirismo, isto re- Status e Hierarquia um do outro; por exemplo, um policial britânico lidando
quer um teste bem-sucedido de IQ. Em uma com um italiano. Nesses casos, use as regras para identificar Status (pág. 29) e
ambientação com testes específicos de Sta- Hierarquia (págs. 29-30), adicionando penalidades por não ser familiarizado
tus, como sinetes, carteiras de identidade ou (MB, pág. 169) conforme apropriado. Também aplique penalidades por culturas
exames de retina, as perícias usadas nestes desconhecidas (MB, pág. 23) quando a hierarquia não é apenas estrangeira, mas
testes (e assim verificar o Status) substituem sim de uma tradição cultural totalmente diferente. Seja flexível sobre isso; um
os testes de Per ou IQ. americano no Japão teria problemas para ler Status de roupas tradicionais, mas
Se você fracassar no teste, o observador não de ternos de negócios! Um teste contra Antropologia pode cancelar as pena-
não pode deduzir o nível de Status do alvo - lidades de familiaridade cultural; é trabalho de um antropólogo descobrir
embora uma diferença visível de três níveis culturas desconhecidas.
ou mais entre o observador e o alvo, ainda Em NT0-7, verificar credenciais desconhecidas requer alfabetização no idio-
será notada como "mais alto" ou "mais bai- ma do portador e, muitas vezes, um teste de Pesquisa para verificar o formato
xo". Um fracasso crítico produz um erro de correto. Em NT8-12, a Operação de Aparelhos Eletrônicos † (Segurança) ou
julgamento substancial. Operação de Computadores pode substitui-lo.

CARA A CARA 29
 Quando sem marcas óbvias, a Hierarquia é fornecida por
credenciais, identificação pessoal, ou ao ser apresentado por
um superior. Algumas organizações emitem marcas ocultáveis
de Hierarquia, como o distintivo de um policial à paisana. Um
membro da organização pode verificar a Hierarquia com um
teste de Administração (ou, para crimes organizados, Trato So-
cial (Máfia)).
Reconhecimento Social e Estigma
Social
Por definição, Reconhecimento Social e Estigma Social são
conhecidos por todos na referida sociedade. Isto pode ser o re-
sultado por ser publicamente proclamado por um governante
ou por uma figura da mídia, facilmente descoberto por quem
averígue (ex.: em sociedade com banco de dados facilmente
acessáveis - veja Realidade Aumentada, pág. 39), ou por ser evi-
dente através da aparência, vestuário, maneirismo ou fala.
APROXIMABILIDADE
Em vez de procurar (págs. 26-29) em uma cidade por al-
guém com as qualidades certas, é possível procurar pelo
melhor candidato disponível. Uma das principais habilidades
dos engenheiros sociais eficientes é escolher a pessoa certa
para se interagir. O vigarista sabe como avaliar um alvo, o ven-
dedor pode identificar um cliente que esteja pronto para
comprar, a garçonete sabe quais mesas deixarão boas gorjetas
e lhes dará atenção extra. A essência do processo é julgar o es-
tado emocional interno de alguém, não a aparência externa.
Isto só funciona em um ambiente rico em alvos. Se só exis-
tir uma pessoa presente, ou um pequeno grupo que terá a
mesma reação - ou se apenas uma pessoa ou grupo puder fazer
algo útil - você não pode escolher aquele que provavelmente re-
agirá bem, pois a escolha lhe foi imposta. Uma pessoa com
boas perícias sociais pode superar a coesão natural de um pe-
queno grupo via Separando (pág. 97).
O tempo base para examinar uma multidão é de 10 minu-
tos, levar mais ou menos tempo lhe dá bônus ou penalidades
(veja o MB, pág. 346). Tentar escolher um alvo
instantaneamente, com -10, é possível mesmo em um jogo não
cinematográfico.
Para julgar a aproximabilidade, faça um teste de Per contra
uma perícia relevante. Esta não tem de ser uma perícia de In-
fluência, outras possibilidades incluem Boemia para encontrar
alguém que esteja com vontade de festejar, Comércio para
identificar um possível comprador, Mendicância para encon-
trar um alvo para mendigar e Atuação para focar em um
membro receptivo de uma audiência. O MJ deve estar aberto
a sugestões. Empatia permite um teste de IQ para este propósi-
to no lugar de qualquer perícia.
Qualquer sucesso lhe dá uma ligeira vantagem: +1 para um
teste de reação subsequente (Testes de Reação e Modificadores,
págs. 31-35) ou o uso de uma perícia de Influência. Um sucesso
crítico lhe dá +3! Um fracasso normal indica que nenhum se
destaca como um bom alvo. Um fracasso crítico o faz escolher
exatamente a pessoa errada - dando-lhe -3 nos testes subse-
quentes.
A maioria das pessoas julgam a aproximabilidade ao obser-
var silenciosamente uma multidão. Mas um artista pode usar
30 CARA A CARA
empatia para manter uma multidão distraída enquanto ele
avalia. Faça um teste contra Atuação ou Oratória com -2, pois
sua atenção está dividida. Um fracasso no teste deixa a audiên-
cia ligeiramente entediada, dando-lhe -1 no próximo teste de
reação ou de perícia, um sucesso evita este problema. Outras
perícias podem ser usadas, por exemplo: Lábia para dar um
golpe, Comércio em uma apresentação de vendas, Mendicân-
cia para mendigar ou Sex Appeal para apresentar seus
encantos pessoais. Em todos os casos, o teste para julgar a
aproximabilidade também recebe -2.
É possível observar a multidão secretamente enquanto fin-
ge interesse em outra coisa. Esconder tal inspeção requer um
teste de Dissimulação. Pode se usar Trato Social ou Manha
como substitutos, em certos tipos de multidões.
MOTIVOS
Linguagem Corporal pode ser usada para julgar um estado
emocional de uma pessoa; Um observador com Empatia pode
fazer o mesmo com um teste de IQ. Normalmente, este é o es-
tado de espírito geral, mas após a "leitura" inicial, pode ser
usado para monitorar uma pessoa ou um pequeno grupo, ob-
servando as reações emocionais a novos estímulos. Um
observador que interage ativamente com outra pessoa pode
julgar qual reação ela produziu, mesmo que a outra pessoa
não a esteja exibindo de forma evidente.
Este tipo de monitoramento contínuo pode melhorar o uso
das perícias de Influência. Linguagem Corporal (ou IQ, para
um observador com Empatia) pode ser usada como uma perí-
cia complementar para qualquer teste de Influência feita pela
mesma pessoa (Influência, págs. 35-38).
Uma avaliação de longo prazo dos motivos e personalidade
requer um teste de Psicologia (Aplicada). Empatia dá um bô-
nus de +3 automático para esta avaliação; Sensível dá +1.
Tanto Linguagem Corporal quanto Detecção de Mentiras po-
dem ser perícias complementares para Psicologia (Aplicada).
Depois de avaliar uma pessoa, o psicólogo tem +1 para Lingua-
gem Corporal para esta pessoa específica. Empatia, que é uma
capacidade inata de ler as pessoas, não recebe este bônus.
A "leitura" básica de uma pessoa leva um minuto com Lin-
guagem Corporal ou é instantânea com Empatia. A avaliação
psicológica completa é possível após uma hora. Os testes de
Linguagem Corporal e Psicologia (Aplicada) são afetados pelo
tempo gasto (MB, pág. 346).
Em uma campanha cinematográfica, a perícia curinga Psi-
cólogo! (pág. 96) pode fornecer qualquer tipo de leitura.
RELACIONAMENTOS
Em uma situação social, também é importante saber quais
pessoas estão trabalhando juntas. Caso elas estejam agindo
como um casal ou um grupo, isso estará óbvio! Mas um obser-
vador treinado também pode ver os relacionamentos sutis.
Depois de uma hora assistindo a um grupo social maior,
faça um teste, baseado em Per, de Antropologia, Criminologia,
Psicologia (Aplicada ou Experimental) ou Sociologia - ou de
perícias práticas como Liderança ou Política, em situações
adequadas. Uma observação mais longa concede um bônus
(MB, pág. 346). A análise retrospectiva de relatórios (consegui-
dos através de Observação) ou vídeo (obtido através do uso de
Operação de Aparelhos Eletrônicos (Mídia) ou Câmera de Ví-
deo, MB, pág. 233) pode identificar relacionamentos com um
teste de Análise da Informação ou Sociometria (pág. 97).
Um sucesso nesse teste apontará quem é o Patrono, Aliado,
Contato, Dependente ou Inimigo de quem; Quem tem um De-
ver com quem; e quaisquer sentimentos entre os membros do
grupo que se qualificariam como uma desvantagem, como In-
TESTES DE REAÇÃO E MODIFICADORES
Uma interação social ativa, geralmente começa com um
teste de reação. Testes de reação possuem efeitos diferentes em
situações diferentes; veja o Apêndice A por exemplo.
Em muitas cenas, um teste de reação ocorre quando o
observador (normalmente um PdJ) toma conhecimento da
reação. De modo geral, isto acontece quando o personagem
que reage expressa uma reação abertamente, mas um observa-
dor pode usar Linguagem Corporal, Empatia ou Sensível para
notar reações não explícita (veja Motivos, pág. 30). Após um
teste bem-sucedido de uma dessas perícias, faça um teste de
reação assim que a reação ocorrer.
O MJ também pode fazer um teste de reação para quem for
susceptível a fazer algo que afete o observador, mesmo que o
observador não tenha como perceber a reação - por exemplo,
para um guarda escondido.
Os testes de reação geralmente não são necessários após
um teste de procura bem-sucedido (pág. 26). Trate o resultado
como uma reação Neutra ou Boa.
REAÇÕES GERAIS
Faça um teste de reação e consulte os Resultados de Reação
Geral (pág. 88) ao iniciar uma conversa ou um encontro casu-
almente amigável, sem nenhum propósito específico. Esta é a
reação que um observador primeiro capta com Linguagem
Corporal ou Empatia (veja Motivos, pág. 30). Um teste de rea-
ção geral pode ser usado sempre que nenhum outro teste
específico se aplica.
As seguintes circunstâncias modificam as reações gerais.
Elas também afetam os testes de reação com propósito espe-
cífico, embora o MJ possa anular isso caso haja alguma razão
para que uma característica não se aplique.
Interpretação apropriada: Jogadores que cheguem com bom
diálogo ou uma abordagem bem-pensada recebem +1 ou mais
às reações. Uma abordagem seriamente imprópria dá ao grupo
inteiro -1 ou -2. Diálogos bons ou ruins podem até mesmo de-
terminar a reação de um PdM sem um teste (Jogue Fora Este
Livro!, pág. 87).
Preconceitos: Membros de grupos sociais identificáveis po-
dem enfrentar penalidades da Intolerância de outras pessoas,
ou bônus da Xenofilia de outras pessoas. Ter um Estigma Soci-
al ou Reconhecimento Social recebe tais reações de quase
todos. Pessoas que tenham Amigável ou Gregário quase sem-
pre reagem bem a outras pessoas, enquanto as Solitárias
reagem mal.
CARA A CARA
tolerância ou Senso do Dever. Se há vários relacionamentos
em cena, cada dois pontos na margem de sucesso revela um re-
lacionamento adicional, começando com o mais forte; um
sucesso crítico revela todos eles. Um fracasso não revela nada;
um fracasso crítico interpreta erroneamente o relacionamento
mais forte, ou cria a ilusão de um relacionamento onde não
existe.
Aparência pessoal e Comportamento: Aparência acima da
média, Carisma, Lamentável e Voz Melodiosa dão bônus (Cau-
sando uma Impressão. págs. 21-24). Aparência abaixo da
média, Mau Cheiro, Voz Irritante, Gagueira e muitas desvanta-
gens que afetam o comportamento dão penalidades.
Reputação: Uma Reputação pode afetar qualquer teste de re-
ação para o qual ela seja relevante.
Perícias: Diplomacia ou Lábia com nível 20+ conferem um
bônus automático de +2. Estes não se acumulam; o bônus
máximo é +2. Além disso, existem várias perícias para as quais
um teste bem-sucedido concede +2 às reações em condições
específicas:
• Administração ao lidar com burocratas.
• Boemia quando em festas ou reuniões sociais.
• Finanças ao lidar com credores ou investidores.
• Política ao lidar com funcionários públicos eleitos ou
seus funcionários.
• Ritual Religioso ao lidar com os fiéis - ou com seres so-
brenaturais que acreditam em sua fé!
Posição Social Visível: Pessoas com Status elevado geral-
mente recebem bônus por qualquer diferença de Status. Status
negativo impõe frequentemente uma penalidade, e Status
mais baixo também podem fazê-lo (MB, pág. 29). Dentro de
uma organização, Hierarquia tem o mesmo efeito que Status.
Camaleão Social (MB, pág. 86) evita uma penalidade por Sta-
tus ou Hierarquia baixa, ou concede +1 para reações de
pessoas com Status ou Hierarquia elevada, quando nenhuma
penalidade se aplica. Por Dentro da Moda tem efeitos similares
para o Status Visível (Estilo, pág. 22).
TRANSAÇÕES COMERCIAIS
Transações comerciais incluem compra e venda de bens,
serviços de contratação e outras permutas de ganho econômi-
co. Muitas transações têm preços bem estabelecidos que
ambos os lados conhecem, ou que são mostrados em etiquetas
de preço ou listados em catálogos. Esses preços não são afeta-
dos pelos testes de reação; faça-o apenas se houver uma
chance de que o comerciante não queira fazer negócios com os
PdJs (uma reação Desastrosa). Só faça testes de reação quando
o preço estiver sujeito a negociação.
Os testes de reação são baseados no "preço justo" de um
produto ou serviço. Para transações com consumidores ou
usuários individuais, este é o preço listado no MB, págs. 264 a
289 ou em suplementos como GURPS Low-Tech, GURPS
31
High-Tech ou GURPS Ultra-Tech. Mas um comerciante é um
intermediário, comprando coisas não para usá-las, mas para
revendê-las; se ele paga o preço total, ele não terá lucro! Como
regra geral, um comerciante pagará a metade do preço listado
para adquirir bens caros, incomuns, ou únicos para a revenda,
ou 80% dele para os bens baratos, prováveis de vender rapida-
mente. Em ambos os casos, o "preço justo" é este preço com
desconto.
A maneira simples de interpretar uma transação comercial
usa um único teste para cada venda ou compra. Use as seguin-
tes regras para uma venda pelo comerciante. (As regras são
semelhantes quando os PdJs estão vendendo para o comerci-
ante, mas o comerciante está comprando, não vendendo).
Os PdJs podem perguntar o preço do vendedor, ou oferecer
um preço.
Se eles perguntarem, faça um teste de reação do vendedor
e consulte os Resultados para Transações Comerciais (pág. 89)
para obter o múltiplo ou a porcenta-
gem do preço justo que ele pede. Os
PdJs podem aceitar o preço, recusar
e sair, ou fazer uma contraproposta.
Se eles fizerem uma contrapropos-
ta, consulte os Resultados para
Transações Comerciais para desco-
brir se é aceitável para o vendedor,
baseado no mesmo teste de reação.
Se os PdJs oferecerem um preço,
faça um teste de reação do vende-
dor, e consulte os Resultados para
Transações Comerciais para ver se ele
está disposto a aceitar a oferta. Nes-
te caso, a oferta dos PdJs afeta a
reação do vendedor: +1 para cada
10% acima do preço justo, ou -1
para cada 10% abaixo do preço jus-
to.
Se o vendedor recusar uma ofer-
ta ou contraoferta dos PdJs, a
transação não ocorre.
Todos os testes de reação para
transações comerciais recebem +1
se o PdJ falando pelo grupo tiver a
perícia Comércio, ou +2 se ele a ti-
ver com nível 20+.
Exemplo: Com o dinheiro acabando, Friedrich, o soldado
mercenário, vai a um comerciante de armas com um par de
pistolas com Fecho de Roda que ele tirou de um oficial de
cavalaria sueco na última campanha: qualidade muito fina
(Prec 3, Mauf 15, +4 FC) e elaboradamente decorada com
prata incrustada, pequenas gemas e esmalte (um adicional de
+10 FC). O preço de venda justo é $6.000 para as duas; por
serem únicas, itens com preço alto, em perfeitas condições, o
preço de compra justo do comerciante é $3.000 para o par.
Friedrich tem Comércio 11 de pechinchas anteriores sobre
pilhagens e ele faz um trabalho competente de apontar as
marcas do fabricante e outros pontos de venda, concedendo-
lhe +1. Infelizmente, a reação é um 6, modificado para 7
(Fraca)! O comerciante oferece apenas 75% do preço de
compra justo, ou $2.250 no total - mas estaria disposto a pagar
32 CARA A CARA
até 100%, ou $3.000 no total. Friedrich sabe que poderia obter
mais, mas não quer correr o risco de não fazer a venda; como
um compromisso, ele sugere $2.500, com o qual o comerciante
concorda.
Pechinchando
Em algumas culturas, os povos geralmente tratam quase
cada venda ou compra como uma ocasião para pechinchar;
isso muitas vezes inclui compradores ou vendedores encontra-
dos através de um teste de procura (pág. 27). Comerciantes
que lidam com outros comerciantes são susceptíveis a pechin-
char em qualquer cultura. Para estas situações, ou para
aventureiros que simplesmente gostam de negociar, use um
procedimento mais elaborado.
A negociação começa com os preços iniciais propostos pelo
comprador e pelo vendedor. Se o comerciante falou primeiro,
os PdJs já terão feito uma contra-
proposta; se os PdJs falarem
primeiro, use o teste de reação inici-
al do comerciante para determinar
a contraproposta do comerciante. A
partir deste ponto, pechinchar fun-
cionará da seguinte forma:
1. Se os PdJs fizeram a proposta
original, eles têm o primeiro movi-
mento; vá diretamente para o passo
2. Se os PdJs fizeram a contrapro-
posta, o comerciante fará o
primeiro movimento, baixando o
preço pedido ou aumentando sua
oferta por 10% da diferença entre os
dois preços iniciais, ou por 20% de
seu preço inicial, o que for menos
drástico.
2. Os PdJs podem responder au-
mentando o que pagarão, ou
abaixando por quanto venderão,
por qualquer quantia que escolhe-
rem.
3. Faça uma Disputa Rápida da
perícia Comércio (ou o seu pré-defi-
nido IQ-5) entre os PdJs e o
comerciante, sujeita aos modifica-
dores abaixo. Se o comerciante ganhar por 10 ou mais, ele não
mudará mais o seu preço. Se os PdJs ganharem por 10 ou
mais, o comerciante concorda com o preço proposto, a menos
que esteja fora de seus limites; se assim o for, ele irá direto para
o seu melhor preço pedido ou oferta. De qualquer forma, a pe-
chincha termina. Caso contrário, continue para o passo 4.
4. O comerciante vai baixar o seu preço ou aumentar a sua
oferta em resposta. Se a Disputa Rápida foi um empate, a
quantidade do seu ajuste será idêntica ao dos PdJs. Se os PdJs
ganharam, aumente o ajuste em 10% vezes a margem de vitó-
ria. Se o comerciante ganhou, reduza-o em 10% vezes a
margem. O comerciante nunca passará da sua melhor oferta
inicialmente determinada, ou abaixo do seu melhor preço ini-
cialmente determinado; Nesse ponto sua posição é: "é pegar ou
largar."
 5. Repita os passos 2 a 4. Quando o comerciante aceitar a
última proposta dos PdJs, ou os PdJs aceitarem a última pro-
posta do comerciante, uma venda será feita. Se os PdJs
rejeitarem a oferta final do comerciante, a pechincha termina
sem uma venda.
Modificadores: -1 a -4 para Gastar Compulsivamente (MB,
pág. 127). Uso de Perícias complementares (pág. 25) para
perceber o estado emocional da outra parte (Motivos, pág. 30).
Além deste anterior, que modifica cada teste da pechincha,
ambos os lados podem usar outras perícias complementares;
por exemplo, Diplomacia para conceber uma oferta de forma
atraente, ou Connoisseur ou Perícias de Passatempo para
apontar a conveniência da mercadoria. Alternativamente, as
regras mais arriscadas de Manipulação (págs. 43-44) podem
ser usadas. De qualquer forma, cada perícia complementar só
modifica uma única Disputa Rápida; um bônus nas próximas
pechinchas exigirá uma nova abordagem.
Uma forma diferente de pechinchar ocorre entre dois co-
merciantes com uma relação estabelecida, negociando uma
mercadoria familiar. Em uma cultura onde a pechincha é ge-
neralizada, use-a para quaisquer duas pessoas que negociam
por qualquer mercadoria cujo preço justo ambos conheçam.
Faça uma Disputa Rápida da perícia Comércio (MB, pág. 209),
aplicando os modificadores acima. O vencedor adiciona ou
subtrai 10% do preço justo, dependendo se estava tentando
vender ou comprar.
Bens de Valor Desconhecido
E se um item não tiver um "preço justo", porque não há um
mercado estabelecido para ele (por exemplo, a primeira vez
que o café foi importado para a Itália)? Nesse caso, use o preço
que é solicitado ou oferecido como ponto de partida, mas com
duas modificações:
• Porque o comerciante não tem boas informações sobre o
mercado em perspectiva, ele vai ser extraordinariamente cau-
teloso: -3 nos testes de reação, ou +2 na Vontade para resistir
aos testes de Influência (págs. 35-38).
• Se na opinião do MJ o preço proposto não for razoável, o
comerciante pode sempre recusar-se categoricamente a com-
prar ou vender.
PEDIDOS DE AJUDA
Um pedido de ajuda é uma transação não comercial: o PdM
está sendo solicitado a fazer algo benéfico e não receber nada
em troca. Isso pode incluir casos incertos nos quais o benefi-
ciário diz: "te devo uma" ou o doador diz: "Ajude ao próximo."
Ele não inclui promessas de fazer uma coisa específica em um
momento específico, ou promessas abertas, mas executáveis.
Veja os Resultados para Pedidos de Ajuda (pág. 90) para deta-
lhes.
Vários modificadores especializados se aplicam:
Complexidade: +1 para um pedido simples; -1 a -3 para um
complexo.
Custo: -1 se o pedido incomodaria o PdM ou lhe custaria
dinheiro; -2 se isso colocasse seu trabalho ou sua posição
social em risco.
CARA A CARA
Perigo físico: -3 para a maioria das pessoas comuns; -1 para
aventureiros que enfrentam o perigo regularmente.
Dos egoístas aos filantrópicos, somos
bombardeados com pedidos para fazer,
doar, atender, ser voluntário, comer,
beber e comprar.
– Judith Martin, Miss
Manners’ Guide to
Excruciatingly Correct
Behavior, Freshly Updated
PEDIDOS DE INFORMAÇÃO
Responder a perguntas é realmente uma forma especializa-
da de ajuda, mas geralmente envolve menos compromisso e
menos risco, de modo que a tomada de decisão é ligeiramente
diferente. Se as informações exigirem uma permissão de segu-
rança, forem proprietárias ou forem rastreáveis a uma fonte
única, trate a situação como um pedido de ajuda. Veja os
Resultados para Pedido de Informação (pág. 90) para detalhes.
Vários modificadores especializados se aplicam:
Complexidade: -1 para uma questão complexa, ou -2 para
uma muito complexa.
Perigo: -3 se responder colocaria em perigo o PdM.
Intrometido: -3 se o PdM pensa que não interessa ao
questionador.
Inclinação Profissional: +2 a +4 se a profissão ou o
passatempo do PdM envolve dar informações (por exemplo,
historiador, bibliotecário, escriba ou professor). -2 a -4 se
envolve a manutenção de segredos (por exemplo, informações
comerciais confidenciais, segredos oficiais ou comunicações
privilegiadas), mesmo que o pedido não seja para obter
informações secretas.
Suborno: Veja pág. 58 para regras detalhadas.
DANDO INFORMAÇÕES
Dar informações é o outro lado de pedir por isso. Os testes
de reação determinam se o destinatário pretendido ouvirá a
história ou lerá a mensagem, e se ele acredita nela ou a descar-
ta como um erro, uma fantasia ou uma mentira. O Módulo
Básico trata isso como uma forma de pedido de ajuda (MB,
pág. 562); mas nem todos os PdJs com histórias para contar es-
tão à procura de ajuda - reações totalmente diferentes podem
ocorrer, e diferentes modificadores muitas vezes se aplicam.
Use os Resultados para Resposta à Informação (pág. 90) se o do-
ador não está pedindo ajuda.
Se os PdJs estão mentindo - intencionalmente contando
uma história que eles sabem que é falsa - veja Mentiras (pág.
43).
Alguns modificadores especializados se aplicam:
Crenças do Ouvinte: +1 a +3 se a informação apoiar uma
visão de mundo, agenda política ou Fantasia a que o ouvinte
33
adere. -1 a -3 se ela colide com ou enfraquece tal visão de
mundo.
Fantasia: -1 a -3 (veja MB, pág. 130) se a informação dada
reflete uma Fantasia - a menos que o ouvinte tenha a mesma
Fantasia!
Testemunho ou evidência bem apresentada: +2 se o
apresentador fizer um teste bem-sucedido contra Perícia
Forense, Análise da Informação, Fotografia, Oratória, Escrita,
etc.
RECREAÇÃO
Às vezes, um grupo de aventureiros quer passar um tempo
relaxando; isso pode ser um bom cenário de "mudança de rit-
mo" em uma campanha focada em ação. As reações das
pessoas com o qual eles escolhem para se divertir são determi-
nadas da mesma forma como nos testes de reação geral, mas
as consequências são mais específicas e normalmente de curto
prazo, então elas possuem sua própria tabela (Resultados de
Recreação, pág. 91) e os seguintes modificadores especi-
ais:
Boemia: +2 com um teste bem-sucedido.
Gastar dinheiro livremente: Trate isso como
oferecendo um suborno (veja Suborno, pág. 58). Se este
bônus for reivindicado, não permita também um bônus
de Boemia por comprar bebidas!
ROMANCE
A busca do romance pode ser uma recreação ou uma
fonte de relacionamentos duradouros. Confundir os
dois pode levar a situações interessantes! Esta seção dis-
cute sobre os encontros de curto prazo; para
relacionamentos duradouros, veja Gerando Confiança
(págs. 47-48).
É possível perseguir alguém em público, mas fazê-lo
frequentemente corre o risco de um constrangimento
ou estigma social. Pretendentes muitas vezes começam
pedindo discretamente por um encontro particular, na
qual eles defendem o seu caso de forma mais aberta (Es-
curecendo a Cena, ao lado). Por outro lado, em alguns
lugares (ex.: bares de pegação ou templos de cultos
eróticos) ou em alguns momentos (ex.: orgias particula-
res ou festivais públicos), as penalidades sociais são
dispensadas. O anonimato pode ter o mesmo efeito, seja
real (ex.: através de disfarce físico, mágico ou meta-
mórfico) ou convencional (ex.: em um baile de
máscaras).
O MJ sempre pode determinar a reação do alvo com
antecedência, em vez de usar um teste de reação. O alvo
já pode estar interessado na pessoa cortejando-o, nesse
caso ele responderá a qualquer abordagem. . . ou ele
pode não ter interesse e simplesmente não vai respon-
der ao cortejo. Este último é especialmente provável se
o alvo não for atraído pelo sexo (ou espécie) do preten-
dente, tiver um compromisso ético (por exemplo, um
Código de Honra, ou um Voto de celibato ou fidelidade
conjugal), ou for fisicamente incapaz de romance (por
exemplo, Incapaz de Sentir Prazer, Castrado ou Assexu-
34 CARA A CARA
ado). Os testes de reação só devem ser usados para um alvo
que esteja potencialmente interessado, mas indeciso, ou cuja
atitude o MJ não tenha decidido com antecedência. Atitudes
favoráveis ou desfavoráveis menos intensas podem ser trata-
das como bônus ou penalidades para o teste de reação,
tipicamente de +3 a -3 (embora um caso extremo de "teorica-
mente disposto, mas extremamente relutante" possa chegar a
-8).
Uma pessoa que não está romanticamente interessada
pode aceitar os avanços de outra pessoa por razões que não en-
volvem testes de reação: como um dever para com um
cônjuge, como uma forma de ganhar influência sobre outra
pessoa, ou em troca de um favor (Se for para ganhar dinheiro,
veja Transações Comerciais, págs. 31-33). Esta não é uma ques-
tão para testes de reação; um MJ deve decidir se tais motivos
existem.
Aplique os seguintes modificadores e consulte os Resultados
de Sedução (pág. 91):
Escurecendo a Cena
O que acontece quando uma abordagem romântica produz uma
reação favorável? A resposta óbvia é: "Teste contra Arte Erótica". E
esse é certamente um lugar para o qual um cortejo pode levar. Mas
não chega lá imediatamente; e algumas campanhas podem não che-
gar lá.
O primeiro passo usual no cortejo é concordar em ir para algum
lugar mais privado; a menos que seja esse tipo de grupo, as pessoas
não farão testes para a performance sexual com uma plateia! (Ou, se
o fizerem, haverá penalidades nas perícias por distração, de -2 a -5).
Em muitas campanhas, ir a algum lugar privado tira um PdJ da câ-
mera; ele volta quando os eventos privados terminam.
Uma conversa privada não leva necessariamente à intimidade se-
xual. Frequentemente, requer mais testes de reação ou de Influência
para conseguir, até que uma reação Muito Boa seja alcançada (veja
Resultados de Sedução, pág. 91). Isso pode ser dramaticamente inte-
ressante, e uma razão para realizar uma reunião particular – mas é
possível chegar a um "escurecendo a cena" quando o primeiro beijo
começa ou a primeira roupa sai.
Alguns jogadores vão querer saber "como foi?" Isso pode ser res-
pondido com um teste contra DX (ou Arte Erótica+5) para técnicas
sexuais básicas, ou Arte Erótica para técnicas avançadas.
Alguns jogadores podem querer mais detalhes: descrições exatas
de quem está fazendo o que, com vários testes contra DX ou Arte
Erótica, e talvez HT para duração ou repetição. Efeitos precisos no
jogo são deixados a critério do MJ (MB, pág. 181). As consequências
físicas podem ser importantes, especialmente em campanhas orien-
tadas para a ação: estar sem armadura ou despido na hora errada,
perder PF, infecção com uma doença social (Contágio, MB, pág. 443)
ou gravidez para uma personagem feminina (consulte Low-Tech
Companion 1 para detalhes).
A adequação dramática é o grande problema. A explicitude tende
a produzir um humor obsceno (especialmente após falhas críticas!)
ou frio, um horror clínico; para a emoção romântica, o foco suave
funciona melhor. Se a campanha mantém relacionamentos român-
ticos em segundo plano, um rápido "escurecendo a cena" é melhor.
 Consentir é arriscado: -1 se o cortejo pode envergonhar o
alvo, -3 se arriscar um estigma social ou pôr em perigo um
casamento, ou -5 para o perigo físico potencial.
Presentes: Conta como oferecendo um suborno (veja
Suborno, pág. 58), mas deve ser apresentado como um
presente, não como pagamento.
Cortejo menor: +1 se o que o pretendente quer for limitado
(por exemplo, um beijo).
Aparência relativa: Adicione ou subtraia a diferença nos
modificadores de reação para Aparência e Por Dentro da Moda
(se aplicável). Se a pessoa cortejada não se sentir atraída pelo
sexo do pretendente, use o modificador de reação mais baixo
INFLUÊNCIA
Em vez de depender dos testes de reação, os PdJs podem
tentar os testes de Influência (MB, pág. 359). Estes representam
o uso de uma perícia treinada em ganhar a cooperação da pes-
soa, ao invés do benefício de uma boa impressão inicial. Sendo
baseado em perícias, a influência leva tempo e, geralmente, a
capacidade de falar com o PdM.
Normalmente, é um ou outro: você não consegue provocar
uma reação, observá-la e caso a reação não tenha sido boa o
suficiente, decidir fazer um teste de Influência. A exceção é Di-
plomacia; veja Perícias de Influência (págs. 35-36) para os
detalhes.
A mecânica básica para os testes de Influência é uma Dis-
puta Rápida entre uma perícia de Influência contra a Vontade
do alvo. Uma perícia de influência inadequada tem uma pena-
lidade de -1 a -10, a critério do MJ. Ao vencer, se recebe uma
Isso Não é o Que Parece
Um teste de Influência é uma Disputa Rápida e "disputa" sugere
uma competição, luta ou conflito. A pessoa que está sendo influen-
ciada testa contra sua Vontade para resistir, e o MB, pág. 16 define
Vontade como a "capacidade de resistir ao estresse psicológico (la-
vagem cerebral, medo, hipnotismo, interrogatório, sedução,
tortura, etc.)"! Tudo isso soa como se a Influência estivesse sobre-
carregando outra pessoa por meio de táticas de choque repentinas
ou pressão contínua.
Para Intimidação, isso é bem preciso. Mas dá a impressão erra-
da das outras perícias de Influência. Diplomacia (MB, pág. 196),
em particular, é "negociar, compromisso e conviver com os outros",
bem como escolher a melhor forma de abordar alguém; esses mé-
todos podem ser usados sem criar um estresse psicológico!
Em muitas situações sociais, os outros aspectos da Vontade en-
tram em jogo: determinação, valores claramente identificados,
autoconhecimento geral e clareza mental. Persuadir pessoas com
essas qualidades requer a descoberta da apresentação certa ou
pegá-las com o humor certo. Pode não haver nenhuma "luta". A In-
timidação pode ser comparada ao uso de um aríete contra a
Vontade de outra pessoa, mas outras perícias são mais como en-
contrar a chave – ou arrombar a fechadura!
CARA A CARA
para a Aparência do pretendente, mas o modificador mais alto
para a pessoa cortejada (se houver uma diferença). Com um
personagem Andrógino (pág. 93), use o mesmo modificador
em ambos os casos.
Perícias Relevantes: +2 para o uso bem-sucedido de Boemia
ou Sex Appeal (escolha apenas um), se apropriado para a
situação. Se não for apropriado, ou o teste da perícia fracassar,
-2 por fazer a tentativa!
Alvo tem Luxúria: +1 para autocontrole 15, +2 para 12, +3
para 9, +4 para 6. Isso só se aplica se ele for atraído pelo seu
sexo, espécie, etc.
reação Boa do alvo; ao perder, se recebe uma reação Ruim -
com algumas exceções.
No geral, os modificadores do teste de reação também afe-
tam os testes de Influência - mas não necessariamente os
outros testes contra as perícias de Influência. No entanto, se
uma vantagem modificar os testes de reação e uma lista espe-
cificada de perícias, não transfira os modificadores de reação
para os testes de Influência. As perícias de Influência listadas
obtêm o modificador de perícia; as perícias de Influência não
listadas não são modificadas.
Exemplo: A princesa das fadas, Plurabelle, ganha +2 de sua
Voz Melodiosa em reações com qualquer um que a ouve falar;
isso também aumenta seu Sex Appeal de 12 para 14 e seu
Canto de 15 para 17. Mas seu bônus do teste de reação não lhe
dá +2 extras nos testes de Influência baseados em Sex Appeal;
Nem recebe um bônus para a Intimidação.
PERÍCIAS DE INFLUÊNCIA
Há seis perícias padrões de Influência: Diplomacia,
Lábia, Intimidação, Trato Social, Sex Appeal, e Manha. As
diferenças importantes não estão no para que elas são
usadas, mas sim no como elas conquistam.
Por exemplo, é tentador pensar em Sex Appeal como
"a perícia que você usa para seduzir alguém". Mas os ob-
jetivos sexuais podem ser perseguidos com qualquer
perícia de Influência: Diplomacia para propor e negociar
um relacionamento de longo prazo; Lábia para cantadas
e lisonja; Intimidação para coerção e coação; Trato Social
para assumir o privilégio; ou Manha para a fascinação do
"malandro". E Sex Appeal não é tão limitado no escopo;
ele pode ser usado para conseguir um emprego, se livrar
de uma multa de estacionamento, ou impressionar o pú-
blico em uma peça ou concerto!
Veja como cada uma das perícias de Influência é usa-
da:
Diplomacia: A arte de chegar a acordos em geral. A Di-
plomacia pode ser usada no lugar de qualquer teste de
reação fora de combate. Sua ênfase é descobrir ofertas
que abordam as prioridades reais de outra pessoa, levan-
do a acordos que provavelmente durarão - em vez dos
35
temporários baseados em confundi-la ou pressionar seus bo-
tões emocionais. Perder no teste de Influência significa que
você não deu à outra pessoa uma razão para mudar de ideia,
sendo assim ela manterá sua opinião original, em vez de se
ofender por tentativas desajeitadas de persuasão. Use o melhor
entre o teste de reação feito e a reação Ruim do teste de In-
fluência.
Lábia: Persuasão de curto prazo, baseada em confundir as
pessoas ou deixá-las "instáveis". O uso bem-sucedido de Lábia
faz com que as pessoas acreditem em algo que não é verdade,
ou concordem com algo que não é do seu interesse - mas ape-
nas até que tenham tempo para pensar sobre as coisas. Em um
fracasso, o alvo entende imediatamente e fica indignado.
Intimidação: Leva as pessoas a cooperar através de ameaças
ou demonstrando tenacidade e crueldade. Muitas vezes, isso
envolve se erguer ameaçadoramente sobre as pessoas, gritan-
do, ou ficando visivelmente irritado, mas algumas pessoas
conseguem isso através de ameaça silenciosa. Um sucesso
crítico, ou um teste de Vontade criticamente fracassado do
alvo, produz terror total, exigindo uma Verificação de Pânico
(MB, págs. 360-361). Em um fracasso, a tentativa é tratada
com desprezo, como uma ameaça vazia.
Trato Social: O conhecimento de como se dar bem e se en-
caixar em uma subcultura particular, com padrões
especializados de conduta adequada, como a aristocracia. Tra-
to Social pode ser usado no lugar de qualquer teste de reação
voltado a um membro da subcultura apropriada. Inclui saber
como pedir benefícios de uma forma que apele ao costume es-
tabelecido. Trato Social também pode transmitir sua posição
especial para forasteiros, como uma razão para fazerem o que
você pedir. Um teste fracassado de Trato Social pode indicar
uma franqueza ofensiva ou "boas maneiras" exageradas.
Testes de Influência Expandidos
Um teste de reação produz uma ampla gama de resulta-
dos, de Muito Ruim a Muito Boa se não modificado,
enquanto o resultado de um teste de Influência é binário –
normalmente uma reação Ruim ou Boa. Como regra
opcional, um teste de Influência pode gerar uma gama mai-
or de reações, com base na margem de sucesso da Disputa
Rápida. Essas regras são adaptadas do GURPS Mysteries,
que apresentou uma tabela semelhante, embora projetada
especificamente para mistérios hard-boiled e procedimen-
tos policiais, com uma distribuição diferente de resultados
e um elaborado sistema de modificadores. O MJ é livre para
criar outras tabelas personalizadas para gêneros específi-
cos!
Esta regra altera uma das trocas entre modificadores de
reação e perícias de Influência. De acordo com as regras pa-
drões, as perícias de Influência fornecem resultados
previsíveis e moderadamente úteis; testes de reação podem
dar resultados mais dramáticos, mas os resultados são me-
nos consistentes. Com essas regras alternativas, a grande
diferença é que uma pessoa com força de vontade pode re-
sistir melhor às perícias de Influência, mas permanece
suscetível aos modificadores de reação.
36 CARA A CARA
Trato Social (Servo) é uma perícia ocupacional não só para
criados, mas para funcionários de hotel, serventes em bons
restaurantes e ocupações semelhantes. Ela inclui a capacidade
de orientar as pessoas de posições elevadas no comportamento
adequado ou esperado discretamente - como faz Trato Social
(Exército), especialmente para os oficiais sênior não comissio-
nados.
Sex Appeal: Obtém cooperação ao sugerir disponibilidade
sexual ou fazendo as pessoas lhe acharem encantador. As emo-
ções resultantes produzem uma reação Muito Boa em um
sucesso. . . assim, outras perícias de Influência podem come-
çar um cortejo, mas Sex Appeal geralmente é necessária para
alcançar a intimidade de fato. Sex Appeal não requer a entrega
do que parece oferecer, e não se limita a incitar pensamentos
lascivos - provocar sentimentos sexuais também pode ser uma
forma de importunar os outros ou deixá-los nervosos. Fracas-
sos nos testes de Sex Appeal fazem-no parecer ridículo ou
assustador.
Manha: A perícia de se dar bem com os criminosos e se en-
caixar em bairros violentos. Isso Inclui saber como pedir
serviços ilegais sem criar desconfiança. Manha não é o mesmo
que Intimidação; o último faz você parecer perigoso e hostil,
enquanto o primeiro transmite que você está familiarizado
com a área. Um teste fracassado torna muito óbvio que você
não está.
INFLUÊNCIA SEM PALAVRAS
Os testes normais de Influência exigem um tempo razoável
- de pelo menos alguns segundos - e frequentemente conver-
sas. Mas algumas pessoas usam as perícias de Influência sem
conversa, contato ou tempo razoável, especialmente em cam-
panhas cinematográficas. Isso deve ser feito pessoalmente e
Use a tabela a seguir para interpretar o resultado da Dis-
puta Rápida:
Margem de Sucesso Reação
+8 ou mais* Excelente
+5 a +7 Muito Boa
+1 a +4 Boa
0 Neutra
-1 ou -2 Fraca
-3 ou -4 Ruim
-5 a -7 Muito Ruim
-8 ou pior† Desastrosa
* Ou, a critério do MJ, se o teste do influenciador obtiver
um sucesso crítico e o alvo não.
† Ou, a critério do MJ, se o teste do influenciador obtiver
uma falha crítica e o alvo não.
Não use esta tabela se algum outro teste de perícia deter-
minar um fracasso automático no teste de Influência, como
acontece com a reação automática Muito Ruim a uma ten-
tativa fracassada de blefe (consulte Manipulação, págs.
43-44).
limitado a resultados simples (você pode transmitir "Eu gosta-
ria de uma bebida" não verbalmente, mas não "Um martini PERÍCIAS COMPLEMENTARES NA
seco, por favor - batido, não mexido"), mas permite-lhes agir
de forma rápida e silenciosa. Os modificadores de Voz Melodi-
INTERAÇÃO SOCIAL
Em vez de substituir uma perícia de Influência, outra perí-
osa nunca se aplicam.
cia pode complementá-la (pág. 25). Boemia é um exemplo
Influenciar as pessoas desta forma é um Estilo: uma quali-
óbvio; os resultados de Boemia podem modificar os testes de
dade que custa um ponto. Cada perícia de influência tem seu
Sex Appeal para encantar alguém em uma festa, ou testes de
próprio Estilo (veja a pág. 22 para uma lista completa). Ou
Lábia para levar os seus companheiros a fazerem algo bobo ou
mais de um - o MJ é livre para inventar ou permitir Estilos al-
imprudente. Connoisseur pode complementar Trato Social
ternativos. Cada Estilo tem um único efeito estereotipado. Um
(Alta Sociedade), Sacar Rápido pode complementar Intimida-
teste de Influência ainda é necessário.
ção, e Escrita pode complementar Diplomacia, Trato Social
De acordo com o MJ, um aventureiro com o Estilo relevan-
(Alta Sociedade) ou mesmo Sex Appeal.
te pode aprender a maioria dessas perícias com a
As perícias de Influência também podem complementar vá-
especialidade opcional (Não verbal). Isso não funciona para
rias outras perícias - como testes de perícias incontestadas,
Trato Social, que já é fácil!
que não sejam testes de Influência. Um antropólogo pode usar
a Diplomacia para ganhar a confiança dos informantes nati-
SUBSTITUTAS PARA AS PERÍCIAS vos, complementando seu teste de Antropologia para aprender
seus padrões culturais. Um artista pode usar Sex Appeal para
DE INFLUÊNCIA obter uma melhor reação do público quando usando Dança,
Muitas outras perícias podem ser usadas como perícias de Atuação ou Canto. Veja Distrações (págs. 42-43) para alguns
Influência, com a mesma mecânica: uma Disputa Rápida con- outros exemplos.
tra Vontade. Isto é apropriado quando a principal finalidade
para usar a outra perícia é obter uma reação ou uma decisão
favorável, onde a perícia não acompanha apenas uma tentativa NÃO PODE SER INFLUENCIADO
na persuasão, mas ela é a própria persuasão. Os testes de Influência nem sempre funcionam! Máquinas
Aqui estão exemplos de perícias de Influência substitutas: com IQ 0 não podem ser influenciadas. Animais, plantas e es-
píritos só podem ser influenciados por aqueles com as
• Boemia pode produzir diretamente uma reação geral Boa respectiva vantagens de Empatia (MB, págs. 40, 75 e 88). Para
de um grupo de companheiros de bebida ou de festa em vez de contar como um animal, uma espécie deve ter IQ 5 ou menos.
fornecer um bônus a um teste de reação. Isso
não funciona para pedidos diretos de ajuda ou
informações.
• Dança - especialmente nas danças clássi-
Influenciando os PdJs
cas de casais, das valsas escandalosas de 1800 à Um PdJ com boas perícias sociais pode usá-las em outros PdJs? Por um
dança lenta - pode ser usada em atividades ro- lado, parece difícil explicar por que os companheiros de equipe, e apenas os
mânticas. companheiros de equipe, podem resistir à língua afiada de um diplomata ou
• Jogos de Entretenimento nas regras de um às ameaças de um peso pesado. Por outro lado, poucas coisas arruínam uma
esporte pode obter uma decisão favorável de campanha tão rapidamente quanto dizer aos jogadores o que seus persona-
um juiz ou árbitro, com -3 no NH efetivo. gens têm que fazer porque alguém venceu uma jogada de dados.
• Liderança pode garantir a lealdade de um Mas a contradição é menos real do que parece. Influência não é controle
esquadrão militar ou outra equipe pequena de mente! Um PdM alvo de Influência poderia impor um -5 à perícia do PdJ,
(veja Lealdade Pessoal, págs. 46-47) ou levá-los a estar limitado a uma reação Neutra ou até mesmo ter uma reação Muito
cumprir seus deveres atribuídos de forma efici- Ruim predeterminada, não importando como o teste de Influência tenha se
ente. saído, a critério do MJ. Os jogadores têm a mesma discrição para os seus
• Comércio pode fazer uma venda para um próprios personagens: um jogador tem o direito de dizer: "Thongor já deci-
comprador interessado, mas indeciso. diu que não vai deixar os prisioneiros irem", e não ser forçado a mudar a
• Mendicância pode induzir um alvo esco- decisão por um teste de Influência.
lhido a fornecer favores ou quantias modestas Se um PdM, ou outro PdJ, influenciar um PdJ, o MB, pág. 359 recomenda
($1 x a margem de vitória em uma Disputa uma maneira de lidar com isso: Trate a margem de vitória como um bônus
Rápida), com -3 no NH efetivo. ou penalidade nas jogadas de dados dos PdJs. Seja criativo! Alguns tipos ade-
• Oratória pode obter uma audiência para quados de jogadas:
uma história, ou fornecer uma reação geral • Bônus ou penalidades para testes de autocontrole.
Boa, contando histórias ou piadas às pessoas, • Penalidades para testes de perícia ou atributo para agir em oposição ao
ou até mesmo pregando a elas. outro personagem.
• Escrita pode ser usada para pedidos de • Penalidades em testes de Percepção para perceber as ações ocultas da
ajuda ou informações (veja Texto, pág. 39). pessoa que fez o teste de Influência ou dos seus associados.
Em uma campanha cinematográfica, a perí- • Bônus para os inimigos no uso de linguagem Corporal, Detecção de
cia curinga Negociador! (pág. 96) pode ser Mentiras ou Empatia para "ler" você.
usada para a maioria dos testes de Influência.

