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IRINEU EVANGELISTA DE SOUZA

A HISTÓRIA DO

BARÃO DE
MAUÁ

UNESP ARARAQUARA
OS DOIS IMPERADORES E VISÃO DO PARAÍSO

Rivalidade: Barão de Mauá e o


Imperador. Homens de
personalidade forte mas de
ideias contrastantes;

O Barão tinha negócios importantes por toda a América


Latina e pelo mundo, mas seu nome era feito pelos avanços
que tinha proporcionado ao Rio de Janeiro.

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FÉ, LEI E REI; OS LIMITES DO HOMEM

Família açoriana que vem para o Brasil em busca de


oportunidades;

Em 1813 nasce, em Arroio Grande-RS, Irineu Evangelista de


Souza (futuro Barão de Mauá);

1819 seu pai é morto enquanto buscava gado no Uruguai;

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PROFISSÃO: CAIXEIRO; TRÁFICO NA CORTE & A ARTE DO COMÉRCIO

Aos 9 anos Irineu é levado, pelo tio, para o Rio de Janeiro,


onde começa trabalhar como Caixeiro na loja de tecidos de
Antônio Pereira de Almeida;

Autodidata, aprende matemática e contabilidade. Com seu


trabalho ganha experiência e adquire habilidades de
negociação;

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INDEPENDÊNCIA E MORTE; A CIÊNCIA DO COMÉRCIO

Em 1829, com a falência de


Pereira de Almeida. Irineu é
admitido na empresa do
comerciante escocês Richard
Carruthers;

Em virtude dos seus conhecimentos, habilidades e


vontade, rapidamente ganha a confiança de Carruthers.

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UMA SENSAÇÃO DE PODER

Diferenças entre as empresas inglesas e brasileiras;


Durante o período da Regência, não havia plano de
governo (tentativa e erro);
Reformas Liberais Impopulares;
Enraizamento do mercado inglês no Brasil;
Ensinamentos;
Domínio da ‘’arte da multiplicação do capital’’
Torna-se perito em Contabilidade

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OS SUBTERRÂNEOS DA PROPRIEDADE & O APRENDIZ DE FEITICEIRO

Maçonaria;

Assume a empresa de Carreutheurs;

Compra primeira casa;

Contra a escravidão;

Conflitos constantes entre liberais e conservadores;

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LIBERALISMO DE RESULTADOS

Visita à Inglaterra;
Período da Primeira Crise;
Ao ver a crise Inglesa de perto e as diferentes camadas
politicas unidas que discutiam com suas bases, Irineu
percebeu a importância de se ter uma base forte
politicamente para se utilizar métodos convincentes;
Resiliência em crises;
Aumento da demanda por produtos Brasileiros na
Inglaterra;
Vê oportunidades de investimentos diferentes do normal;

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HORA DE MUDANÇAS

Casa-se;

Perde apoio dos liberais por suposta traição;

Realiza movimentações políticas;

Com apoio do ministro, inicia o investimento da canalização


do Rio Maracanã.

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PONTA DA AREIA, PONTA DE PARTIDA

Adquire o estabelecimento de fundição de estaleiros Ponta


da Areia;

Troca o comércio pela Indústria;

Pagava salários aos empregados mesmo em época de


escravidão;

Trabalho visto com maus olhos;

Desenvolvimento da Indústria;

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PONTA DA AREIA, PONTA DE PARTIDA

Reinveste durante anos em sua própria fábrica;

Governo se torna seu maior cliente, mas deixa de honrar


com suas dívidas;

Investimento em pequenos produtos (giro rápido);

Apoio diplomático aos conservadores;

Recuperação de suas contas;

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AGENTE SECRETO

Envolve-se cada vez mais no mundo político;

Movimentos de Imigração;

Irineu é visto como peça fundamental para intervir no


conflito do Rio do Prata;

Apoia financeiramente o conflito contra o ditador Rosa;

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CONFLITOS E DECISÕES

Situação delicada com a Inglaterra (Para inglês ver);

Fim do tráfico negreiro de fato;

Lucra com a guerra que ajudou a financiar;

Encontra-se no centro do mundo das grandes decisões;

Momento Oportuno para dar o próximo passo;

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SURGE O BANQUEIRO

Como o tráfico de escravos era o motor da economia


brasileira, o seu fim gerou de início aries de negatividade
para o futuro do país;
Funda e se torna presidente do Banco do Commercio e da
Industria do Brasil;
Maior banco da época;
Ex-traficantes de escravos também eram sócios;
Banco eficiente;
O nome do banco no meio do caminho mudou para Banco
do Brasil;

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VITÓRIAS NO SUL, PROBLEMAS NO NORTE

A partir de maio de 1852, Irineu Evangelista de Sousa se


tornou o maior legalmente o maior credor do governo
uruguaio, e quase o dono da economia pública local.

Desse momento em diante, acabou a fase de empréstimo


de dinheiro e passou para a fase da cobrança do capital
emprestado.

