LAUDO PERICIAL Casa Na Ponta Da Terra

BO
O N
ESTADO DE ALAGOAS
LT
PODER JUDICIÁRIO
JUIZO DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE MACEIÓ - AL
AI
AÇÃO DE IDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS
-R
PROCESSO N° 0000000-00.2000.8.00
REQUERENTE: JOSÉ JÃO DE JESUS
83
REUQERIDO: CONSTRUTORA CONSTRUÇÕES LTDA
74
86
76
LAUDO PERICIAL
89
-0
1. - INTERESSADO:
OR
JUIZO DE DIREITO DA 2ª VARA CÍOVEL DA COMARCA DE MACEIÓ - ALAGOAS

NI
2. - OBJETO DA PERÍCIA:
JÚ
PERÍCIA TÉCNICA EM UM IMÓVEL SITUADO NA RUA CAMPOS TEIXEIRA, Nº

1082, BAIRRO PONTA DA TERRA, EM MACEIÓ/AL.
A
UZ
3. – REQUETENTE: JOSÉ JÃO DE JESUS

SO
4. - REUQERIDO: CONSTRUTORA CONSTRUÇÕES LTDA

DE
5. - PROCESSO:
S
AÇÃO DE IDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS - N° 0000000-00.2000.8.00

R GE
BO
TON
Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho – CREA 567/D-AL Fone: (82) 2123-0866 / 3338-7384 / 9973-5973
IL
Rua Gerson Lopes, Cond. Bosque das Bromélias, Qd B, Lote 4 - serraria – Maceió – AL. jacksoncabral57@gmail.com
1
RA
BO
1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O N
LT
JACKSON CABRAL DE SANTANA, Engenheiro Civil registrado no CREA sob o nº
567-D/AL, Perito Oficial nomeado por esse juízo na AÇÃO DE IDENIZAÇÃO POR
AI
PERDAS E DANOS - N° 0000000-00.2000.8.00, referente aos problemas
-R
existentes (fissuras e problemas hidro sanitários) em um imóvel residencial do
Sr. JOSÉ JÃO DE JESUS (autor da ação), nesse Estado, vem tempestivamente
83
apresentar seu laudo como segue.
74
O presente trabalho foi originado com base nas Normas Técnicas da ABNT, na
86
observação de dados contidos nos autos do processo, dados fornecidos pelos
peritos assistentes técnicos das partes, e observações visuais feitas em visita
76
“in loco” ao imóvel objeto da perícia pelo perito autor deste laudo e de perito
auxiliar contratado pelo mesmo para ajudar nas conclusões deste documento.
89
-0
2- CONSIDERAÇÕES GERAIS
OR
2.1 - Da data da vistoria:

NI
Este perito procedeu vistoria ao local da edificação objeto deste processo, em

JÚ
companhia de outro engenheiro convidado por este perito, no dia 27 de

setembro de 2000 no período da manhã. Acompanhou a vistoria o Assistente
A
Técnico Eng. Civil José Gilson Aparecido, indicado pelo autor da ação.
UZ
Obs.: O Perito signatário deste laudo comunicou por telefone (através de sua
SO
secretária) aos advogados das partes, cujos números de telefones estavam

grafados nos documentos acostados aos autos do processo, para que
DE
informassem aos assistentes técnicos sobre a data e horário da vistoria a ser

realizado pelo perito. Tal comunicação deu-se no dia 25 de setembro de 2000.
S
GE
2.2 - Procedimentos metodológicos:

R
2.2.1 - Verificação in loco

BO
2.2.1.1- Por ocasião da vistoria realizada por este perito e engenheiro

convidado pelo mesmo, verificamos que o imóvel objeto da lide do processo
ON
apresentava diversas rachaduras (ver relatório fotográfico neste laudo), nas