CARA A CARA 37
Plantas e espíritos são mais estranhos, e permanecem imunes,
mesmo sendo sapiente.
O comportamento animal pode ser influenciado por estímu-
los físicos, como gestos ou ofertas de alimentos. Isso requer
uma teste de Adestramento de Animais; não é uma perícia de
Influência e nenhuma Disputa Rápida está envolvida. Um teste
de IQ é suficiente para resultados imediatos, muito simples,
mas não para treinamento sustentado. Além disso, como Inti-
midação pode transmitir uma ameaça sem linguagem, ela
deve ser considerada uma exceção à regra contra o uso de pe-
rícias de Influência em animais. No entanto, isso é feito com -5
para a perícia, a menos que o usuário também tenha Empatia
com Animais. Plantas e espíritos não podem ser afetados por
nenhuma dessas maneiras.
Qualquer ser Indomável (MB, pág. 65) é imune à influência;
esta vantagem é comum em máquinas sapientes e "super-ra-
ças" altamente racionais. Um influenciador com Empatia (ou
um tipo apropriado de empatia mais especializada, como aci-
INTERAÇÃO INDIRETA
A interação social normalmente ocorre cara a cara, onde to-
dos os modificadores para os testes de reações e de influência
se aplicam, e todas as perícias sociais podem ser usadas livre-
mente. Se os PdJs tiverem que confiar em formas de
comunicação mais indiretas, suas opções são mais restritas.
No entanto, Talentos como Agente Cativante sempre são adici-
onados a qualquer perícia que seja possível usar em um
determinado meio.
Mas eu estava pensando em um
plano Para tingir os bigodes de verde,
E usar sempre um leque tão grande
Que eles não pudessem ser vistos.
– Lewis Carroll,
"The White Knight’s Song,"
Through the
Looking-Glass
PRESENÇA VIRTUAL
Em uma sociedade tecnologicamente avançada, as pessoas
podem interagir por meio de canais eletrônicos bidirecionais
que carregam imagens e voz ao vivo - talvez até imagens tridi-
mensionais. Uma imagem pode ser projetada no ambiente
físico de outra pessoa, ou mostrada em uma tela; ou ambas as
pessoas podem projetar imagens em um ambiente virtual. As
mesmas regras se aplicam à presença virtual não tecnológica,
como imagens magicamente projetadas.
38 CARA A CARA
ma) ignora essa imunidade. O MJ pode permitir que um perso-
nagem seja Resistente (pág. 92) a Influência.
Perícias específicas de Influência podem não funcionar em
certas raças ou indivíduos:
Intimidação não funciona em um personagem ou uma es-
pécie com Fleuma (MB, pág. 61).
Sex Appeal não funciona em um personagem ou espécie
Castrado ou Assexuado (MB, pág. 165) ou um com Incapaz de
Sentir Prazer (MB, pág. 145). Ela também não funciona em al-
guém que não tem sequer um potencial interesse no sedutor;
veja Romance (págs. 34-35) para mais detalhes.
Tentar influenciar alguém que não pode ser influenciado
não produz automaticamente uma reação Ruim, como um tes-
te de Influência fracassado o faz. O alvo pode achar o
comportamento irritante, engraçado ou simplesmente descon-
certante; faça um teste de reação geral.
Carisma não é aparentar e soar bem (que é coberto por
Aparência e Voz Melodiosa), mas saber como agir para captu-
rar a atenção das pessoas; requer ver e ouvir as reações do
público. A comunicação bidirecional, de áudio e vídeo em tem-
po real, permite que o Carisma modifique os testes de reação e
de influência; uma comunicação unidirecional não.
Oratória é um caso especial: Carisma aumenta diretamente
a perícia em si, bem como um Talento, e este aumento não é
perdido em uma comunicação de unidirecional ou apenas de
voz. O uso da mídia tecnológica precisa de prática; cada novo
meio, como cinema, rádio ou virtualidade, é uma nova famili-
aridade (MB, pág. 169) para Oratória.
Imagens bidimensionais reduzem pela metade o bônus de
reação/Influência do Carisma (arredonde para baixo). Sinais
de vídeo ou áudio de baixa definição (como televisão analógica
ou telefones dos anos 50) eliminam-no completamente, e
reduzem pela metade os efeitos de Voz Melodiosa (para áudio)
ou Aparência (para vídeo), arredondando para 0. Isso pode be-
neficiar os Sem Atrativos ou aqueles com Voz Irritante, cujas
más qualidades se tornam menos evidentes!
Um avatar virtual pode ter Carisma se seus movimentos
animados são baseados em sofisticada tecnologia de captura
de movimento, traduzida em animação em tempo real. Os mo-
dificadores de Aparência não se aplicam a avatares não
realistas (qualquer um poderia ter um belo avatar), mas veja
Por Dentro da Moda (pág. 92).
Todas as perícias sociais podem ser aplicadas através da
presença virtual, embora Boemia não possa se beneficiar da
compra de bebidas para outras pessoas!
VOZ A VOZ
A interação social pode ocorrer através da fala bidirecional
transmitida eletronicamente, seja de baixa definição (telefones
analógicos de estilo antigo, rádio de baixa largura de banda)
ou de alta definição (canais bons o suficiente para transportar
música). Projeção de voz mágica pode ter efeitos seme-
lhantes.
Aparência e Carisma não funcionam mesmo com
voz de alta definição, exceto que o Carisma ainda con-
tribui para a perícia Oratória. Nem Status recebido por
roupas ou posses. Sinais visíveis de Estigma Social tam-
bém não têm efeito, mas a fala acentuada ligada a um
grupo étnico desprezado, ou um discurso sem educa-
ção, ainda causam penalidades de reação. Voz
Melodiosa dá o benefício completo sobre canais de alta
definição, e metade do benefício quando em baixa defi-
nição; as penalidades de Voz Irritante são afetadas da
mesma maneira.
Diplomacia, Lábia e Trato Social são totalmente efi-
cazes quando em canais de voz. Intimidação é possível,
mas tamanho e Aparência não a afetam, e é muito di-
fícil mostrar força ou sede de sangue (poderes
sobrenaturais ainda podem funcionar). Uma voz alta
ou baixa (incluindo Voz Penetrante) dá +1 para Intimi-
dação baseada em áudio; uma suave ou aguda dá -1
(mas veja Fala Mansa, pág. 95). Sex Appeal possui limi-
tações semelhantes. Manha não funciona; é muito
dependente de como você se comporta e reage ao ambi-
ente de rua.
Amplificação de voz eletrônica pode produzir uma
voz artificialmente alta, dando +1 à Intimidação, como acima.
Estática ou a distorção criam os mesmos efeitos que a Voz Ir-
ritante (MB, pág. 161) e nega os benefícios de Voz Melodiosa;
um sistema de áudio barato pode sofrer com isso o tempo
todo.
T EXTO
A comunicação através de texto varia de notas manuscritas
às mensagens de texto em um telefone ou opções mais futuris-
tas, como mensagens de texto controladas pelo cérebro. A
resposta às mensagens escritas não é afetada pela Aparência,
Carisma, Voz Melodiosa, ou os sinais visíveis habituais de Sta-
tus Social. Para texto manuscritos, a perícia Artista (Caligrafia)
ESFORÇOS DE EQUIPE
Um pequeno grupo pode se envolver em atividades expres-
sivas ou persuasivas juntos. Em contraste com o uso das
perícias complementares (pág. 25), onde cada membro de
uma equipe contribui com uma perícia diferente, esse tipo de
atividade em grupo faz com que todos usem a mesma perícia.
Isso se aplica, por exemplo, às artes cênicas, onde todos po-
dem estar usando Dança, Instrumento Musical, Atuação,
Canto, ou Encenação de Combate. Existem várias maneiras de
organizar essa atividade em grupo.
Grupos sem Líder
Um grupo muito pequeno pode coordenar seus esforços es-
pontaneamente, sem um líder.
CARA A CARA
Realidade Aumentada
A realidade aumentada é quase o oposto da realidade virtual. Em
vez de mostrar uma imagem de outra pessoa inserida em um ambi-
ente virtual, ou projetada no ambiente físico, ela projeta um
ambiente virtual em um ambiente físico. Assim como arrastar o cur-
sor sobre um ícone da Web traz informações adicionais, fixar os
olhos em uma pessoa traz etiquetas digitais com informações úteis.
Isso pode vir de um banco de dados online universal, de bancos de
dados privados adquiridos sobre pessoas de interesse ou de "aperto
de mão" entre os dispositivos vestíveis ou implantes de duas pessoas
– embora, se você depende do aperto de mão, você só aprende o que
a outra pessoa quer que você aprenda. Ter acesso independente à re-
alidade aumentada permite uma verificação instantânea de
antecedentes (veja Histórico, págs. 29-30).
Um dossiê superior terceirizado, seja fornecido por um Patrono,
Contato ou por meio de uma assinatura cara, oferece os mesmos be-
nefícios que um perfil psicológico (Motivos, pág. 30).
Para compor um bom conjunto de etiquetas de realidade aumen-
tada para você ou outra pessoa, use Propaganda. O sucesso dá +1
aos testes de reação para as pessoas que veem as etiquetas. Não afeta
os testes de Influência.
pode dar +2 às reações em um teste bem-sucedido, ou comple-
mentar um teste de perícia. Estigma Social (Inculto) virá
através da linguagem e organização de uma mensagem. O uso
de meios de texto caros, como papelaria de alta qualidade
pode fornecer bônus (veja Estilo, pág. 22).
Diplomacia, Política e Trato Social são totalmente eficazes
através de texto. Intimidação e Sex Appeal são possíveis, mas
como com voz a voz (págs. 38-39), a maioria dos modificado-
res habituais não se aplicam! Enganação (págs. 42-46) através
de Dissimulação é totalmente eficaz; Lábia tem -2 em canais
bidirecionais, como mensagens de texto, mas tem -5 para men-
sagens unidirecionais, como spam ou cartas físicas, que não
obrigam a resposta rápida. Manha não funciona via texto.
1. Compute a perícia média de todos os membros (arredon-
de para baixo). Se os artistas forem todos PdMs, um MJ pode
atribuir-lhes uma classificação de Novato (NH efetivo de 10),
Treinados (NH efetivo de 12), Bom (NH efetivo de 14), ou Elite
(NH efetivo de 16).
2. Aplique uma penalidade ao NH efetivo baseada no núme-
ro de membros, da seguinte forma: Na Tabela de Tamanho e
Velocidade/Alcance (MB, pág. 550), procure o tamanho da equi-
pe na coluna "Medida Linear"; o modificador é o número
correspondente na coluna "Velocidade/Distância". (Por exem-
plo, cinco músicos de jazz sentam-se para tocar juntos; a
penalidade para "5 metros" é -2, então todos eles estão com -2
na perícia Instrumento Musical). Se os membros do grupo ti-
verem a qualidade Trabalho em Equipe (pág. 95) e houver 12
membros ou menos, essa penalidade não se aplica. Grupos
39
maiores não podem se beneficiar de Trabalho em Equipe sem
um artista em foco ou um líder.
3. Aplique uma penalidade de -2 por não ser familiarizado
(MB, pág. 169) a qualquer trabalho que não tenham realizado
antes (como uma equipe), até que eles tenham ensaiado juntos
oito vezes - quanto tempo isso leva dependerá de quanto tem-
po o trabalho precisa! Para um trabalho extraordinariamente
simples ou complexo, o MJ pode variar o número necessário.
Grupos com um Artista em Foco
Em grupos maiores, um artista é susceptível a ser o foco da
atenção do público. Seguir sua liderança permite um desem-
penho mais eficiente do grupo.
1. Compute a perícia média de todos os membros, exceto o
artista em foco.
2. Aplique uma penalidade para o tamanho do grupo, como
acima, mas com base na metade do número de membros (arre-
dondado para baixo). Isso é dispensado para um grupo com a
qualidade Trabalho em Equipe, independentemente do tama-
nho.
3. Use a perícia média dos artistas que não estão em foco
como uma perícia complementar (pág. 25) - mas se houver
pelo menos dois artistas que não estão em foco, dobre o modi-
ficador da perícia complementar.
4. Use a perícia do artista em foco (que pode ser a mesma
perícia que os outros artistas estão usando) como a perícia
mestre, aplique o bônus ou penalidade do passo 3.
INFLUÊNCIA COMPETITIVA
Em vez de uma única pessoa tentar influenciar outra pes-
soa ou um grupo, e ser bem-sucedida ou fracassar, duas
pessoas podem se opor uma à outra na tentativa de influenciar
uma audiência. Este é um teste de Influência competitiva (veja
Isso Não é o que Parece, pág. 35). As mecânicas básicas são as
seguintes:
1. Você e seu rival estão tentando obter uma resposta favo-
rável de um alvo. Ambos fazem um teste contra a perícia de
Influência que você está usando; o alvo contra Vontade.
2. Seu teste é comparado ao do seu rival como uma Disputa
Rápida. O alvo considerará a oferta ou o argumento feito pelo
vencedor. Se esta disputa for um empate, o alvo não pode deci-
dir a favor de nenhum, e mantém uma reação Neutra para
ambos.
3. O teste do vencedor é comparada a Vontade do alvo,
como em um teste padrão de Influência. Se o influenciador ga-
nhar, o alvo tem uma reação Boa (Muito Boa para Sex Appeal)
para o vencedor, e uma reação Neutra para o rival; caso contrá-
rio o alvo tem uma reação Ruim para ambos.
Alguns tipos de testes de Influência competitivas modifi-
cam as mecânicas, ou permitem estratégias mais complexas,
como discutido abaixo.
Se um dos rivais é um PdJ, uma boa interpretação do joga-
dor vale de +1 a +3 no NH efetivo em qualquer disputa, a
40 CARA A CARA
5. Aplique quaisquer penalidades por não ser familiarizado
para a perícia mestre, como acima.
Liderança Formal
Alguns grupos de artistas possuem um líder formal ou su-
pervisor, cuja função principal é coordenar o grupo. Isso
requer uma perícia diretiva: alguma forma de Performance em
Grupo para um grupo de atores, dançarinos ou músicos; Lide-
rança para grandes golpes e outras enganações do mundo real
(veja pág. 42); e assim por diante. O grupo também pode ou
não ter um artista em foco. Esta situação utiliza as regras aci-
ma, com as seguintes exceções:
• A perícia de performance do grupo não recebe penalida-
de pelo tamanho do grupo. Eles não precisam da qualidade
Trabalho em Equipe.
• Faça um Teste contra a perícia diretiva como uma perícia
complementar à perícia mestre (se houver um artista em foco)
ou a média das perícias (se não houver).
• As penalidades habituais pela falta de familiaridade apli-
cam-se a um novo trabalho. Se um grupo e um líder não
trabalharam juntos anteriormente, tanto a perícia diretiva
quanto a perícia de performance têm penalidades pela falta de
familiaridade até que tenham trabalhado juntos por duas se-
manas.
critério do MJ; veja Jogue Fora Este Livro! (pág. 87) para mais
detalhes.
RIVALIDADE COMERCIAL
Dois comerciantes podem competir para vender ao mesmo
comprador. Eles fazem um teste da perícia Comércio; o com-
prador faz um teste contra Vontade.
Modificadores: Os comerciantes recebem +1 para cada 10%
abaixo do preço de venda justo, ou -1 para cada 10% acima.
Eles podem usar perícias complementares ou de manipulação;
veja Pechinchando (págs. 32-33) para obter mais detalhes. O
alvo recebe -1 a -4 por Gastar Compulsivamente (MB, pág.
127).
O vencedor da disputa faz a venda ao preço oferecido. Se
não houver vencedor, os comerciantes têm a opção de fazer no-
vas ofertas, que devem ser a preços mais favoráveis para o
cliente. Isso pode levar a um novo teste de Influência competi-
tiva, ou a um comerciante desistindo e o outro tentando fazer
a venda.
Se o potencial comprador não estiver interessado ou não
for capaz de pagar, as tentativas de vendas fracassam automa-
ticamente.
DEBATE
Um debate formal é uma disputa realizada diante de uma
audiência (veja também Julgamentos, págs. 64-65). Os debate-
dores fazem um teste de Oratória - ou de Escrita, para debater
em texto impresso ou online (Texto, pág. 39). O MJ faz um teste
contra a média de Vontade da audiência. Os seguintes modifi-
cadores se aplicam:
Predisposição da Audiência: +1 a +5 para o debatedor
favorecendo uma posição preferida pela audiência; -1 a -5 para
uma oposta a ela.
Perícias Complementares (pág. 25): Uma perícia de
conhecimento sobre o assunto do debate pode ser usada; por
exemplo, alguém debatendo sobre economia poderia usar
Assuntos Atuais (Negócios), Economia, ou Finanças como
uma perícia complementar. Se o assunto for conhecido antes
do momento, Pesquisa pode sempre complementar o teste.
Reputação do Debatedor: se ela se relaciona com o quão
bem-informado ou confiável ele é, e a audiência o reconhece
como tal.
O debatedor com a maior margem de sucesso "ganha" o de-
bate, no sentido de ter desenvolvido uma melhor
argumentação. No entanto, ele pode não convencer a audiên-
cia, se ele tiver recebido uma reação Ruim.
Disputas
Se os debatedores estão tendo uma troca séria de pontos de
vista, como em um colóquio acadêmico, ou a prática medieval
de disputas - e não apenas uma disputa para conquistar uma
audiência - um argumento muito bom pode mudar uma de
suas mentes. Para ver se isso acontece, faça uma segunda Dis-
puta Rápida, desta vez da perícia do vencedor do debate
contra a Vontade do perdedor, mas com as seguintes mudan-
ças:
• A pontuação do vencedor é a sua margem de vitória sobre
o perdedor, ou a sua margem de sucesso em seu próprio teste,
o que for menor.
• A pontuação do perdedor é a sua margem de sucesso con-
tra a sua própria Vontade (com +3, se ele tiver Fanatismo
Extremo).
Compare estas duas pontuações para ver quem ganha. Se o
perdedor do debate ganhar ou os dois empatarem, não há efei-
to especial. No entanto, se o vencedor do debate ganhar, o
perdedor está em dúvida sobre sua posição e terá -2 para argu-
mentar a favor disso por um número de dias iguais à margem
do vencedor da vitória. Se o perdedor for um PdJ, o MJ pode
abdicar da penalidade, caso o jogador possa apresentar um
novo argumento interessante contra a posição do vencedor.
Se o vencedor do debate ganhar a Disputa Rápida por 5 ou
mais, ou se o perdedor sofrer uma fracasso crítico, o perdedor
está profundamente abalado e não pode argumentar por sua
posição. Isto continua até que o jogador ou o MJ apresente um
argumento de encontro à posição do vencedor, ou até que o
vencido adote a posição do vencedor.
CARA A CARA
Dialética
Os debatedores podem concentrar-se não em provar as suas
próprias posições, mas em minar as posições dos seus adversá-
rios. Esta é a técnica de Ironia (pág. 97), que ficou famosa por
Sócrates (e conhecido como o método Socrático). O debatedor
usa argumentos negativos para lançar dúvidas sobre a possibili-
dade de resolver o problema. Isso reduz sua própria perícia (-1
a -5, ele decide, mas no NH efetivo não pode ficar menor do
que 10), também aumenta a Vontade da audiência pela mesma
margem, tornando-os menos susceptíveis a achar o seu adver-
sário convincente.
Em disputas, um debatedor que usa Ironia também aumen-
ta sua própria Vontade, tornando-o menos suscetível a ser
convencido por seu oponente.
SAGACIDADE, ZOMBARIA E
INSULTOS
Uma alternativa ao argumento raciocinado é a troca de in-
sultos, como "doing the dozens" (uma disputa de insultos) na
cultura negra americana, ou um duelo de epigramas e alusões
literárias em um salão aristocrático francês. Os competidores
mostram tanto a sua perspicácia e sua imunidade à zombaria.
Estes não são insultos graves destinados a iniciar uma briga
(para isso, veja Provocando e Insultando, págs. 82-83); um com-
petidor que se torna violento ou seriamente irritado perde a
competição, mas assim também o perde, alguém cujo insultos
ultrapassem os limites.
As disputas de insultos funcionam como debates (pág. 41),
com as seguintes mudanças:
• Os rivais podem usar Oratória (para chegar às respostas
criativas) ou Lábia (para pressionar o adversário com respos-
tas rápidas). Disputas impressas ou online também podem
usar Escrita.
• Muitas disputas permitem Poesia como uma perícia com-
plementar - um insulto rimado dói mais e fixa por mais tempo.
• As perícias de Conhecimento e Pesquisa não têm efeito.
No entanto, com uma audiência adequada, Literatura pode ser
usada como uma perícia complementar para apresentar cita-
ções apropriadas.
• Se a Reputação afeta o teste ou não, vai depender dos pre-
conceitos da audiência.
• Se o competidor mais bem-sucedido ganhar a Disputa
Rápida contra a Vontade da audiência, ele recebe +2 temporá-
rio na Reputação.
• Seja qual for a reação da audiência, o competidor menos
bem-sucedido deve recuar.
• Se um competidor conseguir um sucesso crítico, seu opo-
nente perde seu autocontrole e se envergonha de alguma
forma – violência física, gritos inarticulados de raiva ou um si-
lêncio atordoado. Se um competidor sofre um fracasso crítico,
ele diz algo que passa dos limites, dando motivo ao seu opo-
nente para violência, ameaças, um desafio para um duelo, ou
sair. Ou causa -1 permanente na Reputação entre as testemu-
nhas e seus amigos. Tendo sucessos críticos, ou fracassos
críticos dos dois lados, eles se cancelam.
• Qualquer pessoa com Irritabilidade ou Briguento deve fa-
zer um teste de autocontrole ao se envolver em uma disputa de
41
insultos. Se ele fracassar, o primeiro sucesso normal de seu
oponente é tratado como um sucesso crítico (para Irritabilida-
de) ou seu primeiro fracasso normal é tratado como um
fracasso crítico (para Briguento).
• Se o vencedor tiver Língua Ferina (MB, pág. 68), o perde-
dor sofre seus efeitos usuais.
RIVALIDADE ROMÂNTICA
Um enredo clássico de ficção e drama é dois amantes perse-
guindo o mesmo amado. Duas formas são possíveis: o cortejo
(pág. 48) visa alcançar um relacionamento duradouro; a sedu-
ção discutida aqui, visa a gratificação imediata.
As perícias disponíveis para os sedutores rivais incluem Lá-
bia (para abordagens inteligentes), Sex Appeal (para atração
física em geral) e Trato Social (Alta Sociedade) ou Manha (nos
meios sociais apropriados). Dança pode servir como uma perí-
cia de Influência para este fim, se a situação permitir. Aplique
os seguintes modificadores:
Perícias Complementares (pág. 25): Um rival pode usar
Boemia, Dança, Poesia ou Canto, ou outras perícias com uma
boa história para justificá-las. Isso pode facilmente levar a
perícias complementares opostas – por exemplo, para ver
quem é o melhor dançarino ou quem pode escrever o soneto
mais eloquente. Além disso, a capacidade de monitorar o
estado emocional de uma pessoa (Motivos, pág. 30) pode ser
usada como perícia complementar ao mesmo tempo.
ENGANAÇÃO
Uma categoria especial de interação social é a enganação:
induzir outra pessoa a acreditar em coisas que não são verda-
deiras, ou a julgar mal o que é de seu próprio interesse. A
maioria das regras nesta seção assumem uma enganação de
um para um. Mas também é possível aplicar perícias comple-
mentares (pág. 25) a enganação, ou se envolver nela como um
esforço de equipe (págs. 39-40). Muitos jogos clássicos de con-
fiança (pág. 44) envolvem um ou outro. A perícia de
"performance em grupo" para tentativas sérias de enganar ou
induzir ao erro é a Liderança.
Em uma campanha cinematográfica, a perícia curinga Fal-
so! (pág. 96) pode ser usada para a maioria das formas de
comportamento enganoso.
DISTRAÇÕES
Para uma pessoa envolvida em uma ação oculta ou secreta,
pode ser útil direcionar a atenção de outras pessoas para outro
lugar. Perícias de Influência e outras perícias sociais podem
criar distrações. Trate-as como complementares (pág. 25) para
Surrupiar, Ocultamento, Punga, Perseguição, Prestidigitação,
Contrabando ou Furtividade. A distração também pode com-
plementar Falsificação de Dinheiro ou Falsificação para evitar
que documentos falsificados ou moeda falsa sejam examina-
das muito de perto. Para distrações em situações de combate,
consulte Criando uma Distração (pág. 83).
42 CARA A CARA
Presentes: Use as regras para Suborno (pág. 58), embora
apresentá-los como pagamentos seja considerado como um
insulto.
O alvo faz um teste de Vontade. Se o rival mais apelante ga-
nhar a Disputa Rápida, sua abordagem será bem-sucedida. Se
ele perder, ele é friamente rejeitado: -2 nas futuras reações, em-
bora um sincero pedido de desculpas possa remover esta
penalidade. Nesse caso, faça um teste contra a Vontade do alvo
novamente, para ver se o outro rival faz melhor.
Se o rival bem-sucedido usou Sex Appeal, o resultado é uma
reação Muito Boa: as coisas tornam-se físicas, geralmente em
particular (Escurecendo a Cena, pág. 34). Caso contrário, o re-
sultado é uma reação Boa: um combinado para se reunir em
particular. Em uma campanha com "Escurecendo a Cena", isso
conta como um sucesso; em outras campanhas, dá-se a opor-
tunidade de fazer mais avanços (veja Perícias de Influência,
págs. 35-36).
Ele não te ama como eu te amo
Se o fizesse, não partiria seu coração
Ele não te ama como eu te amo
Ele está tentando nos separar
– Jerry Butler,
"He Will Break Your Heart"
Normalmente uma pessoa faz a distração, enquanto uma
pessoa diferente se beneficia. Mas é possível para a mesma
pessoa fazer as duas coisas!
Atuação ou Oratória fornecem distração em atos de palco;
por exemplo, um mágico de palco pode usar Oratória para
complementar Prestidigitação.
Dissimulação e Lábia são as perícias primárias de distração.
A Lábia cobre o uso de conversas para evitar que suas próprias
ações físicas sejam notadas. Também funciona para distrações
rápidas e improvisadas que beneficiam outras pessoas. Distra-
ções encenadas ou pré-planejadas, como uma mulher com
uma criança angustiada ou um cliente irritado com uma recla-
mação, usam Dissimulação.
Encenação de Combate vai um passo além da Intimidação:
dois aliados entram em uma luta simulada, que deve ser inter-
rompida. Para tornar o ato mais eficaz, use Performance em
Grupo (Coreografia de Combate) para planejar a luta com an-
tecedência (veja Esforços de Equipe, págs. 39-40). Pseudo-
combatentes com Alto Limiar de Dor podem obter +3 extras
em Encenação de Combate, se desferirem golpes fortes uns
contra os outros – mas cada um deles termina a luta com 1d-3
(mínimo 1) pontos de dano.
Sex Appeal é uma distração muito eficaz. . . contra uma pes-
soa que está potencialmente interessada! Alguém com o Estilo
Pose Sensual (pág. 94) pode usá-lo para deixar um pesquisa- Linguagem Corporal concede os mesmos benefícios que Em-
dor descuidado sem provocação evidente. patia, mas apenas com um alvo visível, pois depende de sinais
Intimidação usa raiva e ameaças; mesmo que um guarda visuais. Pode ser resistido com uma Disputa Rápida de Lin-
não tenha medo do ameaçador, ele ainda precisa avaliar o pe- guagem Corporal contra Dissimulação.
rigo que ele representa. O ameaçador geralmente não pretende
cumprir a ameaça; se ele não for capaz de fazê-lo, trate-a como Modificadores: +4 se o alvo tem Fácil de Decifrar. +3 para
blefe (Manipulação, págs. 43-44). Enquanto uma pessoa grita e Detecção de Mentiras se Linguagem Corporal for usada
acena com os punhos, outra pessoa pode passar por um guar- primeiro com sucesso. +3 para Linguagem Corporal ou
da. Detecção de Mentiras por ter Empatia (ou +1 para Sensível),
Trato Social (Alta Sociedade) complementa Falsificação de mas não se Empatia foi usada ativamente para detectar a
Dinheiro ou Falsificação para passar moeda falsa ou docu- mesma mentira; empáticos podem fazer um teste ativamente
mentos falsificados, Ocultamento ou Contrabando para ou reivindicar este bônus passivamente, não ambos.
desencorajar buscas minuciosas de bens.
MANIPULAÇÃO
MENTIRAS A manipulação coloca uma pessoa em um estado de espíri-
to que o encoraja a agir como o manipulador deseja. Em
As perícias básicas para contar mentiras são Dissimulação
e Lábia. Dissimulação é necessária para sustentar uma falsida- termos de GURPS, isso envolve o uso de uma perícia de
de ao longo do tempo, em vez de afetar uma única decisão. Isto manipulação para obter um bônus em um teste de Influência
requer que se mantenha uma série de falsidades consistentes. ou outro teste de perícia. As mecânicas são as seguintes:
Lábia não se limita a alegações plausíveis; confunde o alvo, 1. Faça uma Disputa Rápida da perícia de manipulação
tornando-o incapaz de julgar o quão plausível é uma reivindi- contra o IQ do alvo.
cação, ou o quão incerto é o que está sendo reivindicado. 2. Se o manipulador ganhar, o teste de Influência (ou outro
Também é possível simplesmente fazer uma declaração fal- teste de perícia) seguinte receberá um bônus de +3, a menos
sa, sem um teste de perícia. Se ela será aceitável ou não, que especificado de outra forma. Se ele empatar ou perder, ele
dependerá de um simples teste de reação (Dando informações, também perde automaticamente no teste de Influência, e a rea-
págs. 33-34). Para passar sem um teste de perícia, uma menti- ção do alvo fica como Muito Ruim, não apenas Ruim!
ra deve ser uma afirmação simples, clara e plausível que afeta 3. Ganhar ou perder no teste de Influência modificado tem
uma única decisão. o efeito normal.
A vítima de uma mentira plausível continuará acreditando
até que haja motivo para duvidar. A confusão causada por Lá- O Módulo Básico descreve uma forma de manipulação:
bia acabará se esclarecendo, permitindo que a vítima perceba blefe (MB, pág. 204). Lá, a perícia de manipulação é Lábia e a
que algo não está certo – mas somente depois que seja tarde perícia de Influência é Intimidação. A mesma mecânica tam-
demais para fazer qualquer bem! bém pode ser aplicada a outras perícias de Influência; por
Várias perícias complementares podem tornar uma
mentira mais convincente:
• Operação de Aparelhos Eletrônicos (Mídia) ou Fo-
Sutileza
tografia para falsificar fotografias. Às vezes você quer influenciar uma pessoa sem que outras pes-
• Surrupiar, Punga ou Prestidigitação para plantar soas percebam; por exemplo, para obter um favor de um guarda.
evidências físicas. Você pode adotar uma abordagem sutil – usando dicas, trocas de
• Falsificação para falsificar documentos. olhares, etc. – penalizando sua perícia de Influência.
• Maquiagem para simular lesões. Para cada -1 que você aceita na perícia de Influência, os testes
• Rastreamento para estabelecer uma trilha falsa. de Percepção ou Observação dos espectadores para perceber a ten-
tativa recebem -1. Você pode compensar essas penalidades com a
técnica Insinuar (pág. 97). Você não pode reduzir sua jogada final
Detectando Mentiras para menos de 10.
Para saber se outra pessoa está mentindo, use uma Se o teste de Influência fracassar por causa da penalidade, ele re-
das seguintes características: sulta em uma reação Neutra – o alvo não percebeu as insinuações.
Detecção de Mentiras pode ser usada com qualquer for- Exemplo: Lillian está participando de um baile em Anápolis.
ma de comunicação falada (ou linguagens de sinais); Como uma jovem bem-educada da década de 1920, ela é cuidadosa
faça um teste com -3 para texto. Dependendo do tipo de com sua reputação. No entanto, ela acha um dos cadetes, Robert,
mentira, pode ser resistida como uma Disputa Rápida vs. bastante atraente. Quando ele é apresentado, ela lhe oferece a mão,
IQ, Dissimulação ou Lábia. e seus dedos permanecem nos dele. Ela faz um teste contra a
Empatia permite um teste de IQ (ou IQ-3, com Sensí- Insinuação (Sex Appeal)-14 com -4, +1 por causa de Por Dentro da
vel) para perceber se alguém está mentindo. Esta é uma Moda e +3, pois Robert está procurando ativamente por
leitura direta do estado emocional do mentiroso; nenhu- companhia, resultando um NH efetivo de 14. Os acompanhantes
ma Disputa de perícias é feita. O alvo deve estar estão com -4 na Percepção para notar.
fisicamente presente, mas não precisa ser visível.

CARA A CARA 43
exemplo, Diplomacia para deturpar os objetivos de uma nego-
ciação, ou Sex Appeal para fingir paixão.
Várias perícias diferentes podem ser usadas para manipu-
lar as pessoas:
Dissimulação é usada para dar falsas impressões sobre as
emoções, o caráter ou os objetivos do ator ao longo de um pe-
ríodo; por exemplo, um sedutor fingindo tanto nas emoções
quanto no interesse físico.
Lábia permite pretensão de curto prazo que não precisa ser
sustentada; por exemplo, blefe.
Propaganda abrange apresentação seletiva de provas; Por
exemplo, um debatedor político que escolhe casos de miséria
para apoiar seu argumento contra uma política.
Psicologia (Aplicada) é saber usar as emoções das pessoas
ou suas formas de pensar contra elas; por exemplo, detectar
um ponto fraco de um rival em uma disputa de insultos. O ob-
jetivo é detectar uma falha de caráter, tipicamente a
desvantagem mental mais óbvia do alvo (veja abaixo). Se essa
desvantagem causar um modificador de reação, é fácil identifi-
car; o teste de Psicologia recebe um bônus igual ao tamanho
do modificador.
Ao usar a Psicologia dessa forma, o bônus de manipulação
depende da "pior" desvantagem mental do alvo, conforme de-
Jogos Clássicos de Confiança
Os princípios da enganação têm sido aplicados há sécu-
los por homens de confiança. O MJ pode permitir a compra
dessas rotinas como técnicas; se sim, eles começam na(s)
perícia(s) básica(s) e têm um máximo de perícia+4. Em um
golpe envolvendo vários papeis distintos, as técnicas são
Médias e são especializadas por perícia; golpes de uma úni-
ca pessoa são técnicas difíceis. Aqui está uma amostra de
alguns golpes amplamente utilizados:
Jogo do Texugo: Envolve um suplicante romanticamente
atraente (Sex Appeal) e um cônjuge ou parceiro aparente,
capaz de ameaçar através de violência, ação legal ou cons-
trangimento (Intimidação). Dissimulação pode
complementar (pág. 25) qualquer perícia primária. Na mai-
oria dos jogos do texugo, a ameaça não pode realmente ser
realizada, então o "cônjuge" precisa de Lábia para blefar
(veja Manipulação, págs. 43-44). O suplicante pede ajuda ao
alvo, pede que ele se encontre com ela em particular, e inci-
ta-o a avanços sexuais. Quando ele corresponde, o "cônjuge"
aparece e faz as ameaças – mas estando disposto a ser com-
prado. Veja Chantagem e Espionagem (pág. 59).
Bom Samaritano: Envolve um ladrão ou bandido (Furti-
vidade) e um aparente salvador (Dissimulação, às vezes
Encenação de Combate). O ladrão se aproxima do alvo,
pega sua carteira (ou sua bolsa) com uma Disputa Rápida
de DX ou ST e corre. (Não use a perícia Punga; neste golpe
o ladrão está tentando ser notado!) O salvador persegue o la-
drão e volta alguns minutos depois com a carteira, fazendo
um teste de Atuação. Em caso de sucesso, a vítima impõe
uma recompensa ao salvador "relutante"; em um sucesso
por 5 ou mais, a vítima passa um cheque maior do que o di-
nheiro na carteira.
44 CARA A CARA
terminado abaixo. Em todos os casos, use apenas o melhor bô-
nus aplicável.
• Uma desvantagem mental que requer testes de autocon-
trole (MB, pág. 121): +1 para 15 ou menos, +2 para 12 ou
menos, +3 para 9 ou menos, ou +4 para 6 ou menos.
• Uma desvantagem mental que tem gravidade variável em
alguma outra forma além dos testes de autocontrole, mas que
não seja ilimitada: +2 para o primeiro "nível" da desvantagem,
e outro +1 para cada nível adicional. Por exemplo, Timidez
(Suave) dá +2; Timidez (Grave), +3; e Timidez (Incapacitante),
+4.
• Qualquer outra desvantagem mental (não peculiarida-
des) ou a vantagem Obstinado (porque impõe penalidades
perceber interrupções): +2.
• Apenas peculiaridades ou nenhuma desvantagem men-
tal: +1.
IDENTIDADES FALSAS
Se passar por outra pessoa pode envolver várias perícias di-
ferentes. As mesmas perícias se aplicam a várias outras
maneiras de desempenhar um papel: identidade assumida, ou
fingir ser alguém que realmente não existe (como um espião
Jogo das Conchas: Envolve um jogador/operador (Lábia;
Prestidigitação) e uma multidão de cúmplices (Dissimula-
ção). Prestidigitação não faz parte da técnica enganosa,
mas é um pré-requisito para ela; ela pode ser melhorada
como uma técnica Difícil separada. Na forma clássica
(mostrada nas pinturas do início do Renascimento), o ope-
rador esconde uma ervilha sob uma das três conchas, move
as conchas rapidamente em uma superfície plana e convida
o alvo a apostar em qual concha esconde a ervilha - mas na
verdade apalpa a ervilha durante o embaralhamento, para
que não fique sob nenhuma das conchas. Os cúmplices en-
corajam o alvo a apostar; com um alvo relutante, pode-se
"apostar" e "ganhar" (teste contra Dissimulação+5 para pa-
recer convincente; trate como uma perícia complementar a
Lábia). Um jogo semelhante com cartas é conhecido como
Encontre a Dama ou Monte de Três Cartas.
Prisioneiro Espanhol: Inventado no século 19, foi adapta-
do para a Internet como a Fraude Nigeriana. Pode ser
realizado por uma única pessoa, o agente aparente (Dissi-
mulação). O agente afirma estar atuando para um nobre
preso com uma vasta fortuna que ele não pode alcançar até
ser libertado; libertá-lo requer o pagamento de resgate, su-
borno a funcionários ou outras despesas – mas como um
homem honrado, ele recompensará seu aliado generosa-
mente! (Com um alvo romântico, a história pode ser
embelezada com uma filha bonita e grata.) O sigilo, é claro,
é essencial. Uma vez que o alvo aceite, surgem "dificulda-
des" e continuam até que o alvo descubra ou seja eliminado.
A fraude nigeriana, normalmente, envolve a conta bancária
de um funcionário estrangeiro deposto, cuja família precisa
de ajuda para ter acesso a ela, e pedir os códigos de transfe-
rência de fundos eletrônicos do alvo.
em segredo); pretensão social, ou fingindo um status superior
ou inferior, mas em seu próprio nome; e cultivando uma
persona (discutido na págs. 72-73). Um novo teste é necessário
a cada mudança de cena que introduz um novo grupo, ou uma
nova pessoa importante. O MJ também pode exigir um novo
teste quando os riscos de sucesso ou fracasso forem altos.
Dissimulação é a perícia mestre para imitar a personalida-
de, maneirismos, conversa e a linguagem corporal de outra
pessoa, ou de uma classe social diferente.
Disfarce é necessário quando você tem que parecer genuíno.
É suficiente quando tudo que você tem que fazer é parecer ge-
nuíno (por exemplo, ser fotografado, ou ficar parado à vista do
público).
Arremedo é necessário quando sua voz tem que soar correta.
É suficiente para ler ou recitar um discurso preparado via tele-
fone, rádio ou gravação de áudio.
Se mais do que uma dessas perícias forem necessárias, faça
um teste da mais baixa (no valor pré-definido, se necessário).
Resolva essa situação como uma Disputa Rápida; veja abaixo
os detalhes para cada perícia.
Além do explicado acima, Falsificação permite a fabricação
de credenciais falsificadas (pág. 46), que podem ser úteis ou
até mesmo necessárias para o papel.
Falar é Fácil
Se Arremedo (Falado) for a perícia decisiva, Faça uma Dis-
puta Rápida contra o IQ mais alto do grupo que você está
tentando enganar. OS modificadores para Arremedo são os se-
guintes:
Imitando uma pessoa específica: -3
Imitando um sotaque: +2 se você estiver familiarizado com
ele, e você pode substituir um teste de Dissimulação ou
Linguística não modificado por Arremedo. -2 se você não
estiver familiarizado com ele (MB, pág. 169); familiaridade
leva 8 horas de estudo.
Você deve ter a compreensão Nativa de um idioma para fin-
gir um sotaque. Para se passar por um alvo, você deve falar o
idioma que ele usa pelo menos tão bem quanto ele (geralmente
Nativo). Se não, o teste de Arremedo fracassa automaticamen-
te.
Se você diz pertencer a um grupo com o Status mais alto ou
baixo, de outro lugar, você não precisa de Arremedo; ninguém
esperará que você soe como os locais. Mas cuidado com as pes-
soas que realmente vêm de seu suposto lar!
Difícil é Fazer
Se Dissimulação for a perícia decisiva, faça uma Disputa
Rápida contra o IQ mais alto do grupo que você está tentando
enganar. Para compatibilidade com Disfarce e Arremedo, esta
Disputa Rápida substitui a regra "±1 por ponto de diferença de
IQ" (MB, pág. 196); não aplique esse modificador. O MJ pode
adotar essa abordagem como regra alternativa, ou continuar a
usar a regra padrão quando apenas a perícia Dissimulação es-
tiver envolvida. Os modificadores para Dissimulação são os
seguintes:
CARA A CARA
Ofuscação cultural: +3 se você estiver fingindo ter o Status
de alguém, cujo passado não é familiar às pessoas que você
está tentando enganar.
O Conhecimento deles sobre o alvo: -5 para enganar as
pessoas que conhecem o alvo, ou -10 se o conhecerem bem
(por exemplo, família próxima ou amigos próximos).
Seu Conhecimento sobre o Alvo: -5 para se passar por uma
pessoa específica que você não conhece bem, ou -3 para
assumir uma persona que você não praticou anteriormente.
Papel Ensaiado (pág. 95) remove completamente essa
penalidade.
Se o Status do papel que você está interpretando é diferente
do seu, sua perícia Trato Social (Alta Sociedade) geralmente é
relevante. Seu Pré-definido é Trato Social (Servo)-2, pois aque-
les que servem as classes altas podem ser capazes de imitá-los!
Manha pode tomar o lugar de Trato Social para se encaixar
com pessoas de Status negativo em um bairro urbano violento.
O MJ pode permitir variantes como o uso de Trato Social (Po-
lícia) para fingir uma Hierarquia Policial em vez de Status.
Trato Social interage com Dissimulação das seguintes ma-
neiras:
Se você não está assumindo uma identidade específica: Ao fin-
gir um Status de até três níveis mais altos ou inferiores ao seu,
você pode substituir Trato Social (Alta Sociedade) por Dissimu-
lação. Para mais de três níveis de diferença do Status, você
deve utilizar Trato Social (Alta Sociedade) no lugar de Dissimu-
lação.
Se você está assumindo uma identidade específica: Se você
está fingindo um Status três níveis mais altos ou inferiores ao
seu, você deve fazer um teste de Dissimulação bem-sucedido e
ganhar em uma Disputa Rápida de Trato Social (Alta Socieda-
de) contra o IQ daqueles que você está tentando enganar!
Se você está interpretando uma pessoa com Status negativo
enquanto você tem Status positivo, ou vice-versa, seu teste de
Trato Social (Alta Sociedade) tem -2 de penalidade.
Estando Apresentável
Se Disfarce for a perícia decisiva, faça uma Disputa Rápida
contra a maior Per do grupo que você está tentando enganar.
Outra pessoa, com a perícia melhor que a sua, pode fingir ser
você, mas ele tem que restaurar o disfarce diariamente (disfar-
ces mágicos ou de alta tecnologia podem não precisar disso).
Os modificadores para Disfarce são os seguintes:
Aparência distinta: -1 a -5 se você estiver tentando se parecer
com uma pessoa com uma aparência muito diferente. Isto
pode incluir penalidades de características que criam uma
aparência distinta, como desvantagens de constituição física
(MB, págs. 18-20), Características Distintas (MB, pág. 165) ou
Feições Estranhas (MB, pág. 22). O MJ pode atribuir mais
penalidades devido a idade, raça ou sexo, ou por aparências
incomuns em geral. Aparência Passável (pág. 93) pode evitar
algumas penalidades destes tipos.
Características: +1 para Por Dentro da Moda, mas apenas se
você tiver a chance de observar o estilo de se vestir e de se
arrumar da pessoa ou grupo que você está imitando. +4 para
Pele Elástica.
Equipamento: +1 por um kit de disfarces (MB, pág. 289).
45
Equipamento superior ou especializado pode fornecer bônus
maiores.
Familiaridade: -2 se não estiver familiarizado com a
subcultura e classe social para a qual está se vestindo. Isso
pode ser removido com um estudo de uma semana do grupo-
alvo, sem custo de ponto.
Identidade inespecífica: +4, caso você não precise se parecer
com um indivíduo específico, mas apenas como uma pessoa
da classe social e histórico corretos.
Se você quiser interpretar um papel com Status alto, você
precisa ter roupas e acessórios adequados. Isso pode sair caro!
Existem várias maneiras de limitar o custo:
• Invista em uma roupa de Status mais alto. Se a mesma
pessoa o vir a usando mais de uma vez, faça um teste de In-
fluência baseado em Lábia para impedi-la de pensar sobre
isso, com -2 acumulativo para cada incidente após o primeiro.
• Alugue as roupas que você precisa. Um teste baseado em
Per contra Conhecimento do Terreno, ou por alguém local
contra Connoisseur (Moda), Disfarce, Comércio ou Trato Soci-
al (Alta Sociedade ou Servo), identificará onde você os alugou.
• Encontre uma fonte barata. Isso requer um teste de Cap-
tação. Um sucesso comum permite um desconto substancial,
ou lhe oferece a oportunidade de implorar, pedir emprestado
ou roubá-los, como o MJ achar divertido; em um sucesso críti-
co você os obtém por nada.
• Costure roupas baratas para parecerem melhor. Isso re-
quer um teste de Costura com -1 por nível de Status aparente
adicionado.
• Faça roupas novas, a partir de tecidos finos, com um teste
de Costura não modificado. Os materiais custam 20% do preço
de tabela, ou menos se você fizer um teste de Captação.
• Obtenha o que você precisa de um Contato ou Patrono.
RELACIONAMENTOS CONTÍNUOS
Bons testes de reação, ou testes de Influência bem-sucedi-
dos, podem levar a um relacionamento duradouro, à medida
que um PdM se torna um empregado, amigo, mentor ou mes-
mo cônjuge. GURPS fornece regras que definem tais
relacionamentos contínuos. Existem três tipos básicos:
• Um relacionamento próximo de confiança pessoal: côn-
juges em um casamento amoroso, mentor e estudante,
parceiros de negócios. Veja Gerando Confiança (págs. 47-48).
• Um relacionamento voluntário formado sem uma longa
convivência: cônjuges em casamento arranjado, empregador e
empregado, companheiros de viagem. Baseado em um teste de
lealdade.
• Um relacionamento involuntário: mestre e escravo, côn-
juges em um casamento forçado. Baseado em um teste de
lealdade com modificadores especiais.
46 CARA A CARA
Se você tiver Por Dentro da Moda, você pode ignorar ques-
tões de custo. Qualquer coisa que você comprar, captar, ou
fazer parecerá elegante ou na moda. Mas você ainda precisa
fazer o teste de Disfarce +4 para levar adiante!
Credenciais Falsificadas
Às vezes, desempenhar um papel pode ser auxiliado por do-
cumentos fraudulentos. Normalmente você não apresentará
tais documentos, pois exibir uma patente de nobreza ou um di-
ploma para cada nova pessoa que você encontra,
provavelmente causará mais suspeita do que a aliviará. Mas
em algumas circunstâncias, um teste de Falsificação pode
complementar (pág. 25) a perícia que você está usando para
fingir um Status ou uma Hierarquia mais alta (ou às vezes mais
baixa).
Se os documentos que comprovem seu Status ou sua Hie-
rarquia forem necessários, faça um teste contra Falsificação
para ver se eles passam na inspeção, além de fazer um teste
contra uma das três perícias discutidas anteriormente. Se você
não os tiver, faça um teste contra Falsificação para criá-los –
mas o MJ pode impor uma penalidade por um trabalho apres-
sado (MB, págs. 200 e 346). Você pode substituir por Hacking
de Computador ou os seus equivalentes realistas para criar do-
cumentos eletrônicos. Um Contato ou Patrono pode fornecer
documentos falsos (ou até reais!). Como último recurso, para
falar sobre não os ter, veja Mentiras (pág. 43) – mas uma men-
tira bem-sucedida geralmente significa apenas que sua falta de
documentação não causa suspeita, não que você seja aceito.
Aventureiros com Apagado provavelmente enfrentarão tais si-
tuações.
LEALDADE PESSOAL
A lealdade é determinada quando um relacionamento contí-
nuo é estabelecido, fazendo um teste de reação (Resultados de
Lealdade, pág. 91). Registre o índice de lealdade para referência
posterior (veja Lealdade em Jogo, pág. 51). Os seguintes modifi-
cadores estão incluídos:
Circunstâncias: O MJ pode aplicar qualquer bônus ou
penalidade relevante para o relacionamento proposto.
Conflito Ético: -2 ou pior se a ética pessoal do PdM se opor
à relação. o MJ pode até decidir que um PdM é totalmente
contrário a um relacionamento e nunca o começaria de bom
grado.
Empregos: +1 por 10% pelo qual o salário excede o salário
médio, ou -1 por 10% pelo qual fica aquém.
Julgando as Motivações: +3 se o PdJ puder julgar a atitude
ou o estado emocional do PdM (Motivos, pág. 30) e escolher
um candidato com uma boa atitude.
 O laptop dele está criptografado. Drogue-o e
acerte-o com esta chave inglesa de $5 até que
ele nos diga a senha.
Jogada Resultado – Randall Munroe, XKCD
2a7 Sem modificador.
8 Ele se ressente de ser forçado a entrar no relacio-
namento (escravizado por um crime, recrutado
para uma guerra que ele se opõe, forçado a se ca-
sar, etc.): -1 à lealdade.
9 Como acima, mas -2 à lealdade.
10 Sua situação anterior tinha um tratamento cruel
ou dificuldades desesperadas. Se ele for tratado
com bondade durante a primeira semana, aplique
+2 à lealdade, caso contrário, nada muda.
11 Ele tem um ódio fanático por essa relação particu-
lar involuntária ou de coerção em geral. Se bem
tratado, ele pode gostar dos PdJs como pessoas,
mas ainda escapará o mais rápido possível. Se tra-
tado mal (ou mesmo "normal" para o seu teste),
sua lealdade cai para 6.
12 Ele se considera eticamente vinculado aos seus de-
veres, ou não está disposto a resistir à sua
imposição. Isso é representado como uma desvan-
tagem mental como Código de Honra, Covardia
(para um prisioneiro aterrorizado por seus com-
panheiros de cela), Altruísmo, Senso de Dever ou
Mentalidade de Escravo. Sua lealdade é automati-
camente 20. Você nunca precisa testar a lealdade;
ele não vai questionar, mesmo se as ordens dadas
o condenarem à morte.

