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DOI: 10.1590/1984-9230795
Amon Barros*
Abstrato
Resumo
609
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Amon Barros
Introdução
que discute como abordar e operacionalizar o conceito de arquivo durante a pesquisa em três
companhias aéreas. No entanto, por se tratar de uma subárea relativamente pequena, é
compreensível que poucos textos reflitam detalhadamente sobre a metodologia e os métodos
históricos nos estudos de gestão e organização, principalmente no que se refere ao uso de
arquivos. Na maioria dos casos, os trabalhos limitam-se a relatar o processo que permite o
acesso ao arquivo e, por vezes, a metodologia e técnicas auxiliares de classificação e análise
de dados.
A ampliação da capacidade de armazenamento de informações aumentou o número
potencial de fontes disponíveis para estudo, mas não eliminou a necessidade de decidir o que
deve ser deixado de fora de um arquivo (FEATHERSTONE, 2000). Ao decidir arquivar (ou
descartar), a função de um arquivista que trabalha em uma organização dedicada à manutenção
de arquivos tornou-se mais abrangente, pois a capacidade de armazenar informações, por sua
vez, tornou-se mais disseminada. No entanto, os dados ausentes e a “veracidade” dos dados
presentes são inerentes aos estudos arquivísticos: um julgamento sempre terá que ser feito
sobre o que será, ou não, preservado e isso não mudou com o advento da internet.
O Arquivo, arquivos
Amon Barros
Delmas (2001) afirma que as discussões sobre os arquivos só começaram a assumir um aspecto científico
em meados do século XX, o que explica porque os debates só recentemente começaram a influenciar outras
disciplinas (MANOFF, 2004). Stoler (2009) aponta que se apenas uma perspectiva mais rigorosa for considerada, o
“arquivo” se refere a uma instituição ou ao conjunto de documentos que ela detém. No entanto, o significado da
palavra “Arquivo” ampliou-se e passou a referir-se a uma invocação metafórica que remete a um corpus
ou coleção de fontes.
Do ponto de vista de Schellenberg ([1956]2003, p. 13), definir o que constitui parte de um arquivo requer
uma análise sobre se os documentos “[...] eles foram criados no processo de realizar algum fim administrativo, legal,
comercial ou outro fim social definido, então eles são de qualidade arquivística potencial”. Schellenberg (2003)
destaca que o motivo pelo qual o material foi arquivado deve ir além da finalidade para a qual foi originalmente
designado ou do motivo pelo qual foi acumulado. O autor também afirma que o arquivo deve ser mantido para uso
de outras pessoas que não aquelas que produziram os objetos. “Além disso, sempre que manuscritos históricos
passam a fazer parte da documentação de uma atividade organizada [...] eles também podem ser considerados
arquivos” (SCHELLENBERG, 2003, p. 18).
Nessa visão, descrita como modernista por Cook (2012a), o papel das instituições que arquivam documentos
é selecionar itens, não por seus valores individuais, mas em relação a uma série que documenta uma produção
específica. Nessa perspectiva, os arquivos se desenvolvem “naturalmente” a partir das atividades de uma
determinada organização ou, em menor grau, de um indivíduo. A abordagem modernista questiona a ideia de que
há uma versão única na história refletida objetivamente pelos documentos, que pode ser invocada por um historiador
neutro e imparcial, mas não se debruça sobre as intenções que subjazem à produção de tais documentos. Em outras
palavras, aceita a ideia de que diferentes pontos de vista podem ser adotados para narrar um fato, mas difere da
perspectiva que emerge no pós-modernismo, pois não considera as “provas” documentais como resultado de
atividades localizadas no interior. relações de poder que dão forma e definem o discurso e as possibilidades de fazer
(e lembrar).
Cook (2012a, p. 15) critica o entendimento de Schellenberg e seus seguidores, pois, embora os modernistas
tenham criticado a singularidade da história, sugerindo que há possibilidades de interpretação (contrariamente à
noção de que um documento é uma reprodução de atos empíricos e fatos), eles não estão preocupados com a
natureza do documento ou o que ele representa (ou como ele poderia ser feito).
Neste texto, o Arquivo assume a definição de Cook (2012a), que, como sugere Stoler (2009), amplia o significado
do conceito para além de simplesmente vislumbrar os espaços (as organizações que arquivam) e o que eles contêm,
para uma metáfora relacionada a uma série de possibilidades de dizer (e fazer), que é, segundo Foucault (2008),
preservada nas relações de poder.
O pós-modernismo questiona a possibilidade de um documento ou arquivo ser percebido como algo “natural”
ou “orgânico”.