T
IL
2
RA
BO
alvenarias de diversos cômodos da casa, tanto na parte interna dos cômodos
N
como na parte externa;
O
LT
2.2.1.2 - O piso de entrada da área descoberta lateral direita (visto de dentro
da casa) da edificação encontrava-se sem o revestimento cerâmico existente
AI
nas fotografias integrantes dos laudos anteriores acostados ao processo;
-R
2.2.1.3 - Parte superior e lateral da cisterna apresentava rachaduras e sinais de
83
serviços (reforma) aparentemente recentes;
74
2.2.1.4 - Alvenarias das paredes internas e externas do cômodo nos fundos da
86
edificação (dependência de empregada) apresentava fissuras e trincas;
76
2.2.1.5 - As instalações elétricas, hidráulicas e sanitárias encontravam-se
danificadas e sem funcionamento;
89
-0
2.2.1.6 - A laje de teto do cômodo onde se apoiava o reservatório superior
(caixa d'água) encontrava-se com sinais de infiltração.
OR
2.2.2 - Análise de Laudos acostados ao processo - Verificamos não haver

NI
divergência nos laudos sobre a existência das patologias que deram origem à
ação do processo em epígrafe, havendo nos mesmos, porém, total divergência
JÚ
sobre a(s) origem(ns) das patologias.

A
2.3 - Observações técnicas

UZ
2.3.1 - A capacidade de carga e a deformabilidade dos solos não são

SO
constantes, sendo função dos seguintes fatores mais importantes:

DE
- tipo e estado do solo (areias nos vários estados de compacidade ou argila nos
vários estados de constância);
S
GE
- disposição do lençol freático

R
- intensidade de carga, tipo de fundação (direta ou profunda) e cota de apoio

BO
da fundação;
- dimensões e formato da placa (placas quadradas, retangulares, circulares)

TON
IL
3
RA
BO
- interferências de fundações vizinhas
O N
2.3.2 - Um Projeto estrutural compreende o estudo, a associação de seus
LT
elementos, inclusive com a preparação do solo, para suportar os vários e
diferentes esforços a que estarão submetidos, como: lajes, vigas, pilares,
AI
blocos, sapatas, blocos sobre estacas, tirantes e demais elementos.
-R
Na elaboração do projeto estrutural o projetista da superestrutura deve tomar
83
conhecimento dos prováveis recalques que as fundações poderão apresentar,
para que possa considerá-los como esforços que deverão ser absorvidos pelas
74
diversas peças estruturais.
86
Na prática, o projeto estrutural é elaborado de acordo com os ensinamentos da
76
Estática das Construções, da Resistência dos Materiais, aliados aos conceitos da
Mecânica dos Solos relativos ao tipo de solo local, além da perfeita avaliação
dos esforços externos que solicitam as estruturas bem como a definição do tipo
89
-0
de fundação a ser utilizada.
OR
O solo é um complexo de partículas sólidas, de ar e de água. Ao ser submetido

por um carregamento, através de uma fundação, sofre deformações de acordo
NI
e proporcional aos esforços aplicados.

JÚ
Daí a necessidade de se analisar os recalques diferenciais a serem

desenvolvidos. Para tanto, existem regras básicas, práticas e até empíricas,
A
para se determinar e/ou calcular os possíveis Recalques Diferenciais.

UZ
Tais procedimentos acima citados, foram citados em documentos acostados ao

SO
processo, porém de difícil apuração quando à sua aplicabilidade e eficiência na

data da vistoria, uma vez que os ambiente já se encontravam totalmente
DE
descaracterizados, por motivos diversos e contraditórios, cujos mesmos não