CARA A CARA 47
novamente no próximo mês. . . ou mais cedo, embora você re-
ceberá -2 por apressar as coisas!
• Em uma reação Ruim, Muito Ruim ou Desastrosa, a ofer-
ta é rejeitada com prejuízo: -5 nos testes de reação ou nas
perícias de Influência para ofertas posteriores (não cumulati-
vas!)
Se usar uma perícia de Influência, trate isso como uma Dis-
puta de Habilidade (não como uma Disputa Rápida!) da sua
perícia de Influência contra a Vontade do alvo, com um inter-
valo de um mês. Os pontos abordados em Isso Não é o que
Parece, pág. 35, também se aplicam a tais Disputas de Habili-
dade. Em uma campanha cinematográfica, a perícia curinga
Negociador! (pág. 96) pode ser usada para este propósito.
Aplique todos os modificadores para a perícia de Influência
que está sendo usada. Além disso, aplique todos os modifica-
dores (para o teste de reação) acima, com exceção do +1 ou +2
por conhecer Diplomacia.
• Se o teste de perícia for bem-sucedido e o teste de Vonta-
de falhar, o sujeito aceita o relacionamento proposto, com um
índice de lealdade de 1d+15.
• Se ambos os testes obtiverem sucesso, ou ambos fracas-
sarem, o alvo declina a oferta, mas sem prejuízo. Você pode
tentar novamente no próximo mês sem penalidade.
• Se o teste de perícia fracassar e o teste de Vontade for
bem-sucedido, o alvo rejeita o relacionamento proposto com
prejuízo. Tentativas adicionais estarão com -5 no NH efetivo
ou nos testes de reação (não cumulativos!).
É possível que duas ou mais pessoas busquem um relacio-
namento duradouro com a mesma pessoa. Se apenas uma
pessoa pode ter esse relacionamento (como em um cortejo, em
muitas sociedades), resolva o conflito da seguinte forma:
1. Todos aqueles que buscam o relacionamento fazem um
teste com perícias de Influência.
2. As margens de sucesso são classificadas da melhor para
pior. Um sucesso crítico está acima de qualquer sucesso nor-
mal; um fracasso crítico está abaixo de qualquer fracasso
normal.
3. Começando com o teste de maior classificação, resolva
cada oferta como uma etapa de uma Disputa de Habilidade da
perícia de Influência contra Vontade, como descrito acima.
Faça um teste de Vontade separado para cada oferta.
4. Se uma oferta for aceita, pare os testes; nenhuma outra
oferta será considerada, portanto é irrelevante se forem rejeita-
das com prejuízo.
5. Se nenhuma oferta for aceita, continue os testes contra
todos os rivais cujo teste de Influência tenha fracassado; isso
determina qual deles foi rejeitado com prejuízo (-5 para tenta-
tivas futuras).
Cortejo
Uma aplicação óbvia dessas regras é a busca de um casa-
mento ou outro relacionamento romântico duradouro. Na
verdade, outras negociações são frequentemente comparadas
ao cortejo! Para muitas culturas na Terra, presume-se que o
homem corteja a mulher. Mas mesmo com tais costumes tradi-
cionais, essas regras podem ser usadas para uma mulher
perseguindo um homem; se ela ganhar a Disputa de Habilida-
48 CARA A CARA
de, ela o induziu a se declarar. Além dos modificadores discuti-
dos acima, consulte Romance (págs. 34-35) para outros fatores
que afetam o cortejo.
Em sociedades que aceitam contatos pré-conjugais, tais
contatos podem levar a um relacionamento permanente; trate
cada contrato como uma transação bem-sucedida de curto
prazo. Em sociedades que valorizam a castidade, há uma linha
tênue entre os dois tipos de relacionamento, e uma mulher que
está buscando o casamento pode não ter interesse em relacio-
namentos de curto prazo. Em tal sociedade, o falso pretexto de
um pretendente de amor duradouro e um desejo de casamento
pode ser tratado como manipulação (págs. 43-44), usando Lá-
bia (ou às vezes Dissimulação) para conceder um bônus ao Sex
Appeal.
Em sociedades que enfatizam a autoridade familiar, o con-
sentimento dos pais de uma mulher (especialmente seu pai)
pode ser necessário para o casamento – ou pelo menos para
obter seu dote! Isso exige que o homem busque a bênção de
seus pais. As perícias adequadas para isso incluem Diploma-
cia, Trato Social ou (em alguns casos) Intimidação. A mulher
pode ajudar a persuadir seu pai com testes de perícias comple-
mentares. Em níveis sociais mais elevados, um casamento é
tanto uma aliança política (págs. 77-78) quanto um relaciona-
mento pessoal.
Algumas sociedades organizam casamentos onde a mulher
não é consultada, e apenas seus pais precisam ser persuadidos.
Neste caso, ela faz um teste aleatório de lealdade (págs. 46-47).
Se o casamento não for apenas arranjado, mas também força-
do, use os modificadores especiais para relacionamentos
involuntários. Um marido que queira um casamento feliz pode
achar útil cortejar sua esposa após a cerimônia. Neste caso, seu
teste aleatório de lealdade permanece em vigor até que o corte-
jo seja bem-sucedido, nesse ponto, é substituído pela nova
pontuação, refletindo o resultado do cortejo. O mesmo se apli-
ca à lealdade de um homem que tem uma esposa escolhida
para ele por sua família.
Algumas pessoas podem concordar em se casar, mas sem
compromisso real – seja para escapar de uma situação deses-
perada, para ganho pessoal ou por impulso repentino. Este
pode ser o resultado de uma reação Boa, Neutra ou Fraca; se
assim o for, trate o resultado da reação como um índice de le-
aldade. Ou pode refletir um sucesso mútuo ou fracasso mútuo
em uma Disputa de Habilidade; se assim o for, faça um teste
aleatório de lealdade.
VANTAGENS DE
RELACIONAMENTO
Alguns relacionamentos duradouros já estão estabelecidos
no início de uma campanha; as pessoas envolvidas são defini-
das como Patronos, Aliados, Contatos, Dependentes ou
Inimigos. Os pontos investidos nela garantem que o MJ não a
eliminará da história casualmente; a outra pessoa tornou-se
parte da lenda pessoal do PdJ.
Nem sempre é necessário anotar esses pontos. Por exem-
plo, em uma campanha baseada em um dojo ou uma sala de
armas, o mestre pode funcionar como um Patrono para todos
os PdJs – mas esse relacionamento é uma premissa de campa-
nha, e não distingue um PdJ do outro, assim como um Dever
obrigatório não distinguiria um soldado de outro em uma
campanha militar. Seu valor em pontos pode ser ignorado. Por
outro lado, se um PdJ tem um amigo rico que pode pagar por
expedições, ou uma rede de informantes para responder per-
guntas, que pode distorcer a narrativa de uma campanha,
dando ao jogador mais "tempo de câmera" do que outros joga-
dores. O custo em ponto de um Patrono ou Contato, e a
frequência de aparência do PdM, ajudam a manter isso sob
controle.
Os pontos por si só não são suficientes para adquirir um
novo Patrono, Aliado ou Contato! Um Aliado ou Patrono
disposto normalmente tem uma lealdade Muito Boa ou Exce-
lente. Então, para um novo, isso deve ser primeiro
estabelecido em jogo, seja por um teste de lealdade (págs.
46-47), gerando confiança (págs. 47-48), ou outras mudanças
de lealdade. Além disso, qualquer relacionamento voluntário
deve ser interpretado por pelo menos uma ou duas sessões, an-
tes que os pontos sejam gastos nela. Caso o jogador tenha
cumprido esses requisitos, o MJ tem a opção de simplesmente
conceder o novo relacionamento, sem exigir que os pontos de
personagem extras sejam gastos para adquiri-lo (Característi-
cas Sociais como Recompensas, pág. 19).
Patronos
Os Patronos (MB, págs. 75-77) não participam de aventuras;
em vez disso, eles são solicitados por ajuda e suporte. Um Pa-
trono geralmente pode fornecer fundos ou recursos para uma
missão. Normalmente, para obter ajuda é necessário ir até o
Patrono, mas um Patrono altamente acessível pode ser chama-
do de qualquer lugar.
Os Patronos fornecem suporte generalizado em vez de es-
pecializado (comparável a Os Benefícios de Hierarquia, págs.
62-63), por isso normalmente possuem múltiplas perícias e
vantagens. Um Patrono pode ser criado como um personagem,
mas isso não é necessário; o MJ pode inventar recursos ade-
quados conforme necessário. Um Patrono organizacional é
sempre tratado dessa forma; a extensão de seu apoio é definida
pelo seu nível de riqueza.
Os Patronos geralmente podem cuidar de si mesmos. Mas
os aventureiros com um Patrono, muitas vezes têm um Dever
para com o Patrono, e ao menos que o Dever não seja perigoso,
será necessário correr riscos. Em algumas campanhas, todos
Encontrando um Mestre
"Lealdade" normalmente se refere à atitude de um subordinado a
um superior, ou às vezes a um vínculo entre iguais. Mas um superior
pode ser dedicado a um subordinado: um professor para seu aluno,
um pai para seu filho, até mesmo um deus para seu adorador. Por
exemplo, quando um aventureiro pede para estudar esgrima ou feiti-
ços com um mestre dessas perícias, um teste de lealdade pode
determinar a atitude do mestre em relação ao aluno. Alguns mestres
aceitam apenas alguns alunos, após um longo exame; veja Gerando
Confiança (págs. 47-48). Este é um tema clássico em romances e filmes
de artes marciais!
Se o aluno mostrar dedicação real à arte, ou ganhar o respeito do
mestre por seu caráter, vale +2 para o teste de reação ou para perícias
de Influência.
CARA A CARA
com um determinado Patrono são obrigados a pegar um Dever
para com ele.
Os Patronos Individuais são normalmente confiáveis (Boa
lealdade) e esperam lealdade em troca. Patronos Relutantes
são uma exceção; eles fazem teste aleatório de lealdade, usan-
do os modificadores para relacionamentos involuntários
(págs. 46-47).
Os Patronos com fichas de personagens são construídos
com totais de pontos elevados, começando em 150% dos pon-
tos iniciais do PdJ. O custo base para isso, de 10 pontos, é o
mesmo que para aliados construídos por 10 pontos. Em algu-
mas campanhas, um "Patrono" de menor custo é apropriado: 5
pontos para 100% dos pontos iniciais do PdJ ou para 100x a ri-
queza inicial. Isso pode ser, por exemplo, um espírito com
Habilidades Especiais que está vinculado a um local fixo; um
profissional altamente qualificado que não pode deixar seu
emprego para se aventurar; ou um negócio privado, igreja do
bairro, ou escola pequena. Raramente, custos base ainda mais
baixos podem ser usados: 3 pontos para 75% dos pontos do
PdJ ou 20x a riqueza inicial, 2 pontos para 50% ou 5x, 1 ponto
para 25% ou 2x.
Contatos
Contatos, como Patronos, não participam de aventuras. Um
Contato padrão fornece uma perícia ou um tipo de favor espe-
cializado. Os favores dos contatos devem ser pequenos
(quaisquer duas opções dentre: "rápido", "não perigoso" e "ba-
rato").
Um Contato nunca é criado como um personagem e não
tem nenhum custo de ponto de personagem definido. Sua úni-
ca perícia tem, na verdade, um NH efetivo baseado nos
relacionamentos do próprio Contato, acesso a recursos organi-
zacionais e conhecimento de perícias complementares.
Ao contrário dos Patronos, os Contatos não são necessaria-
mente leais. A lealdade de um Contato reflete sua
confiabilidade: Bom para Completamente Confiável, Neutro
para Razoavelmente Confiável, Pobre para Meio Confiável, ou
Ruim para Não Confiável. Um Contato relutante deve ser trata-
do como Não Confiável.
Em algumas campanhas, um Contato pode ter um NH efe-
tivo superior a 21; isso poderia se aplicar a um deus
especializado ou o maior mestre do mundo em alguma arte
esotérica. Para cada +3 no NH efetivo, aumente o
custo base do Contato em 1.
Uma campanha cinematográfica pode permitir a
vantagem Contatos (pág. 92).
Aliados e Companheiros
Aventureiros
Os Aliados participam de aventuras, e têm intera-
ção contínua com os PdJs. Suas habilidades e
personalidades precisam ser totalmente definidas.
Sendo assim, eles têm fichas de personagem que in-
cluem uma variedade de perícias. O valor de pontos
para os Aliados é limitado a 150% dos pontos iniciais
do PdJ. Uma quantidade de pontos mais alta poderia
fazer com que os Aliados assumissem a campanha,
escanteando os PdJs – o que não seria divertido! (Ali-
49
ados não sencientes não possuem este limite, mas eles não são
realmente "relacionamentos").
Aliados geralmente possuem lealdade Muito Boa e esperam
lealdade em troca. Um Aliado está lá principalmente para for-
necer ajuda, mas se ele tiver problemas, ele precisa ser
ajudado. Isso não se aplica a um Lacaio ou a um Aliado Relu-
tante. Um Aliado Relutante tem lealdade Muito Ruim ou
Desastrosa. Um Lacaio com Mentalidade Escrava automatica-
mente tem lealdade 20; jogue a lealdade para os outros Lacaios
aleatoriamente, aplicando os modificadores para relaciona-
mentos involuntários (págs. 46-47). O conceito de lealdade não
se aplica a um Lacaio não senciente.
Um Aliado construído com 25% dos pontos iniciais de um
PdJ extremamente poderoso (como um semideus ou um su-
per) pode ser inconvenientemente poderoso. Campanhas com
altos pontos inicias podem permitir limites mais baixos com
custos base fracionados, que são multiplicados pela frequência
de aparência e pelo tamanho do grupo e depois arredondados:
Total de Pontos do Aliado Custo
5% 0,2 pontos
10% 0,4 pontos
15% 0,6 pontos
20% 0,8 pontos
Os Personagens dos jogadores que são companheiros aven-
tureiros não podem ser Aliados. No entanto, se eles tiverem
Senso de Dever (Companheiros Aventureiros), eles são obriga-
dos a se comportar como Aliados leais uns aos outros. Em
algumas campanhas, o MJ pode exigir que todos os PdJs pe-
guem essa característica, para garantir a unidade do grupo.
Empregados
Os empregados são adquiridos com dinheiro, não pontos; o
PdJ paga os seus salários. Encontrar um novo empregado re-
quer uma procura (Funcionários, págs. 26-27). Como os
Aliados, os empregados podem participar de aventuras; como
Contatos, eles fornecem uma perícia, ou uma pequena gama
de perícias, ou executam pequenos serviços. Não é necessário
fornecer uma ficha de personagem completa para um empre-
gado.
Faça um teste aleatório de lealdade (págs. 46-47) para um
funcionário. Os empregadores não precisam cuidar especial-
mente dos empregados. A maioria dos empregadores não são
Patronos, e a maioria dos empregos não valem pontos como
um Dever. Por outro lado, cuidar do bem-estar dos emprega-
dos pode aumentar sua lealdade (Lealdade em Jogo, pág. 51).
Um "empregado" involuntário é um escravo. Os testes de le-
aldade para escravos possuem modificadores especiais (págs.
46-47).
Tem muita gente pedindo meu
tempo.
– Joni Mitchell,
"Free Man in Paris"
50 CARA A CARA
Dependentes
Como os Aliados, os Dependentes participam das aventuras.
Quando eles se metem em problemas, eles precisam ser retira-
dos deles. Ser resgatado é a principal função de um
Dependente! É por isso que um Dependente conta como uma
desvantagem. De fato, o PdJ deve mostrar lealdade ao Depen-
dente, em um nível que corresponda à importância do
Dependente: Bom para um empregado ou conhecido, Muito
Bom para um amigo, Excelente para um ser amado. A lealdade
do Dependente ao PdJ é secundária, e pode não ser igual – é
possível ter um Dependente desleal. O MJ pode permitir que
um Dependente não esteja Relutante (veja pág. 95).
Um Dependente deve ter uma ficha de personagem comple-
ta. Mas seu valor em pontos é limitado; os dependentes
precisam de proteção. Um personagem cujo valor em pontos
seja superior a 100% do PdJ não vale pontos como Dependen-
te.
Um Dependente construído com 25% dos pontos de um
PdJ muito poderoso, como um super ou semideus, pode ser ca-
paz demais para precisar de qualquer cuidado. O MJ pode
permitir totais de pontos menores (mas superiores a 0) para
custos intermediários:
Total de Pontos do Dependente Custo
Não mais do que 20% -11
Não mais do que 15% -12
Não mais do que 10% -13
Não mais do que 5% -14
Senso do Dever
Um Senso do Dever não leva a missões de resgate. Persona-
gens que participam de aventuras, ou serão levados ou
ameaçados, devem ser criados como Dependentes. Um Senso
do Dever exige que você ajude contra uma ameaça mais geral,
como uma invasão em larga escala ou desastre natural, ou
contra doenças, pobreza ou maldições. Muitas vezes, isso sig-
nifica interromper uma aventura ou missão para ir aonde a
ajuda é necessária. Senso do Dever (Companheiros Aventurei-
ros) é uma exceção (veja acima).
Personagens que são o foco de um Senso do Dever não pre-
cisam de ficha de personagem. Não há restrições específicas
sobre seu valor em pontos; um Senso do Dever para um grande
grupo poderia incluir algumas pessoas extremamente podero-
sas (por exemplo, um chefe de Estado seria incluído em um
Senso do Dever para com a nação). Senso do Dever é equiva-
lente a lealdade Excelente, mas não implica em lealdade
retribuída. No entanto, ele dá +2 nas reações para ver se os ou-
tros confiam em você.
Seja cauteloso com múltiplos Sensos do Dever! Eles podem
resultar em valores de pontos inadmissivelmente altos; por
exemplo, um aventureiro com Senso do Dever (Companheiros
Aventureiros), Senso do Dever (Família) e Senso do Dever
(País) ganharia tantos pontos por eles como um com Senso do
Dever (Cada Ser Vivo). Muitas vezes é melhor tratar as pessoas
envolvidas como um único grupo com um valor em pontos ba-
seado no seu tamanho combinado (especialmente se o grupo
menor faz parte do maior, já que "minha família" pode fazer
parte do "meu país"). Por outro lado, se as lealdades forem ver-
dadeiramente distintas – particularmente se for para uma úni-
ca pessoa ou um pequeno grupo – permitir múltiplos Sensos
do Dever pode fazer sentido. Senso do Dever (Companheiros
Aventureiros) quase sempre faz sentido como uma desvanta-
gem separada. Um personagem com Sensos do Dever
conflitantes não deve ser penalizado se for forçado a escolher
entre um e o outro, desde que o jogador interprete o esforço ao
escolher.
Relacionamentos Combinados
O mesmo personagem pode ser tanto um Aliado quanto um
Dependente; veja MB, pág. 131 para as regras. Com as novas
regras para Patronos de custo menor (pág. 49), um persona-
gem também pode ser tanto um Patrono quanto um
Dependente; ele seria ameaçado, não no curso das aventuras,
mas tendo o perigo vindo até o seu local. É até mesmo possível
ser um Inimigo e um Dependente (geralmente Relutante).
Em qualquer um desses casos, o valor do personagem é o
mesmo para ambos os relacionamentos. A frequência de parti-
cipação não precisa ser. Jogue para a participação
separadamente para os dois relacionamentos diferentes. Se
ambos aparecerem, o personagem desempenha ambos os pa-
péis na mesma aventura.
LEALDADE EM JOGO
Uma vez que o índice de lealdade é determinado, ele é usa-
do para decidir como um PdM se comporta quando perder a
fé lhe parece vantajoso, ou ao mantê-la o coloca em perigo
mortal. Isso pode ser feito de duas maneiras diferentes:
• Um teste de lealdade é uma jogada de 3d contra o índice de
lealdade do PdM (veja Lealdade Pessoal, págs. 46-47). Se o teste
for menor ou igual à lealdade, o PdM se mostra digno de con-
fiança. Se for maior, ele coloca seus próprios interesses ou
desejos em primeiro lugar. Um PdM com lealdade de 20+ nun-
ca fracassa em um teste de lealdade.
• Em um teste de Influência por alguém que está tentando
induzir o PdM a trair uma confiança; a lealdade pode tomar o
lugar da Vontade, se for melhor (veja Influenciando as
Organizações, pág. 57).
Relacionamentos Contínuos
Em um relacionamento em andamento, a lealdade pode su-
bir ou cair por várias razões:
CARACTERÍSTICAS SOCIAIS EXÓTICAS
As regras anteriores, e as dos próximos três capítulos, são
para humanos normais. E os alienígenas? Inteligências artifi-
ciais? Raças mágicas? Super-seres com poderes incríveis? Eles
podem ter características que modificam as regras, ou exigem
regras variantes.
CARA A CARA
Duração dos Relacionamentos: Depois de cada ano comple-
to, faça um teste de lealdade. Um sucesso concede +1
permanente à lealdade.
Competência: Se os empregadores de um PdM alcançarem
um grande sucesso ou um fracasso desastroso em uma aventu-
ra, isso pode dar +1 ou -1 à lealdade.
Aumento do Salário: O salário normal já é levado em conta
no teste de reação inicial que determina o índice de lealdade
do PdM. Um bônus subsequente concede +1 para cada 10% do
valor base nos meses seguintes. Um aumento ou redução sala-
rial contínuo dá +1 ou -1 para cada 10% do valor base. Isso se
aplica tanto aos escravos quanto aos empregados, se eles tive-
rem permissão para possuir seus próprios bens.
Resgate: Se os PdJs correrem grandes riscos para resgatar o
PdM, faça um teste de reação com +3 ou melhor. Uma reação
Boa ou melhor significa que o PdM está grato. Se for maior do
que seu índice de lealdade anterior, ele se torna seu novo índice
de lealdade. Se um dos PdJs morreu ou ficou seriamente feri-
do, o MJ pode adicionar um bônus de lealdade adicional.
Perigo: Se um PdM não combatente for exposto a uma situ-
ação de combate, faça um teste de lealdade. O fracasso
concede -1 à lealdade por uma semana. A exposição repetida
pode tornar isso permanente.
Relacionamentos Abandonados
Para a maioria dos relacionamentos, se o PdJ deixar de es-
tar presente na vida do PdM, a relação termina. Se eles se
separaram amigavelmente, o PdM pode reagir com +1 quando
eles se encontrarem novamente; caso contrário ou se a separa-
ção foi repentina e inconveniente, com -1.
Se pontos foram investidos em um relacionamento, a sepa-
ração não necessariamente acaba com isso. Um Patrono,
Contato, Aliado, Dependente ou Inimigo permanecem como
um, mesmo que ele esteja "fora de cena" por muitas sessões. Os
aventureiros que vão em longas buscas, missões ou expedições
voltarão para encontrar estes relacionamentos ainda em anda-
mento. Mesmo um PdJ que de repente desapareceu terá a
chance de explicar o que aconteceu com ele. Isso também vale
para qualquer relacionamento com a lealdade Muito Boa ou
Excelente. Lealdade Desastrosa também pode ter esse efeito;
um PdM que odeia um PdJ suficientemente pode permanecer
obcecado por ele por um longo tempo.
A preocupação contínua com um relacionamento com al-
guém que não está em cena pode ser definida como um Voto,
seja de amor, lealdade ou vingança.
APARÊNCIA RACIAL
Para nn, existem dois tipos de Aparência. A Aparência
Individual é uma vantagem pessoal que modifica, especifica-
mente, as reações de sua espécie; certas circunstâncias, podem
afetar outras espécies semelhantes. A Aparência Racial é encon-
trada em um modelo racial; modifica as reações das espécies
dominantes ou mais comuns em um cenário, e pode afetar ou-
51
tras espécies semelhantes a ela. A aparência com o aprimora-
mento Universal (MB, pág. 21) afeta todas as espécies
igualmente, e todos os indivíduos pertencentes a elas. O mes-
mo personagem pode ter uma Aparência racial e individual, e
elas não necessariamente precisam serem iguais. Os bônus ou
as penalidades não acrescentam, a menos que qualquer uma
das Aparências seja comprada como Universal.
Exemplo: Medusa é um gorgon, um membro de uma raça
cujo rosto monstruoso transforma mortais em pedra em puro
horror. Sua Aparência racial é Horrível [-24]. Mas para outros
gorgons, ela não é realmente aterrorizante; na verdade, eles a
acham Atraente [4] e reagem favoravelmente a ela. O custo em
pontos anterior está incluído no custo do seu modelo racial,
gorgon; este último custo está no custo em pontos pessoal do
seu personagem.
PERCEPÇÃO E COMUNICAÇÃO
Habilidades sensoriais não humanas às vezes concedem be-
nefícios à percepção social.
Audição Discriminatória (MB, pág. 45), a critério do MJ,
pode conceder +4 para a perícia Detecção de Mentiras, mas
apenas para mentiras faladas.
Detectar Atividade Elétrica Cerebral, uma condição Rara
(MB, págs. 53-54), concede +2 para Psicologia (Aplicada e Ex-
perimental) em um teste de IQ bem-sucedido para análise, ou
+5 em um sucesso crítico.
Fala Subsônica (MB, pág. 60) dá +2 para Intimidação quan-
do usado além das frequências normais de fala.
Olfato Discriminatório, com o aprimoramento Percepção de
Emoções (MB, pág. 74), dá os mesmos benefícios que Empa-
tia, mas somente quando a 2 metros do alvo.
Toque Sensível (MB, pág. 96) concede +4 para Linguagem
Corporal, mas apenas em contato com o corpo todo, pele com
pele. Tecido transparente e justo reduz o bônus para +2; qual-
quer material mais pesado o elimina.
Visão Hiperespectral (MB, pág. 97) ou Infravisão (MB, pág.
65) concedem +2 a Linguagem Corporal, mas apenas quando
usada em uma raça de sangue quente.
Visão Penetrante (MB, pág. 98) nega as penalidades de Lin-
guagem Corporal por causa de roupas (MB, pág. 207).
Visão Telescópica (MB, pág. 98) pode ampliar para revelar
dilatação da pupila ou microexpressões a uma distância con-
versacional comum (1 a 2 metros); Visão Microscópica (MB,
pág. 97) faz o mesmo à uma distância muito curta (33 cm ou
menos). Qualquer uma delas concede +1 para Detecção de
Mentiras.
Raças diferentes podem usar faixas vocais ultrassônicas ou
subsônicas, ou se comunicar por meios diferentes da voz: mu-
danças de cor, flashes de luz, feromônios, campos elétricos etc.
O MJ pode definir uma variante de Voz Melodiosa (MB, pág.
100) ou Voz Irritante (MB, pág. 161) que funcione com outros
que usam o mesmo canal. Por exemplo, um cefalópode sapien-
te pode ter padrões de cor da pele extraordinariamente
simétricos e nitidamente definidos; isso daria +2 a Artista (Arte
Corporal), da mesma forma que a versão comum concede +2
a Canto.
52 CARA A CARA
Se um leão pudesse falar, nós não o
compreenderíamos.
– Ludwig Wittgenstein,
Investigações Filosóficas
REAÇÕES ALIENÍGENAS
Muitas raças não humanas têm características sociais que
os fazem reagir de forma diferente dos humanos; O GURPS
Space oferece uma extensa lista dessas características. Carac-
terísticas sociais muitas vezes dão origem a modificadores de
reação. Por exemplo, membros de uma raça com baixa socia-
bilidade teriam Solitário (12) ou (9) e reagiriam com -2 ou -3 a
qualquer pessoa que entrasse em seu espaço pessoal. Outras
características evitam completamente as reações, por exem-
plo, uma raça que se reproduz assexuadamente teria a
peculiaridade Assexuado e nunca responderia ao cortejo ou se-
dução.
Essas características também afetam os testes de Vontade
para resistir à influência. Uma tentativa de influenciar um
membro da raça, de tal maneira que seus modificadores de re-
ação favoreçam a diminuição de sua Vontade ao resistir à
influência, se seus modificadores de reação se opõem à ação,
eles aumentam sua vontade de resistir. Por exemplo, um mem-
bro de uma raça com Solitário (9) resistiria com Vontade-3 ao
ser convocado para uma missão solo, mas resistiria com Von-
tade+3 a um convite para se juntar a seus aliados em uma
noite.
As raças também podem ter desvantagens mentais que pro-
duzem automaticamente alguma forma específica de
comportamento em um teste de autocontrole fracassado,
como Fúria, Compulsão ou Fobias – ou sempre, como Insensí-
vel ou Paranoia. Estas podem ditar suas respostas a alguns
encontros sociais. Algumas delas também modificam as rea-
ções de outras raças a elas.
As sociedades não humanas serão moldadas por essas ca-
racterísticas! Elas evitarão maneiras de fazer coisas que vão
contra seu padrão de comportamento natural. Fazê-las supe-
rar essa relutância exige testes de influência, ou testes contra
Liderança ou outras perícias sociais. As sociedades com NC
alto podem exigir comportamento "não natural" com mais fre-
quência do que sociedades com NC baixo.
PREENCHENDO AS LACUNAS
As coisas ficam interessantes quando membros de diferen-
tes raças precisam interagir socialmente. Os modificadores
padrões para seres humanos com diferentes origens também
se aplicam entre diferentes espécies: penalidades pelo domínio
limitado de um idioma (MB, pág. 24) ou por não está familia-
rizado com uma cultura (MB, pág. 23). Mas características
físicas e mentais também possuem efeitos!
Modificadores fisiológicos baseados na estrutura corporal
(MB, pág. 207) afetam Linguagem Corporal. Os mesmos modi-
ficadores se aplicam a Mímica/Pantomima, quando usada
entre indivíduos que não têm um idioma em comum.
 O uso de diferentes canais de comunicação limita a intera-
ção social. Se uma raça pode perceber o canal da outra, mas
não o usa, o uso de perícias sociais por este canal fica limitado
da mesma forma que para comunicação de texto (pág. 39). Voz
Melodiosa (ou seus análogos; veja acima) ainda concede bene-
fícios para perícias puramente estéticas que não requerem
compreensão. Para uma raça cujos sentidos captam deficiente-
mente o canal, aplique os modificadores para comunicação de
baixa definição (Voz a Voz, págs. 38-39). Se uma raça não pode
sequer perceber o canal da outra, elas estão limitadas a gestos
ou linguagens de sinais (possivelmente modificados pela fisio-
logia). A tecnologia pode criar dispositivos para comunicação
de texto. Tecnologia suficientemente avançada, psiquismo, ou
mágica pode permitir a comunicação através de realidade vir-
tual (Presença Virtual, pág. 38) ou realidade aumentada (pág.
39).
Diferenças psicológicas dão modificadores comparáveis
aos modificadores fisiológicos (MB, pág. 207), que se aplicam
ao usar Antropologia, Detecção de Mentiras, Linguística, Psi-
cologia e Sociologia em membros de raças diferentes. Um teste
bem-sucedido contra a especialidade racial relevante de Psico-
logia permite que você evite essas penalidades nas outras
perícias afetadas. Os modificadores são os seguintes:
CARA A CARA
Mentalidade semelhante: -2 (humano contra outro primata)
a -4 (humano contra qualquer espécie de vertebrado sapiente).
Mentalidade Muito Diferente: -5 (humano contra
invertebrados sapientes).
Totalmente Alienígena: -6.
REPUTAÇÕES RACIAIS
É possível que uma raça inteira tenha uma Reputação, para
o bem ou para o mal, incluída em seu modelo racial; por exem-
plo, por ser altamente racional ou imprevisivelmente violenta.
Isso normalmente significa como a raça é vista por outras ra-
ças em geral ou pela sociedade de referência (págs. 12-13).
Uma Reputação que afeta apenas algumas outras raças possui
um valor em pontos reduzido. Tal reputação pode ou não ser
justificada! Um membro individual da raça tem a opção de
comprar Reputação através de suas próprias realizações pes-
soais ou falhas.
53
 CAPÍTULO QUATRO
O HOMEM DA
ORGANIZAÇÃO
"Srta. Trulove, esta é a Srta. Haines."
A placa de identificação na mesa de metal dizia:
JANE TRULOVE
CHEFE DE TI
A mulher atrás da mesa levantou-se e olhou para Bernice.
Óculos de aros de aço pendiam de uma corrente no seu pescoço,
mas ela os deixou cair. Uma rápida olhada em seu terno – nada
barato, mas durável em vez de na moda – fez Bernice feliz por ter
usado sua roupa mais adulta.
"Obrigada, Gladys. Como vai você, Srta. Haines? Ela ofereceu
a mão. "Me disseram que você tem uma carta de recomendação?"
"Sim, senhora, da Srta. Latimer, minha professora de
matemática." Bernice a segurou sem ser convidada.
A Srta. Trulove colocou seus óculos e rapidamente examinou a
página bem escrita. Só então ela pediu a Bernice para se sentar.
"Daphne Latimer fala muito bem de suas habilidades. Presumo
que você seja uma das suas alunas atuais?"
A pergunta que Bernice temia. "Sim, Srta. Trulove, em Álgebra
II. Eu sou uma júnior. Srta. Latimer tem me ensinado,
particularmente, geometria analítica.
Os olhos por trás das armações metálicas ficaram atentos, e
Bernice passou os minutos seguintes revendo seus estudos. . .
seções cônicas, equações cúbicas, determinantes. Ela confessou
não ter estudado física ainda. Parece que fogos de artifício vieram
da janela atrás da mesa, forçando-a a levantar a voz levemente. Só
depois a entrevista voltou-se para questões práticas.
PROCURANDO POR ORGANIZAÇÕES
Encontrar uma organização funciona como encontrar uma
pessoa e envolve um teste de procura semelhante (pág. 26). No
entanto, as procuras organizacionais não possuem os interva-
los padrões. Se você não encontrar uma da primeira vez, é
provável que em uma nova procura, nada mude. Você pode
procurar quantas vezes quiser, mas com -2 acumulativo por
fracasso anterior. Eventualmente você ficará sem lugares para
procurar.
Sendo maiores, as organizações são mais fáceis de identifi-
car! O MJ deve decidir o tamanho típico do tipo de
54 O HOMEM DA ORGANIZAÇÃO
"Isso aqui é uma guerra, Srta. Haines, e nossos problemas são
escolhidos não por seu interesse matemático, mas por sua
utilidade. Você pode fazer um trabalho repetitivo, às vezes até
tedioso sem perder sua concentração?
"É o trabalho que eu esperava fazer depois da faculdade; Srta.
Latimer me contou sobre sua organização quando estávamos
discutindo sobre isso. Tenho certeza de que será mais interessante
do que bordado!"
Isso poderia quase ter sido um sorriso. "Seus pais se oporão ao
seu emprego e à inevitável interrupção da sua escolaridade?"
"Meu irmão Ronald se alistou no seu aniversário de 18 anos,
uma semana após o ataque de Pearl Harbor, sem terminar seu
último ano. Mamãe me disse que eu poderia tentar."
"Bem, então, vamos medir suas habilidades."
A Srta. Trulove levou Bernice pelo corredor. Ela bateu em uma
porta, olhou para dentro, e perguntou: "Rose, você pode
supervisionar para mim?"
Seguindo-a, Bernice viu uma jovem oriental olhando por cima
de uma mesa. Apenas o treinamento rigoroso de sua mãe manteve
sua surpresa escondida quando a Srta. Trulove disse: "Srta.
Hashimoto será sua monitora de teste. Você tem noventa minutos.
Por favor, informe-a quando terminar."
A interação social com as organizações utiliza a mesma me-
cânica básica que a interação com indivíduos e pequenos
grupos. As diferenças estão nos detalhes: os modificadores, as
perícias específicas utilizadas e as consequências.
organização que você está procurando, e aplicar um modifica-
dor adicional baseado nele. Para uma única pessoa sem
localização fixa, use Procurando Pessoas (págs. 26-29) em vez
disso.
Tamanho Mod. Tamanho Mod.
Loja de um homem só -1 21-100 funcionários +2
2-5 funcionários 0 100-1.000 funcionários +3
6-20 funcionários +1 Mais de 1.000 funcioná- +4
rios
SERVIÇOS
Encontrar um serviço é muito parecido com encontrar um
funcionário (págs. 26-27). As seguintes perícias são adequadas
para substituir o IQ:
• Comércio para empresas que vendem "para o mercado".
• Propaganda para divulgar a procura (por exemplo, licita-
ções públicas).
• Trato Social (Alta Sociedade) para estabelecimentos que
atendem às classes altas ou outros grupos.
• Trato Social (Máfia) para localizar uma organização cri-
minosa ou uma organização corrupta de aplicação da lei.
• Manha para localizar uma pequena empresa criminosa.
• Qualquer perícia profissional ou ocupacional para locali-
zar serviços por meio de conexões profissionais; por exemplo,
Carpintaria para localizar uma madeireira, Medicina para lo-
calizar um hospital, ou Escrita para localizar uma editora.
No geral, os modificadores para encontrar serviços são os
mesmos que para encontrar funcionários. "Publicidade" pode
ser interpretado como gastar dinheiro em rede de contatos e
obter referências.
Essas regras supõem que o serviço tem uma clientela espe-
cializada; por exemplo, as classes altas, comerciantes
comprando no atacado, ou devotos de bordéis ou antros de
ópio. Se o serviço busca ativamente a clientela através da pu-
blicidade ou da visibilidade pública, o MJ deve aplicar +5, ou
mesmo dizer que esses serviços estão automaticamente dispo-
níveis sem um teste de procura.
Ao contrário de um funcionário, um serviço é comumente
contratado para um único trabalho. Mesmo para contratos de
longo prazo, os serviços não fazem testes de lealdade; tratam
os clientes de acordo com sua política e cultura organizacio-
nal, não atitudes individuais (mas veja Um Entendimento
Particular, pág. 59).
Obtenha o favor dos governantes. . .
INVESTIDORES
De certa forma, os investidores são um serviço especializa-
do. Eles fornecem financiamento – desde subvenções para
projetos sem fins lucrativos até capital para empresas. Um tes-
te de IQ não modificado é o suficiente para pequenas
concessões ou empréstimos (não mais do que um mês de salá-
rio). Outras fontes de financiamento quase sempre requerem
um teste de perícia:
• Administração para obter subsídios para empreendimen-
tos sem fins lucrativos.
• Finanças para qualquer empreendimento comercial.
• Política para ganhar o apoio de governantes, autoridades
da igreja ou pessoas semelhantes para um grande projeto.
• Trato Social (Alta Sociedade) para encontrar um "anjo"
rico.
• Manha para alguém desesperado o suficiente para ir até
um agiota ou usurário.
O HOMEM DA ORGANIZAÇÃO
Os modificadores de procura são os mesmos que para ou-
tros serviços. "Publicidade" muitas vezes significa causar uma
boa impressão com roupas, entretenimento e passeios turísti-
cos adequados. Os modificadores adicionais são os seguintes:
Garantia: +3 para obter um empréstimo totalmente
garantido.
Empréstimo Grande: -1 para encontrar um empréstimo no
valor de até dois meses de renda, -2 por até cinco meses, -3 por
até dez meses, e um adicional -3 para cada 10x adicionais ao
valor.
Reputação: Qualquer uma que se aplique à solvência
financeira, ao julgamento empresarial, a uma causa digna ou
indigna etc.
Capital de Risco: -3 para encontrar um empréstimo para
uma startup de alta tecnologia, caça ao tesouro etc.
FONTES DE INFORMAÇÃO
Informações podem ser obtidas tanto de organizações
quanto de indivíduos (Informantes, págs. 27-28). Tais organiza-
ções normalmente mantêm arquivos de documentos, sejam
manuscritos, impressos ou eletrônicos. Uma organização tam-
bém tem uma equipe que pode responder perguntas; mas,
exceto em ambientações de baixa tecnologia com tradições
orais, a equipe depende do arquivo para a maioria das suas
próprias informações.
Arquivos de tipos diferentes requerem testes de procura di-
ferentes:
• Um arquivo aberto, como uma biblioteca pública ou um
registro de título de propriedade: IQ com +5. O MJ pode dis-
pensar o teste de procura, ao decidir que não existem arquivos
para se encontrar ou que o encontrar seria algo trivial.
• Um arquivo privado, como um obituário: IQ.
• Um arquivo com uma finalidade especial: Uma perícia
adequada, com o pré-definido se necessário – Administração
para documentos governamentais, Heráldica para genealogias
aristocráticas, Jurisprudência para decisões e precedentes ju-
diciais, Pesquisa ou perícias de conhecimento para uma
biblioteca acadêmica, e assim por diante.
• Um arquivo secreto: Pode exigir uma perícia sem pré-de-
finido em IQ, como Conhecimento Oculto, ou uma vantagem
como Permissão de Segurança e um teste de IQ.
Depois de encontrar o arquivo, você precisa procurar o do-
cumento adequado. Se você fizer sua própria procura, use
Administração ou Pesquisa; veja Low-Tech para modificadores
detalhados. Em NT8 ou acima, Operação de Computadores é
uma perícia complementar (pág. 25). Para solicitar ajuda, uti-
lize Pedidos de Informação (pág. 33).
REPARTIÇÕES PÚBLICAS
Os arquivos são apenas uma das funções do governo. Os
aventureiros podem ter motivos para procurar outras reparti-
ções públicas: para passar informações, denunciar um crime
ou relatar uma emergência, registrar documentos legais, soli-
citar permissão para fazer algo, obter financiamento,
influenciar funcionários ou até mesmo pagar seus impostos!
55
 A maioria das comunidades de qualquer tamanho possuem
uma repartição do governo principal, desde o castelo de um se-
nhor da aldeia até a prefeitura de uma cidade grande. Este é
um símbolo de orgulho da comunidade e altamente visível: os
testes de procura são com +5. Há apenas uma por comunida-
de, então use a regra de Indivíduos Conhecidos (págs. 28-29):
Os modificadores de procura são negativos para grandes co-
munidades e positivos para as pequenas. Não aplique
penalidades para procuras repetidas; os pesquisadores podem
continuar procurando até encontrá-la. Se não houver um para
encontrar, está será uma decisão do MJ, não o resultado de da-
dos aleatórios.
Repartições públicas especializadas exigem diferentes testes
de procura para serem encontradas:
PORTEIROS
Encontrar uma organização nem sempre é o suficiente. Às
vezes entrar é um problema per si! Muitas organizações públi-
cas, e quase todas as privadas ou secretas, possuem um
porteiro para examinar as pessoas. No geral, isso depende de
um teste de reação (Resultados de Obtendo Acesso, pág. 89),
com os seguintes modificadores:
Suborno: Veja pág. 58.
Referência: +2 para uma indicação individual especial (por
exemplo, o gângster que pode dizer "Big Eddie me enviou", ou
o viajante com uma carta de apresentação). Reivindicar
Hospitalidade pode conceder isso.
Nível de ameaça: -2 por carregar abertamente armas além
do habitual, seja uma AK-47 ou um cajado de mago, ou -4 se
estiverem prontas para uso, ou em uma postura que sugira
prontidão de combate. -4 adicionais por uma intenção hostil
evidente (veja Motivos, pág. 30).
PEDINDO BENEFÍCIOS
Conseguindo passar pelo porteiro possibilita encontrar al-
guém que tome decisões. Em uma pequena organização, esta
pode ser a pessoa responsável; em uma maior, será um empre-
gado, servo ou voluntário.
TESTES DE REAÇÃO
ORGANIZACIONAL
Indivíduos que tomam decisões em nome de uma organiza-
ção usam diretrizes ligeiramente diferentes para os testes de
reação. Além das regras mais específicas abaixo, um teste de
Administração bem-sucedido pelo PdJ lhe concede +2 em to-
dos os testes de reação.
• As transações comerciais (págs. 31-33) ocorrem quando
alguém quer comprar ou vender para uma organização, ou pa-
gar por seus serviços. Isso só se aplica à linha de negócios da
organização. Ofertas envolvendo coisas que não são negocia-
56 O HOMEM DA ORGANIZAÇÃO
• Repartições que lidam diretamente com o público (como
aterros sanitários, delegacias e repartições fiscais): IQ.
• Repartições que atendem clientelas especializadas ou
exercem funções governamentais internas: Uma perícia ade-
quada, ou o seu pré-definido se necessário – tipicamente
Administração, Jurisprudência, Política ou Trato Social
(Exército ou Polícia). A Perícia Profissional (Jornalista) tam-
bém aborda isso.
• Filiais do governo que não são conhecidas publicamente:
Descobrir que elas existem requer uma alta Hierarquia, uma
Permissão de Segurança ou um teste de Análise da Informa-
ção. Rastreá-las sem ajuda requer outro teste de Análise da
Informação, às vezes com uma penalidade igual ao NC.
Visivelmente "Como Nós": +1 por ser da mesma minoria
étnica, religiosa etc.; vestindo o mesmo uniforme etc.; -1 por
pertencer visivelmente a um grupo diferente – ou pior, se os
dois grupos se opõem de alguma forma.
Se os PdJs não conseguem entrar, eles podem contar com
uma comunicação menos direta; veja Interação Indireta (págs.
38-39).
Algumas organizações fornecem formulários padrões para
pessoas que desejam lidar com elas: pedidos de emprego, for-
mulários de compra e assim por diante. Formulários
submetidos de pedidos rotineiramente concedidos podem ser
processados sem maior interação; trate tais respostas como re-
ações neutras automáticas. Formulários que pedem benefícios
mais substanciais, como pedidos de emprego, exigem um teste
de reação (veja Empregos, pág. 27, por exemplo).
Você precisa passar pelo porteiro antes de
influenciar a organização
das serão recusadas, e organizações não comerciais reagem
mal às ofertas de pagamento (faça um teste de reação geral
com -3). Algumas organizações possuem preços fixos; com
uma reação Boa ou melhor, um pedido de desconto pode ser
encaminhado a um supervisor.
• Pedidos de ajuda (pág. 33) utilizam as regras normais,
modificadas pelos seguintes tipos de organizações:
Organização de Serviço Público: +3.
Organização de Ajuda Mútua (ex.:, um Sindicato dos
Trabalhadores): +3 quando abordada pelos membros. -3
quando abordadas por não-membros – ou sem modificador,

Engenharia Social
A frase "engenharia social" é usada na comunidade de hackers de
computadores para descrever o acesso a um computador ou rede
através da manipulação de pessoas, em vez de procuras físicas por
senhas (em lixeiras, em post-its sob um bloco de mesa, e assim por
diante) ou métodos técnicos para quebrar um sistema seguro. O con-
sultor de segurança de computadores, Kevin Mitnick, popularizou a
frase. Ele alegou que era geralmente mais fácil enganar as pessoas do
que derrotar o software.
A abordagem direta é fazer com que um usuário revele uma se-
nha. Isso pode ser feito com Lábia ou Dissimulação; veja Enganação
(págs. 42-46) para detalhes. Por exemplo, uma série de chamadas
que afirmam ser de um funcionário do suporte técnico encontrará
mais cedo ou mais tarde alguém de fato com um problema, que pode
ser treinado para digitar comandos que concedem a um intruso aces-
so ao seu computador ou rede. Perícias como Administração,
Intimidação ou Sex Appeal podem complementar a perícia primária.
Com suborno (pág. 58) também é possível; um estudo britânico em
2003 afirmou que, caso lhe oferecessem uma caneta no valor de al-
guns dólares, 90% das pessoas abordadas revelariam suas senhas!
A abordagem indireta é obter um funcionário que de fato é do su-
porte técnico para configurar uma conta falsa. Isso pode ser feito
com a perícia Dissimulaçãoo, mas não com Lábia, pois é um projeto
de longo prazo. O uso complementar da perícia Falsificação pode cri-
ar credenciais falsas. Alternativamente, o alvo pode ser influenciado
a criar conscientemente uma conta para um possível intruso, por su-
borno ou chantagem (pág. 59).
Vítimas em potencial podem substituir Perícia Abrangente (Segu-
rança de Computadores) por IQ, se este for melhor. O pessoal de
segurança computacional, ou funcionários altamente preocupados
com a segurança, resistem à engenharia social com +3. Bom Senso
pode fornecer proteção contra enganações óbvias.
INFLUENCIANDO AS
ORGANIZAÇÕES
As perícias de influência podem obter a cooperação
das organizações, fazendo com que uma pessoa dentro
da organização tome uma decisão favorável. Algumas
perícias tentam persuadir o tomador de decisão de que
o pedido atende aos propósitos da organização. Estas
são resistidos pela Vontade:
• A Diplomacia pode ser usada para argumentar
que fazer algo realmente serve aos interesses ou objeti-
vos da organização.
• Lábia pode confundir temporariamente um PdM
sobre quais são os objetivos da organização e como eles
podem ser atendidos.
• Em transações comerciais, Comércio pode ser
usada para um teste de Influência. Ajuste o NH efetivo
em +1 ou -1 para cada 10% pelo qual o acordo proposto
favorece respectivamente a organização ou o PdJ.
Outras perícias tentam induzir o tomador de deci-
são a agir sobre seus interesses ou desejos pessoais, em
vez de seu dever para com a organização. Estas são re-
sistidas pelo maior entre a Vontade do tomador de
decisão (com +3 se ele sofrer punição severa por que-
bra de confiança) e a sua lealdade (págs. 46-47) à
organização:
• Sex Appeal é usada para flertar com um PdM, ou
fasciná-lo.
• Intimidação pode ser usada para assustá-lo.
• Trato Social ou Manha podem obter um favor
para alguém com o mesmo histórico.