Assim, o Arquivo é construído a partir de práticas humanas e sujeito às vicissitudes que dão forma a essas
atividades. A flexibilização de como as fontes são definidas e utilizadas foi descrita por Foucault (2008) como um dos
desafios metodológicos da “nova história”.
O documento, então, não é mais para a história um material inerte através do qual ela tenta reconstituir o que os
homens fizeram ou disseram [...]
o próprio material documental unidades, totalidades, séries, relações. A história deve ser
desvinculada da imagem que por tanto tempo a satisfez e pela qual encontrou sua justificação
antropológica: a de uma consciência coletiva milenar que se valeu de documentos materiais
para refrescar sua memória; história é o trabalho despendido na documentação material
(livros, textos, contas, registros, atos, edifícios, instituições, leis, técnicas, objetos, costumes,
etc.) espontânea ou de forma conscientemente organizada (FOUCAULT, 2008, p. 7-8).
O Arquivo pode ser entendido como um legado de atividades já ocorridas, mas que não são mais
registros inscritos (e não necessariamente escritos).
Stoler (2002) afirma que o arquivo (incluindo os espaços físicos) não é apenas uma fonte de conhecimento, mas
também deve ser entendido como um objeto de reflexão, um tema a ser analisado por aqueles que se aventuram
a buscar conteúdos, um instrumento de conhecimento e poder construído na intersecção entre esses jogos
(STOLER, 2009). Ao tratar dos arquivos coloniais, Stoler (2002; 2009) enfatiza que estes podem ser entendidos
como monumentos erguidos por seus apoiadores para legitimar e refletir uma visão particular, acima de qualquer
outra.
Assim, para ir além de questionar a veracidade de um documento, é preciso pensar quais foram (e são)
seus usos, as possibilidades que ele abre, bem como os caminhos que se fecham. Para considerar o documento
como um monumento (FOUCAULT, 2008, p. 8), é fundamental poder compreender a dinâmica real que
possibilita sua preservação, pois “[o] documento não é a ferramenta afortunada de uma história que é
primariamente e fundamentalmente memória; a história é uma maneira pela qual uma sociedade reconhece e
desenvolve uma massa de documentação com a qual está inextricavelmente ligada”. Como observa Rago
(1995), os textos dos documentos não revelam o passado de forma alguma que “realmente” existiu.
Por sua vez, os arquivos “[...] como registros – exercem poder sobre a forma e a direção da erudição
histórica, memória coletiva e identidade nacional, sobre como nos conhecemos como indivíduos, grupos e
sociedades”. (SCHWARTZ & COOK, 2002, p. 2). Nesse sentido, devemos considerar os documentos, as
instituições e os sujeitos que os detêm, do ponto de vista da investigação.
Os documentos referem-se a enunciados que extrapolam e não estão relacionados apenas às regras
de arquivamento das instituições que os detêm ou das pessoas que os selecionam, mas também a um aparato
discursivo que permeia toda a sociedade (FOUCAULT, 2008). Os arquivos, e o direito de acesso a eles e aos
documentos que contêm, são produto de construções sociais que também são estabelecidas pelas necessidades
e valores de informação sustentados pelos governos e pela sociedade civil (SCHWARTZ & COOK, 2002). Sua
existência é afetada por aspectos materiais, como o desenvolvimento de tecnologias que impactam nos registros
que as pessoas produzem.
A relação com a construção e a preservação é um construto e também um signo que vai além dos
agentes individuais, como observa Derrida (1995). Há uma interação entre os responsáveis pelo arquivamento
dos documentos de uma organização (seja ele qual for) e os indivíduos, que também são influenciados pelo
contexto em que estão inseridos, para decidir o que deve ou não ser produzido, arquivado ou descartado.
Schwartz & Cook (2002) indicam que as forças sociais devem ser levadas em consideração, mesmo quando se
contempla a produção de um documento individual (independente de seu meio de registro, seja vídeo, fotografia
ou texto). Nesse caso, o documento é uma forma de mediação entre seu produtor e seu receptor, e seu registro
e disponibilização são mediados pelos responsáveis pelo arquivo.
Steedman (2009) sugere que, de fato, a noção do que é ou não é histórico é filtrada duas vezes. É a interação
do pesquisador com os dados que faz algo na história (ou narrativa).
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documentar uma ou outra atividade humana. Se antes apenas os “grandes nomes” tinham um arquivo que podia
se tornar público ou ser consultado, o aumento do tempo e das informações produzidas e transmitidas pela
internet fornece material de arquivo – geralmente nos servidores dos provedores de internet – sobre um
indivíduo no momento exato do registro3 Como observa Cook (2012a), o arquivista está sendo chamado a abrir
mão de sua posição passiva, na qual espera que um arquivo seja produzido e depois o preserve, para se tornar
um criador de arquivo.
