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Trabalho

de Filosofia
(biografia de kant)

José Estevão Marques Rocha


3° Ano EM - Unidade 2
(biografia)
Immanuel Kant, nascido em 22 de abril de 1724, em Königsberg (atual
Kaliningrado) na Prússia Oriental, foi um filósofo, o quarto de nove filhos em
uma família de artesãos. Ao contrário do conhecimento popular, a família não
é escocesa por parte paterna como Kant mesmo assumiu, mas sim curoniana
de acordo com estudos recentes. Por parte materna, tudo indica que ela era
alemã. Ambas as famílias eram comerciantes de couro: sapateiros, tintureiros,
celeiros, etc.
Por volta dos oito anos, em 1732, ingressou no Collegium Fridericianum,
colégio com regulações religiosas muito rigorosas: instrução religiosa e
adoração faziam grande parte da educação. De acordo com os registros
escolares, Kant era um dos melhores estudantes, e deixou a escola no outono
de 1740 como o segundo melhor da classe.
Tendo uma educação religiosa intensa, acabou ingressando como estudante
de Teologia na Universidade de Königsberg em 24 de setembro de 1740, sua
cidade natal, a qual ele raramente saía. Seus professores acadêmicos incluem
seu ex-diretor Schultz, e o professor associado de lógica e metafísica Martin
Knutzen. Ainda como estudante, se dedicou a escrever sua obra
“Pensamentos sobre o verdadeiro valor das forças vivas”, escrito entre 1744 e
1746, mas somente publicada em 1749
Em 1746, após a morte de seu pai que aconteceu pouco tempo antes de
completar seus estudos, Kant começa a trabalhar como um instrutor privado,
entrou em contato com a sociedade de Königsberg e ganhou prestígio
intelectual, nesses anos até 1754 não há muitas informações sobre Kant.
Voltando à universidade em 1754, fez doutorado em filosofia e depois de
nomeado livre-docente, começou a lecionar Filosofia Moral, Lógica e
Metafísica. Publicou diversas obras. Em 1770, ele ocupou a cátedra de Lógica
e Metafísica na Universidade, cargo que exerceu até a sua morte.

(ideias kantianas)
Immanuel fundou o idealismo transcendental, que é uma síntese do
racionalismo (doutrina que defende que todo o conhecimento vem da razão, e
não depende dos sentidos, ou seja. as ideias têm natureza inata) e do
empirismo (doutrina que defende que ideias não são inatas e que o
conhecimento vem da experiência e dos sentidos).
Kant sintetizou duas correntes opostas (racionalismo e empirismo)
demonstrando que o conhecimento ‘sintético a posteriori’ (empírico) era
categorizado no conhecimento ‘analítico a priori’ (racionalista).
Juízo de fato se trata de um julgamento objetivo que aponta um fato, uma
descrição redundante que renuncia de qualquer influência pessoal, seja um
valor ou percepção. Por exemplo, a afirmação “o sol é quente” é um
apontamento factual sobre o sol, além disso, é redundante, já que ser quente
é uma característica intrínseca do sol.
Juízo de valor se trata de um julgamento subjetivo que apresenta valores e
gostos individuais, adjetivando um objeto com uma opinião. Por exemplo, na
afirmação “a comida está ruim” a comida é caracterizada com o adjetivo
“ruim” que é um valor atribuído a partir de uma percepção individual.
O imperativo categórico é um conceito que defende o universalismo da
ética, o princípio de não agir segundo nenhuma outra máxima que não seja
aquela que possa ter como lei universal. Ele afirma que o código moral deve
ser incondicional e independente das circunstâncias da situação, a ordem e o
julgamento são um fim em si e não um meio para algo, ou seja, uma lei
universal deve ser seguida independentemente de suas consequências. É uma
crítica ao utilitarismo, que afirma que uma ação é correta se maximiza a
felicidade para o maior número de pessoas, e consequentemente, é
condicional e depende do contexto.

“Assim a liberdade, se bem que não seja uma propriedade da vontade


segundo leis naturais, não é por isso, desprovida de lei, mas, tem antes de
ser uma causalidade segundo leis imutáveis, ainda que de uma espécie
particular; pois, de outro modo uma vontade livre seria um absurdo.”
- KANT, Immanuel. Fundamentação da Metafísica dos costumes. Tradução de Valério Rohden.
São Paulo: Abril cultural, 1974. (Os pensadores) (pág. 243).

A liberdade segundo Kant


“O princípio da autonomia é o único princípio moral”. Kant afirma que pelo
fato da moralidade residir na pura intenção, ou seja, é um fim para a mesma,
é impossível falar de liberdade sem falar de moral. Ele diz que a vontade é
uma espécie de causalidade dos seres vivos, enquanto racionais. Com isso, a
compreensão de liberdade está obrigatoriamente ligada à vontade, pois esta é
a causa dos seres vivos enquanto racionais. Em conclusão, a verdadeira
liberdade está na autonomia, e a autonomia reside no imperativo categórico, a
capacidade de seguir a própria lei universal, a sua vontade, simplesmente por
pura intenção, sem justificativa segundo condições externas, se mantendo
consistente e expressando sua vontade sem interferência externa.

Conceito pessoal de liberdade


Liberdade é conhecimento sobre a consequência das suas escolhas e de si
mesmo. Uma pessoa é livre quando sabe o que quer, entende sua identidade e
age de acordo com sua natureza, além de ter liberdade de escolha e ter ciência
sobre as consequências das suas escolhas. Saber o que te motiva, e o que você
deseja além de ter os meios para alcançar tais objetivos é liberdade.

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