caso eles se beneficiem indiretamente (como ao obter boa
publicidade ou empossar um candidato político simpático).
• Os pedidos de informação (pág. 33) podem ter reações fa-
voráveis ou desfavoráveis por várias razões:
Inclinação Profissional: +2 a +4 se a principal função da
organização for fornecer informações (como em uma
biblioteca) ou se desejar se divulgar. -2 a -4 para perguntas
sobre metas particulares ou questões potencialmente
embaraçosas.
O questionador possui Credenciais de Imprensa Legítimas: +2.
• As informações fornecidas (págs. 33-34) recebem os mo-
dificadores padrões, juntamente com um adicional de -3, caso
as informações possam envergonhar a organização ou forçá-la
a alterar seus planos.
• As reações gerais (pág. 31) devem ser usadas para cobrir
qualquer outra situação.
PERÍCIAS ORGANIZACIONAIS
COMPLEMENTARES
Perícias que se concentram em lidar com organizações po-
dem complementar (pág. 25) os testes de Influência com os
seus representantes. Isso representa o uso do conhecimento da
organização para estruturar o pedido de uma maneira fácil de
responder, para que o representante não precise se esforçar ao
concedê-la. Se o teste for bem-sucedido, dê uma dica sobre o
que dizer, além de conceder o bônus.
• Administração funciona com quase todos os pedidos a
uma grande organização.
• Finanças pode ser usada para fazer uma boa apresenta-
ção sobre uma solicitação de financiamento, seja como uma
aquisição, um empréstimo ou uma concessão.
• Conhecimento Oculto (Conspirações) ajuda a lidar com
conspirações espalhadas por toda a sociedade, em ambienta-
ções onde tais conspirações existam.
• Análise da Informação torna possível descobrir os planos
ocultos de uma organização.
• Jurisprudência pode enquadrar uma ação como legal-
mente adequada ou até mesmo obrigatória.
• Filosofia pode prever como um representante de uma or-
ganização ideológica pensará sobre uma questão, e sugerir

O HOMEM DA ORGANIZAÇÃO 57
formas de apresentar a ação desejada em termos eticamente
ou politicamente adequados.
• Política é especialmente útil com pessoas que definem
políticas, em vez de executá-las, especialmente aquelas que
ocupam cargos eletivos.
• Estratégia ajuda a descobrir o que uma organização mili-
tar está planejando, ou quais são as suas opções, antes de uma
batalha começar.
• Teologia atua como Filosofia, acima, mas para uma orga-
nização religiosa.
• Qualquer conhecimento ou perícia relacionada ao traba-
lho relevante para a função da organização pode ajudar a
encontrar uma justificativa em termos do que essa função exi-
ge.
Passando Pelos Canais Apropriados
Em vez de usar as perícias acima para complementar um
teste de Influência, os aventureiros podem usá-las diretamente
para obter a cooperação da organização. Isso representa a ob-
tenção de benefícios não através de um representante
específico, mas através de formulários e procedimentos pa-
drões.
Um pedido que seja claramente parte da missão da organi-
zação requer apenas um teste de perícia, com +5 para os
pedidos de rotina, ou não modificado para os pedidos inco-
muns. O MJ pode até dispensar o teste para um pedido de
rotina se os candidatos tiverem a perícia melhor que o pré-de-
finido.
Para um pedido questionável – que esteja fora da missão,
requeira grandes recursos ou que exista o risco de uma má pu-
blicidade (qualquer publicidade, para uma organização
secreta) – o resultado é determinado por uma série de Disputas
Normais de habilidade. Como regra geral, o NH efetivo da or-
ganização é igual a 12 mais o nível de Hierarquia do seu
diretor. A organização e o candidato usam a mesma perícia.
Faça o teste uma vez por dia para pedidos simples, ou uma vez
por semana para os complexos, até que uma decisão seja to-
mada.
SUBORNO
Um suborno é um pagamento em dinheiro ou um favor
dado para induzir alguém em uma posição de confiança a fa-
lhar nos seus deveres. As regras apresentadas aqui também
podem ser usadas para outras situações, como suborno de pes-
soas que devem obrigação a indivíduos (por exemplo, um
empregado pessoal). Eles geralmente não se aplicam às transa-
ções comerciais, onde o dinheiro faz parte do negócio
principal, não um incentivo extra. No entanto, o suborno, atra-
vés de uma propina, pode obter um preço mais favorável do
empregado de um comprador ou de um vendedor.
Oferecer um suborno concede um bônus no teste de reação.
O tamanho do suborno depende da remuneração mensal do
beneficiário. Este, se necessário, pode ser estimado a partir do
seu nível de riqueza e NT (MB, pág. 517). Um suborno para al-
guém que seja Falido deve se basear na remuneração padrão
de alguém que seja Pobre, mas seguido de um bônus de reação
adicional de +2. Um teste de percepção social para julgar o Sta-
tus (pág. 29) pode ajudar na escolha de uma quantidade
58 O HOMEM DA ORGANIZAÇÃO
adequada. Os bônus são proporcionais aos aumentos da confi-
abilidade de um suborno oferecido a um Contato (Dinheiro é
Poder, MB, pág. 49):
Quantidade Percentagem da
de Suborno Remuneração Mensal Bônus*
Renda de um dia 5% +1
Renda de uma semana 25% +2
Renda de um mês 100% +3
Renda de um ano† 1200% +4
* Adicionar +2 para um beneficiário Falido (veja o texto aci-
ma).
† Para uma progressão mais consistente, o MJ pode querer
mudar esse para seis meses de renda (600%).
A forma como as pessoas reagem aos subornos importa
mais do que a quantia oferecida.
Em muitas situações, sair e oferecer dinheiro, ou pergun-
tar: "Quanto?" é um insulto. Faça um teste de reação geral com
-4 depois de uma oferta tão inapropriada. Um teste sem resis-
tência de Administração, Política, Trato Social ou Manha pode
identificar uma abordagem mais discreta, envolvendo um pre-
sente ou um favor, em vez de dinheiro. Os modificadores de
suborno também se aplicam a situações em que um presente
ou favor incentiva uma reação favorável, mesmo que o benefi-
ciário não o considere como um pagamento. Veja Pedidos de
Informação (pág. 33), Recreação (pág. 34) e Romance (págs. 34-
35), por exemplo.
É provável que um suborno muito pequeno (menor que um
dia de remuneração) seja considerado como um sinal de des-
prezo: faça um teste de reação geral com -2. No entanto, em
algumas situações, pequenos subornos são aceitos e até mes-
mo habituais. Eles não produzem um bônus de reação, em vez
disso, eles são um comportamento normal na situação, e saber
como e quando oferecê-los está incluído em várias perícias de
Influência. Por exemplo, se a polícia aceita subornos, Manha
incluiria saber o que pagar para escapar de uma multa de trân-
sito. Qualquer pessoa incapaz ou relutante em pagar não pode
usar a perícia de Influência, e recebe -2 nos testes de reação,
normalmente expresso como um pequeno assédio que não
quebra as regras de fato, por exemplo: uma mesa ruim em um
restaurante, longos atrasos na obtenção de um requerimento
processado, ou aplicação rigorosa das leis de trânsito.
Código de Honra (Profissional ou Soldado) ou Honestidade
podem impedir alguém de aceitar um suborno, Honestidade
também pode impedir a oferta de um. Cobiça exige um teste
de autocontrole para recusar um suborno (veja MB, pág. 137
para saber sobre os modificadores). Avareza exige um teste de
autocontrole para pagar um!
Com funcionários do governo encontrados aleatoriamente,
o valor de Corrupção definido no GURPS Cidades pode ser
usado para medir aproximadamente quanto um suborno com-
prará. Em uma cidade com Corrupção 0, os funcionários
reagem com -4 a qualquer oferta de suborno. Encontrar al-
guém que possa ser comprado exige uma investigação
meticulosa. O MJ pode achar conveniente definir um valor in-
terno de Corrupção para os funcionários de uma organização
privada.
CHANTAGEM E ESPIONAGEM
Chantagem é ganhar a submissão de outra pessoa ameaçan-
do revelar algo que ele deseja esconder: em termos de GURPS,
um Segredo. A ameaça geralmente é tornar a informação pú-
blica, mas revelá-la a um ente querido, a um empregador ou às
autoridades legais pode ser igualmente convincente. Isto é um
teste de Influência baseado em Diplomacia, com várias carac-
terísticas especiais:
• O NH efetivo recebe um bônus com base nas consequên-
cias do Segredo sendo revelado: +1 por um problema grave, +2
por uma rejeição grave, +4 para prisão ou exílio, +6 por perigo
de morte.
• Demandas por quantias maiores são mais propensas a se-
rem rejeitadas. Use os mesmos modificadores de subornos
(Suborno, pág. 58), mas como penalidades ao invés de bônus.
• Propaganda pode ser utilizada como perícia complemen-
tar (pág. 25), ao mapear uma campanha de denúncia pública
sugerida.
• Ninguém reage bem às tentativas de chantagem! Perder
a Disputa produz uma Reação Muito Ruim, e sem a opção de
substituir por um teste de reação normal.
A Descoberta do Segredo precisa ser interpretada. Às vezes
o chantagista descobre por pura sorte. Às vezes é preciso inves-
tigar. Após observar ou coletar provas, faça um teste de
Criminologia, Análise da Informação ou Psicologia (Aplicada).
Como as pessoas se esforçam mais para encobrir um segredo
RELACIONAMENTOS CONTÍNUOS E
CARREIRAS
As pessoas geralmente lidam com as organizações mais de
uma vez, e desenvolvem relacionamentos contínuos com elas.
A formação de um relacionamento contínuo é muitas vezes a
razão para abordar uma organização.
UM ENTENDIMENTO
PARTICULAR
Uma pessoa fora de uma organização pode conhecer al-
guém de dentro que pode mantê-la informada, fazer-lhe
favores, ou levá-la para ver alguém do alto escalão. Esse relaci-
onamento pré-existente pode ser definido como um Contato
(Vantagens de Relacionamento nas Organizações, pág. 63). Se o
relacionamento é recém-formado durante o jogo e ainda não
foi adquirido como um Contato, abordagens contínuas à mes-
ma pessoa fornecem +1 nos testes de Influência ou +2 nos
testes de reação, começando após duas abordagens bem-suce-
didas.
"Acontece que eu conheço alguém na agência" é um pedido
adequado para Serendipidade (MB, pág. 89). O MJ deve apro-
var tais coincidências se os jogadores as sugerirem, e conceder
os bônus apropriados.
O HOMEM DA ORGANIZAÇÃO
perigoso, este teste recebe uma penalidade baseada no tama-
nho do Segredo: -1 por um problema grave, -2 por uma
rejeição grave, -4 para prisão ou exílio, ou -6 para um perigo
de morte. O MJ pode atribuir mais modificadores baseados na
natureza do Segredo e no quão bem escondido ele considera
que esteja.
Alguns chantagistas criam um Segredo, fazendo com que o
alvo faça algo ilegal ou vergonhoso. Esta é a base do jogo do
texugo (pág. 44), por exemplo. Um chantagista que instiga o
alvo pode usar Lábia ou Propaganda como uma perícia com-
plementar à Diplomacia para fazer o ataque parecer pior do
que é.
As agências de espionagem muitas vezes levam o processo
um passo adiante: uma vez que pressionam um alvo para trair
seu empregador, eles podem usar a ameaça de exposição para
motivar novas traições. Com boas perícias de Influência, um
alvo pode passar de um pequeno passo em falso até uma alta
traição. A penalidade na perícia depende da magnitude da trai-
ção. Trate a traição como um novo Segredo e subtraia o
modificador pelo nível do Segredo, em vez de adicioná-lo.
Uma variação dessa abordagem é criar falsas evidências de
irregularidades – por exemplo, plantar drogas em alguém, em
sua casa ou seu carro, e depois "descobri-las". Qualquer tenta-
tiva de fazer isso deve ser interpretada, com testes de perícias
como Surrupiar, Punga, Prestidigitação e Contrabando. Se o
alvo estiver em guarda, trate isso como um Disputa Rápida
contra Observação ou Manha baseada em Per.
OBTENDO UM EMPREGO
A maneira mais fácil de conseguir um emprego é procurar
um, conforme definido nas regras padrões (MB, pág. 516) e em
Empregos (pág. 27). Isso resulta em encontrar um emprego que
use as perícias do pesquisador, com uma organização aleatória
que precisa desse tipo de funcionário. O MJ tem a liberdade de
decidir que o trabalho é para um empregador específico, caso
isso aprofunde a trama.
Se um PdJ se familiarizar com uma organização no decor-
rer de suas aventuras, ele poderá trabalhar para essa
organização específica. A maneira mais simples de fazer isso é
simplesmente pedir um emprego. Isso exige um teste de rea-
ção (Resultados de Contratação, pág. 89). Use a mesma
abordagem em um contato frio com um empregador em po-
tencial – por exemplo, um ladrão ou espião que busca acesso a
ativos ou informações. Os seguintes modificadores se aplicam:
Perícia Administração: +1 se você a tiver ou +2 se você a tiver
NH 20+.
Dinheiro Gasto: Veja Suborno (pág. 58). Isto não precisa
representar um suborno de fato. Oferecer realmente um
suborno a uma organização que não seja corrupta, produz
59
uma reação pior. Em vez disso, pode representar
roupas bonitas e boa aparência, despesas de viagem,
pesquisas sobre o trabalho, e afins. Agendas Secretas
Salário Desejado: -1 para cada 10% sobre o salário Nem todos os funcionários têm em mente os melhores interesses de
padrão desejado, ou +1 para cada 10% abaixo (até seus empregadores. Um funcionário pode querer perseguir seus pró-
um máximo de +10 para um emprego voluntário ou prios objetivos às custas do seu empregador – roubar, obter crédito por
aprendiz não remunerado). um trabalho que não fez, ou espionar para um concorrente ou para a
Recrutamento: -3 por um contato frio (por aplicação da lei. O problema é mais amplo do que o mundo dos negó-
exemplo, andando na rua). +3 se o emprego for cios; é também o que um vizir perverso precisa fazer para esconder
anunciado publicamente ou se você sabe que eles seus crimes do sultão – ou o que um sábio e bom vizir faz para contor-
estão contratando. +6 se a organização o procurou ou nar os comandos nocivos de um sultão tolo.
recrutou – ou o MJ pode tratar isso como um sucesso Sair impune disso, requer manter outras pessoas da organização,
automático se você estiver disposto a aceitar os ignorantes da verdade, por um período. Isto é uma Disputa de Habili-
termos padrões. dade entre Dissimulação e IQ, feita uma vez por mês (ao mesmo tempo
Reputação: Se for relevante para o emprego. que o teste de desempenho do trabalho, se for o caso). O IQ normal-
Conjunto de perícias: -3 se a organização não puder mente é o do seu supervisor. Credenciais falsificadas (pág. 46) podem
usar suas perícias. Nenhuma reação melhor do que complementar o teste de Dissimulação. Se tudo o que você estiver ten-
Neutro é possível. tando fazer é evitar chamar a atenção para suas ações (ou inação), seu
teste de Dissimulação é +5!
Em vez de depender dos testes de reação, é possí-
As organizações também mantêm registros de suas atividades; cada
vel usar uma perícia de Influência para ser
funcionário deixa um rastro de papel (ou o equivalente eletrônico).
contratado. Este não é um teste de Influência, mas
Deixar um rastro falso requer um Disputa de Habilidade de Adminis-
sim, uma Disputa de uma perícia de Influência con-
tração (ou Contabilidade, se os registros financeiros forem o principal
tra Vontade (veja Gerando Confiança, págs. 47-48). O
problema), uma vez por mês, contra a mesma perícia dos funcionários
requerente está "cortejando" o empregador. Use as re-
que processam os documentos de rotina (normalmente 12). Se você for
gras de Gerando Confiança, modificadas da seguinte
escolhido para uma auditoria, poderá enfrentar um NH efetivo subs-
forma:
tancialmente maior. Se você for o chefe de uma unidade operacional,
• Se o teste de perícia for bem-sucedido e o teste poderá manter uma fachada falsa apenas enviando relatórios engano-
de Vontade fracassar, trate como uma reação Muito sos.
Boa. Em qualquer uma dessas Disputas, se o seu teste fracassar e o teste
• Se ambos tiverem sucesso ou ambos fracassa- adversário obtiver sucesso, você precisa explicar suas ações. Se você
rem, trate como uma reação Neutra. optar por mentir descaradamente, consulte Mentiras (pág. 43). Se você
• Se o teste de perícia fracassar e o teste de Vonta- admitir tudo e pedir clemência, faça um teste de Influência baseado
de for bem-sucedido, trate como uma reação Ruim: em Diplomacia; vencer normalmente significa ser autorizado a renun-
-5 para futuras tentativas. ciar em vez de ser publicamente desonrado ou pior.
• Aplique os modificadores listados para um teste
de reação de contratação à perícia de Influência, ex-
ceto pelos modificadores da perícia Administração. Em vez
disso, Administração pode ser usada como uma perícia com-
MANTENDO UM EMPREGO
Manter um emprego exige o desempenho de suas funções
plementar (pág. 25) na busca de um emprego. O MJ pode (que podem ou não, ser um Dever). A palavra "emprego" não
permitir uma perícia complementar diferente, como Propa- deve ser seguida tão à risca. Um trabalho voluntário pode ser
ganda, para se apresentar um bom currículo, Oratória para tratado como um emprego, mesmo sendo totalmente não re-
uma boa entrevista, ou Pesquisa para descobrir sobre a organi- munerado, desde que o voluntário tenha uma posição em uma
zação contratante. organização formal e tenha funções regulares a desempenhar.
• Neste caso específico, um segundo teste de perícia com- A maioria dos empregos são simplesmente parte do históri-
plementar é permitido normalmente: a melhor perícia do co de um personagem, explicando como ele ganha a vida. Um
candidato dentre os pré-requisitos do emprego. emprego de histórico requer um teste de desempenho mensal
• Um candidato pode tentar aumentar suas chances atra- (MB, pág. 516). Um fracasso comum não tem consequências
vés de manipulação (págs. 43-44), mas com um risco: ser pego importantes, uma falha crítica resulta na perda da renda ou
leva a uma reação Muito Ruim! Entre as perícias manipulado- em outros danos substanciais. A maioria das falhas críticas re-
ras adequadas se incluem Dissimulação, Falsificação e fletem acidentes que não estão sujeitos a punição, mas, a
Psicologia (Aplicada). critério do MJ, uma falha crítica durante a vigília de um perso-
Às vezes duas pessoas querem o mesmo emprego. Trate isso nagem pode ser investigada como um delito menor (veja
como um teste de Influência competitiva (págs. 40-42). Eles abaixo).
não precisam usar a mesma perícia. A escolha de diferentes Simplesmente deixar de aparecer ou fazer qualquer traba-
perícias pode refletir diferentes estratégias. lho encerra o emprego, normalmente dentro de um mês.
Empregos cujos deveres sejam involuntários (veja MB, pág.

60 O HOMEM DA ORGANIZAÇÃO
134) são uma exceção. Um escravo não é "demitido" e não pode
sair do emprego. Ele enfrenta punição, revenda para um mes-
tre pior, ou até mesmo a morte, especialmente se ele resistir à
sua escravidão. Se houver uma boa razão para o abandono,
você poderá evitar a penalidade sendo bem-sucedido em um
teste de Influência baseado em Diplomacia.
Delitos menores, como relaxar no emprego, atrasar-se ou
ter uma má atitude, trazem repreensões administrativas – para
escravos ou recrutas, punições menores. Diplomacia pode ser
usada para explicar uma boa razão, ou Lábia para inventar
uma boa razão. Outras perícias de Influência também podem
ser aplicadas, como Trato Social (Exército) ou (Servo). Com
Sex Appeal pode-se, na verdade, até ganhar pequenas
recompensas pelo relaxamento.
Para um emprego "aventureiro", participar da aventura
substitui o teste de desempenho do emprego. Esse tipo de em-
prego pode ser o foco de uma campanha (Meu Dia no Trabalho,
págs. 9-10).
PROMOÇÃO
A promoção é um movimento ascendente em uma organi-
zação, para uma posição de maior confiança e maiores
responsabilidades. Os efeitos da promoção podem incluir um
aumento na Hierarquia, um Dever mais frequente e salários
mensais mais altos, que podem suportar um Status mais alto.
Também pode conceder regalias como um Título Honorário
(pág. 94), um Cargo Público (pág. 94) ou uma Licença (pág.
95).
Se o seu emprego faz parte do seu histórico, raramente en-
trando em jogo, a promoção está incluída no teste de
desempenho mensal do emprego (MB, pág. 516). Em um su-
cesso crítico, você ganha uma promoção. Em um 3 natural, a
promoção está atrasada há 1d meses, e você recebe a diferença
salarial destes meses como um acumulado fixo.
Em uma campanha focada no trabalho, a promoção é al-
cançada através de uma Disputa de Diplomacia ou
Administração contra a Vontade da pessoa que precisa aprová-
la. Para uma organização adequada, substitua por Trato Social
(Máfia, Exército ou Polícia). Uma tentativa de promoção pode
ser feita a cada ano, na revisão anual de desempenho. Uma
aventura ou realização extraordinária, ou até mesmo um su-
cesso automático, pode garantir uma chance extra de
promoção. O teste de promoção possui os seguintes modifica-
dores:
Carisma: Se a pessoa que estiver tomando a decisão
interagir com você pessoalmente.
Boa Interpretação do Pedido: +1 a +3.
NH Alto para o Emprego: Um bônus igual ao valor pelo qual
sua perícia excede o mínimo necessário para sua posição
atual.
Sucesso ou Fracasso recente notável: Qualquer Reputação
temporária (ou permanente) adquirida.
Para aumentar a tensão, um PdJ pode ter um rival compe-
tindo pela mesma promoção. Use as mecânicas de
competitividade em Gerando Confiança (págs. 47-48).
Outra opção é tentar conseguir uma promoção que você
não ganhou, por meio de intriga política (Política
Administrativa, pág. 75), favor pessoal (Influenciando as
O HOMEM DA ORGANIZAÇÃO
Organizações, pág. 57), suborno (pág. 58) ou chantagem (pág.
59). Tal abordagem ignora a concorrência justa para a promo-
ção.
ESTANDO NO COMANDO
A promoção dentro de uma organização pode levar o seu
trabalho principal a um nível mais desafiador ou a lhe tornar
responsável por outras pessoas que o fazem. Somente o segun-
do caminho leva ao topo. Trabalhadores qualificados são
recursos valiosos para uma organização, mas geralmente são
melhores em fazer um trabalho sozinhos do que em permitir
que outros o façam melhor – e é para isso que servem as orga-
nizações.
Gerentes e supervisores possuem uma entre: Administra-
ção, Liderança ou Pedagogia, como sua perícia principal de
emprego. Normalmente, o emprego também exige habilidade
no trabalho básico da organização. Aqueles com a perícia Pe-
dagogia atuam principalmente como treinadores. Eles
permitem que outros funcionários melhorem suas habilidades
de trabalho ou aprendam novas perícias. Aqueles com Admi-
nistração ou Liderança podem melhorar o rendimento de uma
equipe de produção. Isso funciona como uma perícia comple-
mentar (pág. 25), mas não há penalidade por um fracasso (veja
Tarefas Demoradas, MB, pág. 346). Em emergências, um super-
visor pode usar uma perícia de Influência para persuadir os
trabalhadores a fazerem horas extras (MB, pág. 346).
Alguém pode se tornar chefe de uma organização por uma
promoção interna, ou ao ser contratado direto para o cargo.
Ele precisa de pelo menos uma das perícias de supervisão, mas
essa não é sua principal perícia de emprego. Sua tarefa mais
importante é dirigir a organização como um todo. As perícias
típicas para fazer isso são: Finanças para um negócio que pre-
cisa obter lucro, Política para um governo cujos líderes
queiram permanecer no poder, Propaganda para uma organi-
zação que queira promover uma ideologia, filosofia ou
religião, ou Estratégia para uma força militar em busca da vi-
tória na guerra. Gestão interna é um trabalho dos membros da
equipe. Motivá-los a trabalhar bem exige a perícia Liderança.
O chefe de uma organização também tem que lidar com le-
aldade e moral (veja Lealdade Pessoal, págs. 46-47). Para
qualquer coisa maior do que uma equipe pequena, não acom-
panhe as pontuações individuais de lealdade, em vez disso,
determine uma classificação média de lealdade fazendo três
testes de reação para lealdade, descartando o mais alto e o
mais baixo. Um teste de Influência baseado em liderança con-
tra a Vontade média dos subordinados pode aumentar a
lealdade deles para Boa. Se for menor, mas apenas temporari-
amente, um novo teste é necessário no próximo mês ou em
uma crise. Administração não é eficaz para este propósito! Ce-
nas com uma boa Liderança superando o medo ou a rebelião
dos subordinados são um bom drama.
O chefe de uma organização, ou qualquer pessoa em uma
posição de tomada de decisão, pode direcionar a lealdade a um
grupo de trabalho, à organização como um todo, a uma causa
ou ideal, ou a alguma pessoa que não seja ele mesmo. Por
exemplo, um oficial militar pode querer que seu comando seja
leal à sua unidade, a todo o seu serviço ou às leis de seu país –
enquanto um padre pode querer que sua congregação seja de-
61
dicada a Deus. Isso é mais difícil do que inspirar lealdade pes-
soal: -2 para o NH efetivo.
OS BENEFÍCIOS DE
HIERARQUIA
Uma posição em uma organização dá acesso aos recursos
da organização. Isso é o mesmo que ter um Contato ou Patro-
no, mas não custa pontos diretamente, é um benefício
adicional por ter Hierarquia (pág. 20). A pessoa que pede ajuda
tem que estar em uma boa posição – ele tem que ter um Dever
no nível "9 ou menos" ou acima, e estar realizando esse Dever
de boa fé.
A chance básica de ajuda é mostrada na Tabela de Assistên-
cia (ao lado). Jogue 3d, se a jogada for igual ou menor do que
o Número de Assistência mostrado, a organização ajudará. Vá-
rios modificadores podem ser aplicados:
Carisma: Apenas para pedidos feitos pessoalmente.
Testes de perícias complementares (pág. 25): Administração
para pedidos por escrito, Liderança para pedir ajuda a equipe.
Um pedido especialmente apropriado ou inadequado: Até +5,
ou até -10, falha por mais de 10 ou falha crítica leva a uma
ação disciplinar.
Pedidos anteriores durante o cenário/sessão atual: -1 por
pedido anterior.
Agente Cativante: Auxilia qualquer pedido que seja feito
diretamente à pessoa que pode concedê-lo.
As possíveis formas de assistência variam, veja Pulling Rank
no GURPS Action 1 para uma longa lista de sugestões.
• A Tabela de Assistência lista possíveis subvenções em di-
nheiro (coletadas pessoalmente ou enviadas por correio com
atraso de um dia). Multiplique por 10 se for para exibição e
será devolvido. Os valores são dados como percentuais da ri-
queza inicial para o NT da sociedade de referência. Por
exemplo, um centurião romano (Hierarquia Militar 3) pode
convencer seu general a 15% da riqueza inicial de NT2, que é
$750, ou seja, $112,50. Esse valor também determina o limite
para equipamentos e suprimentos requisitados.
• Trate um pedido de informação como se a organização
fosse um Grupo de Contato com NH efetivo 18 e "Meio Confi-
ável". Em um fracasso, a resposta é desconhecida; em um 18
natural, o Departamento de Assuntos Internos aparece para
descobrir por que o requerente está fazendo perguntas!
• Para obter uma ajuda substancial, trate a organização
como uma organização poderosa (pelo menos 10.000 x rique-
za inicial em ativos), atuando como Patrono neste caso.
• As organizações podem oferecer suporte, designando
equipes de especialistas para ajudar nos bastidores. Isso funci-
ona como uma performance em grupo com um artista em foco
ou um líder formal (Esforços de Equipe, págs. 39-40). Cada
equipe fornece uma perícia complementar ao PdJ, com os bô-
nus ou as penalidades dobradas. Se a equipe tiver um líder
formal, sua Administração ou Liderança complementa sua pe-
rícia. Esta é uma exceção à regra geral de que apenas um nível
de perícias complementares é permitido.
62 O HOMEM DA ORGANIZAÇÃO
Tabela de Assistência
Hierarquia Jogada de Assistência Dinheiro
0 3 0,5%
1 5 1,5%
2
3
7
9
5%
15%
4 10 50%
5 11 150%
6 12 500%
7 13 1.500%
8 14 5.000%
Nem todas as organizações têm posição suficiente na socie-
dade para conceder Hierarquia! O MJ tem a opção de atribuir
a qualquer pessoa, com um Dever adequado, uma "Hierarquia
virtual" para esta jogada, baseando-se em quantos subordina-
dos essa pessoa possua (A Aritmética da Hierarquia, pág. 16).
Uma organização menos poderosa poderia conceder uma Hie-
rarquia menos respeitada (Hierarquia Variante e Seus
Benefícios, pág. 63). Com qualquer uma das opções, a gama de
ajuda disponível é limitada pelo papel social e capacidades da
organização. A Hierarquia Honorária nunca concede benefí-
cios reais.
Reputação Organizacional
A Hierarquia em uma grande instituição social concede um
Status associado (págs. 15-16) ou assume o lugar de Status
(pág. 17, MB; págs. 29-30). Organizações universalmente me-
nos reconhecidas não podem fornecer isso. Pertencer a
qualquer organização respeitável – como uma universidade,
uma associação profissional ou uma guilda – pode contribuir
na aquisição de Status 2 (Meritocracias sem Classe, MB, pág.
28). Mas títulos, promoções e cadeias internas de comando
não contam para o Status.
Em uma campanha que use formas menos respeitadas de
Hierarquia (Custos Variantes de Hierarquia, pág. 17), o MJ pode
tratar algumas formas como a concessão de uma Reputação
associada, análoga ao Status associado. Isso não reflete as qua-
lidades distintas do indivíduo, mas sua capacidade de falar
pela organização e sua posição de confiança dentro dela. Qual-
quer um nessa posição possui a mesma Reputação
organizacional. Hierarquia 2 a 4 concede Reputação +1, Hie-
rarquia 5 a 7 concede +2, e Hierarquia 8 concede +3. As
pessoas afetadas são aquelas dentro da esfera de ação ou in-
fluência da organização. Exemplo: Em uma cidade medieval,
os mestres de uma guilda (Hierarquia de Guilda 2 a 4) têm Re-
putação +1 (mestre comerciante/artesão) dentro da cidade e
com membros de guildas semelhantes em outras cidades.
Uma organização inteira pode ter uma boa ou má Reputa-
ção, o que afeta todos que pertencem a ela. Normalmente isso
será limitado a +1 ou -1. Esta não é uma Reputação associada.
Seu custo em pontos deve ser pago.

Inimigos Internos
Um membro da equipe pode ter um relacionamento duradouro
desvantajoso dentro da organização. Qualquer funcionário ou subor-
dinado pode ser suspeito de má conduta e enfrentar uma
investigação; isso não vale nenhum ponto. Mas um subordinado que
esteja sob suspeita crônica tem Inimigo (Observador). Em uma orga-
nização realmente paranóica, como alguns serviços de inteligência,
todos podem estar sob vigilância crônica, especialmente em um am-
biente com tecnologia avançada, psiquismo ou magias de vidência.
Uma organização projetada para permitir essa vigilância é chamada
de pan-óptico.
Hierarquia Variante e Seus Benefícios
Para uma organização com mais de oito níveis de Hierar-
quia (Números Variantes de Hierarquia, págs. 16-17),
multiplique a assistência em dinheiro x10 para cada 2 níveis a
mais. A chance básica de auxílio é de 14 para Hierarquia 9; 15
para Hierarquia 10 ou 11; e 16 para Hierarquia 12 ou superior.
Arredonde Hierarquias Fracionárias até a próxima Hierarquia
inferior.
Hierarquia com custos em pontos variantes alteram os be-
nefícios que uma organização pode conceder:
Não Dominante ou Única: 1/10 em dinheiro, ajuda substan-
cial a partir de uma organização com 1.000x a riqueza inicial
em ativos, -4 nas jogadas de assistência para quantias normais
ou para uma ajuda substancial.
Pequenos Recursos: -4 para todos as jogadas de assistência
que envolvam dinheiro, recursos físicos ou econômicos.
Grandes Recursos: 10x em dinheiro, ajuda substancial a par-
tir de uma organização com 100.000x a riqueza inicial em
ativos, +4 nas jogadas de assistência para quantias normais ou
para uma ajuda substancial.
Recursos Especiais: A ajuda substancial inclui benefícios
mágicos ou outros incomuns, como informações obtidas usan-
do talentos sobrenaturais (como Contatos, MB, pág. 49).
ORGANIZAÇÕES HOSTIS
Sendo ou não um Inimigo, uma organização pode aparecer
em um papel hostil em um cenário. Isso é especialmente pro-
vável com relação a organizações militares, de inteligência,
policiais ou criminosas – bem como aquelas para os quais
muitos aventureiros trabalham, mas como adversárias. Boas
perícias sociais podem ajudar a sobreviver a tal encontro. Cla-
ro, os agentes da organização têm suas próprias perícias
sociais especiais.
O HOMEM DA ORGANIZAÇÃO
Controle Total: Ajuda substancial a partir de uma or-
ganização com patrimônio líquido basicamente
incalculável, +4 nas jogadas de assistência para quanti-
as normais ou ajuda substancial.
VANTAGENS DE
RELACIONAMENTO NAS
ORGANIZAÇÕES
As pessoas em uma organização podem ter caracte-
rísticas que simplesmente definem um relacionamento
duradouro, custando (ou concedendo) pontos. As se-
guintes opções são adequadas:
Grupo de Contato: Uma maneira padrão de definir um Gru-
po de Contato (MB, pág. 62) é como uma rede de informantes
em toda uma organização. Geralmente, tal rede serve a alguém
fora da organização, mas isso não é obrigatório. Por exemplo,
um policial experiente pode ter contatos por todo o departa-
mento para conseguir favores.
Patrono: Um empregador organizacional não precisa ser
um Patrono, mas certamente pode ser, com a aprovação do MJ.
Use as definições de tamanho organizacional no MB, pág. 75.
Veja também as regras para Patronos menores (pág. 49).
Para o chefe de uma organização, para uma parceria ou
equipe bem estabelecida com ativos acumulados, há outra op-
ção: a organização ou a própria equipe pode ser o Patrono do
chefe ou dos membros da equipe. Isso representa a própria or-
ganização sendo uma entidade, com uma certa independência
de seu chefe ou chefes. Ela pode fornecer recursos e ajuda or-
ganizacionais, que não precisam ser detalhados com
antecedência, além de benefícios adicionais, como a capacida-
de de exibir um cartão de identificação da equipe.
Uma vantagem de relacionamento pode ser uma fonte de fi-
nanciamento. Um Patrono pode fornecer até 1% dos seus
ativos para um projeto que apoie seus objetivos. Um Contato
financeiro pode fornecer pequenos empréstimos ou subven-
ções (até um mês de renda). Para um Contato financeiro,
"subornos" geralmente equivalem a propinas. Um resultado de
"mentira" indica que o Contato faz perguntas indiscretas.
CAPTURA
Um grupo de aventureiros pode ter de lidar com guardas do
palácio, a polícia ou outras autoridades lícitas. Tais encontros
não começam como situações de combate iminente (pág. 81).
Se os aventureiros reconhecerem que as probabilidades estão
contra eles e cooperarem, eles enfrentam questionamentos ou
encarceramentos, em vez de ataques. Se eles tentarem resistir,
a situação muda. Faça um teste de reação com os seguintes
modificadores e consulte os resultados de Confronto com
Autoridades (pág. 88):
63
 Respeitabilidade: -1 por ser uma empresa violenta (ou estar
associada a ela). -1 se alguém tiver Estigma Social (Ficha
Criminal) (-2 se ambos se aplicarem).
Nível de ameaça: -2 por carregar abertamente armas além
do habitual, seja uma AK-47 ou um cajado de mago, ou -4 se
estiverem prontas para uso, ou em uma postura que sugira
prontidão de combate. -4 adicionais por uma intenção hostil
evidente (veja Motivos, pág. 30).
Se eles estão visivelmente cometendo um crime, não faça o
teste, as autoridades automaticamente possuem uma reação
Ruim ou Muito Ruim, dependendo da gravidade do crime.
Use as mesmas regras para lidar com um ou dois agentes
da lei nas ruas. Se a situação exigir um teste de combate imi-
nente, um agente da lei em desvantagem numérica pode
solicitar reforços, antes de agir.
Situações semelhantes podem surgir com patrulhas milita-
res, ou mesmo grupos de criminosos organizados. O
comportamento específico que desencadeia as reações Ruins
automáticas pode ser diferente. Se a organização envolvida
não tiver Poderes Legais, é provável que seus agentes recuem,
em vez de pedir reforços, caso as chances estejam contra eles.
QUESTIONANDO
Uma pessoa que foi levada sob cus-
tódia pode ser interrogada.
Interrogatório é especificamente a perí-
cia de questionar os prisioneiros!
Questionar as pessoas em situações so-
ciais depende de outros métodos:
reação, Influência e testes de percepção
social. Todos esses métodos são limita-
dos. O PdM não revelará informações
que o exporiam a danos, que o incrimi-
nam ou que traiam um Segredo de um
amigo ou ente querido (Dependentes,
MB, pág. 155) ou qualquer pessoa a
quem ele tenha lealdade Muito Boa ou Excelente ou um Senso
de Dever.
Uma pessoa sob coação é menos capaz de resistir a questi-
onamentos. Qualquer uso de Intimidação para obter respostas
conta como coação, mas ameaças simples são um instrumento
psicológico contundente (Em termos de jogo, é por isso que o
Interrogatório é pré-definido como Intimidação-3). Interroga-
tório permite o questionamento focado. A Psicologia
(Aplicada) também permite o questionamento focado, mas
aplicá-la sem uma coação óbvia dá -4 ao NH efetivo.
Para cada 5 minutos de questionamento, faça uma Disputa
Rápida entre Interrogatório e a Vontade do prisioneiro. Se
você ganhar, receberá uma resposta verdadeira para uma per-
gunta. Se você não ganhar, ele permanecerá em silêncio ou
mentirá. Se você perder por mais de 5 pontos, ele contará uma
mentira boa e crível. Se você fizer a mesma pergunta novamen-
te, sob as mesmas condições, você terá o mesmo resultado
automaticamente.
E se o prisioneiro realmente não souber de nada? Se o ques-
tionamento durar mais de duas horas, ou incluir tortura ou o
equivalente, um alvo que perde na Disputa Rápida por mais de
5 pontos dirá o que acredita que o interrogador queira ouvir.
64 O HOMEM DA ORGANIZAÇÃO
Se o interrogador desconfiar disso, ele pode tentar julgar se o
alvo está mentindo (Detectando Mentiras, pág. 43). Se o interro-
gatório durou mais de duas horas, a jogada do alvo recebe +2
por causa do que ele aprendeu com as perguntas que lhe estão
sendo feitas. Se o alvo falhou criticamente em seu teste de Von-
tade na Disputa Rápida, ele realmente acredita em sua história.
Linguagem corporal, Detecção de Mentiras ou Empatia indi-
cará que ele está dizendo a verdade!
Vários modificadores se aplicam ao Interrogatório:
Interrogador tem Pouca Empatia: -3.
Mais de Duas Horas de Questionamento: +2.
Ameaças Graves: +3 ou +4 se você for Insensível.
Tortura: +6 ou +7 se você for Insensível, não cumulativo
com Ameaças Graves. Isso inclui tortura física, ameaças sérias
a qualquer um cujo prisioneiro tenha um vínculo especial, ou
exposição a uma Fobia.
Várias outras perícias podem complementar (pág. 25) In-
terrogatório:
• Linguagem Corporal ou Detecção de Mentiras para pres-
sionar em busca de verdades ocultas. Um investigador com
Empatia pode substituir o IQ (ou IQ-3 por Sensível).
• Criminologia ou Psicologia (Apli-
cada) para levantar questões que se
encaixam no tipo de personalidade do
alvo.
• Adivinhação para convencer um
alvo crédulo de perspicácia psíquica.
• Intimidação usada por um parcei-
ro em um interrogatório com uma
rotina de policial bom/mau. Ter as ame-
aças vindo de outra pessoa encoraja o
prisioneiro a se abrir para o questiona-
dor. Isso não funcionará se o "policial
bom" estiver dependendo de Intimida-
ção como pré-definido de
Interrogatório!
Se a verdade expuser um Segredo do prisioneiro, um ami-
go, um ente querido, uma pessoa ou causa a quem ele tem
lealdade Muito Boa ou Excelente ou um Senso de Dever, ele re-
cebe um bônus na Vontade para resistir ao Interrogatório: +1
para Problema Grave, +2 para Rejeição Grave, +4 para Prisão
ou Exílio, ou +6 para Perigo de Morte. Os mesmos modificado-
res podem ser aplicados por consequências semelhantes
mesmo que a informação não seja formalmente definida como
um Segredo.
JULGAMENTOS
A prisão muitas vezes leva a julgamento por acusações cri-
minais. Diferentes sociedades possuem diferentes formas de
julgamento, veja MB, págs. 507-508 para mais detalhes e re-
gras completas. Dois destes são baseados em interações
sociais:
Julgamento Inquisitorial: Também conhecido como julga-
mento pelo juiz. O juiz apresenta as acusações, as investiga e
decide sobre a inocência ou culpa do acusado. Esta é uma
abordagem europeia, baseada nalei Romana.
 Julgamento Adversarial: A decisão é tomada por um juiz (ou
um juiz e um júri), mas as acusações são apresentadas por um
promotor separado, responsável pela investigação e o juiz atua
como um mediador neutro. Esta é a abordagem tradicional
Anglo-Americana, ela remonta à antiga Atenas.
Mesmo em sistemas inquisitoriais, as ações judiciais (julga-
mentos que buscam indenizações ou liminares, em vez de
penalidades criminais) são geralmente tratadas em um estilo
adversarial, com um advogado representando cada lado.
Se o réu tiver confessado o crime, talvez como resultado de
questionando (pág. 64), trate isso como uma penalidade de -5
para provas ou testemunhos contra o acusado. A perícia Juris-
prudência ainda pode afetar a decisão, mas uma reação
favorável não significa que o réu seja absolvido, mas que o tri-
bunal opte por uma punição menor. Em algumas culturas, a
prova de que uma confissão foi obtida por meio de tortura irá
desacreditá-la, ou até mesmo resulta na retirada da acusação.
Em outras, essa é a maneira normal de obter uma confissão!
Oratória pode servir como uma perícia complementar a Ju-
risprudência. Se o réu tiver confessado, Oratória pode tomar o
lugar de Jurisprudência – não para refutar as acusações, mas
para ganhar simpatia pelo criminoso.
PRISÃO
Nas sociedades com NT5 a 8, uma pena comum para crimi-
nosos condenados é a prisão. Isso é mais raro em sociedades
de baixa tecnologia, que não podem apoiar criminosos co-
muns na ociosidade ou poupar mão-de-obra para protegê-los.
As punições são rápidas (multas ou chicotadas), privam per-
manentemente o criminoso de direitos (banimento,
deportação ou para infratores não perigosos, escravização) ou
incapacitam-no (mutilação ou morte). Entretanto, as pessoas
que estejam detidas para julgamento podem ser presas tempo-
rariamente. Em sociedades de alta tecnologia, os criminosos
podem enfrentar o controle mental, vigilância contínua ou ou-
tras tecnologias que tornam as paredes e barras obsoletas.
As prisões tendem a ser ambientes levemente hostis, os tes-
tes de reação dos funcionários recebem -3. Isso inclui as
reações aos pedidos de ajuda ou de informações dos prisionei-
ros. Mesmo benefícios muito pequenos – uma xícara extra de
café após o jantar, tempo ou materiais para um hobby pessoal
– podem estar disponíveis apenas por favor dos funcionários.
Os prisioneiros também podem tentar os testes de Influência
contra a Vontade dos funcionários. Se um pedido quebra as re-
gras da prisão, o funcionário resiste com o que for maior entre
a lealdade ou a Vontade. Em uma prisão, os testes de procura
(pág. 26) devem ser baseados em uma perícia, não no IQ. Os
funcionários são a única fonte de benefícios não envolvida
com o submundo do crime.
Economias Informais
Os prisioneiros muitas vezes encontram uma maneira de
contornar essas restrições oficiais criando uma economia clan-
destina. Geralmente não é permitido que eles tenham
dinheiro, pois é mais difícil subornar um guarda sem dinheiro.
Algumas economias prisionais funcionam por trocas diretas.
Populações maiores ou mais estabelecidas muitas vezes têm
uma moeda substituta, um bem comercial que quase todos
O HOMEM DA ORGANIZAÇÃO
querem. Muitas prisões do século XX tinham o cigarro como
um padrão, por exemplo, pois eram prisioneiros de campos de
guerra, durante a Segunda Guerra Mundial. Essas economias
informais muitas vezes fornecem coisas que os prisioneiros
não deveriam ter oficialmente, de confortos triviais, a drogas
ou armas viciantes.
Rastrear prisioneiros que podem fornecer bens, favores ou
informações requer um teste de procura baseado em uma pe-
rícia adequada:
• Manha em uma prisão para criminosos comuns, ou
como uma perícia padrão em um ambiente prisional.
• Política entre presos políticos.
• Trato Social (Máfia) em uma prisão onde gangues crimi-
nosas possuem uma forte presença.
• Trato Social (Exército) para prisioneiros de guerra.
Conhecimento Oculto (Conhecimento da Prisão) (pág. 96)
pode muitas vezes, ignorar completamente a necessidade de
um teste de procura. Se o MJ ainda exigir um, ele sempre pode
ser usado como uma perícia complementar (pág. 25).
Um prisioneiro com conexões na economia informal da pri-
são pode ser um Contato para os outros presos, com uma das
perícias listadas. Alternativamente, ele pode ter Comércio, ge-
ralmente com a especialidade opcional Economia Informal.
No entanto, como as economias das prisões carecem de gran-
des organizações, seu NH efetivo não será maior do que 15.
Lidando com os Funcionários
Guardas e funcionários prisionais podem ser outra fonte de
bens e favores. Um funcionário que esteja disposto a fazer isso
é um Contato, geralmente com a perícia Administração (para
desviar suprimentos da prisão) ou Ocultamento (para contra-
bandear um pacote). Tais contatos nunca são melhores do que
Razoavelmente Confiáveis, e mesmo sendo Razoavelmente
Confiáveis, eles esperam pelo menos um suborno moderado.
Além disso, o "preço justo" de qualquer mercadoria comprada
será pelo menos o dobro do preço normal de varejo ou mais
para mercadorias seriamente restritas, como armas.
Um prisioneiro sem tal Contato não pode encontrar um
funcionário cooperativo com um teste de procura, nem mes-
mo baseado em Manha. Os agentes penitenciários estão
arriscando seus empregos, ou pior, ao fazerem favores. Obter
favores muitas vezes requer um suborno (pág. 58) ou chanta-
gem (pág. 59). Se a prisão for definida nos termos do Cidades,
aplique o inverso da sua Corrupção a qualquer teste feito para
subornar os seus funcionários. Uma observação estendida
(por pelo menos uma semana) permite um teste de Manha ba-
seado em Per para encontrar um guarda com uma perspectiva
adequada (similarmente à Aproximabilidade, pág. 30). Tal guar-
da precisa ser abordado discretamente para evitar penalidades
de reação.
A maneira mais perigosa para um prisioneiro obter benefí-
cios é vender informações aos guardas. Um delator possui um
Segredo, com consequências que vão desde a Rejeição Grave
até o Perigo de Morte. Mas a informação pode ser muito útil,
então guardas inteligentes tentarão dedicar-se aos informan-
tes. Em tais transações, muitas vezes são os guardas que se
envolvem em suborno ou chantagem, e procuram prisioneiros
cooperativos. Por outro lado, se um prisioneiro falar voluntari-
65
amente com um guarda, consulte Dando Informações (págs.
33-34). LAVAGEM CEREBRAL
Muitos encontros com guardas são tratados como confron- Como no interrogatório, a lavagem cerebral é feita apenas
tos com autoridades (pág. 88) ou situações de combate sob coação. Seu objetivo não é obter informações, mas mudar
iminente (pág. 81). Prisões bem administradas garantem que o comportamento ou a personalidade. Este é um processo
as chances de combate sejam favoráveis aos guardas. O modi- muito mais lento. Uma lavagem cerebral obtém um teste por
ficador varia de -1 em uma prisão de segurança mínima a -5 dia. Para uma eficácia total, a pressão deve ser mantida 16 ho-
em uma prisão para criminosos violentos. O mesmo modifica- ras por dia, como um treinamento intensivo, mas sessões mais
dor pode representar uma suspeita geral em outros confrontos breves são possíveis, com os modificadores usuais pela pressa
com autoridades. (MB, pág. 346). Uma lavagem cerebral instantânea nunca é
possível. O responsável não precisa estar constantemente pre-
sente, mas não pode fazer mais do que pequenas pausas, e
Sociedade Prisional precisa de subordinados com a perícia Lavagem Cerebral para
Os presos têm métodos variados de passar informações: manter a pressão.
mensagens secretas através dos sussurros no pátio da prisão, A Lavagem cerebral é uma Disputa de Habilidade (não uma
dicas veladas, conversas em gírias da prisão ou sinais como to- Disputa Rápida!) entre Lavagem Cerebral e Vontade. Psicolo-
car em barras ou assobiar (trate-os como códigos ou cifras gia (Aplicada) pode ser usada como uma perícia
simples, como definido no MB, pág. 194). Para obter os efeitos complementar. Uma vitória é o suficiente para criar uma pecu-
dessas informações, consulte A Senhorita Rumor (pág. 69). Sa- liaridade. Alterar o foco de uma desvantagem mental existente
ber o que realmente está acontecendo em uma prisão não é (por exemplo, dar a um fanático um novo conjunto de crenças
algo coberto por Conhecimento do Terreno ou Assuntos Atu- como objeto do seu Fanatismo) requer uma margem de suces-
ais, requer Conhecimento Oculto (Conhecimento da Prisão) so igual ao valor da desvantagem-5. Se o novo foco não é
(pág. 96). Esta é uma perícia adequada para um Contato de apenas diferente, mas ativamente oposto ao antigo, o alvo re-
prisão, e pode ser maior que 15. cebe +3 no teste de Vontade. A mudança de personalidade real
Parte dos rumores da prisão é sobre a Reputação de vários requer um sucesso com uma margem de sucesso igual aos
prisioneiros. Para um prisioneiro que cumpre uma longa sen- pontos de características adicionadas ou removidas.
tença, trate a Reputação como uma vantagem ou Algumas organizações usam técnicas semelhantes em no-
desvantagem, como de costume. Os outros prisioneiros con- vos recrutas – como um culto religioso, uma cabala
tam como um grupo grande de pessoas (são quase todas as revolucionária ou uma agência de inteligência. O recruta é
pessoas que ele encontrará durante sua estadia!) e a frequência mantido sob pressão para cooperar "voluntariamente". Uma
é "o tempo todo". Os funcionários da prisão são um grupo pe- organização que trabalha desta maneira, muitas vezes distin-
queno, e qualquer frequência é possível. Um prisioneiro com gue um círculo externo, que sofreu doutrinação superficial em
uma pena pequena provavelmente não terá tempo para ganhar nível de peculiaridade (quase sempre usando os modificadores
uma Reputação, mas se o fizer, será temporária e não tem cus- por pressa), de um círculo interno, que experimentou uma
to. As pessoas na maioria das prisões geralmente possuem mudança maciça de personalidade. Apenas o círculo interno é
Status negativo (pessoas ricas com Status alto muitas vezes totalmente confiável. Muitas organizações possuem um con-
acabam em prisões "clubes de campo"), mas sua Reputação junto padrão de características que todos os recrutas
lhes dá os mesmos benefícios na sociedade prisional que o Sta- assumem.
tus lhes daria em uma sociedade maior. Para desfazer a lavagem cerebral geralmente se usa méto-
Um Código de Honra pode contribuir para uma Reputação. dos semelhantes. . . mas a Vontade do alvo não afeta o
Criminosos presos muitas vezes têm seu próprio Código de resultado, pois a vontade de uma pessoa com lavagem cerebral
Honra (pág. 95). foi inutilizada! Em vez disso, o MJ deve decidir o NH efetivo
da lavagem cerebral original e fazer com que o desprograma-
dor se envolva em uma Disputa de Habilidade de
Lavagem Cerebral. O sucesso remove um ponto da
Drogas e Vontade mudança de personalidade.
Se houver menos pressão temporal, a psicoterapia
Drogas psicoativas podem tornar Interrogatório ou Lavagem Cere- é uma alternativa: permite um teste a cada mês de
bral mais eficazes. Tais drogas diminuem a Vontade efetiva do alvo. Psicologia (Aplicada). O alvo vê o terapeuta ou um
Drogas do "soro da verdade", como Sódio Pentotal ou amobarbital, dão ajudante uma hora por dia, cinco dias por semana.
-2 à Vontade de resistir ao questionamento; seus efeitos duram (20- Para visitas mais ou menos frequentes use os modifi-
HT)/2 minutos. O álcool (engolido ou injetado) pode fornecer efeitos cadores de tempo reduzido (MB, pág. 346). Por
semelhantes, com base no grau de intoxicação: -1 para a Vontade se o exemplo, uma sessão por semana contaria como 20%
alvo estiver embriagado, -2 se estiver bêbado (MB, pág. 428). do tempo padrão, ou -8, oito horas por dia daria +3.
Flunitrazepam (também conhecido como Rohypnol) tem efeitos Cada sucesso permite ao alvo uma Disputa de Habili-
muito mais duradouros, (30-HT) horas, e dá -2 à Vontade para resistir dade entre sua Vontade e o NH efetivo da lavagem
à Lavagem Cerebral. cerebral. Se o alvo obtiver sucesso neste teste, um
ponto da mudança de personalidade é invertido.