são objeto da perícia.
S
GE
2.4 - Observações de ordem legal

R
2.4.1 - A classificação das anomalias pelos fatores de origem

BO
Um dos caminhos para facilitar a apuração da responsabilidade pelas falhas,

isto é, a aplicação da lei às situações existentes, passa por uma das
ON
classificações feitas pela Engenharia, qual seja, a das anomalias pelos seus
T
IL
4
RA
BO
fatores de origem. Segundo essa classificação, os fatores de origem ou
N
anomalias podem ser: endógenos, exógenos e naturais. Gomide acrescenta
O
uma quarta e importante categoria, de fatores funcionais. Sintetizando, temos:
LT
- Anomalias geradas por fatores endógenos, ou internos, que são aqueles
AI
relacionados à própria construção, incluindo-se os projetos, serviços e
-R
materiais;
83
- Anomalias geradas por fatores exógenos, que estão relacionados a fatos
externos à própria edificação, sendo produzidos por terceiros;
74
86
- Anomalias causadas por fatores naturais, assim entendidos aqueles derivados
da natureza, como abalos sísmicos, inundações, vendavais e outros;
76
- Anomalias causadas por fatores funcionais que são aqueles decorrentes da
falta ou inadequada conservação e manutenção da construção.
89
-0
2.4.2 - Vícios e defeitos conforme o CC e CDC
OR
Vício (do latim vitium) é um defeito grave que torna uma pessoa ou coisa
NI
inadequada para certos fins ou funções; é qualquer deformação física ou

funcional. Defeito (do latim defectum) é imperfeição, deficiência, deformidade,
JÚ
vício, enguiço. As palavras têm praticamente o mesmo significado no

dicionário, observando-se que o defeito é um vício, enquanto o vício não é
A
definido como um defeito.

UZ
Nos dicionários jurídicos, as palavras vício e defeito são utilizadas em sentido

SO
equivalente, vício representando defeito e defeito representando vício.

DE
O art. 784, parágrafo único, do Código Civil, conceitua o vício intrínseco como
sendo defeito próprio da coisa, que se não encontra normalmente em outras
S
da mesma espécie.
GE
Os vícios ocultos podem ser classificados em simples e redibitórios.

R
BO
Vícios ocultos simples são aqueles que apresentam apenas essa característica
(de serem ocultos), sem, contudo, terem gravidade tal que tornem a coisa
imprópria ao uso a que é destinada ou lhe diminuam o valor. São deficiências
ON
reparáveis, sem comprometimento posterior ao uso ou valor do imóvel.

T
IL
5
RA
BO
Vícios ocultos redibitórios são aqueles previstos no art. 441 do Código Civil, que
N
tornam a coisa imprópria ao uso a que é destinada ou lhe diminuem o valor.
O
LT
As informações acima (retiradas da bibliografia existente) foram usadas neste
laudo apenas para ajudar a esclarecer as conclusões do perito neste
AI
documento, bem como nas respostas dos quesitos formuladas pelas partes da
-R
lide.
83
3- CONSIDERAÇÕES ESPECÍFICAS
74
86
No documento acostado ao processo às fls. 02 a 12, o autor da ação, alega que
o imóvel veio a sofrer várias fissuras e trincas em diversas alvenarias,
76
rompimento de cisterna e problemas nos sistemas de abastecimento de água e
de coleta de esgotos, problemas estes causados pela construção de uma
edificação vizinha, obra esta realizada pelo requerido.
89
-0
Em Laudo produzido pelo Eng. Civil José Geraldo de Araújo (fls. 20 a 41 do
OR
processo), contratado pelo Requerente, procura-se demonstrar através de

teorias, gráficos demonstrativos e fotografias, que as prováveis causas das
NI
anomalias encontradas na edificação objeto deste laudo, seriam decorrentes

das obras de escavação feitas no início das obras da construção da edificação
JÚ
vizinha feita pelo requerido.

