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O filme Mauá, O Imperador e o Rei conta sobre a vida de Irineu Evangelista de Souza,
empresário brasileiro popularmente conhecido como Barão de Mauá, que marcou a história do país,
inaugurando uma era de crescimento econômico urbano nunca visto, por meio do ramo empresarial.
Irineu começou a trabalhar pela primeira vez como caixeiro, em uma oportunidade ofertada por
seu tio Batista, desde muito cedo o Barão apresentava características perfeitas para empreender, com
uma perspectiva liberal e visionária sobre gestão de negócios. Foi com seu tio para o Rio de Janeiro,
onde começou a trabalhar em um armazém da marinha mercante no qual acontecia atividades
relacionadas ao tráfico de escravos. No armazém sua função era a de supervisionar um escravo chamado
Valentim, nessa época fica evidente que Irineu possuía um ideal abolicionista.
É importante destacar que no contexto da época a Inglaterra pressionava para que o tráfico de
escravos chegasse ao fim, em função do temor aos ingleses, escravos foram jogados ao mar, causando
um grande prejuízo, o que fez Seu Pereira elevar Irineu a cobrador de seus devedores. Nessa nova
função, conhece o Sr. Carruthers, que faz o convite para Irineu trabalhar em sua empresa, onde começa
a adquirir conhecimento empresarial britânico, além de comércio exterior e padrões altamente liberais
para administrar. Logo depois Irineu compra Valentim e o presenteia com um par de sapatos,
demonstração feita como forma de mostrar que o escravo estava livre, também convidou Valentim para
trabalhar para ele, com a condição do mesmo parar de beber.
O tempo todo no filme é ressaltado que o Barão tem uma posição completamente abolicionista.
Como quando foi apoiador a promulgação da lei Eusébio de Queiros, causando com que os
investimentos aplicados em escravos fossem transferidos para as empresas, originando assim diversas
industriais, por volta de quatorze bancos, também como a criação de companhias de seguros e
transportes coletivos. Ademais, Irineu conseguiu resgatar as ações que havia comprado de Seu Pereira
com o Banco do Brasil. Devido a tudo isso, ele acumulou uma grande quantia de dinheiro e fez fortuna,
passando a ter influência sobre os bancos da época. É essencial frisar que o Barão foi contra a Guerra
do Paraguai e acabou se tornando deputado pela Província do Rio Grande do Sul em várias legislaturas.
Por fim, pode-se chegar à conclusão que o Barão de Mauá não só foi vital para o
desenvolvimento econômico e urbano do país, como também para a mentalidade empresarial de
inovação e ousadia, assim como para a institucionalização de um código comercial que deixaria para
trás a tradição colonial no Brasil.