66 O HOMEM DA ORGANIZAÇÃO
 CAPÍTULO CINCO
MOVENDO AS
MASSAS
Às vezes parece que todas as outras pessoas caem do pé de
feijão e vão direto para a Mariner. Com todos os novos imigrantes,
meu parceiro e eu estávamos falando sobre expandir Bottle City.
Agora alguém tinha passado na nossa frente e aberto uma
segunda taverna. O Labirinto estava muito a oeste de nós, mas
eles estavam cortando nossos negócios. Então eu decidi fazer uma
pequena viagem e verificar a competição.
Eles tinham pelo menos uma coisa que nós não tínhamos: um
espaço para apresentações. Uma dica modesta me fez sentar em
uma mesa com linha de visão – eu não precisava estar na primeira
fila. Eu não acho que divisões atraíam muito talento artístico,
mas as pessoas estavam dando gorjetas muito pesadas para
conseguir bons lugares. Eu me perguntava qual era a atração.
Vinte minutos depois eu descobri: a atração era Zinaida. Eu
podia sentir a multidão se concentrando quando o barman saiu,
e eles aplaudiram quando ela anunciou seu nome.
Ok, eu disse a mim mesmo, sexo vende. Podemos encontrar
dançarinas se precisarmos.
Mas não era realmente sexo que ela estava vendendo. Ela se
movia como uma dançarina seriamente treinada – e como alguém
que descobriu como trabalhar em um terço, o que permitiu alguns
movimentos acrobáticos verdadeiramente espetaculares. Ela
tinha uma aparência russa que combinava com seu nome –
características marcantes e meio metro de cabelo liso e escuro –
mas as músicas que ela estava dançando soavam mais do Oriente
Médio. Ela tinha presença, não apenas aparência, estava
O HUMOR DA MULTIDÃO
Saber o que as pessoas pensam e sentem em grupos é dife-
rente de entendê-los individualmente. Ler cada pessoa com
precisão, um por um, em profundidade, leva muito tempo
para ser realizável. As profundezas da mente das pessoas não
são mesmo o melhor lugar para olhar. Pensamentos e senti-
mentos escondidos não influenciam os pensamentos e
sentimentos de outras pessoas. O humor de uma multidão está
incorporado no comportamento visível. Humores são ações
espalhadas por uma espécie de contágio. Estar alerta para esse
processo pode detectar as influências que afetam as pessoas.
O MJ pode determinar o humor inicial de uma multidão fa-
zendo um teste de reação geral (pág. 31), ou simplesmente
decidir qual é. Anote o resultado do teste para referência pos-
terior.
MOVENDO AS MASSAS
deliberadamente manipulando a multidão, escolhendo as pessoas
para se focar.
Os funcionários tinham o cuidado de não bloquearem a vista
enquanto se moviam entregando pedidos de bebida. Eu podia ver
um monte de mãos segurando telefones em modo de pagamento.
. . muitas mãos de mulheres entre elas. Nossa multidão era
majoritariamente masculina – é claro, assim como em Marte, no
geral. O Labirinto deve ter atraído as mulheres de uma grande
área, o mesmo para muitos dos homens, também. Não é à toa que
temos visto menos dos nossos clientes costumeiros!
Como Bottle City venceria esse tipo de competição? Eu me
perguntava se poderíamos fazer uma oferta melhor para ela. . .
Ela sorriu, mas pelo menos não riu de mim.
"Sinto muito", ela disse. "Não acho que seja uma boa ideia eu
me apresentar para o meu concorrente. . . Você não sabe? Eu
possuo quarenta e dois por cento do Labirinto.
Características e perícias sociais também se aplicam a mui-
tas pessoas em grupos desorganizados. Essas aplicações têm
dois aspectos distintos: Os aspectos táticos envolvem observar
e interagir com multidões de pessoas – por exemplo, em uma
reunião em massa ou nas ruas de uma cidade. Os aspectos
estratégicos se concentram em pessoas que nem sempre estão
reunidas em um único lugar – comunidades, economias de
mercado e populações de sociedades.
OBSERVAÇÃO DIRETA
A leitura precisa do humor de uma multidão pode ser obti-
da com um teste de Observação. Isso normalmente requer um
minuto, o tempo gasto afeta o desfecho (MB, pág. 346). É pos-
sível ter uma noção da atitude de uma multidão
instantaneamente, com -10 no NH efetivo. O observador inter-
preta mal o humor por ±3 em um fracasso, por ±6 em um
fracasso por mais de 5, e em uma falha crítica o MJ faz um tes-
te inteiramente novo para saber qual o humor que o
observador acha que é.
Percepção pode substituir Observação, mas as pessoas na
multidão notarão o observador, e podem reagir. Faça um se-
gundo teste de reação geral e tire a média com o humor inicial
67
da multidão, arredondando para 10 (números baixos arredon- pesquisa em ciências sociais, que normalmente tem uma força
dam para cima, números altos para baixo), isso é o que o de trabalho muito menor, leva um mês para coletar os dados.
observador vê. 3. Análise da Pesquisa: Uma pesquisa de opinião básica leva
Um artista experiente pode julgar o humor de uma audiên- uma semana para transformar os seus resultados em uma
cia por seu tipo de desempenho com um teste baseado em Per análise detalhada da população. Para pesquisas projetadas
contra Oratória, Atuação ou mesmo Esportes. para descobrir relações significativamente mais complexas, o
Um observador com Empatia pode fazer um teste de IQ MJ pode atribuir uma penalidade ao NH (a ser superada com
(pág. 25) complementar (IQ-3 para Sensível) para melhorar um bônus de Tempo Gasto) ou simplesmente aumentar o re-
sua leitura de uma multidão, em vez de fazer um teste para quisito de tempo padrão.
Empatia ou Sensível, que capta os sentimentos públicos e pri-
vados dos indivíduos na multidão. Linguagem corporal não A precisão da pesquisa é determinada por um teste de Ma-
funciona para isso, pois exige que se observe de perto, uma temática (Estatística) ou uma ciência social apropriada, como
pessoa por vez. Economia, Perícia Abrangente (Ciência Política), Psicologia
Para avistar uma multidão que está prestes a se tornar peri- (Aplicada) ou Sociologia – que incluem conhecimento de mé-
gosa, veja A Mente da Turba (págs. 84-86). todos e medidas estatísticas padrões. Isso representa o projeto
e a análise da pesquisa – o aspec-
to de coleta é calculado a seguir.
PESQUISAS DE Este teste de perícia pode ser
modificado através de qualquer
OPINIÃO ou todas as seguintes perícias
Pesquisas medem as atitudes complementares (pág. 25):
das comunidades ou grandes po-
pulações em relação às pessoas • Administração é uma pe-
ou questões. Elas usam vários rícia complementar obrigatória,
métodos para fazer perguntas: para garantir que os dados se-
entrevistas presenciais, questio- jam coletados corretamente.
nários enviados por e-mail e • Conhecimento do Terreno
telefonemas. O MJ pode fazer pode fornecer informações so-
um teste de reação para decidir bre a população-alvo ao projetar
a atitude pública sobre algo, ou uma pesquisa.
atribuir um determinado resulta- • Se uma ciência social for
do. a perícia primária, Matemática
A primeira pesquisa de opini- (Estatística) pode complementá-
ão em larga escala, realizada em la. Ou, se Matemática (Estatísti-
1916 pela Literary Digest, previu ca) for a perícia primária, uma
corretamente a eleição de Woo- ciência social apropriada pode
drow Wilson. Os métodos de complementá-la. O uso das duas
pesquisa ficaram mais sofistica- juntas permite a criação de ques-
dos nas décadas seguintes, tões mais sofisticadas e
muitas vezes encontrando as ar- controladas, e produz uma análi-
madilhas da maneira mais se mais aprofundada.
difícil. Por exemplo, nas eleições Os efeitos do sucesso e do fra-
americanas de 1948, as pesqui- casso são os mesmos da
sas previram que Dewey observação direta (págs. 67-68).
derrotaria Truman – porque elas
questionavam as pessoas por te-
lefone, e as famílias menos abastadas, que mais votavam nos Pesquisa Existente
democratas, eram menos propensas a ter telefones. Em vez de produzir e realizar uma nova pesquisa, um gru-
A votação envolve os três passos seguintes. Some os tempos po de pesquisa pode contar com os dados coletados por outro
para que essas etapas determinem o tempo total necessário pesquisador ou uma agência de estatística. Faça um teste con-
para a realização da pesquisa. Tomar mais ou menos tempo tra Pesquisa para encontrar tais dados.
afeta a qualidade dos resultados (Tempo Gasto, MB, pág. 346). Em um sucesso crítico, os dados se encaixam perfeitamen-
te. Faça um teste da perícia primária sem penalidades. Em um
1. Projeto da Pesquisa: Uma pesquisa de opinião rápida com sucesso normal, eles são apenas parcialmente relevantes, faça
um projeto padronizado e um formato de pergunta testado o teste com -2. De qualquer forma, isso reduz o tempo total da
pode ser criada em um dia. Planejar uma pesquisa de um tipo pesquisa por uma semana (pois apenas a análise é necessária).
familiar leva uma semana. Projetar um novo tipo de pesquisa Ao utilizar pesquisas existentes, nem Administração e nem Co-
leva três meses. nhecimento do Terreno podem ser utilizadas como perícias
2. Coleta de Dados: Uma grande empresa de pesquisa profis- complementares.
sional pode realizar uma pesquisa em um dia. Um projeto de

68 MOVENDO AS MASSAS
 Em um fracasso, não há dados úteis disponíveis. Os pesqui-
sadores devem criar sua própria pesquisa. Em uma falha
crítica, os dados parecem relevantes, mas eles realmente me-
dem algo totalmente diferente – faça um teste de reação
aleatória para a opinião "calculada"!
A SENHORITA RUMOR
Rumor é sobre o que as pessoas em uma multidão ou comu-
nidade estão falando (ou enviando mensagens de umas às
outras). Qualquer perícia de Assuntos Atuais pode ser usada
para acompanhar os rumores sobre o assunto a que se relacio-
na. As pessoas podem descobrir sobre os rumores entre sua
família e amigos próximos com um teste de IQ. Manha pode
fisgar a "palavra na rua". Assuntos mais arcaicos de rumores
podem estar incluídos nas perícias de Conhecimento Oculto.
O sucesso identifica um rumor atual. O fracasso revela ape-
nas fofocas aleatórias sobre temas espalhados. Sucesso crítico
detecta um boato que está prestes a espalhar. A falha crítica
capta uma Fantasia de uma pessoa ou de um pequeno grupo,
ou atrapalha uma campanha de sussurros (Guerra Psicológica,
pág. 74) por causa de um rumor espontâneo.
Um Contato pode fornecer acesso a rumores em um deter-
minado campo. Particularmente, obter uma organização de
notícias como um Grupo de Contato concede acesso a várias
perícias de Assuntos Atuais. Para aqueles que não possuem es-
sas características, há outras opções:
• Encontrar um informante, ou um lugar onde as informa-
ções estejam disponíveis, requer um teste de procura
(Informantes, págs. 27-28).
• Para obter informações de uma única pessoa (Pedidos de
Informação, pág. 33) precisa-se de um teste de reação ou um
teste de Influência.
• De uma multidão de pessoas, escolher uma pessoa espe-
cífica, que possa ser induzida a falar mais detalhadamente,
requer um teste de Diplomacia baseada em Per (Aproximabili-
dade, pág. 30).
• Uma multidão inteira pode ser direcionada para um tópi-
co. Uma investigação aberta pode ser tratada como um teste
de reação, ou o uso de Diplomacia pode direcionar a conversa
diplomaticamente para o assunto de interesse. Lábia pode ser
usada para disfarçar o tema da investigação, mas um teste de
perícia fracassado denota que o tema estava muito bem escon-
dido, e os entrevistados nunca responderam à pergunta real.
Ele ergueu o queixo. "As pessoas têm algumas ilusões
muito estranhas sobre o poder. Na maioria das vezes,
consiste em encontrar um desfile e se esgueirar para se
colocar à frente da banda."
– Lois McMaster Bujold, Komarr
MOVENDO AS MASSAS
• Um teste de Boemia, que pode ser auxiliado pelo paga-
mento de bebidas ou entretenimento (MB, pág. 184), pode
levar as pessoas a cooperarem ou simplesmente inspirá-las a
falar livremente.
AMOSTRAGEM DA MÍDIA
Em vez de pesquisar entre as pessoas, os investigadores po-
dem ter uma ideia da opinião pública examinando sua
expressão na mídia. Esta ideia é antiga, Textos chineses, sobre
poesia do primeiro milênio a.C., recomendam que os funcio-
nários públicos coletem canções folclóricas e informem ao
governante sobre os sentimentos que elas expressam. Mas só
se tornou sistemática em NT7, como um desdobramento da
propaganda em larga escala na Segunda Guerra Mundial.
A escolha de um corpo de material adequado requer um
teste de Pesquisa. O sucesso produz uma amostra utilizável. O
fracasso produz uma amostra sem foco consistente. A falha
crítica produz dados comprometidos pelas suposições ou os
vieses dos coletores. O tempo normal para a coleta é de um
mês para mídia impressa, uma semana para a radiodifusão e
um dia para a mídia online.
Uma vez que a amostra seja coletada, identificar os temas
comuns requer um teste de Análise da Informação. As conse-
quências do teste são as mesmas da coleta de rumores (acima).
As informações obtidas podem ajudar a atingir objetivos de
curto prazo, identificando os interesses e as predisposições nos
bastidores ("fornecendo contexto"). Trate a perícia como se es-
tivesse complementando Propaganda ou Psicologia
(Aplicada). Para identificar padrões e suposições culturais
maiores, use Perícia Abrangente (Ciência Política) ou Sociolo-
gia. Essas perícias podem complementar o uso de Propaganda
ou Política para mudar a opinião pública. De qualquer forma,
o tempo normal para a análise é de uma semana.
Os testadores podem usar Matemática (Estatística), para
criar bons métodos estatísticos, como uma perícia comple-
mentar (pág. 25) para qualquer uma das perícias acima.
Os mesmos métodos podem ser utilizados para analisar o
conteúdo de uma única obra, buscando as suposições cultu-
rais necessárias para que ela faça sentido. Isso pode ser
complementado por uma perícia adequada de Connoisseur ou
de Assuntos Atuais para produzir uma análise mais criteriosa.
Os resultados não ajudam em uma escalada política ou organi-
zacional, mas complementam as perícias de Influência
direcionada a admiradores individuais do trabalho.
69
 FAMÍLIAS E COMUNIDADE COMO
ORGANIZAÇÕES
Algumas famílias ou comunidades se diferenciam, infor-
malmente, das comunidades ou sociedades maiores ao seu
redor.
PROCURANDO POR FAMÍLIAS E
COMUNIDADES
Procurar por um tipo de comunidade, ou qualquer família
pertencente a uma determinada comunidade, funciona como
a procura por uma organização (págs. 54-56). Especificamen-
te, use os bônus de procura pelo tamanho organizacional,
baseado no número de pessoas na comunidade, ou no número
médio de pessoas na família. A chance de uma procura ser
bem-sucedida aumenta em assentamentos maiores.
A procura por uma família específica utiliza as regras para
se encontrar indivíduos conhecidos (págs. 28-29). A chance de
uma procura ser bem-sucedida é melhor em um assentamento
menor.
É feito um teste de procura usual utilizando o IQ. Várias pe-
rícias podem substitui-lo:
• Assuntos Atuais (Pessoas ou Viagens) identifica lugares
públicos onde pessoas importantes costumam passar o tempo
ou por suas qualidades, mas não identifica locais particulares.
• Trato Social (Alta Sociedade) encontra as casas ou bair-
ros das classes mais altas.
• Trato Social (Máfia) localiza casas onde a elite criminosa
local vive, ou os bairros que eles dominam.
OS BENEFÍCIOS DE STATUS
Manter uma "posição" geral na sociedade (via Status) facili-
ta a obtenção de cooperação e assistência. Isso é semelhante
aos benefícios de Hierarquia (págs. 62-63), mas os efeitos são
mais difusos. Muitos são abrangidos pelo uso de Status como
um modificador de reação (pág. 31). Além disso, estão disponí-
veis:
• Em uma emergência, uma pessoa com um Status alto
pode tentar assumir o comando com um teste de Liderança. O
Status funciona como um bônus para o teste! Isso não garante
a capacidade de liderar bem – para isso, faça um teste de Lide-
rança sem o modificador de Status – mas torna um grupo ou
uma multidão em um corpo organizado com um propósito co-
mum.
70 MOVENDO AS MASSAS
• Manha localiza as subclasses urbanas.
CÍRCULOS INTERNOS
Obter acesso a uma família ou uma comunidade pode exi-
gir um teste de reação ou de Influência, assim como entrar
pelas portas de uma organização (Porteiros, pág. 56). Diploma-
cia funciona como uma perícia de Influência com qualquer
grupo. Algumas outras perícias funcionam para grupos espe-
cíficos:
• Política para os círculos políticos.
• Trato Social (Alta Sociedade) para as classes mais altas.
• Trato Social (Máfia) para o crime organizado.
• Manha para o crime desorganizado.
Em uma comunidade, pode não ficar óbvio quem o portei-
ro é! Se você tiver uma carta de apresentação, ela geralmente
será endereçada a alguém adequado, se não, continue tentan-
do causar uma boa impressão até que a pessoa certa decida
que você é aceitável. Um teste de percepção social bem-sucedi-
do (veja págs. 29-31) pode identificar a pessoa chave. Isso
requer oito horas de observação da cena social. Você pode le-
var mais ou menos tempo de acordo com o MB, pág. 346.
Depois disso, você pode fazer um teste da perícia social apro-
priada, baseada em Per, para este grupo em particular (veja
acima), ou um teste de Sociologia ou Sociometria (pág. 97).
Ser a pessoa certa é uma qualidade: Árbitro Social (pág. 94).
• Em uma campanha publicitária, um advogado com Sta-
tus alto ajuda a legitimar uma posição (veja Publicidade e
Propaganda, págs. 73-74).
• Na busca de cargos nomeados ou eletivos, os candidatos
com o Status mais alto possuem uma vantagem. Isso inclui o
Status já concedido por posse de cargo – os incumbentes têm
uma vantagem sobre os desafiantes!
• Um indivíduo com um alto Status pode se aproximar de
outros como se fosse membro de um Grupo de Contato (MB,
pág. 62). Isso não se limita à informação. Inclui coisas como
obter acesso ou bons assentos em um clube ou evento, fazer
com que a polícia ou os tribunais ignorem um delito menor. O
MJ deve determinar o NH efetivo de cada "Contato" de um dia,
e consultar a tabela a seguir.
 Status NH efetivo
1-2 12
3-4 15
5-6 18
7-8 21
Se o NH efetivo do "Contato" for igual ou menor do que o
valor de Status mostrado do solicitante, trate-o como Razoa-
velmente Confiável. Para cada passo pelo qual seu NH efetivo
o exceda, diminua sua confiabilidade em um passo: para Meio
INFLUÊNCIA DIRETA
A influência direta abrange maneiras de influenciar multi-
dões cara a cara. Pode incluir alguns usos de mídia,
especialmente mídia audiovisual, para transmitir uma impres-
são de personalidade. A perícia chave na influência direta é
sempre a da pessoa que entrega as informações ou defende a
ação.
Em alguns casos, a influência pode ser reforçada pela gene-
rosidade – normalmente na forma de comida e bebida,
entretenimento e souvenirs. Isso não é o mesmo que subornar
todos os seus membros, um de cada vez. A generosidade pode
obter sucesso com gastos muito menores. O custo da generosi-
dade é baseado no típico salário mensal das pessoas na
multidão (MB, pág. 517). Multiplique-o pelo número de pesso-
as na multidão, e em seguida, pela porcentagem mostrada (na
tabela abaixo) para o bônus que você deseja.
Porcentagem Mínima Bônus
1% +1
2% +2
5% +3
20% +4
DISCURSANDO
Fazer um discurso é uma maneira de alcançar uma multi-
dão inteira ao mesmo tempo. A multidão tem que estar
disposta a ouvir! Isso depende de sua reação inicial (pág. 31).
Excelente: A multidão presta atenção nas suas palavras.
Você não é obrigado a fazer um teste para obter sucesso no seu
discurso. Você automaticamente passa num teste de Influên-
cia, recebendo uma Reação Boa, independentemente da sua
perícia.
Muito Boa, Boa ou Neutra: A multidão ouve, de bom grado
ou conscienciosamente.
Fraca: Você pode falar, mas você consegue alguns importu-
nadores (ao lado).
Ruim ou Muito Ruim: Toda a multidão está hostil e difícil
de persuadir. Você não consegue falar sem ser vaiado (Impor-
tunadores, ao lado).
Desastrosa: Como Ruim ou Muito Ruim, acima, mas tam-
bém faça um teste de "combate iminente" com -2. Há um risco
de violência por parte da turba (A Mente da Turba, págs. 84-86).
MOVENDO AS MASSAS
Confiável, depois Não Confiável, e, em seguida, para completa-
mente inacessível.
Exemplo: Um médico com Status 3 poderia pedir a um
policial (NH efetivo 12) ou um detetive (NH efetivo 15) alguns
pequenos favores, como se fosse um Contato Razoavelmente
Confiável. Se ela tivesse que pedir informações ao Chefe de
Polícia (NH efetivo 18), ele agiria como Meio Confiável,
enquanto o Comissário da Cidade (NH Efetivo 21) como Não
Confiável.
Fazer um discurso eficaz normalmente exige um teste de
Influência baseado em Oratória. Se você obtiver sucesso, a re-
ação do público é Boa, se você fracassar, é Ruim.
Alternativamente, se você não está confiante na sua perícia
Oratória, você pode apenas falar com a multidão. O MJ fará
um segundo teste de reação e tirará a média com o teste de re-
ação inicial (arredondando para 10).
Se dois oradores tomarem posições opostas, consulte
Debate (pág. 41) ou Sagacidade, Zombaria e Insultos (págs.
41-42).
A eficácia do discurso depende que ele seja ouvido. O alto-
falante foi inventado em 1898 (NT6). Antes disso, e por algum
tempo depois, o treinamento em Oratória e Liderança inclui a
projeção da voz, muitas vezes também usando a acústica am-
biente. Aplique os modificadores do MB, pág. 214 e de uma das
seguintes categorias, dependendo de você está usando amplifi-
cação eletrônica ou acústica natural:
Acústica: -2 se você não tiver liberdade para ficar onde a
acústica é boa (por exemplo, cercado por uma multidão ou
fisicamente contido); Voz Penetrante cancela essa penalidade.
Se você tiver liberdade, um design acústico superior fornece o
equivalente a um bônus de qualidade de equipamento (MB,
pág. 345) em um local específico.
Amplificação: Equipamento barato lhe dá o equivalente a
Voz Irritante. Equipamentos de última linha oferecem um
bônus de qualidade (MB, pág. 345), mas exigem um teste de
Operação de Aparelhos Eletrônicos (Mídia) para obter este
benefício. Amplificação sonora de baixa definição (Voz a Voz,
págs. 38-39) reduz pela metade os bônus de Voz Melodiosa e as
penalidades de Voz Irritante – mas não os de Gagueira ou de
equipamento barato.
Importunadores
Importunadores tornam um discurso mais difícil. Eventu-
ais gritos da multidão dá -2 para o NH efetivo. Ser vaiado dá -5.
Voz Penetrante (se estiver usando acústica) ou um teste bem-
sucedido de Operação de Aparelhos Eletrônicos (Mídia) (se
usando amplificação) cancela a penalidade dos importunos,
mas não por ser vaiado.
Para silenciar os importunadores, envolva-os com um de-
bate (pág. 41) ou com sagacidade, zombaria ou insultos (págs.
41-42). Alternativamente, você pode removê-los. Se a reação
71
inicial da multidão foi Neutra ou melhor, ela apoiará a remo- um encontro com alguém notável. Uma falha crítica é um erro
ção dos importunadores ou dos desordeiros. Se foi Fraca, a social grave que deixa uma má impressão.
multidão reagirá a isso com -2. Se foi Ruim ou pior, toda a Falhas críticas à parte, a impressão deixada na multidão de-
multidão está hostil, você não pode escolher indivíduos para pende de um teste de Influência contra a Vontade média da
remover! plateia. Vencer a Disputa produz uma Boa reação, perdê-la
produz uma Ruim. Em reuniões posteriores com pessoas indi-
Preparação viduais do evento, aplique um modificador de reação geral +1
ou -2. Interagir com a plateia pode ser um passo para constru-
Uma perícia complementar adequada (pág. 25) pode afetar ção de um novo Contato ou outro relacionamento duradouro
o conteúdo de um discurso: Escrita para planejar o discurso (págs. 47-48).
com antecedência, Pesquisa ou uma perícia de conhecimento
para encontrar evidências que o apoiem, Assun-
tos Atuais para fazer alusões atuais, etc.
Você pode ganhar um bônus de manipulação
(págs. 43-44) com Propaganda (para apresentar
provas direcionadas). Alternativamente, você
pode usar Política ou Sociologia para prever
como uma determinada multidão pensa ou se
sente. Isso funciona de forma semelhante à Psico-
logia (Aplicada), mas o bônus é limitado a +1, a
menos que uma atitude como Intolerância esteja
amplamente presente na plateia.

ENTRETENIMENTO
Artistas performáticos também podem influ-
enciar o humor de uma multidão. Não se trata da
habilidade técnica de atuação. Um brilhante pia-
nista pode conseguir um sucesso crítico em
Instrumento Musical (Teclado) sem perceber a
presença do público até a sua reverência. A res-
posta do público seria à sua música, não à sua
personalidade. Mas alguns artistas atuam para a
multidão.
Isso funciona como discursando (págs. 71-72). Oratória
CULTIVANDO UMA PERSONA
As pessoas que fazem aparições públicas devido a carreira,
permanece aplicável na maioria das situações, seja como o
muitas vezes desenvolvem um rosto público para tais apari-
foco principal do ato (ex.: para um comediante ou contador de
ções, de um político reunindo eleitores e dando um discurso a
histórias) ou como conversa fiada (ex.: entre os truques, para
uma estrela de cinema que aparece em um programa de entre-
um mágico ou entre as canções, para um cantor). No entanto,
vistas. Estes não são deliberadamente enganosos, como
alguns cantores, dançarinos ou instrumentistas podem substi-
discutido em Identidades Falsas (págs. 44-46), mas sim versões
tui-la por Sex Appeal.
aprimoradas do eu real da figura pública, com estilizações,
exageros ou remoções das falhas. Os efeitos de uma persona
INTERAGINDO COM A PLATEIA não se limitam a encontros cara a cara, os benefícios reais exi-
gem áudio bidirecional de alta definição (com ou sem vídeo),
Interagir com as plateias é um uso de Política. O MJ pode
permitir que outras perícias se apliquem, como Boemia em mas a persona pode ser mantida em qualquer meio de vídeo ou
um show de rock, Trato Social (Alta Sociedade) em um baile áudio, por uma questão de consistência.
de caridade, ou Manha em uma cúpula de gangues. Em vez de Assume-se que uma persona em uma ocasião requer um
fazer um discurso, a pessoa que interage com a plateia movi- único teste para todo o evento, feito no início e afetando toda
menta-se, tendo breves conversas com indivíduos ou pequenos a sua duração. Uma figura pública que mantém uma persona
grupos – alguns minutos por pessoa. Uma "plateia" aqui é uma contínua precisa fazer apenas um teste por mês, muito pareci-
reunião de 30 a 300 pessoas. Um grupo maior é grande demais do com um teste de desempenho do emprego.
para se interagir como um todo, e a interação com um grupo Este tipo de persona é relativamente fácil de se manter: faça
menor é perceptível. uma Disputa Rápida de Dissimulação+5, Atuação+3, ou IQ
Qualquer sucesso no teste de habilidade resulta no aprendi- contra o IQ mais alto do grupo para o qual você está aparecen-
zado de nomes, rostos e um ou dois fatos interessantes para do (esta é uma variante de Difícil é Fazer, pág. 45). Ganhar dá
uma amostra de pessoas no evento. Gastar uma ou duas horas +1 à aos testes de reação ou de Influência, perder dá -1.
depois para fazer anotações, fornece um registro permanente. Modificadores: +1 para Rosto Honesto. +1 para Por Dentro
Memória Eidética ainda exige o gasto de tempo, mas elimina da Moda se a persona for elegante ou na moda. Isso pode ser
a necessidade de notas escritas. Memória Fotográfica também fornecido por outra pessoa, como um Contato. Além disso, as
elimina o requisito de tempo. Um sucesso crítico representa

72 MOVENDO AS MASSAS
perícias de Influência podem complementar (pág. 25) o teste.
Por exemplo, Diplomacia para o líder de um partido político
ou Sex Appeal para uma estrela do rock.
Outras perícias podem tomar o lugar de Atuação ao usar
personas de tipos específicos:
• Liderança+3 para um oficial militar.
• Política+3 para um candidato político.
• Psicologia (Aplicada)+3 para um terapeuta.
• Ritual Religioso+3 para um clérigo.
• Pedagogia+3 para um instrutor.

INFLUÊNCIA INDIRETA
Uma comunidade ou sociedade também pode ser influenci- igual a metade da diferença entre o Status do porta-voz e o
ada indiretamente, por métodos como campanhas de relações Status médio do público-alvo, arredondado para baixo (Se
públicas. A perícia chave para isso não é a capacidade de exe- Hierarquia substituir Status nesta sociedade, use Hierarquia
cução da pessoa que apresenta a mensagem, mas o julgamento em vez disso). No entanto, se a propaganda falhar
estratégico da pessoa que planeja e dirige a campanha. criticamente, o porta-voz é desacreditado e ganha uma
Reputação negativa igual ao inverso do bônus que ele
forneceu!
PUBLICIDADE E PROPAGANDA Dinheiro Gasto: +1 se você gastar 2x mais na campanha, +2
A perícia Propaganda é usada para campanhas de relações por 5x, +3 por 20x, ou +4 por 100x.
públicas de todos os tipos. O nome vem da Congregação para a Tempo Gasto: Veja MB, pág. 346. O tempo de planejamento
Evangelização dos Povos, um órgão católico fundado em 1622 não pode ser reduzido a zero.
para "propagar a fé" em países não católicos. A habilidade es-
tratégica básica é a mesma, seja a mensagem transmitida por Ganhar a Disputa Rápida deixa a audiência inclinada à coi-
pregação ao vivo, anúncios de jornais, transmissões ou mensa- sa que está sendo vendida: +1 para o teste de reação se a
gens na Internet. encontrarem pessoalmente, ou para o teste de Influência se al-
O tempo para o planejamento de uma campanha é de um guém fizer um apelo pessoal a ela. Perdê-la dá -2. Em uma
mês. Durante esta etapa, o marqueteiro deve determinar o sociedade com mídia eletrônica em massa, esse resultado nor-
público-alvo (por exemplo, todos os homens americanos entre malmente será evidente dentro de uma semana; em uma
30 e 40 anos). O custo da campanha é de 0,1% do salário men- sociedade com impressão, dentro de um mês; e em uma socie-
sal típico do público-alvo, multiplicado pelo tamanho do dade de baixa tecnologia, dentro de seis meses. A duração
público-alvo. desse efeito é de responsabilidade do MJ, mas deve geralmente
Opcionalmente, o anunciante pode tentar melhorar a cam- durar o suficiente para influenciar a onda inicial de vendas (ou
panha identificando quais partes do público são mais o equivalente).
propensas a responder. Esse "marketing direcionado" pode en-
volver qualquer coisa, desde pesquisas de clientes até grupos
focais. Independentemente dos detalhes,
use as regras para a realização de uma
pesquisa de opinião (págs. 68-69). Os re-
sultados são interpretados como os
Publicidade e Testes de Procura
Muitos tipos de testes de procura (págs. 26-29 e 54-56) ganham bônus pelo di-
resultados de um teste de Aproximabilida-
nheiro gasto na "publicidade". Para obter esses bônus não é necessário testes de
de (pág. 30): sucesso crítico dá +3, sucesso
Propaganda, muito menos testes de Influência baseados em Propaganda. Existem
dá +1, fracasso não dá bônus e falha críti-
duas razões diferentes para isso:
ca dá -3 (Se esta etapa for ignorada, não
Propaganda é principalmente a perícia de influenciar o comportamento da
aplique modificadores).
massa por meio de uma campanha cuidadosamente planejada. Pode-se levar mui-
A campanha em si é implementada
tas pessoas a comprar um novo produto, votar em um candidato ou se converter
como uma Disputa Rápida entre Propa-
a uma religião. Mas influenciar uma pessoa ou um punhado de pessoas – recrutar
ganda e a Vontade média da audiência.
um funcionário ou vender um item – não requer métodos tão elaborados. No
Inclui os seguintes modificadores:
máximo, colocar um anúncio nos classificados ou distribuir cartões de visita re-
Perícias Complementares (pág. 25): Use quer um teste de IQ, e os testes de procura já são feitos contra o IQ ou contra
a perícia que abrange o veículo perícias baseadas em IQ.
transmissor da campanha – Oratória para Mesmo que uma procura use publicidade elaborada, a perícia Propaganda não
discursos políticos, Escrita para material precisa ser a dos pesquisadores. Um orçamento publicitário pode representar a
impresso, Performance em Grupo contratação de uma agência de publicidade, marketing ou de relações públicas. O
(Direção) para vídeo, Artista (Desenho) ou teste de Propaganda de fato, ocorre nos bastidores; seus efeitos são incorporados
Fotografia para pôsteres, Composição ao teste de procura. É claro que várias procuras permitem que a perícia Propagan-
Musical para músicas, e assim por diante. da substitua o IQ, caso os pesquisadores a tenham.
Porta-voz com Status Alto: um bônus

MOVENDO AS MASSAS 73
 falha crítica na Vontade média da audiência (contra qualquer
coisa, que não seja uma falha crítica em Propaganda) estabele-
A glória suprema é quebrar o ce uma campanha viral bem-sucedida. Entretanto, uma falha
crítica em Propaganda cria o efeito de um anúncio viral
inimigo sem lutar. fracassado. A campanha entrega uma mensagem tão completa-
– Sun Tzu, mente errada, ou é tão memoravelmente ruim, que o público
não resiste em passá-la adiante!
A Arte da Guerra
GUERRA PSICOLÓGICA
Campanhas Rivais Outras formas de influência indireta utilizam Disputas
Rápidas de Psicologia (Aplicada) contra a Vontade média da
Campanhas rivais exigem testes de Influência Competitiva população-alvo. Isso altera os testes de reação da população-
(págs. 40-42) contra propaganda. No entanto, a margem de su- alvo: normalmente ganhar (uma reação Boa) dá +1 aos testes
cesso de cada campanha deve ser comparada com a Vontade subsequentes, mas perder (uma reação Ruim) dá -2. Seguem
do público. Isso determinará não apenas quem ganhou a com- alguns exemplos:
petição entre os anunciantes, mas como cada campanha se
saiu aos olhos do público: • Fazer com que os soldados inimigos temam as conse-
quências de não se renderem ou fazê-los tratar a rendição
• Se ambas as campanhas superarem a Vontade do Públi- como honrosa: Aplique os bônus/penalidades aos testes de re-
co: O vencedor recebe +1 para os testes de reação e de ação para combate iminente (pág. 81).
Influência, o perdedor não recebe modificadores. • Minar a confiança dos soldados inimigos em seus líderes,
• Se apenas a campanha vencedora superar a Vontade do ou da população civil em seu governo: Aplicar o inverso do mo-
Público: O vencedor recebe +1 para os testes de reação e de In- dificador de um teste de lealdade (veja págs. 46-47).
fluência. o perdedor recebe -2. • Iniciar uma campanha de sussurros para espalhar um
• Se nenhuma das campanhas superarem a Vontade do pú- boato ou popularizar um produto sem o uso de mídia temática
blico: o vencedor recebe -2 para os testes de reação e de ou identificação explícita da fonte da campanha: Use as regras
Influência, o perdedor recebe -3. para publicidade (págs. 73-74), mas baseadas em Psicologia
Os anunciantes têm a opção de minar a campanha de um (Aplicada). No nível tático, isso envolve as mesmas perícias de
rival em vez de melhorar a sua própria. Isso funciona como interagindo com a plateia (pág. 72); testes contra uma perícia
Dialética (pág. 41). média dos agentes de campo podem complementar (pág. 25)
Psicologia (Aplicada).
• Induzir o outro lado a aceitar informações como confiá-
Marketing Viral veis: Aplique o bônus/penalidade de respostas às informações
A Publicidade e a propaganda padrão dependem de comu- (veja pág. 33). Uma falha crítica no teste de Vontade dele, ao
nicações de massa para espalhar a notícia. Mas algumas resistir, pode criar uma Fantasia.
mensagens inspiram a audiência a contar a outras pessoas so-
bre elas, citá-las em seus blogs, ou passá-las de alguma forma. A guerra psicológica também pode afetar os testes de perí-
Estratégias de marketing virais buscam explorar este efeito. cias dos líderes inimigos. Veja as regras sobre o uso de
Projetar uma campanha viral funciona como para publici- Psicologia (Aplicada) para manipulação (págs. 43-44). Por
dade normal, com as seguintes mudanças: exemplo, apelar para a Megalomania de um oficial de campo
inimigo, pode dar a ele uma penalidade à Tática, ao encorajar
• Você pode optar por usar a Sociometria (pág. 97), ou o o desprezo injustificado por seus adversários.
seu pré-definido: Sociologia, no lugar de uma pesqui-
sa de opinião, durante a etapa de "marketing
direcionado". Isso representa um bom entendimento
de conectividade social para identificar os usuários
Memética aplicada
alfa – aqueles com alta capacidade de influenciar ou- O geneticista Richard Dawkins propôs que a transmissão da cultura
tros membros da audiência. humana envolvia unidades chamadas memes, análogas aos genes para
• Se você tiver aprimorado a técnica Tornando-se características biológicas. Em alguns cenários de ficção científica,
Viral (pág. 97), você pode usar seu bônus em vez de como o Transhuman Space, uma ciência de memética de fato estuda
gastar o dinheiro adicional. Na verdade, você ganhou tanto os mecanismos pelos quais os seres humanos adquirem novos
ajuda voluntária para espalhar a palavra. memes quanto a disseminação de memes pelas sociedades. Se tal ciên-
• Dobre o modificador de Reação ou de Influência cia existisse, poderia melhorar a comunicação humana, o aprendizado
quando a audiência encontrar o produto: +2 em um e a persuasão.
sucesso ou -4 em um fracasso. As regras completas para memética estão além do escopo deste su-
plemento; veja a série Transhuman Space para mais detalhes. Mas um
O MJ também pode permitir que uma campanha MJ querendo incorporar memética em suas campanhas pode permitir
publicitária se torne viral espontaneamente. Sucesso a Perícia Abrangente (Memética) (pág. 96) e possivelmente o Talento
crítico em Propaganda (contra qualquer coisa, exce- Memética (pág. 92).
to um sucesso crítico na Vontade média), ou uma