A
No documento acostado ao processo às fls. 57 a 67, o requerido alega que as

UZ
anomalias encontradas no imóvel objeto da ação (e deste Laudo) foram

produzidas em datas anteriores ao início das obras da edificação vizinha
SO
construída pelo mesmo, e embasa as suas afirmações em Laudos Técnicos

produzidos pela PPR Laudos Ltda. (fls. 87 a 88) e JCL Geotécnica Ltda. (fls. 115 a
DE
140).
S
Este perito vistoriou o imóvel (conforme já informado acima), verificou a

GE
existência das fissuras e trincas, (ver anexo fotográfico deste laudo) além da
total inoperância das instalações hidráulicas e sanitárias, e após análise dos
R
documentos acostados ao processo e as observações feitas visualmente "in

BO
loco" durante vistoria, vem oferecer as suas conclusões, como segue.

TON
IL
6
RA
BO
4 - CONCLUSÕES
O N
4.1 - No que se pode aduzir das provas acostadas ao processo e da
LT
observação visual feita pelo perito e seu engenheiro auxiliar (Eng. Civil Nilson
Santos Ferreira), verifica-se que a edificação objeto deste Laudo (prédio
AI
residencial à Rua Campos Teixeira, nº 1.082), apresentava as anomalias
-R
citadas no documento inicial (acostado ao processo) apresentado pelo
requerente;
83
4.2 - As anomalias encontradas na edificação não chegavam a causar riscos
74
críticos - impacto irrecuperável (riscos contra a saúde, segurança ao usuário e
86
ao meio ambiente), porém necessitavam de intervenção imediata para
possibilitar a sua completa habitabilidade;
76
4.3 - A edificação encontrava-se desabitada (quando da vistoria efetuada por
este perito) e em total processo de degradação, com todas as instalações
89
-0
elétricas, hidráulicas e sanitárias danificadas, além de ausência de
equipamentos (pias, torneiras, vasos sanitários, tomadas, interruptores etc.);
OR
4.4 - Devido ao lapso temporal existente entre o início do processo que

NI
objetivou o presente Laudo Técnico e a data da vistoria feita pelo perito

signatário do mesmo, além da total descaracterização das provas pelo estado
JÚ
de depredação da edificação do requerente e a quase conclusão da edificação

do requerido, fica este perito impossibilitado de determinar com precisão (sob
A
pena de apresentar leviandade e "achismo"), conclusões quanto as reais

UZ
causas das anomalias observadas no imóvel do requerente.

SO
5 - RESPOSTAS AOS QUESITOS

DE
5.1 – QUESITOS FORMULADOS PELO REQUERENTE

S
GE
1º Quesito: Em observância à ocorrência dos fatos físicos na referida unidade

residencial, observamos que a mesma apresenta fissuras verticais com maior
dilatação na extremidade superior dos elementos construtivos. Que fenômeno pode
R
levar a este tipo de ocorrência?

BO
Resposta - O fenômeno das ocorrências citadas, de um modo geral, caracteriza

motivos de recalques de aterro sem compactação.
TON
IL
7
RA
BO
2º Quesito: Analisando os anexos fotográficos da data em que ocorreram os
N
primeiros problemas observa-se um sentido longitudinal das fissuras e abertura de
O
fendas tanto na edificação quanto no terreno. O que pode ter ocasionado tal
ocorrência com essas características e somente para o lado esquerdo do imóvel?
LT
Lado este do prédio recém construído.
AI
Resposta - A tendência do recalque para a esquerda do imóvel, mostra que o
-R
carreamento do solo sob a edificação ocorreu naquele sentido do terreno sem
compactação.
83
3º Quesito: Imaginando um fenômeno de recalque no terreno onde se encontra a
residência afetada pelos danos, ou seja, um afundamento do solo, como se
74
comportariam as fissuras nas áreas superiores?
86
Resposta - Num caso de afundamento por recalque diferencial, as fissuras podem
se posicionar conforme os apoios das fundações, ora oblíquas ora verticais.
76
4º Quesito: Houve um levantamento técnico feito pela Construtora nas edificações
89
vizinhas, avaliando as condições físicas (estruturais) e de conservação dos imóveis
vizinhos ao terreno em que se edificaria seu prédio?
-0
Resposta - Não há nos autos do processo nenhum documento que indique ou
OR
ateste o levantamento citado na pergunta.
5º Quesito: Houve um comunicado de início de obras no terreno aos vizinhos do

NI
mesmo? (Prática da política de boa vizinhança).

