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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

ENGENHARIA DE BIOPROCESSOS E BIOTECNOLOGIA

BRUNA OLIVEIRA DA SILVA

BERGHEM MORAIS RIBEIRO

GENÉTICA

1) Defina o equilíbrio de Hardy-Weinberg:

Em meados do século XX, surgiram algumas dúvidas em relação a


frequências alélicas, nas quais “essas frequências têm alguma importância
preditiva? ” “Podemos usá-las para prever as frequências genotípicas? ”,
dúvidas levantas individualmente por G. H Hardy e Wilhelm Weinberg.
Então, em 1908, ambos publicaram artigos independentes que descreviam
a relação matemática entre as frequências alélicas e as frequências
genotípicas. E, foi então que surgiu o atual denominado princípio de Hardy-
Weinberg, o qual, nos permite prever as frequências genotípicas de uma
população a partir de suas frequências alélicas.

Em uma suposição, determinado gene se separa em dois alelos em uma


população, A e a, a frequência de A é p e a frequência de a é q.
Considerando um cruzamento aleatório dos membros da população, os
genótipos diploides da próxima geração serão formados pela união aleatória
de ovócitos e espermatozoides, ambos haploides. Esquematizado na
Figura 20.1 abaixo:
A possibilidade de que um ovócito (ou espermatozoide) contenha A é p, e a
probabilidade de que contenha a é q. Portanto, a probabilidade de produzir um
homozigoto AA na população é simplesmente p x p = p2, e a probabilidade de
produzir um homozigoto aa é q x q = q 2. Para os heterozigotos Aa, há duas
possibilidades: um espermatozoide A pode se unir a um ovócito a, ou um
espermatozoide a pode se unir a um ovócito A. Cada um desses eventos ocorre com
probabilidade p x q, e como os dois são igualmente prováveis, a probabilidade total
de formação de um zigoto Aa é 2pq. Assim, com base na premissa de reprodução
aleatória, as frequências previstas dos três genótipos na população são:

Essas frequências previstas podem ser obtidas pelo desenvolvimento da


expressão binomial ( p+q)2 = p2 + 2pq + q 2. Os geneticistas de populações
referemse a elas como frequências genotípicas de HardyWeinberg. A
principal premissa desse princípio é que a reprodução dos membros da
população seja aleatória em relação ao gene em estudo. O que significa
que os adultos da população formem um acervo genético, por ocasião de
fertilização, combinam-se aleatoriamente para produzir os zigotos da
próxima geração. Dessa forma, com o cruzamento ao aleatório e sem
diferenças de sobrevida ou reprodução entre os membros da população, as
frequências genotípicas de HardyWeinberg persistem de geração em
geração.

2) Escreva sobre os pressupostos para o PRINCÍPIO DE HARDY-


WEINBERG: (População Panmítica; Deriva genética; Ausência de
fluxo gênico entre populações; Ausência de mutação; Ausência de
seleção:

Existem diversos motivos pelos quais o princípio de HardyWeinberg


poderia não ser aplicado em uma determinada população. O cruzamento
pode não ser aleatório, os membros da população com diferentes alelos
podem não ter chances iguais de sobreviver e se reproduzir, a população
pode ser subdividida em unidades parcialmente isoladas, entre outros
motivos. Um desses pressuposto é quando uma população constitui uma
unidade de intercruzamento, diz então que é uma população panmítica. O
termo panmixia significa que qualquer membro da população é capaz de
cruzar com qualquer outro membro, não há existência de barreiras
geográficas quanto ecológicas ao cruzamento na população. Na natureza é
comum a subdivisão das populações. Um exemplo, são os peixes que
vivem em um grupo de lagos conectados intermitentemente por correntes
ou nas aves, que vivem em grupo de ilhas em um arquipélago. Esses
exemplos de populações estão organizados por aspectos geográficos e
ecológicos que poderiam estar relacionados com diferenças genéticas. Os
peixes por exemplo, poderiam ter uma frequência do alelo A, enquanto os
do outro lado poderiam ter uma baixa frequência desse mesmo alelo.
Embora as frequências genotípicas possam respeitar as previsões de
Hardy-Weinberg, cada lago, isso não ocorre quando se abrange toda
população de peixes. A subdivisão geográfica torna a população
geneticamente heterogênea, e essa heterogeneidade viola uma premissa
tácita do princípio de HardyWeinberg, que exige uma uniformidade das
frequências alélicas em toda a população.