74 MOVENDO AS MASSAS
 LUTAS PELO PODER
O auge da engenharia social em massa é a busca pelo poder
político ou econômico. Um estudo aprofundado das fontes e
formas de poder está além do escopo deste suplemento, mas
pode-se olhar para o poder como um tópico das interações so-
ciais.
OS TRÊS TIPOS DE POLÍTICA
O governo é uma organização, mas com uma posição pecu-
liar. Ele afirma agir em nome de toda uma sociedade, e é
geralmente aceito como tal pela maioria das pessoas – se não
for, deixa de funcionar como um governo. Teóricos políticos
chamam essa legitimidade de aceitação. Os governos podem
disponibilizar Hierarquia para seus funcionários ou servidores
(Status, Hierarquia e Tipo de Sociedade/Governo, pág. 20); outras
organizações geralmente só podem fazê-lo caso tenham rela-
ções especiais com os governos, como as igrejas estabelecidas
capazes de conceder Hierarquia Religiosa. Mudanças no go-
verno afetam a todos e, muitas vezes, são o foco dos
movimentos da massa. Diferentes tipos de políticas criam mu-
danças em diferentes escalas.
Política Administrativa
Todos os governos, exceto os menores, agem através de bu-
rocracias com cadeias de comando. As pessoas em uma cadeia
de comando, muitas vezes tentam influenciar as decisões de
alto nível, tanto para avançar em suas próprias carreiras (veja
Promoção, pág. 61), quanto para apoiar as políticas que favore-
cem. Esse tipo de política não muda as pessoas no topo, mas
tenta mudar suas mentes.
Para questões menores, isso exige um teste de reação por
uma resposta à informação (pág. 33). Se houver vários mem-
bros da equipe sênior, um teste de Administração baseado em
Per pode identificar um que provavelmente será receptivo
(Aproximabilidade, pág. 30). A critério do MJ, um modificador
de -1 a -3 pode ser aplicado para uma proposta que vá contra
as políticas atuais, ou +1 a +3 para uma que expanda seu esco-
po (chefes de burocracias tendem a ser construtores de
impérios). Um teste de Influência pode ser utilizado como
substituto; Diplomacia é uma boa escolha, pois diminui o risco
de uma reação desfavorável. Fracassos tendem a ser descarta-
dos como incompetência ao invés de desonestidade, mas um
segundo teste é necessário após uma reação Ruim, com -2.
Com uma reação Fraca, o funcionário enfrenta uma investiga-
ção; com uma Ruim ou pior, ele enfrenta suspeitas contínuas
(Inimigos Internos, pág. 63).
As disputas entre os defensores de diferentes políticas são
resolvidas como um debate (pág. 41), muitas vezes baseado em
Escrita. Administração ou Jurisprudência podem servir como
uma perícia complementar (pág. 25); assim é possível saber so-
bre o assunto da política. As regras de perícias
complementares opostas podem ser aplicadas.
Uma grande mudança de política requer a geração de con-
fiança (pág. 47); isso requer uma série de Disputa de
MOVENDO AS MASSAS
Habilidade de Diplomacia contra o NH efetivo da organização,
conforme definido em Passando Pelos Canais Apropriados (pág.
58). Uma tentativa pode ser feita por mês.
Todos os sistemas políticos têm políticas administrativas,
exceto anarquias, alguns sistemas de clãs/tribais e certas de-
mocracias atenienses. Os sistemas políticos com NC5 ou NC6
normalmente têm apenas políticas administrativas.
Política Eleitoral
As democracias representativas elegem as pessoas que en-
cabeçam seus governos. Sociedades de outros tipos fazem uso
mais limitado das eleições; por exemplo, Atenas elegeu seus
generais, mas escolheu a maioria dos seus funcionários por
sorteio!
Uma eleição se estende ao longo do tempo, mas termina
com um único voto. Isso é tratado como uma Disputa Rápida
de Política, seja entre candidatos individuais ou entre partidos
ou facções políticas. O drama está no acúmulo, especialmente
dos testes de perícias complementares e outras fontes de bô-
nus ou penalidades – e, em uma campanha estendida, os testes
de perícias que melhoram esses testes de perícias. As possibili-
dades são infinitas, mas aqui estão alguns métodos comuns:
• O candidato com o Status mais alto recebe um bônus
para Política igual à diferença para o próximo Status mais
alto.
• Uma persona pública (págs. 72-73) pode dar +1 para Po-
lítica.
• A propaganda muitas vezes envolve campanhas rivais
(Publicidade e Propaganda, págs. 73-74) pelos diferentes candi-
datos. Um porta-voz com Status alto, que não seja o candidato,
fornece o bônus usual à Propaganda.
• Discursar (pág. 71-72) permite que Oratória atue como
uma perícia complementar (pág. 25). Para um debate (pág. 41)
entre candidatos, trate suas perícias como opostas.
• Uma campanha pode se concentrar melhor nas preocu-
pações públicas se for guiada por evidências de quais são essas
preocupações. Use Perícia Abrangente (Ciência Política) para
realizar uma pesquisa de opinião (págs. 68-69); use sociologia
para tirar amostras da mídia de massa (pág. 69); ou use Pes-
quisa para encontrar resultados publicados aplicáveis de
qualquer fonte. Trate qualquer uma dessas como perícias com-
plementares.
• Abordagens com "truques sujos" podem atrapalhar uma
eleição, especialmente uma eleição apertada: pagar os eleito-
res, contratar pessoas para votar fraudulentamente, impedir
que eleitores desfavoráveis consigam cédulas, entregar cédulas
já marcadas para os candidatos de um partido, "perder" cédu-
las ou forjar cédulas favoráveis a um partido, por exemplo.
Trate qualquer perícia usada para fazer tais truques como uma
perícia manipuladora (págs. 43-44).
As mecânicas da eleição, de fato, dependem de como a vo-
tação é organizada.
75
 Candidato Contra Candidato corpo de votação foi determinada por uma eleição recente de
Alguns sistemas eleitorais dão aos eleitores uma escolha en- partido versus partido, use a margem de vitória do partido do-
tre candidatos para um único cargo. Se houver dois minante como um bônus nas reações para as decisões a favor
candidatos sérios, quando ocorrer a última Disputa Rápida de ou uma penalidade nas reações para as decisões opostas.
Política, o candidato que vencer é eleito. Se um grupo fora do corpo de votação (como os PdJs!) pro-
Se os candidatos estiverem empatados, é uma eleição extra- cura influenciar a opinião pública, trate isso como um teste de
ordinariamente apertada; os votos devem ser recontados, Influência baseado em Propaganda (veja Publicidade e
podendo haver disputas legais ou outras complicações. O tem- Propaganda, págs. 73-74). Vencê-lo altera o modificador de opi-
po para uma recontagem depende da NT e da cultura; em nião pública em +1 ou -1.
ambientações nos dias atuais, uma semana é um atraso razoá- Se os PdJs são membros do corpo de votação e propuseram
vel. A recontagem pede outra Disputa Rápida de Política; o a decisão ou estão liderando a oposição, o resultado é resolvi-
vencedor é eleito, mas por uma margem muito estreita (1% do do através de testes de Influência opostas, baseados em
total de votos ou menos). Novos empates são improváveis e Política – mas usando as seguintes regras em vez das da pág.
provavelmente serão resolvidos no tribunal. 40:
Se houver três ou mais candidatos, todos fazem testes de
• Faça duas Disputa Rápida de Política separadas contra a
Política. O que acontece a seguir depende dos resultados:
Vontade média do corpo de votação e compare as duas mar-
• Se a margem de sucesso (ou fracasso) de um candidato gens de vitória ou derrota. Se a margem dos apoiadores for
for pelo menos 5 pontos melhor do que a de qualquer outro, maior, a medida passa. Se não, ela fracassa.
ele tem maioria dos votos e é eleito. • Se a composição do corpo de votação foi determinada
• Caso contrário, os dois candidatos com as melhores mar- por uma eleição de partido contra partido, use a margem de vi-
gens de sucesso (ou fracasso) se enfrentam em um segundo tória do partido dominante como bônus ou penalidade para a
turno. Isso é resolvido como de costume para uma eleição en- Vontade média, dependendo se o partido dominante é contra
tre dois candidatos. ou a favor.
• Um orador-chave de cada lado pode participar de um de-
Partido Contra Partido bate (pág. 41); o lado vencedor recebe +1 em seu teste de
Outros sistemas eleitorais dão aos eleitores uma escolha en- Política (+2 se vencer com um sucesso crítico).
tre as chapas de candidatos apresentadas pelos partidos. • Um rico externo, interessado, pode tentar subornar os
Quando acontece a Disputa Rápida final de Política, o total de membros do corpo; o bônus de suborno aumenta o NH efetivo
cargos – por exemplo, assentos na legislatura – é dividido entre ou a Vontade do lado que ele apoia.
os partidos de acordo com os seus desempenhos.
Se houver dois partidos significativos, o partido
que vencer terá a maioria. Se os partidos estiverem
empatados, é uma eleição extraordinariamente aper-
Totalitarismo
Os sistemas políticos totalitários incluem os governos de Hitler, Sta-
tada; faça um novo teste para ver qual tem
lin e Pol Pot. São regimes políticos que buscam obrigar a completa
minimamente mais votos. Se isso também for um
sujeição de uma sociedade a uma ideologia. A ideologia específica não
empate, eles têm exatamente o mesmo poder; ne-
é o problema; é a maneira pela qual ela é aplicada. Em termos de
nhum pode governar sem o consentimento do outro.
GURPS, o totalitarismo equivale a NC6: controle total.
Se houver três ou mais partidos significativos, to-
Hannah Arendt, que escreveu a análise clássica do totalitarismo,
dos eles testam contra Política. O que acontece a
disse que as sociedades totalitárias tinham três instituições caracte-
seguir depende dos resultados:
rísticas: esforços maciços de propaganda dirigidos a suas próprias
• Se a margem de sucesso/fracasso de um partido populações, forças policiais secretas e campos de concentração que
for melhor do que qualquer outro em pelo menos 5 causavam mortes em massa. O retrato fictício clássico deste tipo de so-
pontos, ele tem uma clara maioria e pode formar um ciedade é o romance de George Orwell, 1984. Em termos de GURPS,
governo sozinho. tais sistemas rotineiramente usam propaganda, Psicologia (Aplicada),
• Caso contrário, precisa formar uma coalizão Análise da Informação e Lavagem Cerebral contra seus próprios cida-
com pelo menos outro partido significativo. Veja dãos. Uma parte substancial dos cidadãos pode ter Inimigo (A Polícia
Alianças e Diplomacia (págs. 77-78). Secreta; Observador). Um líder realmente paranoico pode ter várias
agências de polícia secreta que vigiam umas às outras!
Legislação
O voto também pode ser usado para aprovar leis e
tomar outras decisões, seja por representantes eleitos ou pelos Política Revolucionária
cidadãos como um todo. A política revolucionária muda a política do governo, não
Se a decisão estiver ocorrendo em segundo plano, seu resul- ao eleger novas pessoas para chefiar o governo, mas ao criar
tado pode ser baseado em um teste de reação, representando o um governo totalmente novo. Isso não faz parte da política
equilíbrio de opinião no corpo de votação. O MJ pode ajustar normal de qualquer tipo de sociedade – exceto talvez, pela
este teste de -3 a +3, sempre que o público possua uma opinião anarquia. As revoluções muitas vezes envolvem violência de
forte ou aqueles que propõem a lei estejam particularmente fa- vários tipos: ação de turbas (págs. 84-86) contra a polícia, as
vorecidos ou desfavorecidos no momento. Se a composição do forças armadas e a burocracia; guerra civil entre exércitos

76 MOVENDO AS MASSAS
opostos; ou a violenta repressão do novo governo ao antigo go-
verno e seus apoios, o que pode levar ao totalitarismo geral
(pág. 76). Mas a violência por si só não torna uma revolução
bem-sucedida. Um governo em funcionamento lutará contra
investidas violentas; revolução violenta equivale a travar uma
guerra no território do inimigo, sem nenhuma base externa
para onde recuar. Para que a revolução tenha sucesso, a popu-
lação em geral tem que parar de apoiar o governo estabelecido.
A luta armada é mais bem tratada pelas regras do GURPS
Combate em Massa, mas a mudança de atitude pública é uma
engenharia social em grande escala.
A legitimidade de um governo pode ser representada como
a lealdade média de seu povo (págs. 46-47). Um governo im-
posto pela força, sem qualquer tipo de base legal, usa os
modificadores especiais para relações involuntárias (págs.
46-47). Isso se aplica aos governos das sociedades subjugadas,
a qualquer governo com NC6 (veja Totalitarismo, pág. 76), e a
muitos governos com NC5 e alguns com NC4. Veja também
Status, Hierarquia e Tipo de Sociedade/Governo (pág. 20). Outros
modificadores especiais também afetam a lealdade a um go-
verno:
Ameaças Externas: +1 a +5, dependendo da gravidade da
ameaça.
Repressão: +(3-NC).
Reputação: A média da Reputação do chefe de estado
(Reputação, págs. 18-19) e da Reputação do governo como
organização (Reputação Organizacional, pág. 62), arredondada
para 10.
Sociedade Utópica (MB, pág. 510): +2 (todo mundo acredita
nos ideais da sociedade).
A lealdade a um governo pode aumentar ou cair com o tem-
po. A lealdade suficientemente baixa torna os governos
instáveis:
Ruim: A maioria da população é indiferente ao governo e
não virá em sua defesa.
Muito ruim: A população se levantará em protesto, fará gre-
ve etc., se as chances de sucesso parecerem razoáveis. Pode
haver episódios de turbas violentas.
Desastrosa: A população se opõe ativamente ao governo,
com pouca consideração por sua própria segurança. Pode ha-
ver turbas violentas generalizadas, ou unidades militares e
outros ramos do governo podem mudar de lado.
Alianças Familiares
Nas sociedades aristocráticas, a autoridade política é tratada
como propriedade privada que pode ser herdada; isso pode ser ver-
dade, por exemplo em uma ditadura (chamada de monarquia neste
caso). As alianças políticas são muitas vezes solidificadas por casa-
mentos entre filhos de diferentes famílias. Se as crianças têm voz,
isso requer diplomacia política (págs. 77-78) e cortejo (pág. 48) para
estabelecer as coisas; em uma cultura com casamentos arranjados,
os filhos podem não ter voz – a menos que se oponham com força
suficiente para fugir ou tornar o casamento impossível.
MOVENDO AS MASSAS
A revolução pode ocorrer espontaneamente como resultado
de tais condições. Mas um movimento revolucionário também
pode tentar fazê-lo por vários meios. Líderes cautelosos aguar-
dam o momento certo (veja O Humor da Multidão, págs.
67-69), fazem declarações públicas pedindo revolução e espe-
ram apoio público. Os líderes ativistas tentam mudar as
atitudes do público por meio de testes de influência baseados
em Política e resistidas pela lealdade do público ao governo; se
os líderes vencerem, a lealdade do público diminui em 1. Pro-
paganda e Psicologia (Aplicada) servem como perícias
complementares para Política (Influência Indireta, págs.
73-74).
ALIANÇAS E DIPLOMACIA
A política não se limita a situações em que uma organiza-
ção tem todo o poder. Também inclui relações entre centros de
poder independentes: governos de diferentes sociedades, parti-
dos políticos ou mesmo facções rivais em uma revolução. Às
vezes, dois centros de poder acharão um compromisso mais
prudente do que uma disputa que apenas um pode vencer.
O caso mais simples é um esforço para chegar a um acordo
sobre uma única questão. Ambos os lados querem encontrar
um ponto em comum, mas nas melhores condições para si
mesmos; esta é uma Disputa Rápida de Diplomacia entre seus
representantes (Os PdJs podem representar seu lado ou con-
tratar um negociador profissional). Se ambos os negociadores
fracassarem em seus testes, nenhum ponto em comum será
encontrado e nenhum acordo será alcançado. Se pelo menos
um teste obtiver um sucesso, os PdJs podem pedir concessões
se seu lado vencer a Disputa Rápida, mas devem oferecê-las se
seu lado perder; um empate indica que nenhum dos lados ob-
tém vantagem.
Várias perícias podem ajudar com essa Disputa:
• Análise da Informação complementa (pág. 25) Diploma-
cia ao fornecer informação – ou desinformação – sobre as
verdadeiras necessidades e prioridades do outro lado.
• Psicologia (Aplicada) fornece um bônus à Diplomacia ao
despistar o negociador do outro lado; veja Manipulação (págs.
43-44).
• Lábia pode ganhar concessões ao confundir as questões
– também discutidas em Manipulação – mas o lado que faz as
concessões provavelmente decidirá eventualmente que o outro
lado não estava agindo de boa-fé; tais acordos são de curta du-
ração.
Múltiplas Facções
Em algumas situações, mais de dois partidos podem
estar negociando. Normalmente, isso funciona da mes-
ma forma que para dois partidos, com o partido que
obtiver o melhor resultado no teste recebendo conces-
sões dos outros. Se mais de um partido fracassar em
seu teste, os partidos que fracassarem não conseguem
encontrar um ponto em comum entre si; eles podem fa-
zer acordos separados com os partidos bem-sucedidos,
ou aquele, que fracassou por mais, pode ser excluído.
Regras diferentes se aplicam quando dois partidos
competem por uma aliança com um terceiro.
77
 1. Os rivais se envolvem em uma Disputa Rápida de Diplo-
macia.
2. O vencedor pode fazer a primeira oferta, que é tratada
como uma segunda Disputa Rápida de Diplomacia com o par-
tido que está sendo cortejado.
3. Se não der certo, o outro rival faz sua oferta.
Na etapa 1, um ou ambos os rivais podem reivindicar um
bônus à sua diplomacia, oferecendo-se para fazer concessões.
E então, na etapa 2, o partido que está sendo cortejado pode
aplicar o mesmo bônus à sua própria perícia Diplomacia, pois
se aproveita das concessões prometidas.
Exemplo: Os Vermelhos e os Verdes têm grandes facções na
nova Assembleia, mas nenhum deles tem a maioria; os votos
decisivos estão nos Azuis capitalistas radicais. A oferta de
grandes concessões dos Vermelhos dá a eles +4 de Diplomacia
na etapa 1; eles vencem a Disputa Rápida contra os Verdes e
são os primeiros a oferecer uma coalizão com os Azuis. Mas
agora, na etapa 2, os Azuis têm +4 de Diplomacia em sua
Disputa Rápida contra os Vermelhos. Sua margem de vitória é
3; sua aliança com os Vermelhos lhes garante o Ministério das
Finanças, um imposto fixo e restrições à nacionalização de
fazendas e empresas.
Alianças Duradouras
Algumas negociações buscam alianças ou tratados dura-
douros. O acordo inicial é uma negociação simples, conforme
descrito acima, mas se for bem-sucedido, os partidos se com-
prometem a trabalhar em uma relação de longo prazo. Isso
normalmente requer um ou mais anos. As relações criadas são
análogas a Patrono, Aliado, Contato ou Dependente, mas entre
facções ou governos em vez de indivíduos.
Chegar a esse acordo é um processo de geração de confian-
ça (págs. 47-48), com algumas diferenças. A mecânica básica é
uma Disputa de Habilidade de Jurisprudência (do partido que
apresenta uma proposta) contra a Vontade (do representante
do outro partido), com cada tentativa levando um ano. Outras
perícias podem substituir Jurisprudência em negociações não
políticas; por exemplo, Finanças para uma fusão corporativa,
ou Jogos de Entretenimento para concordar com regras de
uma liga esportiva. Aplique os seguintes modificadores:
Perícias Complementares: Diplomacia pode complementar
Jurisprudência.
Negociações Aceleradas: Aplique penalidades por levar
menos tempo (MB, pág. 346), embora negociações
instantâneas não sejam possíveis. Isso se aplica apenas à
primeira tentativa; tentativas subsequentes devem esperar por
um ano inteiro entre os testes!
Proposta feita por PdJs: +3 a -3, dependendo da avaliação do
MJ sobre a proposta.
Trégua Especulativa: -3 se Lábia foi a perícia usada para
chegar ao acordo de curto prazo inicial.
Se Jurisprudência for bem-sucedida e a Vontade fracassar,
o acordo proposto será aprovado. Se ambos tiverem sucesso,
ou ambos fracassarem, o resultado é um impasse. Se Jurispru-
dência fracassar, e Vontade for bem-sucedida, a proposta é
rejeitada com prejuízo: -5 para o NH efetivo de Jurisprudência
em outras propostas desse partido.
78 MOVENDO AS MASSAS
Se ambos os partidos fizerem propostas um ao outro, aque-
le com a maior margem de sucesso será levado em
consideração primeiro. Se este for rejeitado, a oferta do outro
partido é considerada. Se houver vários partidos, teste contra
a Vontade mais alta entre as que estão considerando cada pro-
posta.
Cui bono?
[a quem beneficia?]
– Máxima legal romana
atribuída a Lúcio Cássio
Longino Ravila
RIVALIDADE ECONÔMICA
As lutas pelo poder aplicam-se tanto à economia quanto à
política. Quer uma economia seja dirigida por empreendedo-
res que assumem riscos ou por burocracias enormes, seus
atores econômicos buscam sua própria vantagem, embora os
métodos sejam diferentes.
A perícia básica para comprar e vender, seja para o público
em geral ou no atacado para o comércio, é Comércio. Em-
preendedores que iniciam regularmente novos negócios têm a
perícia Comércio generalizada, assim como os lojistas de vila-
rejos que vendem um pouco de tudo. Proprietários de lojas
especializadas e muitos profissionais independentes, artistas,
artesãos e empreiteiros têm a perícia Comércio com uma espe-
cialidade opcional. Pessoas autônomas em pequenas
comunidades podem se dar bem com o pré-definido de IQ-5,
mas os trabalhadores autônomos nas grandes cidades preci-
sam da perícia de fato.
Concorrência
Economistas falam sobre "concorrência perfeita", onde há
tantos negócios que nenhum deles pode influenciar o mercado
ou afetar sua própria posição no mercado – uma espécie de
movimento sem atrito. A competição real usa outros métodos
e produz muito mais turbulência.
A maioria das empresas em setores competitivos sobrevive
com teste de desempenho mensal do proprietário ou gerente
geral. A competição que enfrentam é uma situação de segundo
plano; não está focado especificamente neles. Seus ganhos flu-
tuarão para melhor ou pior de acordo com o teste de
desempenho, mas as mudanças não são rastreáveis diretamen-
te para uma única empresa rival. Mas os dramas sobre
concorrência empresarial geralmente se concentram na rivali-
dade entre duas empresas.
A concorrência direcionada de um rival específico requer
uma Disputa Rápida de Comércio a cada mês. O negócio com
o teste perdedor sofre um decréscimo no seu lucro em de 10%
X a margem de fracasso; seu rival ganha a mesma quantia em
dólares. Perder por 10 ou mais, ou qualquer falha crítica, re-
sulta em um negócio falido; apenas medidas desesperadas o
salvarão de fechar suas portas. Tais medidas podem ser joga- novas concorrências. Várias estratégias diferentes são possí-
das como um cenário de aventura. Este deve ser focado na veis.
ação (como uma expedição de caça ao tesouro) ou na intriga
social (como cultivar uma clientela de elite). Isso pode levar a Os cartéis são acordos entre todas as grandes empresas de
sementes de aventura: um setor para manter um nível de preços e, muitas vezes, para
limitar a produção, de modo que a oferta e a demanda forcem
• Os PdJs têm a chance de elaborar um plano para salvar o preço a subir. A formação de um cartel funciona como a for-
um negócio para o qual trabalham, ganhando promoções e Re- mação de uma aliança política (veja Alianças e Diplomacia,
putação caso sejam bem-sucedidos. págs. 77-78). Os membros do cartel são cronicamente tentados
• Os PdJs são escolhidos para executar um plano elaborado a trapacear; é necessário um novo acordo a cada ano.
por alguém do alto escalão – que pode ser um Patrono, ou A concorrência desleal inclui dominar o mercado de uma
pode se tornar um, caso eles sejam bem-sucedidos. mercadoria, cortar preços e contratar gangues criminosas
• Uma empresa rival recorre a medidas desesperadas, ou para destruir a fábrica de um rival. Esses métodos não são ba-
mesmo criminosas, contra a empresa para a qual os PdJs tra- seados na influência social e não serão discutidos aqui em
balham. detalhes. Para um tratamento rápido e sujo, faça um teste pa-
drão de concorrência, mas adicionando +2 para a perícia
Vários modificadores podem influenciar o resultado da
usada para manipular o mercado ou -4 se a tentativa fracassar!
concorrência:
• Finanças para sobreviver à venda com prejuízo.
Boca a boca: Um negócio que
• Intimidação para violên-
adquiriu um nome bom ou
cia ou ameaças.
ruim com seus clientes usa sua
• Análise de Mercado para
Reputação como modificador
acuar o mercado.
para a perícia Comércio.
Controle de Custos: A perícia As concessões de monopólio
Contabilidade pode de um governo fecham a con-
acompanhar os custos mais de corrência tornando-a ilegal.
perto, permitindo que uma Para isso se precisa de influên-
empresa venda por menos e cia política sobre os burocratas
ainda obtenha lucro; também (veja págs. 75-76) ou sobre os
trate Contabilidade como uma legisladores (veja pág. 76). Um
perícia complementar. negócio que consegue isso ob-
Publicidade: Propaganda tém lucros elevados garantidos
complementa (pág. 25) a – até que o governo descubra
perícia Comércio do gestor. quanto vale o monopólio e co-
Campanhas sofisticadas e caras mece a pedir uma parte. Um
podem aumentar a Propaganda governo pode vender monopó-
efetiva; veja Publicidade e lios para homens ricos
Propaganda (págs. 73-74). Esta favorecidos, a um preço alto,
pode ser uma perícia como na França nos séculos
complementar oposta. XVII e XVIII. Tal arranjo funci-
Qualidade do produto: O ona como um Contato – mas
nível médio da perícia utilizada um não confiável que precisa
para fazer um produto ou realizar um serviço complementa a ser pago novamente todos os anos, a um preço alto.
perícia Comércio do gestor; esta pode ser uma perícia
complementar oposta. Sindicatos
Redução de preços: uma empresa pode tentar reduzir os
ganhos de seu rival sacrificando sua própria margem de lucro. Os sindicatos do setor privado muitas vezes se comportam
Para cada redução de 10% em seus próprios ganhos mensais, como monopólios, especialmente se os contratos fechados são
ganha +1 para a perícia Comércio na Disputa. legais. Um sindicato pode ser literalmente o único vendedor de
mão de obra, se puder manter afastados os trabalhadores não
sindicalizados. Uma força de trabalho sindicalizada é paga a
Monopólio uma taxa determinada pela negociação entre o sindicato e seu
O monopólio pode existir em qualquer escala: a única loja empregador (Pechinchando, págs. 32-33). Isso se soma ao seu
de uma vila ou o único banco de uma cidade pequena, é tecni- papel como associação de ajuda mútua para os seus membros
camente um monopólio e pode tirar vantagem disso! Mas os (Testes de Reação Organizacional, págs. 56-57). Como isso é al-
monopólios que chegam ao noticiário são de grandes empre- cançado, e quais são seus efeitos, dependem da situação
sas que controlam toda uma indústria. Esse controle exclusivo jurídica do sindicato.
pode se traduzir em preços e lucros altos – pelo menos tempo- Um sindicato pode ser um Patrono para os seus membros.
rariamente. O truque é evitar que esses altos lucros atraiam Seu patrocínio inclui suas funções de ajuda mútua e sua capa-
cidade de ajudar com reclamações, através da advocacia

MOVENDO AS MASSAS 79
sindical, representação legal ou greves de protesto. Seus ativos
financeiros determinam por quanto tempo ele pode suportar
uma greve. O custo base de uma greve é de 1% do total de ga-
nhos mensais por dia de greve; as verificações de fidelidade dos
membros do sindicato são de +1 por 1% adicional gasto, até
um máximo de +3. Quando os fundos acabarem, uma verifica-
ção de fidelidade semanal é necessária para continuar a greve,
com base na fidelidade média.
Sindicatos Ilegais
No início de sua história, os sindicatos às vezes eram ilegais
e muitas vezes impopulares; empregadores privados poderiam
tomar medidas repressivas contra eles. Nessas condições, um
sindicato funciona como uma organização revolucionária
(págs. 76-77). Conseguir que os trabalhadores se sindicalizem,
exige um processo de geração de confiança (pág. 47-48), com
resultados de lealdade média Muito Boa ou Excelente. Para ga-
nhar uma posição de negociação exclusiva, o sindicato tem
que impedir os fura-greves de tomar os empregos dos sindica-
lizados. Isso exige uma Disputa Rápida da Intimidação média
de um sindicalizado (págs. 81-82) contra a Vontade média do
fura-greve. Se isso fracassar, o sindicato não pode forçar o em-
pregador a negociar.
Os piquetes funcionam como um meio de intimidação; a
Liderança do representante sindical complementa a Intimida-
ção na manutenção do piquete. No entanto, o piquete também
é um alvo para a polícia, segurança da empresa ou bandidos
contratados. Trate uma tentativa de quebrar um piquete como
uma Disputa Rápida de Intimidação dos executores contra a
lealdade dos trabalhadores ao sindicato. Alguns empregadores
podem recorrer a um blefe (Manipulação, págs. 43-44).
Esses confrontos podem levar à violência de fato, seja atra-
vés de uma tentativa fracassada de intimidação, uma simples
reação ruim (Combate Iminente e Testes de Reação, pág. 81), ou
comportamento de turba (Ação Coletiva, págs. 84-86).
Alguns sindicatos nesta época, se envolveram em políticas
revolucionárias de maior escala, visando a transformação da
sociedade como um todo, por causas que vão desde “um ho-
mem, um voto” até a propriedade coletiva.
Sindicatos Legais
Em parte, como resultado da atividade política sindical, os
sindicatos tornaram-se legais em muitos países. Os trabalha-
dores de uma fábrica ou de uma indústria poderiam ganhar
uma posição exclusiva de negociação ao votar para se sindica-
80 MOVENDO AS MASSAS
lizar; esta votação depende de Política, num processo compa-
rável à legislação (pág. 64-65). O empregador pode tentar
influenciar o voto com generosidade (Influência Direta, págs.
71-73). Os membros de um sindicato têm uma lealdade média
de Fraca ou melhor; se a escala salarial do sindicato estiver aci-
ma do nível salarial geral, trate isso como um bônus para o
teste de lealdade, assim que o sindicato for estabelecido (Leal-
dade Pessoal, págs. 46-47).
Greves e piquetes podem desempenhar um papel na nego-
ciação de salários. Várias perícias podem modificar a perícia
Comércio dos negociadores sindicais:
• Se o sindicato entrar em greve por salários mais altos,
trate isso como o uso de Propaganda como uma perícia mani-
puladora (págs. 43-44). O piquete permite que a liderança de
um representante sindical complemente este teste de Propa-
ganda.
• Um sindicato pode pedir apoio aos políticos com um tes-
te de Política, tratado como uma perícia complementar à
Comércio.
• Os negociadores sindicais podem usar evidências esta-
tísticas sobre salários e custo de vida, para apoiar suas
demandas, conseguindo +1 no NH efetivo. Teste contra Pes-
quisa para obter tal evidência.
As negociações sindicais com os empregados podem se tor-
nar uma rotina. Trate isso como uma negociação entre dois
comerciantes com uma relação estabelecida (Pechinchando,
págs. 32-33).
Sociedades em que os sindicatos são considerados organi-
zações legítimas geralmente oferecem arbitragem por
agências governamentais ou outros terceiros. Isso funciona
como um julgamento adversarial (Julgamentos, págs. 64-65),
mas baseado em uma Disputa Rápida da perícia Comércio em
vez da perícia Jurisprudência. Jurisprudência (Relações Traba-
lhistas) pode servir como uma perícia complementar,
juntamente com as listadas acima.
Muitos países têm partidos trabalhistas ou social-democra-
tas que dão voz direta aos sindicatos no governo nacional. Tais
partidos podem propor uma legislação (págs. 64-65) para re-
solver disputas trabalhistas em favor dos trabalhadores
sindicalizados. Trate tal partido como um Grupo de Contato
para os chefes de sindicatos importantes. Na falta de tal parti-
do, um sindicato pode funcionar como um grupo externo
tentando influenciar a legislação.
 CAPÍTULO SEIS
DA PERSUASÃO
FORÇA
O tenente Ng não gostou da aparência da multidão do lado de
fora do banco. Seus civis comuns se retirariam quando a polícia
mandasse. Mas essas pessoas sentiram que havia uma injustiça,
e estavam com raiva disso. Ng não tinha certeza se eles estavam
errados. Discussões sobre a economia faziam sua cabeça doer,
mas muitos de seus vizinhos estavam desempregados ou
preocupados em manter suas casas. Ainda assim, consertar a
economia não era seu trabalho.
Até agora, a multidão estava dentro de seus próprios limites.
Mas os sinais e os gritos o deixaram nervoso.
Ele varreu o olhar através de sua meia dúzia de oficiais, todos
com equipamento anti-motim. "Vamos fazer isso", disse ele, e os
levou para uma fila na frente da entrada. Parado no centro, ele
ergueu o megafone, lembrando-se do treinamento do ano passado
sobre controle de multidão.
Em um certo ponto, o tempo para falar já passou. Histórias
e campanhas focadas em ação chegam a esse ponto regular-
mente. Mas a interação social não para completamente
durante as cenas de luta. A comunicação pode prevenir brigas,
provocá-las, influenciar seu progresso ou acabar com elas.
COMBATE IMINENTE E TESTES
DE REAÇÃO
O combate pode começar por causa de um teste de reação
desfavorável. Alguns PdMs estão a procura de uma briga; qual-
quer encontro poderia ser um "combate iminente". Outros
podem começar a pensar em lutar porque alguma outra rea-
ção vai mal. Situações de combate iminente podem surgir de
confrontos com autoridades, busca de acesso em área restrita,
INTIMIDAÇÃO
Intimidação é a perícia de Influência que está mais intima-
mente ligada à força. Por um lado, as tentativas de intimidação
muitas vezes envolvem ameaças para recorrer à força. Por ou-
tro lado, a intimidação bem-sucedida pode impedir uma briga
em uma situação de combate iminente, convencendo o outro
lado de que o intimidador é formidável demais para atacar.
Se ambos os lados quiserem intimidar um ao outro, nor-
malmente podem tentar fazê-lo simultaneamente. Porém, sob
DA PERSUASÃO À FORÇA
À
transações comerciais, pedidos de ajuda, pedidos de informa-
ções, respostas a informações, recreação e namoro; consulte o
Apêndice A para obter detalhes. O MJ tem a opção de predeter-
minar reações dos PdMs – mas mesmo os PdMs hostis levarão
em conta as probabilidades.
Essas probabilidades também afetam o resultado de teste
de reação aleatório, assim como outros fatores. Aplique esses
modificadores a qualquer teste de reação para Possível Com-
bate e consulte Resultados de Combate Iminente (pág. 81):
Idioma: -2 se os PdJs e os PdMs não compartilharem um
idioma em comum.
Liderança*: +1 se os PdJs forem uma força disciplinada com
um líder (Entre Forças Organizadas, pág. 82) e os PdMs não.
Em menor número*: Se os números dos PdJs forem
maiores, +1 para 1,5:1, +2 para 3:1, +3 para 5:1 ou mais.
Armas de Combate à Distância*: +1 se os PdJs as tiverem e os
PdMs não.
Tamanho*: +1 se o MT mais alto dos PdJs exceder o MT
mais alto dos PdMs. Opcionalmente – especialmente em uma
campanha realista, totalmente humana, onde quase todos os
adultos têm o mesmo MT – o MJ pode conceder este bônus por
uma diferença de tamanho menor, mas substancial (por
exemplo, uma diferença de altura de 20% ou mais).
Habilidades Sobrenaturais ou Exóticas*: +1 ou +2 (a critério
do MJ) se os PdJs as tiverem e os PdMs não.
Territorialidade: -2 se os PdJs forem intrusos no território
dos PdMs.
* Se os PdMs tiverem vantagem sobre os PdJs nesse aspec-
to, aplique o mesmo modificador, mas como penalidade em
vez de bônus.
surpresa total ou parcial, o lado com iniciativa (MB, pág. 393)
faz a primeira tentativa de intimidação. Na ausência de surpre-
sa, uma força organizada confrontando um grupo
desorganizado faz a primeira tentativa de intimidação.
Trate as tentativas simultâneas de intimidação como uma
Disputa Rápida da perícia Intimidação. O perdedor fica intimi-
dado.
81
 Se um PdM tentar intimidar um PdJ e vencer o teste de In-
fluência, mas o PdJ não se submeter ou recuar, o PdM pode
sentir que deve colocar as ameaças em prática para manter a
moral. Faça um teste de reação para combate iminente (pág.
81), com uma penalidade adicional igual à margem de vitória
do PdM. Aplique a mesma penalidade ao teste inicial do PdJ
para atacar, refletindo a falta de confiança. Um PdM que se en-
gajou com um blefe (pág. 43) não iniciará o combate.
ENTRE INDIVÍDUOS
A intimidação individual é um teste de Influência: Intimida-
ção contra Vontade. Vários modificadores o afetam. A maioria
dos modificadores de reações gerais (pág. 31) também se apli-
cam, como Reputação e interpretação apropriada.
Características de Intimidador: +2 para Aparência Hedionda,
+3 para Monstruoso ou +4 para Horrenda. +1 para Voz
Penetrante se você surpreender o alvo com ela. -2 para
Gagueira ou certas formas de Voz Irritante (ex.: "estridente").
-1 para Oblívio. -1 a -4 para Timidez.
Características de Vítima: Subtraia o nível de Destemor do
alvo ou adicione seu nível de Temor.
Demonstrações de Força, Sede de Sangue ou Poderes
Sobrenaturais: +1 a +4 (a critério do MJ), com +1 extra se o
intimidador for Insensível. Em campanhas de supers, o MJ
pode permitir maiores bônus para poderes muito além dos
limites humanos.
Fazendo um pedido de ajuda: -3. Qualquer ajuda obtida será
relutante.
Perícias Complementares (pág. 25): Manha pode
complementar Intimidação em um ambiente adequado. Lábia
pode ser usada como blefe (Manipulação, págs. 43-44).
Tamanho: Adicione o MT da pessoa que está fazendo a
ameaça e subtraia o MT do alvo. É mais fácil intimidar alguém
menor e difícil intimidar alguém maior. Como regra opcional,
o MJ pode dar o mesmo bônus ou penalidade por uma
diferença de tamanho menor, mas substancial, como para
Combate Iminente e Testes de Reação (pág. 81)
Um alvo que tenha Fleuma (MB, pág. 61) é imune à Intimi-
dação. Isso não significa que uma tentativa de o intimidar
fracasse automaticamente, levando a uma reação Ruim; signi-
fica que a tentativa não surte efeito. Sua reação é determinada
por um teste de reação padrão.
PROVOCANDO E INSULTANDO
Várias formas de enganação e manipulação podem afetar o
resultado de uma luta.
COMEÇANDO UMA LUTA
Às vezes, é vantajoso fazer com que o outro lado dê o pri-
meiro passo, por vários motivos:
82 DA PERSUASÃO À FORÇA
ENTRE GANGUES
Grupos desorganizados podem tentar intimidar uns aos ou-
tros. Para determinar o resultado, compare a maior
Intimidação efetiva com a maior Vontade do grupo alvo.
Números relativos afetam o resultado. Um grupo maior
pode tentar intimidar um menor sem modificador de perícia.
Se um grupo menor tentar intimidar um maior, divida o tama-
nho do grupo maior pelo tamanho do menor; A intimidação
tem -1 para uma proporção de até 5:1, -2 para até 10:1, -3 para
até 15:1, -4 para até 20:1, e -5 para até 25:1, a maior proporção
permitida (Uma única pessoa tentando intimidar uma multi-
dão conta como um "grupo" de 1). Gigantes ou supers podem
intimidar multidões maiores. Um indivíduo ou um grupo me-
nor pode aceitar -1 extra para os números relativos, para cada
+1 em sua Intimidação por diferença de MT ou poderes sobre-
humanos. Isso reflete um adicional de 5:1 adicionado à pro-
porção dos tamanhos de grupo.
Exemplo: Ulfgar o gigante da geada tem 9m de altura, e com
isso MT +4. Quando ele descobre um bando de quarenta
homens mortais (MT 0) se aproximando da sua casa na
montanha, ele recebe +4 em Intimidação pela diferença de
tamanho e -8 para números relativos, um líquido -4; isso está
dentro do limite de -5, então sua tentativa de intimidá-los tem
uma chance de sucesso.
ENTRE FORÇAS ORGANIZADAS
Para uma força organizada, como uma unidade militar ou
um esquadrão de choque da polícia, use a perícia Intimidação
de seu líder. Se um inimigo tentar intimidar tal força, use a
Vontade de seu líder para resistir. Se ele perder por 5 ou me-
nos, ele mantém o comando efetivo; se ele perder por uma
margem maior, ou se seu teste de Intimidação ou Vontade for
uma falha crítica, ele não está mais no controle e sua unidade
reage como um grupo desorganizado pelo resto do encontro.
Quando uma força organizada confronta um grupo desor-
ganizado, muitas vezes se beneficia da disciplina de seus
membros. Trate a liderança do líder da força como uma perí-
cia complementar à Intimidação.
Quando duas forças organizadas se confrontam, trate os
testes de Liderança como perícias complementares opostas. O
bônus ou penalidade se aplica ao teste de Intimidação do líder
da mesma força.
• O combatente, que foi atacado pelo outro, pode esperar
para alegar legítima defesa em um julgamento.
• Um Código de Honra pode exigir que um inimigo tenha
uma chance de atacar, em vez de derrubá-lo sem aviso prévio.
• Um combatente pode favorecer um movimento que de-
penda de ser atacado, como Contra-ataque, Parar Golpe ou
Riposta (veja Artes Marciais).
 Fazer com que outra pessoa comece uma briga normal-
mente é um teste de Influência baseado em Lábia. Em um
meio social que aceita lutar como comportamento normal, Lá-
bia pode ser complementada por uma perícia social adequada:
Trato Social (Alta Sociedade) para aristocratas, Trato Social
(Exército) para homens alistados, ou Manha para membros de
gangues, por exemplo. Um desafiante perceptivo é capaz de
pressionar os gatilhos de outra pessoa com um teste contra
Psicologia (Aplicada), conforme definido em Manipulação
(págs. 43-44).
Qualquer um com Fúria ou Irritabilidade deve fazer um
teste de autocontrole quando provocado dessa forma, com
uma penalidade igual à sua margem de fracasso (se houver). A
critério do MJ, um sucesso crítico em Lábia ou uma falha críti-
ca no teste de Vontade para resistir pode resultar em um PdM
(mas não um PdJ) lutando como se estivesse em Fúria, mesmo
que ele não tenha essa desvantagem!
Diplomacia é a arte de dizer "bom
cãozinho" até que você possa encontrar
uma pedra.
– Will Rogers
ATRAINDO AGRESSIVIDADE
Quando dois grupos estão lutando um contra o outro, um
combatente de um lado pode querer provocar um combatente
do outro lado para atacá-lo – por exemplo, para evitar que ele
acabe com um companheiro caído, ou porque o provocador
pode enfrentar melhor seus ataques. Isso funciona da mesma
forma que fazer com que outra pessoa comece uma luta (págs.
82-83). Perícias sociais complementares se aplicam em cená-
rios onde atacar um inimigo indefeso é considerado desonroso
ou fraco, mas não se for considerado simples prudência.
CRIANDO UMA DISTRAÇÃO
Perícias sociais também podem ser usadas para distrair um
inimigo de sua situação imediata, para que ele fique mais aber-
SE SAFANDO
Nem todos os confrontos precisam terminar em brigas, e
nem todas as brigas precisam terminar com um lado sendo
massacrado, incapacitado ou levado a fugir em pânico. Às ve-
zes, até os heróis ficam melhor confiando em suas línguas
inteligentes do que em seus fortes braços direitos.
EVITANDO UMA LUTA
Uma luta ocorre quando o teste de combate iminente pro-
duz um resultado desfavorável. É possível substituir um teste
de Influência pelo teste de reação. Se o teste de reação tiver
uma penalidade, aplique a mesma penalidade à perícia de In-
fluência. Se os PdMs já tentaram intimidar anteriormente e
DA PERSUASÃO À FORÇA
to ao ataque. Isso não se aplica quando a mesma pessoa realiza
o ataque e a distração; use as regras de Ataques Enganosos,
Fintas e Ardil (consulte Artes Marciais para ardil). Em vez dis-
so, a distração pode abrir a guarda de um inimigo para o
ataque de outra pessoa.
A distração em combate exige uma Disputa Rápida da perí-
cia de distração contra o melhor entre a IQ ou Tática do alvo.
Use a perícia não modificada para uma distração oferecida an-
tes da luta começar; após o primeiro turno de combate, o alvo
resiste com +5 – surpreendentemente, o perigo físico concen-
tra a mente! As perícias adequadas são Dissimulação (para
uma distração encenada), Lábia (para uma distração improvi-
sada), Intimidação (para ameaças) ou Sex Appeal.
O efeito de uma distração é fazer com que o alvo olhe para
o distrator em vez do atacante. Se for bem-sucedido, o alvo se
defende com -2. Em um sucesso crítico do distrator ou uma fa-
lha crítica do alvo, nenhuma defesa é possível. Perder a
Disputa Rápida não oferece nenhum benefício. Uma falha
crítica do distrator ou um sucesso crítico do alvo expõe o ata-
que, deixando o alvo tentar uma defesa ativa contra um ataque
surpresa, ou se defender com +2 contra um que ele teria pre-
visto.
Distração e Táticas
Também é possível criar distração em uma escala maior.
Aplique a penalidade ou bônus à perícia Tática do líder de uma
força organizada rival. A habilidade de distração depende da
fonte da distração:
• Intimidação para uma multidão que está ameaçando a vi-
olência, baseada na mais alta perícia das pessoas na multidão.
• Oratória para um orador agitador, se ele tiver a atenção
de uma audiência. Se a multidão já se transformou em uma
turba (Ação Coletiva, págs. 84-86), use o valor mais alto das
suas perícias e a Intimidação mais alta na turba.
• Táticas para uma força de combate organizada que está
criando uma distração, baseada na perícia de seu comandante.
Qualquer uma dessas perícias deve ser ajustada pelos tama-
nhos e números relativos, conforme discutido em Entre
Gangues (pág. 82).
obtiveram sucesso, aplique a margem de sucesso como penali-
dade na perícia de Influência dos PdJs.
A perícia de Influência deve ser adequada à situação: Diplo-
macia para argumentar que o conflito é desnecessário; Lábia
para confundir o alvo; Sex Appeal com pessoas que podem ser
seduzidas; Trato Social ou Manha com o grupo social apropri-
ado. Lábia também pode sugerir recursos superiores ou
aliados, mas um teste fracassado de Lábia desse tipo leva a
uma reação Muito Ruim: Os PdMs têm de atacar ou perder a
moral.
Intimidação não pode ser usada para este tipo de teste de In-
fluência – os PdMs já estão preparados para enfrentar a
violência dos PdJs. Mas um teste de Intimidação bem-sucedi-
83
do dá +2 a um teste de reação para combate iminente. O líder
de uma força organizada pode ganhar o mesmo bônus com
um teste bem-sucedido de Liderança.
RENDIÇÃO NEGOCIADA
Sair de uma luta pode ser mais complicado do que entrar
em uma. Se um lado está claramente ganhando, seus mem-
bros podem fazer manobras de Aguardar e dar ao lado
perdedor a chance de se afastar ou recuar. Mas é mais difícil
para o lado perdedor fazer com que o lado vencedor pare de
lutar. Eles podem tentar romper e fugir – mas os vencedores
podem não os deixar ir.
Exércitos e marinhas têm regras formais para a rendição,
exemplificadas por um capitão de navio derrotado, que abaixa
sua bandeira na Era das Navegações. Em uma luta entre duas
forças militares disciplinadas, um comandante pode se render
pelo seu lado com um teste contra Trato Social (Exército) –
este não é um teste de Influência, mas sim, um simples teste de
perícia. Duelos formais entre combatentes individuais podem
ser travados em termos negociados: o primeiro sangue em um
duelo de espadas, um tiro para cada um com pistolas, ou até
que o inimigo grite em uma briga.
Lutas entre indivíduos ou forças menos organizadas são ge-
ralmente governadas por testes de reação para combate
iminente. Os modificadores de força relativa (Combate
Iminente e Testes de Reação, pág. 81) são baseados na força re-
almente demonstrada na luta.
Se os PdJs se oferecerem para deixar os PdMs recuarem,
uma reação Neutra ou melhor indica que a oferta foi aceita: os
PdMs recuam, fogem ou se rendem. Se os PdJs lutarem como
um grupo organizado, um teste de Liderança bem-sucedido dá
+2 à reação, já que os PdMs colocarão mais confiança na ofer-
ta. Se uma guerra psicológica (Guerra Psicológica, pág. 74)
para encorajar a rendição foi conduzida com antecedência, ela
A MENTE DA TURBA
Uma das formas mais perigosas de comportamento huma-
no desorganizado é a turba violenta. Quando o monstro
encontra a multidão com tochas e garfos, é o monstro que foge.
Mas a formação das turbas também é um tipo de comporta-
mento social, que pode ser influenciado por perícias sociais.
AÇÃO COLETIVA
Uma turba é diferente de uma simples multidão. As pessoas
em uma multidão influenciam umas às outras, e muitas pesso-
as acham multidões emocionantes, por causa da tendência ao
sentimento compartilhado – embora ainda pensem e ajam
como indivíduos. Mas em uma turba, o sentimento comparti-
lhado toma conta, quase como um estado de transe. Pessoas
em uma turba agem menos como indivíduos e mais como
membros de um único organismo. Este estado emocional
pode ser reconhecido através de Empatia ou Linguagem Cor-
84 DA PERSUASÃO À FORÇA
dá +1 à reação se a campanha for bem-sucedida, -2 se ela fra-
cassar.
Se os PdJs pedirem permissão para se render, trate qualquer
reação do PdM melhor do que Neutro como Neutro. Em uma
reação Neutra, os PdMs aceitam; em uma reação Ruim ou
pior, eles continuam lutando. Mais uma vez, um teste de Lide-
rança de um grupo organizado dá +2 à reação. Um PdM
individual que foi ferido, ou um grupo que sofreu perdas, rea-
ge com -2. Negociar a rendição normalmente requer o cessar
do combate! Se os PdJs largarem suas armas e saírem das po-
sições defendidas, a reação não é modificada; uma cessação
mais reversível, como baixar armas ou enviar negociadores
sob uma bandeira branca, dá -2 às reações. Qualquer tentativa
de se render enquanto estiver pronto para atacar tem -6 (ou
fracassa automaticamente, a critério do MJ).
Se os PdJs não estiverem buscando um fim para a violência,
um teste de reação dos PdMs pode servir como um "teste de
moral", caso a luta esteja se voltando contra eles. Em uma rea-
ção Boa ou melhor, um PdM ou grupo fugirá ou se renderá;
eles não oferecerão amizade, e suas reações posteriores não
têm bônus. O líder dos PdMs pode fazer um teste de Liderança
para mantê-los na luta – um sucesso dá -1 no teste de reação,
ou -2 em um sucesso crítico.
Algumas desvantagens mentais interferem na disposição de
um combatente de aceitar uma rendição. Um teste fracassado
de autocontrole para Fúria torna impossível parar de lutar, até
que um inimigo caia e permaneça caído. Em uma luta séria,
Sanguinolência significa que um fracasso em autocontrole re-
sulta em um ataque letal, até mesmo contra um inimigo
abatido! Algumas forças militares eliminam recrutas que reve-
lam qualquer desvantagem – ensinar o inimigo que nunca é
seguro se render pode ser um risco.
poral (Motivos, pág. 30), ou por um teste de Tática baseado em
Per. Uma turba incipiente também acionará Noção de Perigo.
O impulso da turba se espalha por um processo semelhante
ao contágio (MB, pág. 443), mas resistido pela Vontade em vez
de HT. Uma multidão muito pequena não pode sustentar o es-
pírito de turba efetivamente. A ação da turba normalmente
ocorre em uma situação de combate iminente, com o teste de
contágio da turba substituindo o teste de reação usual, mas as
pessoas podem se transformar em turbas em outras circuns-
tâncias emocionalmente tensas (Pânico, pág. 85). Para que a
multidão resista ao contágio do sentimento da turba, teste con-
tra a média de Vontade dos seus membros, com os seguintes
modificadores:
Atitude em relação ao alvo: Características que dão ao alvo
uma penalidade ou bônus de reação podem afetar a Vontade:
• Aparência: -2 para Hediondo, -3 para Monstruoso, -4
para Horrendo.
 • Comportamento: Aplicar penalidades por Hábitos Detes-
táveis.
• Estigma Social: Aplique penalidades para Ficha Crimi-
nal, Minoria, Monstro, Cidadão de Segunda Categoria ou
Verme. Aplique Excomungado somente se a maioria da multi-
dão for da fé relevante.
• Intolerância: -3, se a maioria da multidão tiver Intolerân-
cia ao alvo.
• Reconhecimento Social: Aplique bônus para Temido,
Respeitado ou Venerado.
Características psicológicas: Alguns grupos e algumas raças
inteiras podem ter características emocionais ou
comportamentais, que os tornam mais ou menos propensos a
recorrer à ação da turba (isso só se aplica quando quase todos
os membros de uma multidão possuírem a característica):
• Atitude ao Risco Pessoal: -1 por nível de Destemor, +1 por
nível de Temor.
• Afinidade por Grupos: -2 para Amigável, -4 para Gregá-
rio, +1 para Solitário (15), +2 para Solitário (12), +3 para
Solitário (9), +4 para Solitário (6).
• Doutrinação: -3 para Fanatismo (relevante para o alvo ou
a ação em potencial).
• Não-violência: +1 por -5 pontos em qualquer forma de como um enxame multi-hexagonais (MB, pág. 461) de oponen-
Pacifismo. tes com MT 0. Ela possui três membros, funcionalmente
idênticos, por hexágono em um mapa de batalha. Movimento
Pânico
Turbas podem ser movidas por outras emoções além de ódio ou rai-
va. O medo também pode transformar as pessoas em uma turba; por
exemplo, em um teatro em chamas ou em um navio afundando. O pâ-
nico em massa geralmente não leva a destacar um inimigo para o
ataque; em vez disso, as pessoas em uma turba em pânico atacam o
que quer que as impeça de fugir, sejam barreiras físicas ou umas às ou-
tras.
Faça uma Verificação de Pânico (MB, págs. 360-361) usando a Von-
tade média da multidão; um teste fracassado transforma a multidão
em uma turba aterrorizada. Modificadores para tamanho da multidão,
densidade da multidão e forças disciplinadas aplicam-se como para
outras situações de turba. Destemor torna o comportamento da turba
menos provável, e Temor torna-o mais provável.
Ocasiões específicas, que podem causar pânico na massa, incluem
as seguintes:
Ameaças Imediatas à Sobrevivência Física: Verificação de Pânico não
modificada.
Atacantes Temidos: Um inimigo perigoso com Estigma Social (Cri-
minoso ou Monstro) requer uma Verificação de Pânico com uma
penalidade igual à penalidade da reação. Uma Aparência verdadeira-
mente repulsiva tem o mesmo efeito: -2 para Hediondo, -3 para
Monstruoso, -4 para Horrendo.
Fobias: Se todos, exceto alguns membros da multidão comparti-
lham uma fobia, a Verificação de Pânico quando eles se deparam com
seu objeto tem uma penalidade baseada em seu número médio de au-
tocontrole (MB, págs. 120-121).
Terror: Se o pânico for causado por Terror, quaisquer penalidades
extras se aplicam a Verificação de Pânico.
DA PERSUASÃO À FORÇA
• Respeito à Lei: +1 para Honestidade (15), +2 para Hones-
tidade (12), +3 para Honestidade (9), +4 para Honestidade (6).
• Tendências Violentas: -1 para Irritabilidade, Fúria ou Bri-
guento (15), -2 para Irritabilidade, Fúria ou Briguento (12), -3
para Irritabilidade, Fúria ou Briguento (9), -4 para Irritabilida-
de, Fúria ou Briguento (6).
Densidade de Multidão: +2 se houver pelo menos um metro
entre os membros, em média.
Forças Disciplinadas: +2 para uma força militar ou policial
operando sob ordens. +2 para qualquer grupo com um líder
reconhecido que faça um teste de Liderança bem-sucedido.
Ambos os bônus podem ser aplicados. Uma força militar
organizada também pode resistir ao sentimento da turba com
a média da perícia Soldado baseada em Vontade, se isso for
melhor que a média da Vontade.
Situação de Combate Iminente: +4 se esta não for uma
situação de combate iminente. Caso contrário, se o teste de
reação da "situação de combate iminente" tiver uma
penalidade, aplique essa penalidade.
Tamanho da Multidão: +6 para 2-6; +4 para 7-18; +2 para 19-
36; nenhum modificador para uma multidão maior.
Uma turba entrando em combate se comporta um pouco
e RD são como informados para os membros. Isso
também vale para os danos – mas ao contrário de en-
xames de monstros menores, as turbas realizam
ataques discretos, não danos agregados. Ataques cor-
po a corpo usam mãos, pés ou armas improvisadas.
Uma turba com acesso a objetos como pedras, tijolos
ou garrafas pode jogá-los; teste contra a média de
DX-3 para acertar um alvo individual, ou contra DX
para atacar uma área em geral. Use Fogo Contínuo
(MB, pág. 373) para resolver quantos golpes ou obje-
tos jogados acertam. Os ataques corpo a corpo ou à
distância de uma turba têm RCO 1 para este propósi-
to.
As turbas também podem agarrar. Trate a ST
como 40% maior do que o valor de ST individual dos
membros para imobilização, derrubar etc. Isso pro-
duz resultados idênticos ao Combate Corporal
Múltiplo (MB, pág. 392). Só uma turba pode agarrar
um alvo do tamanho de um homem de cada vez.
Qualquer que seja a forma do ataque, as pessoas
apanhadas pela paixão da turba farão um Ataque To-
tal, sem defesas ativas. As turbas são atacadas
normalmente. Trate uma turba como uma única cria-
tura para este propósito.
Uma turba não é automaticamente Difusa; use as
regras usuais de ferimento para o modelo racial da-
queles na multidão. O PV da turba equivale a 60% do
PV total de seus elementos. Depois de sofrer este dano
ou mais, a turba se dissipa. Neste ponto, alguns deles
caíram com ferimentos graves – ou estão atordoados,
confusos, emaranhados nos corpos uns dos outros,
ou incapazes de lutar efetivamente como uma turba.
Se os PdJs continuarem a atacar uma turba dissipa-
85
da, seus membros podem revidar como combatentes individu-
ais!
A critério do MJ, uma turba pode realizar outras ações além
de golpear e arremessar coisas. Estas podem incluir assédio
moral, provocação, exigir que uma vítima lute contra o campe-
ão da turba, tortura ou até mesmo linchamento.
INCITANDO AO MOTIM
As turbas nem sempre começam espontaneamente. Algu-
mas turbas violentas são provocadas. Incentivar as pessoas a
agir como uma turba é uma variação do teste de Influência:
uma Disputa Rápida de Oratória contra a Vontade média da
multidão, com os mesmos modificadores de Vontade para a
formação espontânea das turbas.
É possível realizar uma campanha de propaganda de ódio
contra um grupo identificável. Um teste bem-sucedido de In-
fluência baseado em Propaganda dá -2 na Vontade de qualquer
turba em potencial – isso os torna mais vulneráveis a agitado-
res e torna a turba violenta mais provável.
PACIFICAÇÃO
É possível convencer uma multidão hostil a não se transfor-
mar em uma turba violenta, com as perícias corretas. A
maioria das perícias padrões de Influência não funcionam; as
pessoas em uma turba estão muito presas às paixões da turba
para responder plenamente. Para Intimidação, veja Ordem de
Execução, ao lado. Outras perícias úteis:
• Lábia pode distrair a turba; tem a vantagem de ser proje-
tada para uso às pressas.
• Liderança pode interromper o comportamento da turba
em um grupo com um líder reconhecido. Em uma força que
pertence a uma organização que concede Hierarquia, como os
militares ou policiais, esta será a pessoa com o posto mais alto.
• Oratória pode acalmar uma turba furiosa com apelos re-
tóricos – ou contando piadas.
• Ritual religioso, se a religião for respeitada pela turba,
pode persuadi-los de que suas vítimas são sacrossantas.
86 DA PERSUASÃO À FORÇA
Aplique o mesmo modificador total obtido para a Ação
Coletiva (págs. 84-86) à média de Vontade da multidão, mas na
direção inversa: um bônus total se torna uma penalidade e
uma penalidade total se torna um bônus. Se o pacificador ven-
cer a Disputa Rápida, o momento de perigo já passou. Se não,
ele se torna outro alvo para o ódio da turba.
Se alguém está deliberadamente agitando a turba, outro
orador pode tentar contrariar sua influência com um teste de
influência competitiva. Veja Sagacidade, Zombaria e Insultos
(págs. 41-42) para obter perícias apropriadas. Os métodos em
Debate (pág. 41) não funcionam normalmente; as turbas não
são conhecidas por responder a discussões fundamentadas.
Se a multidão já se tornou violenta, é tarde demais para a
pacificação.
ORDEM DE EXECUÇÃO
Fazer uma turba recuar funciona como intimidar um gru-
po (pág. 82), mas o processo é mais sensível. Uma turba recebe
+3 de Vontade para resistir à intimidação. Uma tentativa fra-
cassada de intimidação torna os intimidadores um novo alvo
para a turba violenta. Uma tentativa de intimidação bem-
sucedida pode transformar a raiva da turba em pânico; veja
Pânico (pág. 85).
Intimidar uma turba requer um esforço concentrado por
um grupo atuando em conjunto:
• Um indivíduo ou um pequeno grupo (Grupos Sem Líder,
págs. 39-40) podem tentar intimidar uma turba, sujeito às pe-
nalidades pela diferença de números.
• Uma força organizada com um líder pode tentar intimi-
dar uma turba (Entre Forças Organizadas, pág. 82).
• Um grande grupo desorganizado não é coeso o suficiente
para intimidar uma turba.
• Uma turba não pode deliberadamente intimidar outra
turba. Se duas turbas hostis convergirem, ambos fazem testes
de combate iminente (pág. 81) e agem como os resultados in-
dicarem.
 JOGUE FORA
ESTE LIVRO!
Todas essas mecânicas de jogo são realmente necessárias?
Interação social é principalmente as pessoas conversando
umas com as outras. Mas todos que jogam GURPS podem
conversar com outras pessoas; é assim que o jogo é jogado. Por
que ter mecânicas de jogo para representar o que as pessoas
estão fazendo?
Para responder a isso, considere uma pergunta semelhante:
Por que ter mecânicas de jogo para combate? O Módulo
Básico tem mais de 60 páginas de regras de combate, e Artes
Marciais tem ainda mais. Mas todo mundo já viu cenas de
luta, e muitos jogadores de GURPS estudaram uma arte mar-
cial. Por que não apenas encenar uma cena de luta em câmera
lenta?
Alguns jogadores não estudaram nenhuma perícia de luta.
Poucos, se houver, estudaram toda a gama histórica de perí-
cias de luta. Nenhum jogador de GURPS é tão bom quanto
Cyrano de Bergerac ou Wong Feihung – e eles, ou seus iguais,
poderiam ser PdJs. Qualquer jogador de GURPS pode querer
interpretar alguém acima de sua categoria de peso, e os joga-
dores com as melhores perícias reais não querem
necessariamente interpretar os personagens mais habilidosos.
E tudo bem! Chama-se interpretação de papéis por um motivo.
Todas as mesmas coisas se aplicam às perícias sociais. Os
jogos de RPG são um meio social – jogá-los é principalmente
conversa. Mas eles são um meio clemente. O jogador que é tí-
mido ou desajeitado pode ter um tempo extra para pensar em
algo para dizer. Ou ele pode escolher um tipo geral de aborda-
gem – "Eu lhe ofereço um suborno", "Conto piadas para a
multidão até que eles se acalmem" – e jogar os dados para des-
cobrir o quão bem ele faz, assim como um jogador que nunca
usou uma espada pode dizer: "Eu finto e depois golpeio o seu
braço da espada". Os jogadores do GURPS podem não ser tão
sedutores quanto Cleópatra, tão inspiradores quanto São
Francisco, ou tão espirituosos quanto Oscar Wilde – mas com
Acta est fabula, plaudite!
[A peça acabou; aplausos!]
– Augusto César, tradicionalmente,
as últimas palavras relatadas
JOGUE FORA ESTE LIVRO!
as vantagens e perícias certas, e boas jogadas de dados, eles po-
dem interpretar personagens que são.
Claro, é mais divertido se os jogadores pensarem em coisas
boas para dizer. O MJ deve recompensar isso, com pequenos
bônus se a abordagem geral sugerida fizer sentido, ou grandes
se as ideias reais do jogador forem realmente boas – ou até
mesmo dispensar a jogada de dados e simplesmente decidir
que a reação é favorável. Um MJ abençoado com jogadores
qualificados em improvisação poderia simplesmente deixá-los
chegar com suas ideias e decidir como os PdMs reagem, sem
nunca jogar dados.
No entanto, o nível da habilidade de improvisação pode es-
tar escondendo a categoria de peso do jogador. Um jogador que
apresenta um diálogo memorável, sem noção ou ofensivo,
deve obter as reações ruins apropriadas – e muitos pontos bô-
nus de personagem por uma boa interpretação.
E quanto aos jogadores que regularmente inventam coisas
ruins para seus personagens socialmente adeptos dizerem? A
vantagem Bom Senso pode se aplicar a erros sociais e físicos;
o MJ pode permitir ou até mesmo exigir que um jogador a pe-
gue (possivelmente com Seletiva, págs. 92-93). Por outro lado,
um "garoto propaganda" com perícias ou modificadores real-
mente bons pode ser capaz de absorver grandes penalidades
por interpretação inadequada; alguns jogadores podem até
querer fazer isso deliberadamente, por diversão. Isso funciona
melhor em uma campanha cinematográfica (pág. 7) e especial-
mente uma cômica. O MJ deve deixar claro desde o início que
a campanha é desse tipo (O Contrato Social, págs. 6-7).
Os dados estão lá para ajudar os jogadores que não conse-
guem chegar com boas ideias, e para manter em xeque os
jogadores que não podem conter sua inteligência. Use-os tanto
ou tão pouco quanto for útil. Além disso, trate Engenharia
Social como um compêndio de situações sociais e desafios
para qualquer campanha.
87
 APÊNDICE A