JÚ
Resposta - O teor dos autos não mostra a priori, comunicação do início das obras
no terreno aos vizinhos.
A
6º Quesito: Havendo no imóvel uma ruptura do sistema coletor de esgoto

UZ
juntamente com as paredes do reservatório inferior da residência, ambos próximos,

apresentando a reserva de água desse reservatório apresentar cheiro de matéria
SO
orgânica decomposta, possibilidade de contaminação desta reserva por vazamento

desse efluente?
DE
Resposta - O fato citado da ocorrência de ruptura de esgoto, juntamente com a

cisterna ou reservatório inferior da residência, demonstra plena contaminação de
todo o volume das águas do reservatório semienterrado.
S
GE
7º Quesito: Levando em consideração o fator de habitabilidade de uma residência

que tem seu sistema coletor de efluentes orgânicos, como também seu sistema de
R
abastecimento d'água completamente avariados, qual a possibilidade de se fazer

habitar uma residência nesse estado?
BO
Resposta - O imóvel residencial caracterizado por uma situação de contaminação

do seu sistema de abastecimento de água, não tem possibilidade de habitabilidade.
TON
IL
8
RA
BO
8º Quesito: Admitir habitação em um imóvel que não dispõe de água potável, posto
N
que seus reservatórios hora são contaminados, hora não fazem reserva de fluido
O
pois estão rompidos (que é o caso do reservatório superior), assim como sem coleta
de esgoto, não é ferir o código de edificações e condições mínimas sanitárias?
LT
Resposta - O caso correspondente também, de contaminação dos sistemas de
AI
água dos reservatórios, é ferir o Código de Edificações e não admitir habitabilidade
-R
para o imóvel.
9º Quesito: Qual a data do início da obra? Qual a data da apresentação dos
83
problemas?
74
Resposta - De acordo com os autos, às fls. 03; as obras começaram no segundo
semestre do ano de 2.009, entre os meses de setembro e outubro. Nesse período
86
foram iniciadas as escavações para a construção do Edifício Soho, quando em
janeiro de 2.010, começaram a surgir os primeiros problemas reclamados.
76
10º Quesito: Constam anexos fotográficos apontando que as escavações só
89
começaram após a implantação da cortina de contenção? -0
Resposta - Especificamente, como na pergunta, não. Apenas o teor do “Parecer
Técnico” às folhas de nº 116 a 119 dos autos, de autoria do Engenheiro Civil José
OR
Abílio Mendes, mostra uma sequência de motivos com seus registros fotográficos
numerados sem especificar a cronologia das escavações.
NI
11º Quesito: Há meios probatórios onde podemos ter a ordem cronológica das
execuções da obra, enquanto a mesma saia do nível de terreno a vir atingir o nível
JÚ
de subsolo?
A
Resposta - As verificações através dos autos, não tiveram o alcance dessa

cronologia comprobatória dos níveis das execuções do subsolo.
UZ
SO
5.2 – RESPOSTAS AOS QUESITOS DA REQUERIDA

DE
1º Quesito: É possível escavar uma profundidade de 1,60m, em solo puramente

arenoso, escavação esta colada ao muro com fundação de não mais de 40cm de
profundidade, sem que esse muro desabe?
S
GE
Resposta - Considerando a condição de ser um solo, puramente arenoso, escavado

com 1,60m de profundidade, dependerá de qual extensão se escave, para essa
R
possibilidade de desabamento, pois se a escavação não for contínua e sim, efetuada