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EMPRESÁRIO SEM CALÇAS

O cenário brasileiro pós guerra no prata se tornou


favorável aos investimentos, com o fim do tráfico de
escravos, o dinheiro antes investido no tráfico começou a
ser aplicado em novos empreendimentos.
O banco de Irineu passou a ser um dos caminhos para
estes novos investidores.
Irineu sempre pensava no desenvolvimento do país, com a
construção de ferrovias e rodovias, e agora, o crédito
estava ao seu alcance.

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E O IMPERADOR SE CURVOU; DELEITES IMPERIAIS

Irineu percebe então a vantagem de


trabalhar com acionistas e abre o capital
de sua empresa ( Ponta de Areia).

Passa a aplicar algumas de suas ideias, iniciando 3 grandes


projetos: Ferrovia Minas-Rio; gasoduto do Rio de Janeiro e a
frota de navios pelo Amazonas.

Irineu garantia um progresso do país e aumentava ainda


mais seu reconhecimento em território brasileiro.

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O AUGUSTO PENSAMENTO

Grande desconfiança sobre os investimentos de Irineu,


uma vez que a população acreditava que somente a
agricultura era rentável.

Irineu, ao contrário dos demais empreendedores, não fazia


negócios sozinho. Ou seja, era financiado por capital de
terceiros. Embora arriscado, ele era muito inteligente e
conseguia gerar lucro mesmo estando com suas empresas
alavancadas.
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BARÃO DE MAUÁ

Em 1854, o Imperador Dom Pedro II, na cerimônia de


abertura da estrada de ferro, nomeou Irineu Evangelista de
Sousa como Barão de Mauá.

Em homenagem a sua esposa, Maria Joaquina, a


locomotiva que puxava os vagões da ferrovia recebeu o
nome de “Baronesa”.

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A FRONTEIRA NÃO É LIMITE

1857: 10 empresas operando e diversos projetos em


desenvolvimento;

Ambiente creditício como uma lagoa, e Mauá era a baleia;

Decisão: romper fronteira econômica a fim de atingir seu


objetivo de crescimento econômico de seu império;

Nasce o empresário multinacional;

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A FRONTEIRA NÃO É LIMITE

Banco Mauá & Cia;

Emissão de bilhetes em substituição a ouro daquele país;

Discordância com sócio Carruthers, mas intuição filosófica


empreendedora de Mauá prevalece.

Projetos vanguardista do Barão representavam uma


ameaça para os setores conservadores do governo, e para
o Imperador.

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UM LIBERAL NA FAZENDA

Sousa Franco (liberal radical) assume o Ministério da


Fazenda;

Primeiro ambiente propício para empreendimentos a la


Mauá;

Quebra monopólio do Banco do Brasil: a lagoa creditícia


expandiu;

Crise e conflito com o Banco do Brasil.

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AS CINCO FORÇAS DE ESPECULAÇÃO

(1) Especulação deve ser planejada;

(2) A conta deve ficar para os que se julguem espertos;

(3) Nem sempre os que acreditam em preços altos são os


vencedores;

(4) Simetria informacional desempenha papel essencial e

(5) Os riscos diminuem quando se tem a faca e o queijo nas


mãos.

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ESPECULAÇÃO E LUCRO

Movimento especulativo de Mauá;


Casa de câmbio, disponibilizando cerca de 30% de seu
capital, trocando mil-réis por libras mais baratas que as dos
concorrentes, atraindo investidores;
Com a crise de moedas brasileiras, o Barão vende suas
moedas por libras, rentabilizando boa porcentagem;
Exemplo de manobra especulativa arriscada, que serviu
para mostrar seu talento como estrategista financeiro com
visão de oportunidades mesmo sob crise.

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O PARADOXAL NA FAZENDA

Torres Homem, parlamentarista controverso, aliado a


ensejos do Senador Itaboraí, assume o Ministério da
Fazenda;

“Perigo da anarquia monetária”, “crise via superabundância


de papel”;

Restrição de crédito e aumento gradual da taxa de


desconto: a lagoa estava para secar

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O SISTEMA VENCE

Desaparece, assim, um ano e meio de esforços de maior


abertura econômica brasileira;

O sistema vigente impede inovações, pois atrapalharia sua


vigência e desenvoltura;

Establishment vs Liberais;

Itaboraí e Torres vs Franco e Mauá.

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INVERSÃO LÓGICA

Final de 1859: completo domínio do governo sobre


atividade privada, com ações de contenção da iniciativa
privada como enfâse de política econômica;

Barão de Mauá ganha imagem de um pecador pronto para


pagar pelo seus excessos;

Inglaterra partia cada vez mais para liberalização da


economia (e.g SAs).

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COM PEDRA, TIRO LEITE

Ferrovia Santos-Jundiaí e lei de garantia de troca de ações


de ferrovias por títulos do tesouro;

“Se sua pátria lhe negavam oportunidade e


reconhecimento, o problema estava no Brasil, não nele.”

Ideal empreendedor de Mauá, caso do Uruguai;

Mauá encontrava tendências e se adaptava, tentando


maximizar lucros (não necessariamente a curto prazo).