TABELAS DE
REAÇÃO
EXPANDIDAS
Este suplemento define uma série de novos testes de reação Resultados de Combate Iminente
com novos modificadores especiais. Este apêndice reúne dire-
trizes para todos os testes de reação em um único local, Desastrosa: os PdMs atacam violentamente sem pedir nem
incluindo aqueles previamente definidos no MB, págs. oferecer clemência.
560-562. A lista resultante é muito mais longa; para minimizar Muito Ruim: os PdMs atacam e fogem se perceberem que
a troca de páginas, os resultados são agrupados pelo tipo de re- não têm chance (um combate em andamento continua).
ação, e não pelo resultado numérico da jogada. Os resultados Ruim: os PdMs atacam a menos que estejam em menor nú-
numéricos ainda têm os mesmos rótulos do MB, págs. mero. Neste caso, eles fogem, provavelmente para tentar uma
560-561: emboscada mais tarde (um combate em andamento continua).
Jogada Reação Fraca: os PdMs desafiam e insultam os PdJs, exigindo que
0 ou menos Desastrosa eles saíam da região. Se os PdJs permanecerem, os PdMs os
1a3 Muito Ruim atacam a não ser que estejam em menor número; nesse caso,
4a6 Ruim eles fogem (um combate em andamento continua).
7a9 Fraca Neutra: os PdMs ficam inclinados a seguir seus caminhos e
10 a 12 Neutra deixar os PdJs seguirem o deles (se um combate estiver em an-
13 a 15 Boa damento, os PdMs tentam bater em retirada).
16 a 18 Muito Boa Boa: os PdMs acham os PdJs dignos de estima ou muito for-
19 ou mais Excelente tes para serem atacados. Os PdJs podem pedir ajuda ou
informações; faça um novo teste com um bônus de +1 (se um
Resultados de Reação Geral combate já estiver em andamento, os PdMs fogem).
Muito Boa: os PdMs serão amigáveis. Os PdJs podem pedir
Desastrosa: O PdM odeia os PdJs e faz o possível para preju-
ajuda ou informações (faça um novo teste com um bônus de
dicá-los.
+3). Até mesmo inimigos jurados acham uma desculpa para
Muito Ruim: O PdM antipatiza com os PdJs e tenta prejudi-
deixar os PdJs em paz… . . por enquanto (se um combate já es-
cá-los se isso lhe for conveniente.
tiver em andamento, os PdMs fogem se possível, caso
Ruim: O PdM dá pouca importância para os PdJs e irá pre-
contrário, rendem-se).
judicá-los se isso lhe trouxer algum benefício.
Excelente: os PdMs serão extremamente amigáveis. Eles po-
Fraca: O PdM não se deixa impressionar. Ele pode se tornar
dem até se juntar ao grupo temporariamente. Os PdJs podem
hostil se isso lhe trouxer um lucro muito grande ou houver
pedir ajuda ou informações; faça um novo teste com um bônus
pouco perigo.
de +5 (se um combate já estiver em andamento, os PdMs se
Neutra: O PdM ignora os PdJs tanto quanto possível.
rendem).
Boa: O PdM gosta dos PdJs e será prestativo dentro de limi-
tes cotidianos razoáveis.
Muito Boa: O PdM tem os PdJs em alta conta e é bastante Resultados de Confrontos com
prestativo e amistoso. Autoridades
Excelente: O PdM fica extremamente impressionado com os Desastrosa: Os PdJs são presos e acusados de um crime. Du-
PdJs e os ajuda da melhor forma possível, dentro dos limites rante a prisão, são maltratados fisicamente.
de suas capacidades. Muito Ruim: Os PdJs são presos e acusados de um crime. Se
eles não cooperarem, faça um teste de "combate iminente" com
-2; em um resultado Ruim ou pior, eles serão jogados contra

88 TABELAS DE REAÇÃO EXPANDIDAS

uma parede, espancados, atingidos com uma arma elétrica de
choque ou de alguma forma, subjugados à força.
Ruim: Os PdJs são detidos e questionados por algumas ho-
ras. Se eles não cooperarem, faça um teste de "combate
iminente" com -2, como acima.
Fraca: Os PdJs são detidos e interrogados por uma hora. Se
eles não cooperarem, faça um teste de "combate iminente",
como acima.
Neutra: Os PdJs são questionados por alguns minutos e en-
tão autorizados a cuidar de seus negócios. Os questionadores
os notaram conscientemente e podem se lembrar deles.
Boa: os PdJs são considerados como legalizados.
Muito Boa: Os PdJs são considerados como legalizados e
causam uma boa impressão: +2 nos testes de reação posterio-
res.
Excelente: Os PdJs são tratados respeitosamente e recebem
assistência.
Boa: O comerciante compra e vende pelo preço justo e ofe-
rece voluntariamente algumas informações úteis ou ajuda, se
possível*.
Muito Boa: Quando vendendo, o comerciante pede o preço
justo, aceita qualquer oferta de no mínimo 80% do preço justo.
Quando comprando, ele oferece o preço justo, concorda pagar
até 150% do preço justo. Ele também oferece ajuda e conse-
lhos.
Excelente: Quando vendendo, o comerciante pede o preço
justo, aceita qualquer oferta de no mínimo 50% do preço justo.
Quando comprando, ele oferece o preço justo, concorda pagar
até 200% do preço justo. Para uma oferta fora desses limites,
ele propõe os preços-limite. Ele também oferece ajuda e conse-
lhos.
* Em uma sociedade onde pechinchar é rotina, um comer-
ciante pedirá 110% do preço justo, aceitará 90%, oferecerá
90% ou concordará em pagar 110%.

Resultados de Obtendo
Acesso
Desastrosa: Sem chance de entrar;
faça um teste de "combate iminente"
com -2.
Muito Ruim: Sem chance de entrar;
após qualquer tentativa adicional, faça
um teste de "combate iminente" com
-2.
Ruim: Sem chance de entrar; ou-
tras tentativas serão ignoradas.
Fraca: Pedido de entrada negado,
mas subornos, súplicas ou ameaças
podem funcionar. Os PdJs podem fa-
zer um teste novamente com -2.
Neutra: Pedido de entrada concedi-
do após um atraso para obter a
aprovação de alguém com autoridade.
Boa: Pedido de entrada concedido
com restrições leves, como deixar ar-
mas na porta.
Muito Boa: Pedido de entrada defe-
rido.
Excelente: Pedido de entrada concedido com entusiasmo; Resultados para Contratação
+2 nos testes de reação subsequentes durante esta visita. Desastrosa: A organização é hostil ao PdJ e agirá contra ele
se puder: chamando a polícia, denunciando-o às autoridades,
Resultados para Transações Comerciais colocando-o na lista negra etc. Isso normalmente leva a um
teste de "confronto com autoridades" com -2.
Desastrosa: O comerciante não quer nada com os PdJs. Faça
Muito Ruim: A organização rejeita o PdJ e não está aberta a
um teste de "combate iminente" com penalidade de -2.
futuras consultas. Se ele persistir ou voltar, faça um teste de
Muito Ruim: Quando vendendo, o comerciante pede três ve-
"confronto com autoridade" com -2.
zes o preço justo, aceita 150%. Quando comprando, ele oferece
Ruim: A organização considera as qualificações do PdJ ina-
1/3 do preço justo, concorda em pagar até 2/3 do preço justo.
dequadas; aplicações futuras estarão com -2 cumulativo.
Ruim: Quando vendendo, o comerciante pede o dobro do
Fraca: A organização não contrata o PdJ.
preço justo, aceita o preço justo. Quando comprando, ele ofe-
Neutra: A organização contratará o PdJ como mão-de-obra
rece a metade do preço justo, concorda em pagar o preço justo.
não qualificada, mas não se ele estiver pedindo por um traba-
Fraca: Quando vendendo, o comerciante pede 120% do pre-
lho qualificado.
ço justo, aceita o preço justo. Quando comprando, ele oferece
Boa: A organização contratará o PdJ para um trabalho de
75% do preço justo, concorda pagar o preço justo.
nível básico em sua área.
Neutra: O comerciante compra e vende pelo preço justo*.

TABELAS DE REAÇÃO EXPANDIDAS 89

 Muito Boa: A organização contratará o PdJ na sua faixa sa-
larial estabelecida e para uma Hierarquia equivalente (se
aplicável).
Excelente: A organização valoriza muito o PdJ e desenvolve-
rá um novo cargo em torno das suas qualificações, se
necessário. Se ele aceitar o trabalho, ele ganhará uma Hierar-
quia (se aplicável) e um salário mais altos. Ele pode gastar
pontos ganhos para adquirir a organização como Patrono.
Resultados para Pedidos de Ajuda
Desastrosa: O pedido é totalmente negado. Faça um teste de
"combate iminente" com penalidade de -4; nenhuma reação
melhor que "Neutra" é possível. Se a situação exigir um comba-
te, mas não for possível realizá-lo por algum motivo, o PdM
deve fazer o possível para prejudicar os PdJs.
Muito Ruim: O pedido é negado. Faça um teste de "combate
iminente"; nenhuma reação melhor que "Neutra" é possível. Se
a situação exigir um combate, mas não for possível realizá-lo
por algum motivo, o PdM prejudicará os PdJs de alguma outra
forma.
Ruim: O pedido é negado. Os PdMs seguem seu rumo, igno-
rando os PdJs.
Fraca: O pedido é negado, mas os PdJs podem tentar nova-
mente com uma penalidade de -2; subornos, súplicas e
ameaças podem funcionar.
Neutra: Pedidos simples são concedidos. Pedidos comple-
xos são negados, mas os PdJs podem tentar novamente com
uma penalidade de -2.
Boa: Pedidos de ajuda razoáveis são concedidos. Mesmo
que o pedido seja absurdo e devesse ser negado, os PdMs ofe-
recem conselhos úteis.
Muito Boa: Pedidos de ajuda são concedidos a não ser que
sejam totalmente absurdos. Os PdMs disponibilizam livremen-
te qualquer informação relevante que tenham.
Excelente: Pedidos de ajuda são concedidos e ajuda adicio-
nal é oferecida; Os PdMs fazem tudo o que puderem para
ajudar.
Resultados para Pedido de Informação
Desastrosa: Pedidos são recebidos com fúria. Faça um teste
de "combate iminente" com penalidade de -2.
Este gráfico trata apenas dos eleitores vivos,
legalmente registrados e de boa-fé. Agora, se podemos
chegar tão perto de ganhar uma eleição absolutamente
honesta, como você imagina que podemos perder
nesta, da forma como será?
– E.E. Smith, First Lensman
90 TABELAS DE REAÇÃO EXPANDIDAS
Muito Ruim: Os pedidos são respondidos com mentiras ma-
liciosas.
Ruim: Os PdMs mentem maliciosamente ou exigem uma
recompensa pela informação. Se forem pagos, eles darão in-
formações verdadeiras, mas incompletas.
Fraca: Os PdMs alegam não ter a informação ou fornecem
dados incompletos. Um suborno pode ajudar a refrescar a me-
mória; faça um novo teste se um suborno for oferecido.
Neutra: O PdM dá a informação pedida se for simples. Se a
pergunta for complexa, a resposta pode ser vaga.
Boa: A pergunta é respondida com precisão.
Muito Boa: O PdM responde com detalhes e oferece volun-
tariamente quaisquer outras informações relacionadas com
aquele pedido.
Excelente: A pergunta é respondida completamente. Se o
PdM não souber tudo que os PdJs precisam, ele tentará desco-
brir. Ele pode até se oferecer para ajudar: faça um teste para
pedido de ajuda com bônus de +2, sendo impossível qualquer
reação pior que "Fraca".
Resultados para Resposta à Informação
Desastrosa: O testemunho do PdJ é rejeitado com raiva; faça
um teste de "combate iminente" com -2.
Muito Ruim: O testemunho do PdJ é rejeitado como uma
Fantasia óbvia; aqueles que ouvem falar dele reagem com -1.
Ruim: O testemunho do PdJ é tratado como uma mentira e
é descartado. Se ele estiver testemunhando no tribunal, faça
outro teste de reação; em uma reação Ruim ou pior, ele enfren-
ta acusações de perjúrio e precisa de um advogado.
Fraca: O testemunho do PdJ não é acreditado.
Neutra: O testemunho do PdJ é duvidoso, mas pode ser ou-
vido novamente se ele puder apresentar uma segunda
testemunha, evidência de apoio ou uma explicação clara de
suas alegações, ou se ele puder apelar para provas humanas ou
religiosas de sua honestidade; faça um novo teste com -2.
Boa: o testemunho do PdJ é aceito.
Muito Boa: O testemunho do PdJ é aceito e ele causa uma
boa impressão no geral: +2 em testes de reação adicionais.
Excelente: o testemunho do PdJ é considerado totalmente
convincente, mesmo que suas alegações sejam normalmente
tratadas como Fantasias.
Resultados de Recreação
Desastrosa: Os Pdjs são recebidos com hostilidade. Faça um
teste de "combate iminente" com penalidade de -2.
Muito Ruim: os PdJs não são bem-vindos. Se eles não saí-
rem rapidamente, faça um teste de "combate iminente" com -2.
Ruim: Os PdJs são recebidos com insultos e ameaças, mas
não com um combate de fato, a menos que comecem uma bri-
ga.
Fraca: A companhia dos PdJs é rejeitada.
Neutra: A companhia dos PdJs não é bem-vinda, mas eles
são dissuadidos com desculpas ou evasões, em vez de rejeita-
dos decisivamente. Eles podem abordar as mesmas pessoas
outra hora e fazerem um novo teste.
Boa: A companhia dos PdJs é aceita, sem compromisso du-
radouro.
Muito Boa: A companhia dos PdJs é aceita, e eles causam
uma boa impressão: +2 em testes de reação adicionais.
Excelente: Os PdJs são aceitos como amigos duradouros;
faça um teste de lealdade com +2.
Resultados de Sedução
Desastrosa: Rejeição furiosa ou indignada. Faça um teste de
"combate iminente" com -4; o fracasso leva à retribuição física,
pela pessoa abordada ou por um protetor.
Muito Ruim: Rejeição abertamente enojada; quaisquer ou-
tros testes de reação estão com uma penalidade de -2.
Ruim: Rejeição fria; quaisquer outros testes de reação têm
-2, mas um pedido de desculpas sincero pode remover a pena-
lidade.
Fraca: Rejeição, mas sem ofensa; uma nova abordagem
pode ser feita mais tarde sem penalidade, caso o relaciona-
mento tenha se desenvolvido ou a posição do pretendente
melhorado. (Exceção: Se a abordagem do pretendente violou
as normas culturais, trate como rejeição fria, acima.)
Neutra: Indiferença, mas nenhuma ofensa é tomada; uma
abordagem adicional pode ser feita sem penalidade.
TABELAS DE REAÇÃO EXPANDIDAS
Boa: Consentimento para um encontro em particular; uma
nova abordagem pode ser feita sem penalidade.
Muito Boa: Consentimento para contato físico.
Excelente: Forte desejo pelo contato físico, dando +2 para os
testes na atividade sexual. Sentimentos duradouros de atração
ou apego; faça um teste de lealdade com +2.
Resultados de Lealdade
Desastrosa: O PdM odeia os PdJs ou está na folha de paga-
mento dos seus inimigos e irá aproveitar a primeira
oportunidade para traí-los.
Muito Ruim: O PdM antipatiza com os PdJs e os abandona
se possível (provavelmente levando tudo que puder carregar)
caso contrário, trai os PdJs assim que possível.
Ruim: O PdM não respeita os PdJs. Ele os abandonará ou
os trairá mesmo com uma tentação moderada e será um fun-
cionário preguiçoso.
Fraca: O PdM não fica muito impressionado com os PdJs ou
não gosta do emprego; ele acredita que trabalha muito e ganha
pouco. Ele trairá os PdJs se a oferta for boa o suficiente e cer-
tamente trocará de emprego se achar que encontrou algo
"melhor".
Neutra: O PdM vê os PdJs como "só mais um patrão" e esse
é só mais um emprego. Ele trabalha suficiente para manter o
patrão satisfeito, nada mais. Ele não deixa o emprego a não ser
que tenha certeza de ter encontrado um melhor e não trairá os
PdJs a não ser que a tentação seja muito grande.
Boa: O PdM gosta dos PdJs ou do emprego. Ele é leal, traba-
lha duro e aceita qualquer risco razoável que os PdJs também
aceitem.
Muito Boa: O PdM trabalha muito duro e arrisca a vida se
necessário. Na maioria das vezes ele coloca os interesses dos
PdJs à frente dos seus próprios.
Excelente: O PdM adora os PdJs ou a causa deles, trabalha
com disposição incrível, coloca os interesses dos PdJs sempre
à frente dos seus e até morreria por eles.
91
 APÊNDICE B
NOVAS
CARACTERÍSTICAS
Engenharia Social define várias características novas para
uso na criação de personagem. Para facilitar a referência, aqui
estão todos eles em um só lugar.
VANTAGENS
Várias vantagens têm novas variantes em uma campanha
que enfatiza a interação social. Veja também Vantagens de
Relacionamento (págs. 48-51).
Contatos
veja MB, pág. 48
Em uma campanha cinematográfica, o MJ pode permitir
uma nova versão dessa vantagem.
Contatos!: Esta é essencialmente uma versão curinga (MB,
pág. 175) de Contatos. Ela difere da versão padrão, pois o
custo de pontos é triplicado e o Contato fornece uma perícia
curinga em vez de uma normal. O Contato pode fornecer
qualquer tipo de ajuda que tenha uma relação plausível com
sua área de atuação.
Por Dentro da Moda
veja MB, pág. 21
Por Dentro da Moda tem uma forma especial na realidade
virtual.
Por Dentro da Moda (Digital): Ao definir um avatar online
para você, você tem uma noção certa do que é distinto, à frente
da tendência e simplesmente legal. Qualquer avatar que você
construa, monte ou selecione comprando, dá +1 nos testes de
reação nas interações sociais online, em tempo real. Você pode
dar a outra pessoa a mesma vantagem, caso possa trabalhar no
avatar dela. Ficar à frente da curva exige ajustes constantes;
você tem que arranjar tempo para reconstruir cada avatar,
para cada conjunto de encontros sociais. 5 pontos.
Resistente
veja MB, pág. 85
O MJ pode permitir que um personagem tenha maior resis-
tência aos testes de influência. Trata-se de um efeito "Comum",
com custo base de 15 pontos – o mesmo que Indomável (MB,
pág. 65), que é efetivamente Imunidade para testes de Influên-
92 TABELAS DE REAÇÃO EXPANDIDAS
cia. Um +8 em todos os testes de Vontade para resistir vale 7
pontos; +3 vale 5 pontos.
Reconhecimento Social
veja MB, pág. 82
Uma nova versão disso existe em algumas sociedades.
Divertido: Você é naturalmente engraçado, ou as pessoas
estão predispostas a considerá-lo engraçado. Isso permite que
você se livre de coisas que colocariam outras pessoas em
apuros, precisamente porque você não é levado a sério. Um
bobo da corte ou o "palhaço da turma" tem essa vantagem.
Muitas sociedades concedem aos seus filhos níveis dessa
vantagem (muitas vezes diminuindo à medida que
envelhecem); se assim o for, pode coexistir com Estigma Social
(Menor).
Talento
veja MB, pág. 90
Uma campanha em um cenário futurista pode adicionar
um novo Talento.
Memética: Lavagem Cerebral, Diplomacia, Perícia
Abrangente (Memética), Lábia, Interrogatório, Liderança,
Comércio, Política, Propaganda, Psicologia (todas as
especialidades), Sociologia e Pedagogia. Bônus de reação:
Qualquer outra pessoa treinada em memética que possa
observá-lo usando-a – mas perceba que alguns usos dessas
perícias serão sutis demais para serem observados! Talento em
memética pode ser aprendido; se assim o for, os pré-requisitos
são um ponto em Perícia Abrangente (Memética), Propaganda
e Psicologia (Aplicada). 10 pontos/nível.
MODIFICADORES
A nova limitação a seguir é apropriada para um jogo social-
mente focado.
Seletiva
-20%
Sua habilidade funciona apenas ao perseguir uma classe es-
pecífica de tarefas ou atividades relacionadas. Uma habilidade
com aplicações abrangentes, como Bom Senso ou Serendipi-
dade, pode receber Seletiva, Interação Social. Por exemplo,
 Bem, eu não sou burro, mas não consigo entender porque ela
andava como mulher mas falava feito homem
– The Kinks, "Lola"
Bom Senso (Seletiva, Interação Social, -20%) [8] dá a você um
teste de QI para o caso de você dizer algo horrivelmente ina-
propriado.
Uma vantagem já confinada à interação social, como Caris-
ma, pode ser ainda mais restrita para que seus benefícios se
apliquem a apenas uma gama de atividades (por exemplo, atle-
tismo, combate ou gerenciamento) ou uma faceta da vida
cotidiana (por exemplo, romance ou trabalho). Por exemplo,
Carisma 1 (Seletiva, Gerenciamento, -20%) [4] dá +1 nos testes
de reação de pessoas que você contrata ou supervisiona, inclu-
indo os testes de lealdade. Você também recebe +1 em
Liderança para coordenar uma equipe de trabalho e nos testes
de Influência contra seus subordinados.
QUALIDADES
As seguintes qualidades concedem posição, privilégio ou
benefícios semelhantes em pequena escala. Os aventureiros
podem adquiri-las como recompensa por aventuras bem-suce-
didas ou interpretação adequada (Características Sociais como
Recompensas, pág. 19).
Qualquer qualidade com um † requer especialização; veja a
descrição para detalhes. Um ‡ significa que a qualidade vem
em níveis; cada nível é efetivamente sua própria qualidade e
custa 1 ponto, mas por uma questão de compactação, escreva-
o em sua ficha de personagem como (por exemplo) Status
Oculto 3 [3].
Qualidade de Aparência
As seguintes qualidades afetam a impressão que você cau-
sa.
Aparência Passável†
Independentemente da sua verdadeira etnia, raça ou sexo,
sua aparência nunca desencadeia preconceitos de PdMs into-
lerantes ou das desvantagens de Intolerância (embora suas
palavras possam!). Além disso, se alguém como você normal-
mente teria um Estigma Social em sua ambientação, você não
possui esse Estigma – e caso o Estigma seja racial, essa quali-
dade age como um pequeno Antecedente Incomum que lhe
permite comprá-la pelo custo habitual. Você também pode
transformar um Estigma baseado em raça ou sexo em um Se-
gredo. A critério do MJ, essa qualidade é cinematográfica ou
até mesmo exótica se não houver uma maneira crível de expli-
car aos outros que se confundem com sua aparência.
Você deve se especializar por tipo de aparência. Dois exem-
plos comuns:
Andrógino: Com esforço mínimo, você pode garantir que
seja confundido por qualquer sexo conveniente. Se você tiver
Aparência acima da média com o modificador Andrógino
(MB, pág. 21), você não precisa dessa qualidade.
TABELAS DE REAÇÃO EXPANDIDAS
Compleição Passageira: Sua etnia não é facilmente perceptí-
vel para os espectadores.
Características Clássicas†
Você tem um conjunto bem definido de características em
espadas. Você pode ser marcadamente pálido ou bronzeado, o
epítome das loiras ou ruivas, ou um homem musculoso – ou
talvez você tenha idealizado a aparência chinesa, irlandesa ou
órquica. Sempre que você interage com um PdM que goste
dessas aparência – devido a uma peculiaridade, a critério do
MJ ou por uma nota em uma aventura publicada – você funci-
ona como um nível de Aparência mais alto, cumulativo com
qualquer bônus de reação especificado. Por exemplo, se você é
uma Ruiva Clássica com aparência Média, um PdM com a pe-
culiaridade "Prefere ruivas (+2 reações)" reagiria a você com
+2 por sua peculiaridade e outro +1 porque você conta como
Atraente.
Fica Bem de Uniforme
Esta é uma versão altamente especializada de Por Dentro
da Moda (MB, pág. 21). Ao usar seu uniforme de serviço legíti-
mo (militar, policial, etc.) para fins oficiais, os outros reagem a
você com +1. Você não pode vestir os outros ou reivindicar um
bônus sob qualquer outra circunstância.
Fotogênico
Você fica ótimo em fotos posadas e estáticas. Qualquer pes-
soa olhando para sua foto reage como se sua Aparência fosse
um nível acima (se você já tem aparência Lindo, você recebe
+1 extra nas reações). Para ficar bem em fotos em movimento,
compre a vantagem Aparência.
Rosto Esquecível
Você se mistura. Seu rosto é difícil de se escolher ou lem-
brar. Você recebe +1 para Perseguição em multidões, enquanto
outros recebem -1 em jogadas feitas para reconhecê-lo em um
grupo, por fotos de identificação ou até mesmo para lembrar
que o conhece!
Você não pode ter tanto Face Esquecível quanto Caracte-
rísticas Distintas (MB, pág. 165). Feições Estranhas (MB, pág.
22), e Aparência acima de Atraente ou abaixo de Sem Atrati-
vos, também estão fora dos limites, exceto quando esta
vantagem é realmente uma habilidade exótica.
Estilos Influentes
As seguintes variantes de Estilo (MB, pág. 101) permitem
que você faça testes de Influência instantaneamente e não ver-
balmente. Consulte Influência Sem Palavras (págs. 36-37) para
mais.
93
 Aceno Convincente
Sempre que você precisar entrar em um lugar ao qual não
pertence, você pode acenar como se reconhecesse aqueles que
estão lhe observando (por exemplo, seguranças) fingindo estar
no seu caminho. Isso é tratado como uma forma de Lábia.
Bravata de Gângster
Sua maneira de andar é um uso em tempo integral de Ma-
nha. O MJ fará um teste secreto de Influência sempre que isso
possa impressionar a vida bandida o suficiente para que eles
não o escolham aleatoriamente para incomodar.
Escárnio Arrogante
Você pode usar o Trato Social (Alta Sociedade) para fazer
porteiros de hotéis exclusivos, vendedores de lojas caras, ge-
rentes de banco e assim por diante, recuarem simplesmente
desrespeitando-os.
Olhar temível
Você pode usar a Intimidação sem dizer uma palavra: sim-
plesmente cruze os braços e faça cara feia. Isso
convenientemente não deixa evidências de uma arma, amea-
ças registradas, contusões. . .
Pose Sensual
Você pode usar Sex Appeal simplesmente estufando seu
peito, levantando os quadris, lambendo os lábios etc. Isso é útil
quando você pode ver, mas não se aproximar com segurança
do seu alvo; um sucesso pode convencê-lo a se aproximar de
você.
Sorriso Desarmante
Em qualquer situação complicada em que a Diplomacia
seja uma solução possível, você pode apenas sorrir e dar de
ombros.
Qualidades de Posição
Cada uma delas é uma maneira barata de estabelecer seu
lugar dentro da sociedade.
Cargo Público†
Você tem um cargo civil menor, como apanhador de cães ou
um administrador local; você deve se especializar por escritó-
rio. Este não é apenas um título honorário (acima) - você
possui autoridade real equivalente a 5 pontos de Poderes Le-
gais, Permissão de Segurança, Hierarquia Administrativa ou
similar. No entanto, isso tem um escopo tão limitado (por
exemplo, "Autoridade sobre os cães na cidade Rochedo do Cas-
telo") que é apenas uma qualidade. Uma vantagem social mais
cara ou não possuir desvantagens sociais, geralmente, são pré-
requisitos assim como um Dever.
Cidadania†
Em ambientações onde as nações defendem as fronteiras e
restringem coisas como direitos de voto e propriedade aos ci-
dadãos, cada PdJ é considerado um cidadão de um estado ou
nação em particular, com passaporte, CPF etc. Cada cidadania
além da primeira é uma qualidade. Isso não é Familiaridade
94 TABELAS DE REAÇÃO EXPANDIDAS
Cultural (MB, pág. 23) – você pode "herdar" a cidadania através
de um dos seus pais sem nunca encontrar a cultura associada!
Reputação Trivial†
Em vez de fazer o cálculo detalhado em Reputação (MB,
págs. 26), apenas trate +1 para reações de um grupo especiali-
zado de pessoas (por exemplo, "Mulheres do Clã Tokugawa")
como uma qualidade.
Status Oculto†‡
Você tem, ou costumava ter, uma forma de Status que não
é reconhecida na sociedade de referência. Você deve se especi-
alizar em um grupo específico; quando você está entre eles,
eles reagem como se o seu Status fosse igual ao seu Status +
Status Oculto. Isso poderia se aplicar a um cativo aristocrático
vendido como escravo em uma cultura estrangeira, cujos com-
panheiros escravos ainda lhe dão tratamento especial; ou a um
chefe do crime que é desprezado pela sociedade em geral, mas
tratado com respeito entre os criminosos.
Título Honorário†‡
Você tem uma vantagem social honorária: Hierarquia Ho-
norária (MB, pág. 29) para Hierarquia, Professor Emérito para
Estabilidade no Emprego, Ex-Tira para Poderes Legais, Título
Honorário para Status, e assim por diante. Isso custa 1 ponto
para cada 5 pontos da vantagem total. Na maioria das vezes,
representa uma recompensa simbólica (por exemplo, "a chave
da cidade"), um título comprado ou credenciais desativadas
após a aposentadoria.
Se você também tiver a própria vantagem, poderá "empi-
lhar" essa qualidade para obter seu título no papel. Por
exemplo, Hierarquia 4 [20] mais Hierarquia Honorária 2 [2]
dá-lhe o direito de se apresentar como tendo Hierarquia 6, em-
bora você só tenha a autoridade de Hierarquia 4.
Além do direito legal de usar um título sofisticado, qualquer
forma de título honorário isenta de penalidades de reação
quando você se associa com aqueles que têm a própria vanta-
gem, e de penalidades de perícia que o MJ impõe por se passar
pelo verdadeiro McCoy. Se a vantagem conceder bônus de rea-
ção, a qualidade concede um nível de bônus comparável para
cada 5 pontos gastos nela.
Qualidades Sociais
Outras qualidades podem ser importantes em várias situa-
ções sociais.
Árbitro Social
As outras pessoas do seu círculo social confiam no seu jul-
gamento ou se submetem a você. Você não possui Hierarquia
formal, nem o Status mais alto; mas se você decidir que al-
guém é "do nosso tipo", ele está dentro. Consulte Círculos
Internos (pág. 70) para mais. Essa pode facilmente ser uma ca-
racterística vil!
Conectado†
Você é bom em procurar um tipo específico de pessoa. Você
ganha +2 para os testes de procura em uma das categorias se-
guintes: Procurando Pessoas (págs. 26-29), Procurando por
Organizações (págs. 54-56) ou Procurando por Famílias e
Comunidades (pág. 70). Isso só é útil em campanhas onde os
PdJs precisem regularmente realizar procuras. Exemplos:
Animal de Festa: Você pode facilmente encontrar compa-
nheiros quando quiser se divertir (Companhia, pág. 28).
Bem-Informado: Você tem conexões extraordinariamente
boas para encontrar favores ou relacionamentos ilegais (Ativi-
dades Clandestinas, pág. 28).
Caça Talentos: Você é bom em encontrar funcionários em
potencial (Funcionários, págs. 26-27).
Mercenário Político: Você conhece a burocracia do governo
e pode identificar facilmente a repartição que lida com qual-
quer problema específico (Repartições Públicas, págs. 55-56).
Rastreador: Você é bom em encontrar indivíduos que não
querem ser encontrados (Indivíduos Conhecidos, págs. 28-29).
Fala Mansa
Você não precisa gritar. Você pode falar baixinho e as pesso-
as se sentirão compelidas a ouvir. Você recebe +1 em
Intimidação, como se estivesse gritando alto, sem realmente
precisar fazê-lo. Essa qualidade pode ser considerada cinema-
tográfica, e proibida em campanhas realistas, a critério do MJ.
Licença†
Se um equipamento tiver uma Classe de Legalidade (CL)
igual ou maior do que o Nível de Controle (NC) da sua ambien-
tação, qualquer pessoa sem Estigma Social (Ficha Criminal)
pode possui-lo. Mas se sua CL for menor, ele requer uma licen-
ça. Uma licença é uma qualidade – uma por classe de
equipamento. Para armas, a ocultação reduz o CL em um; Por
exemplo, revólveres são CL3, mas são tratados como CL2 para
porte oculto, então a Licença de Porte Oculto é uma qualidade
nos estados mais modernos, que são NC3+.
Indivíduos com vantagens sociais adequadas – normalmen-
te Poderes Legais ou Hierarquia Militar – não precisam desse
privilégio para os equipamentos usados "no trabalho".
Consulte também Nível de Controle (MB, pág. 506) e
Legalidade (MB, pág. 507).
Papel Ensaiado†
Você passou muitas horas praticando uma persona secun-
dária específica e pensando nela, se for um papel fictício, ou
estudando vídeos e outros registros do alvo original, se for
uma pessoa real. Isso cancela a penalidade de -3 para uma per-
sona não ensaiada ou o -5 por não conhecer bem o alvo (Difícil
é Fazer, pág. 45). Se você realmente conhece bem o alvo origi-
nal, não precisa da qualidade. Se você começar com essa
qualidade, você já tem esse papel; se não, você pode comprar
a qualidade para uma pessoa específica, após o término de
uma sessão da qual você estudou esse papel de perto.
Trabalho em Equipe†
Vocês praticaram o trabalho em equipe. Isso isenta você
das penalidades pela performance em grupo (Esforços de
Equipe, págs. 39-40). Você deve se especializar em trabalhar
com um pequeno grupo específico (ex.: uma banda, uma gan-
gue de vigaristas). Somente aqueles com a mesma perícia de
performance podem desfrutar desses benefícios.
TABELAS DE REAÇÃO EXPANDIDAS
Outras versões estão disponíveis para outros tipos de perí-
cias; veja Artes Marciais para um exemplo.
DESVANTAGENS
Várias desvantagens têm novas variantes em uma campa-
nha que enfatiza a interação social.
Código de honra
veja MB, pág. 126
Criminosos presos muitas vezes possuem sua própria ideia
de honra.
Código de Honra (Prisioneiro): Sempre vinga um insulto, in-
dependentemente do perigo; defender o que é seu; defenda
você e sua gangue. Diga ao homem o que ele quer ouvir, mas
nunca delate. Qualquer outra coisa vai. -5 pontos.
Dependentes
veja MB, pág. 130
Veja pág. 50 para saber mais sobre Dependentes. A critério
do MJ, o valor de pontos de um Dependente pode estar sujeito
a uma nova ampliação.
Relutante: Você se sente obrigado a cuidar de alguém que
não quer sua ajuda ou proteção. Isso aumenta o valor de incô-
modo dele. Você não pode cuidar menos dele do que de um
Dependente disposto, mas ele resiste a ser cuidado e pode fugir
se tiver a chance. Se ele fizer isso, você não pode simplesmente
deixá-lo ir; seu senso contínuo de obrigação exige que você o
encontre e possivelmente recupere a custódia dele. +50%.
Hábitos Detestáveis
veja MB, pág. 22
Gastar dinheiro em um padrão de vida acima do seu Status
real lhe dá -1 nos testes de reação, valendo -5 pontos, para cada
nível de status que você emular, até um máximo de três níveis.
Diferentes sociedades têm uma variedade de nomes para esse
comportamento: grande gastador, novo-rico, parvenu, alpinis-
ta social ou a expressão Vitoriana "o tipo de pessoa que compra
sua prata". Veja pág. 23 para mais.
PERÍCIAS
Várias perícias têm novas variantes ou especialidades em
uma campanha que enfatiza a interação social.
Connoisseur
veja MB, pág. 192
Connoisseur (Moda) é frequentemente útil em situações so-
ciais. Ela tem como pré-definido Costura em -3 e recebe +1 se
você tiver Por Dentro da Moda.
Conhecimento Oculto
veja MB, pág. 191
Os prisioneiros podem aprender uma nova especialidade de
Conhecimento Oculto:
95
 Eles começaram com publicidade, propaganda e coisas assim, e se
aperfeiçoaram, ao ponto do que costumava ser uma fraude simples e honesta,
como qualquer vendedor poderia usar, tornar-se uma ciência matemática que
deixou o homem comum desamparado.
Conhecimento da Prisão: Você sabe o que realmente está
acontecendo em uma prisão em particular: quem são os prisi-
oneiros poderosos, quem tem conexões úteis, quais membros
da equipe carcerária são suaves e quais são abusivos. Cada
nova prisão é uma nova familiaridade – você tem -2 para o NH
efetivo durante o seu primeiro mês. Familiaridade inclui co-
nhecer a gíria local, gestos, assobiar ou códigos de toque, e
assim por diante.
Heráldica
veja MB, pág. 203
Esta é a capacidade de reconhecer insígnias formais de Hi-
erarquia, afiliação organizacional, parentesca ou comunitária
– ou Status, se estiver marcado por sinais externos. Qualquer
tratamento detalhado das relações sociais requer uma especia-
lização, com cada especialidade tendo seu próprio pré-
definido:
Brasões/Emblemas: Pré-definido por Trato Social (Alta Soci-
edade)-3; a critério do MJ, pode-se usar como pré-definido
Trato Social (Servo)-4.
Cunho: Pré-definido por Connoisseur (Joalheria)-3
Iconografia Religiosa: Pré-definido por Ritual Religioso-3.
Insígnias e Uniformes: Pré-definido por Trato Social (Exérci-
to ou Polícia)-3.
Logos Corporativos: Pré-definido por Assuntos Atuais (Negó-
cios)-3.
Tags de Grafite: Pré-definido por Manha-3
Uniformes Esportivos: Pré-definido por Assuntos Atuais (Es-
portes)-3.
Perícia Abrangente
veja MB, pág. 216
Uma campanha em um cenário futurista pode adicionar
uma nova Perícia Abrangente.
Memética: Pode substituir Lavagem Cerebral, Diplomacia,
Lábia, Interrogatório, Liderança, Comércio, Política, Propa-
ganda, Psicologia (todas as especialidades), Sociologia e
Pedagogia para responder a perguntas sobre o uso do jargão
memético ou identificar memes difundidos em uma cultura fa-
miliar. Complementa qualquer uma das perícias associadas se
estiver sendo usada para analisar ou fazer com que as pessoas
adotem novos memes.
Psicologia
veja MB, pág. 220
96 TABELAS DE REAÇÃO EXPANDIDAS
– Robert A. Heinlein,
“If This Goes On –”
Este suplemento assume que a Psicologia se divide em duas
especialidades: Aplicada e Experimental. A especialidade Apli-
cada pode ser usada como uma perícia complementar (pág.
25) para a maioria dos outros testes de perícias relacionados à
interação social. Se o MJ não quiser usar esta regra opcional,
simplesmente ignore essas especialidades e trate "Psicologia
(Aplicada)" e "Psicologia (Experimental)" simplesmente como
"Psicologia".
PERÍCIAS CURINGAS
Várias novas perícias curinga (MB, pág. 175) podem substi-
tuir as perícias sociais padrões em campanhas
cinematográficas.
Falso!
IQ
Substitui Dissimulação, Disfarce, Lábia, Falsificação, Adivi-
nhação, Arremedo (Fala), Trato Social e Manha. Substitui
Liderança por esforços em grupo para enganar ou manipular
os outros. Além disso, a critério do MJ, qualquer perícia que te-
nha um pré-definido baseado em qualquer atributo ou
característica secundária, e que não seja restringida por perí-
cias de pré-requisito, pode ter um pré-definido baseado em
Falso! se este for maior. Este pré-definido não pode exceder o
atributo relevante -1 para as perícias Fáceis, -2 para Média, -3
para Difícil ou -4 para Muito Difícil; Ou seja, Falso! não pode
ser tão boa quanto gastar um ponto de personagem para
aprender uma perícia.
Negociador!
IQ
Substitui Diplomacia, Lábia, Interrogatório, Comércio, Po-
lítica, Oratória, Trato Social ou Manha. Faça um teste baseado
em HT para usá-la como Boemia ou Sex Appeal; faça um teste
baseado em Per para usá-la como Detecção de Mentiras.
Psicólogo!
IQ
Substitui Lavagem Cerebral, Criminologia, Hipnotismo, In-
terrogatório, Propaganda e Psicologia. Faça um teste baseado
em Per para usá-la como Linguagem Corporal ou Detecção de
Mentiras; faça um teste baseado em Vontade para usá-la como
Bloqueio Mental.
TÉCNICAS Separando
Uma campanha que enfatiza a interação social pode se be- Difícil
neficiar de algumas novas técnicas.
Pré-definido: perícia pré-requisito-4.
Pré-requisito: Qualquer perícia de interação social baseada
Insinuar em Per; não pode exceder o pré-requisito.
Difícil
Normalmente, todos os membros de um pequeno grupo co-
Pré-definido: perícia pré-requisito. eso reagirão a você como indicado por um único teste de
Pré-requisito: Qualquer reação ou teste de Influência
perícia de influência; não (veja Aproximabilidade, pág.
pode exceder o pré- 30). Essa técnica permite
requisito+6. identificar um membro do
grupo que é suscetível a ser
Insinuar lhe torna hábil abordado como um indiví-
em influenciar os outros sem duo. Você recebe +1 no teste
ser óbvio para os espectado- de reação dele (+3 em um su-
res. Cada habilidade de cesso crítico); o teste de
Influência tem sua própria reação para o resto não é afe-
técnica de Insinuar associada. tado. Se preferir, você pode
Você pode usar sua técnica aplicar o bônus em um teste
para compensar as penalida- de Influência contra seu alvo
des de sutileza na perícia específico.
(pág. 43), enquanto mantém
as penalidades de Percepção e
Observação. Aplique todas as Sociometria
penalidades por sutileza a Média
esta técnica e, em seguida,
Pré-definido: Sociologia
faça um teste contra a menor
Pré-requisitos: Sociologia e
entre sua técnica modificada
Matemática (Estatística); não
ou a perícia de Influência não
pode exceder Sociologia+5
modificada. Assim, os bônus
de perícia desta técnica limi- Você dominou uma cole-
tam-se para compensar as ção de técnicas matemáticas
penalidades por sutileza, mas para descrever redes sociais e
nunca dão um bônus líquido. identificar membros-chave de
tais redes. Você pode identifi-
Ironia car relacionamentos não
Difícil óbvios em uma situação soci-
al (Relacionamentos, págs.
Pré-definido: perícia pré- 30-31), árbitros sociais de co-
requisito. munidades exclusivas
Pré-requisito: Oratória ou Escrita; não pode exceder o pré- (Círculos Internos, pág. 70) ou usuários alfa em campanhas de
requisito+5. marketing viral (pág. 74).