Uma organização que arquiva em um espaço físico também perdeu o monopólio dos documentos que
mantém, uma vez que estes podem ser armazenados e agrupados por um número cada vez maior de pessoas
e organizações4. Para Featherstone (2000) o arquivo, para além de um espaço específico no qual se depositam
uma série de registros e minúcias culturais, é chamado a circunscrever todos os aspectos da vida cotidiana. “O
problema então se torna, não o que colocar no arquivo, mas o que se ousa deixar de fora” (FEATHERSTONE,
2000, p.
170). Esta questão sempre foi, ainda que implicitamente, verdadeira para os arquivos, mas adquiriu uma nova
dimensão, devido, em grande medida, aos vários meios técnicos de armazenamento e reprodução que surgiram.
arquivos na internet
Como afirmam Certeau (2000) e Foucault (2008), a escrita da história não se limita à coleta e coleta
mecânica dos fatos. É o efeito da posição do autor, do contexto em que está escrito e dos elementos que o
compõem. Certeau (2000) também ressalta a importância de todo o aparato técnico para a escrita da história,
que se modifica à medida que surgem novos meios e possibilidades de fazer. A partir de Derrida (1995), pode-
se afirmar que a internet e outros desenvolvimentos tecnológicos provocaram mudanças na constituição dos
arquivos e nas relações que as sociedades estabelecem com eles: “que não é mais arquivado, nem vivenciado
da mesma forma” (DERRIDA, 1995, pág. 18).
O surgimento da internet impôs mudanças no significado dos termos arquivo e arquivamento. Como
observam Gil e Elder (2012), onde antes uma condição essencial para um pesquisador de arquivo era o
deslocamento físico para arquivos mantidos por instituições, o atual aparato tecnológico permite que mais
pessoas acessem um conjunto documental disponível digitalmente ao mesmo tempo. Também permite que a
coleta seja realizada por meio de ferramentas eletrônicas que permitem, por exemplo, a busca ou a contagem
de uma palavra ou expressão. Assim, o pesquisador fica liberado da necessidade de ler cada documento,
levando a uma possível modificação, não apenas na forma como a pesquisa é realizada, mas também na
relação global do pesquisador com seus dados. A acessibilidade levanta outras questões, como a possibilidade
de sentir algum desconforto por não poder analisar os dados exaustivamente, explorando toda a sua
complexidade em todos os seus detalhes (FEATHERSTONE, 2000).
Relacionando essa noção com as demandas da pesquisa científica, é cada vez mais
importante a ideia de que todo objeto é construído e que essa construção (ou essa focalização)
sempre deixará de fora informações relevantes sobre o que está sendo estudado.
Featherstone (2006) aponta que a imensa quantidade de informações, armazenadas e
acessadas de forma desordenada, pode perder seu significado entre a massa de documentos
e outras fontes disponíveis na internet.
Mas, com o advento da digitalização, a sobrevivência e a usabilidade da cultura e da história
não precisam depender inteiramente da disponibilidade de espaço ou da composição física
das incorporações tangíveis originais da produção cultural, muito menos do orçamento de
qualquer instituição. Agora pode ser possível manter cópias de qualquer coisa que seja
considerada real ou potencialmente de importância cultural por séculos e fazê-lo em um meio
que, esperamos, seja comparativamente fácil de conservar e em um formato que possa ser
facilmente pesquisado. Em vez de beneficiar uns poucos afortunados, essas riquezas estariam
disponíveis para qualquer pessoa com acesso à Internet e um computador à sua disposição,
pelo menos quando os recursos fossem de domínio público (ZIMMERMAN, 2007, p. 993).
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para ligações com histórias narradas (MARQUES, 2007). Como confirma Marques (2007) ao falar dos arquivos
literários, os arquivos das empresas também são mediados por uma miríade de práticas discursivas que os permeiam.
A meta-reflexão sobre o propósito lógico dos arquivos que contêm documentos para estudo é um desafio adicional
para esse tipo de pesquisa.
Os arquivos que formam uma parte importante do que se estabelece como memória organizacional são a
fonte e o foco do conflito. Como afirmam Costa e Saraiva (2011, p. 1764) a respeito da formação da memória, esta é,
em parte, derivada das escolhas que os gestores fazem. No entanto, como aponta Coraiola (2013), trabalhadores e
outros agentes também podem registrar os eventos dos quais uma organização participa (como mudanças no
contexto decorrentes da instalação de uma fábrica, por exemplo), ao mesmo tempo em que é observou que o
arquivista adota práticas e táticas para negociar o que deve ser guardado. De qualquer forma, “a intencionalidade
atribuída à forma como o passado é representado não pode ser desvinculada das relações de poder inerentes a essa
'recuperação'” (COSTA & SARAIVA, 2011, p. 1764) e a capacidade de exercer o poder em uma organização é não
distribuído equitativamente.
