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avanços mudariam aquela realidade. Ao lado de outros objetos, negros eram expostos à venda e
comprados por senhores e barões. A escravidão chocou o menino, impressionado com tamanha
violência.
Aquele contexto foi de extrema importência para o crescimento do jovem Irineu. Com perfil moderno,
afinado com a ideologia liberalista da Inglaterra, logo nos primeiros anos de trabalho revelou-se bom
negociador e atraiu a atenção de grandes empreendedores. Irineu não viu dificuldades em crescer
profissionalmente.
Sua visão e esperteza eram surpreendentes já que o mesmo tinha grandes pensamentos em relação ao
ferro e o carvão, e criar indústrias e em alimentar uma rede de transportes que fizesse circular seus
produtos.
O homem era sonhador então sempre que não conseguia recursos, por meio de subscrições ou do apoio
financeiro do governo, retirava das reservas de sua base de operações: o Banco Mauá & Cia. Alvo de
enorme resistência, sofreu com várias intrigas dos conservadores. Suas instalações foram alvo de
sabotagens criminosas e os seus empreendimentos foram abalados pela legislação, que reduziu as taxas
de importação sobre as importações de máquinas, ferramentas e ferragens. Com a falência do Banco
Mauá, em 1875, pediu um tempo de três anos para quitar suas divídas, dessa forma foi obrigado a
vender a maioria de suas empresas para estrangeiros e ainda os seus bens pessoais para liquidar as
dívidas.
Como uma reflexão acerca de seu destino Irineu, falido, proclama que lutou para que tudo se movesse:
os homens, as ideias, a economia. Reconhece sua perda, mas pondera que, ainda assim, a despeito da
vontade do rei, o Brasil se moveu, seguindo a ordem natural das coisas.
Barão de Mauá colocou sua vida e seus negócios nos eixoa. Entretanto, falece em 21 de outubro de
1889, não assistindo, por uma questão de semanas, aquilo que consagraria seus ideais: o fim do Império
e a Proclamação da República, em 15 de novembro daquele ano.