em pequenos intervalos, a possibilidade haverá.
BO
2º Quesito: Um terreno que teve aterro não apiloado, o que acontece com ele diante
das chuvas e/ou especialmente em todo período chuvoso?
TON
IL
9
RA
BO
Resposta - Todo e qualquer terreno de aterro não apiloado (frouxo), submetido a
N
chuvas, e/ou a todo período chuvoso, sofrerá adensamento que o levará a recalques
O
de aterros.
LT
3º Quesito: Uma residência apoiada em terreno arenoso não compactado, o que
acontece com ela diante de tráfego nas suas proximidades, de veículos pesados
AI
como caminhões de gás, caçambas que provocam sérias vibrações? Ela não irá
-R
sofrer sérios recalques e consequentes rachaduras?
Resposta - Qualquer edificação (construção) sobre terreno sem compactação,
83
poderá sofrer recalques diferenciais através de vibrações das cargas sobre os
aterros, consequentemente, terá sérios problemas estruturais.
74
4º Quesito: Uma rachadura recente pode ter vegetal e lodo?
86
Resposta - Sim, caso o local seja manuseado indevidamente, ou com o propósito de
76
fabricar tal evidência.
89
6 – FINALIZAÇÃO: -0
Embasado na vistoria realizada, bem como nas informações colhidas nos
documentos acostados aos autos do processo e na opinião de outro colega
OR
engenheiro que auxiliou este perito, e considerando o tipo da ação do presente

processo, consideramos como atingido o objeto da perícia (embora
NI
prejudicado pelo tempo decorrido do início do processo até a data da perícia)

JÚ
com as respostas aos quesitos, conforme explicitado acima.

A
UZ
Este Laudo contém 23 (vinte e três) folhas numeradas e rubricadas incluindo os

anexos.
SO
DE
Maceió, 02 de outubro de 2013.

S
GE
JACKSON CABRAL DE SANTANA

CREA 567/D-AL
R
PERITO JUDICIAL
BO
TON
IL
10
RA
BO
O N
LT
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-R
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-0
OR
NI
JÚ
FOTOS
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DE
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FOTO 01
Fachada parcial da edificação
DE
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FOTO 02
Parede e laje da entrada da edificação apresentando trincas
DE
S
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FOTO 03
Parede e laje da entrada da edificação apresentando trincas
SO
DE
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LT
AI
-R
83
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PISO CERÂMICO
RETIRADO
89
-0
OR
NI
JÚ
FOTO 04
A
Área citada nos laudos anteriores como apresentando recalque

UZ
e rachadas no piso, encontrada sem as evidências citadas.

SO
DE
S
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FOTO 05
Parte superior do reservatório inferior (cisterna) com rachaduras
SO
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A
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DE
FOTO 06
Parte superior do reservatório inferior (cisterna) com rachaduras
S
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17
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FOTO 07
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Parede de entrada (dep. de empregada) mostrando rachaduras

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FOTO 08
DE
Parede interna (dep. de empregada) mostrando rachaduras

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19
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OR
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JÚ
A
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FOTO 09
SO
Instalações hidro sanitárias danificadas e sem equipamentos.

DE
S
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IL
20
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O N
LT
AI
-R
83
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76
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-0
OR
NI
JÚ
A
UZ
SO
FOTO 10
Laje de teto sob a caixa d'água apresentando sinais de infiltração.
DE
S
R GE
BO
TON
IL
21
RA
BO
O N
LT
AI
-R
83
74
86
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89
-0
OR
NI
ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA - ART

CREA
JÚ
A
UZ
SO
DE
S
R GE
BO
TON
IL
22
RA
BO
O N
LT
AI
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83
74
86
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89
-0
OR
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JÚ
A
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DE
S
R GE
BO
TON
IL
23
RA