Você é hábil em argumentos negativos, que minam a posi-

ção de um oponente (veja Dialética, pág. 41) e dão um bônus à
Vontade efetiva da audiência para resistir em adotar o ponto
de vista dele. Esta técnica permite compensar as penalidades
resultantes do seu próprio NH efetivo, aumentando sua capa-
cidade de tomar seus próprios pontos indiretamente. Aplique
todas as penalidades por ironia a esta técnica e, em seguida,
faça um teste contra a menor entre sua técnica modificada ou
perícia de apresentação não modificada. Assim, os bônus de
perícia desta técnica limitam-se para compensar as penalida-
des por ironia, mas nunca dão um bônus líquido.
Tornando-se Viral
Difícil
Pré-definido: Propaganda.
Pré-requisitos: Propaganda e Psicologia (Aplicada); não
pode exceder Propaganda+3.
O Marketing Viral (pág. 74) envolve a elaboração de uma
mensagem para fazer com que os membros da audiência quei-
ram repeti-la ou passá-la adiante. O bônus de aprimorar essa
técnica substitui o bônus de gastar mais em uma campanha,
sem exigir um orçamento maior; você não pode reivindicar
ambos os benefícios.

TABELAS DE REAÇÃO EXPANDIDAS 97

 BIBLIOGRAFIA
Uma segunda data entre colchetes (por exemplo, "2004
[1813]") indica o ano em que o material foi publicado
originalmente.
LIVROS (FICÇÃO)
Austen, Jane. Orgulho e Preconceito (Martin Claret, 2018
[1813]). Uma história de namoro nas classes altas britânicas,
observada de perto e espirituosamente. Uma das fontes clássi-
cas para o tema de hostilidade como atração não permitida.
Veja também Noiva e Preconceito (pág. 100).
Barnes, John. A Million Open Doors (Tor, 1992). Um jovem
de uma sociedade em uma federação interestelar se junta a
uma missão de ajuda a uma sociedade recém-contatada e mui-
to diferente.
Budrys, Algis. Michaelmas (Berkley, 1978). Um jornalista e
sua IA companheira usam manipulação sutil para guiar seu
mundo através de uma crise.
Bujold, Lois McMaster. A Civil Campaign (Baen, 1999). O
herói de Bujold, Miles Vorkosigan, persegue objetivos políticos
e românticos nas complexidades de um império em moderni-
zação. Também vale a pena ler os livros anteriores da série.
Clement, Hal. Mission of Gravity, incluído na coleção Heavy
Planet (Orb, 2002 [1954]). Um terráqueo, em um sistema solar
distante, contrata um capitão do mar, alienígena em um plane-
ta de alta gravidade; grande parte da história é sobre as
negociações entre eles, e entre os diferentes grupos alieníge-
nas.
Dumas, Alexandre. O Conde de Monte Cristo (Clássicos Za-
har, 2020 [1844-1846]). A busca de vingança de um homem
brilhante por meio de subterfúgios.
Dunnett, Dorothy. The Game of Kings (Vintage, 1997 [1961])
e os outros volumes de Lymond Chronicles. Um homem renas-
centista escocês do século XVI, cujos talentos incluem quase
todas as perícias sociais discutidas neste livro, tem aventuras
que o colocam em contato com todos os níveis da sociedade,
desde mendigos de rua até o sultão da Turquia. Extensivamen-
te pesquisado e considerado uma grande ficção histórica.
Eddison, E. R. Mistress of Mistresses (Orion, 2001 [1935]).
Alta fantasia em um mundo pagão com instituições políticas
renascentistas – e intrigas maquiavélicas.
Heinlein, Robert. Double Star (Del Rey, 1986 [1956]). Em
um futuro sistema solar, um ator é recrutado para fazer o pa-
pel de um líder político sequestrado. Um relato brilhante sobre
como desenvolver uma persona.
Heinlein, Robert. The Moon Is a Harsh Mistress (Orb, 1997
[1966]). Um dos melhores romances posteriores de Heinlein
retrata a mecânica da conspiração revolucionária nas futuras
colônias prisionais Lunares.
Herbert, Frank. Duna (Editora Aleph, 2021 [1965]). Um ro-
mance de conflito militar e econômico em larga escala em um
império interestelar e os grupos secretos que manipulam o
conflito.
98 BIBLIOGRAFIA
Kingsbury, Donald. Psychohistorical Crisis (Tor, 2001). O au-
tor desconstrói o conceito de psico-história de Isaac Asimov
em um Império Galáctico engenhosamente construído.
Kipling, Rudyard. Kim (Edições Best Bolso, 2017 [1901]).
Um menino órfão na Índia é recrutado pelo Serviço Secreto e
treinado para o Grande Jogo.
le Carré, John. Tinker, Tailor, Soldier, Spy (Scribner, 2002
[1974]). Espionagem e contraespionagem no Serviço Secreto
Britânico na era da Guerra Fria.
Lewis, Sinclair. Elmer Gantry (Signet Classics, 2007 [1927]).
A carreira de um pregador fundamentalista corrupto na
América dos anos 1920 e 1930.
Lynch, Scott. As Mentiras de Locke Lamora (Editora Arquei-
ro, 2014 [2006]) Um menino em uma cidade-estado corrupta
de fantasia é criado para se tornar um ladrão mestre e vigaris-
ta.
Milton, Heloísa Costa (tradutora). Lazarilho de Tormes (Edi-
tora 34, 2012 [1554]). Um dos romances clássicos espanhóis de
um ladino aventureiro.
O’Brian, Patrick. Mestre dos mares (Edições Best Bolso,
2015 [1999]) O primeiro volume de uma longa série sobre a
guerra naval e a vida a bordo na era napoleônica – aclamado
por sua autenticidade. Os papéis de seus personagens centrais,
como capitão do navio e mestre espião, ilustram perfeitamente
diferentes conjuntos de perícias sociais.
Orwell, George. 1984 (Companhia das Letras, 2009 [1949]).
O romance distópico mais conhecido na língua inglesa e a fon-
te de frases comumente usadas para manipulação política e
repressão, como "pensamento de grupo", "buraco da memória"
e "Polícia do pensamento".
Panshin, Alexei. Star Well (Ace Books, 1968); The Thurb
Revolution (Ace Books, 1968); e Masque World (Ace Books,
1969). Três grandes romances bem-humorados de ficção cien-
tífica sobre as aventuras de um aristocrata desajustado em um
império galáctico.
Powers, Tim. Declare (William Morrow, 2001). Uma história
sombriamente realista de espionagem na Segunda Guerra
Mundial e na Guerra Fria, em um mundo onde forças sobrena-
turais podem afetar o resultado de uma guerra.
Pratchett, Terry. Going Postal (Doubleday, 2004). Um bri-
lhante vigarista do Discworld encontra-se em seu primeiro
trabalho legítimo – revitalizar uma agência governamental es-
tagnada.
Rand, Ayn. A Nascente (Vide Editorial, 2019 [1943]). Muitos
dos principais personagens deste romance são manipuladores
de diferentes tipos; o protagonista é um retrato clássico de um
homem imune à manipulação.
Sayers, Dorothy. Strong Poison (HarperTorch, 1995 [1930]);
Have His Carcase (HarperTorch, 1995 [1932]); e Gaudy Night
(HarperTorch, 1995 [1935]). Estão entre os melhores roman-
ces de Sayers sobre o brilhante detetive amador Lord Peter
Wimsey – especialmente o terceiro volume, com seu retrato de-
talhado da vida interna de uma faculdade feminina perturbada
por crimes de ódio.
Spinrad, Norman. Pictures at 11 (Bantam, 1994). Quando
terroristas tomam uma estação de televisão local e mantêm
sua equipe de reportagem como refém, seus prisioneiros vol-
tam o poder da mídia contra eles.
Stross, Charles. Halting State (Ace Books, 2007). Um crime
foi cometido em um ambiente virtual e três investigadores
muito diferentes são designados para ele.
Thackeray, William Makepeace. Vanity Fair (Barnes and No-
ble Classic, 2003 [1848]). Uma visão sombria de namoro e
casamento nas classes altas britânicas, mostrada através da
vida de uma jovem de origem questionável e poucos escrúpu-
los.
Williams, Walter Jon. The Crown Jewels (Tor, 1987); House
of Shards (Tor, 1988); e Rock of Ages (Tor, 1995). Outra versão
de ficção científica do malandro esperto, disfarçado de "ladrão
habilitado" cujos crimes são transmitidos como eventos espor-
tivos.
LIVROS (NÃO-FICÇÃO)
Alinsky, Saul. Rules for Radicals (Vintage, 1989). Um traba-
lho fundamental sobre "organização comunitária".
Anglo, Sidney. The Martial Arts of Renaissance Europe (Yale
University Press, 2000). Um estudo histórico sobre o ensino
das artes de combate.
Arendt, Hannah. Origens do totalitarismo (Companhia de
Bolso 2013 [1951]). Um estudo pioneiro de governos fundados
sobre controle total e terror em massa.
Aristóteles (Edson Bini, tradutor). A Retórica (Edipro Edi-
ções Profissionais Ltda., 2011). O trabalho sistemático mais
antigo sobre a habilidade da fala persuasiva.
de Núrsia, São Bento. A Regra de São Bento (Edições Subia-
co, 2000). Diretrizes para gerenciar uma comunidade
monástica que trabalhou por mais de um milênio.
Carnegie, Dale. Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas
(Companhia Editora Nacional, 2016 [1937]). O livro que ensi-
nou os americanos a sorrir.
Castiglione, Baldassare. O Cortesão (WMF Martins Fontes,
2019 [1528]). O livro que definiu o Código de Honra do Cava-
lheiro.
Craveri, Benedetta. The Age of Conversation (New York Revi-
ew of Books, 2005). Um estudo dos salões franceses e da
conversação da classe alta sob o ancien régime (antigo regime
francês).
de Toqueville, Alexis (Julia da Rosa Simões, tradutora). A
Democracia na América (Edipro Edições Profissionais Ltda,
2019 [1835-1840]). O estudo de um aristocrata francês sobre
costumes e instituições americanas no início do século XIX.
Fussell, Paul. Class: A Guide through the American Status
System (Touchstone, 1992). Um guia engraçado, mas não ex-
clusivamente humorístico, para as classes sociais americanas
vinte anos atrás.
Goffman, Erving. A Representação do eu na vida cotidiana
(Editora Vozes, 2014 [1956]). O livro que fundou a sociologia
dramatúrgica, uma abordagem que vê a sociedade como um
palco e a vida como uma performance.
Heinlein, Robert A. Take Back Your Government (Baen,
1992). O guia do escritor de ficção científica para a política
BIBLIOGRAFIA
prática, baseado em suas próprias experiências na década de
1930.
Luttwak, Edward N. Coup d’État: A Practical Handbook
(Harvard University Press, 1979). Métodos para tomar o con-
trole de um governo.
Machiavelli, Niccolò. O Príncipe (Edipro Edições Profissio-
nais Ltda., 2018 [1532]). O livro que nos deu o adjetivo
"Maquiavélico" e a ideia de manipulação política para seu pró-
prio bem.
Martin, Judith. Miss Manners’ Guide to Excruciatingly
Correct Behavior, Freshly Updated (Norton, 2005 [1983]). Você
sabia que existe um livro de regras para a vida cotidiana na so-
ciedade americana? A abordagem de Martin não é apenas
claramente explicada, mas incrivelmente divertida.
Milgram, Stanley. Obedience to Authority: An Experimental
View, reprint edition (Harper Perennial, 2009 [1974]). Um dos
grandes estudos da psicologia social, sobre os mecanismos psi-
cológicos que levam pessoas comuns a realizar ações
monstruosas.
Olson, Mancur. A Lógica da Ação Coletiva: os Benefícios
Públicos e uma Teoria dos Grupos Sociais (Edusp, 2015 [1965]).
Uma análise econômica do processo pelo qual interesses espe-
ciais passam a dominar governos e outras grandes
organizações.
Robert, Henry M., III. Robert’s Rules of Order, classic edition
(Filiquarian, 2007 [1876]). Regras para conduzir uma reunião
formal.
Stone, I. F. O Julgamento de Sócrates (Companhia de Bolso,
2005 [1989]). Um estudo do antigo sistema judicial ateniense
e como Sócrates convenceu-se a uma sentença de morte.
Veblen, Thorstein. A Teoria da Classe do Lazer (Actual, 2018
[1899]). Um dos primeiros grandes livros sobre sociologia
americana, explorando as origens culturais dos costumes da
classe alta.
Mas, para que um príncipe
possa conhecer o ministro,
existe um método que não falha.
Quando vires o ministro pensar
mais em si do que em ti, e que
em todas as ações procura o seu
interesse próprio, podes concluir
que este jamais será um bom
ministro e nele nunca poderás
confiar.
– Nicolau Maquiavel,
O Príncipe
99
LIVROS (OUTROS)
Esses títulos incluem poemas, peças teatrais e outras obras
literárias.
Homero. A Odisseia. Um relato épico da viagem de volta
para casa de um herói grego famoso por sua mente astuta e
língua persuasiva.
Kipling, Rudyard. Departmental Ditties, incluído na coleção
Complete Verse. Escrito na juventude de Kipling, e incluindo
muitos retratos satíricos da sociedade anglo-indiana.
Molière. Le Bourgeois gentilhomme [O Cavalheiro da Classe
Média]. Uma comédia teatral sobre o conflito das classes soci-
ais na França monárquica.
Pope, Alexander. The Rape of the Lock. Um épico simulado
sobre uma disputa social entre duas respeitáveis famílias in-
glesas.
Sei Shonagon. O Livro do Travesseiro. Uma coleção de pe-
quenos escritos pessoais de uma senhora da corte Imperial no
Japão antigo. Muito parecido com um blog, muitas vezes incri-
velmente sarcástico e nitidamente observador.
Shakespeare, William. Otelo. O vilão, Iago, pode ser o perso-
nagem mais manipulador de Shakespeare.
Shaw, George Bernard. Pigmalião: Um Romance em Cinco
Atos. Uma pobre garota londrina encontra seu caminho para
as classes respeitáveis através do treinamento da fala. Veja
também Minha Bela Dama (abaixo).
QUADRINHOS
Mori, Kaoru (William Flannagan, tradutor). A Bride’s Story
(YenPress, 2011 [2009]). Situado na Ásia Central do século
XIX em uma comunidade turca com detalhes culturais cuida-
dosamente pesquisados. Explora as tensões entre
comunidades com costumes diferentes, e o namoro dentro de
um casamento arranjado que é o foco dessas tensões. Original-
mente publicado como Otoyomegatari.
Moore, Terry. Estranhos no Paraíso (Devir Livraria,
2018-2021 [1993-2007]). Parte, uma história de "fatia de vida"
sobre o vínculo emocional entre duas jovens e suas complica-
ções; parte um retrato noir de uma organização criminosa
secreta que usa prostitutas altamente treinadas para manipu-
lar o governo dos Estados Unidos. A caracterização é
complexa e a arte é impressionante.
Qualquer picareta decente saberia que - armas
pequenas sempre ficam no canto esquerdo do lugar
de montagem.
– Inara, em Firefly #1.12
100 BIBLIOGRAFIA
FILMES
O Gângster (Ridley Scott, 2007). Um filme policial sobre a
ascensão de um empresário criminoso no comércio de heroí-
na, a investigação de um policial sobre o tráfico de drogas – e
a polícia corrupta de Nova York, que é inimiga de ambos.
Noiva e Preconceito (Gurinder Chadha, 2004). Uma versão
Bollywoodiana de Orgulho e Preconceito de Jane Austen (pág.
98), que é surpreendentemente fiel à história original.
O Pacto dos Lobos (Christophe Gans, 2001). Um naturalista
investigando histórias de uma enorme fera, que aterroriza
uma província francesa, descobre evidências de uma conspira-
ção secreta.
A Gaiola das Loucas (Édouard Molinaro, 1978). Um casal
gay tenta parecer hétero quando o filho de um deles traz os
pais conservadores de sua noiva para jantar.
Ligações Perigosas (Stephen Frears, 1988). Um drama de
manipulação social em uma sociedade aristocrática, focado
nos esforços de um nobre entediado para seduzir duas mulhe-
res mais jovens.
O Sucesso a Qualquer Preço (James Foley, 1992). Vendedores
de imóveis competem com as vendas de tomates, com seus
empregos em jogo. A ação inclui vários estratagemas sociais,
incluindo a criação de uma persona, táticas de vendas manipu-
ladoras, suborno e chantagem.
Jejum de Amor (Howard Hawks, 1940). Um editor de jornal
tenta fazer com que sua repórter principal volte ao trabalho,
em vez de se casar, envolvendo-a na cobertura de uma história
de crime.
Os 4 Picaretas (Peter Yates, 1972). Um filme de assalto em
que os criminosos sofrem uma longa série de contratempos
cômicos ao levar o saque de uma exposição de museu ao seu
comprador pretendido.
As Irmãs Makioka (Kon Ichikawa, 1983). Um drama famili-
ar sobre as fortunas fracassadas de uma rica família japonesa,
na sociedade em mudança da década de 1930.
Mississípi Masala (Mira Nair, 1991). Um drama de conflito
intercultural entre um negro e a família da mulher indiana por
quem ele se apaixona.
Minha Bela Dama (George Cukor, 1964). Um musical basea-
do em Pigmalião de Shaw (acima).
A Bela do Palco (Richard Eyre, 2004). Uma jovem ambiciosa
na Restauração Inglesa busca o direito de aparecer no palco,
contra a oposição de um aclamado ator especializado em par-
tes femininas.
 Golpe de Mestre (George Roy Hill, 1973). Um filme de assal-
to em que dois vigaristas decidem separar um chefe da máfia
dos anos 1930 de seu dinheiro, em uma versão elaborada do
longo golpe.
Taxing Woman, A [Marusa no onna] (Juzo Itami, 1987). Uma
comédia espirituosa sobre as estratégias de uma cobradora de
impostos para provar que um homem rico tem renda não de-
clarada.
Vatel - Um Banquete para o Rei (Roland Joffé, 2000). Um
olhar sobre a aristocracia francesa, antes da Revolução, do
ponto de vista do chefe dos servos de uma casa aristocrática –
e os problemas de bastidores que ele tem que resolver para sus-
tentar o prestígio da casa.
TELEVISÃO
Alias - Codinome Perigo (J. J. Abrams, 2001-2006). Deixando
de lado as cenas de ação, a heroína e seus aliados passam mui-
to tempo usando identidades falsas e interpretando papéis. A
dinâmica interna de uma equipe de agentes também é bem
tratada.
Dexter (James Manos, Jr., 2006-). O ponto de vista do perso-
nagem, um assassino em série que tem como alvo outros
assassinos em série, é instrutivo de assistir precisamente por-
que ele não tem uma compreensão intuitiva do
comportamento social humano e precisa interpretá-lo.
Firefly (Joss Whedon, 2002). As aventuras da tripulação de
uma nave espacial que passam a maior parte do tempo, em seu
futuro, em interações sociais de todos os níveis, do mais alto
ao mais baixo.
Genshiken (Takashi Ikehata, 2004). Uma série de anime so-
bre as relações entre os membros de um clube universitário de
fãs de anime.
Jeeves and Wooster (Clive Exton, 1990-1993). Jeeves é um
mestre do Trato Social (Servo), entre muitos outros talentos.
Acerto de Contas (John Rogers e Chris Downey, 2008-2012).
Uma série de assalto cujos protagonistas usam suas habilida-
des criminosas para ajudar vítimas de irregularidades.
BIBLIOGRAFIA
Inventando a Verdade (Matthew Weiner, 2007-2015). Um
olhar quase de ficção científica sobre o mundo alienígena do
início dos anos 1960, focado na política organizacional de uma
agência de publicidade da Avenida Madison.
Suzumiya Haruhi no Yūutsu (Tatsuya Ishihara, 2006, 2009).
Um bom exemplo do ensino médio como cenário, focando em
cinco estudantes japoneses com personalidades muito diferen-
tes, quatro dos quais também têm habilidades fantásticas de
quatro fontes distintas.
Mentalista, O (Bruno Heller, 2008-2015). Uma série de pro-
cedimentos policiais focados em um "médium" aposentado
que é extraordinariamente bom em perceber e interpretar de-
talhes psicológicos e sociais.
Estética (Ryan Murphy, 2003-2010). O tema de continuida-
de desta série sobre dois cirurgiões plásticos é o contraste
entre a ilusão e a realidade – tanto na aparência física quanto
nos papéis sociais.
Upstairs, Downstairs (Jean Marsh e Eileen Atkins,
1971-1975). Uma série dramática em grande parte ambientada
dentro de uma família britânica de classe alta, com enredos
paralelos sobre a família e os funcionários.
Veronica Mars: A Jovem Espiã (Rob Thomas, 2004-2007).
Esta detetive do ensino médio opera em um ambiente noir
onde quase todos são corruptos e manipuladores – mas ela é
melhor nisso do que qualquer outra pessoa.
Escuta, A (David Simon, 2002-2008). Uma série sobre explo-
rações de organizações disfuncionais em uma cidade
americana moderna e como as pessoas dentro delas lidam
com os problemas que criam.
Yes, Minister (Antony Jay and Jonathan Lynn, 1980-1982,
1984). Um membro do Parlamento britânico é nomeado para
um cargo no Gabinete e enfrenta uma luta contínua contra a
resistência de seus subordinados do serviço público à mudan-
ça. A série seguinte, Yes, Prime Minister (1986-1988), tem temas
semelhantes.
101

Aceno Convincente, estilo, 94.
Agendas secretas, 60.
Ajuda, pedindo, 33, 56, 65, 82;
resultados para pedidos, 90.
Aliados, vantagem, 49–50; adquirindo um
novo, 49; aventuras e, 8; terminando
o relacionamento, 51.
Aliens, comunicações, 52; interações, 52;
percepção social, 52; veja também
Racial, Sociedades Estrangeiras.
Altura, impressões e, 24.
Amobarbital, 66.
Ampliação, nova, 95.
Anarquia, 20.
Andrógino, qualidade, 93.
Animal de Festa, qualidade, 95.
Aparência, características, 21, 51–52;
qualidades, 93.
Aparência Passável, qualidade, 93.
Aparência pública, cultivando uma
persona, 72–73.
Aproximabilidade, julgando, 30.
Árbitro Social, qualidade, 94.
Aristocrático, campanhas, 10–11; títulos,
15–16.
Arte Erótica, perícia, 34.
Atividades clandestinas, encontrando,
26, 28.
Atravessadores, 28.
Atribuição, Status e, 18.
Aventuras, cenas e subtramas, 7;
encontrando, 8; encontros casuais, 8;
ganchos, 8; incidentes sociais, 7;
interação como apoio a trama, 8;
realizando uma, 9; usando históricos
de personagens, 8; veja também
Campanhas.
Bem-Informado, qualidade, 95.
Bibliografia, 98–101.
Bom Samaritano, jogo de enganação, 44.
Bookend, histórias, 8.
Brasões/Emblemas, especialidade de
Heráldica, 96.
Bravata de Gângster, qualidade, 94.
Caça Talentos, qualidade, 95.
Campanhas, dicas, 87; foco político, 10;
mecanismos distanciados, 12; níveis
de interação nas, 6–7; recompensas,
19; temas, 9–11; veja também
Aventuras.
Campanhas de ociosidade, 11.
Campanhas escolares, 9.
Campanhas mercantis, 10.
Campanhas políticas, 10.
Campanhas turísticas, 11.
Captura, por organizações, 63.
102
ÍNDICE
Características Clássicas, qualidade, 93.
Características sociais, cinematográficas,
7; como recompensa, 19; exóticas,
51–53; paralelas, 13.
Cargo Público, qualidade, 94.
Carisma, vantagem, 21; bônus de, 31,
38–39, 61–62; Seletiva, exemplo, 93.
Carreiras, veja Empregos.
Cartéis, 79.
Casta, sociedade, 20.
Chantagem, 59.
Cidadania, qualidade, 94.
Círculos internos, entrando, 70.
Clã, sociedade, 20.
Clericato, vantagem, 20.
Código de Honra do Prisioneiro, 95.
Código de Honra, desvantagem, 95.
Você não se veste da melhor forma, e a natureza
não lhe deu um rosto tão bonito. Mas querida,
você tem o que é preciso.
– Marv Johnson, "You Got What It Takes"
Colônia, 20.
Coloração, impressões e, 24.
Combate, atraindo agressividade, 83;
começando, 82–83; evitando, 83;
provocando, 82–83; testes de reação,
81.
Comércio, perícia, 30, 55; bônus para, 32
estilo e, 22; pechinchando, 32; perícia
curinga relacionada, 96; prisões e,
65; transações comerciais, 27, 37,
40, 57, 78.
Companheiros aventureiros, 49.
Companhia, encontrando, 28.
Compleição Passageira, qualidade, 93.
Comportamento ofensivo, 24; veja
também Hábitos Detestáveis,
desvantagem.
Compradores, encontrando, 27.
Computadores, obtendo acesso, 57.
Comunidades, encontrando, 70.
Conectado, qualidade, 94–95.
Confiança, gerando, 47–48.
Conhecimento Oculto, perícia, 95.
Connoisseur, perícia, 95.
Conquista, status e, 18.
Contatos, vantagem, 49, 92; aventuras e,
8; como atravessadores, 28; como
governo, 79; como informantes,
ÍNDICE
27–28; organização, 59, 63; prisões
e, 65–66; subornos e, 58; terminando
o relacionamento, 51; usando, 20,
51, 69.
Contrato social, 6–7.
Cortejo, 48; veja também Romance.
Costumes, estrangeiro, 8, 12.
Credenciais falsificadas, 46.
Cunho, especialidades de Heráldica, 96.
Custo de Vida, 22–24.
Debate, 41.
Democracia, 20.
Democracia ateniense, 20.
Democracia representativa, 20.
Dependentes, desvantagem, 50, 95;
aventuras e, 8; terminando o
relacionamento, 51.
Desvantagens, 95; ofensivas, 24.
Dialética, 41.
Diplomacia, perícia, 35–36, 77–78;
alianças e, 77; chantagem e, 59;
lutando e, 83; perícia curinga
relacionada, 96; políticas e, 75–76;
qualidade relacionada, 94; usando
com grupos, 69–70; usando com
indivíduos, 31, 39, 47–48; usando
com organizações, 57, 61.
Discursando, 71.
Disputas, 41.
Distrações, criando, 42, 83.
Ditaduras, 20.
Divertido, Reconhecimento Social, 92.
Drogas, 66.
Empregados, 9, 50; veja também
Organizações.
Empregos, campanhas, 9–10, 12; estando
no comando, 61; mantendo, 60–61
obtendo, 59; procurando, 27;
promoção, 61.
Encontre a Dama, jogo de enganação,
44.
Enganação, 42–46.
Engenharia social, hacking de
computador e, 57.
Entretenimento, 72.
Escárnio Arrogante, qualidade, 94.
Escravos, 50; lealdade, 46–47.
Esforços de Equipe, 39–40.
Espionagem, 59.
Estabilidade no Emprego, vantagem, 20.
Estado corporativo, 20.
Estendendo campanhas, 11.
Estilo, roupas, 22.
Estilos, 7, 37, 93–94.
Estilos Influentes, 7, 37, 93.
Fala Mansa, qualidade, 95.
Falso!, perícia curinga, 96.
Familiaridade Cultural, vantagem, 12.
Famílias, alianças, 77; custo de vida, 22.
Famílias, procurando, 70.
Fator de custo, roupa, 22.
Favor, vantagem, como recompensa, 19.
Feudal, sociedade, 20.
Fica Bem de Uniforme, qualidade, 93.
Fisiologia, efeitos em interações, 52–53.
Flunitrazepam, 66.
Fotogênico, qualidade, 93.
Funcionários, procurando, 26.
Gagueira, desvantagem, 22.
Generosidade, 71.
Governo, repartições públicas, 55–56;
tipos, 20.
Governo militar, 20.
Grupo de Contato, vantagem, 62–63,
70, 80.
Grupos, com liderança formal, 40; com
um artista em foco, 40; influência
direta, 71–73; influência indireta,
73–74; sem líder, 39–40; veja também
Turbas, Famílias, Organizações,
Multidões.
Guerra psicológica, 74.
GURPS, 5, 7, 9, 12–13, 14, 17, 24,
26, 43, 46, 59, 76, 87; Action 1:
Heroes, 5, 62; Action 2: Exploits,
5; Caravana para Ein Arris, 10;
Cidades, 29, 58, 65; Combate em
Massa, 77; Dungeon Fantasy 2:
Dungeons, 5; Fantasy, 20; High-
Tech, 32; Horror, 5, 6; Low-Tech,
31, 55; Low-Tech Companion 1:
Philosophers and Kings, 20, 34;
Low-Tech Companion 3: Daily
Life and Economics, 10; Magia, 6;
Módulo Básico, 5, 33, 43;
Mundos Infinitos, 13; Mysteries,
Cuidado com seus modos, filho! Tenho um chapéu pontudo!
Status, garoto! Você pode discutir comigo, mas não pode discutir
com o status!
– Elrod, em Cerebus, o Aardvark #4
5, 36; Poderes, 6, 13, 21; Power-
Ups 2: Perks, 5; Space, 52;
Traveller: Interstellar Wars, 5;
Ultra-Tech, 32; veja também
Transhuman Space.
Hábitos Detestáveis, desvantagem, 95;
efeitos, 85; exemplo, 23–24.
Henry VIII, 16.
Heráldica, perícia, 96.
Hierarquia de Guilda, vantagem, 17–18.
Hierarquia do Crime Organizado,
vantagem, 18.
Hierarquia Honorária, vantagem, 15.
Hierarquia Mágica, vantagem, 18.
Hierarquia, vantagem, 14–20, 22–23;
benefícios de, 62–63; benefícios de
variantes, 63; convergindo, 16;
custos variantes de, 17;
determinando, 29–30; estrangeira,
29; falando livremente e, 7; novas,
17–18; números variantes de, 16–17;
sociedade/governo e, 20; Status
como, 17.
Iconografia Religiosa, especialidade de
Heráldica, 96.
Identidades falsas, 44–46.
Importunadores, 71.
Impressões, características que afetam,
21; qualidades, 24.
Imunidade Legal, vantagem, 20.
Informação, dando, 33–34, 57; pedindo,
33, 55, 57–58, 62, 65, 69;
resultados para pedidos, 90.
Informantes, procurando, 27–28.
Inimigos, aventuras e, 8; organizacional
interno, 63; organizações como,
63–66; terminando o
relacionamento, 51.
Insígnias e Uniformes, especialidade de
Heráldica, 96.
Insinuar, técnica, 97.
Insultando, 82–83.
Insultos, 41–42.
Interação social, cinematográfica, 7.
Interações, reações gerais, 31.
Intermediários, 28.
Interrogatório, 64; drogas e, 66.
Intimidação, perícia, 36, 81–82; animais
e, 43; distrações e, 43; interrogatório
e, 64; jogos de enganação e, 44;
lutando e, 83; manipulação e, 43;
qualidades relacionadas, 94–95;
ÍNDICE
rivalidade econômica e, 78–80;
turbas e, 86; usando com indivíduos,
39, 47–48; usando com
organizações, 57.
Investidores, procurando, 55.
Ironia, técnica, 97.
Jogo das Conchas, 44.
Jogos de confiança, 44.
Julgamentos legais, 64–65.
Lábia, perícia, 35; alianças e, 77–78;
chantagem e, 59; distrações e, 42, 83;
identidades falsas e, 46; intimidação
e, 82; jogos de enganação e, 44;
lutando e, 82–83; manipulação e,
43–44; mentiras e, 43; perícia
curinga relacionada, 96; qualidade
relacionada, 94; turbas e, 86; usando
com grupos, 69; usando com
indivíduos, 30–31, 39, 41, 48;
usando com organizações, 57, 61.
Lavagem cerebral, 66.
Lealdade, 46–47; em jogo, 51; resultados,
91.
Legislação, 76.
Licença, qualidade, 95.
Limitação, nova, 92.
Logos Corporativos, especialidade de
Heráldica, 96.
Luta, veja Combate.
Macro-sociedades, 13.
Manha, perícia, 35–36; identidades falsas
e, 45; lutando e, 82–83; perícia
curinga relacionada, 96; prisões e,
65; qualidade relacionada, 94; rumor
e, 69; suborno e, 58; usando com
grupos, 70, 72; usando com
indivíduos, 27–30, 42, 47; usando
com organizações, 55, 57.
Manipulação, 43–44.
Marcas Fáceis, 7.
Marketing viral, 74.
Mecanismos Distanciados, 12.
Memética, aplicada, 74; Perícia
Abrangente, 96; Talento, 92.
Mentiras, 43.
Mercenário Político, qualidade, 95.
Mestres, encontrando, 49.
Mídia, amostragem, 69.
Mini-sociedades, 13.
Monopólio, econômico, 79.
Monte de Três Cartas, jogo de
enganação, 44.
103
Motim, 86.
Motivos, determinando, 30.
Multidões, humor das, 67; interagindo,
72; veja também Turbas, Famílias,
Organizações, Grupos.
Mundos de lambris, 12.
Mundos exóticos, 12.
Não-humanos, veja Aliens, Racial,
Sociedades Estrangeiras.
Negociador!, perícia curinga, 96.
Olhar temível, qualidade, 94.
Organizações, encontrando, 54–56;
entrando, 56; hostis, 63–66;
influenciando, 57; inimigos internos,
63; relacionamentos contínuos,
59–63; reputação, 62; testes de
reação, 56; vantagens de
relacionamento, 63; veja também
Empregos.
Pan-ópticos, 63.
Pânico, 85.
Papel Ensaiado, qualidade, 95.
Patronos, vantagem, 49, adquirindo um
novo, 49; aventuras e, 8; econômico,
79; organização, 63; terminando o
relacionamento, 51.
Pechinchando, 32–33.
Percepção social, 29, 31; alien, 52.
Perícia Abrangente, 96.
Perícias, 95–96; complementares, 25, 37,
57; curingas, 96.
Perícias complementares, 25, 37, 57.
Perícias curingas, 7, 96.
Perícias de influência, 35–36; substitutas
para, 37; usada sem palavras, 36.
Período liminar, 13.
Permissão de Segurança, vantagem, 20.
Personagens, características
recomendadas, 10–11, 24, 61.
Peso, impressões e, 24.
Pesquisas de opinião, 68–69.
Pessoas, aprendendo detalhes sobre, 29;
encontrando, 26, 29.
Poder de Influência (característica), 21.
Poderes Legais, vantagem, 20.
Política, administrativa, 75; alianças,
77–78; campanhas, 10; eleitoral,
75–76; interagindo com a plateia, 72;
revolucionária, 76–77.
Por Dentro da Moda, vantagem, 92; estilo
e, 22; modificadores de, 35, 45, 72,
95; procurando e, 28; qualidade
relacionada, 93.
Pose Sensual, qualidade, 94.
Posição social, 14, 20.
Presença virtual, 38.
Prisão, 65–66.
Prisioneiro Espanhol, jogo de
enganação, 44.
Procuras, por famílias e comunidades, 70;
por organizações, 54–56; por pessoas,
26–29; por um mestre, 49; secretas,
26.
104
Propaganda, 73–74; veja também
Publicidade.
Propaganda, perícia, chantagem e, 59;
economia e, 79–80; manipulação e,
44, 72; motins e, 86; perícia curinga
relacionada, 96; políticas e, 75–77;
procurando e, 26–27, 55; realidade
aumentada e, 39; técnica, 97.
Prostitutas, 28.
Psicologia, perícia, 96; chantagem e, 52,
59; determinando a opnião pública e,
68–69; determinando os motivos, 30;
determinando os relacionamentos,
30; guerra psicológica e, 74; lavagem
cerebral e, 66; lutando e, 83;
manipulação e, 44, 60, 77;
penalidades raciais para, 53; perícia
curinga relacionada, 96; políticas e,
76–77; questionando e, 64; técnica,
97.
Psicólogo!, perícia curinga, 96.
Publicidade, 73–74; testes de procura e,
73; usando em procuras, 27, 55; veja
também Propaganda, perícia.
Quadros de história, 7.
Qualidade vocal, 22.
Qualidades, 93–95; sociais, 94.
Qualidades de posição, 94.
Qualidades sociais, 94.
Questionando, por organizações, 64.
Racial, aparência, 51–52; reputações, 53;
veja também Aliens, Sociedades
Estrangeiras.
Rastreador, qualidade, 95.
Reação, resultados, combate iminente,
88; confrontos com autoridades, 88;
contratação, 89; lealdade, 91;
obtendo acesso, 89; pedido de
informação, 90; pedidos de ajuda, 90;
reação geral, 88; recreação, 91;
resposta à informação, 90; sedução,
91; transações comerciais, 89.
Reação, testes, combate e, 81; dando
informações, 33–34; organizações,
56–57; pedidos de ajuda, 33; pedidos
de informação, 33; reações gerais, 31;
recreação, 34; resultados, 88–91;
romance, 34–35; transações
comerciais, 31–33; visão geral,
31–35.
Realidade aumentada, interagindo, 39.
Reconhecimento Social, vantagem, 92;
Estigma Social e, 19–20, 30.
Recreação, reações, 34, 91.
Recursos físicos, impressões e, 24.
Reivindicar Hospitalidade, vantagem, 20.
Relacionamentos. veja Relacionamentos
pessoais, Organizações.
Relacionamentos involuntários, lealdade,
47–48.
Relacionamentos pessoais, 46, 51;
abandonados, 51; combinados, 51;
contínuos, 51; determinando, 30–31;
ÍNDICE
gerando confiança, 47–48; interação
indireta, 38–39; vantagens, 48, 51.
Relacionamentos sexuais. veja Romance.
Relutante, ampliação, 95.
Rendição, negociada, 84.
Reputação Trivial, qualidade, 94.
Reputação, característica, 18–19, 31;
como recompensa, 19, 79;
encontrando pessoas e, 28;
ganhando, 23, 73; Hierarquia e, 17;
interações pessoais e, 41, 47,
55, 60–61; organizações e, 62, 79;
políticas e, 77; prisioneiros e, 66;
qualidade, 94; racial, 53; Status e, 23.
Resistente, vantagem, 92.
Riqueza, característica, 15.
Rivalidade comercial, 40.
Rivalidade econômica, 78–80.
Rohypnol, 66.
Romance, 34–35, 48; aliens e, 52;
campanhas, 10–11; resultados de, 34;
resultados de sedução, 91; rivalidade,
42; veja também Sex Appeal, perícia.
Roosevelt, Franklin Delano, 16.
Rosto Esquecível, qualidade, 93.
Roupa, estilo, 22.
Rumor, 69.
Sedução, 34, 42; resultados, 91.
Seletiva, limitação, 92–93.
Senhas, obtendo, 57.
Senso do Dever, desvantagem, 50–51.
Separando, técnica, 97.
Serviçal, campanhas, 10; especialidade de
Trato Social, 10, 36, 45; Hierarquia,
vantagem, 18; veja também Trato
Social, perícia.
Serviços, encontrando, 55.
Sex Appeal, perícia, 22, 36; combate e,
83; como perícia complementar, 24,
35, 37, 57; qualidade, 94;
relacionamentos pessoais e, 28, 30,
38–39, 42; usando com multidões,
72; usando com organizações, 57,
61; usando em jogos de confiança,
44.
Sindicatos, 79–80.
Socialista, sociedade, 20.
Sociedade de referência, 12.
Sociedades estrangeiras, 8, 12. veja
também Aliens.
Sociometria, técnica, 97.
Sódio Pentotal, 66.
Soro da verdade, 66.
Sorriso Desarmante, estilo, 94.
Stalin, Joseph, 16.
Status Oculto, qualidade, 94.
Status, característica; aventureiros e, 23;
benefícios de, 70–71; custo de vida e,
22–24; determinando, 29;
equilibrando com Hierarquia, 15;
estrangeiro, 29; exemplos de nível,
23; falando livremente e, 7;
Hierarquia e, 15, 17; modificador
 geral de reação, 31; organizações e,
62; sociedade/governo e, 20; variante,
18; visão geral, 15.
Suborno, 33, 56–59; como presente,
34–35, 42; empregos e, 59, 61;
orçamento para publicidade e, 27;
políticas e, 76; prisões e, 65.
Sutileza, 43.
Tabelas, Aliados, 50; assistência, 62; custo
de item, 27; Dependentes, 50; estilo,
22; generosidade, 71; lealdade
involuntária, 47; reação, 88–91;
Status, 71; suborno, 58; tamanho da
organização, 54; tamanho de cidade,
26; testes de Influência expandidos,
36.
Tags de Grafite, especialidade de
Heráldica, 96.
Talentos, 92.
Tática, perícia, distrações e, 83.
Técnicas, 97.
Tecnocracia, 20. 96; prisões e, 65; qualidade
Teocracia, 20. relacionada, 94; suborno e, 58;
Testes de influência, 35–38; competitivos, usando com grupos, 70, 72; usando
40–42; contra os PdJs, 37; com indivíduos, 28–30, 39, 42,
expandidos, 36; situações inúteis, 47–48; usando com organizações,
37–38. 55–57, 61.
Texto, interações usando, 39. Tribal, sociedade, 20.
Texugo, jogo de enganação, 44. Turbas, 84–86; ação, 84–86; ordem de
Tipos de sociedade, 20. execução, 86; pacificação, 86;
Título Honorário, qualidade, 94. provocando, 86.
Tornando-se Viral, técnica, 97. Uniformes Esportivos, especialidade de
Totalitarismo, 76. Heráldica, 96.
Trabalho. veja Empregos. Vantagens, 48–51, 63, 92; sensoriais, 52;
Trabalho em Equipe, qualidade, 95. usando em aventuras, 8; úteis em
Transações Comerciais, 31–33, 56–57; campanhas, 9–11.
resultados de reação, 89. Victoria, Rainha, 16.
Transhuman Space, 74; Changing Voz Irritante, desvantagem, 22.
Times, 5; veja também GURPS. Voz Melodiosa, vantagem, 22; impressões
Trato Social, perícia, 36; distrações e, 43; e, 24.
identidades falsas e, 45–46; lutando Voz, interações apenas com, 38.
e, 83–84; perícia curinga relacionada, Zombaria, 41–42.

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● Edições digitais de clássicos esgotados, de

Orcslayer e a coleção completa da ADQ
até GURPS China e GURPS Ice Age.

● Arquivos totalmente pesquisáveis de

suplementos GURPS Quarta Edição.

● Material original para Transhuman Space

e In Nomine, com novo suplementos para
GURPS de Phil Masters, David Pulver, Sean
Punch e William Stoddard!

● Compre uma vez, possua para sempre. STEVE JACKSON GAMES

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precisar. e23.sjgames.com

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STEVE JACKSON GAMES

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Warehouse 23 também é o varejista oficial na Internet da Dork Storm Press, Atlas Games e muitas outras editoras.
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ÍNDICE 105
Seja Mais
Sociável!
Desde o início dos tempos, os humanos contam
com habilidades sociais para sobreviver, prosperar
e garantir a continuação da espécie. No entanto,
essas interações têm sido tradicionalmente
abordadas com muito menos regras do que o
combate e outros desafios físicos. GURPS
Engenharia Social muda tudo isso.
Este suplemento fornece regras detalhadas para
cada tipo de interação social comum. Agora é fácil
interpretar um herói encantador, enganador,
intimidador ou espirituoso, mesmo que você não
seja! Além de uma ampla visão geral sobre as
possibilidades de interações sociais em uma
campanha, este suplemento inclui um exame
detalhado dos traços sociais; sistemas para
interações um-a-um; uma análise detalhada dos
testes de reação; detalhes sobre enganação; regras
para construir relacionamentos; regras para organizações hostis; sistemas para influenciar grupos
de pessoas; e discernimentos sobre medidas mais contundentes.
Esteja você extorquindo um punk para obter informações, enganando para obter acesso a um
escritório de alto nível, cortejando a filha do governador ou desempenhando uma função
diplomática vital, GURPS Engenharia Social tem regras e ferramentas que você pode usar. É um
mundo social; faça parte disso!

GURPS Social Engineering requer o GURPS Módulo Básico, Quarta Edição.

Por William H. Stoddard Editado por Jason “PK” Levine

Capa por Dom Critelli, Newsteach, and Warm Tail Ilustrado por Paul Daly, Eric Hotz, e Joyce Maureira
Traduzido e Diagramado por PuTaH_cLuBbEr_MoR