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O SUTIL DETALHE

“Mas o mundo de negócios é curioso, e nele os problemas


sempre mudam de lugar, às vezes tão sutilmente que nem
mesmo um homem com a visão e o treino de Mauá consegue
perceber: ele via quase tudo, menos que podia caminhar para
o desastre. A diferença estava nos detalhes.”

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VENTOS CONTRA A PROA

1863: perda da posição de dono do melhor negócio


financeiro entre Brasil e Inglaterra, perdeu três empresas e
vendeu as ações da Santos-Jundiaí;
Mesmo contra o sistema, Mauá buscava a todo custo
beneficiar-se da melhor forma possível dadas as
cirscunstâncias;
Em meio a tempestade brasileira, a maior chance de
sobreviver estava no Uruguai e Argentina.

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REFLEXÃO EMPREENDEDORA

Se via num corpo velho, mas lúcido e altivo em espírito e


mente, pronto para mudar os paradigmas;
Precisava lutar contra as dificuldades mesmo quando
parecia que tinha acabado de vencer;
Dono de uma colcha de retalhos: sua ideia vanguardista só
viria depois da Primeira Guerra Mundial;
Banco de investimentos multinacional, que emprestaria e
geriria grandes projetos.

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O COMEÇO DO FOSSO

Não conseguia enraizar seus negócios em um país


escravista;
Problemas marginais ;
Credibilidade e negócios;
Invasão de Solano: Guerra do Paraguai eclode;
Mauá muda para postura de milionário: queria fazer
negócios pela Europa, tramando fazer de seus adversários
novos aliados a contragosto.

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USANDO A FORÇA DO INIMIGO & RESPONSABILIDADE: O NOME DO MAL

Com a guerra do Paraguai, os bancos internacionais viam


uma grande oportunidade de lucrar financiando empresas
brasileiras em áreas estratégicas: ferrovias, produtos
siderúrgicos, etc;
O Visconde consegue a autorização para vender a
Companhia de Iluminação a Gás do Rio de Janeiro;
Propõe a John Carter, que era um concorrente, para
ambos unirem seus bancos. A proposta foi tão generosa
que não tinha como recusa-la;

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USANDO A FORÇA DO INIMIGO & RESPONSABILIDADE: O NOME DO MAL

O governo decide que o banco deveria funcionar de acordo


com a lei brasileira de sociedades anônimas, em que o
governo fiscaliza tudo minuciosamente (exigência que não
ocorria com seus concorrentes);

Com isso, desistiu do Banco Internacional e ficou só com os


sócios brasileiros;

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CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA; A HONRA DOS DERROTADOS & O LENTO RECOMEÇO

O banco de Montevidéu dava lucros, mas o governo


Uruguaio devia quase 3 vezes o capital do banco;
Com a decisão da volta da conversibilidade do ouro em
1868,ele banco ficou em uma situação insustentável;
Enquanto isso, Mauá e Cia continuava em uma situação
precária, e muitos sócios, amparados pela lei brasileira,
resolveram tirar sua parte em dinheiro, o que só fez a crise
do banco se acentuar mais.
Volta de Londres e reestreia como deputado, mesmo não
querendo ser político;

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VISCONDE DE MAUÁ & MORATÓRIA

Era Liberal, mas por vezes apoiava os conservadores de o


projeto fosse bom, o que irritava os políticos liberais;
Em 1874 uma revolução se iniciou no Uruguai, e com isso o
governou passou a imprimir muita moeda;
As pessoas passaram a corre para os bancos para sacar
ouro e Mauá fecha mais uma vez as portas;
O Banco do Brasil, não aceita como empréstimo as Ações
da Companhia Pastoril, e Mauá tem 3 anos para pagar
todas as suas dívidas;

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EM LEÃO DEITADO ATÉ BURRO DA COICE

Não conseguia enraizar seus negócios em um país


escravista;
Problemas marginais ;
Credibilidade e negócios;
Invasão de Solano: Guerra do Paraguai eclode;
Mauá muda para postura de milionário: queria fazer
negócios pela Europa, tramando fazer de seus adversários
novos aliados a contragosto.

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FALÊNCIA

Pediu mais tempo para liquida-las com o Tribunal do


Comércio e depois ao Conselho de Estado, mas foi negado;

Assim, chega a falência, e seu registro de é comércio


cassado;

Escreveu um livro intitulado Exposição do Visconde de


Mauá aos credores de Mauá e Cia e ao Público;

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DE NOVO HONRADO

Após uma perícia, foi julgado que a falência não foi


criminosa;

Vendeu seus bens pessoais para pagar os credores;

Com 65 anos, chamou amigos empresários e abriu uma


empresa de corretagem de valores em Londres, que foi
muito bem sucedida;

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A MORTE E O BAILE

Após liquidar grande parte dos credores, faltava apenas o


governo brasileiro;
Para tal, ofereceu uma parcela em dinheiro e outra pela
Companhia Agrícola Pastoril;
No dia 30 de janeiro de 1884, foi lida, em público, a “Carta
de reabilitação do comerciante matriculado Visconde de
Mauá”;
No dia 21 de outubro de 1889, uma segunda feira, Mauá
cumpre seu último dia de trabalho;

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