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JUIZO DE DIREITO DA 2ª VARA CÍOVEL DA COMARCA DE MACEIÓ - ALAGOAS

PERÍCIA TÉCNICA EM UM IMÓVEL SITUADO NA RUA CAMPOS TEIXEIRA, Nº

3. – REQUETENTE: JOSÉ JÃO DE JESUS

4. - REUQERIDO: CONSTRUTORA CONSTRUÇÕES LTDA

AÇÃO DE IDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS - N° 0000000-00.2000.8.00

2.1 - Da data da vistoria:

Este perito procedeu vistoria ao local da edificação objeto deste processo, em

companhia de outro engenheiro convidado por este perito, no dia 27 de

secretária) aos advogados das partes, cujos números de telefones estavam

informassem aos assistentes técnicos sobre a data e horário da vistoria a ser

2.2 - Procedimentos metodológicos:

2.2.1 - Verificação in loco

2.2.1.1- Por ocasião da vistoria realizada por este perito e engenheiro

apresentava diversas rachaduras (ver relatório fotográfico neste laudo), nas

2.2.2 - Análise de Laudos acostados ao processo - Verificamos não haver

sobre a(s) origem(ns) das patologias.

2.3 - Observações técnicas

2.3.1 - A capacidade de carga e a deformabilidade dos solos não são

constantes, sendo função dos seguintes fatores mais importantes:

- disposição do lençol freático

- intensidade de carga, tipo de fundação (direta ou profunda) e cota de apoio

- dimensões e formato da placa (placas quadradas, retangulares, circulares)

O solo é um complexo de partículas sólidas, de ar e de água. Ao ser submetido

e proporcional aos esforços aplicados.

Daí a necessidade de se analisar os recalques diferenciais a serem

para se determinar e/ou calcular os possíveis Recalques Diferenciais.

Tais procedimentos acima citados, foram citados em documentos acostados ao

processo, porém de difícil apuração quando à sua aplicabilidade e eficiência na

descaracterizados, por motivos diversos e contraditórios, cujos mesmos não

2.4 - Observações de ordem legal

2.4.1 - A classificação das anomalias pelos fatores de origem

Um dos caminhos para facilitar a apuração da responsabilidade pelas falhas,

inadequada para certos fins ou funções; é qualquer deformação física ou

vício, enguiço. As palavras têm praticamente o mesmo significado no

definido como um defeito.

Nos dicionários jurídicos, as palavras vício e defeito são utilizadas em sentido

equivalente, vício representando defeito e defeito representando vício.

Os vícios ocultos podem ser classificados em simples e redibitórios.

reparáveis, sem comprometimento posterior ao uso ou valor do imóvel.

processo), contratado pelo Requerente, procura-se demonstrar através de

anomalias encontradas na edificação objeto deste laudo, seriam decorrentes

vizinha feita pelo requerido.

No documento acostado ao processo às fls. 57 a 67, o requerido alega que as

anomalias encontradas no imóvel objeto da ação (e deste Laudo) foram

construída pelo mesmo, e embasa as suas afirmações em Laudos Técnicos

Este perito vistoriou o imóvel (conforme já informado acima), verificou a

documentos acostados ao processo e as observações feitas visualmente "in

loco" durante vistoria, vem oferecer as suas conclusões, como segue.

4.4 - Devido ao lapso temporal existente entre o início do processo que

objetivou o presente Laudo Técnico e a data da vistoria feita pelo perito

de depredação da edificação do requerente e a quase conclusão da edificação

pena de apresentar leviandade e "achismo"), conclusões quanto as reais

causas das anomalias observadas no imóvel do requerente.

5 - RESPOSTAS AOS QUESITOS

5.1 – QUESITOS FORMULADOS PELO REQUERENTE

1º Quesito: Em observância à ocorrência dos fatos físicos na referida unidade

levar a este tipo de ocorrência?

Resposta - O fenômeno das ocorrências citadas, de um modo geral, caracteriza

ateste o levantamento citado na pergunta.

5º Quesito: Houve um comunicado de início de obras no terreno aos vizinhos do

mesmo? (Prática da política de boa vizinhança).