Em relação aos órgãos públicos, é possível especular que algumas das dificuldades de acesso a arquivos e
documentos se dão por deficiências estruturais no Brasil e nos órgãos federais que mantêm e preservam documentos,
além de níveis historicamente baixos de accountability pública. Devemos lembrar também que a preocupação com a
publicação de documentos públicos só recentemente ganhou força por meio da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de
2011, conhecida como Lei de Acesso à Informação (BRASIL, 2011), que regulamenta o acesso à informação pública,
embora as discussões sobre A manutenção dos arquivos vem ocorrendo desde a promulgação da Lei de Arquivos
em 1991. Espera-se, portanto, que o poder público ainda esteja se organizando para atender às demandas de
informações que porventura estejam sendo feitas – não descartando a possibilidade de uso do sigilo como meio de
restringir o acesso a dados relevantes e instrumento de poder5.
Como discute Alcadipani (2014) em relação às etnografias, alcançar a transparência necessária para realizar
pesquisas em organizações públicas ou privadas é um desafio à parte e que tem envolvido poucos debates
acadêmicos. No entanto, diferentemente da pesquisa etnográfica, que mapeia a situação atual de uma organização,
a pesquisa arquivística pode ser menos restrita, pois muitas vezes trata de documentos que foram filtrados antes de
serem disponibilizados, principalmente em organizações privadas. Nem todo arquivo organizacional está sujeito às
mesmas normas de criação e manutenção, principalmente porque são as empresas que definem as políticas sobre
os documentos que produzem e a forma como são armazenados (VALENTIN, 2012). A maioria dos documentos
arquivados em uma organização tende a estar atrelado ao seu funcionamento cotidiano, sem ter, em princípio, um
caráter histórico definido, de modo que tem recebido atenção insuficiente, mesmo das ciências arquivísticas, que só
passaram a presenciar discussões mais estruturadas sobre esse tema na década de 1970 (ARAÚJO, 2012).
Para Sousa (2010) a preservação da história das organizações pode servir para reforçar a sua identidade,
reforçando a sua marca e gestão do conhecimento, entre outras características pragmáticas. O autor, no entanto,
enfatiza a dimensão da responsabilidade social histórica, como parte da responsabilidade social corporativa,
enfatizando que as empresas devem levar a sério sua tarefa de manter registros de suas interações com a sociedade.
No entanto, os esforços de preservação estão muitas vezes ligados a aniversários ou outras comemorações, levando
a atividades de preservação e manutenção desestruturadas. Em geral, os gestores das empresas têm pouco interesse
em manter os arquivos, e um movimento contrário só foi visto mais recentemente na criação de iniciativas de
preservação e valorização da memória (CORAIOLA, 2011). De qualquer forma, poucos avanços foram feitos no
acesso a arquivos produzidos por organizações públicas ou privadas no Brasil (CORAIOLA, 2012), além da Lei de
Acesso à Informação mencionada acima.
Pelas restrições aqui discutidas em relação ao uso de arquivos em geral, parece haver algum mérito, ainda
que não em sentido ortodoxo, em ampliar o conceito do que são arquivos e do que deve ser arquivado.
A noção relaxada do que constitui um arquivo ou uma fonte histórica permite uma
Considerações Finais
Amon Barros
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(Notas finais)
1 Diferenciamos esses termos usando letras maiúsculas e minúsculas onde julgamos ser
importante sublinhar o termo, ou evidenciar o uso dado.
2 Sabemos que a definição desse termo é controversa, mas não está no escopo deste texto
esboce essa discussão. Para uma introdução, ver Peters (2000).
3 O que fez emergir discussões sobre a privacidade não só de indivíduos, mas também de organizações sociais
e corporações. Ver, por exemplo, a discussão de Bruno (2008), ou, no campo da ficção, The Last Enemy, série
produzida pela BBC One (NEAL, MACDONALD & BERRY, 2008).
4 Claramente, não é fácil disponibilizar um grande número desses registros na web, devido aos custos, dificuldades
operacionais relacionadas à digitalização e à quantidade de registros produzidos ao longo da história humana.
5 Como observa Derrida (1995), é possível medir a eficácia de uma democracia avaliando sua abertura à noção
de sociedade participando e acessando arquivos para interpretar e fazer investigações a partir deles.