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saber o que é bom ou mal. Ela se caracteriza pela capacidade do homem de encontrar
em sua própria natureza, através de um sentimento quase instintivo, noções que são,
homem visto por Rousseau como um ser em que a liberdade lhe é constitutiva, esta
fornece a ele a possibilidade de escolher entre as diversas alternativas que a vida lhe
capacidade de identificar o bem e o mal, o questionamento que talvez deva ser feito
é: qual o motivo que leva o homem, às vezes, à escolha do mal e não do bem? Ou, ainda mais,
se ele tem como saber aquilo que é bom ou mal? O que ou por que a ele é permitido agir
maldosamente?
Vivendo tranquilo e errante sobre a terra, o homem natural teme apenas a dor,
e sua única preocupação é com a autoconservação. Embora não possua contato entre
os homens neste estado, este ser não possui também razão suficientemente
orientação para suas ações. Contudo, são palavras do próprio Rousseau que afirmam
a existência de algum tipo de mal já no estado de natureza, como pode ser percebido
males que teme, a dor e a fome” (ROUSSEAU, 1978, p. 244), esses males não
dependem da escolha do homem para que venham a existir. Eles fazem parte da
Entretanto, para que as desigualdades morais viessem a surgir, foi preciso que
ao desejo de ser mais bem visto e admirado pelo outro. E como recompensa, aqueles
ele próprio olhado, passando assim a estima pública a ter um preço. Aquele que
cantava ou dançava melhor, o mais belo, o mais astuto ou o mais eloquente, passou
Desigualdade, e foi esse o primeiro passo tanto para a desigualdade quanto para
A partir da comparação feita por cada um e do desejo de ser visto como melhor
que seus semelhantes é que surgem também outros sentimentos, que segundo
utilizar-se de máscaras que demonstram aquilo que a civilidade lhe exige. Os homens
Esse é o homem civilizado. E a partir dessa nova fase não se pode mais
retroagir. Contudo, à medida que as almas humanas tornavam-se cada vez mais aptas
estabelecer entre os homens relações que até então não haviam ocorrido, seu
comportamento passa a ser polido e a seguir regras que até então não existiam. É
neste momento que a aparência passa a ser mais importantes que a essência e o
morais só se estabelecem a partir do contato que o homem passa a ter com seus
a partir do momento em que o homem sai desse estado inicial e passa então ao estado
de sociedade.
Assim, não é possível que os outros animais se tornem morais, como também
por tal capacidade que o homem poderá assumir e respeitar as leis prescritas a ele.
faculdades em sua alma. Parece ser mediante essas faculdades que ele passa a
exercer a liberdade dada pelo seu criador. E, por tal liberdade, o homem pode
escolher. É então que o mal e o bem se tornam opções possíveis, a partir da liberdade
humana de escolher juntamente com a possibilidade de que tal escolha possa ser
maquinações, que até aquele momento não eram possíveis, vão surgindo.
conceitualmente, o mal pode também ser tomado em termos particulares, pois nem
tudo que é considerado mal para um determinado povo, cultura ou até mesmo