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Resumo da obra: Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa.

FREIRE, Paulo.

Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa.

O resumo trata- se da obra: Pedagogia da autonomia: saberes


necessários à prática educativa, autor Paulo Freire. A referida obra está
dividida em três capítulos: 1º Não há docência sem discência, 2º Ensinar
não é transferia conhecimento e 3º Ensinar é uma especialidade humana.

Capítulo 1
Não há Docência sem discência
Na abertura do capítulo o autor já deixa claro que embora seu
interesse esteja centrado em apresentar saberes necessários aos
professores de estilo progressista, mas alguns desses saberes também
fazem jus aos educadores conservadores. Além de o autor considerar que
seja extremamente necessário entender essas ações nas formações
docentes e na prática educativo-crítica, pois ter uma reflexão crítica sobre a
prática se torna uma exigência.
O referido capítulo está dividido em 9 sub capítulos, sendo:
1.1 Ensinar exige rigorosidade metódica;
1.2 Ensinar exige pesquisa;
1.3 Ensinar exige respeito aos saberes dos educandos;
1.4 Ensinar exige criticidade;
1.5 Ensinar exige estética e ética;
1.6 Ensinar exige a corporeifação das palavras pelo exemplo;
1.7 Ensinar exige risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer
forma de discriminação;
1.8 Ensinar exige reflexão crítica sobre a prática
1.9 Ensinar exige reconhecimento e a assunção da identidade
cultural.
Durante todo o percurso do capítulo 1 o autor dirige-se ao interlocutor
de forma a enfatizar sempre que: Quem ensina aprende ao ensinar e quem
aprende ensina ao aprender, por isso a importância da relação de diálogo
entre professor e aluno na construção do conhecimento. Assim, Freire
argumenta que a educação não consiste em um processo unilateral em
que o professor será sempre o detentor absoluto do conhecimento e o
aluno considerado um mero objeto vazio, pois o sujeito da aprendizagem
não pode ser reduzido a um objeto.
Freire aponta que para ocorrer a transmissão do conhecimento há de
ter um diálogo entre professor e aluno, em que ambos aprendem juntos e
constroem o conhecimento de forma colaborativa. O autor enfatiza que se
por um lado há a recusa ao ensino “bancário” de outro também há a
curiosidade do educando em que é aguçado sua curiosidade e de certa
forma o imuniza contra o “bancarismo”
O papel do professor é enfatizado pelo autor à medida que se
transforma em um facilitador do processo educativo, ou seja, estimula a
curiosidade, a criatividade na busca da construção dos conhecimentos e
não transforma em apenas um transmissor de conhecimentos.
O autor destaca que a docência e a discência são inseparáveis, e
que o processo educativo deve ser uma via de mão dupla, em que tanto o
professor quanto o aluno aprendem e ensinam. Ele argumenta que o
professor deve estar aberto a aprender com o aluno, reconhecendo a sua
experiência de vida e valorizando o seu conhecimento. Pois para o autor,
pensar certo, do ponto de vista do professor, implicará sempre o respeito
ao senso comum, a capacidade criadora do educando, em que essa
aceitação transforma o processo de ensino aprendizagem, pois
estabelecerá uma relação de confiança entre ambos.
Para Freire, a relação entre docência e discência é fundamental para
a transformação da sociedade, pois a educação deve ser vista como um
instrumento de libertação, em que o aluno é capaz de pensar criticamente
e agir de forma consciente em relação ao mundo que o cerca. Os
professores devem dar ênfase em educar para a igualdade, transformação
e inclusão de todos perante a sociedade, de forma que a realidade
concreta deve ser associada à disciplina e discutida em sala de aula.
O autor enfatiza que educar é substantivamente relacionado a
formar, pois saber que devo respeitar a autonomia e a identidade do aluno
exige de mim uma prática que seja totalmente consistente com esse
conhecimento. Assim, o “pensar certo” implica a existência de sujeitos que
pensam mediados, não é um pensar transferido e sim através da
coparticipação.
Em suma, para o autor, educar e ensinar exige diálogo e respeito, ele
reforça a importância dessa relação dialógica na educação em que o
professor não é o detentor absoluto do conhecimento, mas um mediador
do processo educativo, para que o educando construa sua própria
concepção de mundo. Por isso é que o autor enfatiza a importância da
formação permanente dos professores, sempre haver uma reflexão crítica
sobre a sua prática, além de que a educação é baseada na interação entre
educar e aprender requer os seguintes passos: observar o rigor
metodológico; realiza pesquisas; respeito pelo conhecimento particular de
cada aluno; exercitar o pensamento crítico; respeitar a ética e a estética;
fazer o que diz e correr o risco de aceitar o novo, enquanto rejeita qualquer
forma de discriminação; refletir criticamente sobre práticas educacionais; e
assumir sua identidade cultural.

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