Outra estimativa desse princípio é a deriva genética, deriva essa que é a


mudança na frequência dos alelos de uma população de geração a geração
que ocorre em consequência de eventos ao acaso. De forma mais precisa,
a deriva genética é a mudança em razão de "erro de amostragem" na
seleção de alelos para a geração seguinte a partir do pool gênico da
geração atual. Ainda que a deriva genética ocorra em populações de todos
os tamanhos, seus efeitos tendem a ser maiores em populações pequenas.

Ao contrário da seleção natural, a deriva genética não depende dos efeitos


benéficos ou prejudiciais dos alelos. Em vez disso, a deriva altera as
frequências alélicas puramente ao acaso, já que subconjuntos aleatórios de
indivíduos (e os gametas desses indivíduos) são amostrados para produzir a
próxima geração. Toda população experimenta deriva genética, mas
populações pequenas sentem seus efeitos mais fortemente. A deriva genética
não leva em consideração o valor adaptativo de um alelo para a população, e
pode resultar na perda de um alelo benéfico ou na fixação (aumento da
frequência a um total 100%) de um alelo prejudicial em uma população. O
efeito fundador e o efeito gargalo são casos nos quais uma população pequena
é formada a partir de uma população maior. Essas "amostras" das populações
geralmente não representam a diversidade genética da população original, e
seus tamanhos reduzidos indicam que vão experimentar forte deriva por
gerações.
O fluxo gênico nada mais é do que o movimento de genes de uma população
para outra. Esse fluxo, também chamado de migração, é garantindo pela
inserção de novos genes em uma população graças à chegada de novos
indivíduos. O fluxo gênico garante, portanto, que populações fiquem menos
diferenciadas geneticamente. O fluxo gênico ocorre quando indivíduos de uma
população migram para outra. Um grupo de pessoas que mora em um lugar e
muda-se para outra região, por exemplo, pode ser responsável pela inserção
de um novo gene nessa população.

As espécies com indivíduos muito sedentários ou até mesmo fixos, como


plantas, possuem baixa taxa de fluxo gênico. Isso acontece porque os
organismos não interagem com populações muito distantes. No caso de
plantas, o grão de pólen geralmente não consegue ir a grandes distâncias.

Outros organismos, no entanto, são capazes de ter uma alta taxa de fluxo


gênico. Esse é o caso, por exemplo, das moscas, que voam por várias regiões
e conseguem distribuir seus genes por outras populações.

O fluxo gênico é um importante fator relacionado com a variabilidade


genética. Se um indivíduo de uma população migra para outra e insere seu
gene na população, caso não seja um gene já existente, proporciona o
aumento da variação genética. O fluxo gênico é um importante fator
relacionado com a variabilidade genética. Se um indivíduo de uma população
migra para outra e insere seu gene na população, caso não seja um gene já
existente, proporciona o aumento da variação genética. A ausência desse fluxo
gênico irá também causar uma ausência na variabilidade genética.

Entende-se por mutação qualquer alteração, geralmente ao acaso, que


ocorre no DNA. A alteração do material genético de um organismo pode gerar
mudanças nas suas características. Eventos de mutações ocorrem
naturalmente nos organismos, e geralmente ocorrem ao acaso, sendo um
importante fator para garantir melhor adaptação dos indivíduos ao meio em que
vivem. As mutações estão, portanto, relacionadas diretamente aos eventos de
variabilidade genética e evolução. A ausência desse fator nas populações pode
causar a falta de adaptação e eventualmente uma extinção por exemplo de
uma população de indivíduos que por falta de mutação não conseguem se
adaptar ao meio que vivem. O que de forma sucinta, está atrelado a ausência
de seleção. A seleção natural é um fator ambiental proposto por nosso querido
Charles Darwin em seus estudos evolutivos. Para Darwin, o ambiente exerce
uma força que seleciona os organismos mais adaptados a sobreviverem nele,
dadas as condições existentes. Logo, se em uma população não há uma
seleção dos melhores indivíduos ali presentes, não haverá também mutações e
alterações nessa população, o que, como já citado pode levar a extinção de tal
população.

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