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No texto lido, o autor traz o que ele mesmo chama de “significação crítica” do ato de

ensinar.

O texto traz no início a relação entre ensino e aprendizagem que quem ensina acaba
por sua vez aprendendo com esse ato, e o ato de ensinar é também aprender coisas
novas, como no trecho:

“O aprendizado do ensinante ao ensinar se verifica à medida em que o ensinante,


humilde, aberto, se ache permanentemente disponível a repensar o pensado, rever-se
em suas posições; em que procura envolver-se com a curiosidade dos alunos e dos
diferentes caminhos e veredas, que ela os faz percorrer.” (pag. 259).

O autor também traz a importância da leitura como forma de compreensão, a leitura


bem feita, poderá te fazer relacionar a cotidianidade, com os conceitos dos livros:

“E a experiência da compreensão será tão mais profunda quanto sejamos nela


capazes de associar, jamais dicotomizar, os conceitos emergentes da experiência
escolar aos que resultam do mundo da cotidianidade.” (pag. 261).

O autor trás experiências que teve em sua vida, onde o ensino pode trazer às pessoas
uma compreensão mais ampla e completa da própria realidade onde vivem, pois elas
puderam perceber essas relações entre a experiência sensorial e a generalização presente
no material didático.

Com isso entendo que ele trás a importância do estudo como uma forma de conhecer
coisas novas, e novas visões de coisas tão normais no dia a dia, como é dito no trecho:

“Estudar é desocultar, é ganhar a compreensão mais exata do objeto, é perceber


suas relações com outros objetos. Implica que o estudioso, sujeito do estudo, se
arrisque, se aventure, sem o que não cria nem recria.” (pag. 264).

Ele também levanta no texto a crítica ao modo de ensino “maquinal” onde os


conceitos são decorados, onde o estudante até sabe falar/escrever o que é necessário,
porém ele não entende o que aquele conceito realmente quer dizer, ele decorou mas não
compreendeu. Como ele mostra no trecho:

“Por isso também é que ensinar não pode ser um puro processo, como tanto tenho
dito, de transferência de conhecimento do ensinante ao aprendiz. Transferência
mecânica de que resulte a memorização maquinal que já critiquei. Ao estudo crítico
corresponde um ensino igualmente crítico que demanda necessariamente uma forma
crítica de compreender e de realizar a leitura da palavra e a leitura do mundo, leitura
do contexto.” (pag. 264).

Em uma parte do texto também o autor trata na minha visão que o leitor deve
também ter vontade de aprender, que ele não deve apenas abandonar uma leitura por
achá-la complicada, pois o leitor deve ter sempre consigo suas ferramentas essenciais,
ele faz até a seguinte analogia;
“Assim como um pedreiro não pode prescindir de um conjunto de instrumentos de
trabalho, sem os quais não levanta as paredes da casa que está sendo construída, assim
também o leitor estudioso precisa de instrumentos fundamentais, sem os quais não pode
ler ou escrever com eficácia. Dicionários (2), entre eles o etimológico, o de regimes de
verbos, o de regimes de substantivos e adjetivos, o filosófico, o de sinônimos e de
antônimos, enciclopédias.” (pag. 265).

Com isso ele trás que a leitura deve ser feita com calma, de forma que deve se
compreender o real sentido do texto por completo e que isso e algo que necessita
esforço, mas algo gratificante.

E o autor ainda trás a importância da relação entre ler e escrever, pois ambos os atos
andam juntos, e deve sempre ser lembrada a importância desses dois pilares no ensino:

“Nas culturas letradas, sem ler e sem escrever, não se pode estudar, buscar
conhecer, apreender a substantividade do objeto, reconhecer criticamente a razão de
ser do objeto.” (pag. 266).

O texto no geral é uma leitura muito interessante, trata de temas importantes e


essências principalmente para quem deseja seguir como docente em minha opinião, já
que mesmo não sendo o intuito de trazer uma formula de como se ensinar, como ele
fala, mas ele trás pontos de vistas que são muito necessários, então foi sim uma leitura
muito produtiva que com certeza contribuiu muito para o aprendizado e um melhor
entendimento dos conceitos e da critica sobre “ensinar”.
Bibliografia:

FREIRE, P. Carta de Paulo Freire aos Professores. In: Estudos Avançados 15 (42),
2001.

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